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7/14/2019 NBR 14.

323 - Cópia
1999não autorizada
- Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio - Procedimento

NBR 14323 JUN 1999

Dimensionamento de estruturas de
aço de edifícios em situação de
ABNT-Associação incêndio - Procedimento
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210-3122
Fax: (021) 220-1762/220-6436
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Origem: Projeto 24:301.06-001:1998


CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio
CE-24:301.06 - Comissão de Estudo de Segurança das Estruturas em
Situação de Incêndio
NBR 14323 - Steel structures fire design - Procedure
Copyright © 1999,
Descriptors: Steel structure. Fire design. Structural safety
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 30.07.1999
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Estrutura de aço. Segurança. Incêndio 46 páginas
Todos os direitos reservados

Sumário
1 Objetivo Esta Norma
mativo, contém
e o anexo os caráter
D, de anexosinformativo.
A, B e C, de caráter nor-
2 Referências normativas
3 Definições 1 Objetivo
4 Símbolos
5 Materiais
6 Condições básicas para o dimensionamento estrutural 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para o di-
7 Dimensionamento por ensaios mensionamento em situação de incêndio de elementos
8 Método simplificado de dimensionamento estruturais de aço, constituídos por perfis laminados,
9 Métodos avançados de análise estrutural e térmica perfis soldados não-híbridos, perfis formados a frio, de
ANEXOS elementos estruturais mistos aço-concreto (vigas mistas,
A Dimensionamento de vigas mistas pilares mistos e lajes de concreto com forma de aço incor-
B Dimensionamento de pilares mistos porada) e de ligações executadas com parafusos ou
C Dimensionamento de lajes com forma de aço incor- soldas.
porada
D Propriedades térmicas dos aços 1.2 Entende-se por dimensionamento em situação de
incêndio a verificação dos elementos estruturais e suas
Prefácio ligações, com ou sem proteção contra incêndio, no que
se refere à estabilidade e à resistência aos esforços so-
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é licitantes em temperatura elevada, a fim de evitar o
o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Bra- colapso da estrutura em um tempo inferior àquele ne-
sileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Co- cessário para possibilitar a fuga dos usuários da edi-
mitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização ficação e, quando necessário, a aproximação e o ingresso
Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo de pessoas e equipamentos para as ações de combate
(CE), formadas por representantes dos setores envol- ao fogo.
vidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e
neutros (universidades, laboratórios e outros). 1.3 Esta Norma se aplica a edifícios destinados à habi-
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito tação, aos usos comercial e industrial e a edifícios pú-
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os blicos.
associados da ABNT e demais interessados.

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2 Referências normativas 1), 2) 3.2 elementos estruturais: Peças ou barras com capa-
cidade de resistir a esforços solicitantes e que fazem par-
As normas relacionadas a seguir contêm disposições te da estrutura, incluindo o contraventamento.
que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor 3.3 elementos estruturais protegidos: Elementos es-
no momento desta publicação. Como toda norma está truturais envolvidos com material de proteção contra in-
sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam cêndio, para reduzir sua elevação de temperatura em in-
acordos com base nesta que verifiquem a conveniência cêndio.
de se usarem as edições mais recentes das normas
citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas 3.4 estanqueidade: Capacidade da vedação de impedir
em vigor em um dado momento. a ocorrência em incêndio de rachaduras ou outras
aberturas, através das quais podem passar chamas e
NBR 5628:1980 - Componentes construtivos es- gases quentes capazes de ignizar um chumaço de al-
truturais - Determinação da resistência ao fogo - Mé- godão.
todo de ensaio
3.5 estruturas externas: Partes da estrutura situadas
NBR 6118:1980 - Projeto e execução de obras de do lado externo de um edifício.
concreto armado - Procedimento
NBR 6123:1988 - Forças devidas ao vento em edi- 3.6 estruturas internas: Partes da estrutura situadas no
ficações - Procedimento interior de um edifício.

NBR 7808:1983 - Símbolos gráficos para projetos 3.7 fluxo de calor: Energia absorvida por unidade de
de estruturas - Simbologia tempo e área.

NBR 8681:1984 - Ações e segurança nas estruturas 3.8 isolamento térmico: Capacidade da vedação de im-
- Procedimento pedir a ocorrência, na face não-exposta ao incêndio, de
incrementos de temperatura superiores a 140°C, na mé-
NBR 8800:1986 - Projeto e execução de estruturas dia dos pontos da medida, ou superiores a 180°C, em
de aço de edifícios (método dos estados limites) - qualquer ponto da medida.
Procedimento
3.9 perfil não-híbrido: Perfil cujos elementos compo-
AISI - Load and resistance factor design specifications nentes são formados pelo mesmo aço.
for cold-formed steel structural members, 1991.
3.10 resistência ao fogo: Tempo durante o qual um ele-
ASTM A 653:1996 - Specification for steel sheet, zinc mento estrutural, estando sob a ação do incêndio-padrão,
coated (galvanized) on zinc-iron alloy-coated definido na NBR 5628, não sofre colapso estrutural.
(galvannealed) by the hot-dip process
3.11 temperatura ambiente: Temperatura suposta igual
ENV 1991-2-2:1995 - Basis of design and actions on
a 20°C.
structures - Actions on structures - Actions on
structures exposed to fire 3.12 vedação: Elementos e componentes estruturais ou
ENV 1993-1-1:1992 - Design of steel structures - não-estruturais (paredes e pisos) formando parte de um
General rules and rules for buildings contorno de um compartimento de incêndio.

ENV 1993-1-2:1995 - Design of steel structures - 4 Símbolos


General rules - Structural fire design
Os símbolos usados nesta Norma estão de acordo, sem-
ENV 1993-1-3:1996 - Design of steel structures - pre que possível, com a NBR 7808. Eles são os seguintes:
General rules - Supplementary rules for cold formed
thin gage members and sheetings 4.1 Letras romanas maiúsculas
ENV 1994-1-1:1992 - Design of composite steel and A - área da seção transversal
concrete structures - General rules and rules for
building Ag - área bruta da seção transversal da barra

3 Definições C fi - resultante de compressão na laje de con-


creto de uma viga mista
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes
definições: C'fi - resultante de compressão no perfil de aço
de uma viga mista
3.1 ações térmicas: Ações na estrutura descritas por
meio do fluxo de calor para os seus componentes. Cm - coeficiente relativo ao eixo x

1)
Os laboratórios estrangeiros referenciados genericamente em várias partes do texto desta Norma devem ter reconhecimento e
aceitação por parte da comunidade técnico-científica internacional.
2)
As normas ou especificações estrangeiras, referenciadas genericamente em várias partes do texto desta Norma, devem ser reco-
nhecidas internacionalmente e, no momento do uso, devem estar válidas.

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C my - coeficiente relativo ao eixo y Rfi,d - resistência de cálculo em situação de incên-


dio
E - módulo de elasticidade tangente do aço a
20°C Sfi,d - s olic it aç ão de cá lc ulo e m s it ua çã o d e
incêndio
E c, θ - módulo de elasticidade secante do concreto
de densidade normal em qualquer tem- Tfi - resultante de tração no perfil de aço de uma
peratura viga mista

Eθ - módulo de elasticidade tangente do aço em Vfi,Rd - resistência de cálculo à força cortante em


temperatura elevada situação de incêndio
Vl,Rd - resistência de cálculo ao cisalhamento lon-
FG - valor nominal da ação permanente gitudinal de lajes com forma de aço incor-
porada
FQ - valor nominal das cargas acidentais
Vp,Rd - resistência de cálculo à punção de lajes com
FQ,exc - valor nominal da ação transitória excepcio- forma de aço incororada
nal
Vv,Rd - resistência de cálculo ao cisalhamento
I - momento de inércia vertical de lajes com forma de aço incorpo-
L - altura de um andar rada
4.2 Letras romanas minúsculas
Mcr - momento fletor de flambagem elástica
a - espessura comprimida ou considerada efe-
Mpl - momento de plastificação tiva da laje de concreto em vigas mistas

Mr - momento fletor correspondente ao início do b - largura efetiva da laje de concreto, largura


escoamento
b fi - largura da mesa inferior
Mfi,n - resistência nominal ao momento fletor em
b fs - largura da mesa superior
situação de incêndio
ca - calor específico do aço
M - resistência de cálculo ao momento fletor em
fi,Rd
situação de incêndio cm - calor específico do material de proteção
contra incêndio
Mx,fi,Sd - momento fletor em situação de incêndio em
torno do eixo x fck - resistência característica à compressão do
concreto de densidade normal, a 20°C
My,fi,Sd - momento fletor em situação de incêndio em
torno do eixo y fckb - resistência característica à compressão do
concreto de baixa densidade, a 20°C
Mx,fi,Rd - resistência de cálculo ao momento fletor em
situação de incêndio, em torno do eixo x fck, θ - resistência característica à compressão do
concreto de densidade normal em tempe-
My,fi,Rd - resistência de cálculo ao momento fletor em ratura elevada
situação de incêndio, em torno do eixo y

N fi,Sd - força normal de cálculo em situação de fckb,θ - resistência


concreto de característica
baixa densidadeà compressão do
em temperatura
incêndio elevada

N fi,ex - carga de flambagem elástica por flexão em fr - tensão residual


situação de incêndio, em torno do eixo x fu - limite de resistência a 20°C dos aços lamina-
dos a quente
N fi,ey - carga de flambagem elástica por flexão em
situação de incêndio, em torno do eixo y fy - limite de escoamento a 20°C dos aços la-
minados a quente
Nfi,Rd - resistência de cálculo de uma barra axial-
mente tracionada ou comprimida em situa- fyo - limite de escoamento a 20°C dos aços tre-
ção de incêndio filados

Qfi,n - somatório das resistências nominais indivi- fy,θ - limite de escoamento dos aços laminados a
duais dos conectores de cisalhamento situa- quente em temperatura elevada
dos entre a seção de momento máximo
e a seção adjacente de momento nulo, em fyo,θ - limite de escoamento dos aços trefilados em
situação de incêndio temperatura elevada

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h - altura da alma φfi,a - coeficiente de resistência do aço


hF - altura das nervuras das formas de aço φfi,c - coeficiente de resistência do concreto
k1 - fator de correção para temperatura não- γc - peso específico do concreto
uniforme na seção transversal
γg - coeficiente de ponderação para a ação per-
k2 - fator de correção
uniforme ao longo doparacomprimento
temperaturadenão-
um manente
elemento estrutural ϕ - valor do fluxo de calor por unidade de área
ϕc - componente do fluxo de calor devido à
ka - fator de correção empírico da resistência de convecção
barras comprimidas em temperatura elevada
ϕr - componente do fluxo de calor devido à
K c, θ - fator de redução para a resistência carac- radiação
terística à compressão do concreto de den-
sidade normal em temperatura elevada, λm - condutividade térmica do material de pro-
relativo ao valor a 20°C teção contra incêndio
Kcb, θ - fator de redução para a resistência carac- λp - parâmetro de esbeltez correspondente à
terística à compressão do concreto de baixa plastificação
densidade em temperatura elevada, relativo
ao valor a 20°C λr - parâmetro de esbeltez correspondente ao
início do escoamento
KE, θ - fator de redução para o módulo de elastici-
dade dos aços em temperatura elevada, λp,fi - parâmetro de esbeltez correspondente à
relativo ao valor a 20°C plastificação em temperatura elevada

K y, θ - fator de redução para o limite de escoamento λr,fi - parâmetro de esbeltez correspondente ao


dos aços laminados a quente em tempe- início do escoamento em temperatura eleva-
ratura elevada, relativo ao valor a 20°C vada

Kyo, θ - fator de redução para o limite de escoamento λ - parâmetro de esbeltez para barras compri-
dos aços trefilados em temperatura elevada, midas em temperatura ambiente
relativo ao valor a 20°C
Qfi,n - resistência nominal de um conector de cisa- λθ - parâmetro de esbeltez para barras compri-
lhamento em situação de incêndio midas em temperatura elevada

t - tempo de resistência a incêndio, espessura ρa - massa específica do aço


ρm - massa específica do material de proteção
tc - espessura da laje de concreto
contra incêndio
tw - espessura da alma ρfi - fator de redução da resistência de barras
tfi - espessura da mesa inferior axialmente comprimidas em situação de in-
cêndio
tfs - espessura da mesa superior
θa - temperatura do aço
tm - espessura do material de proteção contra - temperatura do concreto
incêndio θc
θg - temperatura dos gases
u - perímetro do elemento estrutural exposto ao
incêndio θs - temperatura da armadura
um - perímetro efetivo do material de proteção θa,t - temperatura do aço no tempo t
contra incêndio
θg,t - temperatura dos gases no tempo t
ucr - perímetro crítico
4.5 Índices gerais
4.3 Letras gregas maiúsculas
a - aço
∆ - aumento, elevação
c - concreto, convecção
4.4 Letras gregas minúsculas
d - de cálculo
αc - coeficiente de transferência de calor por con-
vecção j - referente à ligação

εres - emissividade resultante m - material de proteção contra incêndio

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n - nominal 5.1.1 Propriedades mecânicas

r - início do escoamento, radiação 5.1.1.1 Limite de escoamento e módulo de elasticidade

t - tempo 5.1.1.1.1 Para taxas de aquecimento entre 2°C/min e


50°C/min, a tabela 1 fornece fatores de redução, relativos
u - relacionado ao limite de resistência aos valores a 20°C, para o limite de escoamento dos
aços laminados a quente, limite de escoamento dos aços
w - alma trefilados e módulo de elasticidade de todos os tipos de
aço, em temperatura elevada, respectivamente,Ky,θ, K yo,θ
x - relacionado ao eixo x e KE,θ, de modo que:
y - relacionado ao eixo y
K y,θ = f y,θ / f y
4.6 Índices compostos
K yo,θ = f yo,θ / f yo
Rd - resistência de cálculo KE,θ = Eθ /E

Sd - solicitação de cálculo Onde:


fi - em situação de incêndio, mesa inferior
fy,θ é o limite de escoamento dos aços laminados a
quente a uma temperatura θa;
fs - mesa superior
fy é o limite de escoamento dos a ços laminados a
pl - plastificação
quente a 20°C;
5 Materiais
fyo,θ é o limite de escoamento dos aços trefilados a
5.1 Aço uma temperatura θa;

As propriedades mecânicas e térmicas apresentadas res- fyo é o limite de escoamento dos a ços trefilados a
pectivamente em 5.1.1 e 5.1.2 aplicam-se, em tempe- 20 °C;
ratura elevada, aos aços previstos em normas brasileiras
para uso estrutural. Os valores destas propriedades E θ é o m ódulo de elasticidade de todos os tipos de
aço a uma temperatura ;
podem ser também
fabricados por usinaaplicados a aços
siderúrgica para usocom
qualificada, estrutural
com- θa
posição química e propriedades mecânicas em tem- E é o módulo de elasticidade de todos os a ços a
peratura ambiente definidas. 20 °C.

Tabela 1 - Fatores de redução para o aço

Temperatura Fator de redução Fator de redução Fator de redução


do aço para o limite de para o limite de para o módulo de
θa escoamento dos escoamento dos elasticidade de
aços laminados aços trefilados todos os tipos
o
C a quente de aço

Ky,θ Kyo,θ KE,θ


20 1,000 1,000 1,0000
100 1,000 1,000 1,0000
200 1,000 1,000 0,9000
300 1,000 1,000 0,8000
400 1,000 0,940 0,7000
500 0,780 0,670 0,6000
600 0,470 0,400 0,3100
700 0,230 0,120 0,1300
800 0,110 0,110 0,0900
900 0,060 0,080 0,0675
1 000 0,040 0,050 0,0450
1 100 0,020 0,030 0,0225
1 200 0,000 0,000 0,0000

NOTA - Para valores intermediários da temperatura do aço, pode ser feita interpolação linear.

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5.1.1.1.2 A variação dos fatores de redução, Ky,θ, Kyo,θ e 5.1.2.3 Condutividade térmica
KE,θ com a temperatura é ilustrada na figura 1.
λa = 45 W/m°C
5.1.1.1.3 Caso algum aço estrutural possua variação do
limite de escoamento ou do módulo de elasticidade com 5.2 Concreto
a temperatura diferente da apresentada na tabela 1 e
figura 1, os valores pr óprios deste aço poderão ser utili- 5.2.1 A tabela 2 fornece fatores de redução, relativos aos
zados, desde que obtidos em ensaios realizados em la- valores a 20°C, para a resistência característica à com-
boratório nacional ou laboratório estrangeiro, de acordo pressão dos concretos de densidade normal e de baixa
com norma brasileira específica ou de acordo com norma densidade, em temperatura elevada, respectivamente Kc,θ
ou especificação estrangeira. e Kcb,θ, de modo que:

5.1.1.2 Massa específica


fck,θ
K c,θ =
fck
A massa específica do aço pode ser considerada inde-
pendente da temperatura e igual a:
f ckb, θ
K cb, θ =
f ckb
ρa = 7 850 kg/m3
Onde:
5.1.2 Propriedades térmicas
fckθ, é a resistência característica à compressão do
As variações do alongamento, calor específico e con- concreto de densidade normal a uma temperatu-
dutividade térmica dos aços estruturais com a temperatura ra θc;
são fornecidas no anexo D. Caso se empregue o método
simplificado de cálculo descrito na seção 8, podem ser f ck é a resistência característica à compressão do
utilizados os valores apresentados em 5.1.2.1, 5.1.2.2 e concreto de densidade normal a 20 °C;
5.1.2.3 para essas propriedades, respectivamente.
fckb,θ é a resistência característica à compressão do
5.1.2.1 Alongamento concreto de baixa densidade a uma temperatura θc;

∆l f ckb é a resistência característica à compressão do


= 14 x 10−6 (θa - 20)
l concreto de baixa densidade a 20°C.

5.1.2.2 Calor específico


5.2.2 A variação de K c,θ e Kcb,θ com a temperatura é
o
ca = 600 J/kg C também ilustrada na figura 2.

Figura 1 - Variação dos fatores de redução para o limite de escoamento e o módulo de elasticidade do aço com a
temperatura

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Tabela 2 - Fatores de redução para o concreto


Temperatura Fator de redução Fator de redução
do concreto para a resistência para a resistência
θc característica à característica à
compressão do compressão do

o
C concretonormal
densidade de concreto
baixa de
densidade
Kc,θ Kcb,θ

20 1,000 1,000
100 0,950 1,000
200 0,900 1,000
300 0,850 1,000
400 0,750 0,880
500 0,600 0,760

600 0,450 0,640


700 0,300 0,520
800 0,150 0,400
900 0,080 0,280
1 000 0,040 0,160
1 100 0,010 0,040
1 200 0,000 0,000

NOTA - Para valores intermediários da temperatura do concreto, pode ser feita interpolação linear.

Figura 2 - Variação dos fatores de redução para a resistência característica à compressão do concreto com a
temperatura

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5.2.3 O módulo de elasticidade do concreto de densidade 6.1.6 O dimensionamento por meio de cálculos deve ser
normal, em megapascal, em qualquer temperatura, pode feito usando-se o método dos estados limites. Deve-se
ser estimado por: levar em consideração que as propriedades mecânicas
do aço e do concreto, a exemplo de outros materiais,
1, 5 debilitam-se progressivamente com o aumento de tem-
Ec,θ = 42γ c Kc,θ fck peratura e, como conseqüência, pode ocorrer o colapso
de um elemento estrutural ou ligação como resultado de
Onde: sua incapacidade de resistir às ações aplicadas.

γ c é o peso específico do concreto,


em quilonewton 6.1.7 O método simplificado de dimensionamento descrito
por metro c ú bico (valor m í nimo previsto de na seção 8 se aplica aos elementos que comp õem a es-
15 kN/m3); trutura individualmente.

Kc,θ é o fator de redução, relativo ao valor a 20 °C, da 6.1.8 Os m étodos avançados de análise estrutural e tér-
resistência característica à compressão do concreto mica são aqueles em que os princípios da engenharia
de densidade normal, dado na tabela 2; de incêndio são aplicados de maneira realística em situa-
ções específicas.
f ck é a resistência característica à compressão do
concreto de densidade normal, em megapascal. 6.2 Combinações de ações para os estados limites
últimos
5.3 Materiais de proteção contra incêndio 6.2.1 As combinações de ações para os estados limites
As propriedades térmicas, a aderência ao aço e a eficiên- últimos em situação de incêndio devem ser consideradas
cia das juntas dos materiais de prote ção contra incêndio como combinações últimas excepcionais e obtidas de
devem ser determinadas por ensaios realizados em acordo com a NBR 8681. Deve-se considerar que as
laboratório nacional ou laboratório estrangeiro, de acordo ações transitórias excepcionais, ou seja, aquelas decor-
com a NBR 5628 ou de acordo com norma ou espe- rentes da elevaçã o da temperatura na estrutura em
cificação estrangeira. virtude do incêndio, têm um tempo de atua ção muito pe-
queno. Desta forma as combinações de ações podem
6 Considerações básicas para dimensionamento ser expressas:
estrutural
- em locais em que não há predominância de pesos
6.1 Generalidades de equipamentos que permaneçam fixos por longos
períodos de tempo, nem de elevadas concentrações
6.1.1
perfisOs elementos
laminados estruturais
e perfis denaãço-h
soldados íbridos, ías
o constitu dosvigas
por de pessoas:
mistas e as ligações soldadas e parafusadas, exceto
n
aquelas entre perfis de chapa fina formados a frio, devem ∑ γgiFGi + FQ,exc + 0,2 FQ
ser projetados à temperatura ambiente de acordo com a i=1
NBR 8800.
- em locais em que há predominância de pesos de
6.1.2 Os pilares mistos e as lajes de concreto com forma equipamentos que permaneçam fixos por longos
de aço incorporada devem ser projetados à temperatura períodos de tempo, ou de elevadas concentra ções
ambiente, de acordo com os anexos B e C, respectiva- de pessoas:
mente.
n
6.1.3 Os perfis estruturais de a ço formados a frio e suas ∑ γgiFGi + FQ,exc + 0,4 FQ
ligações devem ser projetados à temperatura ambiente, i=1

de acordo com a especifica çã o do AISI (American - em bibliotecas, arquivos, depósitos, oficinas e ga-
Iron and Steel Institute), relacionada a estes perfis, ou do
ENV 1993-1-1 e do ENV 1993-1-3, ou ainda de acordo ragens:
com uma outra norma ou especificação estrangeira, mas
n
usando-se as combinações de ações dadas em 4.8 da
∑ γgiFGi + FQ,exc + 0,6 FQ
NBR 8800:1986. i=1

6.1.4 O dimensionamento de uma estrutura em situa ção Onde:


de incêndio deve ser feito por meio de resultados de en-
saios, de acordo com a seção 7, ou por meio do método FG é o valor nominal da ação permanente;
simplificado de dimensionamento, descrito na se ção 8,
FQ,exc é o valor nominal das ações térmicas;
ou um método avançado de análise estrutural e térmica,
obedecendo-se às diretrizes apresentadas na seção 9, FQ é o valor nominal das ações variáveis devidas às
ou ainda por uma combinação entre ensaios e cálculos.
cargas acidentais;
6.1.5 O dimensionamento por meio de resultados de en- γg é o valor do coeficiente de pondera ção para as
saios somente pode ser feito se os ensaios tiverem sido ações permanentes, igual a:
realizados em laboratório nacional ou laboratório es-
trangeiro, de acordo com norma brasileira espec ífica ou 1,1, para ação permanente desfavorável de pe-
de acordo com norma ou especifica ção estrangeira. quena variabilidade;

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1,2, para a çã o permanente desfavor á vel de 7.2 Considerações para elementos estruturais com
grande variabilidade; proteção

1,0, para ação permanente favorável de pequena 7.2.1 Espessura necessária


variabilidade;
7.2.1.1 A espessura necessária dos materiais de proteção
0,9, para ação permanente favorável de grande contra incêndio deve ser obtida a partir de resultados de
variabilidade. ensaios, de acordo com resultados de ensaios realizados
em laboratório nacional ou laboratório estrangeiro, de
6.2.2 As barras de contraventamento dever ão ser dimen- acordo com norma brasileira específica ou de acordo
sionadas para a seguinte combinação de ações: com norma ou especificação estrangeira.

7.2.1.2 Os ensaios devem ser feitos associando-se o fa-


n
∑ γgiFGi + FQ,exc + 0,5 FW tor de massividade do elemento de aço, conforme in-
i=1 dicado na tabela 4, a resistência ao fogo e a espessura
do material de proteção contra incêndio.
onde γg, FG e FQ,exc são definidos em 6.2.1 e F W é o valor
nominal das açõ es devidas ao vento, determinadas 7.2.2 Seções tubulares
conforme a NBR 6123.
Caso não se disponham de resultados de ensaios es-
6.2.3 Para efeito desta Norma, são considerados ações pecíficos para seções tubulares, a espessura de um ma-
permanentes de pequena variabilidade apenas os pesos terial de proteção contra incêndio aplicado por jatea-
próprios de elementos metálicos e pré-fabricados, com mento nestas seções pode ser obtida tendo por base a
controle rigoroso de peso. espessura tm requerida para um perfil I ou H com o mes-
mo fator de massividade, da seguinte forma:
6.3 Resistências de cálculo
- para fator de massividade do perfil sem prote-
Para os estados limites últimos em situação de incêndio,
çã o u/A menor que 250, a espessura é igual a
as resistências de c á lculo devem ser determinadas
tm [1+(u/A)/1 000];
usando-se os seguintes coeficientes de resistência:
- para fator da massividade do perfil sem proteção
(a) φfi,a = 1,00, para o aço;
u/A maior ou igual a 250, a espessura é igual a
(b) φfi,c = 1,00, para o concreto. 1,25 tm.

6.4 Fator de massividade 7.2.3 Peças alveolares

6.4.1 O índice de aumento de temperatura de um elemento Caso não se disponham de resultados de ensaios es-
estrutural de aço em incêndio é proporcional ao seu fator pecíficos para peças alveolares, a espessura do material
de massividade u/A, para elementos sem prote ção, ou de proteção contra incêndio a ser aplicado às mesmas
um/A, para elementos recobertos com material de pro- deve ser igual a 1,2 vez a espessura necessária para o
teção contra incêndio, onde: perfil original.

u é o perímetro do elemento estrutural de aço ex- 7.2.4 Ligações estruturais


posto ao incêndio, como dado na tabela 3;
A espessura do material de proteção contra incêndio a
u m é o perímetro efetivo do material de proteção ser usado em uma liga ção parafusada ou soldada n ão
contra incêndio, como dado na tabela 4; pode ser inferior à espessura necessária do material de
prote çã o do elemento estrutural de maior fator de
A é a área da seção transversal do elemento es- massividade que chega na ligação.
trutural de aço.
8 Método simplificado de dimensionamento
6.4.2 Ao se determinar o fator de massividade, a área
bruta da seção transversal deve ser usada. O efeito de 8.1 Aplicação
pequenos furos pode ser desprezado.
O método simplificado de dimensionamento descrito
6.4.3 Caso não se disponham de resultados de ensaios nesta seçã o se aplica às barras prismáticas de aço
específicos para peças alveolares, deve ser tomado o constituídas por perfis laminados e soldados n ão-híbri-
fator de massividade do perfil original. dos, às vigas mistas e pilares mistos nos quais o perfil de
7 Dimensionamento por ensaios aço utilizado é laminado ou soldado não-híbrido, e às
lajes de concreto com forma de a ço incorporada. Outras
7.1 Resistência limitações são apresentadas no tratamento das diversas
situações particulares.
Os elementos estruturais e suas liga ções, com ou sem
proteção contra incêndio, podem ter sua resistência em 8.2 Capacidade estrutural e resistência
situação de incêndio determinada a partir de resultados
de ensaios, realizados em laborat ório nacional ou la- 8.2.1 As condições de segurança de uma estrutura em
boratório estrangeiro, de acordo com a NBR 5628 ou de situação de incêndio podem ser expressas por:
acordo com outra norma brasileira ou ainda de acordo
com norma ou especificação estrangeira. Φ(Sfi,d, Rfi,d) ≥ 0

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Quando a segurança é verificada isoladamente em 8.3 Distribuição de temperatura


relação a cada um dos esforços atuantes, as condições
de segurança podem ser expressas da seguinte forma 8.3.1 Nesta Norma, ao se usar o método simplificado de
simplificada: dimensionamento para obten çã o da resist ê ncia de
cálculo, dependendo do tipo de solicitação e do estado
Sfi,d ≤ Rfi,d limite último, considera-se simplificadamente distribuição
uniforme de temperatura na seção transversal e ao longo
Onde: do comprimento dos elementos estruturais de aço ou
distribuiçã o não-uniforme por meio de procedimentos
Sfi,d é a solicitação de cálculo em situação de incên- favoráveis à segurança. Nas subseções relacionadas à
dio, obtida de acordo com 6.2; determinação da resistência, os estados limites últimos e
a distribuiçã o de temperatura considerada s ão devi-
Rfi,d é a resistência de cálculo correspondente do damente explicitados.
elemento estrutural para o estado limite ú ltimo
em consideração, em situação de incêndio. 8.3.2 Pode ser utilizada uma distribuição de temperatura
mais precisa que a mencionada em 8.3.1 nos elementos
8.2.2 Na determinação das solicitações de cálculo, os estruturais, desde que prevista em norma ou espe-
efeitos das deformações térmicas resultantes dos gra- cificação estrangeira.
dientes térmicos ao longo da altura da se ção transversal
das barras precisam ser considerados. Caso seja usada 8.4 Resistência de elementos estruturais de aço

a curva temperatura-tempo
dronizada dos gases
pela NBR 5628, os efeitos quentes
das expans ões pa-
tér- 8.4.1 Barras tracionadas
micas das barras podem ser desprezados. 8.4.1.1 A resistência de cálculo Nfi,Rd de uma barra axial-
mente tracionada com distribui çã o uniforme de
8.2.3 A resistência de cálculo em situação de incên- temperatura na se çã o transversal e ao longo do
dio,Rfi,d, determinada em 8.4, não pode ser tomada com comprimento, para o estado limite último de escoamento
valor superior à resistência de cálculo à temperatura da seção bruta, é igual a:
ambiente determinada conforme a NBR 8800.
Nfi,Rd = φfi,aKy,θ, Agfy
8.2.4 Ao se considerarem os efeitos das deformações tér-
micas resultantes dos gradientes térmicos, admite-se Onde:
simplificadamente efetuar a análise estrutural tomando o
módulo de elasticidade do aço constante e igual ao seu Ky, θ é o fator de redução do limite de escoamento do
valor em temperatura elevada, conforme 5.1.1.1, em todos aço à temperatura θa, conforme 5.1.1.1;

os elementos estruturais afetados pelo incêndio. Ag é a área bruta da seção transversal da barra.
8.2.5 No caso de vigas com laje de concreto sobreposta, 8.4.1.2 Para o estado limite último de ruptura da seção
o gradiente térmico pode ser obtido pela diferença entre líquida efetiva, ver 8.2.8.
as temperaturas na mesa superior e na mesa inferior,
considerando que essas mesas t ê m aquecimentos 8.4.2 Barras comprimidas
independentes, cada uma com seu fator de massividade.
8.4.2.1 Esta subseção se aplica às barras axialmente
8.2.6 A resistência de cálculo Rfi,d deve ser determinada comprimidas, cujos elementos componentes da se ção
considerando a variação das propriedades mecânicas transversal não possuam relações superiores aos valores
do aço e do concreto com a temperatura, conforme a dados na tabela 1 da NBR 8800:1986 para seções clas-
seção 5. Em 8.4, R fi,d torna-se,M fi,Rd, Nfi,Rd, etc., sepa- se 3.
radamente ou em combinação, e os valores correspon-
dentes da solicitação, Mfi,Sd, Nfi,Sd, etc., representam Sfi,d. 8.4.2.2 A resistência de cálculo Nfi,RD de uma barra com
distribuição uniforme de temperatura na seção transversal
8.2.7 O estado limite último de ruptura da seção l íquida e ao longo do comprimento, para o estado limite último
efetiva não precisa ser considerado, uma vez que a tem- de instabilidade, é igual a:
peratura do aço será menor na ligação devido à presença
ρfi Ky,θ Ag fy
de material adicional. Nfi,Rd = φfi,a
ka
8.2.8 A resistência das ligações entre elementos es- Onde:
truturais não precisa ser verificada, desde que a re-
sistência térmica (tm/λm)lig da proteção contra incêndio ρ fi é o fator de redução da resistência à compres-
da ligação não seja menor que o valor m ínimo da re- são em situação de incêndio, determinado confor-
sistência térmica (tm/λm)elem da proteção contra incêndio me 8.4.2.3;
de qualquer elemento conectado, onde:
K y,θ é o fator de redução do limite de escoamento

m
tincéêndio
a espessura
(tomar tm =do materialnãde
0 quando proteçã
o houver o contra
proteção); do aço à temperatura θa, conforme 5.1.1.1;
ka é um fator de correção empírico da resistência
λm é a condutividade térmica do material de proteção da barra em temperatura elevada, cujo valor é da-
contra incêndio. do em 8.4.2.4.

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8.4.2.3 O valor de ρfi deve ser obtido de acordo com a 8.4.3.5 A resistência de cálculo ao momento fletor Mfi,Rd
NBR 8800, mas usando-se: de uma barra fletida, exceto se a seção transversal tiver a
forma de T, é igual a:
- sempre a curva c, independentemente do tipo
de seção transversal, do modo de instabilidade e - para FLM e FLA:
do eixo em relação ao qual esta instabilidade
ocorre; - se λ ≤ λp,fi :

- o parâmetro de esbeltez λθ para a temperatura Mfi,Rd = φfi,a k1 k2 Ky,θ Mpl


θa dado por:
- se λp,fi < λ ≤ λr,fi:
λθ = λ K y,θ / KE,θ
 λ - λ p, fi 
Onde: Mfi,Rd = φfi,a k1 k 2 K y,θ  Mpl - (Mpl - Mr )
 λ r , fi - λp, fi 
λ é o parâmetro de esbeltez para barras
comprimidas, determinado de acordo com a - para FLT:
NBR 8800;
- se λ ≤ λp,fi:
Ky,θ é o fator de redução do limite de escoa-
mento do aço à temperatura θa, conforme Mfi,Rd = φfi,a k1 k 2 K y,θ Mpl
5.1.1.1;
- se λp,fi < λ ≤ λr,fi:
KE,θ é o fator de redu çã o do módulo de
elasticida de do aço à temperatura θa, con- K y,θ  λ - λ p , fi 
= φ fi, a  M pl - (M pl - Mr )
λ r , fi - λ p , fi 
forme 5.1.1.1. M fi,Rd
1, 2 
8.4.2.4 O fator de correção ka tem os seguintes valores:
- se λ > λr,fi:
- para 0 ≤ λ θ ≤ 0,2: ka = 1,0 + λθ
KE,θ Mcr
Mfi,Rd = φfi,a
- para λ θ > 0,2: ka = 1,2 1,2

8.4.2.5 O comprimento de flambagem para a situação de


Onde:
incêndio pode ser determinado como no projeto à tem-
peratura ambiente. Ky,θ é o fator de redução do limite de escoamento
do aço à temperatura θa, conforme 5.1.1.1;
8.4.3 Barras fletidas
KE,θ é o fator de redução do módulo de elasticidade
8.4.3.1 Esta subseção se aplica às barras fletidas, cujos do aço à temperatura θa, conforme 5.1.1.1;
elementos componentes da se çã o transversal n ã o
possam sofrer flambagem local em regime elástico em Mcr é o momento fletor de flambagem elástica em
decorrência da atuação do momento fletor, obedecendo- temperatura ambiente, obtido de acordo com o ane-
se os limites apresentados em 8.4.3.2. xo D da NBR 8800:1986;

8.4.3.2 O valor do parâmetro de esbeltez λ para os estados Mpl é o momento de plastificação da seção trans-
limites últimos de flambagem local da mesa comprimida, versal para projeto em temperatura ambiente;
flambagem local da alma e flambagem lateral com torção,
representados respectivamente pelas siglas FLM, FLA e Mr é o momento fletor correspondente ao início do
FLT, em situaçã o de incêndio, deve ser sempre de- escoamento da seção transversal para projeto em

terminado como no anexo D da NBR 8800:1986. temperatura


xo D da NBRambiente, obtido de acordo com o ane-
8800:1986;
8.4.3.3 Nas vigas biapoiadas, sobrepostas por laje de
concreto, os valores dos par âmetros de esbeltez cor- k1 é um fator de correção para temperatura não-
respondentes à plastificação e ao início do escoamento uniforme na seção transversal, cujo valor é dado em
em situaçã o de incêndio, respectivamente λp,fi e λr,fi , 8.4.3.8;
devem ser determinados usando-se os procedimentos
do anexo D da NBR 8800:1986 para obten ção de λp e λr k2 é um fator de correção para temperatura não-uni-
à temperatura ambiente. forme ao longo do comprimento da barra, cujo valor
é dado em 8.4.3.9;
8.4.3.4 Se a barra fletida não atender às condições ex-
pressas em 8.4.3.3, λp,fi e λr,fi devem ser determinados 1,2 é um fator de correção empírico da resistência
usando-se os procedimentos do anexo D da da barra em temperatura elevada.
NBR 8800:1986 para obtenção de λp e λr à temperatura
8.4.3.6 A resistência de cálculo ao momento fletor M
ambiente, mas multiplicando-se o valor do m ódulo de de uma barra fletida com seção transversal em forma fi,Rd
de
elasticidade E por KE,θ e os valores do limite de es-
T é igual a:
coamento fy e da tensão residual fr por Ky,θ, onde KE,θ é o
fator de redução do módulo de elasticidade e Ky,θ o fator - para FLM e FLA, com KE,θMcr ≥ Ky,θ Mr:
de redução do limite de escoamento do a ço à temperatura
θa, conforme 5.1.1.1. Mfi,Rd = φfi,a k1 k2 Ky,θ Mr ≤ φfi,a Mr

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- para FLT: NBR 8800:1986, multiplicando-se os valores do


módulo de elasticidade E e do limite de escoamento
- se KE,θ Mcr ≤ Ky,θ Mr: fy, respectivamente por KE,θ e Ky,θ;

Ky,θM r Vpl é a força cortante correspondente à plastificação


Mfi,Rd = φfi,a da alma por cisalhamento determinada como em
1,2
5.5 da NBR 8800:1986;
- se KE,θ Mcr > Ky,θ Mr:
KE,θ é o fator de redução do módulo de elasticidade
KE,θ Mcr do aço à temperatura θa, conforme 5.1.1.1;
Mfi,Rd = φfi,a
1,2
Ky,θ é o fator de redução do limite de escoamento do
As grandezas Mcr, M r, K E,θ, Ky,θ, k1 e k2 são definidas em aço à temperatura θa, conforme 5.1.1.1;
8.4.3.5.

8.4.3.7 Na determinação da resistência de cálculo ao k1 é um fator de correção para temperatura não-uni-


momento fletor, apresentada em 8.4.3.5, para os estados forme na seção transversal, cujo valor é dado em
limites últimos de FLM e FLA, e FLT quando λ ≤ λp,fi, é 8.4.3.11;
considerada uma distribuiçã o de temperatura n ã o-
uniforme, por meio dos fatores k 1 e k2. Para o estado
k é um fator de correção para temperatura não-uni-
2
limite de FLT quando λ > λp,fi, é considerada uma dis- forme ao longo do comprimento da barra, cujo valor
tribuição uniforme de temperatura, corrigindo-se o re-
sultado obtido por meio do fator de corre ção empírico é dado em 8.4.3.12.
1,2.
8.4.3.10 Na determinação da resistência de cálculo à for-
8.4.3.8 Na determinação da resistência de cálculo ao ça cortante, apresentada em 8.4.3.9, é considerada uma
momento fletor, apresentada em 8.4.3.6, para os estados distribuição de temperatura não-uniforme, por meio dos
limites ú ltimos de FLA e FLM, é considerada uma
fatores k1 e k2.
distribuição de temperatura não-uniforme, por meio dos
fatores k1 e k2. Para o estado limite de FLT, considerada
uma distribuição uniforme de temperatura, corrigindo-se 8.4.3.11 O fator de correção k 1 para distribuição de tem-
o resultado obtido por meio do fator de corre ção empírico peratura não-uniforme na seção transversal tem os se-
1,2. guintes valores:

8.4.3.9
almas de resistêI,ncia
A perfis U ecácaix
H, de ão,à fletidos
lculo força cortante fi,RD
em relaVção de ao - para uma viga com todos os quatro lados expostos:
eixo perpendicular à alma, em situação de incêndio, é 1,00;
igual a:
- para uma viga com tr ês lados expostos, com uma
- se λ ≤ λp,fi : laje de concreto ou laje com forma de a ço incor-
porada no quarto lado: 1,40.
Vfi,Rd = φfi,a k1 k 2 K y,θ Vpl

- se λp,fi < λ ≤ λr,fi : 8.4.3.12 O fator de correção k 2 para distribuição de tem-


peratura não-uniforme ao longo do comprimento da barra
fletida tem os seguintes valores:
λp,fi
Vfi,Rd = φfi,a k1 k 2 K y,θ Vpl
λ
- nos apoios de uma viga estaticamente indeter-
- se λ > λr,fi : minada: 1,15;
2
 λp,fi  - em todos os outros casos: 1,00.
Vfi,Rd = φfi,a k1 k2 Ky,θ (1,28)  Vpl
Onde:  λ 
8.4.4 Barras sujeitas à força normal e momentos fletores
λé o parâmetro de esbeltez da alma, determinado
como em 5.5 da NBR 8800:1986; 8.4.4.1 Esta subseção é aplicável a barras de aço em si-
tuação de incêndio cuja seção transversal possui um ou
λp,fi éo parâ metro de esbeltez da alma corres-
dois eixos de simetria, sujeitas aos efeitos combinados
pondente à plastificação em situação de incêndio,
de força normal de tração ou compressão e momento
determinado como em 5.5 da NBR 8800:1986,
fletor em torno de um ou dois eixos principais de inércia
multiplicando-se os valores do módulo de elas-
ticidade E e do limite de escoamento fy, respectiva- da seção transversal. A seção transversal deve ter seus
mente por KE,θ e Ky,θ; elementos componentes atendendo aos requisitos de
8.4.2 e 8.4.3, respectivamente para os esfor ços isolados
λr,fi é
o par â metro de esbeltez da alma corres- de força normal de compressão e momento fletor, quando
pondente ao início do escoamento em situa çã o cada uma destas solicitações ocorrer. Os carregamentos
de inc ê ndio, determinado como em 5.5 da transversais devem se situar em planos de simetria.

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8.4.4.2 Para os efeitos combinados de for ça normal de Onde:


tração ou compressão e momentos fletores, deve ser aten-
dida a expressão de interação: Ag é a área bruta da seção transversal;

Nfi, Sd My, fi,Sd Ky,θ é o fator de redução do limite de escoamento


+ Mx, fi,Sd + ≤ 1,0 do aço à temperatura θa, conforme 5.1.1.1;
Nfi, Rd Mx, fi,Rd My, fi,Rd

Onde: λ θ é o parâmetro de esbeltez para barras com-


primidas à temperatura θa, conforme 8.4.2.3;
Nfi, Sd é a força normal de cálculo na barra, consi-
derada constante ao longo da barra, para a situação fy é o limite de escoamento do a ço.
de incêndio;
8.4.5 Elementos estruturais mistos
Nfi, Rd é a resistência de cálculo à força normal em
situação de incêndio, determinada conforme 8.4.1 As vigas mistas podem ser verificadas em situação de
para barras tracionadas, ou igual a φfi,a Ky,θ Ag fy , incêndio pelo método simplificado de dimensionamento
para barras comprimidas; apresentado no anexo A, os pilares mistos pelo m étodo
apresentado no anexo B e as lajes com forma de a ço in-
Ag é a área bruta da seção transversal; corporada pelo método apresentado no anexo C.

Ky,θ é o fator de redução do limite de escoamento do 8.5 Elevação da temperatura do aço


aço à temperatura , conforme 5.1.1.1;
a
θ 8.5.1 Estruturas internas
Mx,fi,Sd é o momento fletor de cálculo, para a situação
de incêndio, na seção considerada, em torno do ei- 8.5.1.1 Elementos estruturais sem proteção contra incêndio
xo x;
8.5.1.1.1 Para uma distribuição uniforme de temperatura
My,fi,Sd é o momento fletor de cálculo, para a situação na seção transversal, a elevação de temperatura ∆θa,t em
de incêndio, na seção considerada, em torno do eixo grau Celsius, de um elemento estrutural de aço sem pro-
y; teção contra incêndio, situado no interior da edifica ção,
durante um intervalo de tempo ∆t, pode ser determinada
Mx,fi,Rd é a resistência de cálculo ao momento fletor,
por:
em torno do eixo x, determinada conforme 8.4.3,
tomando Cb igual a 1,00 e o valor de λp,fi para o estado
limite de flambagem local da alma de perfis I e H, (u/A)
∆θa,t = ϕ∆t
fletidos em torno do eixo de maior in ércia, e caixão, c a ρa
quando Nfi,Sd for de compressão, como a seguir:
Onde:
KE,θ E  
λp,fi = 3,5 1- 2,8 Nfi,Sd  , para
Nfi,Sd
≤ 0,207 u/A é o fator de massividade para elementos estru-
Ky, θ fy  Ag Ky,θ fy  Ag Ky,θ fy turais de aço sem proteção contra incêndio, em um

por metro;
KE,θ E Nfi,Sd
λp,fi = 1,47 , para > 0,207 ρa é a massa específica do aço, conforme 5.1.1.2,
Ky, θ fy Ag Ky,θ fy em quilograma por metro cúbico;

My,fi,Rd é a resistência de cálculo ao momento fletor, ca é o calor específico do aço, conforme 5.1.1.2, em
em torno do eixo y, determinada conforme 8.4.3. joule por quilograma e por grau Celsius;

8.4.4.3 Para os efeitos combinados de for ça normal de ϕ é o valor do fluxo de calor por unidade de área,
compressão e momentos fletores, deve ser atendida, al ém em watt por metro quadrado;
da equação apresentada em 8.4.4.2, também a seguinte
expressão de interação: ∆t é o intervalo de tempo, em segundo.
Nfi,Sd Cmx Mx,fi, Sd Cmy My,fi, Sd 8.5.1.1.2 O valor de ϕ, em watt por metro quadrado, é
+ + ≤ 1,0
Nfi,Rd  Nfi,Sd   Nfi,Sd  dado por:
1-  1- 
 Nfi,ex  Mx,fi, Rd  Nfi,ey  My,fi,Rd
    ϕ = ϕc + ϕr
onde Nfi,Sd, Mx,fi,Sd, My,fi,Sd, Mx,fi,Rd e My,fi,Rd são definidos
com
como em 8.4.4.2 e Nfi,Rd é a resistência de cálculo à força
normal de compressão, determinada como em 8.4.2. Cmx ϕc = αc (θg - θa )
e C my devem ser determinados conforme 5.6 da
NBR 8800:1996. N fi,ex e Nfi,ey são as cargas de flambagem e
elástica por flexão em situação de incêndio, respecti- ϕr = 5,67 x 10-8 εres ( θg + 273)4 - (θa + 273)4 
vamente em torno dos eixos x e y. Para cada um destes  
eixos, tem-se: Onde:
Ag Ky,θ fy ϕc é o componente do fluxo de calor devido à con-
Nfi,e = 2
λθ vecção, em watt por metro quadrado;

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ϕr é o componente do fluxo de calor devido à ra- cm é o calor específico do material de proteção contra
diação, em watt por metro quadrado; incêndio, conforme 5.3, em joule por quilograma e
por grau Celsius;
αc é o coeficiente de transferência de calor por con-
vecção, igual a 25 W/m² °C; tm é a espessura do material de proteção contra in-
cêndio, em metro;

θg é a temperatura dos gases, em grau Celsius; θa,t éa temperatura do aço no tempo t, em grau
θa é a temperatura na superfície do aço, em grau Celsius;
Celsius;
θg,t é a temperatura dos gases no tempo t, em grau
εres é a emissividade resultante, podendo ser tomada Celsius;
igual a 0,5.
λm é a condutividade térmica do material de proteção
8.5.1.1.3 O valor de ∆t não pode ser tomado maior que contra incêndio, conforme 5.3, em watt por metro e
25 000 (u/A)-1. No entanto, recomenda-se não tomar ∆t por grau Celsius;
superior a 5 s.
ρaé a massa específica do aço, conforme 5.1.1.2, em
8.5.1.1.4 Algumas expressões para determinação do fator quilograma por metro cúbico;
de massividade u/A para peças de aço sem proteção são
dadas na tabela 3. Para efeito de c álculo, o valor do fator ρm é a massa específica do material de proteção
de massividade u/A não pode ser tomado menor que contra incêndio, conforme 5.3, em quilograma por
10 m-1. metro cúbico;

8.5.1.2 Elementos estruturais envolvidos por material de ∆t é o intervalo de tempo, em segundo.


proteção contra incêndio
8.5.1.2.3 O valor de ∆t não pode ser tomado maior que
8.5.1.2.1 Para uma distribuição uniforme de temperatura 25 000 (um/A)-1. No entanto, recomenda-se não tomar ∆t
na seção transversal, a elevação de temperatura ∆θa,t de superior a 30 s.
um elemento estrutural situado no interior do edifício,
envolvido por um material de prote ção contra incêndio, 8.5.1.2.4 Algumas expressões para determina çã o de
pode ser determinada por cá lculos, de acordo com valores de cálculo do fator de massividade um/A para
8.5.1.2.2 a 8.5.1.2.7, ou por ensaios de acordo com a elementos estruturais de aço envolvidos por material de
seção 7. proteção contra incêndio são dadas na tabela 4.
8.5.1.2.2 A elevação de temperatura ∆θa,t, em graus Celsius, 8.5.1.2.5 Para materiais de proteção contra incêndio do
de um elemento estrutural situado no interior do edif ício, tipo úmido, o cálculo da elevação da temperatura do aço
envolvido por um material de prote ção contra incêndio, pode ser modificado para levar em conta um retardo no
durante um intervalo de tempo ∆t, pode ser determinada aumento da temperatura do aço quando ela atinge 100°C.
por: Este retardamento deve ser determinado por meio de
ensaios, realizados em laboratório nacional ou estran-
geiro, de acordo com norma brasileira específica ou de
λm (um / A ) (θg,t - θa, t) ∆t - ( ξ/10 - 1)
∆θa,t = e ∆θg,t , mas ∆θa,t ≥ 0 acordo com norma ou especificação estrangeira.
tm ca ρa 1+ ξ / 3
8.5.1.2.6 Todas as propriedades do material de proteção
com contra incêndio devem ser obtidas de ensaios realizados
em laboratório nacional ou estrangeiro.
ξ= cmρm tm (um / A)
ca ρa 8.5.2 Estruturas externas
Onde:
8.5.2.1 A elevação da temperatura em estruturas de aço
um/A é o fator de massividade para elementos estru- externas deve ser determinada levando-se em conta:
turais envolvidos por material de proteção contra in-
cêndio, em um por metro; - o fluxo de calor por radiação proveniente do incên-
dio no interior do edifício;
u m é o perímetro efetivo do material de prote ção con-
tra incêndio (perímetro da face interna do material - os fluxos de calor por radia ção e por convecção
de proteção contra incêndio, limitado às dimensões provenientes das chamas geradas no interior do edi-
do elemento estrutural de aço), em metro; fício e que emanam das aberturas existentes;

A é a área da seção transversal do elemento es- - as perdas de calor por convecção e por radiação
trutural, em metro quadrado; da estrutura de aço para o ambiente;

ca é o calor específico do aço, conforme 5.1.2.2, em - os tamanhos e as posições dos elementos compo-
joule por quilograma e por grau Celsius; nentes da estrutura.

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Tabela 3 - Fator de massividade para elementos estruturais sem proteção

Seção aberta exposta ao incêndio por todos os lados: Seção tubular de forma circular exposta ao incêndio por
todos os lados:
u Perímetro
= u
=
d
A Área da seção transversal
A t (d - t)

Seção aberta exposta ao incêndio por três lados: Seçã o tubular de forma retangular (ou se çã o caixão
soldada de espessura uniforme) exposta ao inc êndio por
u Perímetro exposto ao incêndio todos os lados: u b + d
=
A Área da seção transversal A =t (b + d - 2t)

Mesa de seção I exposta ao incêndio por três lados: Seção caixão soldada, exposta ao incêndio por todos os
lados:
u b + 2tf u 2 (b + d)
= =
A btf A Área da seção transversal

Cantoneira (ou qualquer seção aberta de espessura Seção I com reforço em caixão, exposta ao incêndio por
uniforme) exposta ao incêndio por todos os lados: todos os lados:

u 2 u 2 (b + d)
= =
A t
A Área da seção transversal

Chapa exposta ao incêndio por todos os lados: Chapa exposta ao incêndio por três lados:
u b + 2t
u 2 (b + t) =
= A bt
A bt

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Tabela 4 - Fator de massividade para elementos estruturais com proteção

Situaçã o Descriçã o Fator de massividade (um/A)

Proteção tipo contorno, de espessura Perímetroda seção da peça de aço


uniforme, exposta ao incêndio por Área da seção da peça de aço
todos os lados

Proteção tipo caixa1), de espessura 2 (b + d)


uniforme, exposta ao incêndio por
Área da seção da peça de aço
todos os lados

Proteção tipo contorno, de espessura Perímetro da seção da peça de aço - b


uniforme, exposta ao incêndio por
Área da seção da peça de aço
três lados

Proteção tipo caixa1), de espessura 2d + b


uniforme, exposta ao incêndio por Área da seção da peça de aço
três lados

1)
Para c1 e c2 superior a d/4, deve-se utilizar bibliografia especializada.

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8.5.2.2 Anteparos podem ser colocados em um ou mais 9.1.2 Os métodos avançados podem incluir modelos se-
lados de uma peça externa para protegê-la da trans- parados para:
ferência de calor por radiação. Estes anteparos devem
ser incombustíveis e possuir uma resistência a incêndio - desenvolvimento e distribuição de temperatura nas
de pelo menos 30 min. Devem tamb ém ser presos dire- peças estruturais (análise térmica);
tamente aos lados da pe ça de aço a serem protegidos,
ou suficientemente largos para proteger estes lados do - comportamento mecânico da estrutura ou de al-
fluxo de calor por radiação previsto. guma de suas partes (análise estrutural).

8.5.2.3 A temperatura nas estruturas externas deve ser 9.1.3 Quaisquer modos de ruína potenciais que não sejam
determinada considerando-se que não há transferência cobertos pelo método empregado (incluindo flambagem
local e colapso por cisalhamento) devem ser impedidos
de calor por radiação para os lados protegidos por an-
de ocorrer por meio de um projeto estrutural adequado.
teparos.

9.1.4 Os métodos avançados podem ser usados em asso-


8.5.2.4 A elevação da temperatura na estrutura externa ciação com qualquer curva de aquecimento, desde que
pode ser determinada usando os métodos fornecidos no as propriedades do material sejam conhecidas para a
anexo C do ENV 1993-1-2:1995 ou outra norma ou espe- faixa de temperatura considerada.
cifica çã o estrangeira. As m áximas temperaturas nas
regiões internas do edifício próximas à estrutura externa, 9.2 Análise térmica
os tamanhos e as temperaturas das chamas que emanam
destas regiões e os fluxos de calor devidos à radiação e 9.2.1 A an álise térmica deve ser baseada em princípios
à convec çã o podem ser obtidos do anexo C do reconhecidos e hipóteses da teoria de transfer ência de
ENV 1991-2-2:1995 ou outra norma ou especificação es- calor.
trangeira.
9.2.2 O modelo térmico utilizado deve considerar:
8.5.2.5 A elevação da temperatura nas estruturas externas
pode também ser determinada, de maneira favor ável à - as ações térmicas relevantes indicadas em norma
segurança, usando-se o procedimento indicado em 8.5.1. ou especificação estrangeira ou bibliografia espe-
cializada;
8.5.3 Elementos estruturais pertencentes à vedação
- a variação das propriedades térmicas dos ma-
8.5.3.1 Para a elevação da temperatura nos elementos teriais com a temperatura, conforme a se ção 5, ou
estruturais pertencentes à vedação do edifício (figura 3), de forma mais realística conforme bibliografia espe-
pode-se admitir que, nos lados que não estejam expostos cializada.
ao incêndio, se despreze o fluxo de calor devido à ra-
diação e que o coeficiente de transferência de calor por 9.2.3 Os efeitos da exposição térmica não-uniforme e da
convecção, αc, seja tomado igual a 9 W/m2 °C. transferência de calor a componentes de edif ícios adja-
centes devem ser incluídos quando forem relevantes.
8.5.3.2 A elevação da temperatura nos elementos estru-
turais pertencentes à vedação do edifício pode também 9.2.4 A influência de alguma umidade ou migra ção de
ser determinada, de maneira favor ável à segurança, umidade no material de proteção contra incêndio pode,
usando-se o procedimento indicado em 8.5.1, calcu- a favor da segurança, ser desprezada.
lando-se o fator de massividade, considerando-se o pe-
rímetro e a área apenas da parte da seção transversal 9.3 Análise estrutural
exposta ao incêndio.

9.3.1 A análise estrutural deve ser baseada em princípios


9 Métodos avançados de análise estrutural e reconhecidos e hipóteses da mecânica dos sólidos.
térmica
9.3.2 Os efeitos das tensões e deformações induzidas
9.1 Generalidades termicamente devidos ao aumento de temperatura e às
temperaturas diferenciais devem ser considerados.
9.1.1 São denominados métodos avançados aqueles que
proporcionam uma análise realística da estrutura e do 9.3.3 Quando relevante, devem também ser considerados:
cenário do incêndio e podem ser usados para elementos
estruturais individuais com qualquer tipo de se ção trans-
versal, incluindo elementos estruturais mistos, para - os efeitos combinados de ações mecânicas, im-
subconjuntos ou para estruturas completas, internas, ex- perfeições geométricas e ações térmicas;
ternas ou pertencentes à vedação. Eles devem ser ba-
seados no comportamento físico fundamental, de modo - as variações das propriedades do material em fun-
a levar a uma aproxima ção confiável do comportamento ção do aumento da temperatura;
esperado dos componentes da estrutura em situa ção de
inc ê ndio. - os efeitos da não-linearidade geométrica;

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- os efeitos da não-linearidade do material, incluin- 9.3.5 Se necessário, o projeto deve se basear no estado
do os efeitos benéficos do carregamento e descar- limite último pelo qual as deforma ções calculadas da es-
regamento na rigidez estrutural. trutura poderiam causar colapso devido à perda de apoio
9.3.4 As deformações no estado limite último devem ser adequado de um elemento estrutural.
limitadas, quando necessário, para assegurar que a com-
patibilidade seja mantida entre todas as partes da estru-
tura.

Figura 3 - Elementos estruturais de vedação

/ANEXO A

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Anexo A (normativo)
Dimensionamento de vigas mistas

A.1 Aplicabilidade como não-uniforme, com a seção transversal dividida


em três partes (mesa inferior, alma e mesa superior), de
Este anexo trata do dimensionamento por m é todo acordo com a figura A.1. Neste caso:
simplificado, em situação de incêndio, de vigas mistas
que tenham sido dimensionadas à temperatura ambiente, - considera-se que não ocorra transferência de calor
de acordo com a NBR 8800, e que possuam o perfil de entre estas partes nem entre a mesa superior e a
aço com seção transversal em forma de I: laje de concreto;
- cuja alma tenha
- o acréscimo de temperatura ∆θa,t das mesas inferior
e superior da viga de a ço durante o intervalo de
h E tempo ∆t deve ser determinado conforme 7.5.1.1 ou
≤ 3,5
tw fy 7.5.1.2, respectivamente, se o perfil de aço não for
protegido ou tiver proteção tipo contorno;
onde h é a altura, tw a espessura da alma, E é o
módulo de elasticidade e fy o limite de escoamento - o fator de massividade u/A ou um/A deve ser deter-

do aço à temperatura ambiente; minado por:


- cuja mesa comprimida tenha - para a mesa inferior: uA/ ou um/A = 2(bfi + tfi)/bfitfi

λ ≤ λr - para a mesa superior:

onde λ e λr devem ser obtidos do anexo D da - sobreposta por laje maciça: u/A ou um/A =
NBR 8800:1986, para o estado limite ú ltimo de (bfs + 2tfs)/bfs tfs
flambagem local da mesa comprimida (FLM).
- sobreposta por laje com forma metálica incor-
A.2 Aquecimento da seção transversal porada:
A.2.1 Viga de aço
u/A ou um/A = 2 (bfs + tfs)/bfs tfs
A.2.1.1 Quando a viga de a ço não é protegida por material
de proteçã o contra incêndio ou possui proteçã o tipo - a temperatura da alma pode ser considerada igual
contorno, a distribuição de temperatura deve ser tomada à temperatura da mesa inferior.

Figura A.1 - Divisão da viga de aço para distribuição de temperatura

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A.2.1.2 Para vigas com proteção tipo caixa, uma tem- ou trapezoidais, que obede ç am ao crit é rio de
peratura uniforme pode ser considerada no perfil. A elevação isolamento térmico apresentado em C.3.1.2.
desta temperatura deve ser obtida conforme 8.5.1.2.
A.2.2.2 A distribuição de temperatura pode ser tomada
constante ao longo da largura efetiva b da laje de con-
A.2.2 Laje de concreto
creto.

A.2.2.1 As prescrições desta subseção podem ser usadas A.2.2.3 A variação de temperatura na altura da laje de
para lajes de concreto de densidade normal, maci ças ou concreto deve ser obtida da tabela A.1, dividindo-se a
com forma metálica incorporada com nervuras reentrantes altura da laje em um máximo de 14 fatias.

Tabela A.1 - Variação de temperatura na altura das lajes de concreto

Fatia Altura Temperatura θc [°C] após um tempo


j y de duração do incêndio, em minutos, de
mm

30 ’ 60 ’ 90 ’ 120 ’ 180 ’ 240 ’

1 ≤5 535 705 754 754 754 754


2 5 a 10 470 642 738 754 754 754
3 10 a 15 415 581 681 754 754 754
4 15 a 20 350 525 627 697 754 754
5 20 a 25 300 469 571 642 738 754
6 25 a 30 250 421 519 591 689 740
7 30 a 35 210 374 473 542 635 700
8 35 a 40 180 327 428 493 590 670
9 40 a 45 160 289 387 454 549 645

10 45 a 50 140 250 345 415 508 550 Face inferior aquecida


11 50 a 55 125 200 294 369 469 520 da laje maciça ou com
forma de aço
12 55 a 60 110 175 271 342 430 495
13 60 a 80 80 140 220 270 330 395
14 ≥ 80 60 100 160 210 260 305
NOTAS
1 A altura efetiva hef para laje de concreto com forma de aço incorporada deve ser obtida em C.3.1.2.
2 No caso de laje maci ça de concreto, a altura hef é igual à espessura da laje t c.

A.3 Comportamento estrutural A.3.2 Resistência ao momento fletor - Regiões de


momentos positivos
A.3.1 Conectores de cisalhamento
A.3.2.1 A resistência de cálculo ao momento fletor das
vigas mistas em situação de incêndio, Mfi,Rd, nas regiões
A resistência nominal de um conector de cisalhamento em de momentos fletores positivos, pode ser determinada
situação de incêndio, qfi, deve ser determinada como na pela teoria plástica, considerando-se a distribuição de
NBR 8800, mas substituindo-se: temperatura na seção transversal obtida em A.2, e
levando-se em conta a variação das propriedades dos
- fck e Ec do concreto à temperatura ambiente por Kc,θfck materiais com a temperatura, de acordo com a seção
e Ec,θ, respectivamente, onde o fator de redução em 4. Seu valor é dado por:
temperatura elevada da resistência característica à
compressão do concreto, K c,θ, deve ser obtido em 4.2.2 Mfi,Rd = φ fi,a Mfi,n
e E c, θ em 4.2.3, ambos para uma temperatura
onde o coeficiente de resistência φ fi,a é igual a 1,00 e
equivalente a 40% da temperatura da mesa superior
Mfi,n é a resistência nominal ao momento fletor.
da viga de aço;
A.3.2.2 Simplificadamente, pode-se considerar a
- fu do aço do conector à temperatura ambiente pelo temperatura uniforme ao longo da altura da laje de
produto Ky,θfu, onde Ky,θ deve ser obtido em 4.1.1.1 para concreto e igual a
uma temperatura equivalente a 80% da temperatura 1 n
da mesa superior da viga de a ço. θc = ∑ θc, j ej
hef j=1

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onde hef foi definido em A.2.2 (tabela A.1), n é o número A posição da linha neutra da se ção plastificada medida a
de fatias em que a laje foi dividida e θ c, j e e j , partir do topo da viga de a ço, yp, e a resistência nominal
respectivamente, são a temperatura e a espessura das n ao momento fletor Mfi,n podem ser assim determinadas:
fatias. Com este procedimento, a resist ência nominal ao
momento fletor pode ser determinada de acordo com os - para Cfi + K y,θs (bfs tfs) fy > K y,θi (bfi tfi + ht w) fy, a linha
tópicos das alíneas a), b) e c) a seguir, o que for aplicável:
neutra se situará na mesa superior e:

a) Interação completa e linha neutra da seção plas-


tificada na laje de concreto (figura A.2) 1 (Af y ) fi, a - Cfi
yp =
2 K y, θs bfs fy
Ocorre se:
 2 2
Qfi,n ≥ (Afy)fi a  yc   yp + (tfs - yp) 
Mfi,n = Cfi  yp + hF - 2  + Ky,θs f y bfs  +
,

  2
e  
0,85 Kc,θ fckbtc ≥ (Afy)fi,a  
+ Ky,θi fy (bfi tfi)  d - tfi - yp  + (htw )  h + tfs - yp  
com   2  2 
(Afy)fi,a = [Ky,θi(bfi tfi + htw) + Ky,θ s (bfs tfs)] fy
com
y,qi y,q s
onde K e K são os fatores de redução do limite
de escoamento do aço à s temperaturas θi e θs, yc = tc
respectivamente, obtidos conforme 5.1.1.1. As tem-
peraturas θi e θs são aquelas da mesa inferior e
alma e da mesa superior da viga de a ço, respectiva- - para Cfi + Ky,θs (bfs tfs) fy < Ky,θi (bfi tfi + htw) fy, a linha
mente, obtidas de acordo com A.2. neutra se situará na alma e:

Neste caso, tem-se que:


1 K y,θi (bfi tfi + htw + 2tfs tw ) - K y,θs bfs tfs f y - Cfi
yp =
θfi = (Afy) fi,a 2 K y,θi t w f y

Cfi = 0,85 Kc,θfckba


 y 
e deve ser atendida a condição de equilíbrio: Mfi,n = Cfi  yp + hF - c  + Ky,θs fy bfs tfs  yp - tfs  +
2
Tfi = Cfi    2
 (y - tfs)2 + (h - y + tfs)2 
Assim, + Ky,θi fy tw p p
+ bfi tfi  d - tfi - yp 
 2  2 
(Afy)
fi,a

a= ≤ tc
0,85 Kc,θfck b
com
  tfi + a  
Mfi, n = Ky, θify (bfi tfi)  d + hF + tc +  + (htw)  yc = t c
  2  
 h - a   tfs - a  c) Interação parcial (figura A.3)
 tfs + hF + tc + 2  + Ky, θsfy(bfs tfs)  hF + tc + 2 
    
Ocorre se:
b) Interação completa e linha neutra da seção plas-
tificada na viga de aço (figura A.2) Qfi,n < 0,85 Kc,θ fck btc
Ocorre se:
e
Qfi,n ≥ Cfi
e Qfi,n < (Afy)fi,a

(Afy)fi,a ≥ 0,85 Kc,θfckbtc com


com
(Afy)fi,a = [Ky,θi (bfi tfi + htw) + Kyθs (bfs tfs)] fy
Cfi = 0,85 Kc,θfckbtc
Qfi,n não pode ser inferior à metade do menor valor:
(Afy)fi,a = [Ky,θi(bfi tfi + htw) + Ky,θs (bfs tfs)] fy 0,85 Kc,θ, fck btc ou (Afy)fi,a. Se isto ocorrer, o n úmero de
Neste caso, as resultantes de compress ão e de conectores de cisalhamento deve ser aumentado.
tração na viga de aço são representadas por C'fi e Tfi,
Com estas condições cumpridas, tem-se:
respectivamente, e deve-se ter:

Tfi = Cfi + C'fi Cfi = Qfi,n

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e para determinação da posição da linha neutra da se ção Qfi,n é o somatório das resistências individuais em
plastificada, medida a partir do topo da viga de aço, yp, incêndio qfi,f,n dos conectores de cisalhamento situa-
são válidas as expressões dadas na alínea b) anterior, dos entre a seção de momento máximo e a seção
usando-se, no entanto, este novo valor da for ça de com- adjacente de momento nulo (ver A.3.1);
pressão no concreto (Cfi). Para determinação da resis-
tência nominal ao momento fletor Mfi,n, são válidas também hF é a altura das nervuras da forma de aço;
as expressões da alínea b) com o novo valor de, C e
fi
com yp é a distância da linha neutra da seção plastificada
até a face superior da viga de a ço;
yc = a
Kc,θ é o fator de redução da resistência característica
do concreto à compressão em temperatura elevada,
sendo para a temperatura atingida pela laje de concreto;

Ky,θ é o fator de redução do limite de escoamento do


Cfi aço em temperatura elevada.
a=
0,85 Kc,θ f ck b
A.3.3 Resistência ao momento fletor - Regiões de
momentos negativos
Nas expressões dadas nos tópicos das alíneas a), b)
e c), as grandezas geométricas t , d, b , b , h, t , t e t A resistência de cálculo em situação de incêndio das
c
estão representadas nas figuras A.1, A.2fi e A.3,
fs
e:fi fs w
vigas mistas ao momento fletor, nas regi ões de momentos
negativos, deve ser determinada de acordo com 8.4.3,
b é a largura efetiva da laje; desprezando-se a laje de concreto.

A.3.4 Resistência à força cortante


a é a espessura comprimida da laje ou, para inte-
ração parcial, espessura considerada efetiva; A resistência de cálculo em situação de incêndio das
vigas mistas à força cortante, Vfi,Rd, deve ser obtida como
fck é a resistência característica do concreto à com- em 8.4.3, para a temperatura da alma do perfil de a ço
pressão; determinada conforme A.2.1.

Figura A.2 - Distribuição de tensões em temperatura elevada para interação completa

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Figura A.3 - Distribuição de tensões em temperatura elevada para interação parcial

/ANEXO B

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Anexo B (normativo)
Dimensionamento de pilares mistos
B.1 Generalidades concreto (figuras B.1-a e B.1-b) e de seções preenchidas
com concreto (figuras B.1-c e B.1-d), pertencentes a es-
Este anexo trata do projeto e do dimensionamento em truturas indeslocáveis ou a estruturas desloc áveis nas
temperatura ambiente e do dimensionamento em situação quais os efeitos de 2ª ordem tenham sido levados em
de incêndio por método simplificado de pilares mistos de conta diretamente na análise estrutural.
seções transversais total ou parcialmente revestidas com

a)

c) d)

Figura B.1 - Tipos de seções transversais de pilares mistos

B.2 Dimensionamento em temperatura ambiente B.2.2 Limites de aplicabilidade


B.2.1 Generalidades B.2.2.1 Os pilares mistos devem ter dupla simetria e seção
B.2.1.1 Esta seção trata do dimensionamento, em tempe- transversal constante.
ratura ambiente, de pilares mistos submetidos à com-
pressão simples ou à flexo-compressão por método sim- B.2.2.2 O fator de contribuição do aço δ, como definido
plificado. em B.2.6.4, deve ser superior a 0,2 e inferior a 0,9. Se δ
for menor ou igual a 0,2, o pilar deve ser dimensionado
B.2.1.2 O método simplificado tem por base as seguintes de acordo com a NBR 6118; se δ for maior ou igual a 0,9,
hip óteses: o pilar deve ser dimensionado segundo a NBR 8800. Os
perfis de aço podem ser soldados ou laminados.
- há interação completa entre o concreto e o a ço no
momento do colapso;
B.2.2.3 A esbeltez relativa do pilar λ , como definida em
- as imperfeições iniciais são consistentes com aque- B.2.6.2, não pode ser maior que 2,0.
las adotadas para a determinação da resistência de
barras de aço axialmente comprimidas; B.2.2.4 Seções transversais preenchidas com concreto
podem ser fabricadas sem qualquer armadura. Para os
- não ocorre flambagem local dos elementos de aço demais casos, a área da seção transversal da armadura
da seção transversal. longitudinal não deve ser inferior a 0,3% da área do

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concreto. A máxima porcentagem de armadura na seção b) para seções preenchidas com concreto: 0,4 MPa;
de concreto é de 4% desta. Por razões de proteção contra
incêndio, maiores porcentagens de armadura podem ser c) para mesas de seções parcialmente revestidas:
utilizadas, poré m não poder ão ser consideradas no 0,2 MPa;
dimensionamento.
d) para as almas de se ções parcialmente revestidas:
B.2.2.5 Para as seções totalmente revestidas, os cobri- 0,0 MPa.
mentos deverão estar dentro dos seguintes limites (figu-
ra B.1-a): B.2.4.4 Deve ser garantido que, para um determinado
comprimento de aplicação de carga imposta ao pilar, os
- 40 mm ≤ cy ≤ 0,3 h e cy ≥ bf/6 componentes da seção transversal sejam carregados de
acordo com suas resistências individuais, de maneira a
- 40 mm ≤ cx ≤ 0,4 bf. não ocorrerem deslizamentos significativos entre essas
partes.
B.2.3 Flambagem local dos elementos de aço
B.2.4.5 O comprimento de aplicação de carga para a for-
B.2.3.1 As resistências de todos os materiais devem ser
ça cortante não deve exceder duas vezes a menor das
alcanç adas sem que ocorra flambagem local dos
duas dimensões da seção transversal mista.
elementos componentes do perfil de aço da seçã o
transversal. Para evitar a flambagem local, n ão podem
B.2.4.6 O esforço a ser desenvolvido na ligação entre o
ser ultrapassadas as relações largura/espessura dadas
aço e o concreto pode, a favor da segurança, ser igual ao
a seguir (figura B.1): menor valor entre a resistência plástica do perfil de a ço e
a) seçõ es tubulares circulares preenchidas com a do concreto armado, ambas calculadas de acordo com
concreto: d/t ≤ 0,11 E/fy ; B.2.5, sem os respectivos coeficientes de resistência.

b) seções tubulares retangulares preenchidas com B.2.4.7 Os conectores de cisalhamento devem ser dimen-
concreto: h/t ≤ 1,76 E/fy ; sionados segundo as prescri ções da NBR 8800.

c) seções I parcialmente revestidas: bf/tf ≤ 1,47 E/fy. B.2.5 Resistência das seções transversais de barras
comprimidas
Onde:
B.2.5.1 Seções revestidas e seções tubulares retangulares
E é o módulo de elasticidade do aço a 20oC; preenchidas com concreto

d é o diâmetro externo da seção tubular circular; B.2.5.1.1 A resistência em regime plástico da seção trans-
versal é dada pela soma das resistências de seus com-
h é a maior dimensão (parte plana) paralela ao ponentes, conforme segue:
eixo de simetria da seção tubular retangular;
Npl,Rd = φa fyAa+ α φc fckAc + φs fsyAs
bf é a largura total da mesa da seção I;
Onde:
t é a espessura da parede da seção tubular;
Aa é a área da seção transversal do perfil de aço;
tf é a espessura da mesa da seção I.

B.2.3.2 Com os cobrimentos exigidos em B.2.2, n ão é ne- A s é a área da seção transversal da armadura longi-
cessária a verificação de flambagem local para as seções tudinal;
totalmente revestidas de concreto.
A c é a área da seção transversal do concreto;
B.2.4 Cisalhamento entre os componentes de aço e os de
concreto fy é o limite de escoamento do aço do perfil;
B.2.4.1 Forças e momentos aplicados por meio de pe ças fsy é o limite de escoamento do a ço da armadura;
ligadas ao pilar têm de ser distribuídos entre os compo-
nentes do perfil de a ço e os de concreto, considerando a fck é a resistência característica à compressão do
resistência ao cisalhamento na interface entre estes concreto;
materiais.
φa é o coeficiente de resistência do aço do perfil,
B.2.4.2 A resistência ao cisalhamento é assegurada pelas igual a 0,9;
tensões de aderência na interface e pelos conectores de
cisalhamento, de maneira que n ão ocorram significantes
φs é o coeficiente de resistência do aço da arma-
dura, igual a 0,85;
deslizamentos entre as partes.

B.2.4.3 Salvo determinação mais precisa, recomenda-se φc é o coeficiente de resistência do concreto, igual
a utilização dos seguintes valores na determinação da a 0,7;
resistência de cálculo devida à aderência entre o aço do
α =1 para seções tubulares retangulares preenchi-
perfil e o concreto:
das com concreto;
a) para seções totalmente revestidas de concreto:
0,6 MPa; α = 0,85 para seções revestidas com concreto.

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B.2.5.2 Seções tubulares circulares preenchidas com B.2.6.2 A esbeltez relativa λ para o plano de flexão con-
concreto siderado é dada por:

B.2.5.2.1 A resistência em regime plástico da seção trans-


versal do perfil tubular circular preenchido com concreto λ= Npl,R/ Ne
é dada por:
Onde:
Npl,Rd = η2φa fyAa + φc fckAc[1 + η1(t/d) fy/fck] + φs fsyAs
Npl,R é o valor de Npl,Rd quando os coeficientes de
resistência φa, φs e φc nas expressões apresentadas
Onde: em B.2.5.1 e B.2.5.2 s ão tomados iguais a 1;

t é a espessura da parede do tubo de aço; N e é a carga crítica de flambagem elástica por flexão,
dada por: Ne = (EI)eπ2/l2
η1 = η10(1 - 10 e/d)
l é o comprimento de flambagem do pilar, determi-
η2 = η20 + (1 - η20) 10 e/d nado de acordo com a NBR 8800.

η10 = 4,9 - 18,5 λ + 17 λ 2


≥ 0 B.2.6.3 A rigidez efetiva à flexão da seção transversal
mista, (EI)e, é determinada como a seguir:
η20 = 0,25 (3 + 2 λ) ≤ 1,0
(EI)e = EaIa + 0,8 EcIc + EsIs
"e" é a excentricidade do carregamento, igual a:
Onde:
e = Mmáx.,Sd / Nsd
Ia é o momento de inércia da área do aço estrutural;
Onde:
Is é o momento de inércia da área do aço da
Mmáx.,Sd é momento máximo solicitante de cálculo, armadura do concreto;
determinado por meio da análise de 1ª ordem;
Ic é o momento de inércia da área do concreto;
Nsd é a força axial solicitante de c álculo na barra,
considerada constante ao longo da barra, nesta Ea é o módulo de elasticidade do a ço estrutural;
Norma.
Es é o módulo de elasticidade do aço da armadura,
B.2.5.2.2 Quando a esbeltez relativa λ exceder 0,5 ou a igual a 205 000 MPa;
excentricidade exceder d/10, deve-se considerar que
η1 = 0 e η2 = 1,0. Ec é o módulo de elasticidade do concreto de
densidade normal, dado por:
B.2.6 Resistência de pilares submetidos à compressão
axial Ec = 42γc1,5 f ck

B.2.6.1 A resistência de cálculo de barras axialmente com-


primidas sujeitas a flambagem por flexão é dada por: Onde:

NRd = ρNpl,Rd γc é o peso específico do concreto, em quilo-


newton por metro c ú bico (valor mí nimo
Onde: previsto de 15 kN/m3);

Npl,Rd é a resistência da seção transversal calcula- Ec e fck, em megapascal.


da de acordo com B.2.5.1 ou B.2.5.2;
B.2.6.4 Os efeitos de retração e deformação lenta do
ρ é o fator de redução fornecido pela NBR 8800 concreto devem ser levados em conta na rigidez efetiva
em função da esbeltez relativa λ e da adequada à flexão da seção transversal, quando:
curva de flambagem, devendo-se tomar:
- a esbeltez relativa λ no plano de flexão consi-
- curva “a” para seções tubulares preenchidas derado exceder os limites dados na tabela B.1;
com concreto;
- e/d < 2.
- curva “b” para seções I total ou parcialmente
Onde:
revestidas de concreto, com flambagem em torno
do eixo de maior inércia do perfil de aço; e é a excentricidade do carregamento, defi-
nida em B.2.5.2.1;
- curva “c” para seções I total ou parcialmente
revestidas de concreto, com flambagem em torno d é a dimensão (altura ou largura) da se ção
do eixo de menor inércia do perfil de aço. transversal no plano de flex ão considerado.

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Tabela B.1 - Valores limites de λ abaixo dos quais são desprezados os


efeitos de retração e deformação lenta do concreto

Estruturas Estruturas
indeslocáveis deslocáveis

Seções revestidas de concreto 0,8 0,5

Seções tubulares preenchidas com 0,8/(1 - δ) 0,5/(1-δ)


concreto

δ é o fator de contribui ção do aço, dado por: δ = (φa f y Aa ) / Npl,Rd

B.2.6.5 Os efeitos de retração e deformação lenta do N pl,Rd - NSd


µd ≤ 1,0
concreto podem ser simulados por uma redu çã o do N pl,Rd - Nc
módulo de elasticidade do concreto, tomando-se para
este Ecr no lugar de Ec, dado por: (1 + r)
Nn = NRd ≤ NSd
4
Ecr = Ec [1 - 0,5 (NG,Sd/NSd)]
Onde: M1
r=
M2
NSd é a força normal de cálculo;
Nc = α φc fck A c
NG,Sd é a parcela desta força normal de cálculo devida
à ação permanente e à ação decorrente do uso de
atuação quase permanente. Nessas equações, α tem os valores definidos em B.2.5.1.1.
M1
é a relação entre o menor e o maior momento de
B.2.7 Resistência de pilares submetidos à flexo- M2
extremidade do pilar e é positiva quando esses mo-
compressão mentos provocarem curvatura reversa e negativa em caso
B.2.7.1 Esta subseção é aplicável a barras sujeitas aos de curvatura simples. Quando o momento em alguma
efeitos combinados de força normal e momento fletor em seção intermediária for superior, em valor absoluto, a M 1
torno de um ou de ambos os eixos de simetria da se ção e M2, r deve ser tomado igual a 1,00. Tamb ém no caso de
transversal. A seção transversal deve ter seus elementos balanços, r deverá ser tomado igual a 1,00.
componentes atendendo aos requisitos apresentados em
NSd é a força normal de cálculo;
B.2.2 e B.2.3.
Mx,S,d é o momento fletor de c álculo em torno do eixo
B.2.7.2 As forças cortantes que agem segundo os eixos
x da seção considerada;
de simetria da seção mista podem ser assumidas como
atuando apenas no perfil de aço. Neste caso, as resis- My,S,d é o momento fletor de c álculo em torno do eixo
tências de cálculo devem ser determinadas conforme y da seção considerada;
5.6.1.2 da NBR 8800:1986.
Npl,Rd é a resistência da seção transversal à com-
B.2.7.3 A verificação dos efeitos da força normal de com- pressão axial, calculada de acordo com B.2.5.1 ou
pressão e dos momentos fletores é feita por meio da B.2.5.2.;
seguinte expressão de interação:
NRd é a resistência do pilar à compressão axial,
calculada de acordo com B.2.6;
NSd - Nn Cmx Mx,Sd
µK + + Mx,pl,Rd é a resistência de cálculo ao momento fletor
NRd - Nn  NSd - Nn  em torno do eixo x da seção mista, determinada pela
1-  0,9Mx, pl, Rd
 Nex  análise plástica das tensões por meio de B.2.7.4;

My,pl,Rd é a resistência de cálculo ao momento fletor


Cmy My,Sd em torno do eixo y da seção mista, determinada pela
+
 NSd - Nn  análise plástica das tensões por meio de B.2.7.4;
1-  0,9 My,pl,Rd
 Ney 
  Nex é a carga de flambagem el ástica por flexão em
torno do eixo x;

ey
Onde: N
tornoé adocarga
eixo y;de flambagem el ástica por flexão em

N pl,Rd - NRd Cmx e Cmy são coeficientes determinados conforme


µK ≤ 1,0
N pl,Rd - Nc 5.6 da NBR 8800:1986.

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B.2.7.4 O momento de plastificação Mpl,Rd para seções Zpcé o módulo de resistência plástico da seção de
mistas duplamente simétricas pode ser calculado por: concreto, considerado não fissurado;

Mpl,Rd = f yd (Zpa - Zpan) + 0,5 f cd (Zpc - Zpcn) + f sd (Zps - Zpsn) Z pan , Z pcn e Z psn sã o mó dulos de resist ê ncia
plásticos definidos em B.2.7.5 e B.2.7.6.
Onde:

fyd = φa fy; B.2.7.5 Para seções I revestidas com concreto, tem-se:


n
fsd = φs fsy; Zps = ∑ Asi ei
i=1
fcd = α φc fck;
α = 1 para seções preenchidas com concreto; onde ei significa as distâncias dos eixos das barras da
armadura de área Asi aos eixos de simetria da seção.
α = 0,85 para os demais casos;

Zpa é o módulo de resistência plástico da seção de a) Eixo de maior in ércia:


aço estrutural;
bc h2c
Zps é o módulo de resistência plástico da seção da Zpc = - Zpa - Zps
4
armadura do concreto;

Figura B.2 - Seção I revestida com concreto, fletida em torno do eixo de maior inércia

a.1) Linha neutra plástica na alma do perfil de a ço a.2) Linha neutra pl ástica na mesa do perfil de aço
( hn ≤ h/2 - tf ): (h/2 - tf < hn < h/2 ):

A cfcd - A sn (2 f sd - f cd)
hn = A cfcd - A sn (2 f sd - f cd) + (bf - tw) (h - 2 tf) (2 f yd - f cd)
2 bcf cd + 2 tw( 2 f yd - fcd ) hn =
2 bcf cd + 2 bf ( 2 f yd - fcd )
Zpan = tw - hn2
(bf - tw) (h - 2 tf)2
Zpan = bhn2 -
n
4
Zpsn = ∑ A sni e yi
i=1
Zpcn = bchn2 - Zpan - Zpsn
2
Zpcn = bc hn - Zpan - Zpsn
a.3) Linha neutra pl ástica fora do perfil de a ço
Onde: (h/2 < hn < hc/2 ):

Asn é a soma das áreas das barras da armadura na A cfcd - A sn (2 f sd - fcd) - Aa (2 f yd - f cd)
região 2 hn; hn =
2 bcf cd
Asni são as áreas das barras da armadura na região
2 hn; Zpan = Zpa

e yi são as distâncias dos eixos das barras da arma- Zpcn = bc hn2 - Zpan- Zpsn
dura ao eixo x.

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b) Eixo de menor inércia:

Figura B.3 - Seção I revestida com concreto, fletida em torno do eixo de menor inércia

hc b2c B.2.7.6 Para seções tubulares retangulares ou circu-


Zpc = - Zpa - Zps lares preenchidas com concreto, tem-se:
4
a) Seção tubular retangular:
b.1) Linha neutra plástica na alma do perfil de a ço
(hn < tw/2 ):
A cfcd - Asn (2 fsd - fcd)
hn =
2 hcf cd + 2 h (2 f yd - fcd)

Zpan = hhn
2

Zpcn = hc hn - Zpan - Zpsn


2

b.2) Linha neutra plástica na mesa do perfil de a ço


(tw/2 < hn < bf/2 ):

A cfcd - A sn (2 fsd - fcd) + tw (2 tf - h) (2 fsd- fcd)


hn = 2 hcfcd + 4 tf (2 f yd - f cd)
Figura B.4 - Seção tubular retangular

(h - 2 tf) t2w a.1) Eixo de maior inércia:


Zpan = 2 tf hn2 +
4
(b - 2t)(h - 2t)2 2 r3 - r2 (4 - π)  h - t - r  - Z
Zpc = - ps
4 3 2 
2
Zpcn = hc hn - Zpan - Zpsn
A cf cd - A sn (2 f sd - fcd)
hn =
2 bfcd + 4 t (2 f yd - fcd)

b.3) Linha neutra fora do perfil de aço (bf/2 < hn < bc/2 )
Zpcn = (b - 2 t) hn - Zpsn
2

A cfcd - A sn (2 f sd - f cd) - A a (2 f yd - f cd)


Zpan = bhn - Zpcn - Zpsn
2
hn =
2 hcf cd

Zpan = Zpa a.2) Eixo de menor inércia

Neste caso devem ser utilizadas as equações


Zpcn = hc hn2 - Zpan - Zpsn relativas ao eixo de maior in ércia, permutando-
se entre si as dimensões h e b, bem como os
índices subscritos x e y.

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b) Seção tubular circular: B.3.2.2 Generalidades

B.3.2.2.1 Os dados apresentados nas tabelas dependem


Neste caso podem ser utilizadas as equa ções rela-
do nível de carga ηfi, o qual é definido como sendo o quo-
tivas às seções tubulares retangulares, considerando
ciente entre o valor do esforço de cálculo na barra para
h = b = d e r = d/2 - t.
os estados limites ú ltimos em situaçã o de incê ndio,
conforme 6.2, e o valor da resistência de cálculo em tem-
peratura ambiente.

B.3.2.2.2 As tabelas B.3 a B.6 são válidas tanto para


cargas axiais como para cargas exc êntricas aplicadas
ao pilar. Na determinação da resistência de cálculo à
temperatura ambiente, Rd, a excentricidade do car-
regamento deve ser considerada.

B.3.2.2.3 É permitida a interpolação linear entre todos os


dados das tabelas B.3 a B.6. Nestas tabelas, n ão poderão
ser extrapolados os dados identificados por “-”.

B.3.2.2.4 Na determinação de Rd o comprimento de flamba-


gem l deverá ser tomado igual ao comprimento do pilar.
Para o pavimento do topo, Rd é calculada assumindo-se
que o comprimento de flambagem seja igual a 1,4 vez o
comprimento do pilar.

B.3.2.2.5 O comprimento de flambagem para a situação


de incêndio deve ser determinado como no projeto, à
Figura B.5 - Seção tubular circular temperatura ambiente.

B.3 Dimensionamento em temperatura elevada B.3.2.2.6 Os dados apresentados nas tabelas B.3 a B.6
são v álidos para pilares com comprimento máximo igual
a 30 vezes a menor dimensão externa da seção trans-
B.3.1 Generalidades versal.

B.3.2.3 Pilares totalmente revestidos de concreto


Esta seçã
incêndio o pilares
de trata do dimensionamento
mistos em situaao
diretamente expostos çãofogo
de
B.3.2.3.1 Os pilares fabricados com perfis de a ço total-
ao longo de todo seu comprimento, utilizando o m étodo
mente revestidos de concreto s ã o classificados em
tabular. função das dimensões bc e hc, do cobrimento c de concreto
na seção de aço e da distância mínima us do eixo de uma
B.3.2 Método tabular barra da armadura à face do concreto, conforme as duas
soluções alternativas apresentadas na tabela B.3.
B.3.2.1 Escopo de aplicação
B.3.2.3.2 A armadura longitudinal do concreto deverá
consistir em um mínimo de quatro barras de aço com
As hipóteses adotadas para a elaboração das tabelas diâmetro de 12,5 mm. Em todos os casos, os percentuais
deste método são as seguintes: de armadura deverão satisfazer aos limites estabelecidos
em B.2.2.

a) o incêndio é limitado a somente um pavimento; B.3.2.3.3 Se o concreto que reveste a seção de aço tem
apenas função de isolamento t érmico, os tempos re-
b) as barras estão submetidas a temperatura uni- queridos de resistência a incêndio de 30 min a 120 min
forme ao longo do comprimento; podem ser atendidos com um cobrimento de concreto c
da seção de aço conforme a tabela B.4. Para o tempo re-
c) as condições de contorno das barras em tempe- querido de resistência a incêndio de 30 min, é necessário
aplicar o concreto apenas entre as mesas da se ção de
ratura ambiente são invariantes com a temperatura;
aço.

d) os esforços nos apoios e extremidades das barras B.3.2.3.4 Quando o concreto de revestimento tem apenas
em temperatura ambiente são invariantes com a função de isolamento térmico, deve ser colocada em volta
temperatura. da seção de aço a armadura longitudinal mínima com
espaçamento máximo de 250 mm em ambas as dire ções.

Na elaboração das tabelas foram considerados os efeitos A distância do eixo das barras da armadura longitudinal
à superfície externa do pilar deverá ser no mínimo igual a
de deformações térmicas resultantes de gradientes de
20 mm para todas as armaduras, n ão devendo, no
temperatura. entanto, exceder 50 mm.

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Tabela B.3 - Dimensões mínimas da seção transversal, cobrimento mínimo de concreto da seção de aço e
distâncias mínimas dos eixos das barras da armadura à face do concreto

Tempo requerido de resistência


a incêndio

min

30 60 90 120

1.1 Dimensões mínimas de h e b (mm) 150 180 220 300


c c
1.2 Cobrimento mínimo de concreto para se ção de aço estrutural c (mm) 40 50 50 75
1.3 Distâncias mínimas dos eixos das barras da armadura u s (mm) (20) 30 30 40
ou
2.1 Dimensões mínimas de hc e bc (mm) - 200 250 350
2.2 Cobrimento mínimo de concreto para se ção de aço estrutural c (mm) - 40 40 50
2.3 Distâncias mínimas dos eixos das barras da armadura u s (mm) - (20) (20) 30

Tabela B.4 - Cobrimentos de concreto com função apenas de isolamento térmico

Tempo requerido de resistência a


incêndio
min

30 60 90 120
Cobrimento de concreto c 0 25 30 40
mm

B.3.2.4 Pilares mistos parcialmente revestidos de concreto B.3.2.4.3 A tabela B.5 deve ser usada para aços estruturais
com limites nominais de escoamento entre 250 MPa e
B.3.2.4.1 Os pilares mistos feitos de perfis de a ço parcial- 345 MPa e resistências nominais à tração entre 400 MPa
mente revestidos de concreto s ão classificados em
e 485 MPa.
função do nível de carga ηfi, das dimensões bf e h, da
menor distância do eixo de uma barra da armadura à
face do concreto, us, e da relação entre as espessuras da B.3.2.4.4 Na tabela B.5, a menor relação tw/tf pode ser
alma e da mesa da se ção, tw/tf, conforme especificado na tomada como 0,6 em vez de 0,7, caso a altura h do perfil
tabela B.5. seja menor que 350 mm e a taxa de armadura As/(Ac+As)

B.3.2.4.2 Na determinação de Rd e de Rfi,d = ηfi Rd, em seja menor que 3%.


combinaçã o com a tabela B.5, taxas de armadura
As/(Ac+As) maiores que 6% ou menores que 1% não
poderão ser levadas em conta.

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Tabela B.5 - Dimensões mínimas da seção transversal, distâncias mínimas dos eixos das barras da armadura
à face do concreto e taxas tw/tf

Tempo requerido de resistência


a incêndio

min

30 60 90 120

1 Dimensões mínimas da seção transversal para o n ível de


carga ηfi = 0,3

1.1 Dimensões mínimas de h e b f (mm) 160 260 300 300


1.2 Distâncias mínimas dos eixos das barras da armadura 40 40 50 60
us (mm)
1.3 Taxas mínimas entre as espessuras da alma e da 0,6 0,5 0,5 0,7
mesa tw/tf

2 Dimensões mínimas da seção transversal para o nível de


carga ηfi = 0,5

2.1 Dimensões mínimas de h e b f (mm) 200 300 300 -


2.2 Distâncias mínimas dos eixos das barras da armadura 35 40 50 -
us (mm)
2.3 Taxas mínimas entre as espessuras da alma e da mesa tw/tf 0,6 0,6 0,7 -

3 Dimensões mínimas da seção transversal para o nível de


carga ηfi = 0,7

3.1 Dimensões mínimas de h e b f (mm) 250 300 - -


s
3.2
3.3 Distâncias
Taxas mínimas
mínimas entredos eixos das barras
as espessuras da armadura
da alma e da mesautw/t
(mm) 30
0,6 40
0,7 -- --
f

B.3.2.5 Pilares mistos de perfis tubulares preenchidos com para limite de escoamento nominal o valor m áximo
concreto de 250 MPa;

B.3.2.5.1 Os pilares mistos fabricados com perfis tubulares - a espessura "e" da parede do perfil tubular não
de aço, preenchidos com concreto, s ão classificados em pode exceder 1/25 de "b" ou de "d";
função do nível de carga ηfi, das dimensões h, b ou d da
seção transversal, da taxa de armadura As/(Ac+As) e das
- as taxas de armadura As/(Ac + As) maiores que 3%
distâncias mínimas entre os eixos das barras da armadura
não s ão consideradas;
à face interna do perfil, conforme a tabela B.6.
B.3.2.5.2 Na determinação de Rd e de Rfi,d = ηfiRd, em com- - a resistência do concreto é considerada como sen-
binação com a tabela B.6, as seguintes regras se aplicam: do para projeto à temperatura ambiente.

- independentemente das características mecânicas B.3.2.5.3 Os dados apresentados na tabela B.6 são válidos
do aço dos perfis tubulares, deve ser considerado para o aço CA-50 utilizado para a armadura A s.

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Tabela B.6 - Dimensões mínimas da seção transversal, taxas mínimas de armadura e distâncias
mínimas entre os eixos das barras da armadura à face do perfil

Tempo requerido de resistência


a incêndio

min

Seção de aço: (b/t) ≥ 25 ou (d/t) ≥ 25


30 60 90 120

1 Dimensões mínimas da seção transversal para o nível de


carga ηfi = 0,3

1.1 Dimensões mínimas de h e b ou di âmetro mínimo d (mm) 160 260 300 300
1.2 Taxa mínima da armadura As/(Ac + As) em % 0 1,5 3,0 6,0
1.3 Distâncias mínimas dos eixos das barras da armadura - 30 40 50
us (mm)

2 Dimensões mínimas da seção transversal para o nível de


carga ηfi = 0,5

2.1 Dimensões mínimas de h e b ou diâmetro mínimo d (mm) 260 260 400 450
2.2 Taxa mínima da armadura As/(Ac + As) em % 0 3,0 6,0 6,0
2.3 Dimensões mínimas dos eixos das barras da armadura us (mm) - 3,0 40 50

3 Dimensões mínimas da seção transversal para o nível de carga


ηfi = 0,7
3.1 Dimensões mínimas de h e b ou diâmetro mínimo d (mm) 260 450 550 -
3.2 Taxa mínima da armadura As/(Ac + As) em % 3,0 6,0 6,0 -
3.3 Distâncias mínimas dos eixos das barras da armadura us (mm) (25) 30 40 -

B.3.3 Disposições construtivas c) o espaçamento dos estribos ou conectores de cisa-


lhamento ao longo do comprimento do pilar n ão
As seguintes disposições precisam ser obedecidas: poderá exceder 500 mm.

B.3.3.2 Em pilares mistos de perfis tubulares preenchidos


B.3.3.1 Em pilares mistos parcialmente revestidos de con- com concreto:
creto:
a) o espaçamento dos estribos ao longo do com-
a) o concreto entre as mesas do perfil de aço deverá primento do pilar não poderá exceder 5 vezes o me-
ser fixado por meio de estribos e/ou conectores de nor diâmetro das barras da armadura longitudinal
cisalhamento; do concreto;

b) antes da concretagem, em cada andar do edifício


b) os estribos poderão ser soldados na alma ou pe-
netrar a alma do perfil atrav és de furos. Os conectores de 20ãmm
dever o sernaexecutados
parede do furos de açdio,âmetro
perfil com ínimoe
um nomtopo
de cisalhamento deverão ser soldados na alma do outro na base do pilar. O espa çamento entre esses
perfil; furos não poderá exceder 5 m.

/ANEXO C

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Anexo C (normativo)
Dimensionamento de lajes com forma de aço incorporada
C.1 Generalidades C.2.1.2 Estado limite de utilização

C.1.1 Aplicabilidade O deslocamento máximo da forma de aço sob seu peso


pr óprio e o peso do concreto fresco (excluindo-se a
Este anexo trata do projeto e do dimensionamento em
em situaçã sobrecarga de construção) n ão deve exceder Lf /180 ou
temperatura ambiente e do dimensionamento o 20 mm, o que for menor, onde L f é o vão teórico da forma
de incêndio por método simplificado de lajes de concreto na direção das nervuras. As propriedades geométricas
com forma de aço incorporada, apoiadas na direção per- da seção transversal deverão ser determinadas de acordo
pendicular às nervuras. Aplica-se às situações onde as com a especificação do AISI (American Iron and Steel
cargas atuantes são consideradas predominantemente Institute), ou do ENV 1993-1-1 e do ENV 1993-1-3, ou
estáticas, inclusive edifícios industriais cujos pisos podem ainda de acordo com uma norma ou especificação es-
ser submetidos a cargas móveis. Aplica-se ainda às trangeira.
situações em que as cargas atuam repetitiva ou abrupta-
mente, produzindo efeitos din âmicos, desde que se C.2.2 Verificação da laje após a cura do concreto
assegure que o comportamento misto aço-concreto não
fique comprometido durante a vida útil da edificação. C.2.2.1 Estados limites últimos

C.1.2 Comportamento A resistência de cálculo das lajes com forma de aço in-

C.1.2.1 Para efeito deste anexo, laje com forma de aço corporada deve ser tal que suporte as solicita ções de
cálculo descritas em C.2.2.1.1 a C.2.2.1.4.
incorporada é aquela em que, antes da cura do concreto,
a forma de a ço suporta as a çõ es permanentes e a C.2.2.1.1 Momento fletor
sobrecarga de construção e, após a cura, o concreto passa
a atuar estruturalmente em conjunto com a forma de a ço. A resistência de cálculo ao momento fletor deverá ser
Esta forma, por sua vez, passa a funcionar como parte ou calculada conforme a NBR 6118. Na determinação da
como toda a armadura de tração da laje. resistência ao momento positivo, a forma de a ço deverá
resistir aos esfor ços de traçã o em conjunto com a
C.1.2.2 Denomina-se comportamento misto aço-concreto armadura adicional, caso exista, colocada na face inferior
aquele que passa a ocorrer ap ós a forma de a ço e o da laje. Na determinação da resistência de cálculo ao
concreto terem sido combinados para formar um único momento negativo sobre os apoios em lajes cont ínuas, a
elemento estrutural. A forma de a ço deve ser capaz de contribuição da forma de aço aos esforços de compressão
transmitir o cisalhamento longitudinal na interface aço- poderá ser levada em conta somente se for contínua.
concreto. A aderência natural entre o a ço e o concreto
não é considerada efetiva para o comportamento misto, C.2.2.1.2 Cisalhamento longitudinal
o qual deve ser garantido por (figura C.1):
C.2.2.1.2.1 A resistência de cálculo ao cisalhamento lon-
- ligação mecânica por meio de mossas nas formas gitudinal Vl,Rd, em newton, relativa a 1 000 mm de largura,
de aço trapezoidais; poderá ser calculada pelo método semi-empírico “m-k”,
usando-se a seguinte expressão:
- ligação por meio do atrito devido ao confinamento
do concreto nas formas de a ço reentrantes.
Vl,Rd = φsl bdp [ (m/ Ls ) + k ]
C.1.2.3 Outros meios para garantir o comportamento
misto, além dos descritos em C.1.2.2, podem ser usados, Onde:
mas estão fora do escopo desta Norma.
dp é a distância do centro de gravidade da forma
C.2 Projeto em temperatura ambiente à face superior do concreto (figura C.2), em mil í-
metros;
C.2.1 Verificação da forma de aço antes da cura do
concreto b é a largura unitá ria da laje, tomada igual a
1 000 mm;
C.2.1.1 Estados limites últimos

C.2.1.1.1 A verificação da forma de aço antes da cura do L s é o vão de cisalhamento, em milímetros, conforme
concreto para os estados limites últimos deverá ser feita C.2.2.1.2.2;
de acordo com a especifica çã o do AISI (American
m e k são constantes empíricas obtidas por meio de
Iron and Steel Institute), ou do ENV 1993-1-1 e do
ensaios realizados conforme as prescri çõ es do
ENV 1993-1-3, ou ainda de acordo com uma norma ou
ENV 1994-1-1, ou conforme outra norma ou especi-
especificação estrangeira, mas utilizando-se as com-
ficação estrangeira, respectivamente em newton por
binações de ações dadas em 4.8 da NBR 8800:1986.
milímetro e newton por milímetro quadrado;

C.2.1.1.2
análise elNa verifica
ástica. ção da forma
Quando de açfor
a forma o, deve ser utilizada
calculada como φsl éo coeficiente de resistência, tomado igual ao
contínua, mesmo que ocorra flambagem local em partes valor estabelecido na norma ou especificação usada
da seção em compressão, os esforços solicitantes po- para obtenção das constantes m e k. Em nenhum
derão ser determinados sem consideração de variação caso, entretanto, o valor deste coeficiente poderá
de rigidez. superar 0,80.

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a) Forma trapezoidal

b) Forma reentrante

Figura C.1 - Lajes com forma de aço incorporada

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Figura C.2 - Dimensões da forma de aço e da laje de concreto

C.2.2.1.2.2 O vão de cisalhamento Ls deverá ser tomado C.2.2.1.3 Cisalhamento vertical


como:

- Lf /4 para cargas uniformemente distribuídas, onde A resistência de cálculo ao cisalhamento vertical de lajes
com forma de aço incorporada, Vv,Rd, em newton, relativa
Lf é o vão teórico da laje na dire ção das nervuras; a 1 000 mm de largura, dever á ser determinada pela se-
guinte expressão:
- a distância entre uma carga aplicada e o apoio
mais próximo para duas cargas concentradas simé-
tricas; 1 000 φc bo dp τRd Kv (1,2 + 40η)
V v,Rd =
bn
- a distância entre uma carga equivalente de valor
igual à máxima força cortante e o apoio mais pr óximo, com
para um carregamento genérico qualquer. Esta dis-
tância deverá ser calculada igualando-se as áreas η = Af / b0 dp ≤ 0,02
sob o diagrama de força cortante do carregamento
e
real e do carregamento equivalente (figura C.3).
kv = (1,6 - dp / 1 000 ) ≥ 1
Quando a laje for calculada como contínua, permite-se o
uso de um vão simplesmente apoiado equivalente à Onde:
distância entre os pontos de inflex ão na determinação
b 0 é a largura mé dia das nervuras para formas
do vão de cisalhamento Ls. Para tramos extremos, en-
trapezoidais ou largura mínima das nervuras para
tretanto, o vão real deverá ser utilizado no dimensio-
formas reentrantes, em milímetros (figura C.2);
namento.
b n é a largura entre duas nervuras consecutivas, em
C.2.2.1.2.3 A resistência ao cisalhamento longitudinal milímetros (figura C.2);
poderá ser aumentada pela presença de conectores de
cisalhamento nas vigas de apoio das lajes ou por outros
φc é o coeficiente de resistência do concreto, igual a
0,70;
meios que restringem o movimento relativo entre a for-

ma
ENVde a ç o e ou
1994-1-1, o conforme
concreto,outra
conforme prescri
norma ou çã o çã
especifica doo τcom
Rd
é a resistência básica ao cisalhamento, de acordo
a tabela C.1.
estrangeira.

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Figura C.3 - Vão de cisalhamento para um carregamento genérico

Tabela C.1 - Valores de τRd em função de fck

fck τRd
MPa MPa

20 0,375
25 0,450
30 0,500
35 0,550

40 0,625

C.2.2.1.4 Punção d p é a distância do topo da laje ao centróide da forma


de aço, em milímetro;
A resistência de cálculo à punção provocada por uma
carga concentrada, V p,Rd, em newton, poder á se r
determinada pela seguinte expressão (figura C.4): ucr é o perímetro crítico, em milímetros, conforme a
figura C.4;
Vp,Rd = φc ucr hc τRdKv (1,2 + 40η)
h c é a distância definida na figura C.4, em mil ímetros;
com η, Kv, e τRd dados em C.2.2.1.3, e
Af é a área da seção transversal da forma de aço,
Onde:
calculada com largura igual a b0, em milímetros qua-
φc é o coeficiente de resistência do concreto, igual a drados.
0,70;

Figura C.4 - Perímetro crítico para punção

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C.2.2.2 Estado limite de utilização C.2.3.3 Combinações de ações

C.2.2.2.1 Fissuração do concreto As combinações de ações deverão ser feitas de acordo


com a NBR 8800, considerando-se a combinação de
O estado limite de fissuração do concreto em regiões de
ações durante a construção para o dimensionamento da
momento negativo de lajes cont ínuas deverá ser veri-
forma de aço antes da cura do concreto.
ficado de acordo com a NBR 6118. Para lajes calculadas
como simplesmente apoiadas, deve-se colocar armadura
para combater os efeitos de retração e temperatura com C.2.4 Disposições construtivas
área não menor que 0,1% da área de concreto acima da
face superior da forma. Esta armadura deverá ser colo- As seguintes disposições construtivas precisam ser obe-
cada preferencialmente a 20 mm abaixo do topo da laje. decidas:
Atençã o especial deve ser dada à possibilidade de
fissuração da laje nos locais onde possa haver tendência a) a espessura de concreto sobre a forma dever á ser
de continuidade dos elementos estruturais, como por de no mínimo 50 mm;
exemplo nas ligações de vigas secundárias com vigas
principais e em torno de pilares.
b) a dimensão do agregado graú do não deverá
C.2.2.2.2 Deslocamento vertical exceder os seguintes valores:

O deslocamento
corporada vertical
nã o poder de lajes
á ser maiorcom
queforma
Lf /350, ço in-
de aconsi- -do
0,40 hcda
topo , onde hc édea aespessura
forma ço (figura do concreto acima
C.2);
derando apenas o efeito da sobrecarga, onde Lf é o vão
teórico da laje na dire ção das nervuras. - bo /3, onde bo é a largura média das nervuras
para formas trapezoidais e a largura m ínima das
C.2.3 Ações a serem consideradas nervuras para formas reentrantes (figura C.2);
C.2.3.1 Antes da cura do concreto
- 31,5 mm;
C.2.3.1.1 As seguintes ações devem ser levadas em conta
na determinação da resistência da forma de aço antes c) as armaduras adicionais, necessárias para a re-
da cura do concreto: sistência da laje ao momento positivo, e as arma-
duras necessárias para o momento negativo dever ão
- pesos próprios do concreto fresco, da forma de aço obedecer às prescrições da NBR 6118;
e da armadura;
d) o comprimento mínimo de apoio dever á ser o ne-
- sobrecarga de construção;
cessário para evitar que se atinjam os estados limites
- efeito de empoçamento, caso a deformação ultra- correspondentes, tais como enrugamento da alma
passe o valor dado em C.2.3.1.4. da forma de aço ou esmagamento do apoio; en-
tretanto, não poderá ser inferior a 75 mm para apoio
C.2.3.1.2 A determinação dos esforços solicitantes deverá em aço ou concreto e 100 mm para apoio em outros
levar em conta a seqüência de concretagem. materiais. Nas extremidades da forma, estes valores
poderão ser reduzidos para 50 mm e 70 mm, res-
C.2.3.1.3 A sobrecarga de construção deverá ser tomada pectivamente.
como o mais nocivo dos seguintes valores:
C.2.5 Verificação da laje para cargas concentradas
- carga uniformemente distribu ída de no mínimo ou lineares
2
1,0 kN/m ;
C.2.5.1 Distribuição
- carga linear de 2,2 kN/m, perpendicular à direção
do vão, na posição mais desfavorável, somente para C.2.5.1.1 Quando cargas concentradas ou lineares para-
verificação do momento fletor. lelas às nervuras da forma de a ço forem suportadas pela
laje, pode-se considerá-las como distribuídas em uma
C.2.3.1.4 Se o deslocamento no centro do v ão da forma, largura bm, medida imediatamente acima do topo da
calculado com o seu peso pr óprio somado ao do concreto forma, de acordo com a figura C.5, dada por:
fresco, ultrapassar o valor de Lf /250, onde Lf é o vão
teórico da laje na direção das nervuras, o efeito de empo- bm = bp + 2 (hc + hf )
çamento deverá ser levado em conta, considerando-se
um acréscimo na espessura nominal do concreto de 70% Onde:
do valor do deslocamento.
b é a largura da carga concentrada perpendicular
C.2.3.2 Após a cura do concreto p
ao vão da laje;
Para os estados limites últimos de lajes com forma de
aço incorporada, deve-se considerar que todo o car- h c é a espessura do concreto acima da forma de aço;
regamento é sustentado pelo sistema misto aço-con-
creto. hf é a espessura do revestimento da laje, se houver.

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C.2.5.1.2 Para cargas lineares perpendiculares às ner- e para qualquer situação quando a armadura de dis-
vuras, a mesma fórmula poderá ser utilizada, desde que tribuição for igual ou superior a 0,2% da área de concreto
a largura bp seja tomada como o comprimento da carga acima da forma de aço.
linear.
C.2.5.3 Armadura de distribuição
C.2.5.2 Largura efetiva
C.2.5.3.1 Para se assegurar a distribui ção das cargas
C.2.5.2.1 Para determinação da resistência, deve-se con- concentradas ou lineares, deve-se colocar armadura
siderar uma largura efetiva que não supere os seguintes transversal de distribuiçã o em toda a largura efetiva
valores: considerada, devidamente ancorada conforme pres-
crições da NBR 6118. Esta armadura poder á ser cal-
a) para momento fletor e cisalhamento longitudinal: culada para o momento transversal dado por (ver figu-
ra C.6):
- nos casos de vãos simples e tramos extremos
de lajes contínuas: Md,Rd = P (bem ou bev)/15 w

bem = bm + 2Lp (1- Lp / Lf ) com

- no caso de tramos internos de lajes contínuas: w = L/2 + bl ≤ Lf

bem = bm + 1,33 Lp (1- Lp/Lf ) Onde:

b) para cisalhamento vertical: P é a carga concentrada;

bev = bm + Lp (1 - Lp/Lf ) bl é a largura da carga concentrada na direção pa-


ralela ao vão da laje.
Onde:
C.2.5.3.2 Para carga linear paralela ao v ão, pode-se
Lp é a distância do centro da carga ao apoio mais adotar o mesmo processo descrito em C.2.5.3.1, to-
próximo; mando-se para P o valor da carga no comprimento bl ou
Lf, o que for menor.
L f é o v ã o te ó rico da laje na dire çã o das
nervuras. C.2.5.3.3 Na ausência de armadura de distribuição, a
largura efetiva deverá ser tomada como b , exceto no
C.2.5.2.2 Não poderão ser considerados valores para b em caso de carga linear perpendicular ao v ão,m onde pode-
e bev superiores a 2 700 [hc/(hp+hc)] mm, onde hp é a se adotar somente a armadura nominal de 0,1% da área
altura da forma de a ço (figura C.5). Este limite não se de concreto acima da face superior da forma, conforme
aplica para cargas lineares perpendiculares às nervuras C.2.2.2.1.

Figura C.5 - Distribuição das cargas concentradas ou lineares

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Pb
Momento em relação ao menor eixo =
15 w

Figura C.6 - Armadura de distribuição

C.2.6 Aços utilizados para forma e revestimento C.3.1.1.2 Pela presença da forma de a ço, considera-se
previamente satisfeito o critério de estanqueidade.
C.2.6.1 As formas de aço deverão ser fabricadas com
chapas de a ç o de acordo com a especifica çã o C.3.1.1.3 A resistência em temperatura elevada de laje
ASTM A 653 ou similar. de concreto com forma de a ço incorporada com ou sem
armadura adicional pode ser considerada de no m ínimo
30 min, verificado o critério de isolamento térmico de
C.2.6.2 O revestimento da chapa de aço deverá ser ade-
acordo com C.3.1.2.
quado ao ambiente em que se encontra a estrutura. Des-
de que a forma seja considerada como armadura positiva
C.3.1.2 Isolamento térmico
de tração da laje, deve-se calcul á-la para a vida útil da
estrutura. Recomenda-se como revestimento mínimo gal- C.3.1.2.1 Para que seja atendido o critério de isolamento
vanização com 260 g/m2 de zinco, considerando-se am-
térmico, a espessura efetiva da laje, hef, calculada de
bas as faces. Em casos de ambientes agressivos em que
acordo com C.3.1.2.2, dever á ser maior ou igual ao valor
a galvanização é insuficiente para manter a integridade
dado na tabela C.2, conforme o tempo requerido de
da forma, recomenda-se o uso de pintura.
resistência ao fogo.

C.3 Verificação em temperatura elevada Tabela C.2 - Espessura efetiva mínima


C.3.1 Lajes sem material de proteção Tempo requerido de Espessura efetiva mínima
resistência ao fogo hef
C.3.1.1 Generalidades
min mm
C.3.1.1.1 As regras apresentadas em C.3.1.2 e C.3.1.3 30 60

são aplic
lajes áveis à verifica
simplesmente ção em temperatura
apoiadas elevada
ou cont í nuas, de
quando 60 80
expostas ao incêndio na face inferior, n ão se levando em 90 100
conta os efeitos de restrição à deformação axial. 120 120

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C.3.1.2.2 A espessura efetiva da laje deverá ser calculada incêndio, conforme C.3.1.3.2 e C.3.1.3.3, não for menor
pela seguinte equação: que o efeito do carregamento em situa ção de incêndio
de acordo com 6.2.
l1 + l2
hef = h1 + h2 C.3.1.3.1.2 A resistência ao carregamento em tempera-
2 l1 + l3
turas elevadas poderá ser calculada com base na an álise
plástica global, utilizando-se as prescrições dadas neste
onde as dimensões h1, h2 , l1 , l2 e l3 são definidas na anexo.
figura C.7. Se l3 > 2 l1, a espessura efetiva dever á ser
tomada igual a h1. C.3.1.3.1.3 Para cada sistema estático, as condições de
ruína podem ser formuladas, se o momento plástico e a
geometria da laje são conhecidos. Com base nos pro-
C.3.1.2.3 Quando for usado concreto de baixa densidade,
cedimentos descritos nas subseções seguintes, uma dis-
os valores da tabela C.2 poderão ser reduzidos em 10%. tribui çã o pl á stica de momento fletor pode ser es-
tabelecida, como por exemplo na figura C.8.
C.3.1.3 Resistência ao carregamento
C.3.1.3.1.4 No dimensionamento, a resistência à tração
C.3.1.3.1 Generalidades do concreto e a resistência da forma de aço devem ser
ignoradas.

C.3.1.3.1.1 A resistência ao carregamento de lajes com C.3.1.3.1.5 Para determinação da resistência ao momento
forma de aço incorporada em temperaturas elevadas será fletor supõe-se que incêndio ocorra sempre abaixo da
considerada satisfatória se a resistência em situação de laje.

Figura C.7 - Dimensões da seção transversal da laje

Sistema estático Condições de colapso

2
ou
Sem +
M uv ≤ qL
armadura 8
negativa +
q ≥ 8 M uv
2
L

+
Muv + 0,45 M-uv ≤ q L 2 ou
8

q≥
(8M uv
+ + 3,6 - )
Muv
Armadura 2
L
negativa e
positiva
2 ou
+ + -
M uv M uv ≤ qL
8
8 (M uv
+ + - )
Muv
q≥ 2
L

− L2
Sem M uv ≤ q8 ou
armadura
-
positiva M uv
q ≥8 2
L

Figura C.8 - Condições de colapso para lajes

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C.3.1.3.2 Resistência ao momento positivo C.3.1.3.2.3 A resistência da armadura em temperatura


elevada poderá ser calculada com os fatores de redu ção
C.3.1.3.2.1 A resistência à compressão do concreto poderá para o limite de escoamento dos aços trefilados dados
ser tomada à temperatura ambiente. na tabela 1.
C.3.1.3.2.2 A relação entre a temperatura da armadura θs
e os tempos requeridos de resist ência a incêndio podem
C.3.1.3.3 Resistência ao momento negativo
ser obtidos da tabela C.3, usando-se o seguinte pa-
râmetro:
1 1 1 1 C.3.1.3.3.1 A resistência ao momento negativo poderá
= + + ser calculado levando-se em conta a resist ência do con-
z u1 u2 u3
creto das nervuras, reduzida pelo efeito da alta tem-
peratura, por integração através da espessura da laje.
onde u1, u2 , e u3 são as distâncias em milímetro da
armadura em relação à forma de aço, como especificado
na figura C.9. Os valores de u1 e u 2 não podem ser infe- C.3.1.3.3.2 Alternativamente, a favor da segurança, a laje
riores a 50 mm e o de u3 nã o pode ser inferior a poderá ser considerada de espessura uniforme igual à
35 mm. espessura equivalente calculada em C.3.1.2.

Figura C.9 - Posição geométrica da armadura

Tabela C.3 - Temperatura da armadura

Tempo requerido de Temperatura da armadura


resistência ao fogo °C
min
60 θs = 1 175 - 350 z ≤ 810°C, para z ≤ 3,3
90 θs = 1 285 - 350 z ≤ 880°C, para z ≤ 3,6
120 θs = 1 370 - 350 z ≤ 930°C, para z ≤ 3,8

C.3.1.3.3.3 A variação da temperatura através da espes- ser considerados atendidos, se a espessura de concreto
sura da laje poderá ser calculada com base na tabe- acima da forma não for menor que os valores dados na
la A.1, de acordo com o tempo requerido de resistência a tabela C.4 e se a estrutura de suporte da laje possuir
inc êndio. comprovadamente pelo menos a mesma resist ência a
inc êndio.
C.3.1.3.3.4 Para concreto de baixa densidade, os valores
da tabela A.1 podem ser reduzidos em 10%. C.3.2 Lajes com material de proteção
C.3.1.3.3.5 A resistência do concreto em temperatura ele- C.3.2.1 Pode-se aumentar a resistência em temperaturas
vada poderá ser calculada com os fatores de redução elevadas de lajes com forma de aço incorporada com o
dados na tabela 2. uso de materiais de proteção com o objetivo de diminuir
a transferência de calor para a laje.
C.3.1.3.3.6 A resistência da armadura da parte tracionada
da laje poderá ser calculada à temperatura ambiente. C.3.2.2 Podem ser usados os seguintes meios de pro-
teção:
C.3.1.3.4 Método alternativo
- pulverização de fibras na face inferior da laje;
Para cada tempo requerido de resistência ao fogo, todos
os critérios descritos em C.3.1.3.1 a C.3.1.3.3 e poder ão - colocação de forros suspensos.

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C.3.2.3 A espessura efetiva mínima necessária para se C.3.2.4 O critério de resistência ao carregamento é con-
garantir o critério de isolamento térmico de acordo com siderado atendido se a temperatura da forma de aço não
C.3.1.2 poderá ser reduzida de uma espessura equi- ultrapassar 350oC.
valente em concreto do material de prote ção, calculada
em função da condutividade térmica.

Tabela C.4 - Espessura mínima do concreto acima da forma de aço

Tempo requerido Espessura mínima do concreto


de resistência ao fogo
min mm

Densidade normal Baixa densidade

60 90 65

90 100 75

120 110 85

/ANEXO D

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Anexo D (informativo)
Propriedades térmicas do aço

D.1 Introdução - para 750oC ≤ θa ≤ 860oC:

As variações do alongamento, calor espec ífico e condu- l


tividade térmica dos aços estruturais com a temperatura ∆l = 1,1 x 102
são dadas em D.2, D.3 e D.4, respectivamente. Caso al-
gum aço estrutural possua variações destas proprieda-
des com a temperatura diferentes das apresentadas, seus
valores próprios poderão ser utilizados, desde que obtidos
- para 860oC < θa ≤ 1 200oC:
em ensaios realizados em laboratório nacional ou labo-
rat ório estrangeiro, de acordo com norma brasileira ∆l
específica ou de acordo com norma ou especifica ção es- = 2 x 10-5 θa - 6,2 x 10- 3
l
trangeira.

D.2 Alongamento Onde:

D.2.1 O alongamento do aço pode ser determinado da l é o comprimento a 20°C;


seguinte forma (figura D.1):
- para 20oC ≤ θa < 750oC: ∆l é a expansão térmica provocada pela tem-
peratura;

∆l −8
= 1,2 -5
x 10 θa + 0,4 x 10 θ2a - 2,416 x 10-4 θa é a temperatura do aço, em grau Celsius.
l

Figura D.1 Alongamento do aço em função da temperatura

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D.2.2 Caso se empregue o método simplificado de - para 735oC ≤ θa < 900oC:


cálculo descrito na seção 8, a relação entre o alongamento
do aço e a temperatura pode ser considerada constante. 17 820
Neste caso, pode ser adotado o seguinte valor para o ca = 545 +
alongamento (figura D.1): θa - 731

∆l = 14 x 10-6 (Ta - 20) - para 900oC ≤ θa ≤ 1 200oC:


l

ca = 650
D.3 Calor específico
Onde:
D.3.1 O calor específico do aço, em joule por quilograma
e por grau Celsius (J/kg°C), pode ser determinado da θa é a temperatura do aço, em graus Celsius.
seguinte forma (figura D.2):
D.3.2 Caso se empregue o m étodo simplificado de
- para 20oC ≤ θa < 600oC: cálculo descrito na seção 8, o valor do calor espec ífico
pode ser considerado independente da temperatura do
ca = 425 + 7,73 x 10−1 θa - 1,69 x 10-3 θa2 + 2,22 x10-6 θa3 aço. Neste caso, o seguinte valor pode ser tomado (figu-
ra D.2):
- para 600oC ≤ θa < 735oC:
ca = 600 J/kgoC

13 002
ca = 666 +
738 - θa

Figura D.2 - Calor específico do aço em função da temperatura

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D.4 Condutividade térmica Onde:

D.4.1 A condutividade térmica do aço, em watt por metro θa é a temperatura do aço, em graus Celsius.
e por grau Celsius (W/m°C), pode ser determinada da
seguinte forma (figura D.3):
D.4.2 Caso se empregue o método simplificado de cálculo
descrito na seção 8, o valor da condutividade térmica
o
- para 20 C ≤θ o
< 800 C:
a
pode ser considerado independente da temperatura do
aço. Neste caso, o seguinte valor pode ser tomado (figu-
λa = 54 - 3,33 x 10-2 θa ra D.3):

- para 800oC ≤ θa ≤ 1 200oC: λa = 45 W/m°C


λ a = 27,3

Figura D.3 - Condutividade térmica do aço em função da temperatura

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