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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Resenha Crítica de Caso


Manuela Gomes da Silva

Trabalho da disciplina Ergonomia

Tutor: Prof. Fernando Medina

Rio de Janeiro
2020

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ADMINISTRANDO A SI MESMO: CONQUISTANDO A DISTRAÇÃO DIGITAL

Referência:
ROSEN, Larry; SAMUEL, Alexandra. Administrando a Si Mesmo: Conquistando a
Distração Digital. Harvard Business Review, Brighton, Massachusetts, U.s, p.1-5,
2 jun. 2015.

O texto aborda o tema sobrecarga digital, focando em como isso afeta a vida
das pessoas no lado profissional e pessoal. No texto a sobrecarga digital é definida
como o excesso de mensagens, notificações e informações relativamente sem
importância que se recebe constantemente nos aparelhos de comunicação, a
exemplo de computadores de mesa, laptops, tablets e smartphones. Ressalta que,
essa sobrecarga digital acaba por tirar a atenção e energia das atividades realmente
importantes. E o objetivo do texto é propor algumas formas de controlar essa
sobrecarga com base na opinião de dois especialistas no assunto, Larry Rosen, um
psicólogo e Alexandra Samuel, uma tecnóloga.
Rosen, começa utilizando o exemplo de um cliente chamado Marcos que
estava enfrentando problemas para se desligar do seu smartphone, apresentando
devido a isso diminuição notável do desempenho no trabalho. Explana ainda que, os
psicólogos estão percebendo nos últimos tempos uma mudança radical na forma
como as pessoas estão se relacionando com a tecnologia. Para isso, cita o exemplo
de um estudo que compara o ano de 2008 com 2014, que mostrou que as pessoas
estão cada vez mais usando a tecnologia ao mesmo tempo que estão fazendo
outras atividades, como por exemplo, comer e mandar e-mails. E isso é mais
acentuado na chamada Geração “i” nascidos nos anos 90, em que disseram fazer
87% das suas atividades pareadas.
Em seguida, Rosen aponta que é possível sim fazer duas atividades ao
mesmo tempo e ser bem-sucedido em ambas, como mascar chicletes e andar. Mas,
questiona se é possível checar os e-mails ao mesmo tempo que se assiste uma
teleconferência, pois estudos mostram que a simples presença de telefone torna as
pessoas menos produtivas e alunos que são interrompidos enquanto estudam

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demoram mais aprender o conteúdo e se estressam mais. Outro problema percebido
é que quando se interrompe uma tarefa para usar algum aparelho tecnológico as
pessoas costumam demorar 20 minutos para voltar a fazer a tarefa.
Mais adiante, Rosen questiona o motivo de as pessoas estarem se deixando
perder a produtividade devido ao uso excessivo de tecnologias distrativas. Algumas
pessoas dizem ser devido a algum tipo vício. Mas Rose acredita que esse não é o
termo adequado para o problema, pois não se trataria de um vício. Ele diz que os
termos mais adequados seriam FOMO (medo de ficar de fora), FOBO (medo de
estar desconectado) e nomobia (medo de ficar sem celular).
Rosen diz que para resolver esse problema de sobrecarga digital ele
geralmente recomenda três estratégias principais para seus clientes, com o objetivo
de se desviar da tecnologia aos poucos. A primeira estratégia é desligar-se dos
aparelhos após permitir-se checar tudo, recomenda que desligue todos e que o
telefone seja colocado em silencioso por 15 minutos nas primeiras vezes, e vá se
aumentando esse tempo gradualmente para desapegar da tecnologia. A outra
estratégia é dar uma pausa de uns 10 minutos para desestressar a cada 90 minutos
usando tecnologia para multitarefas. E por fim, recomenda que se mantenha a
tecnologia longe do quarto, pois afeta o sono. Ele diz ainda que, seu cliente Marcos,
após usar essas estratégias conseguiu se sentir mais feliz e mais energético, e
também mais atento e produtivo. Rosen conclui falando o seguinte: “para quebrar o
ciclo, devemos limitar o uso de nossos aparelhos”. 
O outra especialista no assunto, Alexandra Samuel, diferente de Rosen,
acredita que as ferramentas digitais na verdade facilitam nossas vidas, bastando
para isso apenas aproveitá-las da forma correta. Ela argumenta que desligar não é
uma alternativa viável para a maioria das pessoas na atualidade, pois dependemos
da tecnologia para atividades importantes como trabalho e comunicação a todo
momento. 
Alexandra traz de exemplo o caso de uma executiva de marketing chamada
Tiffany que precisava criar uma identidade mais forte para sua empresa e para ela
mesma nas redes sociais e assim alavancar a confiança dos clientes. O problema de
Tiffany foi que ela acabou não conseguindo conciliar a função de ser mais ativa nas

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redes com as suas outras atividades, Alexandra argumenta que o problema não
seria o uso excessivo e sim o fato de Tiffany não estar se aproveitando das
ferramentas digitais que a ajudariam a poupar esforços para que se tornasse o mais
produtiva possível.
Alexandra diz que a primeira coisa a se fazer é deixar de lado o mito de estar
sempre atualizado com tudo que acontece a cada momento no mundo,  em vez
disso deve-se filtrar as informações que se recebe, agilizando assim o trabalho de
ler, responder e compartilhar o que realmente importa. Ela conta que a maioria das
pessoas que procuram ela, estão preocupadas demais em deixar passar alguma
coisa e ficar desatualizado, mas quando ela os orienta a filtrar as informações eles
acabam percebendo que conseguem manter uma boa relação com a tecnologia
gastando pouco tempo do dia.
Ela destaca ainda que o e-mail é uma das maiores distrações digitais, e
sugere que aproveitemos as ferramentas de filtro para separar os importantes dos
que podem ser deixados para depois, explica que o Outlook e o Gmail por exemplo,
oferecem esse tipo de serviço. E para o caso das pessoas que se preocupam em
perder notícias, ela recomenda o uso de ferramentas que organizam as notícias das
fontes desejadas, como o feedly, evitando assim que a pessoa perca tempo
entrando em cada site separadamente para buscá-las.
Por fim, Alexandra ressalta que a Tiffany conseguiu organizar suas tarefas
como executiva e dar contas de fazer atualizações nas redes sociais usando essas
recomendações de se aproveitar das tecnologias de automatização para se
organizar, fazendo com que sobre mais tempo e os processos sejam realizados de
forma mais eficaz. E deixa a frase: “A automatização não pode eliminar a distração
digital, mas pode ajudar você a lutar a batalha”.
Como podemos inteirar a partir do texto, temos dois especialistas que
divergem quanto às formas de combater a sobrecarga digital. Ambas as formas se
mostraram ter funcionado com seus clientes, logo é possível dizer que não existe
apenas um meio para se conseguir uma adequada ergonomia na relação com a
tecnologia, seja na vida pessoal ou profissional. Desse modo, podemos propor

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que cada indivíduo deve procurar a solução que lhe seja mais confortável para se
atingir o objetivo de controlar a sobrecarga digital. 
Além do mais, podemos tirar do texto que é fundamental falar sobre o
assunto, uma vez que o uso inadequado da tecnologia pode sim atrapalhar muito o
desempenho das pessoas. A partir disso, as empresas, por exemplo, que se
preocupam com a produtividade de seus funcionários podem se atentar para
solucionar esse problema, evitando assim uma série de problemas de diversos tipos,
que podem estar afetando desempenho da empresa. Além disso, é possível obter
um ganho na produtividade e maior segurança para os trabalhadores.

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