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GUARDA NACIONAL

REPUBLICANA

ESCOLA DA GUARDA

MANUAL
DE
LEGISLAÇÃO RODOVIÁRIA

TRANSPORTES PÚBLICOS DE ALUGUER EM VEÍCULOS

AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS (TÁXIS)

TRANSPORTE EM VEÍCULO DESCARACTERIZADO A PARTIR

DE PLATAFORMA ELETRÓNICA (TVDE)


TÍTULO

MANUAL DE LEGISLAÇÃO RODOVIÁRIA


(TÁXIS/ TVDE)

Elaborado por:
GRUPO DISCIPLINAR DE LEGISLAÇÃO RODOVIÁRIA

05 de novembro de 2018

CONTÉM:

 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
 ANOTAÇÕES
 PROCEDIMENTOS
Os nomes/ siglas das autoridades administrativas competentes mencionadas nos
diplomas constantes neste Manual, por exemplo: “Direção-Geral de Viação, Direção
Geral dos Transportes Terrestres, etc…” ao longo do tempo sofreram diversas
modificações não tendo sido devidamente atualizados por parte dos membros do
Governo responsáveis pelas respetivas áreas.
Assim, para que este Manual EG – TÁXIS/ TVDE esteja adequado à linguagem
das atuais entidades administrativas, efetuaram-se as seguintes alterações:

 Onde constava “Direção-Geral de Viação (DGV)” passou a constar “Instituto da


Mobilidade e dos Transportes (IMT)”.

 Onde constava “diretor-geral de Viação” passou a constar “Presidente do IMT”.

 Onde constava “Direção-Geral dos Transportes Terrestres (DGTT)” passou a


constar “Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT)”.
Despacho de Autorização

1. Aprovo para utilização na Escola da Guarda a publicação de título:

MANUAL DE LEGISLAÇÃO RODOVIÁRIA (TÁXIS/ TVDE)

2. É autorizada a reprodução no todo ou em parte do presente documento.

3. A presente publicação entra em vigor no dia seguinte ao Despacho do Exmo. Sr.

32
Comandante da EG, ficando registada com o n.º____________.

O Comandante da EG

Paulo Alexandre da Cunha Nogueira Pelicano


Coronel
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Folha de Registo de Alterações

Últimas atualizações: Janeiro de 2019

DOCUMENTO DATA OBSERVAÇÕES


Email n.º I033086-201609, de 13SET, da 21NOV16 Orientação sobre a plataforma “Uber”.
DTSR/DO/CO

Lei n.º 35/2016, de 21NOV 21NOV16 Por força desta Lei que é a sexta alteração ao DL n.º 251/98, procedeu-se à respetiva
alteração/ atualização no Manual.
[Alterou esta Folha de Registo de Alterações, as páginas I/II e VII/VIII (Índices) e as
páginas 7 a 10; 35/36; 43 a 46 e 55/56]

Codificações das infrações - IMT 27OUT17 Foram colocadas no DL n.º 251/98, de 11AGO com as últimas alterações introduzidas
pela Lei n.º 35/2016, de 21NOV, os Códigos de Infração das infrações do IMT.
Foi colocado o DL n.º 45/2017, de 27ABR, que estabelece as regras aplicáveis à
disponibilização no mercado e colocação em serviço dos instrumentos de medição,
transpondo a Diretiva n.º 2014/32/UE, e a Diretiva Delegada (UE) n.º 2015/13 –
Taxímetros, que revogou o DL n.º 71/2011, de 16JUN.
Aproveitou-se para efetuar ajustes no Manual.
[Por força das alterações produzidas, o Manual foi completamente repaginado]

Ofício IMT n.º 39200120791275- 09NOV17 Por força deste Ofício, que informa que a partir de 13NOV17 começaram a ser emitidos
e poderão ser verificados em sede de fiscalização (em material PVC) os cartões CMT e
DSFC/DFCPA
CMT-P, procedeu-se à respetiva alteração/ atualização no Manual.
[Alterou a 1.ª e 2.ª folhas do Manual “logo após a capa”, esta folha de Registo de
Alterações e as páginas 83/84]

DL n.º 45/2018, de 10AGO 19OUT18 Por força deste Decreto-Lei que estabelece o regime jurídico da atividade de transporte
individual remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de
(Alterado e republicado pela Declaração de plataforma eletrónica, doravante designado Transporte em Veículo Descaracterizado a
partir de plataforma Eletrónica (TVDE), procedeu-se à respetiva alteração/ atualização
Retificação n.º 25-A/2018, de 10AGO)
no Manual.

Portaria n.º 293/2018, de 31OUT 31OUT18 Por força da publicação desta Portaria que estabelece os requisitos e procedimentos dos
cursos de formação rodoviária destinados à emissão e renovação do certificado de
motorista de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos
descaracterizados a partir de plataforma eletrónica (CMTVDE), as condições de
organização e comunicação prévia dos cursos de formação, bem como, os requisitos
exigidos às entidades que pretendam ministrar os referidos cursos de formação
rodoviária, estabelecendo, ainda, as medidas administrativas aplicáveis às entidades que
ministram cursos de formação para motoristas e candidatos a motorista de transporte
individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de
plataforma eletrónica (TVDE), em caso violação dos deveres a que se encontram
vinculadas, bem como pelo incumprimento da ministração dos cursos de acordo com os
conteúdos e organização estabelecidos, procedeu-se à respetiva alteração/ atualização no
Manual.

Portaria n.º 294/2018, de 31OUT 31OUT18 Por força da publicação desta Portaria que procede à quinta alteração da Portaria n.º 277-
A/99, de 15 de abril, alterada pelas Portarias n.º 1318/2001, de 29 de novembro, n.º
1522/2002, de 19 de dezembro, n.º 2/2004 de 5 de janeiro, e n.º 134/2010, de 2 de março,
que regulamentou o Decreto-Lei n.º 251/98, de 11 de agosto, no que respeita a
características e normas de identificação e ao tipo de veículo a utilizar na atividade de
transportes em táxi, procedeu-se à respetiva alteração/ atualização no Manual.
Deliberação IMT n.º 1204/2018, de 05NOV 05NOV18 Devido à publicação desta Deliberação que introduz o modelo de Certificado de
Motorista de TVDE, procedeu-se à respetiva alteração/ atualização no Manual.
[Por força das alterações produzidas, o Manual foi completamente repaginado]

DL n.º 3/2019 11JAN19 Por força deste DL, que consagra a possibilidade de suspensão do exercício da atividade
de transportes em táxi pelo período de um ano e clarifica a possibilidade de colocação do
taxímetro no espelho retrovisor, procedeu-se à respetiva alteração/ atualização no
Manual.
[Alterou esta Folha de Registo de Alterações, as páginas V/VI dos índices e as páginas
9/10; 25/26; 33 a 36 e 105/106]

Nota: Esta folha é de extrema importância, uma vez que informa até que data o Manual está atualizado.
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Índice dos TÁXIS/ TVDE Escola da Guarda

SINOPSE DOS DIPLOMAS SOBRE OS TRANSPORTES PÚBLICOS DE ALUGUER EM


VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS – TÁXIS/ TVDE

 Introdução - Táxis 1
 Lei n.º 18/97, de 11JUN
- AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA PARA TRANSFERÊNCIA DE COMPETÊNCIA DA
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL PARA OS MUNICÍPIOS 5
 DL n.º 251/98, de 11AGO
- LICENCIAMENTO E ACESSO AO MERCADO DOS TRANSPORTES EM TÁXI 7/9
 Email n.º I033086-201609, de 13SET, da DTSR/DO/CO
- ORIENTAÇÃO – PLATAFORMA “Uber” 10
 Email n.º I371153-201807, de 29JUL, da DO/CO/GNR
- ORIENTAÇÃO – PLATAFORMA “Uber” 11
 Portaria n.º 277-A/99, de 15ABR
- MODELOS DE DISPOSITIVO LUMINOSO E DOS DISTINTIVOS DE TÁXIS 15
Anexos I - Modelo do dispositivo luminoso 17
Anexo II - Modelo do distintivo identificador da licença 18
- Despacho IMTT n.º 10009/2012, de 25JUL - Normas de identificação “Indicação do
número do alvará da empresa” 18
- Email n.º 10522/2014, de 20NOV - Esclarecimento sobre ausência n.º de alvará 19
Anexo III - Dístico de aferição do taxímetro 20
Anexo IV - Modelo de painel de mensagens publicitárias 20
 Despacho DGTT n.º 8236/2004, de 24ABR
- MODELO DA PLACA IDENTIFICATIVA DE MUDANÇA DE TARIFA 21
 Ofício DGTT n.º 894/DSJ/DCO, de 11AGO2003
- AUTOS DE CONTRAORDENAÇÃO RELATIVOS A PUBLICIDADE EM TÁXIS 22
 Despacho DGV n.º 15680/2002, de 10JUL
- EXTINTORES DE INCÊNDIO - AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS DE ALUGUER 22
 Ofício DGV n.º 127587/2006, de 22JUN
- CIRCULAÇÃO DE TÁXIS COM O DISPOSITIVO IDENTIFICADOR ACESO OU APAGADO 23
 Definição de Taxímetro 25
 DL n.º 291/90, de 20SET
- HARMONIZAÇÃO DO CONTROLO METROLÓGICO COM O DIREITO COMUNITÁRIO
- INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO (GERAL) 26
 Nota n.º I21752-201512, de 30DEC15, da DO/CO/GNR
- Extinção da DRE “Direção Regional da Economia” 27
 Portaria n.º 962/90, de 09OUT
- REGULAMENTAÇÃO DAS CONDIÇÕES GERAIS A OBSERVAR NO CONTROLO
METROLÓGICO A QUE SE REFERE O DL N.º 291/90, DE 20SET 29
 Parecer da DGTT sobre a validade das licenças camarárias/ Cópia certificada do alvará 33

Escola da Guarda I
Escola da Guarda Índice dos TÁXIS/ TVDE

 Ofício IMT n.º 1630/RJE/LATT, de 16OUT2015


- PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EM TÁXI – INÍCIO FORA DO CONCELHO DA LICENÇA 36
 Despacho DGTT n.º 4/92, de 31JAN
- IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS PARA DEFICIENTES 37
 Despacho DGTT n.º 18406/2004, de 10AGO
- CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS A QUE DEVEM OBEDECER OS VEÍCULOS DE
TRANSPORTE EM TÁXI DE PESSOAS COM MOBILIDADE REDUZIDA 38
 DR n.º 41/80, de 21AGO
- LICENÇAS PARA VEÍCULOS DE TURISMO 39
 Despacho DGTT n.º 32/94, de 23AGO
- CARACTERÍSTICAS DOS AUTOMÓVEIS DE TURISMO 40
 Despacho DGTT n.º 2/81, de 3JAN
- DISTINTIVO DOS VEÍCULOS DE TURISMO 41
 Nota n.º 12361/2013, de 20NOV, da DO/CO/GNR
- FISCALIZAÇÃO RODOVIÁRIA DOS TRANSPORTES DE PASSAGEIROS E MERCADORIAS 43
 QUADRO – Pagamento voluntário coima ou prestação caução/ Apreensão documentos 47
 Ofício DGTT n.º 88/99/DAJ, de 26AGO99
- COMPETÊNCIA PARA INSTRUÇÃO DOS PROCESSOS DE CONTRAORDENAÇÃO 46
 Deliberação IMTT n.º 585/2012, de 23ABR
- UNIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO DOS ALVARÁS DE ACESSO ÀS
ATIVIDADES REGULADAS PELO IMT I.P.
- MODELO DE ALVARÁ E DE CÓPIA CERFIFICADA DE ALVARÁ 51
 Lei n.º 6/2013, de 22JAN
- APROVA OS REGIMES JURÍDICOS DE ACESSO E EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE
MOTORISTA DE TÁXI E DE CERTIFICAÇÃO DAS RESPETIVAS ENTIDADES FORMADORAS 55

 Ofício IGAE n.º 4736/99, de 12AGO


- PRÁTICA DE PREÇOS/ TAXAS SUPERIORES AO LEGALMENTE ESTABELECIDO “TÁXIS” 60
 DL n.º 297/92, de 31DEC
- ESTABELECE O REGIME DE PREÇOS AOS SERVIÇOS PRESTADOS PELA INDÚSTRIA E
EXPLORAÇÃO DE TRANSPORTES DE ALUGUER EM AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE
PASSAGEIROS, COM OU SEM DISTINTIVO, ATRAVÉS DE “CONVENÇÃO” 61
 CONVENÇÃO DE PREÇOS DO SERVIÇO DE TRANSPORTES DE PASSAGEIROS EM TÁXI
(2013/ 2014) 62
- ANEXO
1 - Tipologia de Tarifas e Princípios de Aplicação 64
2 - Tarifas a aplicar 65
 Portaria n.º 397/97, de 18JUN
- OBRIGATORIEDADE DE INDICAÇÃO DE PREÇOS 69
 DL n.º 138/90, de 26ABR
- OBRIGATORIEDADE DE INDICAÇÃO DE PREÇOS 69
 Portaria n.º 128/94, de 01MAR
- INDICAÇÃO DE PREÇOS NOS TÁXIS 70

II Escola da Guarda
Índice dos TÁXIS/ TVDE Escola da Guarda

 DL n.º 28/84, de 20OUT


- CRIME DE ESPECULAÇÃO 70
 Lei n.º 37/2007, de 14AGO
- APROVA NORMAS PARA A PROTEÇÃO DOS CIDADÃOS DA EXPOSIÇÃO INVOLUNTÁRIA
AO FUMO DO TABACO E MEDIDAS DE REDUÇÃO DA PROCURA RELACIONADAS COM A
DEPENDÊNCIA E A CESSAÇÃO DO SEU CONSUMO 71
- Modelo A - Dístico regulamentar de proibição de fumar 72
- Modelo B - Dístico regulamentar de permissão de fumar 72
 Lei n.º 144/2015, de 08SET
- DEVERES DE INFORMAÇÃO DOS FORNECEDORES DE BENS/ PRESTADORES SERVIÇOS 73
(LISTA DAS ENTIDADES DE RESOLUÇÃO ALTERNATIVA DE LITÍGIOS DE CONSUMO) 74
 Despacho IMT n.º 1602/2016, de 02FEV
- MODELOS DE CERTIFICADO E REQUERIMENTO PARA OBTENÇÃO DO “CMT” 76
 Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV
- MODELOS DE DÍSTICO DE FORMAÇÃO E CERTIFICADO DE ENTIDADE FORMADORA 80
 Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO
- ESTABELECE OS TERMOS DA FORMAÇÃO INICIAL E CONTÍNUA, A ORGANIZAÇÃO E
COMUNICAÇÃO PRÉVIA DAS AÇÕES DE FORMAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS E OS REQUISITOS ESPECÍFICOS
DE CERTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES FORMADORAS DE MOTORISTAS DE TÁXIS 82
 Lei n.º 6/98, de 31JAN
- ESTABELECE MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA OS MOTORISTAS DE TÁXI 91
 DR n.º 17/89, de 03JUL
- OBRIGAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE APARELHO RÁDIO/ IDENTIFICAÇÃO DOS UTENTES/
RECUSA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 92
 Despacho Conjunto n.º 548/2002, de 27JUN, do MAI e do MOPTC
- CRIAÇÃO DE GRUPO DE TRABALHO PARA SERVIÇO DE ALERTA 92
 DL n.º 184/2006, de 12SET
- REQUISITOS DE HOMOLOGAÇÃO DOS SEPARADORES DOS TÁXIS 93
 Despacho DGV n.º 25759/99, de 30DEC
- HOMOLOGAÇÃO DE SEPARADORES PARA TÁXIS 94
 Lei n.º 33/2007, de 13AGO
- REGULA A INSTALAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE VIDEOVIGILÂNCIA EM TÁXIS 99
 Portaria n.º 1164-A/2007, de 12SET
- MODELO DE AVISO QUE SINALIZA QUE SE PROCEDE À CAPTAÇÃO E GRAVAÇÃO DE
IMAGENS POR RAZÕES DE SEGURANÇA 103
 Generalidades - Táxis 105 a 110
 Breve explicação sobre Horários Fixos e Horários Móveis 110
 Introdução - TVDE 111
 Lei n.º 45/2018, de 10AGO
- REGIME JURÍDICO DA ATIVIDADE DE TRANSPORTE INDIVIDUAL E REMUNERADO DE
PASSAGEIROS EM VEÍCULOS DESCARACTERIZADOS A PARTIR DE PLATAFORMA
ELETRÓNICA 113

Escola da Guarda III


Escola da Guarda Índice dos TÁXIS/ TVDE

 Deliberação IMT n.º 1204/2018, de 05NOV


- MODELO DE CERTIFICADO DE MOTORISTA DE “TVDE” 122
 Portaria n.º 293/2018, de 31OUT
- ESTABELECE OS REQUISITOS E PROCEDIMENTOS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO
RODOVIÁRIA DESTINADOS À EMISSÃO E RENOVAÇÃO DO (CMTVDE) E ESTABELECE,
AINDA, AS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS APLICÁVEIS ÀS ENTIDADES QUE MINISTRAM
CURSOS DE FORMAÇÃO PARA MOTORISTAS E CANDIDATOS A MOTORISTA DE (TVDE),
EM CASO VIOLAÇÃO DOS DEVERES A QUE SE ENCONTRAM VINCULADAS, BEM COMO
PELO INCUMPRIMENTO DA MINISTRAÇÃO DOS CURSOS DE ACORDO COM OS
CONTEÚDOS E ORGANIZAÇÃO ESTABELECIDOS 123
 Código do Trabalho – Artigo 12.º Presunção de contrato de trabalho 127
 Código da Estrada – Artigo 76.º - Vias reservadas e 77.º - Vias de trânsito reservadas 131
 Generalidades TVDE 147

IV Escola da Guarda
Índice dos TÁXIS/ TVDE Escola da Guarda

ÍNDICE DOS TRANSPORTES PÚBLICOS DE ALUGUER EM VEÍCULOS


AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS – TÁXIS E DOS TRANSPORTES
EM VEÍCULOS DESCARACTERIZADOS A PARTIR DE PLATAFORMAS
ELETRÓNICAS – TVDE

Lei n.º 18/97, de 11JUN


Autorização legislativa para transferência de competência da Administração Central para os municípios

Artigo 1.º Objeto 5


Artigo 2.º Sentido e extensão 5
Artigo 3.º Duração 6
Artigo 4.º Revogação do DL n.º 319/95, de 28NOV 6
Artigo 5.º Repristinação de normas 6

DL n.º 251/98, de 11AGO


Licenciamento e acesso ao mercado dos transportes em táxi

Capítulo I Disposições gerais 9


Artigo 1.º Âmbito 9
Artigo 2.º Definições 9
Capítulo II Acesso à atividade 9
Artigo 3.º Licenciamento da atividade 9
- Email n.º I033086-201609, de 13SET, da DTSR/DO/CO - Orientação – Plataforma “Uber” 10
- Email n.º I371153-201807, de 29JUL, da DO/CO/GNR – Transportes requisitados por plataformas eletrónicas
11
Artigo 4.º Requisito de acesso 12
Artigo 5.º Revogado 12
Artigo 6.º Revogado 12
Artigo 7.º Capacidade financeira 12
Artigo 8.º Falta superveniente do requisito de acesso 12
Artigo 9.º Dever de informação 12
Capítulo III Acesso ao mercado 13
Artigo 10.º Veículos 13
- Portaria n.º 277-A/99, de 15ABR - Equipamento obrigatório/ Dispositivo luminoso/ Distintivo… 15
- Anexo I - Modelo do dispositivo luminoso 17
- Anexo II - Modelo do distintivo identificador da licença 18
- Despacho IMTT n.º 10009/2012, de 25JUL - Normas de identificação “Indicação do número do alvará da empresa” 18
- Email n.º 10522/2014, de 20NOV - Esclarecimento sobre n.º alvará 19
- Anexo III - Modelo do dístico de aferição do taxímetro 20
- Anexo IV - Modelo do painel de mensagens publicitárias 20
- Despacho DGTT n.º 8236/2004, de 24ABR - Modelo da placa identificativa de mudança de tarifa
21
- Ofício DGTT n.º 894/DSJ/DCO, de 11AGO2003 - Autos de C.O. relativos a publicidade nos táxis
22
- Despacho DGV n.º 15680/2002, de 10JUL - Extintores de incêndio
22
- Ofício DGV n.º 127587/2006, de 22JUN - Circulação táxis com dispositivo identificador aceso ou apagado
23

Escola da Guarda V
Escola da Guarda Índice dos TÁXIS/ TVDE

Artigo 11.º Taxímetros 25


- DL n.º 291/90, de 20SET - Harmonização do controlo metrológico com o direito comunitário 26
- Nota n.º I21752-201512, de 30DEC15 - Extinção da DRE “Direção regional da Economia” 27
- Portaria n.º 962/90, de 09OUT - Regulamento Geral do Controlo Metrológico 29
- Anexo I - Símbolo de aprovação de modelo 31
- Anexo II - Símbolos relativos à aprovação CEE de modelo 31
- Anexo III - Símbolo das primeiras verificações (Nacional e CEE) 32
- Anexo IV - Símbolo de verificação periódica 32
- Anexo V - Símbolo de rejeição de qualquer instrumento na verificação periódica 32
- Anexo VI - Símbolo da verificação extraordinária 32
Artigo 12.º Licenciamento dos veículos 33
- Parecer da DGTT sobre a validade das licenças camarárias e cópia certificada do alvará 33
Artigo 13.º Fixação de contingentes 34
Artigo 14.º Preenchimento dos lugares no contingente 35
Capítulo IV Organização do mercado 35
Artigo 15.º Tipos de serviço 35
Artigo 16.º Regimes de estacionamento 35
- Ofício IMT n.º 1630/RJE/LATT, de 06OUT2015 – Início fora do concelho da licença. 36
Artigo 17.º Prestação obrigatória de serviços 36
Artigo 18.º Abandono do exercício da atividade 36
Artigo 19.º Transporte de bagagens e de animais 37
Artigo 20.º Regime de preços 37
Capítulo V Regimes especiais 37
Artigo 21.º Regime especial 37
Artigo 22.º Táxis para pessoas com mobilidade reduzida 37
- Despacho DGTT n.º 4/92, de 31JAN - Identificação dos veículos 37
- Despacho DGTT n.º 18406/2004, de 10AGO - Características específicas 38
Artigo 23.º Veículos turísticos e isentos de distintivos 39
- DR n.º 41/80, de 21AGO - Licenças para veículos de turismo 39
- Despacho DGTT n.º 32/94, de 23AGO - Caraterísticas dos automóveis de turismo 40
- Despacho DGTT n.º 2/81, de 3JAN - Distintivo dos veículos de turismo 41
Artigo 24.º Transportes coletivos em táxi 43
Capítulo VI Fiscalização e regime sancionatório 43
Artigo 25.º Entidades fiscalizadoras 43
Artigo 26.º Contraordenações 43
Artigo 27.º Competência para a aplicação das coimas 43
- Nota n.º 12361/2013 - Modelo de auto de contraordenação Modelo UAG/GNR n.º 380 43
- Ofício DGTT n.º 88/99/DAJ, de 26AGO99 - Competência para a instrução de processos de C.O. 46
Artigo 28.º Exercício da atividade sem licença 49
Artigo 29.º Incumprimento do dever de informação 49
Artigo 30.º Exercício irregular da atividade 49
Artigo 31.º Falta de apresentação de documentos 50
Artigo 32.º Imputabilidade das infrações 50

VI Escola da Guarda
Índice dos TÁXIS/ TVDE Escola da Guarda

Artigo 33.º Sanções acessórias 50


Artigo 34.º Produto das coimas 50
Capítulo VII Disposições finais e transitórias 51
Artigo 35.º Modelos das licenças 51
- Deliberação IMTT n.º 585/2012, de 23ABR – Modelos de títulos habilitantes emitidos pelo IMT I.P. 51
Artigo 36.º Afetação de receitas 53
Artigo 36.º-A Dever de comunicação 53
Artigo 37.º a 40.º Revogados 53
Artigo 41.º Capacidade financeira 53
Artigo 42.º Instalação de taxímetros 53
Artigo 43.º Revogado 53
Artigo 44.º Norma revogatória 53
Artigo 45.º Revogado 53

Lei n.º 6/2013, de 22JAN


Aprova os regimes jurídicos de acesso e exercício da profissão de motorista de táxi e de certificação das respetivas
entidades formadoras

Capítulo I Disposição inicial 55


Artigo 1.º Objeto 55
Capítulo II Motoristas de táxi 55
Artigo 2.º Deveres do motorista de táxi 55
- Código da Estrada – Transporte de pessoas em veículos/ Dispensa do uso de cinto de segurança 59
- Ofício IGAE n.º 4736/99, de 12AGO - Prática de preços ou taxas superiores ao legalmente estabelecido 60
- DL n.º 297/92, de 31DEC - Regime de preços aos serviços prestados pela indústria de exploração de “táxis”,
através de Convenção 61
- Convenção de Preços do Serviço de Transportes de Passageiros em Táxi (2013/ 2014) 62
- Anexo - Tipologia de Tarifas e Princípios de Aplicação 64
- Tarifas a Aplicar 65
- Portaria n.º 397/97, de 18JUN - Obrigatoriedade de indicação de preços 69
- DL n.º 138/90, de 26ABR - Obrigatoriedade de indicação de preços 69
- Portaria n.º 128/94, de 01MAR - Indicação de preços nos táxis 70
- DL n.º 28/84, de 20OUT - Infrações Antieconómicas - Crime de especulação 70
- Lei n.º 37/2007, de 14AGO - Aprova normas para a proteção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo
do tabaco e medidas de redução da procura… 71
- Lei n.º 144/2015, de 08SET - Deveres de informação dos fornecedores de bens ou prestadores de serviços 73
Artigo 3.º Obrigatoriedade de título profissional 75
Artigo 4.º Certificado de motorista de táxi 75
- Modelo do “CAP” - Tipo Cartão e Tipo Diploma 75
- Despacho IMT n.º 1602/2016, de 02FEV – Modelos de certificado e de requerimento de CMT 76
Artigo 5.º Requisitos para a obtenção do CMT 77
Artigo 6.º Inidoneidade 77
Artigo 7.º Renovação do CMT 77
Artigo 8.º Motoristas de táxi de outros Estados membros ou do Espaço Económico Europeu 78
Artigo 9.º Formação inicial e formação contínua 78

Escola da Guarda VII


Escola da Guarda Índice dos TÁXIS/ TVDE

Artigo 10.º Dispensa da formação 79


Artigo 11.º Validade da formação 79
Artigo 12.º Exame para obtenção do CMT 49
Capítulo III Certificação de entidades formadoras 79
Artigo 13.º Certificação de entidades formadoras de motoristas de táxi 79
- Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV – Modelos de dísticos e certificado de entidade formadora 80
Artigo 14.º Falta superveniente dos requisitos de certificação 81
Artigo 15.º Deveres das entidades formadoras 81
- Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO - Termos da formação inicial e contínua… 82
Artigo 16.º Acompanhamento técnico-pedagógico 87
Artigo 17.º Sanções administrativas 87
Artigo 18.º Registo 87
Capítulo IV Fiscalização e regime sancionatório 87
Artigo 19.º Fiscalização 87
Artigo 20.º Contraordenações 87
Artigo 21.º Exercício ilegal da profissão 87
Artigo 22.º Falta de exibição de CMT ou CMT provisório 88
Artigo 23.º Violação dos deveres de motorista de táxi 88
Artigo 24.º Exercício irregular da atividade de formação 88
Artigo 25.º Violação dos deveres de entidade formadora 88
Artigo 26.º Sanção acessória 88
Artigo 27.º Processamento das contraordenações 88
Artigo 28.º Produto das coimas 88
Capítulo V Disposições finais e transitórias 89
Artigo 29.º Desmaterialização de atos e procedimentos 89
Artigo 30.º Integração no sistema nacional de qualificações 89
Artigo 31.º Cooperação administrativa 89
Artigo 32.º Regime transitório 89
Artigo 33.º Norma revogatória 90
Artigo 34.º Entrada em vigor 90

Lei n.º 6/98, de 31JAN


Estabelece medidas de segurança para os motoristas de táxi

Artigo 1.º Criação de um Sistema de Alerta 91


Artigo 2.º Instalação de pelo menos um Sistema de Segurança 91
- DR n.º 17/89, de 03JUL - Instalação de aparelho rádio 92
- Despacho Conjunto n.º 548/2002, de 27JUN - Criação Grupo de Trabalho para o Serviço de Alerta
92
Artigo 3.º Características técnicas 91
Artigo 4.º Entrada em vigor 91

VIII Escola da Guarda


Índice dos TÁXIS/ TVDE Escola da Guarda

DL n.º 184/2006, de 12SET


Requisitos de homologação dos separadores entre o habitáculo do condutor e o dos passageiros transportados no
banco da retaguarda

Artigo 1.º Objeto 93


Artigo 2.º Homologação 93
- Despacho DGV n.º 25759/99, de 30DEC - Homologação de separadores para táxis 94
Artigo 3.º Requisitos de homologação 97
Artigo 4.º Processo de homologação 97
Artigo 5.º Instalação e inspeção 97
Artigo 6.º Utilização dos lugares da frente 97
Artigo 7.º Regime sancionatório 97
Artigo 8.º Competência para fiscalização 98
Artigo 9.º Produto das coimas 98
Artigo 10.º Regiões autónomas 98
Artigo 11.º Norma revogatória 98

Lei n.º 33/2007, de 13AGO


Regula a instalação e utilização de sistemas de videovigilância em táxis

Artigo 1.º Objeto 99


Artigo 2.º Finalidade e estrutura do sistema 99
Artigo 3.º Centrais de receção e arquivo de imagens 99
Artigo 4.º Comunicação entre as unidades móveis e as centrais de receção e arquivo de imagens 99
Artigo 5.º Comunicação entre as centrais de receção e arquivo de imagens e as forças de segurança 100
Artigo 6.º Homologação, caraterísticas e instalação dos equipamentos 100
Artigo 7.º Proteção de dados 100
Artigo 8.º Direito de acesso 100
Artigo 9.º Limites à utilização 100
- Portaria n.º 1164-A/2007, de 12SET - Modelo de aviso de captação e gravação de imagens 103
Artigo 10.º Prazo de conservação 101
Artigo 11.º Manutenção dos equipamentos 101
Artigo 12.º Acesso às instalações e equipamentos 101
Artigo 13.º Regime sancionatório 101
Artigo 14.º Competência para o processo contraordenacional 102
Artigo 15.º Produto das coimas 103
Artigo 16.º Disposição transitória 103
Artigo 17.º Entrada em vigor 103
GENERALIDADES - TÁXIS 105

Escola da Guarda IX
Escola da Guarda Índice dos TÁXIS/ TVDE

Lei n.º 45/2018, de 10AGO


Regime jurídico da atividade de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a
partir de plataforma eletrónica (TVDE)

Capítulo I Disposição inicial 113


Artigo 1.º Objeto e âmbito 113
Capítulo II Serviço de transporte 115
Secção I Disposições gerais 115
Artigo 2.º Acesso à atividade 115
Artigo 3.º Licenciamento 115
Artigo 4.º Idoneidade do operador de TVDE 116
Secção II Exercício da atividade 117
Artigo 5.º Subscrição prévia 117
Artigo 6.º Passageiros com mobilidade reduzida 117
Artigo 7.º Não discriminação 119
Artigo 8.º Recusa de serviço 119
Artigo 9.º Cumprimento dos requisitos de exercício 120
Artigo 10.º Limites à utilização 121
- Deliberação IMT n.º 1204/2018 – Modelo do “CMTVDE” 122
- Portaria n.º 293/2018, de 31OUT – Estabelece requisitos e procedimentos dos cursos de formação… 123
- Artigo 12.º do Código do Trabalho – Contrato de Trabalho 127
Artigo 11.º Idoneidade do motorista 129
Artigo 12.º Veículos 129
Código da Estrada - - Artigo 76.º - Vias reservadas e 77.º - Vias de trânsito reservadas 131
Artigo 13.º Duração da atividade 133
Artigo 14.º Controlo e limitação da atividade 134
Artigo 15.º Preço e pagamento do serviço 135
Capítulo III Plataformas eletrónicas 137
Artigo 16.º Noção 137
Artigo 17.º Acesso à atividade 135
Artigo 18.º Idoneidade do operador de plataformas eletrónicas 136
Artigo 19.º Serviços disponibilizados pelas plataformas eletrónicas 139
Artigo 20.º Deveres gerais dos operadores de plataformas eletrónicas 141
Capítulo IV Resolução de litígios 141
Artigo 21.º Foro competente 141
Artigo 22.º Meio extrajudiciais de resolução de litígios 141
Capítulo V Supervisão, fiscalização e regime sancionatório 141
Artigo 23.º Supervisão 141
Artigo 24.º Entidades fiscalizadoras 142

X Escola da Guarda
Índice dos TÁXIS/ TVDE Escola da Guarda

Artigo 25.º Regime sancionatório 142


Artigo 26.º Sanções acessórias 143
Artigo 27.º Processamento das contraordenações 143
Artigo 28.º Produto das coimas 143
Capítulo VI Taxas e contribuição 143
Artigo 29.º Taxas 143
Artigo 30.º Contribuição de regulação e supervisão 143
Capítulo VII Disposições finais e transitórias 145
Artigo 31.º Avaliação do regime 145
Artigo 32.º Regime transitório 145
Artigo 33.º Entrada em vigor 145
GENERALIDADES - TVDE 147

NOTA: Tendo em conta a adoção do novo Acordo Ortográfico, o texto


deste documento foi reproduzido com a nova ortografia.
Este novo acordo entrou em vigor a 13 de maio de 2009, existindo
um período de transição de seis (6) anos estipulado por lei, o que
significa que 2015 é o prazo limite para a adoção oficial da nova
ortografia.

Escola da Guarda XI
Escola da Guarda Índice dos TÁXIS/ TVDE

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XII Escola da Guarda


Táxis INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO - TÁXIS
Escrever sobre a história do Táxi, no sentido mais lato do termo, é escrever sobre a evolução dos
meios de transporte citadinos e sobre o contributo por aquele prestado, ao crescimento das principais
civilizações urbanas.
O primeiro serviço desse género apareceu com a invenção do “riquexó” - carro de duas rodas
puxado por um só homem. Existia, embora em pouca abundância, nas principais cidades da antiguidade,
mas era exclusivo das elites, que possuíam escravos para puxar esses carros.
O Táxi, propriamente dito, apareceu historicamente quando foram aplicadas taxas à sua
utilização através de taxímetros. Contudo, o serviço de transportar pessoas numa grande cidade a
qualquer pessoa que o solicite é quase tão antigo como a civilização.
Os primeiros táxis motorizados apareceram em 1896 na cidade alemã de Estugarda. No ano
seguinte, “Freidrich Greiner” abriu uma empresa concorrente, na mesma cidade, mas os seus carros
estavam equipadas com um sistema inovador de cobrança - o taxímetro.
A implantação dos táxis foi generalizada em 1907. Nesse mesmo ano, em Paris, todos os carros
de aluguer tinham de possuir um taxímetro obrigado por lei.
Antes da Primeira Guerra Mundial já todas as grandes cidades europeias e americanas tinham
serviço de táxis legais e pintados com esquemas de cores diferentes. Desde então as alterações foram
poucas, apenas nos aparelhos possuídos pelos carros, tais como o sistema de comunicações via rádio e via
satélite “GPS”, ar condicionado etc…
Como data provável para o aparecimento do primeiro Táxi em Portugal há quem aponte para
1907 como sendo a data em que surgiu o primeiro táxi motorizado. Tal informação merece alguma
credibilidade pois coincide com a data em que a adesão dos primeiros veículos de aluguer motorizados ao
taxímetro ocorria com notável sucesso em Estugarda, na Alemanha.
Em Portugal, no que respeitava à legislação dos transportes de aluguer em veículos ligeiros de
passageiros, a única entidade com competência para processar e aplicar as multas (atualmente coimas),
era somente a Administração Central.
O DL n.º 319/95, de 28NOV, foi o diploma que operou uma 1.ª transferência para os Municípios
de múltiplas competências em matéria de transportes de aluguer em veículos ligeiros de passageiros.
Este diploma emanou do Governo, no uso da autorização legislativa concedida pela AR, nos
termos art.º 13.º Lei n.º 39-B/94, de 27DEC, que aprovou o Orçamento de Estado para 1995.
O DL n.º 319/95, de 28NOV, mereceu críticas e foi alvo de contestação de diversas entidades e
organismos, tendo por base as seguintes razões:
a) Atribuição de poderes aos municípios para, através de regulamentos municipais, fixarem o
regime de atribuição e exploração de licenças de táxis, situação que poderia levar, no limite e
por absurdo, a serem criados tantos regimes quantos municípios existentes, tornando
impossível uma adequada fiscalização pelas entidades policiais;
b) Omissão de um regime sancionatório das infrações relativas ao exercício da atividade de táxis,
designadamente a sua exploração por entidades não titulares de licenças, a alteração de locais
de estacionamento e as infrações às regras tarifárias convencionadas para o setor;
c) Duvidosa constitucionalidade de determinadas normas, nomeadamente do n.º 2 do art.º 15.º,
na medida em que condicionava a eficácia dos regulamentos municipais ao seu depósito na
então DGTT, agora Instituto da Mobilidade e dos Transportes I.P., contrariando desta forma o
princípio constitucional da publicidade das normas, bem como do art.º 16.º, que permitia que
um regulamento municipal pudesse revogar diversos decretos-lei.

Escola da Guarda 1
INTRODUÇÃO Táxis

Estas razões fundamentaram um pedido de autorização legislativa do Governo à Assembleia da


República, que lhe foi concedida ao abrigo da Lei n.º 18/97, de 11JUN.
Com efeito, este diploma revogou o DL n.º 319/95, de 28NOV, e repristinou toda a legislação
anterior sobre a matéria, concedendo, ao mesmo tempo, ao Governo, autorização para legislar no sentido
de transferir para os municípios competências relativas à atividade de aluguer em veículos ligeiros de
passageiros.
Na sequência desta autorização legislativa, foi publicado o DL n.º 251/98, de 11AGO, já
entretanto alterado pelas Leis n.os 156/99, de 14SET, 106/2001, de 31AGO, DL n.º 41/2003, de 11MAR,
DL n.º 4/2004, de 6JAN e pela Lei n.º 5/2013, de 22JAN, que regulamenta o acesso à atividade e ao
mercado dos transportes em táxi.
Continua na Administração Central as competências relacionadas, nomeadamente, com o acesso
à atividade e aos municípios foram cometidas responsabilidades ao nível do acesso e organização do
mercado, continuando a administração central, nomeadamente, com as competências relacionadas com o
acesso à atividade.
No que concerne ao acesso ao mercado, as Câmaras Municipais são competentes para:
Licenciamento dos veículos – em que os veículos afetos ao transporte em táxis estão
sujeitos a licença a emitir pelas câmaras municipais, que por sua vez será averbado no
alvará pelo IMT.
Fixação dos contingentes – o número de táxis consta de contingente fixado, com uma
periocidade não superior a dois (2) anos, pela Câmara Municipal.
Atribuição de licenças – as câmaras municipais atribuem as licenças por meio de
concurso público aberto às entidades habilitadas no licenciamento da atividade.
Atribuição de licenças de táxis para pessoas com mobilidade reduzida – as câmaras
municipais atribuem licenças, fora do contingente e de acordo com critérios fixados por
regulamento municipal, para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida.
Relativamente à organização do mercado, as câmaras municipais são competentes para:
Definição dos tipos de serviço;
Fixação dos regimes de estacionamento.
Por fim, foram-lhes atribuídos poderes ao nível da fiscalização e em matéria contraordenacional.

Licenciamento da atividade/ veículos:

A atividade de transportes em táxi só pode ser exercida por sociedades comerciais ou


cooperativas licenciadas pelo IMT I.P., por estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada
ou por empresários em nome individual no caso de pretenderem explorar uma única licença.
Essa licença consubstancia-se num “alvará”, onde o IMT I.P., vai averbar os veículos que são
licenciados pelas Câmaras Municipais para a atividade de transporte em táxi.
As Câmaras Municipais efetuam o licenciamento dos veículos e o titular do alvará requer ao
IMT I.P., o averbamento do veículo no respetivo alvará da empresa, ou a emissão de uma cópia
certificada do alvará com esse averbamento.
As licenças são numeradas sequencialmente, sendo esse número aposto nos guarda-lamas da
frente e na retaguarda dos veículos, juntamente com o nome da freguesia ou concelho a que os mesmos
pertençam. O Despacho IMTT n.º 10009/2012, de 25JUL, veio introduzir que devem ser acompanhados,
abaixo da referência ao número da licença e à freguesia ou concelho, da indicação do número do alvará da
empresa.

2 Escola da Guarda
Táxis INTRODUÇÃO

Sobre os Veículos:

Na atividade de transporte em táxi só podem ser utilizados veículos automóveis ligeiros de


passageiros, de matrícula nacional, com lotação não superior a nove (9) lugares, incluindo o do
condutor e equipados com taxímetro.
As normas de identificação, o tipo de veículo, as condições de fixação de publicidade e outras
caraterísticas a que devem obedecer os táxis, são as estabelecidas em legislação própria (Art.º 10.º DL n.º
251/98, de 11AGO e Portaria n.º 277-A/99, de 15ABR).

Certificação/ Qualificações e deveres exigidos aos motoristas de táxi:

O DL n.º 263/98, de 19AGO, alterado e republicado pelo DL n.º 298/2003, de 21NOV,


estabelecia as condições de acesso e de exercício da profissão de motorista de veículos ligeiros de
passageiros de transporte público de aluguer (táxi), contemplando que, para o exercício da profissão de
motorista de táxi, era obrigatória a posse de um Certificado de Aptidão profissional (CAP), que é
válido por cinco (5) anos, sendo o IMT I.P. a entidade competente para a sua emissão, bem como para
homologar os correspondentes cursos de formação profissional.
O DL n.º 263/98, de 19AGO, foi revogado pela Lei n.º 6/2013, de 22JAN, sendo agora
obrigatória a posse de título profissional de motorista de táxi, designado de Certificado de Motorista de
Táxi (CMT), para o acesso e exercício da profissão, embora os Certificados de Aptidão Profissional
(CAP) de motorista de táxi emitidos ao abrigo do disposto no Decreto-Lei n.º 263/98, de 19AGO se
mantenham válidos até ao fim do prazo que deles constar, devendo ser renovados nos termos da Lei n.º
6/2013, de 22JAN.
O motorista de táxi deve cumprir todos os deveres constantes do art.º 2.º da Lei n.º 6/2013, de
22JAN.

A Convenção de Preços do Serviço de Transporte de Passageiros em Táxi, foi criada pelo


DL n.º 297/92, de 31DEC e vigorará pelo período que nela for acordado, podendo ser denunciada nos
termos que se encontrarem previstos na mesma. Geralmente, a mesma é atualizada anualmente.

Conceitos:

«Táxi» o veículo automóvel ligeiro de passageiros afeto ao transporte público, equipado com aparelho de
medição de tempo e distância (taxímetro) e com distintivos próprios;

«Transporte em táxi» o transporte efetuado por meio do veículo a que se refere a alínea a), ao serviço de
uma só entidade, segundo itinerário da sua escolha e mediante retribuição;

«Transportador em táxi» a empresa habilitada com alvará para o exercício da atividade de transportes
em táxi.

Escola da Guarda 3
INTRODUÇÃO Táxis

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4 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

TRANSPORTES PÚBLICOS DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS


LIGEIROS DE PASSAGEIROS - TÁXIS

Lei n.º 18/97, de 11JUN


Autorização legislativa para transferência de competência da Administração Central
para os Municípios
(Originou a criação do DL n.º 251/98, de 11AGO)

Autoriza o Governo a transferir para os municípios competências relativas à atividade de


transportes de aluguer em veículos ligeiros de passageiros e a criar regras específicas sobre o acesso à
profissão de motorista de táxis. Revoga o Decreto-Lei n.º 319/95, de 28 de novembro.
A Assembleia da República decreta, nos termos dos artigos 164.º, alínea e), 168.º, n.º 1, alínea s),
e 169.º, n.º 3, da Constituição, o seguinte:

Artigo 1.º - Objeto


1 - É concedida ao Governo autorização legislativa para transferir para os municípios competências
relativas à atividade de transporte de aluguer em automóveis ligeiros de passageiros.
2 - É igualmente concedida ao Governo autorização legislativa para criar regras próprias de acesso e
exercício da profissão de motorista de veículos de aluguer ligeiros de passageiros.

Artigo 2.º - Sentido e extensão


A presente autorização legislativa tem o seguinte sentido e extensão:

1 - O decreto-lei a aprovar na sequência da presente autorização legislativa visa dotar os municípios de


competências em matérias relativas à atividade de aluguer de veículos ligeiros de passageiros, importando
a transferência de competências relativas às seguintes áreas:
a) Fixação de contingentes;
b) Atribuição de transmissão de licenças;
c) Licenciamento de veículos;
d) Isenção de normas de identificação de veículos;
e) Regime de exploração;
f) Fiscalização da atividade e aplicação do regime sancionatório.
2 - O decreto-lei a aprovar ao abrigo da presente autorização legislativa, e que regulamentará o acesso e
exercício da profissão de motorista de veículos de aluguer ligeiros de passageiros, visa a criação de
condições de idoneidade e de aptidão profissional para aquela profissão e, nesse quadro, deverá incluir as
seguintes regras:
a) Exigência de um certificado de aptidão para o exercício da profissão;
b) Determinação da entidade competente para a emissão dos certificados referidos na alínea
anterior;
c) Determinação da entidade competente para a fiscalização do exercício da profissão.

Escola da Guarda 5
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

Artigo 3.º - Duração


A presente autorização legislativa tem a duração de um ano.

Artigo 4.º - Revogação do Decreto-Lei n.º 319/95, de 28 de novembro


É revogado, com efeitos reportados a 1 de janeiro de 1996, o Decreto-Lei n.º 319/95, de 28 de novembro,
ficando salvaguardados todos os direitos que tenham sido criados a favor de particulares em execução do
referido diploma.

Artigo 5.º - Repristinação de normas


São repristinadas todas as normas anteriores à publicação do Decreto-Lei n.º 319/95, de 28 de novembro,
que expressa ou tacitamente tenham sido por ele revogadas.

6 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Licenciamento e acesso ao mercado dos Transportes em Táxi


A experiência colhida na aplicação do regime jurídico relativo aos transportes de aluguer em
veículos automóveis ligeiros de passageiros veio demonstrar a necessidade da sua revisão, visando
sobretudo a melhoria de qualidade a que deve obedecer a prestação destes serviços.
Neste sentido, em paralelo com um diploma específico regulador da certificação profissional do
motorista, o presente decreto-lei estrutura a realização destes transportes em duas vertentes fundamentais
que se complementam: o acesso à atividade e o acesso ao mercado.
O licenciamento da atividade consubstancia-se na exigência de requisitos a preencher pelas
sociedades comerciais ou cooperativas que a pretendam exercer, as quais, por razões de solidez
económica, eficácia e capacidade organizativa, passam a ser os únicos protagonistas desta atividade. A
esta opção pela forma societária não foi alheia a consagração da sociedade unipessoal por quotas no nosso
ordenamento jurídico, figura esta a que já podem aderir as pessoas pouco recetivas ao associativismo
inerente às outras formas sociais.
No entanto, considerando que a atividade tem vindo tradicionalmente a ser exercida por
empresários em nome individual e que o instituto de sociedade unipessoal é uma figura recente e, por
isso, ainda pouco conhecida, tornou-se conveniente admitir que, ressalvado o preenchimento dos
requisitos de idoneidade, capacidade técnica ou profissional e capacidade financeira, pudessem as
referidas empresas continuar a exercer a atividade.
Ainda com o objetivo de promover a melhoria da prestação dos serviços de transportes de
aluguer em automóveis ligeiros de passageiros, os quais respondem a necessidades essencialmente locais,
são conferidas competências aos municípios no âmbito de organização e acesso ao mercado, sem prejuízo
da coordenação e mobilidade a nível nacional.
Assim, a intervenção da administração central em matéria de acesso ao mercado é meramente
residual, circunscrevendo-se à resolução de questões de transporte em táxi com natureza extraconcelhia,
em que o pólo gerador da procura não tenha tradução local e a coordenação de transportes se não confine
a um município.
É também adotado um regime sancionatório mais adequado ao atual sistema de
contraordenações, pretendendo-se que o mesmo exerça uma função dissuasora, sendo conferidas
competências nessa matéria à administração local.
Finalmente, os direitos adquiridos pelas pessoas que já vêm exercendo a atividade foram
devidamente acautelados, através da consagração de um regime transitório que, para além de atribuir
relevância jurídica à experiência profissional, permite a adaptação as novas regras de acesso à atividade
num prazo suficientemente alargado.
Foram ouvidos os organismos representativos dos trabalhadores.
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas.
Assim, no uso da autorização legislativa concedida pelo n.º 1 do artigo 1.º da Lei n.º 18/1997, de
11 de junho, nos termos das a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º e do n.º 5 do artigo 112.º da Constituição, o
Governo decreta o seguinte:

Escola da Guarda 7
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

“Preâmbulo do DL n.º 41/2003, de 11MAR que introduz alterações e republica o DL n.º 251/98, de
11AGO, através do ANEXO a seguir transcrito”

O Decreto-Lei n.º 251/98, de 11 de agosto, transferiu para os municípios competências em matéria de


acesso e organização do mercado da atividade de transportes em táxi.
O exercício daquelas competências implicava que as câmaras municipais publicassem, até 31 de março
de 2002, os regulamentos necessários à execução daquele diploma e emitissem até 31 de dezembro de 2002, novas
licenças de táxi em substituição das antigas.
Constatando-se que aqueles prazos já expiraram sem que todos os municípios tenham atempadamente
publicado os respetivos regulamentos, torna-se necessário prorrogar o prazo de validade das anteriores licenças,
aproveitando-se a oportunidade para efetuar algumas correções que a aplicação do diploma, ao longo dos últimos
quatro (4) anos de vigência, aconselha necessárias.
Nesse sentido, designadamente, reintroduz-se a possibilidade de os preços dos serviços de transporte em
táxi poderem ser aferidos em função da quilometragem a percorrer, independentemente da sua duração e
itinerário e, no que respeita às normas sancionatórias, passa a punir-se a utilização na atividade de transporte em
táxi de veículo não licenciado e o abandono injustificado do táxi.
Por fim, procede-se à revogação de normas que, face às alterações introduzidas, deixam de fazer sentido
no contexto do diploma e converte-se em euros o montante das coimas expressas em escudos.
(Art.º 4.º DL n.º 41/2003, de 11MAR)

Foram ouvidas a Associação Nacional dos Transportes em Automóveis Ligeiros e a Federação


Portuguesa do Táxi.
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das regiões Autónomas.
Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta, para valer como lei
geral da república, o seguinte:

8 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

ANEXO
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO
(Alterado pela Lei n.º 156/1999, de 14SET, republicado pela Lei n.º 106/2001, de 31AGO e pelo DL n.º 41/2003, de 11MAR, alterado ainda pelo DL n.º
4/2004, de 06JAN, pela Lei n.º 5/2013, de 22JAN, pela Lei n.º 35/2016, de 21NOV e pelo DL n.º 3/2019, de 11JAN)

(Republicado pelo DL n.º 41/2003, de 11MAR)

Licenciamento e acesso ao mercado dos transportes em Táxi


CAPÍTULO I - Disposições gerais

Artigo 1.º - Âmbito


O presente diploma aplica-se aos transportes públicos de aluguer em veículos automóveis ligeiros de
passageiros, adiante designados por transportes em táxi.

Artigo 2.º - Definições


Para efeitos do presente diploma considera-se:
a) «Táxi» o veículo automóvel ligeiro de passageiros afeto ao transporte público, equipado com
aparelho de medição de tempo e distância (taxímetro) e com distintivos próprios;
b) «Transporte em táxi» o transporte efetuado por meio do veículo a que se refere a alínea a),
ao serviço de uma só entidade, segundo itinerário da sua escolha e mediante retribuição;
c) «Transportador em táxi» a empresa habilitada com alvará para o exercício da atividade de
transportes em táxi.

CAPÍTULO II - Acesso à atividade

Artigo 3.º - Licenciamento da atividade


1 - A atividade de transportes em táxi só pode ser exercida por sociedades comerciais ou cooperativas
licenciadas pelo IMT I.P., por estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada ou por
empresários em nome individual no caso de pretenderem explorar uma única licença.
(TVDE, ver art.º 3.º Lei n.º 45/2018, de 10AGO)

2 - Aos concursos para a concessão de licenças para a atividade de transportes em táxi podem concorrer,
para além das entidades previstas no número anterior, os trabalhadores por conta de outrem, bem como os
membros de cooperativas licenciadas pelo IMT I.P. e que preencham as condições de acesso e exercício
da profissão definidas nos termos deste diploma.
3 - A licença para o exercício da atividade de transportes em táxi consubstancia-se num alvará, o qual é
intransmissível e é emitido por um prazo não superior a 5 anos, renovável mediante comprovação de que
se mantêm os requisitos de acesso à atividade. (Deliberação IMTT n.º 585/2012, de 23ABR, junto art.º 35.º DL n.º 251/98)
4 - O IMT I. P. procederá ao registo de todas as empresas titulares de alvará para o exercício desta
atividade.
 Efetuar a atividade de transporte em táxi sem lhe ter sido concedida a respetiva licença consubstanciada em alvará.
Inf.: n.os 1 e 3 art.º 3.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: n.º 1 art.º 28.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) – 4.01.028.01.01 - Coima: 5.000 € a 15.000 € (PC) – 4.01.028.01.02
IMT - Auto ao Autor

Escola da Guarda 9
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

 Realização da atividade de transporte em táxi sem a licença emitida pelo IMT, consubstanciada num alvará, por quem
pratica a angariação, com recurso a sistemas de comunicação eletrónica, de serviços para veículos sem alvará.
Inf.: n.os 1 e 3 art.º 3.º e n.º 4 art.º 28.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: n.º 1 art.º 28.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) – 4.01.028.04.01 - Coima: 5.000 € a 15.000 € (PC) – 4.01.028.04.02
IMT - Auto ao Autor

Email n.º I033086-201609, de 13SET, da DTSR/DO/CO


Orientação - Plataforma Uber
Encarrega-me o Exmo. Comandante Operacional de divulgar a seguinte instrução:

1 - O transporte de passageiros em veículos ligeiros de passageiros tem vindo a suscitar alguma perturbação no mercado com a introdução da
plataforma Uber e outras.
2 - Neste sentido, solicita-se que haja uma atenção especial sobre este fenómeno, zelando para que se faça cumprir a lei nos termos do Decreto-
Lei n.º 251/98, de 11 de agosto, de modo a não permitir o alastramento da agitação social e interferência negativa no mercado dos transportes
rodoviários.
3 - Chama-se a atenção para o facto de se houver alguma infração ao n.º 1 e n.º 3 do art.º 3.º do DL 251/98 (falta de alvará), a mesma consome
todas as outras infrações referentes à mesma atividade pelo que deverá ser levantado apenas um único auto.
4 - Pelo exposto, e para que a autoridade administrativa fique ciente da realidade, devem os militares, aquando do preenchimento da descrição
sumária, referir se o transporte foi solicitado pelo cliente a partir de alguma plataforma eletrónica.
5 - Esta instrução deverá ser divulgada, prioritariamente, a todo o efetivo da especialidade de trânsito.

10 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Email n.º I371153-201807, de 29JUL, da DO/CO/GNR


Transportes requisitados por plataformas eletrónicas
1 - O setor do táxi tem demonstrado a sua preocupação face à concorrência de outros serviços de transporte requisitados através de plataformas
eletrónicas, que não cumprem os custos e requisitos de acesso à atividade, a fixação dos preços e os requisitos operacionais a que está sujeito o
serviço de táxi;
2 - A experiência colhida pela GNR no âmbito da fiscalização que tem levado a cabo demonstra que os veículos utilizados no âmbito das
requisições de serviços de transporte através de plataformas eletrónicas não possui o respetivo licenciamento para o exercício da atividade de táxi,
o que configura uma desconformidade com o previsto no DL n.º 251/98, de 11 de agosto;
3 - Atenta a agitação social provocada pelo crescimento do número de veículos que tem aderido a este tipo de atividade, em 2016 foi feita uma
alteração ao DL n.º 251/98, de 11 de agosto, através da publicação da Lei n.º 35/2016, de 21 de novembro, que reforçou as medidas dissuasoras
da atividade ilegal neste setor;
4 - Entretanto está a decorrer um processo legislativo que visa enquadrar a atividade transportadora de passageiros tendo por base a angariação de
clientes com recurso a plataformas de comunicação eletrónicas, cujo desfecho se aguarda;
5 - Com efeito, tem-se verificado, em alguns locais, focos de tensão entre profissionais dos táxis e outros profissionais que angariam clientes com
recurso a plataformas eletrónicas sem estarem devidamente licenciados para o exercício da atividade;
6 - Nestes termos, a Guarda terá que agir dando cumprimento ao quadro legislativo atual, enquanto não for definido um novo quadro legislativo,
de forma a precaver eventuais conflitos sociais mais graves que possam perturbar a segurança e a tranquilidade pública;
7 - Pelo exposto, encarrega-me o Exmo. Tenente-General Rui Clero, Comandante do Comando Operacional, de difundir o seguinte
procedimento para as situações em que seja detetada a realização da atividade de transportes públicos de aluguer em veículos automóveis ligeiros
de passageiros sem licença emitida pelo IMT, I.P., consubstanciada num alvará, por quem pratica a angariação de clientes com recurso a sistemas
de comunicação eletrónicos:
a. Constatada a prática de contraordenação deverá ser levantado o respetivo auto nos seguintes termos:
- Legislação infringida: n.os 1 e 3 do art.º 3.º e n.º 4 do art.º 28.º do DL n.º 251/98, de 11 de agosto;
- Legislação punitiva: n.º 1 do art.º 28.º do DL n.º 251/98, de 11 de agosto;
- Coima: Pessoa Singular – 2.000.€ a 4.500.€; Pessoa Coletiva – 5.000€ a 15.000€.
b. Na redação da descrição sumária deverão constar os seguintes elementos:
- Referir que estava a ser efetuado um transporte público de aluguer em veículo automóvel ligeiro de passageiros sem alvará
emitido pelo IMT, I.P.;
- Identificar a plataforma eletrónica utilizada para a angariação do cliente;
- Identificar o cliente;
- Referir o preço acordado para o transporte;
- Referir o local de início e local de fim de serviço.
8 - De modo a valorizar a eficácia da atuação, as ações de fiscalização poderão ser acompanhadas por inspetores do IMT, I.P. e da ACT.

Escola da Guarda 11
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

Artigo 4.º - Requisito de acesso


É requisito de acesso à atividade a capacidade financeira.

Artigo 5.º e Artigo 6.º - (Revogados p/ Lei n.º 5/2013, de 22JAN)

Artigo 7.º - Capacidade financeira


A capacidade financeira consiste na posse dos recursos financeiros necessários para garantir a boa gestão
da empresa, nos termos a definir por portaria do membro do Governo responsável pela área dos
transportes.

Artigo 8.º - Falta superveniente do requisito de acesso


1 - A falta superveniente do requisito de acesso à atividade deve ser suprida no prazo de um ano a contar
da data da sua ocorrência.
2 - Decorrido o prazo previsto no número anterior sem que a falta seja suprida, caduca o alvará para o
exercício da atividade de transportador em táxi.

Artigo 9.º - Dever de informação


1 - As empresas devem comunicar ao IMT I.P. as alterações ao pacto social, designadamente
modificações na administração, direção ou gerência, bem como mudanças de sede, no prazo de 30 dias a
contar da sua ocorrência.
2 - O disposto no número anterior aplica-se, com as devidas adaptações, aos empresários em nome
individual.
 A não comunicação ao IMT, no prazo de 30 dias, as alterações relativas ao pacto social, designadamente modificações na
administração, direção ou gerência, ou ainda mudanças de sede.
Inf.: n.º 1 art.º 9.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: art.º 29.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 100 € a 300 – IMT - Auto ao Titular do alvará

12 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

CAPÍTULO III - Acesso ao mercado

Artigo 10.º - Veículos


1 - Nos transportes em táxi só podem ser utilizados veículos automóveis ligeiros de passageiros de
matrícula nacional, com lotação não superior a nove lugares, incluindo o do condutor, equipados com
taxímetro e conduzidos por motoristas habilitados com certificado de aptidão profissional (Atual CMT).
 A utilização de veículos em serviço de táxi com matrícula estrangeira.
Inf.: n.º 1 art.º 10.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará - 4.01.030.01.03

 A utilização de veículos em serviço de táxi com lotação superior a nove (9) lugares, incluindo o condutor.
Inf.: n.º 1 art.º 10.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará - 4.01.030.01.03

 A utilização de veículos em serviço de táxi sem possuir taxímetro instalado ou este esteja avariado.
Inf.: n.os 1 e 2 art.º 10.º e c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO c/ ref.ª n.º 1 art.º 1.º Portaria n.º 277-A/99, de 15ABR
Pun.: c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará - 4.01.030.01.03

2 - As normas de identificação, o tipo de veículo, as condições de afixação de publicidade e outras


características a que devem obedecer os táxis são estabelecidos por portaria do membro do Governo
responsável pela área dos transportes. (Ver Portaria n.º 277-A/99, de 15ABR – Despacho IMTT n.º 10009/2012, de 25JUL)
 Circulação de táxi sem que possua distintivo que identifica a freguesia ou concelho, número da licença e a indicação do
número de alvará da empresa, pintado ou impresso (letras de cor preta sobre um fundo bege-marfim ou branco) os quais
devem ser apostos nos guarda-lamas da frente e na retaguarda do veículo.
Inf.: n.º 2 art.º 10.º e c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO c/ ref.ª n.º 1 3.º Port.ª n.º 277-A/99, de 15MAR
Pun.: c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará - 4.01.030.01.03
NOTA: No caso da indicação do número de alvará da empresa, introduzido pelo Despacho IMTT n.º 10009/2012, de
25JUL (Alterado pelo Despacho IMT n.º 10104/2014, de 24JUL e pelo Despacho IMT n.º 12570/2014, de 14OUT), por
força do Email n.º 10522/2014, de 20NOV, da DO/CO/GNR, até que se obtenha a adequada posição por parte do IMT,
face às decisões que lhes serão apresentadas, deve o dispositivo da Guarda abster-se de considerar o Despacho do IMT
como dispositivo legal para fiscalizar a ausência do número de alvará .

 A inobservância das normas de identificação e caraterísticas dos táxis.


Inf.: n.º 2 art.º 10.º DL n.º 251/98, de 11AGO c/ ref.ª ao n.º __.º Port.ª n.º 277-A/99, de 15MAR
Pun.: c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará - 4.01.030.01.03

 A circulação de táxi violando as condições legais estabelecidas para a afixação de mensagens de publicidade.
Inf.: n.º 2 art.º 10.º DL n.º 251/98, de 11AGO c/ ref.ª ao n.º 5.º Port.ª n.º 277-A/99, de 15MAR
Pun.: c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará - 4.01.030.01.03

 A circulação de táxi a efetuar serviço, sem estar pintado com as cores legalmente permitidas.
Inf.: n.º 2 art.º 10.º DL n.º 251/98, de 11AGO c/ ref.ª ao Ponto 1.5 n.º 1, n.º 1.º Port.ª n.º 277-A/99, de 15MAR
Pun.: c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará - 4.01.030.01.03

Escola da Guarda 13
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

 A circulação de táxi com dísticos identificadores da empresa ou outros, colocados nos vidros da frente ou da retaguarda,
tendo uma altura superior a 8 cm ou prejudicando o campo de visão do condutor.
Inf.: n.os 2 e 3 art.º 10.º DL n.º 251/98, de 11AGO c/ ref.ª ao n.º 2, n.º 5.º Port.ª n.º 277-A/99, de 15MAR
Pun.: c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará - 4.01.030.01.03

 A circulação de veículo afeto ao serviço de táxi não possuindo o dístico indicador de aferição do taxímetro.
Inf.: n.º 2 art.º 10.º DL n.º 251/98, de 11AGO c/ ref.ª ao n.º 4.º Port.ª n.º 277-A/99, de 15MAR
Pun.: c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará - 4.01.030.01.03

3 - A portaria a que se refere o número anterior pode prever um regime especial de inspeção aos veículos
que considere, designadamente, as condições de funcionamento e segurança do equipamento e as
condições de segurança do veículo, bem como o seu estado de conservação, exterior e interior, e de
comodidade.

14 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Portaria n.º 277-A/99, de 15ABR


(Alterada pelas Portarias n.os 1318/2001, de 29NOV, 1522/2002, de 19DEC, 2/2004, de 5JAN, 134/2010, de 2MAR e 294/2018, de 31OUT)

« “Preâmbulo da Portaria n.º 294/2018, de 31OUT, que introduz alterações a esta Portaria n.º 277-A/99”
O setor da mobilidade e transportes urbanos tem sido objeto de desenvolvimentos tecnológicos e organizacionais que abrem
novas perspetivas e materializam opções variadas em termos das formas de prestação dos serviços e da sua adoção por parte dos cidadãos.
Considerando a importância do setor do táxi no ecossistema da mobilidade urbana, o Governo tem mantido um diálogo profícuo
com os seus atores, com o intuito de criar melhores condições para a sua modernização. Disso é exemplo o Grupo de Trabalho informal
para a Modernização do Setor do Táxi (GTMST), coordenado pelo IMT — Instituto da Mobilidade e dos Transportes, que contou com a
participação de representantes das duas associações do setor, FTP (Federação Portuguesa do Táxi) e ANTRAL (Associação Nacional dos
Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros), que durante o ano de 2018 se debruçou sobre um conjunto de temas estruturantes para o
setor, encontrando uma plataforma de diálogo que reconhece como valores comuns a prioridade ao cidadão, a inovação e o respeito pelas
melhores práticas ambientais.
De entre os temas tratados no referido Grupo de Trabalho, foi abordada a coerência da caracterização dos veículos afetos ao
serviço de táxi, bem como a possibilidade de estabelecer uma idade limite para os veículos.
A experiência trazida pelo setor do táxi e a reconhecida necessidade de uniformizar as características e normas de identificação
dos veículos, designadamente no que respeita às cores utilizadas, tornará mais coerente e facilmente identificável pelos passageiros
utilizadores deste tipo de transporte público de passageiros.
Por outro lado, para os novos veículos afetos ao serviço de táxi a licenciar criaram -se novas regras sobre a respetiva idade,
que passará a estar limitada a dez anos a contar da data da primeira matrícula. Para o caso dos veículos já licenciados, é fixado um regime
transitório para o cumprimento do limite de idade, que se estende até 31 de dezembro de 2023.
Para refletir na lei os propósitos enunciados, procede-se à alteração da Portaria n.º 277-A/99, de 15 de abril, que regulamenta
o Decreto-Lei n.º 251/98, de 11 de agosto, no que respeita a características e normas de identificação e ao tipo de veículo a utilizar na
atividade de transportes em táxi. »

Equipamento obrigatório
Modelos do dispositivo luminoso e dos distintivos de táxis
(Características, equipamentos, distintivos, dispositivos e fixação de publicidade em táxis)

(…)
1.º - Características dos táxis
1 - Para o exercício da atividade de transportes em táxi só podem ser licenciados veículos automóveis de passageiros que, para além
do taxímetro, estejam equipados com um dispositivo luminoso, possuam distintivos de identificação próprios e tenham as seguintes
características:
1.1 - Caixa fechada;
1.2 - Distância mínima entre eixos de 2,5 m;
1.3 - Quatro portas no mínimo, sendo duas obrigatoriamente do lado direito;
1.4 - Lotação até nove lugares, incluindo o do condutor;
1.5 - Parte superior do veículo de cor verde-mar, correspondendo à escala Pantone com referência “3248C”, e parte
inferior de cor preta, correspondendo à escala Pantone com referência “Process Black C”.
2 - O disposto nos n.os 1.2 e 1.5 é aplicável apenas a novos veículos a afetar à atividade. (só aplicável a partir de 01NOV18)
3 - Os veículos utilizados na atividade de transportes em táxi devem possuir idade inferior a dez (10) anos a contar da data da
primeira matrícula.

ANOTAÇÃO
As características constantes nos n.os 1.2 e 1.5 do ponto 1.º só se aplicam a novos veículos a afetar à atividade, ou seja a partir de
01NOV18, podendo os veículos restantes circular com a caixa pintada nas cores bege-marfim ou verde-mar e preta, correspondendo, neste último
caso, a primeira destas cores à metade superior do veículo e a segunda à metade inferior.
As características constantes no n.º 3 do ponto 1.º só se aplicam a novos veículos a afetar à atividade, ou seja a partir de 01NOV18,
devendo, no entanto, as empresas detentoras de veículos afetos à atividade de transportes em táxi e licenciados em data anterior, até 31DEC2023,
cumprir com as referidas características.

Escola da Guarda 15
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

2.º - Dispositivo luminoso


1 - O dispositivo luminoso identificativo do táxi e da tarifa deve obedecer ao modelo constante do anexo I, ser colocado na parte
dianteira do tejadilho, em posição centrada, visível da frente e da retaguarda do veículo, e funcionar nas seguintes condições:
a) Os elementos indicadores de «táxi» e do concelho devem estar sempre iluminados, e a luz verde acesa sempre que o
veículo se encontre livre e apagada quando ocupado;
b) O elemento identificador da tarifa praticada ou do serviço a contrato ou a percurso deve estar iluminado com o
algarismo ou letra correspondente, consoante o caso, sempre que o veículo se encontre na situação de ocupado, e
apagado na operação de pagamento do serviço ou quando livre;
c) O elemento identificador da tarifa praticada pode ser usado, em caso de ameaça à segurança do condutor, para a
emissão de uma mensagem visual SOS;
d) Sempre que o veículo estiver no respetivo local de estacionamento pode ter o dispositivo luminoso apagado;
e) A circulação do veículo com o dispositivo luminoso apagado é indicativo de que não se encontra ao serviço ou que foi
requisitado via telefone.
2 - Só podem ser instalados dispositivos luminosos certificados por entidades acreditadas no âmbito do Sistema Português da
Qualidade, criado pelo Decreto-Lei n.º 234/93, de 2 de julho.

3.º - Distintivo identificador da licença


1 - O distintivo que identifica a freguesia ou concelho e o número da licença são conforme o modelo constante do anexo II e
devem ser apostos nos guarda-lamas da frente e na retaguarda do veículo.
(Ver Despacho IMTT n.º 10009/2012, de 25JUL, junto Anexo II e Email n.º 10522/2014, de 20NOV, da DO/CO/GNR)
2 - O número da licença é atribuído pela câmara municipal respetiva, de forma sequencial e dentro do contingente fixado para a
freguesia, para o conjunto de freguesias ou para as freguesias que constituem a sede do concelho, consoante o caso.

4.º - Dístico indicador de aferição do taxímetro


O dístico com as características do modelo constante do anexo III, a emitir anualmente pelas entidades aferidoras, após verificação
da aferição dos taxímetros, deve ser colocado na parte superior direita do vidro da frente do veículo.

5.º - Normas de afixação de publicidade


1 - A afixação de mensagens de publicidade nos táxis só pode ocupar os guarda-lamas da retaguarda, as portas laterais do veículo,
excluídos os vidros, ou o tejadilho.
2 - Na parte superior do para-brisas e nas partes superior e inferior do vidro da retaguarda podem ser afixados dísticos donde
conste a denominação da empresa proprietária do táxi ou, caso este esteja equipado com rádio telefone, a denominação da entidade
que explora a central rádio, o respetivo número de telefone e o número de adesão do táxi à central, podendo ainda tais dísticos
conter menções publicitárias.
3 - Os dísticos referidos no número anterior devem ser de material autocolante, com altura não superior a 8 cm, e devem ser
colocados de forma a não prejudicar o campo de visão do condutor. (Ver Ofício DGTT n.º 894/DSJ/DCO, de 11AGO2003)
4 - No tejadilho pode ser colocado um painel destinado à afixação de dísticos de material autocolante com mensagens de
publicidade, de acordo com as indicações e o modelo do anexo IV à presente portaria, que dela faz parte integrante.
5 - Em caso de colocação do painel referido no número anterior, o dispositivo luminoso deve funcionar nas condições previstas no
n.º 2.º e pode estar colocado em posição centrada, sobre a parte superior dianteira do painel, ou em posição lateral, de modo a que
o dispositivo luminoso seja visível da frente e da retaguarda do veículo.

16 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

6.º - Normas transitórias


1 - A contagem dos preços através de taxímetro inicia-se ao mesmo tempo em todas as localidades de cada concelho, mediante
calendarização a fixar por despacho do Presidente do IMT I.P. em articulação com a respetiva câmara municipal, não podendo
ultrapassar a data de 31 de dezembro de 2004. (Ver Despacho DGTT n.º 8236/2004, de 24ABR)
2 - Dentro do prazo referido no número anterior, para além do taxímetro, devem ainda ser instalados nos veículos o dispositivo
luminoso e o distintivo identificador da licença a que se referem os n.os 2.º e 3.º da presente portaria, respetivamente.
3 - Nas localidades que em 11 de novembro de 1998, data da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 251/98, de 11 de agosto, já
vigorasse o regime de serviço a taxímetro, o dispositivo luminoso e o distintivo identificador serão obrigatoriamente instalados até
31 de março de 2004.
4 - As empresas detentoras de veículos afetos à atividade de transportes em táxi e licenciados à data de entrada em vigor da presente
portaria devem, até 31 de dezembro de 2023, cumprir com o disposto no n.º 3 do ponto 1.º da presente portaria.

ANEXO I
O modelo do dispositivo luminoso deve obedecer ao seguinte:
1. Ser constituído por uma caixa de cor bege-marfim ou branca, cujas arestas podem ser arredondadas, e deve conter a identificação
do concelho a que pertence o veículo, o identificador da tarifa e uma luz lateral de cor verde indicadora da situação de livre ou
ocupado;
2. O cabo de ligação do dispositivo luminoso ao taxímetro deve ser blindado e não pode ser seccionado, devendo o sistema incluir
um mecanismo de controlo do circuito que, em caso de anomalia, bloqueie de imediato o funcionamento do dispositivo luminoso e
do taxímetro;
3. Os elementos identificadores do dispositivo luminoso têm um fundo preto e são iluminados com cor branca ou amarela à frente
e vermelha à retaguarda;
4. O identificador luminoso da tarifa deve assinalar o algarismo correspondente à tarifa praticada, a letra correspondente ao tipo de
serviço executado (C ou P) e a mensagem visual SOS, não devendo, neste último caso, interferir com o regular funcionamento do
taxímetro;
5. A designação do concelho a que o veículo pertence pode ser abreviada, quando o espaço a ela destinado for insuficiente, desde
que permita a sua fácil identificação;
6. As dimensões do dispositivo luminoso são as que constam do modelo, podendo ser superiores até ao limite de 30%, e a luz
lateral de cor verde, referida no n.º 1, pode preencher a totalidade do respetivo espaço lateral.

Escola da Guarda 17
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

ANEXO II
O modelo do distintivo identificador da licença deve obedecer ao seguinte:
1. Ser pintado ou impresso em material autocolante que garanta condições de aderência e permanência e ser colocado nos guarda-
lamas da frente, nos cantos superiores junto às portas e na retaguarda do veículo;
2. O número da licença e o nome da freguesia ou do concelho, consoante o caso, são de cor preta sobre um fundo bege-marfim ou
branco.

Despacho IMTT n.º 10009/2012, de 25JUL


(Alterado pelo Despacho IMT n.º 10104/2014, de 24JUL e pelo Despacho IMT n.º 12570/2014, de 14OUT)

Definição de um conjunto de normas de identificação dos veículos licenciados para várias atividades
de transporte rodoviário “Transporte em Táxi”
(…)

Nestes termos, determino o seguinte:


1 - Transporte em táxi
Os distintivos identificadores da licença dos veículos afetos ao transporte em táxi, definidos no n.º 3.º da Portaria n.º 277-A/99,
de 15 de abril, já modificada pelas Portarias n.º 1318/2001, de 29 de novembro, n.º 1522/2002, de 19 de dezembro, n.º
2/2004, de 5 de janeiro, e n.º 134/2010, de 2 de março, devem ser acompanhados, abaixo da referência ao número da licença
e à freguesia ou concelho, da indicação do número do alvará da empresa, pintado ou impresso em * material autocolante
que garanta condições de aderência e permanência, com carateres de formato tipo Arial, negrito, tamanho 40, em
conformidade com o seguinte modelo:

* Por força do n.º 1 do Despacho IMT n.º 12570/2014, de 14OUT, os distintivos identificadores dos veículos, podem ser pintados, impressos em material autocolante ou
embutidos em suportes metálicos ou plásticos, os quais sejam fixados de forma visível e permanente na carroçaria ou para-choques dos veículos, à frente e à retaguarda.

18 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Email n.º 10522/2014, de 20NOV, da DO/CO/GNR


Esclarecimento – DL n.º 251/98 - Táxis

Tendo por base o pedido de esclarecimento interposto pelo Comando Territorial de Lisboa, a análise que se realizou
sobre os documentos anexos que fundamentam os atos administrativos de arquivamento de processo, incumbe-me o Exmo.
Major-General Comandante Operacional, em substituição, de dirigir ao dispositivo da Guarda a seguinte;

INSTRUÇÃO/ ORIENTAÇÃO

1. Situação:
a. O Comando Territorial de Lisboa, em expediente que se anexa, traz-nos a decisão administrativa de arquivamento,
proferido por duas autarquias (Mafra e Torres Vedras), sobre processos por auto de contraordenação lavrados no campo
da regulação dos Táxis.
b. Em concreto, da conjugação do n.º 2, do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 251/98, de 11 de agosto (com a redação dada
por algumas alterações, a última das quais por via da publicação da Lei n.º 5/2013, de 22 de janeiro) com o n.º 1 do
ponto terceiro da Portaria n.º 277-A/99, de 15 de abril.
c. Em síntese o auto de contraordenação foi levantado por ausência do número de alvará logo abaixo do número de licença
e indicação da freguesia, como refere o Despacho n.º 10009/2012, de 25 de julho, do IMT.
d. As entidades competentes em matéria de processamento e decisão sobre a infração em apreço são as autarquias (nos
termos do n.º 2, do artigo 30.º do DL 251/98).
e. As mesmas vêm sustentar a respetiva decisão no facto de que o Despacho do IMT, que acima melhor se identifica, não
tem valor legal bastante para determinar a aposição do número de alvará nas condições e forma como o próprio
Despacho prevê.

2. Enquadramento legal:
a. A matéria sob análise está regulada pelo Decreto-Lei n.º 251/98, de 11 de agosto, alterado pelas Leis n.os 156/99, de 14
de setembro e 106/2001, de 31 de agosto, e pelo Decretos-Lei n.os 41/2003, de 11 de março e 4/2004, de 6 de janeiro
e, por último, pela Lei n.º 5/2013, de 22 de janeiro.
b. Como o n.º 2, do artigo 10.º, do DL 251/98, remete as normas de identificação para um diploma acessório, foi criada
pelo membro do Governo responsável pela área dos transportes a Portaria n.º 277-A/99, de 15 de abril, que foi alterada
e republicada pela Portaria n.º 1318/2001, de 29 de novembro.
c. O ponto terceiro desta última Portaria remete para o respetivo Anexo II, a forma e dimensão do distintivo que identifica
a freguesia ou o concelho e o número de licença, nada referindo quanto à inscrição do número de alvará.
d. Razão porque o Despacho n.º 10009/2012, de 25 de julho, do IMT, vem, estendendo o alcance da Portaria, estabelecer a
forma e modo de aposição do número de alvará.

3. Interpretação do caso concreto:


a. A entidade competente para a decisão não reconhece valor legal bastante ao Despacho do IMT, para que o mesmo possa
constituir recurso legal para levantar um auto de contraordenação. Podemos concordar com esta posição.
b. Nestes termos haverá, então, que informar o IMT de que o dispositivo criado não serve o fim a que se destinava.
c. Como consequência direta desta situação é o trabalho inconsequente realizado pelo autuante. Tanto mais que, ao
contrário do Processo Penal em que o recurso cabe quer à acusação, quer à defesa, no caso do regime de mera
contraordenação social o recurso, enquanto na fase de decisão administrativa, fica do lado do arguido.

4. Procedimento:
a. Tendo por objetivo mitigar os casos sujeitos a arquivamento posterior, por causas externas à Guarda, cumpre-nos
fiscalizar a previsão contida, exclusivamente, no Decreto-Lei e na Portaria que são os instrumentos legais que
verdadeiramente enquadram esta matéria.
b. Reconhece-se que existe uma lacuna, caso se queira ver o número de alvará com inscrição visível no exterior do táxi. O
Despacho do IMT poderia ter esse mérito, mas não se lhe atribuiu tal reconhecimento por quem teve que decidir.
c. Assim, até que se obtenha a adequada posição por parte do IMT, face às decisões que lhes serão apresentadas, deve o
dispositivo da Guarda abster-se de considerar o Despacho do IMT como dispositivo legal para fiscalizar a
ausência do número de alvará.

Escola da Guarda 19
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

ANEXO III
O dístico de aferição do taxímetro é impresso em matéria plástica transparente e autocolante com contorno de cor preta,
devendo conter as seguintes indicações:
1. - Na parte central do círculo, a identificação da entidade aferidora por meio de sigla ou iniciais;
2. - Na parte inferior do círculo, o ano da aferição do taxímetro.

ANEXO IV
O modelo de painel deve obedecer ao seguinte:
1) Ser constituído por material plástico, que pode ser iluminado no seu interior e alimentado a partir do veículo;
2) Altura não superior a 52 cm entre o tejadilho e o limite máximo do painel;
3) O limite máximo das dimensões é o que consta do modelo gráfico.

20 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Despacho DGTT n.º 8236/2004, de 24ABR


Modelo da placa identificativa de mudança de tarifa no transporte em táxi
O regime tarifário do transporte em táxi prevê a possibilidade de aplicação de tarifa urbana para serviços que se realizem
no interior de uma freguesia ou de conjuntos de freguesias, previamente definidos e autorizados, e estabelece a tarifa ao quilómetro
para os serviços de transporte que se prolonguem para fora dessas áreas, daqui decorrendo a possibilidade de mudança de tarifa no
decurso de um serviço.
É pois necessário determinar e assinalar devidamente os locais de mudança de tarifa, sendo conveniente, para um fácil
reconhecimento público, que tais indicações obedeçam a um modelo uniforme em todo o país.
Com esse objetivo, adota-se um modelo de placa sinalizadora de mudança tarifária para o transporte em táxi, a colocar
pelos municípios que aplicam a tarifa urbana nos locais fixados para o efeito.
Assim, considerando o disposto no n.º 1 do n.º 6.º da Portaria n.º 277-A/99, de 15 de abril, com a redação dada pela
Portaria n.º 2/2004, de 5 de janeiro, e o disposto na convenção de preços de táxis, assinada em 18 de março de 2004, determino o
seguinte:
1) A placa identificativa de mudança de tarifa do transporte em táxi deve ser retangular, arredondada nos cantos, com
fundo de cor branca e inscrições de cor preta, conforme o modelo e características constantes do anexo ao
presente despacho;
2) A placa deve ser colocada pelos municípios, em todos os pontos em que haja lugar à mudança de tarifa, de acordo
com os procedimentos habituais para colocação de sinalização rodoviária.

Escola da Guarda 21
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

Ofício DGTT n.º 894/DSJ/DCO, de 11AGO2003


Autos de contraordenação relativos a publicidade em táxis

Tendo sido suscitadas dúvidas, a esta Direção-Geral, sobre qual a entidade competente para o processamento dos autos
de contraordenação levantados em matéria de publicidade afixada em táxis, tenho a honra de comunicar a V. Exa. para os efeitos
tidos por convenientes, que, no entendimento destes Serviços, devem os mesmos obedecer ao disposto no DL n.º 251/98, de
11AGO e na Portaria n.º 277-A/99, de 15ABR, com a redação introduzida pela Portaria n.º 1318/2001, de 29NOV em virtude de
o primeiro diploma referido haver derrogado, tacitamente, o art.º 30.º do Regulamento do Código da Estrada, na parte relativa aos
veículos ligeiros de passageiros, de serviço de aluguer.

Despacho DGV n.º 15680/2002, de 10JUL


Extintores de incêndio
Extintores - A alínea b) do n.º 1 do art.º 30.º do Regulamento do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto n.º 39987,
de 22 de dezembro de 1954, estabelece que os automóveis utilizados no transporte público de passageiros devem possuir extintores
de incêndio em condições de imediato funcionamento, colocados em locais bem visíveis e de fácil alcance.
O mesmo artigo estabelece que as características dos extintores e demais disposições regulamentares são fixadas por
despacho do Diretor-Geral de Viação.
Assim, nos termos da b) do n.º 1 do artigo 30.º do Regulamento do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto n.º
39987, de 21 de dezembro de 1954, na redação conferida pela Portaria n.º 464/82, de 4 de maio, determina o seguinte:
1 - Para efeitos do presente despacho, entende-se por:
a) Extintor portátil: aparelho destinado a ser transportado e utilizado manualmente, contendo um agente extintor
que, por ação de uma pressão interna, pode ser dirigido para o fogo;
b) Agente extintor: substância contida no extintor que provoca a extinção do fogo.
(…)

11 - Os automóveis ligeiros de passageiros afetos ao transporte público de passageiros devem possuir um aparelho extintor
adequado para fogos das classes A, B e C com capacidade não inferior a 2 kg.
12 - Nos veículos referidos no número anterior, os extintores devem estar colocados no habitáculo em posição facilmente acessível,
ou na bagageira, nos casos em que devido às dimensões do habitáculo a colocação daquele aparelho no interior do veículo possa
constituir risco para o exercício da condução ou para a segurança dos passageiros.
13 - Os extintores não podem apresentar qualquer dano físico, devendo encontrar-se completamente carregados e em condições de
imediata utilização.
14 - Todas as instruções de utilização dos extintores, bem como as marcas e inscrições relativas às suas características, devem
apresentar-se perfeitamente legíveis e em bom estado de conservação.
15 - As instruções ou indicações de utilização dos extintores devem estar redigidas em língua portuguesa.
16 - Não são admitidos extintores que contenham hidrocarbonetos halogenados.
17 - Os extintores devem apresentar indicação da data da respetiva validade, estabelecida pelo seu fabricante ou pela entidade
responsável pela sua manutenção.
18 - Só podem ser utilizados nos automóveis afetos ao transporte público de passageiros extintores que se encontrem dentro do
prazo de validade.

 A circulação de táxi sem possuir extintor de incêndio a bordo.


Inf.: b) n.º 1 art.º 30.º RCE
Pun.: n.º 12 art.º 30.º RCE
1.34.030.01.02 - LEVE - Coima: 99,76 € a 249,40 € - ANSR - Auto ao Proprietário do veículo

22 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

 A circulação de táxi que possui extintor de incêndio a bordo mas com capacidade inferior a 2 kg.
Inf.: b) n.º 1 art.º 30.º RCE c/ ref.ª: n.º 11 Despacho DGV n.º 15680/2002, de 10JUL
Pun.: n.º 12 art.º 30.º RCE
1.34.030.01.02 - LEVE - Coima: 99,76 € a 249,40 € - ANSR - Auto ao Proprietário do veículo

 A circulação de táxi que possui extintor de incêndio em posição de difícil acesso.


Inf.: b) n.º 1 art.º 30.º RCE c/ ref.ª: n.º 12 Despacho DGV n.º 15680/2002, de 10JUL
Pun.: n.º 12 art.º 30.º RCE
1.34.030.01.02 - LEVE - Coima: 99,76 € a 249,40 € - ANSR - Auto ao Proprietário do veículo

 A circulação de táxi que possui extintor de incêndio dentro do prazo de validade, mas descarregado.
Inf.: b) n.º 1 art.º 30.º RCE c/ ref.ª: n.º 13 Despacho DGV n.º 15680/2002, de 10JUL
Pun.: n.º 12 art.º 30.º RCE
1.34.030.01.02 - LEVE - Coima: 99,76 € a 249,40 € - ANSR - Auto ao Proprietário do veículo

 A circulação de táxi que possui extintor de incêndio, mas fora do prazo de validade.
Inf.: b) n.º 1 art.º 30.º RCE c/ ref.ª: n.º 13 Despacho DGV n.º 15680/2002, de 10JUL
Pun.: n.º 18 art.º 30.º RCE
1.34.030.01.02 - LEVE - Coima: 99,76 € a 249,40 € - ANSR - Auto ao Proprietário do veículo

Ofício DGV n.º 127587/2006, de 22JUN


(Nota n.º 5300/2006, de 30JUN, da 3.ª REP/CG/GNR)

Circulação de táxis com o dispositivo identificador aceso ou apagado


Na sequência de uma exposição da Federação Portuguesa do Táxi – FPT recebida nesta Direção-Geral, a qual versa sobre a
circulação dos táxis na situação livre/vazio em corredores BUS e dentro de localidades sem que os motoristas utilizem o cinto de
segurança, informa-se V. Exa.:
1. Relativamente à questão da circulação dos táxis nos corredores BUS, importa referir que ao abrigo do disposto do n.º 1 do art.º
77.º do CE, podem ser criados corredores de circulação destinados ao trânsito de veículos de certas espécies ou a veículos afetos a
determinados transportes. É pois o caso dos chamados corredores BUS, os quais devem ser sinalizados com o sinal D6 – Via
reservada a veículos de transporte público e com as marcas M7 – Linha contínua ou M7a – Linha descontínua, previstos no art.º
27.º e n.º 1 do art.º 60.º, ambos do RST, aprovado pelo DR.º 22-A/98, de 1OUT, alterado pelo DR n.º 41/2002, de 20AGO.
2. Conforme resulta da descrição do sinal D6, “…a via está reservada apenas à circulação de veículos de transporte público regular de passageiros,
automóveis de praça de letra A ou taxímetro, veículos prioritários e veículos de polícia”. Nesta conformidade a lei não faz depender a circulação
dos táxis nos corredores BUS da circunstância de estar ou não em serviço. Nesta conformidade, podem os táxis circular livremente
nos corredores BUS, isto é, independentemente de ter o dispositivo identificador aceso ou apagado.
3. (Tacitamente revogados pelo DL 170-A/2014, de 7NOV)
4. (Tacitamente revogados pelo DL 170-A/2014, de 7NOV)

Escola da Guarda 23
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

ESTA PÁGINA FICOU PROPOSITADAMENTE EM BRANCO

24 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Artigo 11.º - Taxímetros


1 - A homologação e a aferição dos taxímetros é efetuada pelas entidades reconhecidas para efeitos de
controlo metrológico dos aparelhos de medição de tempo e distância.
(Ver art.º 4.º Port.ª n.º 277-A/99, de 15ABR, junto ao art.º 10.º do DL n.º 251/98, de 11AGO/ DL n.º 45/2017, de 27ABR, DL n.º 291/90, de 20SET e
Port.ª n.º 962/90, de 09OUT)

2 - (1) Os taxímetros devem ser colocados na metade superior do tablier ou em cima deste, ou no espelho
retrovisor, em local bem visível pelos passageiros, não podendo ser sujeitos a controlo metrológico legal
os que não respeitem esta condição. [Ver e) art.º 2.º Lei n.º 06/2013, de 22JAN]

REMISSÕES:
 DL n.º 45/2017, de 24ABR – Estabelece as regras aplicáveis à disponibilização no mercado e colocação em serviço dos instrumentos de medição,
transpondo a Diretiva n.º 2014/32/UE e a Diretiva Delegada (UE) n.º 2015/13
– Fixa os requisitos essenciais a que os instrumentos de medição devem obedecer (Taxímetros)
 DL n.º 291/90, de 20SET – Harmonização do controlo metrológico com o direito comunitário
– Instrumentos de medição (Taxímetros)
 Portaria n.º 962/90, de 09OUT, do MIE – Regulamentação das condições gerais a observar no exercício do controlo metrológico a que se refere o DL
n.º 291/90, de 20SET
– Regulamento Geral do Controlo Metrológico

Nota: Na fiscalização, o agente fiscalizador deve “Verificar a medida dos pneumáticos”, uma vez que quanto maior for, menos voltas o pneumático dá, podendo assim
alterar os dados registados, bem como a velocidade. (Por vezes, o veículo quando vai à calibragem, vai com pneumáticos de medidas inferiores e depois são trocados
por medidas superiores, para assim o veículo apresentar uma velocidade inferior à real. Nos táxis poderá ser o inverso, relativamente aos kms percorridos e ao valor
monetário apresentado no taxímetro para o cliente pagar).

Taxímetro: é um aparelho de medida, mecânico ou eletrónico, semelhante a um odómetro, normalmente instalado nos táxis. Mede o
valor cobrado pelo serviço, com base em uma combinação entre distância percorrida e tempo gasto no percurso. Foi inventado no século XIX
pelo alemão Wilhelm Bruhn. A forma reduzida de “taxímetro” deu origem à palavra táxi. (Ver também o Anexo II do DL n.º 45/2017, de 27ABR)
O termo “taxímetro” foi introduzido na língua portuguesa mediante uma adaptação da palavra francesa “taximètre”, que data do início
do século XX. Até 1905, porém, vigorava, em francês, a forma “taxamètre”, introduzida em 1901, por empréstimo do alemão “taxameter” - sendo
esta, por sua vez, um termo híbrido de latim medieval (taxo: “taxar, pôr preço”) e grego antigo (métron, em grego, μέτρον: “medida”). Por
intervenção do helenista Théodore Reinach, a palavra taxamètre, transformou-se em taximètre, para que o neologismo fosse constituído apenas de
palavras gregas, ou seja, táxis (ταξἱς, que pode ter o sentido de contribuição ou imposto) e métron.

Fonte: Wikipédia

(…)

Taxímetro com impressora para a


produção de recibos.

(1)
Alterado pelo DL n.º 3/2019, de 11JAN.

Escola da Guarda 25
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

DL n.º 291/90, de 20SET


Harmonização do controlo metrológico com o direito comunitário
Instrumentos de medição

O presente diploma tem como objetivo fundamental a completa harmonização do regime anteriormente aplicável ao controlo
metrológico com o direito comunitário, assegurando à indústria nacional de instrumentos de medição a entrada nos mercados da Comunidade
Económica Europeia em igualdade de circunstâncias com os fabricantes dos demais Estados membros, o que pressupõe a atribuição das marcas
CEE de aprovação de modelo e de primeira verificação a que as competentes entidades portuguesas poderão passar a proceder.
Procede-se, simultaneamente, a alguns acertos, atualizações e aditamentos ao Decreto-Lei n.º 202/83, de 19 de maio, com o destaque
para a inclusão dos métodos de medição no âmbito do controlo metrológico.
Considera-se, assim, que estão criadas as condições para que o regime do controlo metrológico criado em 1983 passe desde já a
aplicar-se a todos os instrumentos anteriormente abrangidos pela regulamentação relativa a pesos, medidas e aparelhos de medição.
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.º - Controlo metrológico


1 - O controlo metrológico dos métodos e instrumentos de medição envolvidos em operações comerciais, fiscais ou salariais, ou utilizados nos
domínios da segurança, da saúde ou da economia de energia, bem como das quantidades dos produtos pré-embalados e, ainda, dos bancos de
ensaio e demais meios de medição abrangidos pelo artigo 6.º é exercido nos termos do presente diploma e dos respetivos diplomas
regulamentares.
2 - Os métodos e instrumentos de medição obedecem à qualidade metrológica estabelecida nos respetivos regulamentos de controlo metrológico
de harmonia com as diretivas comunitárias ou, na sua falta, pelas recomendações da Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML) ou
outras disposições aplicáveis indicadas pelo Instituto Português da Qualidade.
3 - O controlo metrológico dos instrumentos de medição compreende uma ou mais das seguintes operações:
a) Aprovação de modelo;
b) Primeira verificação;
c) Verificação periódica;
d) Verificação extraordinária.
4 - Os reparadores e instaladores de instrumentos de medição carecem de qualificação reconhecida pelo Instituto Português da Qualidade, nos
termos da regulamentação aplicável.
5 - Os instrumentos de medição que satisfaçam o controlo CEE são considerados como satisfazendo, para as mesmas operações, o controlo
metrológico nacional.
6 - Podem ser comercializados os instrumentos de medição acompanhados de certificado emitido, com base em especificações e procedimentos
que assegurem uma qualidade metrológica equivalente à visada pelo presente diploma, por organismo reconhecido segundo critérios equivalentes
aos utilizados no âmbito do Sistema Nacional de Gestão da Qualidade, a que se refere o DL n.º 165/83, de 27ABR.

Artigo 2.º - Aprovação de modelo


1 - Aprovação de modelo é o ato que atesta a conformidade de um instrumento de medição ou de um dispositivo complementar com as
especificações aplicáveis à sua categoria, devendo ser requerida pelo respetivo fabricante ou importador.
2 - A aprovação de modelo será válida por um período de dez (10) anos findo o qual carece de renovação.
3 - Quando a aprovação de modelo ou a sua renovação não possa ser concedida nas condições normais, podem ser impostas, cumulativamente ou
não, as restrições seguintes:
a) Limitação do prazo de validade a dois (2) anos, prorrogável, no máximo, por três (3) anos;
b) Limitação do número de instrumentos de medição fabricáveis ao abrigo da aprovação;
c) Obrigação de notificação dos locais de instalação dos instrumentos de medição;
d) Limitação da utilização.
4 - Os fabricantes ou importadores devem apor em todos os instrumentos do mesmo modelo a marca de aprovação e o número de fabrico,
podendo o Instituto Português da Qualidade exigir, se achar necessário, a entrega de um exemplar ou partes constituintes do mesmo, a respetiva
conservação pelo fabricante ou importador, ou a entrega dos respetivos projetos de construção.
5 - Sempre que, num modelo anteriormente aprovado, sejam introduzidas, por alteração ou substituição de componente ou por adjunção de
dispositivo complementar, modificações que possam influenciar os resultados das medições ou as condições regulamentares de utilização, esse
modelo carece de uma aprovação complementar.
6 - A aprovação de modelo é revogada em qualquer dos casos seguintes:
a) Não conformidade dos instrumentos de medição fabricados com o modelo aprovado, com as respetivas condições particulares de
aprovação, ou com as disposições regulamentares aplicáveis;
b) Defeito de ordem geral dos instrumentos de medição que os torne impróprios para o fim a que se destinam.
7 - Os instrumentos de medição em utilização cuja aprovação de modelo não seja renovada ou tenha sido revogada podem permanecer em
utilização desde que satisfaçam as operações de verificação aplicáveis.

26 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Artigo 3.º - Primeira verificação


1 - Primeira verificação é o exame e o conjunto de operações destinados a constatar a conformidade da qualidade metrológica dos instrumentos
de medição, novos ou reparados, com a dos respetivos modelos aprovados e com as disposições regulamentares aplicáveis, devendo ser requerida,
para os instrumentos novos, pelo fabricante ou importador, e pelo utilizador, para os instrumentos reparados.
2 - A marca de primeira verificação será aposta no ato da operação por forma a garantir a inviolabilidade do instrumento.
 A falta da 1.ª aferição/ verificação do taxímetro.
Inf.: a) e b) n.º 3 art.º 1.º e art.º 3.º ambos DL n.º 291/90, de 20SET c/ ref.ª n.º 1 art.º 41.º DL n.º 45/2017, de 27ABR
Pun.: n.os 1 e 2 art.º 13.º DL n.º 291/90, de 20SET
Coima: 49,88 € a 1.496,39 € (PS) - 498,80 € a 14.963,94 € (PC) - ASAE - Auto ao Proprietário do veículo
Nota: Falta de taxímetro instalado, ver art.º 10.º DL n.º 251/98, de 11AGO.

Artigo 4.º - Verificação periódica


1 - Verificação periódica é o conjunto de operações destinadas a constatar se os instrumentos de medição mantêm a qualidade metrológica
dentro das tolerâncias admissíveis relativamente ao modelo respetivo, devendo ser requerida pelo utilizador do instrumento de medição.
2 - Os instrumentos de medição são dispensados de verificação periódica até 31 de dezembro do ano seguinte ao da sua primeira
verificação, salvo regulamentação específica em contrário.
3 - Nos instrumentos de medição cuja qualidade metrológica esteja dentro das tolerâncias admissíveis, relativamente ao respetivo modelo, será
aposta, no ato da operação, a marca de verificação periódica.
4 - A marca referida no número anterior será aposta por forma a garantir a inviolabilidade do instrumento de medição.
5 - A verificação periódica é válida até 31 de dezembro do ano seguinte ao da sua realização, salvo regulamentação específica em contrário.
 A falta da verificação periódica/ anual do taxímetro.
Inf.: c) n.º 3 art.º 1.º e art.º 4.º ambos DL n.º 291/90, de 20SET c/ ref.ª: n.º 1 art.º 41.º DL n.º 45/2017, de 27ABR
Pun.: n.os 1 e 2 art.º 13.º DL n.º 291/90, de 20SET
Coima: 49,88 € a 1.496,39 € (PS) - 498,80 € a 14.963,94 € (PC) - ASAE - Auto ao Proprietário do veículo
Nota: Válida até 31 de dezembro do ano seguinte ao da sua realização.

Artigo 5.º - Verificação extraordinária


1 - Sem prejuízo das verificações referidas nos artigos 3.º e 4.º, os instrumentos de medição podem ser objeto de verificação extraordinária a
requerimento de qualquer interessado, ou por iniciativa das entidades oficiais competentes.
2 - Entende-se por verificação extraordinária o conjunto das operações destinadas a verificar se o instrumento de medição permanece nas
condições regulamentares indicadas em cada caso.
 A falta de aferições extraordinárias do taxímetro.
Inf.: d) n.º 3 art.º 1.º e art.º 5.º ambos DL n.º 291/90, de 20SET c/ ref.ª: n.º 1 art.º 41.º DL n.º 45/2017, de 27ABR
Pun.: n.os 1 e 2 art.º 13.º DL n.º 291/90, de 20SET
Coima: 49,88 € a 1.496,39 € (PS) - 498,80 € a 14.963,94 € (PC) - ASAE - Auto ao Proprietário do veículo

Nota n.º I21752-201512, de 30DEC15, da DO/CO/GNR


Extinção da DRE “Direção Regional da Economia”

Com a extinção das Direções Regionais da Economia (DRE), entidade administrativa que era competente para receção e
processamento dos autos de contraordenação respeitantes à falta de primeira verificação/ inspeção periódica do aparelho taxímetro, urge a
necessidade de saber para onde deverão ser encaminhados os futuros autos de contraordenação.
Na página do Ministério da Economia está expresso que as atribuições respeitantes ao domínio da qualidade e da metrologia passam a
estar integradas no Instituto Português da Qualidade, IP (IPQ).
Face a essas atribuições, foi indagado o IPQ sobre qual o departamento/ morada responsável pela receção dos autos de
contraordenação e consequente processamento administrativo.
Com base na informação do IPQ, incumbe-me o Exmo. Major General Botelho Miguel, Comandante do Comando Operacional de
informar que a entidade para a receção e processamento dos autos em causa é a Autoridade de Segurança Alimentar Económica (ASAE),
com sede em Rua Rodrigo da Fonseca, n.º 73, 1269-274 – Lisboa.

Artigo 6.º - Meios exigíveis para o controlo metrológico


1 - Os meios materiais e humanos indispensáveis ao controlo metrológico dos instrumentos de medição devem ser postos à disposição da
entidade oficial competente pelos requerentes da operação em causa: fabricantes, importadores ou utilizadores.
2 - Os ensaios necessários ao controlo metrológico poderão ter lugar em laboratório próprio dos fabricantes, ou em qualquer laboratório
existente, desde que previamente certificado para o efeito pelo Instituto Português da Qualidade.
3 - Quando os laboratórios nacionais, públicos ou privados, não disponham de meios para a execução de determinadas operações, poder-se-ão
aceitar resultados de ensaios efetuados em laboratórios estrangeiros de idoneidade reconhecida e como tal aceites pelo Instituto Português da
Qualidade, mediante requerimento do interessado.

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Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

Artigo 7.º - Utilização de meios de controlo não oficiais


Os meios de controlo não oficiais certificados poderão ser utilizados, em condições a acordar com o Instituto Português da Qualidade, com vista à
verificação de meios de controlo de classe de precisão inferior.

Artigo 8.º - Competências


1 - Compete ao Instituto Português da Qualidade:
a) Superintender em todas as atividades que se destinem a assegurar o controlo metrológico estabelecido no presente diploma e seus
regulamentos;
b) Proceder à aprovação de modelos de instrumentos de medição a que se refere o artigo 2.º e à aprovação e verificação dos meios de
medição a que se referem os artigos 6.º e 7.º;
c) Reconhecer a qualificação de entidades para:
i) A realização dos ensaios necessários à aprovação de modelos e à verificação de instrumentos de medição;
ii) O exercício da atividade de reparação e ou instalação de instrumentos de medição;
iii) A realização de operações de primeira verificação ou verificação periódica.
d) Assegurar a rastreabilidade dos meios de referência utilizados no controlo metrológico.
2 - Compete às delegações regionais do Ministério da Indústria e Energia, no continente, e aos organismos ou serviços competentes das
administrações regionais, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira:
a) Coordenar as atividades dos serviços e técnicos de metrologia de área respetiva;
b) Fiscalizar o estabelecido no presente diploma e seus regulamentos, sem prejuízo da competência atribuída por lei a outras entidades.
3 - A competência para a primeira verificação, para a verificação periódica e para a verificação extraordinária dos instrumentos de medição será
exercida nos termos da regulamentação específica aplicável.
4 - As operações de controlo metrológico praticadas nos termos legais são válidas em todo o território nacional.

Artigo 9.º - Ação fiscalizadora


1 - A ação fiscalizadora das entidades referidas no artigo anterior abrange todo o território nacional e todas as matérias abrangidas pelo controlo
metrológico previsto no presente diploma e seus regulamentos.
2 - As entidades fiscalizadoras poderão requisitar o auxílio de quaisquer autoridades quando o julgarem necessário.
3 - Sempre que se verifique qualquer infração ao disposto no presente diploma e seus regulamentos, as entidades fiscalizadoras levantarão auto de
notícia nos termos do artigo 243.º do Código de Processo Penal.
4 - Os autos relativos a infrações verificadas por entidade diversa da competente para aplicar a coima são remetidos à entidade competente, depois
de devidamente instruídos com vista à aplicação da sanção a que haja lugar.

Artigo 10.º - Certificação facultativa de instrumentos de medição


O Instituto Português da Qualidade estabelecerá um sistema nacional de certificação dos instrumentos de medição não submetidos ao controlo
obrigatório do Estado, integrando-os em cadeias hierarquizadas de padrões.

Artigo 11.º - Formação do pessoal


Ao Instituto Português da Qualidade incumbe coordenar a formação dos técnicos necessários ao exercício do controlo metrológico, em
colaboração com as demais entidades envolvidas nas diversas operações de controlo.

Artigo 12.º - Taxas


1 - Pela aprovação de modelo, primeira verificação, verificação periódica e verificação extraordinária são devidas taxas, exceto quando esta última
resultar de iniciativa oficial relativa a instrumentos em que não sejam excedidos os erros máximos admissíveis.
2 - A taxa de serviço de verificação extraordinária será paga no ato do seu requerimento.
3 - Pelo reconhecimento da qualificação de entidades ao abrigo do artigo 8.º, n.º 1, alínea c), ou outras operações efetuadas no âmbito do artigo
10.º, são devidas taxas, a fixar por despacho do Ministro da Indústria e Energia.
4 - O montante das taxas referidas no n.º 1 será fixado por forma a cobrir os custos das operações executadas, por despacho do MIE, ou, por
despacho conjunto dos ministros, quando se trate de serviços suscetíveis de serem executados por técnicos dependentes de várias tutelas.
5 - As taxas a que se refere o presente artigo são devidas qualquer que seja a entidade interessada, pública ou privada, não sendo abrangidas por
qualquer isenção concedida em termos genéricos, designadamente a decorrente do artigo 53.º, n.º 2, alínea c), do anexo I ao Decreto-Lei n.º
49368, de 10 de novembro de 1969.
6 - As taxas serão pagas contra recibo, passado pelo funcionário que procede à operação ou serviço, ou mediante guia, no prazo de 30 dias.
7 - As taxas previstas neste diploma serão cobradas coercivamente, em caso de recusa de pagamento, através do processo de execução fiscal da
competência dos tribunais das contribuições e impostos, servindo de título executivo a certidão passada pelo respetivo serviço.
8 - O produto da cobrança das taxas resultantes da execução de serviços da competência do Instituto Português da Qualidade (IPQ) ou das
delegações regionais do Ministério da Indústria e Energia, ao abrigo dos n.os 1 e 3 deste artigo, será depositado por estas entidades nos cofres do
Estado, nos termos da legislação em vigor.
9 - Dos quantitativos arrecadados nos termos do número anterior serão consignados 80% aos serviços de metrologia intervenientes e os restantes
20% ao Instituto Português da Qualidade, como receitas próprias, sendo a sua movimentação efetuada nos termos legais.
10 - Da receita das taxas das operações de controlo metrológico, quando efetuadas pelos serviços municipais de aferição, é atribuído ao Instituto
Português da Qualidade o montante equivalente a 10%, o qual deverá ser remetido ao Instituto Português da Qualidade no segundo mês seguinte
ao da respetiva cobrança.

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Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Artigo 13.º - Sanções


1 - Constitui contraordenação punível com coima toda a conduta que infrinja as normas relativas às operações de controlo metrológico previstas
no n.º 3 do artigo 1.º do presente diploma.
2 - O montante mínimo da coima será de 49,88 € e o máximo de 1.496,39 € quando a contraordenação for praticada por pessoa singular e de
498,80 € a 14.963,94 € quando praticada por pessoa coletiva.
3 - Os instrumentos de medição encontrados em infração ao disposto no presente diploma, sem prejuízo da coima aplicável, podem ser
apreendidos e perdidos a favor do Estado, caso o infrator não proceda às diligências necessárias à sua legalização no prazo que lhe for indicado
para o efeito.
4 - A coima será aplicada pelo diretor da delegação regional do Ministério da Indústria e Energia em cuja área tenha sido detetada a infração e, nas
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, pelos organismos e serviços competentes das respetivas administrações regionais.
5 - A negligência é punível.
6 - O produto da aplicação das coimas tem a seguinte distribuição:
a) 10% para a entidade que levanta o auto;
b) 10% para a entidade que aplique a coima;
c) 20% para o Instituto Português da Qualidade;
d) 60% para o Orçamento do Estado.

Artigo 14.º - Disposições transitórias


1 - Os padrões nacionais e as unidades de medida continuarão a ser os constantes da legislação em vigor até que diplomas adequados os venham a
substituir.
2 - Os instrumentos de medição para os quais existe regulamentação específica permanecerão a ela submetidos em tudo o que não contrariar o
presente diploma.
3 - As autorizações de utilização ou aprovações de modelo concedidas ao abrigo de legislação anterior ao Decreto-Lei n.º 202/83, de 19 de maio,
carecem de renovação no prazo de um ano.

Artigo 15.º - Regulamentação


As normas técnicas de execução necessárias à regulamentação do presente diploma serão aprovadas por portaria do Ministro da Indústria e
Energia. (Ver Portaria n.º 962/90, de 09OUT)

Artigo 16.º - São revogados os Decretos-Leis n.os 202/83, de 19 de maio, e 7/89, de 6 de janeiro

Portaria n.º 962/90, de 9OUT, do MIE


Regulamentação das condições gerais a observar no exercício do controlo metrológico a que se refere o DL
n.º 291/90, de 20SET
Tendo em vista a regulamentação das condições gerais a observar no exercício do controlo metrológico a que se refere o DL n.º
291/90, de 20SET, e ao abrigo do artigo 15.º do mesmo diploma:
Manda o Governo, pelo Ministro da Indústria e Energia, o seguinte:
1.º É aprovado o Regulamento Geral do Controlo Metrológico, anexo à presente portaria e que dela faz parte integrante.
2.º É revogada a Portaria n.º 924/83, de 11 de outubro.

Regulamento Geral do Controlo Metrológico


I - Disposições gerais
1 - O controlo metrológico ora regulamentado aplica-se aos métodos de medição e aos instrumentos de medição nacionais ou importados, novos
ou cujo controlo efetuado ao abrigo de anterior legislação tenha caducado.
1.1 O controlo metrológico efetuado pelas entidades competentes tem valor para todo o território nacional durante o seu prazo de validade e
será atestado nos instrumentos de medição, mediante marcação dos símbolos adiante caracterizados.
1.2 Regulamentos específicos de cada categoria de instrumentos de medição estabelecerão eventuais condições particulares a observar na
aprovação de modelo, primeira verificação, verificação periódica e verificação extraordinária respetivas.
2 - Os fabricantes, importadores, reparadores ou utilizadores deverão requerer em impresso próprio, às entidades competentes, cada uma das
operações de controlo metrológico a que os instrumentos de medição estão submetidos, indicando, nomeadamente, a identificação e localização
do requerente, a identificação do instrumento, a utilização a que se destina, a designação comercial e a operação metrológica requerida.
2.1 Os regulamentos específicos de cada categoria de instrumentos de mediação indicarão eventuais requisitos complementares, a satisfazer no
ato de requerimento das diferentes operações.

II - Reparadores e instaladores
3 - Os reparadores ou instaladores de instrumentos de medição carecem de qualificação devendo requerer ao Instituto Português da Qualidade
(IPQ) o seu reconhecimento e consequente atribuição de uma marca de identificação própria para aposição nos instrumentos.
3.1 A instrução do processo de reconhecimento da qualificação obedecerá a regulamento próprio.
3.2 A marca de identificação a colocar nos instrumentos compreenderá o símbolo do reparador ou instalador e os dois últimos dígitos do ano
em que se realiza a operação.

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Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

III - Aprovação de modelo


4 - A aprovação de modelo de instrumentos de medição ou de dispositivos complementares será efetuada ao abrigo da regulamentação específica
nacional ou ao abrigo de diretiva da Comunidade Económica Europeia (CEE) que o prescreva para a respetiva categoria, se o interessado assim o
requerer.
4.1 - Entende-se por modelo de um instrumento de medição o instrumento cujos elementos que caracterizam a qualidade metrológica estão
convenientemente definidos e ao qual correspondem instrumentos fabricados idênticos nas suas dimensões, construção, materiais e
tecnologia, podendo, no entanto, o mesmo modelo possuir diferentes alcances de medição.
4.2 - Entende-se por dispositivos complementares os dispositivos que, não constituindo em si mesmos instrumentos de medição, servem para
manter as grandezas medidas ou de influência em valores convenientes, para facilitar as operações de medição ou para alterar a
sensibilidade ou o alcance do instrumento que complementam.
4.3 - O requerimento de aprovação de modelo deverá ser acompanhado de memória descritiva, desenhos e fotografia em duplicado, que
esclareçam a sua constituição, construção, montagem e funcionamento (em especial, os relativos aos dispositivos de segurança),
regulação e afinação, os locais previstos para a colocação dos símbolos de controlo metrológico e outros requisitos estabelecidos em
regulamentos específicos.
4.4 - Para a aprovação de modelo deverão ser entregues, um ou mais exemplares, de acordo com disposições regulamentares específicas.
4.5 - O requerimento de aprovação complementar deverá ser acompanhado, além de um ou mais exemplares do modelo a que respeita de
memória descritiva, desenhos ou fotocópias esclarecedores das alterações introduzidas.
5 - O IPQ procederá à aprovação de modelos, realizando ou superintendendo na realização dos estudos e ensaios necessários à verificação das
características e qualidade metrológicas, utilizando, para o efeito, os meios disponíveis no laboratório central ou nos laboratórios oficiais ou outros
devidamente reconhecidos.
5.1 - O IPQ emitirá despacho de aprovação de modelo, que será publicado no Diário da República a expensas do interessado.
5.2 - O despacho de aprovação indicará os fundamentos da aprovação do modelo, as condições a respeitar na sua utilização e o respetivo
prazo de validade.
5.3 - Os despachos de aprovação de modelos de dispositivos complementares deverão fixar os modelos dos instrumentos a que podem ser
aplicados e as respetivas condições gerais de funcionamento.
5.4 - As aprovações CEE de modelo serão certificadas e publicitadas nos termos previstos nas diretivas aplicáveis.
6 - A cada aprovação corresponderá um depósito de modelo, em termos a definir no regulamento específico ou no despacho de aprovação
respetivo.
7 - À aprovação de modelo corresponderá uma marcação em todos os instrumentos do mesmo modelo de acordo com as seguintes regras:
a) Símbolo de aprovação aposto em local próprio, acompanhado dos dois últimos dígitos do ano de aprovação e de um número
característico a estabelecer pelo IPQ, para as aprovações nacionais, conforme o anexo I;
b) Símbolos e respetivas indicações numéricas aplicáveis, para as aprovações ao abrigo de diretiva CEE, conforme o anexo II.
7.1 - A aposição do símbolo de aprovação é da responsabilidade do fabricante ou importador e deverá ser visível, legível e indelével.

IV - Primeira verificação
8 - A primeira verificação dos instrumentos de medição será efetuada nos termos aplicáveis à respetiva categoria, quer em instrumentos de modelo
de aprovação nacional, quer de aprovação CEE ou desta dispensados.
8.1 - A primeira verificação será efetuada pelo IPQ, pelas delegações regionais, mediante delegação, ou por entidades para o efeito
reconhecidas, sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em regulamentos específicos.
9 - A primeira verificação pode efetuar-se em uma ou várias fases (em geral duas). Sempre que o instrumento constitua um todo à saída da fábrica,
efetua-se numa única fase.
9.1 - A primeira verificação dos instrumentos pode ser efetuada de forma não sistemática nos casos previstos na regulamentação ou diretivas
aplicáveis à respetiva categoria.
10 - Os fabricantes, importadores e reparadores deverão conservar as folhas de registo dos ensaios correspondentes à primeira verificação durante
o prazo de validade da aprovação de modelo.
11 - O símbolo da primeira verificação constará:
a) Dos dois últimos dígitos do ano em que se executa a operação, com o último algarismo envolvido por uma semicircunferência
conforme o desenho do anexo III, para a verificação nacional;
b) Da marca composta por uma letra «e» minúscula e um hexágono com inscrições alfanuméricas conforme o anexo III, para a
verificação CEE.
11.1 - Os símbolos serão colocados pelos serviços competentes em todos os instrumentos abrangidos pela verificação.

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Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

V - Verificação periódica
12 - A verificação periódica será efetuada pelo IPQ, pelas delegações regionais ou por entidades reconhecidas para o efeito, conforme for
determinado em regulamentos específicos.
13 - A verificação periódica deverá ser efetuada consoante a periodicidade estabelecida em regulamentos específicos entre 1 de janeiro e 30 de
novembro do ano a que respeite.
14 - Os utilizadores deverão requerer à entidade competente a verificação periódica nos seguintes casos:
Início de atividade do utilizador;
Aquisição de instrumentos novos ou usados;
Instrumentos cujas marcações tenham sido inutilizadas;
Instrumentos cuja verificação periódica no ano em causa não tenha sido executada até 30 de novembro;
Quando os regulamentos específicos de categoria de instrumento de medição assim o determinem.
14.1 - Os instrumentos que se destinem a utilização em vários locais pertencentes a diferentes regiões devem ser submetidos a verificação
periódica em apenas um dos locais de utilização.
15 - À verificação periódica corresponde um símbolo constituído pelos dois últimos dígitos do ano envolvidos por duas semicircunferências,
conforme o desenho do anexo IV.
15.1 - O símbolo será aplicado pelos serviços competentes em todos os instrumentos abrangidos pela verificação.
16 - À rejeição de qualquer instrumento na verificação periódica corresponderá a obliteração do respetivo símbolo, por sobreposição da letra
maiúscula «X», conforme o desenho do anexo V.

VI - Verificação extraordinária
17 - À verificação extraordinária corresponde um símbolo idêntico ao da verificação periódica, seguido da letra maiúscula «E», conforme o
desenho do anexo VI.
18 - À rejeição do instrumento na verificação extraordinária corresponderá procedimento idêntico ao estabelecido para a rejeição na verificação
periódica.

VII - Disposições finais


19 - Todos os instrumentos deverão possuir identificação que contenha, para além das características, eventuais condições a respeitar na sua
utilização.
19.1 - Qualquer que seja a origem dos instrumentos, nacional ou importada, aquela identificação deve ser redigida em português.
20 - Os fabricantes, importadores e utilizadores deverão conservar os instrumentos de medição em bom estado de funcionamento e manter os
documentos comprovativos do controlo metrológico junto dos respetivos instrumentos.

ANEXO I
Símbolo de aprovação de modelo

A ser colocado nas aprovações de modelo efetuadas segundo especificação não comunitária

ANEXO II
Símbolos relativos à aprovação CEE de modelo

Símbolo correspondente à aprovação CEE de modelo, concedida


em Portugal, em 1989, identificada com o n.º 20126/95.

Símbolo correspondente à aprovação CEE de modelo de efeito


limitado, concedida em Portugal, em 1989, identificada com o n.º
20126/96.

Símbolo correspondente a um modelo isentado de aprovação


CEE, construído em Portugal, em 1989, e registado sob o n.º
20126/97.

Símbolo correspondente à aprovação CEE de modelo, concedida


em Portugal, em 1989, identificada sob o n.º 20126/98, com
isenção da primeira verificação CEE.

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Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

ANEXO III
Símbolo da primeira verificação nacional

Símbolo da primeira verificação CEE

Símbolo correspondente a uma primeira verificação, Símbolo correspondente a uma


efetuada em Portugal, na região identificada por 2 e primeira verificação, efetuada em
pelo verificador identificado por 12. 1989, a colocar em conjunto com
o anterior

ANEXO IV
Símbolo de verificação periódica

ANEXO V

ANEXO VI

32 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Artigo 12.º - Licenciamento dos veículos


1 - Os veículos afetos aos transportes em táxi estão sujeitos a licença a emitir pelas câmaras municipais e
são averbados no alvará pelo IMT I.P.
 A utilização de veículo sem estar licenciado pela Câmara Municipal ou não averbado no alvará, ou ainda a utilização,
injustificada, de veículo licenciado em concelho diferente.
Inf.: n.º 1 art.º 12.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: a) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará - 4.01.030.01.01

2 - A licença do táxi caduca se não for iniciada a exploração no prazo fixado pela câmara municipal, que
não pode ser inferior a 90 dias, e sempre que não seja renovado o alvará.
(Ver Parecer DGTT sobre validade das licenças camarárias)

3 - A licença de táxi e o alvará ou a sua cópia certificada pelo IMT I.P. devem estar a bordo do veículo.
 A utilização de veículo sem ter a bordo a licença do táxi e o alvará ou cópia certificada pelo IMT I.P.
Inf.: art.º 31.º conj. n.º 3 art.º 12.º ambos DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: c) n.º 2 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 150 € a 449 € - Câmara Municipal - Auto ao Titular do alvará - 1.01.030.02.02

 A utilização de veículo sem ter a bordo a licença do táxi e o alvará ou cópia certificada pelo IMT I.P, mas apresentou no
prazo de 8 dias.
Inf.: art.º 31.º conj. n.º 3 art.º 12.º ambos DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: mesmas disposições
Coima: 50 € a 250 € - IMT - Auto ao Titular do alvará - 1.01.031.01.02

 A utilização de veículo, licenciado, sem contudo possuir a bordo a licença do táxi e o alvará ou cópia certificada pelo IMT,
mas apresentou para além do prazo de 8 dias.
Inf.: art.º 31.º conj. n.º 3 art.º 12.º ambos DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: c) n.º 2 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 150 € a 449 € - Câmara Municipal - Auto ao Titular do alvará - 1.01.031.01.01

4 - A transmissão ou transferência das licenças dos táxis, entre empresas devidamente habilitadas com
alvará, deve ser previamente comunicada à câmara municipal a cujo contingente pertence a licença.

Parecer da DGTT sobre a validade das licenças camarárias


(Fax da DGTT de resposta a um pedido de esclarecimento da ANTRAL, publicado na Revista da ANTRAL n.º 100, de maio/ junho de 2004)

Questão colocada pela ANTRAL


Quais as causas de caducidade das licenças dos veículos “táxi” emitidas pelas câmaras municipais e qual a sua validade (data de
caducidade)?

Resposta da DGTT (atual IMT)


Em resposta ao V/ Telefax sobre o assunto em epígrafe, informamos o seguinte:
Nos termos do artigo 12.º e 14.º do Decreto-Lei n.º 251/98, de 11 de agosto, os veículos afetos aos transportes em táxi estão sujeitos
a licença, atribuída pelas câmaras municipais, dentro do contingente fixado, por meio de concurso público.
E se em relação às licenças para o exercício da atividade de transportes em táxi (alvará) a lei estabeleceu um prazo máximo de validade
de cinco (5) anos, já quanto às licenças dos veículos a mesma lei não estipulou qualquer prazo.
Porém embora a lei não estabeleça qualquer prazo de validade para aquelas licenças, estabelece contudo as circunstâncias em que se
verifica a sua caducidade.
Ora, nos termos do n.º 2 do artigo 12.º citado, as licenças dos veículos caducam se não for iniciada a exploração no prazo fixado pela
câmara municipal, que não pode ser inferior a 90 dias, e sempre que não renovado o alvará.
Pelo que, ao estabelecer-se um prazo de validade de um ano para as licenças dos veículos afetos aos transportes em táxi, está a criar-se
uma nova via de caducidade não prevista na lei.
Daqui decorre, em nosso entender, que as câmaras municipais tendo, embora, competência própria para emitir licenças nos termos da
alínea d) do n.º 5 do artigo 64.º, da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, na redação da Lei n.º 5-A/2002, de 11 janeiro, não podem, contudo,
estabelecer causas de caducidade diferentes das estabelecidas na lei.
Assim sendo, não podem ser estabelecidos prazos de validade para as licenças que determinam formas de caducidade diferentes das
legalmente previstas.

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Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

ANOTAÇÃO

Transmissão das licenças dos veículos “Táxi” – Resposta da DGTT (atual IMT) à ANTRAL

Em resposta às questões colocadas pela ANTRAL sobre transferência das licenças de táxi de cooperativas para outras empresas que
cada um dos cooperantes venha a constituir e da transmissão das licenças dos táxi em caso de morte do seu titular, a DGTT (atual IMT) informa-
nos o seguinte:
A atribuição e transmissão das licenças de táxi é hoje competência dos municípios por força do determinado na Lei n.º 18/97, de 11
de junho e artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 251/98, de 11 de agosto, na redação dada pela Lei n.º 106/2001, de 31 de agosto.
Assim, nos termos do n.º 1 do artigo 12.º do decreto-lei citado, os veículos afetos aos transportes em táxi estão sujeitos a licença a
emitir pelas câmaras municipais.
O n.º 4 daquele artigo determina que “a transmissão ou transferência das licenças dos táxis, entre empresas devidamente habilitadas
com alvará, deve ser previamente comunicada à câmara municipal a cujo contingente pertence a licença”.
Como se vê, esta norma prevê expressamente, e portanto admite, a transmissão ou transferência das licenças dos táxis entre empresas.
Deve entender-se, que aqui, o termo empresas, abrange não só as sociedades comerciais e cooperativas mas também os empresários
em nome individual, sendo certo que estes apenas podem ser titulares de uma única licença, conforme resulta da última parte do n.º 1 do artigo 3.º
do Decreto-Lei n.º 251/98, de 11 de agosto, na redação dada pela Lei n.º 106/ 2001, de 31 de agosto.
Com efeito, embora na sua versão original o Decreto-Lei n.º 251/98 admitisse o exercício da atividade de transportes em táxi apenas a
sociedades comerciais e cooperativas (n.º 1 do artigo 3.º) e nada dissesse sobre a questão da transmissão ou transferência das licenças dos táxi, a
Lei n.º 106/2001 introduziu-lhe alterações no sentido de permitir também o exercício da atividade de transportes em táxi a empresários em nome
individual, dando igualmente a estes a possibilidade de transmitirem ou transferirem a licença do táxi.
Foi através da redação dada por esta lei que foi aditado o n.º 4 ao artigo 12.º no qual, como se viu, se abriu a possibilidade da
transferência daquelas licenças, desde que previamente comunicada à câmara municipal. Quanto à questão da transmissão “mortis causa” das
licenças dos táxi, entendemos que esta está incluída na regra geral da transmissibilidade atrás referida, desde que o transmissário esteja habilitado
com alvará para o exercício da atividade.
Tendo em conta as competências na matéria, conferidas por lei às câmaras municipais, dever-se-á sempre ter em conta os
procedimentos eventualmente previstos em regulamentos municipais.

Esclarecimento da DGTT (atual IMT) à “ANTRAL” sobre a cópia certificada do alvará

Tendo a Direção-Geral de Transportes Terrestres (atual IMT) sido questionada pela ANTRAL sobre se o proprietário de um único
táxi terá obrigatoriamente que ter a bordo do veículo uma cópia certificada do alvará ou se é suficiente o alvará e a licença do veículo, fomos
informados pela mesma que:
Dispõe o n.º 1 do art.º 12.º do Decreto-Lei n.º 251/98, de 11 de agosto, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 41/2003, de 11
de março, que os veículos afetos ao transporte em táxi estão sujeitos a licença a emitir pelas Câmaras Municipais e são averbados no alvará pela
DGTT (atual IMT).
Nesta conformidade, e uma vez que o n.º 3 do mesmo artigo impõe que o alvará ou a cópia certificada do mesmo esteja a bordo do
veículo, o titular de uma única licença pode ter a bordo o alvará, mas na condição de no mesmo se ter procedido ao averbamento da matrícula
veículo.
Contudo, dado que a cópia certificada do alvará tem uma dimensão semelhante à de outros documentos que devem acompanhar o
veículo, como seja o livrete e registo de propriedade, julga-se que por questões de ordem prática as empresas têm vantagem em optar pela cópia
certificada do alvará.

Artigo 13.º - Fixação de contingentes


1 - O número de táxis em cada concelho constará de contingentes fixados, com uma periodicidade não
inferior a 2 anos, pela câmara municipal, mediante audição prévia das entidades representativas do setor.
2 - Os contingentes são estabelecidos por freguesia, para um conjunto de freguesias ou para as freguesias
que constituem a sede do concelho.
3 - Os contingentes e respetivos reajustamentos devem ser comunicados ao IMT I.P. aquando da sua
fixação.

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Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Artigo 14.º - Preenchimento dos lugares no contingente


1 - As câmaras municipais atribuem as licenças, dentro do contingente fixado, por meio de concurso
público aberto às entidades referidas nos n.os 1 e 2 do artigo 3.º deste diploma.
2 - São definidos por regulamento municipal os termos gerais dos programas de concurso, o qual deve
incluir os critérios aplicáveis à hierarquização dos concorrentes.
3 - No caso de a licença em concurso ser atribuída a uma das pessoas a que se refere o n.º 2 do artigo 3.º
deste diploma, esta dispõe de um prazo de 180 dias para efeitos de licenciamento para o exercício da
atividade, findo o qual caduca o respetivo direito à licença.

CAPÍTULO IV - Organização do mercado

Artigo 15.º - Tipos de serviço


Os serviços de transporte em táxi são prestados em função da distância percorrida e dos tempos de
espera, ou:
a) À hora, em função da duração do serviço;
b) A percurso, em função de preços estabelecidos para determinados itinerários;
c) A contrato, em função de acordo reduzido a escrito estabelecido por prazo não inferior a 30
dias, onde constem obrigatoriamente o respetivo prazo, a identificação das partes e o preço
acordado;
d) A quilómetro, quando em função da quilometragem a percorrer.
 A prestação de serviço de táxi que não está a ser, ou não foi, prestado de acordo com as condições definidas no art.º 15.º do
DL 251/98, de 11AGO.
Inf.: a), b) c) ou d) Art.º 15.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: e) n.º 2 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 150 € a 449 € - Câmara Municipal - Auto ao Titular do alvará - 1.01.030.02.04

Artigo 16.º - Regimes de estacionamento


1 - As câmaras municipais fixam por regulamento um ou vários dos seguintes regimes de estacionamento:
a) Livre - os táxis podem circular livremente à disposição do público, não existindo locais
obrigatórios para estacionamento;
b) Condicionado - os táxis podem estacionar em qualquer dos locais reservados para o efeito,
até ao limite dos lugares fixados;
c) Fixo - os táxis são obrigados a estacionar em locais determinados e constantes da respetiva
licença;
d) Escala - os táxis são obrigados a cumprir um regime sequencial de prestação de serviço.
2 - As câmaras municipais podem ainda definir, por regulamento, as condições em que autorizam o
estacionamento temporário dos táxis em local diferente do fixado, para fazer face a situações de
acréscimo excecional e momentâneo da procura.
 O estacionamento de táxi em desrespeito ao regime de estacionamento que lhe tiver sido definido pela Câmara Municipal,
ou início de transporte em táxi fora da área do município emissor da licença.
Inf.: a), b) c) ou d) n.º 1 art.º 16.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: a) n.º 2 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 150 € a 449 € - Câmara Municipal - Auto ao Titular do alvará - 4.01.030.02.01

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Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

Ofício IMT n.º 1630/RJE/LATT, de 16OUT2015


(Resposta ao Presidente da Federação Portuguesa do Táxi – Ofício n.º 15DIR179, de 31AGO2016)

Prestação de serviço em táxi – (Início fora do concelho para o qual está licenciado)
Acuso a receção do V/ofício, em que solicitam esclarecimentos acerca da possibilidade dos táxis poderem prestar serviços de
transporte em táxi, incluindo o seu início, em concelhos diferentes daqueles onde os mesmos estão licenciados, desde que aqueles serviços sejam
previamente contratados, incluindo por concurso.
Analisada a questão supracitada, é entendimento dos Serviços que, pelo facto de serem as próprias câmaras a determinar, quer os
contingentes quer o regime e o local de estacionamento, estas regras só são aplicadas dentro da área de jurisdição de cada um dos municípios.
Se os locais de estacionamento são fixados para os táxis que circulam num determinado concelho, estes deverão ser considerados
como os locais de início do serviço de táxi.
Nestes termos, informa-se que é entendimento deste Instituto que a prestação inicial de serviços de táxis se deva efetuar a partir do
concelho no qual os táxis estão licenciados.

Artigo 17.º - Prestação obrigatória de serviços


1 - Os táxis devem estar à disposição do público de acordo com o regime de estacionamento que lhes for
fixado, não podendo ser recusados os serviços solicitados em conformidade com a tipologia prevista no
presente diploma, salvo o disposto no número seguinte.
2 - Podem ser recusados os seguintes serviços:
a) Os que impliquem a circulação em vias manifestamente intransitáveis pelo difícil acesso ou
em locais que ofereçam notório perigo para a segurança do veículo, dos passageiros ou do
motorista;
b) Os que sejam solicitados por pessoas com comportamento suspeito de perigosidade.
 A recusa a serviço solicitado, sem a justificação prevista no n.º 2 art.º 17.º DL n.º 251/98, de 11AGO.
Inf.: n.º 1 art.º 17.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: f) n.º 2 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 150 € a 449 € - Câmara Municipal - Auto ao Titular do alvará - 1.01.030.02.05

Artigo 18.º (1) - Suspensão e abandono do exercício da atividade


1 - O exercício da atividade de transportes em táxi pode ser suspenso mediante mera comunicação prévia
aos municípios emissores da licença, por um período de até 365 dias consecutivos.
2 - A retoma da atividade de transportes em táxi decorrente da suspensão deve ser comunicada pelo
detentor da licença de táxi à câmara municipal responsável.
3 - Uma vez comunicada a suspensão do exercício da atividade de transportes em táxi, não pode haver
nova suspensão num período de 365 dias consecutivos, contados a partir do último dia de suspensão.
4 - As câmaras municipais podem opor-se à suspensão do exercício da atividade quando tiverem fixado
um contingente inferior a sete (7) táxis por concelho, no prazo de 10 dias úteis.
5 - Presume-se que há abandono quando tiverem decorrido 365 dias consecutivos desde a emissão do
último recibo comprovativo do valor total do serviço prestado, nos termos impostos pelo «sistema de
tarifário» ou quando o taxímetro do veículo afeto à atividade de transportes em táxi não tenha registos de
deslocações nesse período.
6 - O abandono do exercício da atividade determina a caducidade do direito à licença do táxi.
 Abandono do exercício da atividade (considerado sempre que tiverem decorrido 365 dias consecutivos desde a emissão do
último recibo comprovativo do valor total do serviço prestado ou quando o taxímetro do veículo afeto à atividade de
transportes em táxi não tenha registos de deslocações nesse período).
Inf.: n.º 6 art.º 18.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: d) n.º 2 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 150 € a 449 € - Câmara Municipal - Auto ao Titular do alvará - 1.01.030.02.03

(1)
Alterado pelo DL n.º 3/2019, de 11JAN.

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Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Artigo 19.º - Transporte de bagagens e de animais


1 - O transporte de bagagens só pode ser recusado nos casos em que as suas características prejudiquem a
conservação do veículo.
2 - É obrigatório o transporte de cães-guias de passageiros invisuais e de cadeiras de rodas ou outros
meios de marcha de pessoas com mobilidade reduzida, bem como de carrinhos e acessórios para o
transporte de crianças.
3 - Não pode ser recusado o transporte de animais de companhia, desde que devidamente acompanhados e
acondicionados, salvo motivo atendível, designadamente a perigosidade, o estado de saúde ou higiene.

Artigo 20.º - Regime de preços


Os transportes em táxi estão sujeitos ao regime de preços fixado em legislação especial.

CAPÍTULO V - Regimes especiais

Artigo 21.º - Regime especial


Nos casos em que o transporte em táxi tenha natureza predominantemente extraconcelhia,
designadamente no de coordenação deste serviço com terminais de transporte terrestre, aéreo, marítimo
ou intermodal, pode o IMT I.P. fixar, por despacho, contingentes especiais e regimes de estacionamento.

Artigo 22.º - Táxis para pessoas com mobilidade reduzida


1 - Podem ser licenciados táxis para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida, desde que
devidamente adaptados, de acordo com regras a definir por despacho do Presidente do IMT I.P.
(Despacho DGTT n.º 18406/2004, de 10AGO)

2 - As licenças a que se refere o número anterior podem ser atribuídas pelas câmaras municipais fora do
contingente a que se refere o artigo 13.º de acordo com critérios a fixar por regulamento municipal,
sempre que a necessidade deste tipo de veículos não possa ser assegurada pela adaptação dos táxis
existentes no concelho. (Despacho DGTT n.º 4/92, de 31JAN)

Despacho DGTT n.º 4/92, de 31JAN


Identificação dos veículos de transporte em táxi para utentes com mobilidade reduzida

1 - As câmaras municipais poderão, através de edital, avisar os titulares de licenças de aluguer em veículos ligeiros de passageiros no respetivo
concelho da possibilidade de procederem à substituição ou adaptação dos seus veículos para o transporte de utentes com mobilidade reduzida.
2 - Sempre que, através do processo previsto no número anterior, a oferta deste transporte especial não satisfizer as necessidades da procura,
poderão as câmaras municipais afetar a tal transporte as vagas existentes nos respetivos contingentes ou propor ao IMT I.P. o aumento daqueles,
através de vagas a serem preenchidas com veículos especialmente adaptados para o efeito.
3 - As licenças atribuídas ao abrigo do disposto nos números anteriores só são válidas para os veículos a que os mesmos se reportam.
4 - Para o transporte especial previsto neste despacho serão apenas licenciados veículos de marca e modelo homologados pelo IMT ou cuja
adaptação tenha sido aprovada, para o mesmo efeito, por aquela entidade.
5 - Os veículos referidos no número anterior deverão dispor de uma transformação que facilite o acesso ao interior do habitáculo dos utentes a
que se destinam e permita o seu transporte em condições de comodidade e segurança.
6 - Consideram-se como não licenciados, para todos os efeitos legais, os veículos afetos ao transporte de utentes com mobilidade reduzida que
circulem sem os equipamentos referidos no número anterior.
7 - Os veículos a que se refere o número anterior têm de observar as normas gerais de identificação a que estão sujeitos os automóveis ligeiros de
passageiros de aluguer, devendo ainda ostentar no canto superior direito do para-brisas e do vidro da retaguarda o distintivo de modelo anexo.
Reproduz-se, com as necessárias correções, o modelo de distintivo anexo àquele despacho. (Ver modelo junto ao Despacho DGTT n.º 18406/2004)
Quando se trate de veículos especialmente adaptados ao transporte de utentes de mobilidade reduzida, os dispositivos a que se referem a alínea a)
do n.º 3 do despacho da direção-geral de Transportes Terrestres, de 13 de novembro de 1980, e o despacho da direção-geral de Transportes
Terrestres, de 12 de março de 1981, poderão, em alternativa ser substituídos por um distintivo, com análogos elementos de identificação,
incorporado no próprio tejadilho.

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Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

Despacho DGTT n.º 18406/2004, de 10AGO


Características específicas a que devem obedecer os veículos de transporte em táxi de pessoas com mobilidade reduzida

Considerando que é necessário promover o transporte em táxi de pessoas com mobilidade reduzida e que para tal importa definir as
características específicas a que devem obedecer os veículos ou permitir a adaptação a essa finalidade:
Determino ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 251/98, de 11 de agosto, sucessivamente alterado e
republicado pelo Decreto-Lei n.º 41/2003, de 11 de março, o seguinte:
1 - Os veículos a afetar ao transporte em táxi de pessoas com mobilidade reduzida, para além das características previstas na Portaria n.º 277-
A/99, de 15 de abril, devem obedecer ao seguinte:
Estar equipados com plataforma de embarque ou outra forma de acesso pleno do passageiro em cadeira de rodas, devendo a porta de acesso ter
um ângulo de abertura não inferior a 90%, altura mínima de 1150 mm e largura mínima de 680 mm;
Dispor de cintos de segurança adaptados, de espaço e meios necessários à fixação da cadeira de rodas, de forma a permitir o transporte em
condições de segurança e comodidade, sem prejuízo do espaço destinado à cadeira de rodas poder ter um banco rebatível;
Ostentar, no canto superior direito do para-brisas e do vidro da retaguarda, o pictograma previsto para os veículos pesados de passageiros no
Decreto-Lei n.º 58/2004, de 19 de março, cujo modelo se reproduz anexo.
2 - É condição de licenciamento que a adaptação do veículo, para efeitos do transporte de pessoas com mobilidade reduzida, esteja devidamente
aprovada pelo IMT I.P.
3 - É ainda condição de licenciamento a existência de um contrato de ligação/ adesão a uma central de radiotáxi ou, caso esta não exista, a prova
de divulgação dos serviços a prestar num dos jornais mais lidos da região.
4 - Os táxis adaptados devem dar prioridade aos serviços solicitados por pessoas com mobilidade reduzida e seus acompanhantes.

Símbolo Internacional de Acesso

Táxi para pessoas com mobilidade reduzida

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Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Artigo 23.º - Veículos turísticos e isentos de distintivos


1 - O regime de acesso à atividade previsto no capítulo II do presente diploma aplica-se às empresas que
efetuem transportes com veículos turísticos ou com veículos isentos de distintivos.
2 - O regime aplicável ao acesso e organização do mercado será objeto de regulamentação especial.
(Ver DR n.º 41/80, de 21AGO)

DR n.º 41/80, de 21AGO


Licenças para veículos de turismo
Constitui preocupação do Governo o aumento da qualidade dos serviços prestados aos turistas que nos visitam, na linha de
orientação definida pela legislação sobre profissões turísticas.
Nesse sentido, julga-se de interesse criar as condições para que, além dos serviços tradicionais de transporte oferecidos aos turistas,
estes possam dispor de veículos ligeiros de aluguer para passageiros com especiais condições de conforto e condutores qualificados - os motoristas
de turismo.
Tais serviços poderão revestir-se, igualmente, de interesse no que respeita às relações públicas de numerosas entidades públicas e
privadas.
Dentro do princípio tradicional, seguido no domínio do acesso ao mercado de transportes de passageiros, de privilegiar, no acesso à
titularidade das licenças, os que exercem a profissão, como forma de rentabilização de exploração e promoção social, considera-se dever permitir,
em exclusivo, aos motoristas de turismo o acesso à titularidade das licenças a conceder nos termos do presente diploma.
O regime agora criado procurou assegurar que este novo tipo de serviço não venha pôr em causa as exigências de coordenação de
transportes, designadamente salvaguardando a sua não interferência com a exploração dos transportes de aluguer.
Nestes termos:
O Governo decreta, nos termos da alínea c) do artigo 202.º da Constituição, o seguinte:

Artigo 1.º
É criado um regime especial de licenciamento para veículos ligeiros de passageiros afetos a transportes de aluguer de carácter turístico, cuja
exploração obedecerá ao disposto no presente diploma e suas disposições regulamentares.

Artigo 2.º
As licenças para a exploração dos veículos de aluguer para serviços turísticos serão atribuídas pelo IMT I.P., mediante concurso, que obedecerá
aos requisitos genéricos e às normas específicas a fixar por portaria dos Ministros do Comércio e Turismo e dos Transportes e Comunicações.
 Veículo de aluguer para serviços turísticos sem possuir a respetiva licença de exploração do veículo.
Inf.: art.º 2.º DR n.º 41/80, de 21AGO c/ ref.ª n.º 1 art.º 3.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: n.º 1 art.º 28.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) – 4.01.028.01.01 - Coima: 5.000 € a 15.000 € (PC) – 4.01.028.01.02
IMT - Auto ao Autor

Artigo 3.º
1 - As licenças a que se refere o artigo anterior serão atribuídas dentro dos contingentes fixados pelo IMT I.P., ouvidas as câmaras municipais
interessadas, sob proposta da Direção-Geral do Turismo.
2 - Os contingentes serão fixados para zonas turísticas e de acordo com as normas e os critérios a definir em despacho do Presidente do IMT
I.P., ouvida a Direção-Geral do Turismo.

Artigo 4.º
1 - As licenças para a exploração dos veículos de aluguer para serviços turísticos só podem ser atribuídas a motoristas de turismo.
2 - Em qualquer caso, cada motorista de turismo só pode ser titular de 1 licença para a exploração de veículos de aluguer para serviços turísticos.

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Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

Artigo 5.º
Têm preferência na concessão das licenças a que se refere o presente diploma os motoristas de turismo que sejam industriais de transportes em
veículos ligeiros de aluguer para passageiros.

Artigo 6.º
A concessão de licenças aos indivíduos a que se refere o artigo anterior implica o cancelamento das licenças de aluguer de que sejam titulares.

Artigo 7.º
A condução dos veículos licenciados ao abrigo do presente diploma apenas poderá ser efetuada por motoristas de turismo.

Artigo 8.º
Para os efeitos do presente diploma, entende-se por motorista de turismo a pessoa titular de carta de condutor profissional e de carteira
profissional de motorista de turismo, nos termos do Decreto-Lei n.º 519-F/79, de 28 de dezembro [Revogado pela a) n.º 1 art.º 21.º DL n.º 92/2011,
de 27JUL], e respetiva legislação regulamentar.

Artigo 9.º
1 - Só podem ser licenciados como veículos de aluguer para serviços turísticos veículos automóveis que reúnam as características a definir em
despacho do Presidente do IMT I.P., ouvida a Direção-Geral de Turismo. (Despacho DGTT n.º 32/94, de 23AGO)
2 - Os veículos só poderão ser utilizados no exercício da atividade por um período de cinco (5) anos, contados a partir da data da respetiva
matrícula.
3 - O limite estabelecido no número anterior pode ser prorrogado por prazos não superiores a um ano, mediante autorização do IMT I.P., após
inspeção dos veículos.

Despacho DGTT n.º 32/94, de 23AGO


(Alterado pelo Despacho IMT n.º 10621/2014, de 18AGO)

Características dos automóveis de turismo


Por despacho do Presidente do IMT I.P. de 28-10-81, foram fixadas as características a que devem obedecer os automóveis ligeiros de
passageiros para serviços turísticos.
No entanto, decorridos doze (12) anos sobre aquele despacho, constata-se que algumas das especificações nele contidas carecem de
atualização, tendo em conta a evolução entretanto verificada no setor do mercado automóvel.
Nestes termos, ao abrigo do disposto no artigo 9.º, n.º 1, do Decreto Regulamentar n.º 41/80, de 21-8, determino:
1 - Os automóveis ligeiros de passageiros para serviços turísticos devem possuir as características a seguir discriminadas:
a) Tipo fechado, de 4 ou 5 portas, sendo a quinta de acesso exclusivo à bagageira:
b) Lotação mínima de 5 lugares e máxima de 9, incluindo o do condutor;
c) Cilindrada igual ou superior a 1580 cm3;
d) Comprimento igual ou superior a 4,40 m.
2 - É revogado o despacho do diretor-geral de Transportes Terrestres de 28-10-81, publicado no DR III.ª, de 16NOV81.

Artigo 10.º
Os veículos devem encontrar-se à disposição do público no local de recolha, podendo, excecionalmente, o IMT I.P. autorizar, sob proposta das
câmaras municipais interessadas, que sejam fixados locais de estacionamento próprios.

Artigo 11.º
1 - Os serviços prestados deverão iniciar-se dentro das zonas a que os veículos, por força do respetivo contingente, se encontram afetos.
2 - Ouvida a Direção-Geral do Turismo, o IMT I.P. pode autorizar que em épocas de ponta os veículos prestem igualmente serviços noutras
zonas turísticas.

Artigo 12.º
1 - As tarifas a aplicar a este tipo de serviços de transporte serão fixadas por portaria dos Ministros do Comércio e Turismo e dos Transportes e
Comunicações.
2 - O preço a pagar pelos serviços prestados deverá integrar duas componentes, uma correspondente ao tempo de duração do serviço e outra aos
quilómetros percorridos.
3 - A portaria a que se refere o n.º 1 fixará, igualmente, um mínimo de cobrança.

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Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Artigo 13.º
As normas de identificação dos veículos ligeiros de aluguer para serviços turísticos serão fixadas em despacho do diretor-geral do IMT I.P.
(Despacho DGTT n.º 2/81, de 3JAN)
 Veículo ligeiro de aluguer afeto ao serviço turístico sem ostentar distintivo identificativo (Letra T) à frente e atrás ou
ostentar distintivo que não seja regulamentar.
Inf.: n.º 2 art.º 10.º e c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO c/ ref.ª art.º 13 e n.º 1 art.º 14.º.º DR n.º 41/80, de 21AGO e
Despacho DGTT n.º 2/81, de 3JAN
Pun.: n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO e n.º 1 art.º 14.º DR n.º 41/80, de 21AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará

Despacho DGTT n.º 2/81, de 3JAN


Distintivo dos veículos de Turismo
Nos termos do artigo 13.º do Decreto Regulamentar n.º 41/80, de 21AGO, determino que os veículos ligeiros de aluguer para
serviços turísticos sejam pintados em uma só cor, ostentando um distintivo conforme ao modelo anexo.
O distintivo, constituído por um círculo verde-escuro, sobre o qual serão pintadas a branco a letra T e a bordura, poderá ser pintado
no veículo ou em chapa metálica e será colocado à frente e atrás do lado direito do veículo.

Artigo 14.º
1 - Aos transportes em veículos de aluguer para serviços turísticos são aplicáveis, em tudo o que não contrarie o presente diploma, as normas que
regulam os transportes de aluguer em veículos ligeiros de passageiros. (Ver art.º 10.º DL n.º 251/98, de 11AGO)
2 - As dúvidas suscitadas na aplicação do presente diploma serão resolvidas por despacho do Ministro dos Transportes e Comunicações.
 Utilização de veículos em serviço turístico com matrícula estrangeira.
Inf.: n.º 1 art.º 10.º e c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO c/ ref.ª n.º 1 art.º 14.º.º DR n.º 41/80, de 21AGO
Pun.: n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO e n.º 1 art.º 14.º DR n.º 41/80, de 21AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará

 Utilização de veículos em serviço turístico com lotação superior a 9 lugares, incluindo o condutor.
Inf.: n.º 1 art.º 10.º e c) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO c/ ref.ª n.º 1 art.º 14.º.º DR n.º 41/80, de 21AGO e Despacho
DGTT n.º 32/94, de 23AGO alt. Pelo Despacho IMT n.º 10621/2014, de 18AGO
Pun.: n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO e n.º 1 art.º 14.º DR n.º 41/80, de 21AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará

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Artigo 24.º - Transportes coletivos em táxi


O IMT I.P. pode autorizar a realização de transportes coletivos em táxi, em condições a definir por
despacho do Presidente do IMT I.P.

CAPÍTULO VI - Fiscalização e regime sancionatório

Artigo 25.º - Entidades fiscalizadoras


São competentes para a fiscalização das normas constantes do presente diploma O IMT I.P., a Inspeção-
Geral das Obras Públicas Transportes e Comunicações, as câmaras municipais, a Guarda Nacional
Republicana e a Polícia de Segurança Pública.

Artigo 26.º - Contraordenações


1 - O processo de contraordenação inicia-se oficiosamente mediante denúncia das autoridades
fiscalizadoras ou particular.
2 - A tentativa e a negligência são puníveis.

Artigo 27.º - Competência para a aplicação das coimas


1 - O processamento das contraordenações previstas no artigo 28.º e no artigo 29.º, no n.º 1 do artigo 30.º
e no artigo 31.º compete ao IMT I.P., e a aplicação das coimas, assim como das sanções acessórias
previstas no artigo 33.º, é da competência do Presidente do IMT I.P.
2 - O processamento das contraordenações previstas no n.º 2 do artigo 30.º compete à câmara municipal e
a aplicação das coimas é da competência do presidente da câmara municipal respetiva.
(Ofício DGTT n.º 88/99/DAJ, de 26AGO99)
3 - As câmaras municipais devem comunicar ao IMT I.P. as infrações cometidas e respetivas sanções.
4 - O IMT I.P. organizará, nos termos da legislação em vigor, o registo das infrações cometidas e
informará as câmaras municipais.

Nota n.º 12361/2013, de 20NOV, da DO/CO/GNR


Fiscalização rodoviária dos transportes de passageiros e de mercadorias
Auto de contraordenação Modelo UAG/GNR n.º 380

1 - SITUAÇÃO
a. A Port.ª n.º 241/94, de 18ABR, veio à data regulamentar a distribuição das verbas resultantes da aplicação das multas e coimas cobradas por infração ao
CE, respetivo regulamento, RTA e demais legislação complementar sobre trânsito, ensino de condução e transportes rodoviários.
b. Através do referido diploma foi então publicado um modelo de auto de contraordenação.
c. Pese embora a mencionada Portaria, na sua estrutura, em momento algum ter expressamente aprovado o referido modelo de auto de contraordenação
ou faça referência ao mesmo, todavia, à data foi o mencionado modelo adotado para utilização no âmbito das infrações detetadas à legislação
anteriormente mencionada.
d. Posteriormente, mercê da aprovação do novo Código da Estrada, em 1994 a então DGV aprovou um outro modelo de auto de contraordenação para
utilização específica no âmbito das infrações detetadas ao CE e sua legislação regulamentar, abandonando o modelo publicado através da Port.ª n.º 241/94,
de 18ABR.
e. Para as infrações do âmbito da então DGTT e IGT, atualmente IMT e ACT, respetivamente, o dispositivo da Guarda continuou a utilizar o modelo
publicado pela mencionada Portaria.
f. Todavia, nos últimos dezanove (19) anos, o regime jurídico das transgressões foi paulatinamente sendo abandonado, tendo os diferentes regimes
jurídicos sobre transportes rodoviários de passageiros e de mercadorias sido igualmente alterados.
g. Tal situação conduziu a uma total desatualização do modelo de auto de contraordenação de modelo publicado pela Port.ª n.º 241/94, de 18ABR,
conduzindo a sucessivas reclamações e pedidos de esclarecimento tanto por parte dos arguidos como das entidades administrativas competentes.
h. O ideal seria que houvesse apenas um único modelo de auto de contraordenação para todas as infrações detetadas em ambiente rodoviário sendo o
mesmo elaborado no SCoT, todavia, para que tal fosse possível seria necessário que houvesse um entendimento sobre esta matéria de todas as entidades
administrativas (ANSR, IMT, ACT, ASAE etc.) e, consequentemente, a adaptação dos sistemas informáticos das mesmas e a alteração das dezenas de
regimes jurídicos que existem sobre transportes rodoviários, o que muito dificilmente será conseguido, pois tal implica custos elevados, mudança de
procedimentos.
i. Os militares da Guarda no exercício das suas funções são apenas obrigados a proceder ao levantamento de auto de notícia e a remetê-lo à competente
entidade administrativa, conforme menciona o Regime Geral da Mera Ordenação Social aprovado pelo DL n.º 433/82.

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Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

j. Em face do exposto, este Comando tomou a iniciativa de iniciar um processo conducente à criação e aprovação de um novo modelo de auto de
contraordenação em substituição do atual modelo, tendo enviado um draft de um modelo ao dispositivo e recolhido contributos do mesmo.
k. Assim, por despacho do Exmo. GCG de 01OUT13, foi aprovado um novo modelo de auto de contraordenação, cujo exemplar se anexa (GNR-UAG-
GRÁFICA N.º 380), para utilização específica no âmbito das infrações detetadas aos vários regimes jurídicos da área do IMT, ACT, ASAE e outras
entidades administrativas, com exceção da ANSR que possui modelo próprio, do âmbito dos transportes rodoviários de mercadorias e de passageiros.
l. Em coordenação com o IMT e a ACT, foram igualmente definidos dois modelos dos Termos da Notificação, para entrega aos arguidos/ condutores de
acordo com as instruções constantes no presente documento.
m. O referido modelo de auto e os Termos da Notificação, passam a ser utilizados a partir de 01JAN14 pelo dispositivo da GNR, especialmente pelo
dispositivo de trânsito, em substituição do atual modelo.
n. Em face do exposto, importa proceder à divulgação das necessárias instruções relativas ao preenchimento do mencionado auto, procedendo-se
igualmente à divulgação e esclarecimento dos modelos dos Termos de Notificação.
2 - INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO
As instruções de preenchimento do auto constam da contracapa de cada bloco de autos, conforme modelo que se junta.
3 - ESTRUTURA
O modelo de auto encontra-se dividido em sete (7) campos, a saber:
a. Arguido
Este campo destina-se ao preenchimento dos dados respeitantes ao arguido, devendo-se preencher com o máximo de elementos possíveis.
b. Veículo
Este campo destina-se ao preenchimento dos dados respeitantes:
(1) Ao veículo automóvel ou ao veículo trator, este último no caso de veículo único;
Ao condutor do veículo, quando este for pessoa distinta do arguido.
c. Infração
Este campo destina-se ao preenchimento dos dados respeitantes à infração, nomeadamente:
(1) Local da infração;
(2) Descrição sumária da infração;
(3) Legislação infringida;
(4) Código da infração (presentemente não há codificação atribuída pelo IMT, ACT ou outra entidade administrativa);
(5) Gravidade da infração;
(6) Infração presenciada pelo autuante ou não.
d. Sanções
Este campo destina-se ao preenchimento dos dados respeitantes às sanções, nomeadamente:
(1) Legislação punitiva;
(2) Valor previsto mínimo e máximo da coima em euros;
(3) Sanção acessória prevista.
e. Outras informações
(1) O campo “Deve aguardar posterior notificação da entidade administrativa competente” deve-se assinalar, exceto nos casos em que o arguido
opte por efetuar o pagamento da coima no ato de fiscalização, diretamente ao agente autuante, e não esteja prevista a possibilidade de aplicação de sanção
acessória.
(2) Termos da notificação
(a) O campo “Junta-se os termos de notificação” deve-se assinalar quando se procede à entrega dos termos de notificação juntamente com a notificação
do auto.
(b) Os termos de notificação só devem ser entregues juntamente com a notificação quando o infrator é obrigado a efetuar o pagamento voluntário da
coima ou prestar depósito, no ato da fiscalização, o que acontece nas seguintes situações do âmbito da ACT ou do IMT:
(…)
(c) Existem dois modelos de Termos de Notificação para entrega ao arguido/ condutor:
* Modelo A – Este modelo é para ser entregue no âmbito das infrações da competência da ACT.
Este modelo substitui o modelo aprovado pela Circular n.º 17/2011, de 24 de junho, da DO/CO/GNR.
* Modelo B – Este modelo é para ser entregue no âmbito das infrações da competência do IMT:
(…)
No ponto 4º dos termos da notificação de modelo B, o autuante deve assinalar a situação em função do caso em concreto.
(d) Os modelos A e B dos Termos da Notificação, devem ser reproduzidos nas subunidades.
f. Assinatura
(1) Este campo destina-se à assinatura do autuante, testemunhas e arguido/ condutor.
(2) É igualmente destinado à certificação da recusa do arguido/ condutor em receber/ assinar a notificação.
g. Recibo
(1) Este campo destina-se a comprovar o pagamento da coima ou a prestação de depósito no ato da fiscalização, diretamente ao agente autuante.
(2) Na parte superior deve ser mencionada e descrita a quantia recebida pelo autuante.
(3) Na parte inferior, para além da assinatura, posto e número do autuante, nos campos “Tipo” e “Modo” deve-se assinalar uma opção em cada um deles.

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Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

INSTRUÇÃO

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Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

TERMOS DA NOTIFICAÇÃO
Modelo B
Pela presente notificação, fica o arguido, nela identificado, a saber que:
1º É imputado a prática do facto nela descrito, sancionado nos termos das disposições legais também nela referidas.
2º Se a contraordenação for sancionada apenas com coima, com o pagamento voluntário desta, o processo é arquivado, se não
impugnar a autuação no prazo legal.
3º O pagamento voluntário da coima ou a prestação de depósito deve ser efetuado no ato de verificação da contraordenação,
destinando-se o depósito a garantir o pagamento da coima em que o infrator possa ser condenado, bem como das despesas legais
a que houver lugar.
4º Caso o infrator declare que pretende pagar a coima ou prestar depósito e não puder fazê-lo no ato da verificação da
contraordenação, ser-lhe-ão apreendidos provisoriamente:
Documentos relativos ao veículo e à realização do transporte (art.º 32.º n.º 4 DL n.º 3/2001, de 10 de janeiro);

O livrete e título de registo de propriedade ou o certificado de matrícula do veículo (art.º 35.º n.º 3 DL n.º 257/2007, de 16 de
julho);

A carta de condução, o livrete e título de registo de propriedade ou certificado de matrícula do veículo (art.º 29.º n.º 3 DL n.º
126/2009, de 27 de maio);

O livrete e título de registo de propriedade ou o certificado de matrícula do veículo (art.º 9.º n.º 3 DL n.º 169/2009, de 31 de
julho);

O título de condução, o certificado de matrícula do veículo, a ficha de inspeção periódica e a licença do veículo ou equivalentes
e, se existirem, o certificado de formação do condutor e o certificado de aprovação do veículo (art.º 15.º n.º 4 DL n.º 41-A/2010,
de 29 de abril);

5º A apreensão dos documentos mantém-se até ao pagamento da coima ou à prestação de depósito.


6º Se desejar impugnar a autuação, deve apresentar, até 20 (vinte) dias úteis após a data da notificação do Instituto da Mobilidade
e dos Transportes (IMT), defesa escrita e legível, bem como juntar documentos probatórios e arrolar testemunhas.
7º A defesa escrita deve identificar o número do auto respetivo (indicado no campo superior direito da frente da presente notificação), e
deve ser assinada pelo arguido, representante legal ou seu mandatário, devendo ser dirigida ou entregue pessoalmente no servi ço
desconcentrado do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), em cuja área se haja verificado a contraordenação.
8º Se prestar depósito e não impugnar a autuação no prazo legal, o mesmo converte-se automaticamente em pagamento de coima.

INSTRUÇÕES PARA PAGAMENTO

I. O pagamento voluntário da coima, pelo valor mínimo, pode ser efetuado nos seguintes termos:
a) No ato da verificação da infração, diretamente ao agente autuante, mediante recibo e em numerário ou por outros meios de
pagamento de curso legal em Portugal, ou nos 5 (cinco) dias úteis subsequentes à apreensão dos documentos, diretamente à
entidade autuante indicada.
b) Em qualquer altura do processo, mas sempre antes da decisão, no serviço desconcentrado territorialmente competente do Instituto
da Mobilidade e dos Transportes (IMT).
II. A prestação de depósito de quantia igual ao valor mínimo/ máximo (Riscar o que não interessa) da coima prevista para a
contraordenação praticada, pode ser efetuada no ato de verificação da infração, diretamente ao agente autuante, mediante recibo e
em numerário ou por outros meios de pagamento de curso legal em Portugal, ou nos 5 (cinco) dias úteis subsequentes à
apreensão dos documentos, diretamente à entidade autuante indicada

Ofício DGTT n.º 88/99/DAJ, de 26AGO99


Competência para instrução dos processos de contraordenação
“A competência das Câmaras Municipais, para a instrução dos processos por contraordenação a que se refere o n.º 2 do Art.º 27.º do Decreto-Lei n.º
251/98, é atribuída de acordo com o princípio geral do Direito consagrado no Art.º 35.º do Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de outubro c/ nova redação
dada pelo Decreto-Lei n.º 244/95 de 14 de setembro de 1995, ou seja, o princípio da competência territorial.
Assim, os autos de notícia devem ser remetidos para a autoridade administrativa onde se tiver consumado a infração.”
“O exercício da atividade por uma entidade não licenciada nos termos do Art.º 3.º do Decreto-Lei n.º 251/98, constitui infração punida pelo Art.º
28.º do mesmo diploma. (IMT)
A utilização de veículos no exercício da atividade sem estarem averbados no alvará, constitui infração prevista no Art.º 12.º n.º 1 do Decreto-Lei
n.º 251/98, punida pela alínea a) n.º 1 do Art.º 30.º do mesmo diploma. (IMT)
(…)

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Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

PAGAMENTO VOLUNTÁRIO DE COIMA OU PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO


APREENSÕES DE DOCUMENTOS

Aplicável apenas ao EXERCÍCIO DA ATIVIDADE SEM LICENÇA/ ALVARÁ

(com ou sem recurso a sistemas de comunicações eletrónicas, de serviços)

Nota: Quadro retirado da Sebenta Rodoviária elaborada por: “1.º Sargento n.º 2010134 - Nuno Azevedo”

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Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Artigo 28.º - Exercício da atividade sem licença


1 - O exercício da atividade sem o alvará a que se refere o artigo 3.º é punível com coima de € 2.000 a €
4.500, tratando-se de pessoa singular, ou de € 5.000 a € 15.000, tratando-se de pessoa coletiva.
(Ver art.º 3.º DL n.º 251/98)

2 - As coimas previstas no número anterior são fixadas no dobro do valor em caso de reincidência.
3 - Na fixação do montante da coima deve atender-se à gravidade da contraordenação, tendo em conta os
antecedentes do infrator e a sua situação económica, quando for conhecida.
4 - O disposto no presente artigo é aplicável igualmente à prática de angariação, com recurso a sistemas
de comunicações eletrónicas, de serviços para viaturas sem alvará.
5 - Para efeitos do disposto no presente artigo, no ato de fiscalização pela entidade competente, o infrator
é notificado para, de imediato ou no prazo máximo de 48 horas, prestar depósito de valor igual ao mínimo
da coima prevista para a contraordenação imputada.
6 - Caso o infrator não efetue nem o pagamento da coima, nos termos previstos no Código da Estrada,
nem o seu depósito, nos termos do número anterior, devem ser apreendidos, provisoriamente e à ordem
do respetivo processo, os seguintes documentos:
a) O título de condução, se a infração respeitar ao condutor;
b) O título de identificação do veículo, se a infração respeitar ao proprietário do veículo;
c) Os documentos referidos nas alíneas anteriores, se a infração respeitar ao condutor e este for
simultaneamente o proprietário do veículo.
7 - No caso previsto no número anterior, devem ser emitidas guias de substituição dos documentos
apreendidos, com validade pelo tempo julgado necessário e renováveis até à conclusão do processo,
devendo os mesmos ser devolvidos ao infrator se entretanto este proceder ao respetivo pagamento ou
depósito nos termos previstos no n.º 5.
8 - Concluindo-se o processo sem condenação do infrator, é devolvido o valor pago a título de pagamento
voluntário ou o valor que tenha sido depositado, bem como, sendo caso disso, os documentos
provisoriamente apreendidos.

Artigo 29.º - Incumprimento do dever de informação


O incumprimento do disposto no artigo 9.º é punível com coima de 100 € a 300 €.

Artigo 30.º - Exercício irregular da atividade


1 - São puníveis com coima de 2.000 € a 4.500 € as seguintes infrações:
a) A utilização de veículo não licenciado ou não averbado no alvará, ou ainda a utilização,
injustificada, de veículo licenciado em concelho diferente; (Ver art.º 12.º DL n.º 251/98)
b) A viciação do alvará ou da licença do veículo, sem prejuízo da responsabilidade criminal a
que houver lugar.
 A viciação do alvará ou da licença do veículo, sem prejuízo da responsabilidade criminal a que houver lugar (Crime de
Falsificação ou contrafação de documento “Art.º 256.º do Código Penal”).
Inf.: b) n.º 1 art.º 30.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: mesmas disposições
Coima: 2.000 € a 4.500 € - IMT - Auto ao Autor - 4.01.030.01.02

c) A inobservância das normas de identificação e características dos táxis referidas no artigo 10.º

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Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

2 - São puníveis com coima de 150 € a 449 € as seguintes infrações:


a) O incumprimento de qualquer dos regimes de estacionamento previstos no artigo 16.º;
b) (Revogada);
c) A inexistência dos documentos a que se refere o n.º 3 do artigo 12.º;
d) O abandono da exploração do táxi nos termos do artigo 18.º;
e) O incumprimento do disposto no artigo 15.º;
f) O abandono injustificado do veículo em violação do disposto no n.º 1 do artigo 17.º
3 - Na fixação do montante da coima deve atender-se à gravidade da contraordenação, tendo em conta os
antecedentes do infrator e a sua situação económica, quando for conhecida.

Artigo 31.º - Falta de apresentação de documentos


A não apresentação da licença do táxi, do alvará ou da sua cópia certificada no ato de fiscalização
constitui contraordenação e é punível com a coima prevista na alínea c) do n.º 2 do artigo 30.º, salvo se o
documento em falta for apresentado no prazo de oito (8) dias à autoridade indicada pelo agente de
fiscalização, caso em que a coima é de 50 € a 250 €. (Ver n.º 3 art.º 12.º DL n.º 251/98, de 11AGO)

Artigo 32.º - Imputabilidade das infrações


As infrações ao disposto no presente diploma são da responsabilidade do titular do alvará, sem prejuízo
do direito de regresso, salvo a infração prevista no artigo 28.º, que é da responsabilidade do seu autor.

Artigo 33.º - Sanções acessórias


1 - Com a aplicação da coima prevista no artigo 28.º pode ser decretada a sanção acessória de interdição
do exercício de atividade de transportador em táxi.
2 - Com a aplicação de qualquer das coimas previstas no n.º 1 do artigo 30.º pode ser decretada a sanção
acessória de suspensão da licença ou alvará.
3 - As sanções de interdição de exercício da atividade ou de suspensão de licença ou alvará têm a duração
máxima de dois (2) anos.
4 - No caso de suspensão de licença ou alvará, a empresa infratora é notificada para proceder
voluntariamente ao depósito do respetivo alvará no IMT I.P., sob pena de apreensão.

Artigo 34.º - Produto das coimas


O produto das coimas é distribuído da seguinte forma:
a) 20% para a entidade competente para a aplicação da coima, constituindo receita própria;
b) 20% para a entidade fiscalizadora, exceto quando esta não disponha da faculdade de arrecadar
receitas próprias, revertendo neste caso para o Estado;
c) 60% para o Estado.

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Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

CAPÍTULO VII - Disposições finais e transitórias

Artigo 35.º - Modelos das licenças


Os modelos das licenças e dos alvarás previstos no presente diploma são aprovados por despacho do
Presidente do IMT I.P. (Deliberação IMTT n.º 585/2012, de 23ABR)

Deliberação IMTT n.º 585/2012, de 23ABR


(Alterado pelas Deliberações IMT n.os 1538/2014, de 07AGO e 702/2018, de 19JUN)

Unificação dos procedimentos de identificação dos alvarás de acesso às atividades reguladas pelo IMTT I.P.
Os alvarás, as licenças, as autorizações e os certificados emitidos às empresas e demais operadores das atividades transportadoras e das
atividades auxiliares e complementares dos transportes são de grande importância para conferirem segurança jurídica ao desempenho das suas
atribuições e para clarificarem as suas obrigações e direitos no sistema.
Ao longo de décadas, as extintas Direções-Gerais de Transportes Terrestres e de Viação, e o Instituto da Mobilidade e dos
Transportes Terrestres, I. P., foram fixando os diferentes modelos dos referidos títulos habilitantes do acesso à atividade e ao mercado, em
consonância com os diplomas legais aplicáveis e com as circunstâncias materiais e práticas administrativas de cada época.
Importa agora rever, atualizar, harmonizar e simplificar esses modelos dos títulos habilitantes, assegurando a necessária unidade de
imagem, o rigor da informação prestada e a economia dos meios empregues.
Ao longo de décadas, as extintas Direções-Gerais de Transportes Terrestres e de Viação, e o Instituto da Mobilidade e dos
Transportes Terrestres, I. P., foram fixando os diferentes modelos dos referidos títulos habilitantes do acesso à atividade e ao mercado, em
consonância com os diplomas legais aplicáveis e com as circunstâncias materiais e práticas administrativas de cada época.
Importa agora rever, atualizar, harmonizar e simplificar esses modelos dos títulos habilitantes, assegurando a necessária unidade de
imagem, o rigor da informação prestada e a economia dos meios empregues.
Aproveita-se para unificar os procedimentos de identificação dos alvarás de acesso às atividades reguladas, proporcionando a
existência de uma numeração única dos títulos, conveniente para a adequada gestão dos sistemas de informação do IMTT, I. P., e para facilitar a
atividade de fiscalização.
Nestes termos, o Conselho Diretivo do IMTT, I. P., delibera:
1 - São aprovados, como títulos habilitantes das atividades abaixo enumeradas, os modelos anexos à presente deliberação, com as seguintes
referências:

Modelos dos títulos habilitantes do acesso à atividade e ao mercado do Transporte em Táxis


A - Transporte em táxis
Alvará - Mod. 302 IMT Cópia certificada do alvará - Mod. 323 IMT

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Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

2 - Os modelos identificados no número anterior passam a ser utilizados nas novas empresas e nos novos veículos que obtenham a sua
habilitação, e substituirão os anteriormente emitidos com referências e conteúdos equivalentes à medida que ocorra a sua revalidação,
ou a pedido dos seus titulares.
3 - Os títulos habilitantes a que se refere presente deliberação serão impressos em papel branco com dimensão normalizada de 21,0×29,7 cm (A4).
4 - O disposto no número anterior não dispensa que os impressos dos Modelos. 103, 103C, 104, 104C, 105 e 106 - IMTT, por força da
regulamentação comunitária aplicável, tenham ainda uma tonalidade de fundo correspondente ao “pantone” definido para cada caso, e um
mínimo de dois dos seis elementos de segurança inventariados na referida regulamentação.
5 - O logótipo do IMTT, I. P., que consta do canto superior esquerdo dos títulos habilitantes (canto superior direito, no caso dos Modelos. 103,
103C, 104, 104C, 105, 106 e 107 - IMTT) será substituído pelo logótipo que for adotado no contexto da implementação do Instituto da
Mobilidade e dos Transportes, I. P.
6 - É instituída uma série única de numeração dos títulos de acesso à atividade dos setores de transporte em táxis, transporte público em pesados
de passageiros, transporte coletivo de crianças, aluguer sem condutor de veículos de passageiros, transporte de mercadorias por conta de outrem,
prestação de serviços com pronto-socorro, aluguer sem condutor de veículos de mercadorias e atividade transitária, títulos a serem numerados de
000 001 a 999 999, nos seguintes termos:
a) Para o transporte em táxis é utilizada a subsérie de 100 001 a 199 999, devendo ser adicionado 100 000 a todos os números de
alvarás até agora emitidos;
(…)
7 - São revogados os Despachos DGTT n.º 8894/99, de 5MAI, n.º 20489/2001, de 11SET, n.º 12449/2002, de 31MAI, n.º 12635/2002, de
3JUN, n.º 24432/2006, de 28NOV e n.º 24433/2006, de 28NOV, e o Despacho DGV n.º 55/94, de 28JUL.
8 - A presente deliberação entra em vigor em 1 de abril de 2012.

52 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO

Artigo 36.º - Afetação de receitas


Constituem receita própria do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P., os montantes das taxas
fixadas por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e dos transportes
para a emissão do alvará para o exercício da atividade.

Artigo 36.º-A - Dever de comunicação


1 - As câmaras municipais devem comunicar ao IMT I.P. a aprovação e alterações dos regulamentos de
execução do presente diploma, bem como os respetivos contingentes.
2 - As informações referidas no número anterior serão comunicadas pelo IMT I.P. às associações
representativas do setor.

Artigos 37.º a 40.º - (Revogados)

Artigo 41.º - Capacidade financeira


Até à publicação da portaria a que se refere o artigo 7.º, considera-se que todas as empresas
regularmente constituídas, ou que se constituam sob a forma de sociedades comerciais ou cooperativas,
preenchem o requisito de capacidade financeira para efeitos de emissão de alvará para o exercício da
atividade.

Artigo 42.º - Instalação de taxímetros


Por portaria do membro do Governo responsável pelos transportes terrestres será fixado o prazo para a
colocação e aferição de taxímetros nos veículos ligeiros de aluguer que à data da publicação do presente
diploma não estavam sujeitos a esta obrigação. (Ver Portaria n.º 277-A/99, de 15ABR, junto art.º 10.º DL n.º 251/98)

Artigo 43.º - (Revogado)

Artigo 44.º - Norma revogatória


São revogadas todas as disposições aplicáveis aos transportes de aluguer em veículos ligeiros de
passageiros que contrariem o presente diploma, designadamente:
a) O artigo 15.º, §§ 2.º e 3.º, artigo 16.º a artigo 20.º, artigo 24.º a artigo 45.º, artigo 47.º, artigo
49.º e artigo 50.º do Regulamento de Transportes em Automóveis (RTA), aprovado pelo
Decreto n.º 37272/1948, de 31 de dezembro de 1948;
b) A b) do n.º 1 e a b) do n.º 4 do artigo 210.º, bem como a b) do n.º 1 do artigo 211.º do RTA,
com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 378/1997, de 27 de dezembro;
c) O Decreto-Lei n.º 448/1980, de 6 de outubro, e o Decreto-Lei n.º 74/1979, de 4 de abril;
d) O Decreto Regulamentar n.º 34/1978, de 2 de outubro, e o Decreto Regulamentar n.º 52/1980,
de 26 de setembro;
e) As portarias publicadas ao abrigo da legislação ora revogada.

Artigo 45.º - (Revogado)

Escola da Guarda 53
Decreto-Lei n.º 251/98, de 11AGO Táxis

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54 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Lei n.º 6/2013, de 22JAN


Aprova os regimes jurídicos de acesso e exercício da profissão de motorista de táxi e
de certificação das respetivas entidades formadoras
A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o
seguinte:
CAPÍTULO I - Disposição inicial

Artigo 1.º - Objeto


A presente lei aprova os regimes jurídicos de acesso e exercício da profissão de motorista de veículos
ligeiros de passageiros de transporte público de aluguer, também designado por motorista de táxi, e de
certificação das respetivas entidades formadoras, procedendo para tanto:
a) À conformação do regime jurídico da certificação das entidades formadoras com o disposto
no Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, que estabelece os princípios e as regras
necessárias para simplificar o livre acesso e exercício das atividades de serviços e transpõe
para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 12 de dezembro de 2006, relativa aos serviços no mercado interno;
b) À adaptação do regime de acesso e exercício da profissão de motorista de veículos ligeiros de
passageiros de transporte público de aluguer, adiante designado por motorista de táxi, ao
enquadramento legal constante da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, que transpôs para o
ordenamento jurídico nacional a Diretiva n.º 2005/36/CE, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 7 de setembro de 2005, relativa ao reconhecimento das qualificações
profissionais, e do Decreto-Lei n.º 92/2011, de 27 de julho, que criou o sistema de regulação
de acesso a profissões (SRAP).

CAPÍTULO II - Motoristas de táxi

Artigo 2.º - Deveres do motorista de táxi


Constituem deveres do motorista de táxi:
a) Prestar os serviços de transporte que lhe forem solicitados, desde que abrangidos pela
regulamentação aplicável ao exercício da atividade;
 Recusa na prestação de serviços, quando obrigatória.
Inf.: a) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 2 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

b) Obedecer ao sinal de paragem de qualquer potencial utente quando se encontre na situação de


livre;
 Não obedecer ao sinal de paragem de qualquer potencial cliente, quando se encontrar de serviço e livre.
Inf.: b) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 2 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

c) Usar de correção e de urbanidade no trato com os passageiros e terceiros;


 Falta de correção e urbanidade para com os passageiros e terceiros.
Inf.: c) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 2 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

Escola da Guarda 55
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

d) Auxiliar os passageiros que apresentem mobilidade reduzida na entrada e saída do veículo;


 Não auxiliar os passageiros que careçam de cuidados especiais na entrada e saída do veículo.
Inf.: d) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 2 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

e) Acionar o taxímetro no início da prestação do serviço de acordo com as regras estabelecidas e


manter o respetivo mostrador sempre visível;
 Acionar o taxímetro antes do início do serviço.
Inf.: e) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 1 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 250 € a 750 € - IMT - Auto ao Condutor – (Ver art.º 26.º Sanções Acessórias)

 Ocultação do mostrador do taxímetro, devendo o mesmo estar sempre visível.


Inf.: e) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN c/ ref.ª: n.º 2 art.º 11.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Pun.: n.º 1 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 250 € a 750 € - IMT - Auto ao Condutor

f) Colocar o certificado de motorista de táxi (CMT), o CMT provisório ou o comprovativo da


entrega da declaração prévia referida no n.º 2 do artigo 8.º no lado superior direito do para-
brisas, de forma bem visível para os passageiros;
 Condução de táxi por motorista contratado que não tinha colocado o Certificado de Motorista Táxi (CMT), o CMT
provisório ou o comprovativo da entrega da declaração prévia, no lado superior direito do para-brisas, de forma bem visível
para os passageiros, mas era possuidor no ato da fiscalização, ou que o apresentou ao agente fiscalizador no prazo de oito
(8) dias úteis.
Inf.: f) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN c/ ref.ª n.º 3 Despacho IMT n.º 1602/2016, de 02FEV
Pun.: art.º 22.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

 Condução de táxi por motorista, sendo o titular do alvará, e não tinha colocado o Certificado de Motorista Táxi (CMT), o
CMT provisório ou o comprovativo da entrega da declaração prévia, no lado superior direito do para-brisas, de forma bem
visível para os passageiros, mas era possuidor do mesmo no ato da fiscalização, ou que o apresentou ao agente fiscalizador
no prazo de oito (8) dias úteis.
Inf.: f) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN c/ ref.ª n.º 3 Despacho IMT n.º 1602/2016, de 02FEV
Pun.: art.º 22.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Titular do alvará

 Condução de táxi por motorista, que no ato da fiscalização, não tinha colocado o Certificado de Motorista Táxi (CMT), o
CMT provisório ou o comprovativo da entrega da declaração prévia, no lado superior direito do para-brisas, de forma bem
visível para os passageiros, nem possuía o mesmo a bordo. Após ter sido passado Aviso para Apresentação de Documentos,
o mesmo apresentou-o para além do prazo de oito (8) dias úteis.
Pelo motivo de o Condutor não ter apresentado no prazo de oito (8) dias úteis: “Por força do art.º 22.º”
Inf.: f) art.º 2.º e art.º 22.º ambos Lei n.º 6/2013, de 22JAN c/ ref.ª Despacho IMT n.º 1602/2016, de 02FEV
Pun.: art.º 22.º e n.º 1 art.º 21.º ambos Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 625 € a 1.875 € - IMT - Auto ao Condutor

56 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

 Condução de táxi por motorista, que no ato da fiscalização, não tinha colocado o Certificado de Motorista Táxi (CMT), o
CMT provisório ou o comprovativo da entrega da declaração prévia, no lado superior direito do para-brisas, de forma bem
visível para os passageiros, nem possuía o mesmo a bordo. Após ter sido passado Aviso para Apresentação de Documentos,
o mesmo não o apresentou. “São elaborados dois (2) Autos de Contraordenação”
Pelo Condutor não ser titular de CMT:
Inf.: art.º 3.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 1 art.º 21.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 625 € a 1.875 € - IMT - Auto ao Condutor

Pelo Titular do alvará não se ter certificado que o condutor era titular de CMT antes da contratação:
Inf.: art.º 3.º e n.º 2 art.º 21.º ambos da Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: mesmas disposições
Coima: 625 € a 1.875 € (PS) - 1.250 € a 3.740 € (PC) – IMT - Auto ao Titular do alvará

g) Cumprir o regime de preços estabelecido nos termos legais;


(Ver Ofício IGAE n.º 4736/99, de 12AGO - Convenção de Preços de Táxis - n.º 1 art.º 23.º Lei n.º 6/2013)

h) Observar as orientações que o passageiro fornecer quanto ao itinerário e à velocidade, dentro


dos limites em vigor, devendo, na falta de orientações expressas, adotar o percurso mais curto;
 Não observar as orientações que o passageiro fornecer quanto ao itinerário e à velocidade, dentro dos limites em vigor, ou
na falta de orientações, não adotar o percurso mais curto.
Inf.: h) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 2 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

i) Cumprir as condições do serviço de transporte contratado, salvo causa justificativa;


 Não cumprir as condições do serviço de transporte contratado, salvo causa justificativa. (Exemplo: Abandonar o
passageiro antes de o serviço ter terminado)
Inf.: i) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 1 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 250 € a 750 € - IMT - Auto ao Condutor

j) Transportar bagagens pessoais, nos termos estabelecidos, e proceder à respetiva carga e


descarga, incluindo cadeiras de rodas de passageiros deficientes, podendo solicitar aos
passageiros a colaboração que estes possam disponibilizar e apenas nos casos em que se
justifique, nomeadamente em razão do peso ou do volume das bagagens;
 Não transportar as bagagens pessoais, nos termos estabelecidos, incluindo cadeiras de rodas de passageiros deficientes ou
não proceder à carga e descarga.
Inf.: j) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 2 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

k) Transportar cães de assistência de passageiros com deficiência, a título gratuito;


 Recusar o transporte de cães de assistência de passageiros com deficiência, a título gratuito.
Inf.: k) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 2 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

l) Transportar, salvo motivo atendível, designadamente a perigosidade e o estado de saúde ou de


higiene, animais de companhia devidamente acompanhados e acondicionados;
 Recusar o transporte de animais de companhia devidamente acompanhados e acondicionados, salvo motivo atendível.
Inf.: l) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 2 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

Escola da Guarda 57
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

m) Emitir e assinar o recibo comprovativo do valor total do serviço prestado, no momento do


pagamento do serviço respetivo e nos termos da lei, do qual deve constar a identificação, o
endereço e o número de contribuinte da empresa e a matrícula do veículo e, quando solicitado
pelo passageiro, a hora, a origem e o destino do serviço e os suplementos pagos;
 Não emitir e assinar o recibo comprovativo do valor total do serviço prestado, no momento do pagamento do serviço
respetivo e nos termos da lei, do qual deve constar a identificação, o endereço e o número de contribuinte da empresa e a
matrícula do veículo e, quando solicitado pelo passageiro, a hora, a origem e o destino do serviço e os suplementos pagos.
Inf.: m) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 1 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 250 € a 750 € - IMT - Auto ao Condutor

n) Não instar os transeuntes para a aceitação dos seus serviços;


 Instar os transeuntes para a aceitação dos seus serviços (Pedir com insistência; solicitar reiteradamente, insistir...).
Inf.: n) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 2 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

o) Facilitar o pagamento do serviço prestado, devendo para o efeito dispor de numerário que
permita realizar qualquer troco até ao montante mínimo de € 20;
 Não facilitar o pagamento do serviço prestado, não dispondo de numerário até ao montante mínimo de € 20 que permita
realizar qualquer troco.
Inf.: o) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 3 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 25 € a 75 € - IMT - Auto ao Condutor

p) Proceder diligentemente à entrega na autoridade policial de objetos deixados no veículo,


podendo também fazê-la ao passageiro, desde que por este solicitado e mediante pagamento
do respetivo serviço, se o motorista de táxi entender que deve haver lugar a este pagamento;
 Não proceder diligentemente à entrega na autoridade policial ou ao próprio passageiro, se por este solicitado e mediante
pagamento do respetivo serviço, se o motorista de táxi entender que deve haver lugar a este pagamento, de objetos
deixados no veículo.
Inf.: p) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 2 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

q) Cuidar da sua apresentação pessoal;


 Não cuidar da sua apresentação pessoal estando a efetuar serviço.
Inf.: q) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 3 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 25 € a 75 € - IMT - Auto ao Condutor

r) Diligenciar pelo asseio interior e exterior do veículo;


 Não diligenciar pelo asseio interior e exterior do veículo.
Inf.: r) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 3 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 25 € a 75 € - IMT - Auto ao Condutor

s) Não se fazer acompanhar por pessoas estranhas ao serviço;


 Fazer-se acompanhar de pessoas estranhas ao serviço.
Inf.: s) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 2 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

58 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

t) Informar o passageiro da alteração de tarifa, em trajetos que envolvam várias tarifas.


 Não informar o passageiro da alteração de tarifa, em trajetos que envolvam várias tarifas.
Inf.: t) art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 2 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 50 € a 150 € - IMT - Auto ao Condutor

CÓDIGO DA ESTRADA
 Transporte de pessoas em número que exceda a lotação do veículo.
Inf.: n.º 3 art.º 54.º CE
Pun.: n.º 6 art.º 54.º CE
1.86.054.03.01 - LEVE - ANSR - Coima: € 60 a € 300 (aplicável por cada pessoa transportada indevidamente).

 Transporte de pessoa (ou pessoas) de modo a comprometer a sua segurança (ou a segurança da condução).
Inf.: n.º 3 art.º 54.º CE
Pun.: n.º 6 art.º 54.º CE
1.86.054.03.02 - LEVE – ANSR - Coima: € 60 a € 300 (aplicável por cada pessoa transportada indevidamente).

 Transporte de passageiro (ou passageiros) fora dos assentos.


Inf.: n.º 4 art.º 54.º CE
Pun.: n.º 6 art.º 54.º CE
1.86.054.04.01 - LEVE - ANSR - Coima: € 60 a € 300 (aplicável por cada pessoa transportada indevidamente).

 Transporte de crianças com menos de doze (12) anos de idade e com menos de 135 cm de altura no banco da frente de
automóvel destinado ao transporte público de passageiros.
Inf.: n.º 5 art.º 55.º CE
Pun.: n.º 6 art.º 55.º CE
1.86.055.05.01 - LEVE - ANSR - Coima: € 120 a € 600 (aplicável por cada pessoa transportada indevidamente).
NOTA: Nos termos do n.º 5 do art.º 55.º CE, podem ser transportadas crianças, em veículos destinados ao transporte público de passageiros (táxis), nos bancos da
retaguarda, sem a observância/ utilização de sistema de retenção homologado e adaptado ao seu tamanho e peso.

ANOTAÇÃO
Dispensa do uso de cinto de segurança
O DL n.º 170-A/2014, de 07NOV, que estabelece o regime jurídico da homologação e utilização dos cintos de segurança e dos
sistemas de retenção para crianças em veículos rodoviários, no seu artigo 10.º, refere que estão dispensados do uso obrigatório do cinto de
segurança, dentro das localidades, diversos condutores, entre os quais os condutores de táxis, quando transportem passageiros.
Assim, em ato de fiscalização, um condutor de táxi que circule dentro de localidade, não transportando passageiros e não faça uso do
cinto de segurança, está em incumprimento das disposições do artigo 82.º do Código da Estrada, nomeadamente:
 Não utilização (ou utilização incorreta) do cinto de segurança pelo condutor do táxi, dentro de localidade, quando não
transporte passageiros.
Inf.: n.º 1 art.º 82.º do CE conj. b) art.º 10.º DL n.º 170-A/2014, de 07NOV
Pun.: n.º 6 art.º 82.º do CE
Coima: 120 € a 600 € - ANSR - Auto ao Condutor
1.86.082.01.01 - LEVE

 Não utilização (ou utilização incorreta) do cinto (ou de outro dispositivo) de segurança pelo condutor do táxi (ou pelo
passageiro transportado no automóvel).
Inf.: n.º 1 art.º 82.º CE
Pun.: n.º 6 art.º 82.º CE
1.86.082.01.01 - LEVE - ANSR - Coima: € 120 a € 600

Escola da Guarda 59
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

 Condução de automóveis ligeiro de passageiros de aluguer, por titular de carta de condução das categorias B e/ou BE,
sem ter inscrito, na sua carta de condução, o código nacional “997” ou não tendo averbado no respetivo título a menção
“Grupo 2” exigida pela legislação anterior.
Inf.: n.º 3 art.º 123.º do CE conj. n.º 2 art.º 22.º DL n.º 138/2012, de 05JUL alt. DL n.º 40/2016, de 29JUL
Pun.: n.º 3 art.º 123.º do CE
Coima: 500 € a 2.500 € - ANSR - Auto ao Condutor
3.86.123.03.01 – MUITO GRAVE “p) art.º 146.º”

NOTA: O averbamento do “Grupo 2” exigida pela anterior legislação ou do novo código nacional 997, na carta de condução, aplica-se apenas aos titulares da categoria B
e BE que exerçam a condução de ambulâncias, veículos de bombeiros, de transportes de doentes, transporte escolar e de automóveis ligeiros de passageiros de
aluguer, previsto no n.º 1 do Art.º 22.º do RHLC, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 138/2012, de 5 de Julho, e desde que estes mesmos condutores não possuam
averbada na carta de condução a categoria C ou D, ou possuindo-a, esta não esteja válida.
Por automóvel ligeiro de passageiros de aluguer, deve-se entender apenas os TÁXI (letra A e T).

Ofício IGAE n.º 4736/99, de 12AGO, c/ ref.ª E/10366/99/GEPAJ


Prática de preços ou taxas superiores ao legalmente estabelecido nos táxis
(Resposta da IGAE ao pedido de esclarecimento do GEP-BT/GNR)
O regime de preços praticados pelos transportadores em Táxi é fixado anualmente por Convenção realizada entre a Direção Geral de
Concorrência e as Associações Profissionais.
Nos regimes jurídicos criados pelos DL n.os 263/98, de 19AGO e DL n.º 251/98, de 11AGO, apenas o DL n.º 263/98 (republicado
pelo DL n.º 298/2003, de 21NOV), relacionado com o exercício da profissão de motorista, é feita alusão ao regime de preços praticados prevendo
nos art.º 5.º alínea g) e art.º 11.º, n.º 1 a infração e punição com coima de 250 € a 750 €, aplicável ao motorista. Através de um pedido de
esclarecimento formulado pela Unidade (BT/ GEP), à Inspeção-Geral das Atividades Económicas esclareceu que, não obstante o regime
contraordenacional constante do DL n.º 263/98, de 19AGO, continuar, no entender daquela Direção, plenamente aplicável o art.º 35.º do DL n.º
28/84, de 20JAN (crime de especulação) à conduta ilícita praticada pelos transportadores em táxi, sempre que cobram preços superiores aos
estabelecidos em tabelas previamente aprovadas para o efeito. (Convenção de Preços do Serviço de Transporte de Passageiros em Táxi)
Nesses casos existirá por certo concurso entre o crime e a contraordenação, que será dirimido de acordo com as regras do Regime
Geral das contraordenações, constante do DL n.º 433/82, de 27OUT, e subsequentes alterações.
A este propósito o art.º 20.º do DL n.º 433/82 refere que:
“Se o mesmo facto constituir simultaneamente crime e contraordenação, será o agente sempre punido a título de crime, sem prejuízo
da aplicação das sanções acessórias previstas para a contraordenação”

Prática de preços de serviço em táxi superiores ao legalmente fixado


(Acórdão de 17.11.1999, do Tribunal da Relação de Lisboa)
Transcreve-se a parte julgada de maior interesse do Acórdão

“Crime de especulação”
Transporte em táxi
A conduta dum motorista de táxi que presta serviços por preços superiores ao permitido pelo respetivo regime legal, constitui um
crime de especulação p.p. artigo 35.º do Decreto-Lei n.º 28/84, de 20 de outubro e não um ilícito contraordenacional do artigo 11.º, n.º 1, a) do
Decreto-Lei n.º 263/98, de 19 de agosto [Atual n.º 1 art.º 23.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN, por infração à g) do art.º 2.º do mesmo diploma].

OBSERVAÇÃO
1. Apesar do conteúdo dos acórdãos do Tribunal da Relação de Lisboa só terem valor legal se constarem numa certidão emitida por aquele tribunal, ou numa publicação
devidamente autorizada.
2. Considerando que, a entidade competente (IMT I.P.) para o processamento das contraordenações em matéria da Lei n.º 6/2013, de 22JAN (Táxis), e Inspeção Geral
das Atividades Económicas para o processamento dos autos de contraordenação ao DL n.º 28/84, de 20 JAN (infrações antieconómicas - preços) corroboram da decisão
judicial do TRL, deve seguir-se, para já, tal orientação jurisprudencial.
3. Devendo-se portanto elaborar auto de notícia por crime de especulação previsto no art.º 35.º DL n.º 28/84, de 20JAN, alterado pelos
DL n.os 347/89, de 12OUT; DL n.º 6/95, de 17JAN; DL n.º 20/99, de 28JAN; DL n.º 162/99, de 13MAI e Declaração de Retificação n.º
10-AF/99, de 31MAI, sem prejuízo da aplicação das sanções acessórias previstas no art.º 26.º da Lei n.º 6/2013, de 22JAN.

60 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Decreto-Lei n.º 297/92, de 31DEC


Estabelece o regime de preços aos serviços prestados pela indústria de exploração de transportes de aluguer
em automóveis ligeiros de passageiros, com ou sem distintivo, através de Convenção

O regime dos denominados «preços administrativos» tem sido gradualmente eliminado, por forma a privilegiar outros
regimes mais flexíveis e desburocratizados.
No caso particular dos táxis, a necessidade de garantir aos cidadãos que os utilizam o conhecimento prévio de todas as
condições de transporte recomenda que a intervenção do Estado ainda se mantenha, mas de forma mais atenuada.
Recorre-se, pois, uma vez mais, ao sistema de preços convencionais, regime em que as associações empresariais têm um
papel simultaneamente mais ativo e responsável, mantendo-se todas as garantias de controlo e transparência perante os utilizadores.
Assim:
Nos termos da alínea a) do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.º
Os serviços prestados pela indústria de exploração de transportes de aluguer em automóveis ligeiros de passageiros, com ou sem
distintivo, ficam sujeitos ao regime de preços estabelecido pelo presente diploma.

Artigo 2.º
1 - O regime de preços consiste na fixação do tarifário dos serviços que o presente diploma respeita, bem como dos princípios de
aplicação do mesmo, através de convenção a acordar entre a Administração, representada pela Direção-Geral da Concorrência e
Preços (DGCP), e as associações representativas das empresas do setor, ouvido o IMT I.P.
2 - As tarifas, a elaborar de acordo com o disposto na convenção, devem ser enviadas ao IMT I.P. no prazo máximo de 15 dias
após a entrada em vigor da mesma.
3 - A convenção entrará em vigor no dia seguinte à sua homologação pelo membro do Governo responsável em matéria de preços.
4 - Qualquer agente económico não filiado nas associações signatárias da convenção pode pedir, através de carta registada e com
aviso de receção, à DGCP para praticar o tarifário acordado, sendo-lhe igualmente aplicáveis todas as condições constantes da
convenção.
5 - Os agentes económicos referidos no número anterior poderão começar a praticar os preços resultantes da convenção 10 dias
após a data do pedido efetuado.
6 - Até que entrem em vigor os novos preços estabelecidos na primeira convenção, ou até que os agentes económicos referidos no
número anterior passem a ser abrangidos pelos mesmos, continuarão a ser praticadas as tarifas resultantes da aplicação do
Despacho Normativo n.º 19/92, de 1 de fevereiro.

Artigo 3.º
1 - Cada convenção vigorará pelo período que nela for acordado, podendo ser denunciada nos termos que se encontrarem
previstos na mesma.
2 - Nos casos de denúncia da convenção, ou do termo da sua vigência, continuarão em vigor os preços dela resultantes até
nova convenção ser acordada e os novos preços entrarem em vigor, nos termos dos n.os 1 e 3 do artigo anterior.

Artigo 4.º
Os preços convencionados serão divulgados nos termos acordados na convenção, sem prejuízo do disposto na lei geral.

Artigo 5.º
É revogado o n.º 3 da lista anexa ao Decreto-Lei n.º 415-A/86, de 17 de dezembro.

Escola da Guarda 61
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

Ministério da Economia e do Emprego


Secretaria de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação
Direção-Geral das Atividades Económicas
Convenção de Preços do Serviço de Transporte de Passageiros em Táxi (2013/ 2014)
(ESTA CONVENÇÃO PERMANECE EM VIGOR UMA VEZ QUE CONTINUAM AS NEGOCIAÇÕES ENTRE AS
ENTIDADES INTERESSADAS E AINDA NÃO CHEGARAM A CONSENSO) - 2016
Entre:
a) a Direção-Geral das Atividades Económicas, em representação da Administração;
b) a ANTRAL - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros;
c) a Federação Portuguesa do Táxi – F.P.T.

Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei n.º 297/92, de 31 de dezembro, ouvido o IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P., é
celebrada a presente Convenção que se regerá pelas seguintes cláusulas:

Cláusula 1.ª
A presente Convenção aplica-se à prestação do serviço de transporte de passageiros em táxi, incluindo os veículos isentos de distintivo.

Cláusula 2.ª
Entende-se por sistema tarifário o conjunto dos preços e princípios de aplicação dos mesmos, constantes do anexo a esta Convenção.

Cláusula 3.ª
1. As tarifas a aplicar são as constantes do sistema tarifário anexo à presente Convenção de que faz parte integrante, sendo as tarifas urbana e ao
quilómetro compostas de uma bandeirada e de frações de percurso e de tempo, calculadas, respetivamente, em função dos preços negociados para
o quilómetro e para a hora de espera.
2. Por Adenda à presente Convenção podem ser estabelecidos preços para determinados itinerários para serviço transporte em táxi a percurso.

Cláusula 4.ª
1. Nos transportes em táxi, será aplicada a mesma designação de tarifa para o serviço diurno (das 6 horas às 21 horas dos dias úteis) e para o
serviço noturno (das 21 às 6 horas do dia seguinte, e aos sábados, domingos e feriados nacionais durante as 24 horas), sendo que a tarifa noturna é
agravada nos termos do previsto no Anexo a esta Convenção.
2. Não se aplica aos veículos sem distintivo o que se encontra previsto no n.º 1. Estes veículos utilizam iguais preços do quilómetro e da hora de
espera, independentemente da hora e do dia da semana em que prestam o serviço, ou de ser ou não feriado nacional.
3. O motorista, no caso de trajetos que envolvam vários tipos de tarifas, deverá avisar o cliente do momento em que é feita a alteração da tarifa a
aplicar.
4. Nos serviços que envolvam o pagamento de portagens, serão as mesmas suportadas pelo cliente.

Cláusula 5.ª
1. Se o cliente solicitar um serviço com retorno em vazio (tarifa 3) e no fim do percurso decidir regressar ao local de partida, o motorista colocará
o taxímetro na posição de pagamento, findo o percurso, passará o recibo e transportará, de seguida, o cliente sem mais encargos até ao local de
partida, ou até ao limite da sua zona de atuação.
2. Caso o cliente solicite um serviço com retorno ocupado (tarifa 5) e no decurso do serviço pretenda dar o mesmo por terminado, o motorista
cobrará o dobro do valor marcado no taxímetro, expurgado da bandeirada e de eventuais suplementos que hajam sido introduzidos. A bandeirada
só não será expurgada do valor a pagar, para os serviços prestados por táxis que apenas utilizam as tarifas 3 e 5.
3. Nos táxis que utilizem apenas as tarifas 3 e 5, quando da prestação de um serviço que implique deslocações a várias localidades sem que o
cliente retorne ao local de partida, o motorista fará o percurso utilizando as tarifas que se adaptem às circunstâncias do serviço (3 ou 5). Para este
efeito, poderá passar, sempre que necessário, da tarifa 3 para a tarifa 5, ou vice-versa.
4. A tarifa à hora (tarifa 6), em função da duração do serviço, só pode ser adotada desde que a sua utilização seja previamente acordada entre as
partes.

Cláusula 6.ª
1. Quando o peso ou a dimensão dos volumes transportados obrigarem à utilização do porta-bagagem ou da grade do tejadilho do veículo, o
motorista poderá cobrar um suplemento, cujo valor se encontra definido em anexo.
2. Excetua-se do previsto no número anterior, o transporte de volumes que não ultrapassem as dimensões de 55x35x20cm, o transporte no porta-
bagagem ou na grade do tejadilho da cadeira de rodas ou outro meio de marcha dos utentes com mobilidade reduzida, bem como carrinhos e
acessórios para transporte de crianças, enquanto passageiros do táxi.
3. Salvo motivo atendível, designadamente, a perigosidade, o estado de saúde ou de higiene, não poderá ser recusado o transporte de animais de
companhia, “cães e gatos”, desde que devidamente acompanhados e acondicionados. Nestes casos poderá ser cobrado um suplemento, cujo valor
se encontra definido em anexo. Está isento de pagamento de suplemento o transporte do cão que serve de guia a cliente invisual.

Cláusula 7.ª
A contratação de um serviço via telefone colocado nas praças, por telemóvel ou central radiotáxi, processar-se-á nas seguintes condições:
1. Nos veículos com estacionamento fixo, o motorista poderá acionar o taxímetro a partir do local de estacionamento.
2. Nos veículos com estacionamento livre ou condicionado é cobrado um suplemento cujo valor se encontra definido em anexo, devendo o
motorista só acionar o taxímetro no local de chamada, exceto se pertencer a outra freguesia, conjunto de freguesias ou concelho onde esteja
autorizado a estacionar, situação em que o taxímetro é acionado no limite da sua zona.

62 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Cláusula 8.ª
Não é permitido ao motorista a recusa da prestação de serviço que lhe é solicitado a não ser nos casos previstos na legislação em vigor.

Cláusula 9.ª
1. É obrigatória a emissão de recibo comprovativo do valor total do serviço prestado, o qual, nos termos da lei, deverá conter o nome e morada
do proprietário, o respetivo número de contribuinte e a matrícula do veículo. Os recibos, que serão assinados pelo motorista, deverão ainda
conter, sempre que solicitado pelo passageiro, a hora, a origem e destino do serviço e, se for caso disso, os suplementos pagos.
2. Para efeitos do número anterior deverá ser utilizado um modelo que discrimine as várias parcelas, o qual poderá ser emitido por impressora.

Cláusula 10.ª
1. Todos os táxis e veículos isentos de distintivo devem ter a bordo o clausulado da Convenção, a tipologia e princípios de aplicação e tarifas,
devidamente autenticado com o selo branco de uma das associações outorgantes ou da Direção-Geral das Atividades Económicas.
2. A partir da verificação do taxímetro, os táxis deverão exibir uma “informação ao utente” impressa em suporte autocolante não transparente,
afixada no vidro traseiro lateral esquerdo, virada para o respetivo interior, que contenha as informações necessárias ao esclarecimento do sistema
tarifário em vigor anexo à presente Convenção. Os autocolantes são emitidos pelas Associações, tendo no verso a indicação da entidade emissora.
3. Todos os veículos homologados para o transporte de mais de quatro passageiros, deverão ter afixada de forma bem visível essa indicação,
bem como a referência de que a sua utilização implica o pagamento de uma tarifa mais elevada do que a praticada nos táxis com lotação inferior.
Essa afixação far-se-á, cumulativamente, no lado direito do para-brisas, e no vidro da porta traseira direita, sempre com leitura quer do interior
quer do exterior. O respetivo modelo consta de anexo à Convenção.
4. O disposto nos números 2 e 3 não se aplica aos veículos isentos de distintivo.
5. Todos os veículos de mais de quatro passageiros, quando na situação de “livre”, deverão ter sempre expostos e disponíveis para utilização,
todos os lugares constantes do respetivo Livrete/ Documento Único.

Cláusula 11.ª
1. O novo tarifário entrará em vigor no dia 1 de janeiro de 2013 e só poderá ser aplicado após programação, verificação metrológica e respetiva
selagem do taxímetro.
2. A pré-programação do novo tarifário, a verificação metrológica e respetiva selagem dos taxímetros deverá ser efetuada até 31DEC12.
3. Os veículos afetos a localidades onde vigore a tarifa urbana, serão programados com as tarifas 1, 3, 5 e 6 e os suplementos de chamada
telefónica, de bagagem, e de transporte de animais; os referidos suplementos deverão, obrigatoriamente, ser acionados pelo condutor no início do
percurso, ficando bloqueada a sua introdução percorridos 100 metros; as tarifas 3 e 5 serão programadas nestes veículos sem o valor da
bandeirada, uma vez que estes veículos sempre iniciam os serviços com a tarifa 1.
4. Os veículos afetos a localidades onde apenas vigore a tarifa ao km, serão programados com as tarifas 3, 5 e 6 e os suplementos referidos no n.º
3, que funcionarão nos mesmos moldes, à exceção do suplemento de chamada telefónica nos veículos com regime de estacionamento fixo.
5. Sempre que o cliente, no decorrer do percurso, usar um serviço que implique a cobrança de um suplemento, o valor do mesmo será cobrado
independentemente do valor contado no taxímetro, desde que o motorista avise previamente o cliente.
6. Sempre que houver suplementos a pagar na acumulação destes com o valor a cobrar pelo percurso efetuado, deve mediar um espaço de tempo,
de pelo menos 6 segundos, por forma a que o cliente se possa aperceber das várias parcelas “a pagar”, indicadas no taxímetro.
7. A partir da posição “a pagar” o taxímetro deverá ser bloqueado de forma a não poder ser reposto numa posição tarifária qualquer sem passar
pela posição “livre”.

Cláusula 12.ª
Constituem Anexos da presente Convenção o sistema tarifário a que se refere a Cláusula 2.ª, o modelo de autocolante com a “informação ao
utente” a que se refere o n.º 2 da Cláusula 10.ª e o modelo de autocolante da informação da lotação dos veículos homologados para o
transporte de mais de quatro passageiros, nos termos do n.º 3 da Cláusula 10.ª

Cláusula 13.ª
1. As tarifas convencionadas referentes ao sistema tarifário, bem como os restantes anexos à Convenção, devem ser divulgados, previamente à
entrada em vigor da presente Convenção, através dos meios de comunicação social.
2. A DGAE promoverá a divulgação desta Convenção e dos respetivos anexos, junto de todas as entidades fiscalizadoras, com o pedido expresso
de divulgação pelas Câmaras Municipais das respetivas jurisdições, e organismos interessados na sua aplicação.
3. A presente Convenção de Preços encontra-se integralmente disponível no sítio da Internet da Direção-Geral das Atividades Económicas,
www.dgae.min-economia.pt, bem como nos respetivos sítios da ANTRAL, www.antral.pt e da FPT www.fptaxi.pt.

Cláusula 14.ª
Às infrações ao previsto na presente Convenção é aplicável o disposto no DL n.º 251/98, de 11 de agosto, alt. e republicado pelo DL n.º 41/2003,
de 11 de março, e no DL n.º 263/98, de 19 de agosto, alterado e republicado pelo DL n.º 298/2003, de 21 de novembro.

Cláusula 15.ª
A presente Convenção substitui a anterior e vigorará até 31 de dezembro de 2014, podendo vir a ser denunciada perante a ocorrência
de alterações à regulamentação aplicável aos transportes em táxi, com incidência tarifária, ou em condições gerais, por qualquer das
partes com uma antecedência mínima de 90 dias.

Cláusula 16.ª
De acordo com o previsto no n.º 2 do art.º 3.º do Decreto-Lei n.º 297/92, de 31 de dezembro, nos casos de denúncia da presente Convenção,
ou do termo da sua vigência, continuarão em vigor os preços e condições nela previstos até ao dia seguinte à homologação de uma nova
Convenção que haja sido negociada, pelo competente membro do Governo.

Assinada em 27 de dezembro de 2012

Escola da Guarda 63
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

ANEXO
Sistema Tarifário
Tipologia de Tarifas e Princípios de Aplicação
Os preços a pagar pelos serviços de transporte em táxi são determinados, consoante o tipo de tarifa, da seguinte forma:

Tarifa Urbana - identificada pelo algarismo 1

 Diurna - em função de um valor inicial (bandeirada), de frações de distância percorrida e de tempos de espera, aplicada
nos dias úteis entre as 6 e as 21 horas;
 Noturna - em função de um valor inicial (bandeirada), de frações de distância percorrida e de tempos de espera, aplicada
nos dias úteis entre as 21 horas de um dia e as 6 horas do dia seguinte e aos sábados domingos e feriados
nacionais.

Por despacho do Presidente do Instituto da Mobilidade e dos Transportes I.P., ouvida a Direção-Geral das Atividades Económicas
e as Associações do setor poderá ser autorizada a prática da tarifa urbana em freguesias ou grupos de freguesias (coroas) de um
concelho, a pedido da respetiva Câmara Municipal. Nas freguesias ou grupos de freguesias (coroas) onde se aplica a tarifa urbana
haverá mudança para a tarifa ao quilómetro quando os táxis realizarem serviços para fora da área a que estão afetos.

Tarifa ao quilómetro com retorno em vazio - identificada com o algarismo 3

 Diurna - em função de um valor inicial (bandeirada), de frações de distâncias percorrida incluindo o retorno em vazio e
de tempos de espera, aplicada onde não esteja autorizada a tarifa urbana, nos dias úteis entre as 6 e as 21 horas;
 Noturna - em função de um valor inicial (bandeirada), de frações de distâncias percorrida incluindo o retorno em vazio e
de tempos de espera, aplicada onde não esteja autorizada a tarifa urbana, nos dias úteis entre as 21 horas de um
dia e as 6 horas do dia seguinte e aos sábados domingos e feriados nacionais.

Tarifa ao quilómetro com retorno ocupado - identificada, com o algarismo 5

 Diurna - em função de um valor inicial (bandeirada), de frações de distância percorrida e de tempos de espera, quando o
cliente regresse à localidade de início do serviço, aplicada onde não esteja autorizada a tarifa urbana, nos dias
úteis entre as 6 e as 21 horas;
 Noturna - em função de um valor inicial (bandeirada), de frações de distância percorrida e de tempos de espera, quando o
cliente regresse à localidade de início do serviço, aplicada onde não esteja autorizada a tarifa urbana, nos dias
úteis entre as 21 horas de um dia e as 6 horas do dia seguinte e aos sábados domingos e feriados nacionais.

Tarifa do serviço à hora - identificada com o algarismo 6

Tarifa em função da duração do serviço, que só pode ser adotada, desde que a sua utilização seja previamente acordada entre as
partes, podendo aplicar-se, nomeadamente, em serviços por ocasião de casamentos, batizados, funerais e outros eventos sociais e
culturais.

Tarifa a contrato - identificada com a letra C

Tarifa em função de acordo, reduzido a escrito, estabelecido por prazo não inferior a trinta (30) dias, onde constem
obrigatoriamente o respetivo prazo, a identificação das partes e o preço acordado.

Tarifa a percurso - identificada com a letra P

Tarifa em função dos preços estabelecidos para determinados itinerários, em adenda à convenção de preços.

64 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Tarifas a Aplicar
Tarifa urbana
Bandeirada Preço/Km Preço/hora Frações
Número de lugares Tarifas Metros Euros Euros Euros Metros Euros Segundos Euros
- 4 Passageiros Tarifa 1
- diurna 1800 3,25 0,47 14,80 212,77 0,10 24,0 0,10
- noturna 1440 3,90 0,56 14,80 178,57 0,10 24,0 0,10
- Mais de 4 passag. Tarifa 1
- diurna 1800 3,25 0,61 14,80 163,93 0,10 24,0 0,10
- noturna 1440 3,90 0,73 14,80 136,99 0,10 24,0 0,10
Veículos s/ distintivo:
- 4 Passageiros 1440 3,90 0,56 14,80 178,57 0,10 24,0 0,10
- Mais de 4 passag. 1440 3,90 0,67 14,80 149,25 0,10 24,0 0,10

Tarifa ao Quilómetro
Bandeirada Preço/Km Preço/hora FRACÇÕES
Número de lugares Tarifas Metros Euros Euros Euros Metros Euros Segundos Euros
- 4 Passageiros Tarifa 3
(retorno em vazio)
- diurna 1800 3,25 0,94 14,80 106,38 0,10 24,0 0,10
- noturna 1800 3,90 1,13 14,80 88,50 0,10 24,0 0,10
Tarifa 5
(retorno ocupado)
- diurna 3600 3,25 0,47 14,80 212,77 0,10 24,0 0,10
- noturna 3600 3,90 0,56 14,80 178,57 0,10 24,0 0,10

- Mais de 4 passag. Tarifa 3


(retorno em vazio)
- diurna 1400 3,25 1,21 14,80 82,65 0,10 24,0 0,10
- noturna 1400 3,90 1,45 14,80 68,97 0,10 24,0 0,10
Tarifa 5
(retorno ocupado)
- diurna 2800 3,25 0,61 14,80 163,93 0,10 24,0 0,10
- noturna 2800 3,90 0,73 14,80 136,99 0,10 24,0 0,10

Veículos s/ distintivo
- Tarifa c/ 1440 3,90 1,14 14,80 87,72 0,10 24,0 0,10
- 4 Passageiros retorno vazio
- Tarifa c/
retorno 2880 3,90 0,57 14,80 175,43 0,10 24,0 0,10
ocupado

- Tarifa c/ 1400 3,90 1,30 14,80 76,92 0,10 24,0 0,10


- Mais de 4 passag.
retorno vazio
- Tarifa c/
retorno 2800 3,90 0,65 14,80 153,84 0,10 24,0 0,10
ocupado

Tarifa do Serviço à hora (Tarifa 6)


TIPO DE VEÍCULO 1.ª Hora (em euros) ½ Hora (em euros)
- 4 Passageiros 8,35 4,18
- Mais de 4 passageiros 9,80 4,90

Veículos s/ distintivo
- 4 Passageiros 11,70 5,85
- Mais de 4 passageiros 13,55 6,78

Suplementos
TIPO VALOR
Bagagem € 1,60
Animais domésticos € 1,60
Suplemento de chamada
(estacionamento livre ou condicionado) € 0,80

Escola da Guarda 65
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

AUTOCOLANTE DO SISTEMA TARIFÁRIO - 4 PASSAGEIROS

AUTOCOLANTE DO SISTEMA TARIFÁRIO - MAIS DE 4 PASSAGEIROS

66 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

DÍSTICO OBRIGATÓRIO PARA TÁXIS COM MAIS DE 4 PASSAGEIROS

Escola da Guarda 67
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

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68 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Portaria n.º 397/97, de 18JUN


Obrigatoriedade de indicação de preços
Considerando a necessidade de proteção dos consumidores em matéria de indicação de preços de serviços;
Ao abrigo do n.º 4 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 138/90, de 26 de abril:
Manda o Governo pelos Ministros do Equipamento, do Planeamento e da Administração do Território, da Economia e do Ambiente, o seguinte;
1.º Fica sujeito à obrigatoriedade de indicação de preços, a que se refere o artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 138/90, 26 de abril, o transporte de
passageiros em veículos ligeiros em regime de aluguer no serviço ao quilómetro e à hora.
2.º Deverá constar de um autocolante afixado no vidro traseiro lateral esquerdo do veículo, virado para o respetivo interior, informação relativa às
tarifas e suplementos em vigor e suas condições de aplicação, resultantes das condições estabelecidas em convenção celebrada ao abrigo do
disposto no Decreto-Lei n.º 297/92, de 31 dezembro. (Cláusula 10.ª da Convenção de Preços do Serviço de Transporte de Passageiros em Táxi)
3.º O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

DL n.º 138/90, de 26ABR


(Alterado pelo DL n.º 162/99, de 13MAI)

Obrigatoriedade de indicação de preços


(…)
Artigo 1.º
Indicação de preços
1 - Todos os bens destinados à venda a retalho devem exibir o respetivo preço de venda ao consumidor.

(…)
Artigo 9.º
Regulamentação especial
Relativamente aos bens ou serviços para os quais exista regulamentação específica, prevalece essa regulamentação quando não contrarie o disposto
no presente diploma e dela resulte uma melhor informação para o consumidor.

Artigo 10.º
Indicação dos preços dos serviços
1 - Os preços de toda a prestação de serviços, seja qual for a sua natureza, devem constar de listas ou cartazes afixados, de forma visível, no lugar
onde os serviços são propostos ou prestados ao consumidor, sendo aplicável o n.º 5 do artigo 1.º
2 - Sempre que sejam numerosos os serviços propostos e existam condições muito diversas que não permitam uma afixação de preços
perfeitamente clara, este documento pode ser substituído por um catálogo completo, restringindo-se neste caso a obrigação de afixação em cartaz
prevista no número anterior à informação de que tal catálogo se encontra à disposição do público.
3 - Nos serviços prestados à hora, à percentagem, à tarifa ou segundo qualquer outro critério, os preços devem ser sempre indicados com
referência ao critério utilizado; havendo taxas de deslocação ou outras previamente estabelecidas, devem as mesmas ser indicadas especificamente.
4 - Sem prejuízo da obrigação de indicação de preços dos serviços prevista no presente artigo, sempre que se justifique, pode o Governo
estabelecer, por portaria conjunta dos membros do Governo que tutelam as áreas de defesa do consumidor, do comércio e do setor de atividade
em causa, os termos em que essa obrigação deve ser cumprida no que respeita a serviços diferentes dos previstos no artigo anterior.

(…)
 Falta de autocolante afixado no vidro lateral esquerdo do veículo, virado para o interior, com a informação relativa às
diferentes tarifas e suplementos em vigor e suas condições de aplicação. (Tarifa Urbana)
Inf.: n.º 4 art.º 10.º DL n.º 138/90, de 26ABR c/ ref.ª n.º 2.º da Portaria n.º 128/94, de 01MAR
Pun.: n.º 1 art.º 11.º DL n.º 138/90, de 26ABR
Coima: 249,40 € a 3.740,99 € (PS) - 2.493,99 € a 29.927,88 € (PC) - ASAE - Auto ao Titular do alvará

 Falta de autocolante afixado no vidro lateral esquerdo do veículo, virado para o interior, com a informação relativa às
diferentes tarifas e suplementos em vigor e suas condições de aplicação. (Tarifa ao Km ou à Hora)
Inf.: n.º 4 art.º 10.º DL n.º 138/90, de 26ABR c/ ref.ª n.º 2.º Port.ª n.º 128/94, de 01MAR e n.º 2.º Port.ª n.º 397/97, de 18JUN
Pun.: n.º 1 art.º 11.º DL n.º 138/90, de 26ABR
Coima: 249,40 € a 3.740,99 € (PS) - 2.493,99 € a 29.927,88 € (PC) - ASAE - Auto ao Titular do alvará

Escola da Guarda 69
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

Portaria n.º 128/94, de 01MAR


Indicação de preços nos táxis
Considerando a necessidade de proteção dos consumidores em matéria de indicação de preços de serviços:
Ao abrigo do n.º 4 do artigo 10.º do DL n.º 138/90, de 26 de abril:
Manda o Governo, pelos Ministros das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, do Comércio e Turismo e do Ambiente e Recursos
Naturais, o seguinte:
1.º Fica sujeito à obrigatoriedade de indicação de preços, a que se o art.º 10.º do DL n.º 138/90, de 26 de abril, o transporte de passageiros em
veículos ligeiros em regime de aluguer denominados “Táxis”.
2.º Deverá constar de um autocolante afixado no vidro traseiro lateral esquerdo do veículo, virado para o interior, informação relativa às diferentes
tarifas e suplementos em vigor e suas condições de aplicação, resultantes de convenção celebrada, ao abrigo do disposto no DL n.º 297/92, de
31DEC. (Cláusula 10.ª da Convenção de Preços do Serviço de Transporte de Passageiros em Táxi)
3.º O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

DL n.º 28/84, de 20OUT


Infrações Antieconómicas
(…)
Subsecção III
Crimes contra a economia

(…)
Artigo 35.º
(Especulação)
1 - Será punido com prisão de seis (6) meses a três (3) anos e multa não inferior a 100 dias quem:
a) Vender bens ou prestar serviços por preços superiores aos permitidos pelos regimes legais a que os mesmos estejam submetidos;
b) Alterar, sob qualquer pretexto ou por qualquer meio e com intenção de obter lucro ilegítimo, os preços que do regular exercício da
atividade resultariam para os bens ou serviços ou, independentemente daquela intenção, os que resultariam da regulamentação legal
em vigor;
c) Vender bens ou prestar serviços por preço superior ao que conste de etiquetas, rótulos, letreiros ou listas elaboradas pela própria
entidade vendedora ou prestadora do serviço;
d) Vender bens que, por unidade, devem ter certo peso ou medida quando os mesmos sejam inferiores a esse peso ou medida, ou
contidos em embalagens ou recipientes cujas quantidades forem inferiores às nestes mencionadas.
2 - Com a pena prevista no número anterior será punida a intervenção remunerada de um novo intermediário no circuito legal ou normal da
distribuição, salvo quando da intervenção não resultar qualquer aumento de preço na respetiva fase do circuito, bem como a exigência de
quaisquer compensações que não sejam consideradas antecipação do pagamento e que condicionem ou favoreçam a cedência, uso ou
disponibilidade de bens ou serviços essenciais.
3 - Havendo negligência, a pena será a de prisão até 1 ano e multa não inferior a 40 dias.
4 - O tribunal poder ordenar a perda de bens ou, não sendo possível, a perda de bens iguais aos do objeto do crime que sejam encontrados em
poder do infrator.
5 - A sentença será publicada.

70 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Lei n.º 37/2007, de 14AGO


Aprova normas para a proteção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco e
medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo
(…)
CAPÍTULO II
Limitações ao consumo de tabaco

(…)
Artigo 4.º
Proibição de fumar em determinados locais
1 - É proibido fumar:
a) Nos locais onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da Administração Pública e pessoas coletivas públicas;
b) Nos locais de trabalho;
c) Nos locais de atendimento direto ao público;
d) Nos estabelecimentos onde sejam prestados cuidados de saúde, nomeadamente hospitais, clínicas, centros e casas de saúde, consultórios
médicos, postos de socorros e outros similares, laboratórios, farmácias e locais onde se dispensem medicamentos não sujeitos a receita
médica;
e) Nos lares e outras instituições que acolham pessoas idosas ou com deficiência ou incapacidade;
f) Nos locais destinados a < de dezoito (18) anos, nomeadamente infantários, creches e outros estabelecimentos de assistência infantil, lares de
infância e juventude, centros de ocupação de tempos livres, colónias e campos de férias e demais estabelecimentos similares;
g) Nos estabelecimentos de ensino, independentemente da idade dos alunos e do grau de escolaridade, incluindo, nomeadamente, salas de
aula, de estudo, de professores e de reuniões, bibliotecas, ginásios, átrios e corredores, bares, restaurantes, cantinas, refeitórios e espaços de
recreio;
h) Nos centros de formação profissional;
i) Nos museus, coleções visitáveis e locais onde se guardem bens culturais classificados, nos centros culturais, nos arquivos e nas bibliotecas,
nas salas de conferência, de leitura e de exposição;
j) Nas salas e recintos de espetáculos e noutros locais destinados à difusão das artes e do espetáculo, incluindo as antecâmaras, acessos e áreas
contíguas;
l) Nos recintos de diversão e recintos destinados a espetáculos de natureza não artística;
m) Nas zonas fechadas das instalações desportivas;
n) Nos recintos das feiras e exposições;
o) Nos conjuntos e grandes superfícies comerciais e nos estabelecimentos comerciais de venda ao público;
p) Nos estabelecimentos hoteleiros e outros empreendimentos turísticos onde sejam prestados serviços de alojamento;
q) Nos estabelecimentos de restauração ou de bebidas, incluindo os que possuam salas ou espaços destinados a dança;
r) Nas cantinas, nos refeitórios e nos bares de entidades públicas e privadas destinados exclusivamente ao respetivo pessoal;
s) Nas áreas de serviço e postos de abastecimento de combustíveis;
t) Nos aeroportos, nas estações ferroviárias, nas estações rodoviárias de passageiros e nas gares marítimas e fluviais;
u) Nas instalações do metropolitano afetas ao público, designadamente nas estações terminais ou intermédias, em todos os seus acessos e
estabelecimentos ou instalações contíguas;
v) Nos parques de estacionamento cobertos;
x) Nos elevadores, ascensores e similares;
z) Nas cabinas telefónicas fechadas;
aa) Nos recintos fechados das redes de levantamento automático de dinheiro;
ab) Em qualquer outro lugar onde, por determinação da gerência ou de outra legislação aplicável, designadamente em matéria de prevenção de
riscos ocupacionais, se proíba fumar.
2 - É ainda proibido fumar nos veículos afetos aos transportes públicos urbanos, suburbanos e interurbanos de passageiros, bem como nos transportes
rodoviários, ferroviários, aéreos, marítimos e fluviais, nos serviços expressos, turísticos e de aluguer, nos táxis, ambulâncias, veículos de transporte de
doentes e teleféricos.

(…)
Artigo 6.º
Sinalização
1 - A interdição ou o condicionamento de fumar no interior dos locais referidos nos artigos 4.º e 5.º devem ser assinalados pelas respetivas entidades
competentes, mediante a afixação de dísticos com fundo vermelho, conformes ao modelo A constante do anexo I da presente lei e que dela faz parte
integrante, sendo o traço, incluindo a legenda e a cruz, a branco e com as dimensões mínimas de 160 mm x 55 mm.
2 - As áreas onde é permitido fumar são identificadas mediante afixação de dísticos com fundo azul e com as restantes características indicadas no número
anterior, conformes ao modelo B constante do anexo I.
3 - Aos dísticos referenciados nos números anteriores deve apor-se, na parte inferior do modelo, uma legenda identificando a presente lei.
4 - O dístico referido no n.º 1 deve ainda conter o montante da coima máxima aplicável aos fumadores que violem a proibição de fumar.
5 - Nos casos previstos n.os 6, 7 e 8 artigo 6.º, os dísticos devem ser afixados de forma a serem visíveis a partir do exterior dos estabelecimentos.

Escola da Guarda 71
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

Artigo 7.º
Responsabilidade
1 - O cumprimento do disposto nos artigos 4.º a 6.º deve ser assegurado pelas entidades públicas ou privadas que tenham a seu cargo os locais a que se
refere a presente lei.
2 - Sempre que se verifiquem infrações nos art.os 4.º a 6.º, as entidades referidas no n.º anterior devem determinar aos fumadores que se abstenham de
fumar e, caso estes não cumpram, chamar as autoridades administrativas ou policiais, as quais devem lavrar o respetivo auto de notícia.
3 - Todos os utentes dos locais referidos no n.º 1 têm o direito de exigir o cumprimento do disposto nos artigos 4.º a 6.º, podendo apresentar queixa por
escrito, circunstanciada, usando para o efeito, nomeadamente, o livro de reclamações disponível no estabelecimento em causa.
(…)
CAPÍTULO VIII
Regime sancionatório

Artigo 25.º
Contraordenações
1 - Constituem contraordenações as infrações ao disposto nos artigos 4.º a 6.º, no n.º 2 do artigo 7.º e nos artigos 8.º a 19.º, as quais são punidas com as
seguintes coimas:
a) De € 50 a € 750, para o fumador que fume nos locais previstos nas alíneas a) a bb) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 4.º ou fora das áreas ao ar
livre ou das áreas para fumadores previstas nos n.os 1 a 9 do artigo 5.º;
b) De € 50 a € 1.000, para os proprietários dos estabelecimentos privados, pessoas coletivas, sociedades ainda que irregularmente constituídas,
ou associações sem personalidade jurídica, bem como para os órgãos diretivos ou dirigentes máximos dos organismos, estabelecimentos ou
serviços da Administração Pública que violem o disposto no n.º 2 do artigo 7.º;
c) De € 2.500 a € 10.000, para entidades referidas na alínea anterior que violem o disposto nos n.os 1 a 9 do artigo 5.º e no artigo 6.º;
d) De € 10.000 a € 30.000, para as infrações aos n.os 6, 7 e 8 do artigo 9.º e aos n.os 1 e 2 do artigo 10.º, sendo o valor reduzido para € 1.500 e €
3.000, respetivamente, se o infrator for pessoa singular;
e) De € 30.000 a € 250.000, para as infrações ao artigo 8.º, ao n.º 3 do artigo 9.º e aos artigos 11.º, 12.º, 13.º, 14.º, 15.º, 16.º, 17.º, 18.º e 19.º,
sendo o valor reduzido para € 2.000 e € 3.750, respetivamente, se o infrator for pessoa singular.
2 - A negligência é punível, sendo os limites mínimos e máximos das coimas aplicáveis reduzidos a metade.
3 - Nos casos previstos na alínea e) do n.º 1, a tentativa é punível, sendo os limites mínimos e máximos das coimas aplicáveis reduzidos a metade.
4 - Quando a infração implicar forma de publicidade oculta ou dissimulada, é aplicável a punição prevista nas normas gerais sobre a atividade publicitária.
5 - Às contraordenações previstas na presente lei e em tudo quanto nela se não encontre especialmente regulado são aplicáveis as disposições do DL n.º
433/82, de 27OUT.
(…)
Artigo 28.º
Fiscalização e tramitação processual
1 - Sem prejuízo das competências atribuídas pelo artigo 7.º às autoridades administrativas e policiais, a fiscalização do disposto na presente lei compete à
Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, à exceção da fiscalização do preceituado na alínea d) do n.º 1 do artigo 15.º, no n.º 1 do artigo 16.º, no
n.º 1 do artigo 18.º e no artigo 19.º, que compete à Direção-Geral do Consumidor.
2 - A instrução dos processos de contraordenação compete à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica ou à Direção-Geral do Consumidor,
no âmbito das respetivas atribuições, e a quem devem ser enviados os autos levantados por outras entidades.
3 - A aplicação das coimas e sanções acessórias compete à Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica e de Publicidade, que delas dá
conhecimento à Direção-Geral da Saúde.
4 - O produto das coimas é distribuído da seguinte forma:
a) 60 % para o Estado;
b) 30 % para a entidade que instruiu o processo;
c) 10 % para a Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica e de Publicidade.

ANEXO I
Modelo A Modelo B

 Condutor ou Passageiro a fumar no interior do Táxi.


Inf.: n.º 2 art.º 4.º Lei n.º 37/2007, de 14AGO
Pun.: a) n.º 1 art.º 25.º Lei n.º 37/2007, de 14AGO
Coima: 50 € a 750 € - ASAE - Auto ao Condutor ou ao Passageiro

 Falta de dístico regulamentar de proibição de fumar no interior do Táxi, conforme modelo A, Anexo I Lei n.º 37/2007.
Inf.: n.º 1 art.º 6.º Lei n.º 37/2007, de 14AGO
Pun.: c) n.º 1 art.º 25.º Lei n.º 37/2007, de 14AGO
Coima: 2.500 € a 10.000 € - ASAE - Auto ao Titular do alvará

72 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Lei n.º 144/2015, de 08SET


(Alterado pelo DL n.º 102/2017, de 23AGO)

DEVERES DE INFORMAÇÃO DOS FORNECEDORES DE BENS OU PRESTADORES DE SERVIÇOS

Transpõe a Diretiva 2013/11/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21MAIO2013, sobre a resolução alternativa de litígios de
consumo, estabelece o enquadramento jurídico dos mecanismos de resolução extrajudicial de litígios de consumo
(…)
Artigo 2.º
Âmbito
1 - A presente lei é aplicável aos procedimentos de resolução extrajudicial de litígios nacionais e transfronteiriços promovidos por uma entidade de
resolução alternativa de litígios (RAL), quando os mesmos sejam iniciados por um consumidor contra um fornecedor de bens ou prestador de
serviços e respeitem a obrigações contratuais resultantes de contratos de compra e venda ou de prestação de serviços, celebrados entre fornecedor
de bens ou prestador de serviços estabelecidos e consumidores residentes em Portugal e na União Europeia.

Artigo 3.º
Definições
Para efeitos do disposto na presente lei, entende-se por:
a) «Rede de arbitragem de consumo», a rede que integra os centros de arbitragem de conflitos de consumo autorizados para
prosseguir as atividades de informação, mediação, conciliação e arbitragem destes litígios;
b) «Entidades de RAL», as que, independentemente da sua designação, se encontrem estabelecidas em Portugal e que possibilitem a
resolução de litígios abrangidos pela presente lei, por meio de um dos procedimentos de RAL nela previstos, e se encontrem
inscritas na lista de entidades de RAL regulada no capítulo IV;
(…)
d) «Fornecedor de bens ou prestador de serviços», uma pessoa singular ou coletiva, pública ou privada, quando atue,
nomeadamente por intermédio de outra pessoa que atue em seu nome ou por sua conta, com fins que se incluam no âmbito da sua
atividade comercial, industrial, artesanal ou profissional;
(…)
Artigo 18.º
Deveres de informação dos fornecedores de bens ou prestadores de serviços
1 - Sem prejuízo dos deveres a que se encontrem sectorialmente vinculados por força da legislação especial que se lhes aplique, os fornecedores de
bens ou prestadores de serviços estabelecidos em território nacional devem informar os consumidores relativamente às entidades de RAL
disponíveis ou a que se encontram vinculados por adesão ou por imposição legal decorrente de arbitragem necessária, devendo ainda informar
qual o sítio eletrónico na Internet das mesmas.
2 - As informações a que se refere o número anterior devem ser prestadas de forma clara, compreensível e facilmente acessível no sítio eletrónico
na Internet dos fornecedores de bens ou prestadores de serviços, caso exista, bem como nos contratos de compra e venda ou de prestação de
serviços entre o fornecedor de bens ou prestador de serviços e o consumidor, quando estes assumam a forma escrita ou constituam contratos de
adesão, ou ainda noutro suporte duradouro.
(…)
Artigo 22.º
Fiscalização
(…)
2 - Compete à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, ou nos domínios sectoriais regulados, à autoridade reguladora sectorialmente
competente, a fiscalização do disposto no artigo 18.º, a instrução dos respetivos processos de contraordenação e a decisão desses processos,
incluindo a aplicação das coimas e sanções acessórias, se necessário.

Artigo 23.º
Contraordenações
1 - Sem prejuízo do disposto na legislação especial aplicável sectorialmente pelas autoridades a que se refere o n.º 2 do artigo anterior, as infrações
ao disposto no n.º 4 do artigo 17.º e no artigo 18.º constituem contraordenações, sendo puníveis com:
a) Coima entre € 500 e € 5.000, quando cometidas por uma pessoa singular;
b) Coima entre € 5.000 e € 25.000, quando cometidas por uma pessoa coletiva.
2 - A negligência e a tentativa são puníveis, sendo os limites mínimos e máximos da coima aplicável reduzidos a metade.
 Falta de prestação, de informação ao consumidor sobre as entidades de Resolução Alternativa de Litígios (RAL)
disponíveis (ou às que aderiram voluntariamente ou a que se encontram vinculados por força da lei), de forma clara,
compreensível e adequada ao tipo de bem e serviço que é vendido ou prestado, facilmente acessível (visível) no sítio
eletrónico na internet dos prestadores de serviços, caso exista, bem como nos contratos de prestação de serviços entre o
prestador de serviços e o consumidor, quando estes assumam a forma escrita ou constituam contratos de adesão; não
existindo contrato escrito, a informação deve ser prestada noutro suporte duradouro, nomeadamente num letreiro (dístico)
afixado ou aposto no veículo ou, em alternativa, na fatura/ recibo entregue ao consumidor.
Inf.: n.º 2 art.º 18.º e n.º 1 art.º 23.º ambos Lei n.º 144/2015, de 08SET

Pun.: a) n.º 1 art.º 23.º Lei n.º 144/2015, de 08SET


Coima: 500 € a 5.000 € (PS) – IMT - Auto ao Titular do alvará/Prestador de Serviços

Pun.: b) n.º 1 art.º 23.º Lei n.º 144/2015, de 08SET


Coima: 5.000 € a 25.000 € (PC) – IMT - Auto ao Titular do alvará/Prestador de Serviços

Escola da Guarda 73
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

LISTA DAS ENTIDADES DE RESOLUÇÃO ALTERNATIVA DE LITÍGIOS DE CONSUMO


(ao abrigo da Lei n.º 144/2015, de 8SET)

EXEMPLO:

SUGESTÃO DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DO TÁXI AOS SEUS MEMBROS


“Recorte o quadro e afixe na sua viatura em local visível” (junto ao autocolante do tarifário)

74 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Artigo 3.º - Obrigatoriedade de título profissional


É obrigatória a posse de título profissional de motorista de táxi, designado de CMT, para o acesso e
exercício da profissão.
 Condução de táxi por motorista contratado, não sendo titular de Certificado de Motorista Táxi (CMT), de CMT provisório
ou do comprovativo da entrega da declaração prévia *. O titular do alvará não se certificou de que o motorista possuía
CMT. “São elaborados dois (2) Autos de Contraordenação”
Pelo Condutor não ser titular de CMT:
Inf.: art.º 3.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: n.º 1 art.º 21.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 625 € a 1.875 € - IMT - Auto ao Condutor

Pelo Titular do alvará não se ter certificado que o condutor era titular de CMT antes da contratação:
Inf.: art.º 3.º e n.º 2 art.º 21.º ambos da Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: mesmas disposições
Coima: 625 € a 1.875 € (PS) - 1.250 € a 3.740 € (PC) – IMT - Auto ao Titular do alvará

* Os cidadãos nacionais de Estado membro da UE ou do Espaço Económico Europeu, legalmente estabelecidos noutro Estado membro para o exercício da profissão de
motorista de táxi, podem exercer essa mesma profissão em território nacional de forma ocasional e esporádica, após declaração prévia ao IMT, I. P., efetuada nos termos
do disposto no artigo 5.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, ficando sujeitos aos requisitos de exercício que, atenta a natureza temporária da prestação, lhes sejam
aplicáveis, nomeadamente aos constantes dos artigos 2.º e 6.º da presente Lei e à habilitação legal para conduzir veículos automóveis da categoria B, válida em território
nacional. (n.º 2 Art.º 8.º Lei n.º 6/2013)

Artigo 4.º - Certificado de motorista de táxi


1 - O CMT comprova que o seu titular é detentor das formações inicial e contínua exigidas nos termos da
presente lei.
2 - O CMT é válido pelo período de 5 anos, renovável por iguais períodos, contados a partir da data da
aprovação no exame ou da renovação, consoante o caso, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
3 - Caso o titular do CMT tenha idade igual ou superior a 65 anos o CMT é válido pelo período de 2
anos, renovável por iguais períodos.
4 - Em caso de caducidade, o CMT pode ser renovado mediante o cumprimento do requisito da formação
contínua estabelecido na alínea d) do n.º 1 do artigo 7.º
5 - O Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P. (IMT, I. P.), é a entidade competente para emitir o
CMT, cujo modelo é fixado por despacho do presidente do conselho diretivo do mesmo instituto.
(Despacho IMT n.º 1602/2016, de 02FEV) - (Ofício IMT n.º 39200120791275-DSFC/DFCPA, de 09NOV2017)

ANOTAÇÃO
Os Certificados de Aptidão Profissional (CAP) a exibir pelo motorista mantêm-se válidos até ao fim do prazo que deles constar.
(n.º 4 art.º 32.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN)

Escola da Guarda 75
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

Despacho IMT n.º 1602/2016, de 02FEV


Modelos de certificado e de requerimento para obtenção de certificado de motorista de táxi (CMT)

A Lei n.º 6/2013, de 22 de janeiro, que aprovou o regime jurídico de acesso e exercício da profissão de motorista de veículos ligeiros
de passageiros de transporte de aluguer, também designado por motoristas de táxi, e de certificação das respetivas entidades formadoras,
determina no n.º 5 do seu artigo 4.º, que o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P. (IMT, I. P.), é a entidade competente para emitir o
certificado de motorista de táxi (CMT), cujo modelo é fixado por despacho do presidente do Conselho Diretivo do mesmo instituto.
Também o n.º 2 do artigo 5.º da mesma Lei n.º 6/2013, de 22 de janeiro, estabelece que o modelo de requerimento para obtenção de
CMT é fixado por despacho do presidente do Conselho Diretivo do IMT,I. P.
Nestes termos, determino o seguinte:
1 - O certificado de motorista de táxi, e o certificado de motorista de táxi provisório, com o formato 85,60 mm x 53,98 mm, em suporte PVC,
possuem o logótipo do IMT, I. P., o nome e a fotografia do motorista, o número do respetivo certificado e a validade do mesmo;
2 - O modelo do certificado de motorista de táxi, e o modelo do certificado de motorista de táxi provisório constam, respetivamente, do anexo I
e anexo II ao presente despacho e dele fazem parte integrante;
3 - O certificado de motorista de táxi deve ser colocado no lado superior direito do para-brisas do veículo, de forma bem visível para os
passageiros;
4 - O modelo de requerimento para obtenção de CMT, consta do anexo III ao presente despacho e dele faz parte integrante.

ANEXO I ANEXO III

ANEXO II

NOTA: O Ofício IMT n.º 39200120791275-DSFC/DFCPA, de 09NOV2017,


veio informar que o CMT e o CMT-P começaram a ser emitidos em material PVC
e como tal, poderão ser verificados em sede de fiscalização a partir de 13NOV17.

76 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Artigo 5.º - Requisitos para a obtenção do CMT


1 - A obtenção do CMT está sujeita ao preenchimento cumulativo, por parte do candidato, dos seguintes
requisitos:
a) Titularidade da habilitação legal válida para conduzir veículos automóveis, da categoria B,
com averbamento da classificação no grupo 2;
b) Não ser considerado inidóneo, nos termos do artigo seguinte;
c) Escolaridade obrigatória exigível ao candidato requerente;
d) Aprovação no exame previsto no artigo 12.º;
e) Domínio da língua portuguesa.
2 - Verificados os requisitos mencionados no número anterior, o candidato requer ao IMT, I. P., a emissão
do CMT, conforme modelo de requerimento a aprovar por despacho do presidente do conselho diretivo
do mesmo instituto. (Despacho IMT n.º 1602/2016, de 02FEV)
3 - No prazo de 60 dias, o IMT, pronuncia-se sobre o requerimento e, se for caso disso, emite o CMT.

Artigo 6.º - Inidoneidade


1 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, considera-se inidóneo para o exercício da profissão de
motorista de táxi o candidato que tenha sido condenado por decisão transitada em julgado:
a) Em pena de prisão efetiva pela prática de qualquer crime contra a vida;
b) Pela prática de crime contra a liberdade e a autodeterminação sexual;
c) Pela prática do crime de condução perigosa de veículo rodoviário ou de condução de veículo
em estado de embriaguez ou sob a influência de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas;
d) Pela prática de crime no exercício da profissão de motorista de táxi.
2 - A condenação pela prática de um dos crimes previstos nas alíneas do n.º anterior não afeta a
idoneidade de todos aqueles que tenham sido reabilitados, nos termos do disposto nos art.os 15.º e 16.º da
Lei n.º 57/98, de 18AGO, nem impede o IMT, de considerar, de forma justificada, que estão reunidas as
condições de idoneidade, tendo em conta, nomeadamente, o tempo decorrido desde a prática dos factos.
3 - Sempre que o IMT, considere existir uma situação de inidoneidade para o exercício da profissão, deve
justificar de forma fundamentada as circunstâncias de facto e de direito em que baseia o seu juízo de
inidoneidade.
4 - O IMT, I. P., procede à cassação do CMT sempre que se verifique uma situação de inidoneidade nos
termos do presente artigo.

Artigo 7.º - Renovação do CMT


1 - A renovação do CMT depende do preenchimento cumulativo, pelo motorista requerente, dos seguintes
requisitos:
a) Titularidade da habilitação legal para conduzir prevista na a) do n.º 1 do artigo 5.º;
b) Aprovação na avaliação médica, a efetuar com os mesmos requisitos e nos mesmos termos
previstos para a avaliação médica necessária para a revalidação da habilitação legal para
conduzir prevista na a) do n.º 1 do artigo 5.º;
c) Não ser considerado inidóneo, nos termos do artigo anterior;
d) Frequência com aproveitamento do curso de formação contínua, nos termos do artigo 9.º
2 - O requisito previsto na b) do n.º anterior é dispensado nos casos em que o motorista requerente tiver
obtido aprovação na avaliação médica necessária para a revalidação da carta de condução do grupo 2, nos
termos legais.
3 - É aplicável à renovação do CMT o mesmo procedimento definido nos termos dos n.os 2 e 3 art.º 5.º
4 - Na apreciação do requisito previsto na c) n.º 1 é aplicável o disposto nos n.os 2 e 3 do artigo anterior.

Escola da Guarda 77
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

Artigo 8.º - Motoristas de táxi de outros Estados membros ou do Espaço Económico Europeu
1 - Os cidadãos nacionais de Estado membro da UE ou do Espaço Económico Europeu cujas
qualificações tenham sido obtidas fora de Portugal e aqui se pretendam estabelecer podem obter o CMT
mediante reconhecimento das suas qualificações, nos termos do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 de
março, nomeadamente da secção I do seu capítulo III e do seu artigo 47.º, desde que possuam os
requisitos previstos nas alíneas a) a c) e e) do n.º 1 do artigo 5.º da presente lei.
2 - Os cidadãos nacionais de Estado membro da UE ou do Espaço Económico Europeu, legalmente
estabelecidos noutro Estado membro para o exercício da profissão de motorista de táxi, podem exercer
essa mesma profissão em território nacional de forma ocasional e esporádica, após declaração prévia ao
IMT, I. P., efetuada nos termos do disposto no artigo 5.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, ficando sujeitos
aos requisitos de exercício que, atenta a natureza temporária da prestação, lhes sejam aplicáveis,
nomeadamente aos constantes dos artigos 2.º e 6.º da presente lei e à habilitação legal para conduzir
veículos automóveis da categoria B, válida em território nacional.
3 - O IMT, I. P., emite o CMT provisório no prazo de 30 dias a contar da apresentação da declaração
prévia referida no artigo 5.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março.
4 - Até à emissão do CMT provisório, pode ser utilizado o comprovativo da entrega da declaração
referida no n.º 2, para todos os efeitos legais.
5 - Os documentos que suportam os pedidos de reconhecimento das qualificações devem, em caso de
justificada necessidade, ser certificados e acompanhados de tradução.

ANOTAÇÃO

 Existe equivalência de títulos de motorista de táxi dentro da União Europeia?


Sim, se possuir um título de motorista de táxi emitido há menos de cinco (5) anos noutro país da União Europeia, e desde que
corresponda ao perfil profissional e respetivas qualificações exigidas na legislação portuguesa.

Artigo 9.º - Formação inicial e formação contínua


1 - A formação inicial e a formação contínua são obrigatórias e aplicam-se aos candidatos à obtenção do
CMT e aos motoristas de táxi, respetivamente.
2 - A formação visa o desenvolvimento das capacidades e das competências adequadas ao bom
desempenho e à valorização profissional, devendo garantir aos formandos a aquisição dos necessários
conhecimentos, nomeadamente nas áreas das relações interpessoais, da regulamentação e exercício da
atividade e das técnicas de condução.
3 - O conteúdo dos cursos de formação inicial e contínua bem como a organização das ações de formação
são definidos por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas dos transportes e do
emprego. (Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO, junto art.º 15.º - Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV, junto art.º 13.º)
4 - A duração mínima dos cursos de formação inicial é de 125 horas e a dos cursos de formação contínua
é de 25 horas.

78 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Artigo 10.º - Dispensa da formação


1 - Os detentores de formação no âmbito de cursos reconhecidos oficialmente que impliquem o
conhecimento das matérias lecionadas no curso de formação inicial descrito na portaria prevista no n.º 3
do artigo anterior podem ser dispensados pelo IMT, I. P., da frequência da formação.
2 - O disposto no número anterior é aplicável aos detentores de outros certificados profissionais
associados à condução de veículos automóveis emitidos pelo IMT, I. P., e bem assim às pessoas titulares
de certificação de capacidade profissional na área dos transportes rodoviários.

Artigo 11.º - Validade da formação


1 - A formação inicial, para efeitos de acesso ao exame para obtenção do CMT, é válida pelo período de
cinco (5) anos.
2 - A formação contínua, para efeitos de renovação do CMT, é válida pelo período de cinco (5) anos.

Artigo 12.º - Exame para obtenção do CMT


1 - Os candidatos à obtenção do CMT, que tiverem obtido aproveitamento na formação inicial prevista no
n.º 1 do artigo 9.º ou que tenham sido dispensados de tal formação nos termos do artigo 10.º, estão
sujeitos a exame pelo sistema multimédia, realizado pelo IMT, I. P., ou por entidade designada pelo
mesmo instituto.
2 - As características e os procedimentos do exame referido no número anterior são definidos na portaria
prevista no n.º 3 do artigo 9.º (Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO, junto art.º 15.º - Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV, junto art.º 13.º)

CAPÍTULO III - Certificação de entidades formadoras

Artigo 13.º - Certificação de entidades formadoras de motoristas de táxi


1 - A certificação das entidades formadoras que pretendam exercer a atividade de formação prevista na
presente lei segue os trâmites da Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro, que regula o sistema de
certificação de entidades formadoras, com as seguintes adaptações:
a) A entidade competente para a certificação é o IMT, I. P.;
b) As entidades formadoras devem cumprir os deveres referidos no artigo 15.º;
c) São aprovados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas dos
transportes e do emprego outros requisitos específicos, em complemento ou derrogação dos
constantes da Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro, nomeadamente requisitos relativos ao
conteúdo, duração e organização das ações de formação.
(Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO - Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV - Ver art.º 32.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN)

2 - A certificação de entidades formadoras pelo IMT, I. P., seja expressa ou tácita, é comunicada aos
serviços centrais competentes dos ministérios responsáveis pelas áreas da formação profissional e da
certificação de entidades formadoras, no prazo de 10 dias.
3 - A lista das entidades formadoras certificadas é divulgada no sítio da Internet do IMT, I. P., e no balcão
único eletrónico de serviços, previsto no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho.
 Exercício da atividade de formação de motorista de táxi, para obtenção do Certificado de Motorista Táxi (CMT), por
entidade formadora não certificada pelo IMT para ministrar tais cursos de formação.
Inf.: art.º 13.º e art.º 24.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN c/ ref.ª n.os 1 e 3 art.º 10.º da Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO e
Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV
Pun.: art.º 24.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 1.000 € a 2.500 € (PS) – 2.500 € a 5.000 € (PC) - IMT - Auto à Entidade Formadora

Escola da Guarda 79
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV


Modelos de dístico de formação e o certificado de entidade formadora para motoristas de táxi

A Lei n.º 6/2013, de 22 de janeiro A Portaria n.º 251-A/2015, de 18 de agosto, veio regulamentar a Lei n.º 6/2013, de 22 de janeiro,
que aprovou o regime jurídico de acesso e exercício da profissão de motorista de táxi, e de certificação das respetivas entidades formadoras.
Estabelece o n.º 6 do artigo 3.º e o n.º 3 do artigo 10.º, ambos da citada Portaria n.º 251-A/2015, de 18 de agosto, que os modelos de
dístico a colocar nos veículos utilizados na componente prática da formação para motoristas de táxi, e o certificado de entidade formadora de
motoristas de táxi, são aprovados por despacho do presidente do Conselho Diretivo do IMT, I. P.
Nestes termos determino o seguinte:
1 - Os veículos afetos à componente prática da formação para motoristas de táxi, devem ostentar à frente e à retaguarda, um dístico ou distintivo
de identificação, constituído por uma chapa em metal ou em plástico, com a palavra «FORMAÇÃO» conforme modelo constante do anexo I ao
presente despacho, e que dele faz parte integrante;
2 - O dístico ou distintivo de identificação obedece às seguintes características:
a) Forma retangular com 270 mm × 125 mm, fundo de cor branca e carateres em material retrorrefletor de cor azul;
b) A inscrição «FORMAÇÃO», em carateres com 45 mm de altura, ocupando uma mancha de 240 mm × 45 mm;
c) O dístico ou distintivo de identificação é colocado em posição fixa à frente e à retaguarda do veículo, por forma a ser visível em
ambos os sentidos do trânsito;
3 - O modelo de certificado de entidade formadora de motoristas de táxi, consta do anexo II ao presente despacho, e dele faz parte integrante.

ANEXO I ANEXO II

80 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Artigo 14.º - Falta superveniente dos requisitos de certificação


1 - A falta superveniente de qualquer dos requisitos de certificação a que se referem as portarias
previstas no artigo anterior deve ser suprida no prazo de 90 dias a contar da sua ocorrência.
2 - O decurso do prazo previsto no número anterior, sem que a falta seja suprida, determina a caducidade
da certificação e a cassação do certificado pelo IMT, I. P.

Artigo 15.º - Deveres das entidades formadoras


(Ver art.º 25.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN)
São deveres das entidades formadoras:
a) Organizar e desenvolver as ações de formação em conformidade com o estabelecido na
presente lei e na portaria a aprovar pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas dos
transportes e do emprego (Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO - Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV);
b) Observar princípios de independência e de igualdade de tratamento de todos os candidatos à
formação e formandos;
c) Colaborar nas ações de acompanhamento e de avaliação técnico-pedagógica realizadas pelo
IMT I. P.;
d) Alterar o conteúdo das matérias formativas, sempre que as alterações e inovações legais ou de
natureza técnica o justifiquem;
e) Fornecer ao IMT, I. P., os elementos relativos ao exercício da atividade, sempre que tal lhes
seja solicitado;
f) Manter, pelo período de cinco (5) anos, o registo das ações de formação realizadas, bem como
os processos individuais dos formandos;
g) Comunicar previamente ao IMT, I. P., o local, a data e a hora de realização das ações de
formação, e as suas alterações, bem como a identificação dos formandos, com a antecedência
de oito dias úteis e de três dias úteis, respetivamente, nos termos estabelecidos na portaria
prevista no n.º 3 do artigo 9.º (Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO - Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV)
h) Comunicar ao IMT, I. P., no prazo de 10 dias, a mudança de sede no território nacional.
 Ministração da componente prática, no curso de motoristas de táxi, com recurso a veículos, sem ser ministrada por
formadores habilitados há, pelo menos, 5 anos com carta de condução da categoria B, (ou por motoristas de táxi tutores,
desde que sejam possuidores do CAP ou CMT há, pelo menos, 5 anos).
Inf.: a) art.º 15.º e art.º 25.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN c/ ref.ª n.º 5 art.º 3.º Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO
Pun.: art.º 25.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 250 € a 750 € - IMT - Auto à Entidade Formadora

 Utilização de veículo afeto à componente prática da formação para motoristas de táxi, por entidade formadora, sem que
ostentasse à frente e à retaguarda, um dístico ou distintivo de identificação, constituído por uma chapa em metal ou em
plástico, com a palavra «FORMAÇÃO» conforme modelo constante no Anexo I ao Despacho IMT n.º 1603/2016, de
02FEV, violando assim, a entidade formadora, o dever de organizar e desenvolver as ações de formação em conformidade
com o estabelecido na Lei n.º 6/2013 e na Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO.
Inf.: a) art.º 15.º e art.º 25.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN c/ ref.ª n.º 6 art.º 3.º Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO
Pun.: art.º 25.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 250 € a 750 € - IMT - Auto à Entidade Formadora

 Violação pela entidade formadora do dever de ______________ .


Inf.: __) art.º 15.º e art.º 25.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Pun.: art.º 25.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN
Coima: 250 € a 750 € - IMT - Auto à Entidade Formadora

Escola da Guarda 81
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO


Estabelece os termos da formação inicial e da formação contínua, a organização e a comunicação prévia das ações de
formação, as características e procedimentos da avaliação dos formandos e os requisitos específicos de certificação das
entidades formadoras de motoristas de táxi.

A Lei n.º 6/2013, de 22 de janeiro, aprovou os regimes jurídicos de acesso e exercício da profissão de motorista de veículos ligeiros de
passageiros de transporte público de aluguer, também designado por motorista de táxi, e de certificação das respetivas entidades formadoras.
Torna-se, assim, necessário regulamentar as matérias respeitantes aos requisitos específicos de certificação das entidades formadoras, a
definição dos conteúdos dos cursos de formação e a organização das ações de formação e sua comunicação, bem como a organização dos exames
de avaliação dos formandos.
Nesta regulamentação foram tidos em conta os princípios e os critérios que devem ser observados pelos regimes de acesso e exercício
da atividade de «serviços», na União Europeia, conforme estabelecido na Diretiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
12 de dezembro de 2006, relativa aos serviços no mercado interno, que foi transposta para a ordem jurídica interna pelo Decreto-Lei n.º 92/2010,
de 26 de julho.
Assim:
Ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 9.º, no n.º 2 do artigo 12.º, na alínea c) do n.º 1 do artigo 13.º e das alíneas a) e g) do artigo
15.º da Lei n.º 6/2013, de 22 de janeiro, manda o Governo, pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, ao abrigo
da delegação de competências do Despacho do Ministro da Economia n.º 12100/2013, publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 183, de 23
de setembro, e pelo Secretário de Estado do Emprego, ao abrigo da delegação de competências do Despacho do Ministro da Solidariedade,
Emprego e Segurança Social n.º 13264/2013, publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 201, de 17 de outubro, o seguinte:

Artigo 1.º
Objeto
1 - A presente portaria estabelece os termos da formação inicial e da formação contínua, a organização e a comunicação prévia das ações de
formação, as características e procedimentos da avaliação dos formandos e os requisitos específicos de certificação das entidades formadoras de
motoristas de táxi.
2 - Os conteúdos da formação inicial e contínua, necessários ao exercício da atividade de motorista de táxi, a integrar no Catálogo Nacional de
Qualificações, são definidos pelo IMT, I. P., em articulação com a ANQEP, I. P.
3 - A presente portaria visa ainda conformar o regime de reconhecimento das entidades formadoras referidas no número anterior com o Decreto-
Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, que transpôs a Diretiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro de 2006,
relativa aos serviços no mercado interno.

Artigo 2.º
Cursos de formação
1 - A formação de motoristas de táxi deve abranger um período de formação inicial a ser completada por períodos de formação contínua e reveste
natureza teórica e prática incidindo, designadamente, sobre o relacionamento interpessoal, a regulamentação da atividade e a segurança, as normas
legais de circulação e as técnicas de condução.
2 - Os cursos de formação de motoristas de táxi, a que se refere o artigo 9.º da Lei n.º 6/2013, de 22 de janeiro, devem ser ministrados com
recurso a métodos e técnicas que garantam a qualidade da formação.
3 - Os cursos de formação devem dispor de um coordenador pedagógico possuidor de certificado de aptidão profissional de formador ou de
certificado de competências pedagógicas de formador, ao qual compete, em especial:
a) Efetuar o acompanhamento pedagógico de cada ação de formação;
b) Assegurar a articulação com formadores e outros agentes envolvidos no processo formativo;
c) Subscrever os certificados de formação.
4 - O coordenador pedagógico referido no número anterior pode acumular o cargo com a função de formador.
5 - Durante os cursos de formação deve estar disponível na sala de formação dossier técnico pedagógico, contendo a seguinte informação:
a) Identificação do tipo de curso, cronograma, incluindo a identificação dos módulos a ministrar e respetivas cargas horárias;
b) Identificação da entidade formadora, do coordenador pedagógico e dos formadores, com indicação das matérias que ministram na
formação;
c) Indicação do local da formação e descrição dos recursos pedagógicos disponíveis;
d) Identificação dos formandos, contendo o nome completo, número de identificação civil e fiscal e número de carta de condução.
6 - O dossier técnico pedagógico deve estar disponível para consulta durante todo o curso de formação no local onde é ministrado.
7 - A entidade formadora deve conservar o dossier técnico pedagógico pelo período de cinco (5) anos após a conclusão de cada curso.
8 - A entidade formadora deve elaborar manual de apoio para todos os módulos de formação, o qual deve ser disponibilizado aos formandos.
9 - Cada ação de formação tem o limite de frequência de 30 formandos, com períodos de formação máximos de sete horas diárias, entre as 7 e as
24 horas, não sendo permitida qualquer atividade de formação aos domingos e feriados.
10 - A entidade formadora deve assegurar o controlo de presenças dos formandos durante as ações de formação, registá-las em documento
próprio, que deve ser arquivado no dossier técnico pedagógico.
11 - Os formandos devem frequentar, no mínimo, 80% da carga horária de cada módulo de formação, sob pena de não emissão de declaração
comprovativa de conclusão da formação.
12 - Os formadores devem possuir as competências adequadas às matérias que ministram e ser possuidores do certificado de aptidão pedagógica
de formador ou do certificado de competências pedagógicas de formador.

82 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Artigo 3.º
Curso de formação inicial
1 - O curso de formação inicial, com a duração mínima de 125 horas, comporta uma componente teórica e uma componente prática.
2 - O conteúdo do curso de formação inicial de motoristas de táxi, a divisão entre componente teórica e prática, a distribuição por módulos
específicos e as respetivas cargas horárias constam do Anexo I à presente portaria, que dela faz parte integrante, a integrar no Catálogo Nacional
de Qualificações, nos termos do n.º 2 do artigo 1.º
3 - A componente teórica pode ser ministrada em regime presencial ou com recurso a formação à distância, sendo que a formação à distância, não
pode exceder metade da carga horária prevista.
4 - A entidade formadora deve promover o registo, por formando, das várias etapas da componente prática, incluindo as respetivas avaliações
formativas e arquivá-lo no dossier técnico pedagógico.
5 - A componente prática com recurso a veículos é ministrada por formadores habilitados há, pelo menos, cinco (5) anos com carta de condução
da categoria B, ou por motoristas de táxi tutores, desde que sejam possuidores do certificado de aptidão profissional de motorista de táxi (CAP)
ou do certificado de motorista de táxi (CMT) há, pelo menos, cinco (5) anos.
6 - Os veículos utilizados na componente prática simulada devem ostentar à frente e à retaguarda, um dístico com a palavra «FORMAÇÃO», de
acordo com o modelo a fixar por despacho do presidente do conselho diretivo do IMT, I. P. (Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV)

Artigo 4.º
Curso de formação contínua
1 - O curso de formação contínua, com a duração mínima de 25 horas, tem como objetivo a atualização dos conhecimentos fundamentais para a
profissão de motorista de táxi.
2 - O conteúdo do curso de formação contínua, a distribuição por módulos específicos e as respetivas cargas horárias constam do Anexo II à
presente portaria, que dela faz parte integrante.
3 - A formação contínua pode ser ministrada com recurso a ferramentas de ensino à distância, que não deve > 15 horas da carga horária prevista.

Artigo 5.º
Formação à distância
1 - A entidade formadora que adote formação à distância deve:
a) Disponibilizar o acesso diferenciado à plataforma para cada formando, no início da ação de formação;
b) Assegurar que as questões e dúvidas colocadas pelos formandos na plataforma sejam respondidas pelo formador do módulo
respetivo, no prazo máximo de dois dias úteis;
c) Promover a avaliação formativa em cada módulo;
d) Disponibilizar ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P. (IMT, I. P.) o acesso à plataforma que permita acompanhar a
atividade dos formandos na plataforma.
2 - Na formação à distância, o formando tem um limite máximo de sete horas diárias de presença na respetiva plataforma.

Artigo 6.º
Dispensa da frequência de formação para obtenção do CMT
1 - Podem ser dispensados da frequência de módulos da formação prevista no artigo 3.º:
a) Os motoristas profissionais titulares de certificados emitidos pelo IMT, I. P. nos módulos «Normas Legais de condução» e
«Técnicas de condução», previstos, respetivamente, nos n.os 1.3.1. e 1.3.2 do Anexo I à presente portaria;
b) Os titulares de certificados de cursos cujos conteúdos programáticos sejam semelhantes às matérias dos módulos previstos no
Anexo I da presente portaria.
2 - O pedido de dispensa previsto no número anterior deve ser apresentado no IMT, I. P. com antecedência mínima de 20 dias relativamente ao
início de cada ação de formação, acompanhado de:
a) Indicação do número e data de emissão do certificado profissional associado à condução de veículos automóveis ou de certificado
de capacidade profissional, para as situações referidas na alínea a) do número anterior;
b) Certificado de habilitações literárias ou certificado comprovativo de frequência, com aproveitamento, de curso de formação, com
discriminação das disciplinas ou conteúdos que os integram, para as restantes situações.

Artigo 7.º
Comunicação prévia das ações de formação e sua alteração
1 - As entidades formadoras devem apresentar ao IMT, I. P. mera comunicação prévia de cada ação de formação que pretendam realizar, com
uma antecedência mínima de 8 dias relativamente ao início de cada ação de formação, contendo os seguintes elementos:
a) Identificação do tipo de curso de formação, cronograma da ação de formação e local de realização;
b) Nas situações aplicáveis, identificação dos veículos, através dos seguintes elementos:
i) Marca, matrícula, características gerais, equipamento específico próprio dos veículos táxi instalado no veículo pertencente à
entidade formadora;
ii) Marca, matrícula, licença do veículo para o transporte em táxi e cópia do acordo de cedência do mesmo pelo respetivo
proprietário;
c) Identificação do coordenador pedagógico e dos formadores, com indicação das matérias que vão ministrar, acompanhada de
curriculum vitae e cópia do certificado de aptidão pedagógica ou de certificado de competências pedagógicas de formador, salvo se
estes documentos já tiverem sido anteriormente entregues no IMT, I. P., caso em que basta essa referência;
d) Identificação dos tutores, com indicação do número de certificado de aptidão profissional de motorista de táxi (CAP) ou do
certificado de motorista de táxi (CMT), se aplicável;
e) Identificação dos formandos, contendo o nome, número de identificação civil e fiscal e número de carta de condução.

Escola da Guarda 83
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

Artigo 8.º
Exame para obtenção do CMT
1 - Para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 12.º da Lei n.º 6/2013, de 22 de janeiro, podem submeter-se a exame para a obtenção do CMT, os
candidatos que reúnam uma das seguintes condições:
a) Possuir uma qualificação de dupla certificação, obtida por via das modalidades de educação e formação do Sistema Nacional de
Qualificações, que integre unidades de formação de curta duração (UFCD) do Catálogo Nacional de Qualificações na área da
condução de transportes rodoviários;
b) Ter concluído, com aproveitamento, as unidades de formação de curta duração do Catálogo Nacional de Qualificações, na área da
condução de transportes rodoviários ou a formação prevista no Anexo I da presente portaria.
2 - O exame para obtenção do CMT é realizado em sistema multimédia, com recurso a teste de geração aleatória, com as seguintes características:
a) É composto por 40 questões de escolha múltipla que têm entre duas e quatro respostas possíveis, sendo que cada questão admite
apenas uma resposta certa, perguntas de resposta direta ou uma combinação dos dois sistemas;
b) É realizado de forma ininterrupta e tem a duração de uma hora;
c) Tem caráter eliminatório;
d ) É classificado na escala de 0 a 40 valores, tendo cada questão a cotação de um valor.
3 - A aprovação em exame depende da obtenção de, pelo menos, 28 valores.
4 - O exame é realizado pelo IMT, I. P., ou por entidade designada nos termos de deliberação do Conselho Diretivo do IMT, I. P., em sala
apetrechada com um monitor para cada candidato, que poderá transmitir simultaneamente imagens, figuras ou outro tipo de aplicação multimédia
e respetivas questões.
5 - A inscrição no exame é efetuada pelas entidades formadoras, com exceção das situações de reprovação, em que o candidato a motorista de táxi
pode requerer diretamente ao IMT, I. P. a repetição do exame para obtenção do CMT, desde que a formação se encontre válida.
6 - Só podem realizar exame para obtenção do CMT, os candidatos que:
a) Compareçam no local, dia e hora previamente marcados;
b) Apresentem documento de identificação civil válido e em bom estado de conservação.
7 - As faltas a exame não são justificáveis, podendo o candidato efetuar nova(s) inscrição(ões) a exame durante o período de validade da sua
formação.
8 - O exame é anulado em caso de fraude ou de tentativa de fraude.
9 - As irregularidades e situações anómalas detetadas no decurso da realização das provas de exame são sempre objeto de registo por quem
assegura a fiscalização da prova.
10 - Se o exame for interrompido por caso fortuito ou de força maior a que o candidato seja alheio, é marcada nova data para a sua repetição, com
dispensa de pagamento de nova taxa.
11 - Em caso de reprovação, o examinando pode requerer a consulta das questões erradas da prova e a revisão desta, de forma fundamentada, nos
dez dias úteis após a realização do exame.
12 - A decisão é proferida nos quinze dias úteis seguintes, sendo notificada ao reclamante.

Artigo 9.º
Requisitos de certificação de entidades formadoras
1 - Para além dos requisitos previstos no n.º 1 do artigo 13.º da Lei n.º 6/2013, de 22 de janeiro, as entidades formadoras que pretendam ser
certificadas como entidades formadoras de motoristas de táxi devem dispor, quanto à estrutura e organização interna, de salas de formação teórica
com área mínima de 25 m2, sendo a lotação máxima estabelecida à razão de 1,5 m2, por formando.
2 - As salas de formação referidas no número anterior devem dispor de boas condições acústicas, de iluminação, ventilação e temperatura e que
permitam a possibilidade de serem escurecidas, quando necessário, para a visualização de projeções.
3 - Estão dispensadas da verificação dos requisitos constantes da Portaria que regula a certificação de entidades formadoras como entidades
formadoras aquelas que já se encontrem certificadas na área 840 — «serviços de transporte» pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de
Trabalho.

Artigo 10.º
Processo de certificação de entidades formadoras
1 - A certificação de entidades formadoras de motoristas de táxi é autorizada pelo IMT, I. P. e decidida no prazo máximo de 20 dias úteis ou de 15
dias úteis, neste caso quando sejam certificadas entidades formadoras em livre prestação de serviços, contados da data da apresentação do pedido
e respetivo pagamento de taxa devida.
2 - Com o requerimento deve ser junta a seguinte informação:
a) Disponibilização do código de acesso ao registo comercial, se aplicável;
b) Autorização de consulta do registo criminal da entidade;
c) Disponibilização dos códigos de acesso à situação tributária perante a administração fiscal e à situação contributiva perante a
segurança social;
d) Identificação do coordenador pedagógico, formadores, apoio administrativo, com junção dos respetivos curricula vitae e certificado
de aptidão profissional de formador ou certificado de competências pedagógicas de formador;
e) Indicação do(s) local(is) da formação.
3 - O modelo de certificado de entidade formadora de motoristas de táxi é aprovado por despacho do presidente do conselho diretivo do IMT.
(Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV)

84 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Artigo 11.º
Taxas
1 - As taxas cobradas pelos atos relativos à certificação profissional de motorista de táxi, incluindo o acesso e exercício da profissão e certificação
das entidades formadoras previstos na Lei n.º 6/2013, de 22 janeiro, e na presente portaria são as constantes do Anexo III.
2 - Nos termos do Decreto-Lei n.º 74/2014, de 13 de maio, é aplicada uma redução de 10% nas taxas previstas, quando os pedidos ou
comunicações forem efetuados através de plataforma eletrónica.
3 - O produto das taxas a cobrar, nos termos dos números anteriores, constitui receita do IMT, I. P.

Artigo 12.º
Disposição transitória
A formação e certificação estabelecida na presente portaria deve ser integrada no Catálogo Nacional de Qualificações até 31 de dezembro de 2016.

Artigo 13.º
Entrada em vigor
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte à sua publicação.

ANEXO I
(a que se refere o n.º 2 do artigo 3.º)

Curso de formação inicial

1 - A componente teórica da formação tem a duração mínima de 100 horas e integra as áreas temáticas e módulos seguintes:
1.1 - Inglês elementar (25 h)
Objetivo: Pretende-se que o formando seja capaz de estabelecer com os passageiros um diálogo em inglês, de modo a conseguir cumprimentar,
entender o destino e as vias a percorrer, informar corretamente sobre as condições de transporte relativamente às tarifas e bagagens e dar
informações gerais sobre outros meios de transporte locais.
1.2 - Comunicação e relações interpessoais (25 h)
Objetivo: Pretende-se que o formando seja capaz de identificar e adotar atitudes e comportamentos que reflitam minimamente valores de
cooperação, respeito, tolerância e urbanidade, numa ótica de desenvolvimento pessoal, relacional e social, potenciando, desta forma, a adoção de
atitudes e comportamentos motivados e assertivos na relação com os passageiros, colegas e restantes condutores.
1.3 - Regulamentação e técnicas de condução (25 h)
1.3.1 - Módulo I — Normas legais de condução (7 h)
Objetivo: O formando deve ser capaz de conduzir com segurança um veículo ligeiro de passageiros, com respeito pelas regras de circulação
rodoviária, adotando as técnicas de condução adequadas, de forma a aperfeiçoar a operacionalização dos conhecimentos de que é detentor.
1.3.2 - Módulo II — Técnicas de condução (10 h)
Objetivo: Pretende-se que o formando seja capaz de fazer uma gestão racional do veículo, em termos de consumos de energia, efeitos poluentes e
aspetos relativos à segurança.
Pretende-se, ainda, que o formando conduza corretamente um veículo táxi, fazendo uma leitura de indicadores de trânsito que o leve a abdicar do
direito de condutor em benefício da segurança (condução defensiva) e adaptando a sua condução ao estado do piso, ao estado do veículo, aos
fatores atmosféricos e às condições de trânsito (condução racional).
1.3.3 - Módulo III — Regulamentação da atividade (4 h)
Objetivo: O formando deve ser capaz de conhecer os seus direitos e deveres decorrentes da legislação aplicável ao acesso e exercício da profissão,
e bem assim os aspetos mais relevantes da atividade de transporte em táxi.
1.3.4 - Módulo IV — Legislação do trabalho (4 h)
Objetivo: O formando deve ser capaz de identificar os seus direitos e obrigações laborais, relevantes no âmbito do exercício da profissão de
motorista de táxi, na perspetiva de trabalhador dependente ou como empresário que gere a sua própria empresa.
1.4 - Exercício da atividade (25 h)
1.4.1 - Módulo I — Aspetos práticos do transporte (8 h)
Objetivo: O formando deve ser capaz de preencher a declaração amigável de acidente automóvel, recibos e folhas de serviço diário. Também
deve ser capaz de diligenciar no sentido de garantir o conforto, comodidade e segurança dos passageiros, de modo a garantir um serviço de
qualidade. Deve ainda ser capaz de operar com os sistemas de informação e comunicação, incluindo os de informação georreferenciada, de modo
a otimizar a sua utilização.
1.4.2 - Módulo II — Segurança do motorista (5 h)
Objetivo: O formando deve ser capaz de se defender de agressões físicas, adotando técnicas e comportamentos elementares de dissuasão e de
defesa pessoal, e de solicitar auxílio através de comunicação via rádio e de outros sistemas de segurança.
1.4.3 - Módulo III — Segurança e saúde no transporte em táxi (6 h)
Objetivo: O formando deve ser capaz de identificar os aspetos relevantes para a proteção da sua segurança e saúde e da dos passageiros e ficar
habilitado a prevenir os riscos associados à sua atividade, garantindo uma boa apresentação pessoal e o asseio interior e exterior do veículo.
1.4.4 - Módulo IV — Situações de emergência e primeiros socorros (6 h)
Objetivo: O formando deve estar apto a reconhecer situações de emergência e aplicar procedimentos e a adotar providências adequados.

Escola da Guarda 85
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

2 - A componente prática da formação tem a duração mínima de 25 horas.


Objetivo: O formando deve ser capaz de adequar os conhecimentos teóricos adquiridos às exigências da profissão e especificidades do mercado
de trabalho.
2.1 - A componente prática da formação é desenvolvida nas seguintes modalidades, singular ou cumulativamente:
2.1.1 - Formação prática em contexto de formação — Este processo de aprendizagem deve desenvolver-se com recurso sistemático a diferentes
técnicas (exposição, demonstração, role -playing, estudos de casos, resolução de problemas, etc.) e métodos pedagógicos, incidindo essencialmente
nos métodos ativos;
2.1.2 - Formação prática simulada — Este processo de aprendizagem deve desenvolver-se com recurso a simuladores de condução automóvel, a
veículos da entidade formadora dotados do equipamento exigido para os veículos táxi, ou a veículos táxi mediante acordo escrito com os
respetivos proprietários, em que se simulam as condições próximas da realidade de trabalho em que estes profissionais irão operar.

ANEXO II
(a que se refere o n.º 2 do artigo 4.º)

Curso de formação contínua

O curso de formação contínua tem como objetivo a atualização dos conhecimentos fundamentais para a profissão de motorista de táxi, e integra,
pelo menos, os seguintes módulos:
1 — Comunicação e relações interpessoais (5 h);
2 — Normas legais de condução (5 h);
3 — Técnicas de condução (5 h);
4 — Regulamentação da atividade (5 h);
5 — Situações de emergência e primeiros socorros (5 h).

ANEXO III
(a que se refere o artigo 11.º)

Tabela de taxas

86 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

Artigo 16.º - Acompanhamento técnico-pedagógico


O IMT, I. P., efetua o acompanhamento técnico-pedagógico das ações de formação, com o fim,
nomeadamente, de apoiar e incentivar a qualidade da formação, através do controlo efetivo da sua
conformidade com as condições e termos estabelecidos legalmente.

Artigo 17.º - Sanções administrativas


1 - O incumprimento pelas entidades formadoras dos deveres estabelecidos neste capítulo e na portaria
prevista no n.º 3 do artigo 9.º pode determinar a aplicação, pelo conselho diretivo do IMT, sem prejuízo
do disposto no capítulo IV, das seguintes sanções administrativas, em função da respetiva gravidade:
a) Advertência escrita;
b) Não reconhecimento da validade da ação de formação e ou da avaliação dos formandos;
c) Suspensão do exercício da atividade de formação, pelo período máximo de um ano;
d) Cancelamento da certificação da entidade formadora, com a cassação do correspondente
certificado.
2 - As sanções previstas no número anterior são publicitadas no sítio da Internet do IMT, I. P.

Artigo 18.º - Registo


O IMT, organiza e mantém atualizado um registo das entidades que exercem a atividade de formação,
bem como das sanções que lhes forem aplicadas nos termos previstos no artigo 17.º e no n.º 3 do art.º 27.º

CAPÍTULO IV - Fiscalização e regime sancionatório

Artigo 19.º - Fiscalização


1 - Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, a fiscalização do cumprimento do
disposto na presente lei compete:
a) Ao IMT, I. P.;
b) À Guarda Nacional Republicana; e
c) À Polícia de Segurança Pública.
2 - As entidades referidas no número anterior podem proceder, junto das pessoas singulares ou coletivas
que desenvolvam qualquer das atividades previstas na presente lei, às diligências e às investigações
necessárias para o exercício da sua competência fiscalizadora nos termos da lei.

Artigo 20.º - Contraordenações


1 - Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 26.º, as infrações ao disposto na presente lei constituem
contraordenações puníveis nos termos dos artigos seguintes.
2 - A negligência é punível, sendo os limites máximos e mínimos da coima reduzidos para metade.

Artigo 21.º - Exercício ilegal da profissão


(Ver art.º 3.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN)
1 - A condução do veículo táxi em serviço por quem não seja titular de CMT, de CMT provisório ou do
comprovativo da entrega da declaração referida no n.º 2 do artigo 8.º válidos é punível com a coima de €
625 a € 1.875.
2 - A contratação, a qualquer título, de motorista de táxi que não seja titular de CMT ou de CMT
provisório válidos, à data da contratação, é punível com a coima de € 625 a € 1.875 ou de € 1.250 a €
3.750, consoante se trate de pessoa singular ou coletiva.

Escola da Guarda 87
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

Artigo 22.º - Falta de exibição de CMT ou CMT provisório


A não colocação do CMT, do CMT provisório ou do comprovativo da entrega da declaração referida no
n.º 2 do artigo 8.º no local exigido nos termos da alínea f) do artigo 2.º é punível com a coima prevista no
n.º 1 do artigo anterior, salvo se a apresentação do título à autoridade indicada pelo agente de fiscalização
se verificar no momento da verificação da infração ou no prazo de oito dias úteis a contar da data da
prática da infração, casos em que a coima é de € 50 a € 150.

Artigo 23.º - Violação dos deveres do motorista de táxi


1 - A infração aos deveres do motorista a que se referem as alíneas e), g), i) e m) do artigo 2.º é punível
com coima de € 250 a € 750.
2 - A infração aos deveres do motorista a que se referem as alíneas a) a d), h), j) a l), n), p), s) e t) do
artigo 2.º é punível com coima de € 50 a € 150.
3 - A infração aos deveres do motorista a que se referem as alíneas o), q) e r) do artigo 2.º é punível com
coima de € 25 a € 75.

Artigo 24.º - Exercício irregular da atividade de formação


O exercício da atividade de formação por entidades não certificadas nos termos do art.º 13.º é punível
com coima de € 1.000 a € 2.500 ou € 2.500 a € 5.000, consoante se trate de pessoa singular ou coletiva.

Artigo 25.º - Violação dos deveres de entidade formadora


A infração aos deveres de entidade formadora a que se refere art.º 15.º é punível coima de € 250 a € 750.

Artigo 26.º - Sanção acessória


1 - Com a aplicação das coimas previstas nos artigos anteriores pode ser determinada a aplicação da
sanção acessória de interdição do exercício da profissão se o motorista tiver sido condenado pela prática
reincidente de qualquer das infrações previstas no n.º 1 do artigo 23.º ou de 3 infrações previstas no n.º 2
do mesmo artigo, quando cometidas no período de 1 ano a contar da data da 1.ª decisão condenatória.
2 - A interdição do exercício da profissão não pode ter uma duração superior a dois (2) anos.
3 - No caso de interdição do exercício da profissão, o infrator é notificado para proceder voluntariamente
ao depósito no IMT, do CMT ou do CMT provisório, consoante os casos, sob pena de apreensão do
respetivo título.
4 - Quem exercer a profissão estando inibido de o fazer nos termos dos números anteriores por sentença
transitada em julgado ou decisão administrativa definitiva incorre na prática de crime de desobediência
qualificada.
Artigo 27.º - Processamento das contraordenações
1 - O processamento das contraordenações previstas na presente lei compete ao IMT, I. P.
2 - A aplicação das coimas e sanções acessórias é da competência do conselho diretivo do IMT, I. P.
3 - O IMT, I. P., organiza o registo das infrações nos termos do disposto no DL n.º 2/2000, de 29JAN.
4 - Às contraordenações previstas na presente lei é subsidiariamente aplicável o regime geral do ilícito de
mera ordenação social, constante do DL n.º 433/82, de 27OUT, alterado pelos DL’s n.os 356/89, de
17OUT, 244/95, de 14SET, e 323/2001, de 17DEC, e pela Lei n.º 109/2001, de 24DEC.

Artigo 28.º - Produto das coimas


A afetação do produto das coimas faz-se da seguinte forma:
a) 60 % para os cofres do Estado;
b) 20 % para o IMT, I. P., constituindo receita própria deste organismo;
c) 20 % para a entidade fiscalizadora que levantou o auto, constituindo receita própria desta.

88 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/2013, de 22JAN

CAPÍTULO V - Disposições finais e transitórias

Artigo 29.º - Desmaterialização de atos e procedimentos


1 - Todos os pedidos, comunicações e notificações previstos na presente lei e na sua regulamentação são
efetuados por meios eletrónicos, através da plataforma eletrónica de informação do IMT, I. P., acessível
através do balcão único eletrónico dos serviços, referido nos art.os 5.º e 6.º do DL n.º 92/2010, de 26JUL.
2 - A todos os procedimentos administrativos previstos na presente lei, para cuja instrução ou decisão
final seja legal ou regulamentarmente exigida a apresentação de certidões ou declarações de entidades
administrativas, aplica-se o disposto DL n.º 114/2007, de 19ABR, e d) art.º 5.º DL n.º 92/2010, de 26JUL.

Artigo 30.º - Integração no sistema nacional de qualificações


1 - A formação e a certificação estabelecidas pela presente lei integram-se no Sistema Nacional de
Qualificações.
2 - A integração prevista no número anterior é promovida, de acordo com as respetivas competências,
pela Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, I. P., e pela Direção-Geral do
Emprego e das Relações do Trabalho, em articulação com o IMT, I. P.

Artigo 31.º - Cooperação administrativa


Para efeitos da aplicação da presente lei, as autoridades competentes participam na cooperação
administrativa, no âmbito dos procedimentos relativos a profissionais e entidades formadoras
provenientes de outros Estados membros, nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 51.º da Lei n.º 9/2009,
de 4MAR, e no capítulo VI do DL n.º 92/2010, de 26JUL, nomeadamente através do Sistema de
Informação do Mercado Interno.

Artigo 32.º - Regime transitório


1 - As entidades formadoras que atualmente sejam detentoras de homologação ou de reconhecimento de
cursos de formação de motorista de táxi concedidos pelo IMT, I. P., dispõem do prazo de um ano a contar
da data da publicação da portaria prevista na alínea c) do n.º 1 do artigo 13.º para se conformarem com o
disposto no mesmo número, requerendo nova certificação, sem o que ficam impedidas de exercer a
atividade de formação de motoristas de táxi. (Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO - Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV)
2 - A homologação e o reconhecimento de cursos de formação de motorista de táxi, concedidas ao abrigo
da legislação ora revogada, cujo prazo de validade esteja em curso na data do início da vigência da
presente lei, caducam no prazo de seis (6) meses a contar da data da publicação da portaria prevista na
alínea c) do n.º 1 do artigo 13.º, salvo se o fim do referido prazo não ocorrer em momento anterior.
(Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO - Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV)

3 - Os formandos que tiverem frequentado ações de formação dos cursos homologados referidos no
número anterior podem, no prazo de três (3) meses a contar da data da publicação da portaria referida no
n.º 3 do artigo 9.º, optar por submeter-se a avaliação por um júri designado pelo presidente do conselho
diretivo do IMT, I. P., ou nos termos previstos no artigo 12.º
(Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO - Despacho IMT n.º 1603/2016, de 02FEV)

4 - Os certificados de aptidão profissional (CAP) de motorista de táxi emitidos ao abrigo do disposto


no Decreto-Lei n.º 263/98, de 19 de agosto, alterado pelo DL n.º 298/2003, 21 de novembro, mantêm-se
válidos até ao fim do prazo que deles constar, devendo ser renovados nos termos da presente lei.
5 - Os motoristas que sejam possuidores da carteira profissional de motorista de turismo, obtida ao abrigo
do disposto no DL n.º 519-F/79, de 28DEC, revogado pelo DL n.º 92/2011, de 27JUL, podem obter o
CMT com dispensa da formação inicial referida no n.º 1 do artigo 9.º, desde que reúnam os requisitos
previstos no n.º 1 do artigo 5.º

Escola da Guarda 89
Lei n.º 6/2013, de 22JAN Táxis

Artigo 33.º - Norma revogatória


1 - É revogado o DL n.º 263/98, de 19 de agosto, alterado pelo DL n.º 298/2003, 21 de novembro.
2 - É revogada a Portaria n.º 788/98, de 21SET, alterada pelas Portarias n.os 195/99, de 23MAR, e 1130-
A/99, de 31DEC, pelo DL n.º 298/2003, de 21NOV, e pela Portaria n.º 121/2004, de 3FEV.

Artigo 34.º - Entrada em vigor


A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

90 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 6/98, de 31JAN

Lei n.º 6/98, de 31JAN


Estabelece medidas de segurança para os motoristas de táxi

A Assembleia da República decreta, nos termos dos artigos 161.º, alínea c), e 166.º, n.º 3, da
Constituição, o seguinte:

Artigo 1.º
1 - Nas áreas correspondentes aos comandos metropolitanos e distritais da PSP, nas quais seja
tecnologicamente possível, é criado um serviço de alerta, a cargo da PSP, constituído pela
disponibilização de um sistema de comunicações via satélite (GPS) e SOS rádio, entre os veículos ligeiros
de passageiros de aluguer e uma central daquela força de segurança.
2 - O referido serviço estabelece uma comunicação direta à Polícia de Segurança Pública de qualquer
ocorrência que justifique uma intervenção urgente das forças de segurança.
3 - A adesão pelos motoristas das viaturas referidas no n.º 1 ao
serviço de alerta implica exclusivamente a assunção, por estes,
dos encargos decorrentes da aquisição e manutenção do
equipamento terminal a instalar nos respetivos veículos e o
cumprimento das normas técnicas e regulamentares a aprovar
pelo Governo.
4 - A aquisição do equipamento referido no número anterior
poderá ser objeto de com participação financeira por parte do
Estado até 50% do respetivo valor, nos termos a regulamentar.

Artigo 2.º
Os veículos ligeiros de passageiros de aluguer que não adiram ao sistema previsto no artigo anterior
devem instalar, pelo menos, como condição de licenciamento para a respetiva atividade, um dos seguintes
sistemas ou dispositivos de segurança:
a) Aparelho rádio ligado a uma estação de rádio fixa com acesso às forças de segurança;
(Ver DR n.º 17/89, de 03JUL e Despacho Conjunto n.º 548/2002, de 27JUN)

b) Instalação de separadores entre os habitáculos do condutor e dos passageiros transportados;


(Ver DL n.º 184/2006, de 12SET)

c) Sistema de luz avisadora exterior ou leitor automático de tarifas exterior que possibilite a
mensagem SOS e, em qualquer dos casos, meio eletrónico de pagamento.
(Ver Port.ª n.º 277-A/99, de 15ABR, junto art.º 10.º DL n.º 251/98, de 11AGO)

Artigo 3.º
O Governo regulamentará esta lei, designadamente as características técnicas, a colocação dos
equipamentos, bem como a homologação dos modelos e a aprovação da respetiva instalação.
(Ver DL n.º 184/2006, de 12SET)

Artigo 4.º
O presente diploma entra em vigor com a regulamentação prevista no artigo anterior.

Escola da Guarda 91
Lei n.º 6/98, de 31JAN Táxis

Decreto Regulamentar n.º 17/89, de 03JUL


Segurança/ Identificação dos utentes/ Recusa de prestação de serviços
O problema da segurança dos condutores de veículos ligeiros de passageiros de aluguer que se encontram à disposição do público
durante o período noturno assume particular acuidade, face ao acrescido grau de risco que envolve, traduzido em lamentáveis atentados de que
têm sido alvo aqueles condutores.
A escolha das medidas preventivas apropriadas que aumentem a segurança daqueles motoristas não é questão fácil, tendo-se mesmo já
adotado fórmulas de concessão de incentivos financeiros para a colocação de separadores entre o habitáculo do motorista e dos passageiros
transportados, bem como a aquisição de equipamentos para radiotáxi.
A experiência entretanto adquirida com a vigência do Decreto n.º 124/82, de 2 de novembro, aconselha a que venham a estabelecer-
se condicionamentos à utilização daqueles serviços pelo público no período noturno e se determine a instalação obrigatória de equipamentos de
rádio ligados a uma central.
Tendo em conta a necessidade de facilitar a instalação daqueles aparelhos, a sua aquisição continuará a ser objeto de medidas especiais
de comparticipação e financiamento.
Assim:
Ao abrigo do disposto na base XI da Lei n.º 2008, de 7 de setembro de 1945, e nos termos da c) do artigo 202.º da Constituição, o
Governo decreta o seguinte:
Artigo 1.º
Nos automóveis ligeiros de passageiros de aluguer, explorados nas áreas de Lisboa e Porto, é obrigatória a instalação de um aparelho rádio, ligado
a uma estação de rádio fixa, a qual tem acesso às forças da segurança pública.

Artigo 2.º
Entre as 22 h de um dia e as 6 h do dia seguinte, os condutores dos veículos referidos no artigo anterior podem, antes de iniciar um serviço,
solicitar a identificação do utente, mediante a apresentação do respetivo bilhete de identidade, passaporte ou outro documento de identificação
considerado idóneo, bem como o local de destino, a fim de o comunicar à respetiva estação fixa.

Artigo 3.º
A recusa ou impossibilidade, por parte do utente, de fornecer os elementos essenciais à identificação referida no artigo anterior é motivo para o
condutor recusar a realização do serviço solicitado.
Artigo 4.º
A estação deve possuir um registo permanente onde sejam anotados todos os elementos respeitantes às comunicações efetuadas, com a menção
das horas e dos veículos emissores.
Artigo 5.º
É revogado o Decreto n.º 124/82, de 2 de novembro.
Artigo 6.º
1 - O presente diploma entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação.
2 - Até 31 de dezembro de 1989, os veículos já licenciados devem estar equipados com o dispositivo referido no artigo 1.º

Despacho Conjunto n.º 548/2002, de 27JUN, do MAI e do MOPTC


Criação de Grupo de Trabalho para Serviço de Alerta
A Lei n.º 6/98, de 31 de janeiro, que estabelece medidas de segurança para os motoristas de táxi, determinou a obrigatoriedade da
instalação de pelo menos um dos diversos sistemas de segurança na mesma previstos.
Quer a instalação de separadores entre os habitáculos do condutor e dos passageiros transportados, quer o sistema de luz avisadora
exterior integrando mensagem SOS, encontram-se já regulamentados.
Quanto aos sistemas de comunicações, avançou-se em duas frentes: foi apoiada financeiramente, através do IMT I.P., a modernização
dos sistemas telefónicos e de comunicações-rádio das cooperativas de radiotáxi, no âmbito do projeto Táxi Digital (1.ª fase), e foram realizados
estudos visando a definição da arquitetura do sistema de segurança do setor e os respetivos requisitos tecnológicos.
Importa agora complementar a regulamentação da Lei n.º 6/98, no que se refere à criação do serviço de alerta na mesma mencionado.
Assim, determina-se o seguinte:
1 - É criado um grupo de trabalho com o mandato de elaborar os projetos de diploma necessários à regulamentação da Lei n.º 6/98, de 31JAN, na
parte relativa à criação de um serviço alerta baseado num sistema de comunicações móveis e localização via satélite, previsto no artigo 1.º da lei.
2 - O grupo, para apoio aos seus trabalhos, poderá recorrer à colaboração de especialistas de reconhecido mérito nas áreas pertinentes.
3 - O grupo de trabalho tem a seguinte composição:
Um elemento a designar pela Secretaria de Estado da Administração Interna, o qual presidirá;
Um elemento a designar pela PSP;
Dois elementos a designar pelo IMT I.P.
4 - O apoio logístico e administrativo e os recursos financeiros necessários para o apoio especializado referido n.º 2 serão assegurados pelo IMT.
5 - Os trabalhos deverão ficar concluídos no prazo máximo de 60 dias após a publicação do presente despacho.

92 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 184/2006, de 12SET

Decreto-Lei n.º 184/2006, de 12SET


Requisitos de homologação dos separadores entre o habitáculo do condutor e o dos passageiros
transportados no banco da retaguarda

A política de segurança interna tem de compreender um conjunto de programas especiais


destinados a setores de atividade mais expostos e vulneráveis.
De entre estes, impõe-se priorizar a adoção de medidas que promovam a segurança do exercício
de atividade de motorista de táxi, criando condições para uma mais eficaz dissuasão, deteção e repressão
da criminalidade de que são vítimas.
Na prossecução deste programa foi desenvolvido o projeto «Táxi seguro», que criou um sistema
de alerta georreferenciado, assegurando a ligação direta entre os veículos e a central de alarme das forças
de segurança.
É um projeto que visa dissuadir o crime e criar condições para a pronta e eficaz intervenção das
forças de segurança em caso de ocorrência criminal.
Por outro lado, deve ser regulada a possibilidade de instalação do sistema de videovigilância no
interior das viaturas, que pode também constituir um importante instrumento de dissuasão e é um auxiliar
da investigação criminal, para identificação dos responsáveis pelo crime.
Tendo em conta a reserva de lei formal constitucionalmente consagrada, esta matéria foi objeto
de iniciativa legislativa de natureza parlamentar autónoma.
No mesmo contexto se enquadra a instalação de separadores entre os bancos dos passageiros e
do condutor, uma das medidas de segurança previstas na Lei n.º 6/98, de 31 de janeiro, regulada pelo
Decreto-Lei n.º 230/99, de 23 de junho. Contudo, a experiência revelou tratar-se de uma regulamentação
desadequada ao mercado nacional, o que explica o fraco impacte da iniciativa. Impõe-se, por isso,
liberalizar o recurso a estes dispositivos, ressalvando a necessidade de garantir a segurança de todos os
ocupantes da viatura e a sua funcionalidade própria.
Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.º - Objeto


O presente decreto-lei define os requisitos de homologação dos separadores entre o habitáculo do
condutor e o dos passageiros transportados no banco da retaguarda, a instalar em automóveis ligeiros de
passageiros de aluguer, designados por táxis, bem como o respetivo regime sancionatório.

Artigo 2.º - Homologação


1 - Estão sujeitos a homologação os dispositivos de separação física entre o assento do condutor e o
assento dos passageiros transportados nos veículos ligeiros de aluguer, designados por táxis. (Ver art.º 5.º)
2 - A homologação compete ao IMT I.P., nos termos dos artigos seguintes.
(Ver Despacho DGV n.º 25759/99, de 30DEC)

3 - Podem ser livremente utilizados, com dispensa de homologação pelo IMT I.P., os dispositivos
homologados em outro Estado membro da União Europeia.
4 - Os separadores devem exibir marca de homologação. (Ver art.º 7.º)
5 - A homologação emitida pelo IMT I.P. é válida pelo prazo de dez (10) anos.
6 - A homologação pode ser cancelada sempre que se verificar a não conformidade com o modelo
aprovado.

Escola da Guarda 93
Decreto-Lei n.º 184/2006, de 12SET Táxis

Despacho DGV n.º 25759/99, de 30DEC


Homologação de Separadores para Táxis

O Decreto-Lei n.º 230/99, de 23 de junho, (Atualmente DL n.º 184/2006, de 12SET) veio desenvolver o regime jurídico aplicável ao
separador de segurança para táxis, estabelecendo que as especificações técnicas das características dos referidos elementos são estabelecidas por
despacho do Presidente do IMT I.P.
Tornando-se necessário definir aquelas especificações, determina-se, ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º
230/99, de 23 de junho, (Atualmente DL n.º 184/2006, de 12SET) o seguinte:
1 - Para efeitos do estabelecido no presente despacho, os seguintes termos têm o significado que aqui lhes é atribuído:
a) Homologação nacional de modelo de separador para táxi - o ato pelo qual o IMT I.P. certifica que um modelo de separador
obedece às características técnicas fixadas para o efeito;
b) Certificado de homologação nacional de modelo - o documento emitido após homologação nacional de modelo;
c) Relatório de ensaio - o documento emitido por laboratório acreditado no âmbito do sistema português da qualidade atestando as
características do modelo de separador, de acordo com as normas para o efeito fixadas;
d) Separador - a unidade técnica destinada a separar o habitáculo do condutor do dos passageiros transportados no banco da
retaguarda, em automóveis ligeiros de passageiros de aluguer designados por táxi;
e) Marca de fabrico ou comercial - a designação principal da unidade técnica, fixada pelo fabricante;
f) Modelo - a designação secundária da unidade técnica, fixada, a título facultativo, pelo fabricante;
g) Marca de homologação nacional - a marca constituída por grupos de caracteres que identificam a homologação nacional;
h) Separador de modelo homologado - o separador que não apresente alteração em qualquer das suas características relativamente ao
protótipo aprovado pelo IMT I.P., nomeadamente no que respeita à marca de fabrico ou comercial, modelo, material base e
respetivas características.
2 - Os separadores devem apresentar forma e dimensões adequadas à sua
instalação nos modelos de veículos a que se destinam, sendo aprovados,
para tal efeito, como unidades técnicas.
3 - O separador deve ser concebido de forma a ser instalado entre os
passageiros que ocupam os bancos da retaguarda dos veículos e o banco
do condutor e passageiro ou passageiros da frente.
4 - Os separadores devem apresentar as seguintes características físicas:
a) Ser constituído por um ou vários elementos ligados
rigidamente entre si;
b) Ser de material plástico transparente e incolor, não distorcendo as imagens nem obstruindo ou reduzindo a visibilidade para a
retaguarda obtida através do espelho retrovisor interior;
c) Apresentar espessura que garanta condições adequadas de resistência.
5 - Na área correspondente ao impacte da cabeça de um adulto de 95º percentil, sentado no banco da retaguarda utilizando um cinto
subabdominal, os separadores devem apresentar características de absorção de energia de modo a minimizar o risco de ferimentos em caso de
colisão.
6 - Os separadores não devem apresentar extremidades ou outras formas que constituam perigo para os passageiros dos veículos, devendo todas
as arestas apresentar-se arredondadas com raio não inferior a 2 mm.
7 - Os separadores devem ainda:
a) Permitir a adequada ventilação do compartimento destinado aos passageiros;
b) Permitir a comunicação sonora entre os compartimentos do motorista e dos passageiros;
c) Possuir uma abertura ou sistema que permita a passagem de dinheiro ou outro meio de pagamento, dotada de dispositivo
comandado pelo condutor que permita o seu total encerramento.
8 - O separador deve apresentar resistência balística a pistolas de calibre 9 mm.
9 - Só devem ser admitidos a ensaio para a determinação da resistência balística os materiais isentos de irregularidades na estrutura, fissuras,
fraturas ou qualquer outra evidência de redução da sua eficiência.

94 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 184/2006, de 12SET

10 - A característica referida no n.º 8 deve ser verificada da seguinte forma:


a) A arma de teste deve ser uma pistola de calibre 9 mm, ou equipamento equivalente;
b) As balas de teste devem ser de 9 mm, com invólucro metálico, apresentando massa e velocidade não superiores respetivamente a
150 g e 350 m/s;
c) Uma secção do separador a testar deve ser fixada de modo que a sua superfície fique perpendicular à trajetória da bala no ponto de
impacte, sendo colocada a uma distância de 5 m da extremidade da arma de teste;
d) Por detrás da secção do separador a testar, e a uma distância de 150 mm, deve ser colocada, paralelamente, uma folha de controlo
em alumínio, de espessura não superior a 0,5 mm;
e) O elemento a testar deve ser pré-condicionado a uma temperatura entre 20º C a 28º C durante pelo menos vinte e quatro horas;
f) Devem ser efetuados não menos de cinco (5) nem mais de oito (8) disparos, devendo os impactes ser uniformemente distribuídos
no elemento em teste.
11 - Um material é considerado aprovado no ensaio a que se refere o número anterior desde que não se verifique qualquer sinal de impacte na
folha de controlo a que se refere a alínea d) do número anterior.
12 - O separador deve apresentar resistência ao contacto com substâncias ácidas.
13 - A característica a que se refere o número anterior deve ser verificada
mergulhando uma amostra do material do separador em ácido sulfúrico à
temperatura ambiente, durante um período de trinta (30) segundos; após o
ensaio e a partir de 10 mm da margem, a amostra não deve apresentar sinais de
deterioração que possam reduzira sua eficácia.
14 - A homologação nacional de modelo de um separador para táxi deve ser
requerida pelo fabricante ao IMT I.P., sendo o processo instruído com os
seguintes elementos:
a) Identificação, morada, telefone e fax;
b) Marca de fabrico ou comercial (e modelo) do separador;
c) Cópia autenticada dos relatórios de ensaio aplicáveis;
d) Taxa correspondente.
15 - A comunicação de homologação nacional de modelo de um separador para táxi é efetuada através de certificado de homologação, de modelo
constante do anexo ao presente despacho.
16 - O fabrico de separadores com características diferentes das do modelo homologado exige a apresentação de novo pedido de homologação,
instruído nos termos do presente despacho.
17 - Os separadores homologados devem apresentar gravadas de modo claramente legível e indelével, num dos cantos, a marca de fabrico e a
marca de homologação IMT concedida.
18 - A marca de homologação nacional é constituída pela indicação da marca de fabrico ou comercial e pelo número de homologação, conforme
previsto no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 230/99, de 23 de junho, (Atualmente DL n.º 184/2006, de 12SET) que devem estar inscritos num
retângulo de dimensão não superior a 20 mm x 50 mm.
19 - Todos os elementos de separadores submetidos a ensaio devem ser representativos da produção corrente.
20 - Quando do pedido de realização de ensaios, e em condições a definir caso a caso pelo laboratório acreditado para o efeito, pode ser
dispensada a realização de ensaios previstos no presente despacho, desde que o fabricante do separador a ensaiar comprove, através de relatório
de ensaio válido ou documento equivalente, que os produtos apresentados no mesmo obedecem às características fixadas no presente despacho.
21 - O fabricante que pretenda uma homologação nacional de um separador deve apresentar no laboratório acreditado os seguintes elementos:
a) Desenho cotado, em formato A4, suficientemente detalhado para permitir a identificação do modelo;
b) Memória descritiva do separador, em formato A4, em duplicado, com a indicação dos materiais utilizados, suas características e
funcionalidade do separador, bem como a identificação dos modelos de veículos a que se destina;
c) Um exemplar completo do separador;
d) Cinco provetes do material do separador, sendo dois de 200 mm x 200 mm e os
restantes três de 100 mm x 100 mm.
22 - Após a realização dos ensaios, deve ser emitido pelo laboratório acreditado o relatório de
ensaios, que deve ser presente no IMT I.P. para os efeitos previstos no n.º 14 do presente
despacho.
23 - A conformidade de produção dos separadores produzidos de acordo com uma
homologação nacional, concedida nos termos do presente despacho, rege-se pelo estabelecido
na legislação nacional relativa à homologação europeia de veículos, sistemas, componentes e
unidades técnicas.

Escola da Guarda 95
Decreto-Lei n.º 184/2006, de 12SET Táxis

ANEXO
Certificado de homologação nacional de modelo

Número da marca de homologação nacional de modelo: ...


(Respeitante à homologação nacional de modelo de um separador para táxi, por aplicação do disposto no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 230/99, de 23 de junho.)
(Atualmente DL n.º 184/2006, de 12SET)
1 - Marca de fabrico ou comercial: ...
2 - Modelo: ...
3 - Fabricante:.. .
4 - Endereço: ...
5 - Representante do fabricante: ...
6 - Endereço:.. .
7 - Serviço técnico responsável pelos ensaios para homologação: ..
8 - Número do relatório de ensaio: ...
9 - Observações: ...
10 - Local: ...
11 - Data: ...
12 - Serviço emissor: ...
13 - Assinatura: ...

NOTA: A colocação de separadores de segurança nos táxis não é obrigatória, de acordo com a legislação.

96 Escola da Guarda
Táxis Decreto-Lei n.º 184/2006, de 12SET

Artigo 3.º - Requisitos de homologação


Para efeitos de homologação pelo IMT I.P., o separador entre o assento do condutor e o dos passageiros
transportados na retaguarda dos táxis deve apresentar características que satisfaçam os seguintes
requisitos:
a) Visibilidade nos dois sentidos, nomeadamente através do espelho retrovisor;
b) Ausência de arestas vivas ou de asperezas perigosas;
c) Dispositivo de comunicação para os meios de pagamento;
d) Dispositivo para amortecimento ou desconexão do sistema de fixação em caso de colisão
frontal do veículo.

Artigo 4.º - Processo de homologação


A emissão do certificado de homologação é requerida ao IMT I.P., devendo o pedido ser instruído com:
a) Requerimento do interessado;
b) Declaração de responsabilidade emitida pela entidade instaladora do separador.

Artigo 5.º - Instalação e inspeção


1 - A instalação de separador num veículo matriculado carece de inspeção posterior a realizar por centro
de inspeção automóvel.
2 - As condições de instalação e de inspeção são definidas por despacho do membro do Governo que
superintende a área dos transportes terrestres.
 Circulação de táxi com separador instalado sem que tivesse sido sujeito a uma inspeção.
Inf.: n.º 1 art.º 5.º e n.º 1 art.º 2.º DL n.º 184/2006, de 12SET
Pun.: n.º 1 art.º 7.º DL n.º 184/2006, de 12SET
Coima: 500 € a 3.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará

Artigo 6.º - Utilização dos lugares da frente


Sempre que o táxi tenha o separador instalado, o motorista pode recusar o transporte de passageiros no
lugar ou lugares da frente.

Artigo 7.º - Regime sancionatório


1 - O incumprimento do disposto no artigo 5.º, bem como o uso de separador não homologado,
constituem contraordenação, punível com coima de € 500 a € 3.500.
2 - A negligência é punível, sendo os limites referidos no número anterior reduzidos a metade.
3 - Com a aplicação das coimas previstas no n.º 1 pode ser decretada a sanção acessória de suspensão de
licença ou alvará até dois (2) anos.
 Circulação de táxi com separador instalado de modelo não homologado.
Inf.: n.º 1 art.º 7.º e n.º 1 art.º 2.º DL n.º 184/2006, de 12SET
Pun.: n.º 1 art.º 7.º DL n.º 184/2006, de 12SET
Coima: 500 € a 3.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará

 Circulação de táxi com separador instalado sem possuir marca de homologação.


Inf.: n.º 1 art.º 7.º e n.º 1 art.º 4.º DL n.º 184/2006, de 12SET
Pun.: n.º 1 art.º 7.º DL n.º 184/2006, de 12SET
Coima: 500 € a 3.500 € - IMT - Auto ao Titular do alvará

Escola da Guarda 97
Decreto-Lei n.º 184/2006, de 12SET Táxis

Artigo 8.º - Competência para fiscalização


1 - São competentes para a fiscalização das normas constantes do presente decreto-lei a Guarda Nacional
Republicana e a Polícia de Segurança Pública e o IMT I.P.
2 - São aplicáveis às contraordenações previstas no presente decreto-lei as disposições do Código da
Estrada para o processamento das infrações rodoviárias.

Artigo 9.º - Produto das coimas


A repartição do produto das coimas aplicadas nos termos dos artigos anteriores segue o disposto no
Decreto-Lei n.º 369/99, de 18 de setembro.

Artigo 10.º - Regiões Autónomas


A aplicação do presente decreto-lei às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira faz-se sem prejuízo
das competências cometidas aos respetivos órgãos de governo próprio.

Artigo 11.º - Norma revogatória


É revogado o Decreto-Lei n.º 230/99, de 23 de junho.

98 Escola da Guarda
Táxis Lei n.º 33/2007, de 13AGO

Lei n.º 33/2007, de 13AGO


Regula a instalação e utilização de sistemas de videovigilância em táxis
A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

Artigo 1.º - Objeto


A presente lei regula o serviço de videovigilância em táxis, fixando as finalidades autorizadas, os
requisitos mínimos, as características dos equipamentos e o regime aplicável à sua homologação,
instalação e fiscalização.

Artigo 2.º - Finalidade e estrutura do sistema


1 - O serviço tem como objetivo registar imagens que, em caso de
ocorrência de situações de emergência, designadamente de ameaça ou
ofensa à integridade física de motoristas de táxi ou de utentes, e para a
finalidade de proteção de pessoas e bens, permitam às forças de
segurança uma ação eficaz na identificação e responsabilização
criminal dos infratores.
2 - O serviço assenta na instalação e gestão de um sistema de recolha,
registo e arquivo digital de imagens, composto por:
a) Unidades móveis instaladas a bordo de táxis, adiante designadas por UM;
b) Centrais de receção e arquivo de imagens, adiante designadas por CRTI, que assegurem a
comunicação às forças de segurança de informações tendentes à identificação de pessoas.

Artigo 3.º - Centrais de receção e arquivo de imagens


1 - As CRTI recebem as imagens dos táxis que a elas estejam ligados, processam e arquivam essas
comunicações e transmitem às forças de segurança a informação tendente à identificação de
intervenientes em situações de emergência.
2 - A exploração e gestão das CRTI só pode ser exercida por entidades legalmente constituídas e
autorizadas nos termos do Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, desde que disponham de meios
técnicos e humanos necessários para permitir a cooperação adequada com as forças de segurança.
[Ver c) n.º 1 art.º 13.º]

3 - As entidades que gerem as CRTI são responsáveis pelo tratamento de dados, por verificar a
conformidade da instalação das UM, bem como a sua compatibilidade técnica com o equipamento da
respetiva central.

Artigo 4.º - Comunicação entre as unidades móveis e as centrais de receção e arquivo de imagens
Os táxis que adiram ao sistema de segurança previsto na presente lei devem estar equipados com a UM,
devidamente homologada, que permita as seguintes funções:
a) Recolha de imagens do interior do veículo em
condições e com resolução que permitam a sua
utilização para os efeitos autorizados;
b) Ligações de dados que garantam a transmissão segura
das imagens para as CRTI, a fim de serem arquivadas
e, caso se revele necessário, usadas pelas forças de
segurança.

Escola da Guarda 99
Lei n.º 33/2007, de 13AGO Táxis

Artigo 5.º - Comunicação entre as centrais de receção e arquivo de imagens e as forças de segurança
A transmissão de dados da CRTI aos centros de comando e controlo das forças de segurança é feita
eletronicamente de forma segura ou através da entrega física das imagens, desde que em suporte digital.

Artigo 6.º - Homologação, características e instalação dos equipamentos


1 - A homologação das UM e dos equipamentos das CRTI compete às forças de segurança.
2 - A instalação das UM não pode prejudicar a segurança dos passageiros e a condução do táxi.

Artigo 7.º - Proteção de dados


1 - A utilização do serviço de videovigilância em táxis rege-se pelo disposto na Lei n.º 67/98, de 26 de
outubro, quanto à recolha de dados pessoais, em tudo o que não se encontrar especialmente regulado na
presente lei.
2 - A instalação e utilização do serviço de videovigilância em táxis é fiscalizada pela Comissão Nacional
de Proteção de Dados (CNPD), com vista a assegurar que os sistemas sejam comprovadamente idóneos,
adequados e necessários para atingir o objetivo proposto e sejam salvaguardados os direitos, liberdades e
garantias dos cidadãos.
3 - A CNPD emite parecer prévio e vinculativo sobre as especificações técnicas dos sistemas cuja
instalação seja solicitada, por forma a assegurar que, numa ótica de regulação geral, se coadunam com o
disposto na presente lei.
4 - A CNPD é notificada de todos os tratamentos de dados que venham a utilizar a videovigilância em
táxis, devendo definir para o efeito procedimentos simplificados, assentes em critérios de celeridade,
economia e eficiência, bem como no uso exclusivo de suportes eletrónicos.

Artigo 8.º - Direito de acesso


1 - São asseguradas a todas as pessoas que figurem em gravações obtidas, de acordo com a presente lei,
os direitos de acesso e eliminação, salvo o disposto no número seguinte.
2 - O exercício dos direitos previstos no número anterior pode ser fundadamente negado quando seja
suscetível de pôr em causa a segurança pública, quando seja suscetível de constituir uma ameaça ao
exercício dos direitos e liberdades de terceiros ou, ainda, quando esse exercício prejudique uma
investigação criminal em curso.
3 - Os direitos previstos no n.º 1 são exercidos perante o responsável pelo tratamento dos dados
recolhidos, diretamente ou através da CNPD.

Artigo 9.º - Limites à utilização


1 - A UM só pode ser acionada para proceder à gravação de imagens em caso de risco ou perigo potencial
ou iminente.
2 - As imagens gravadas nos termos do número anterior são eliminadas de imediato, caso não se verifique
a situação que motivou aquela gravação.
3 - Quando possuam UM, os táxis devem ter um aviso, em local bem visível, sinalizando que neles se
procede à captação e gravação de imagens por razões de segurança, e identificando o responsável pelo
tratamento de dados e o seu contacto. [Ver g) n.º 1 art.º 13.º]
4 - O aviso referido no número anterior deverá obedecer a modelo único a regulamentar e aprovar pelo
Governo. (Ver Portaria n.º 1164-A/2007, de 12SET) - [Ver g) n.º 1 art.º 13.º]

100 Escola da Guarda


Táxis Lei n.º 33/2007, de 13AGO

Artigo 10.º - Prazo de conservação


1 - Os dados pessoais obtidos pelo serviço de videovigilância em táxis podem ser conservados pela
entidade que os recolha apenas pelo período necessário à sua comunicação às forças de segurança, que
não pode exceder cinco (5) dias.
2 - Os dados pessoais transmitidos podem ser conservados pelas forças de segurança durante o período
necessário para a prossecução das finalidades da recolha ou do tratamento posterior, não podendo exceder
um (1) ano.
3 - Mediante decisão judicial, o prazo máximo indicado no número anterior pode, em circunstâncias
devidamente fundamentadas, ser alargado, a requerimento da entidade policial ou judiciária que invoque
tal necessidade para o cumprimento de disposições legais.
4 - Caso não exista fundamento para a comunicação de dados às forças de segurança, as imagens
recolhidas devem ser imediatamente eliminadas.

Artigo 11.º - Manutenção dos equipamentos


1 - Os proprietários ou utilizadores das UM e as entidades que explorem as CRTI são obrigados a manter
em bom estado todos os instrumentos, aparelhos e circuitos dos seus sistemas, devendo, para o efeito,
dispor dos meios técnicos necessários.
2 - É proibido alterar as especificações técnicas dos equipamentos, eliminar quaisquer palavras, letras,
números, gravuras ou impressões apostos nos aparelhos, bem como qualquer indicação ou notas que
respeitem aos mesmos.

Artigo 12.º - Acesso às instalações e equipamentos


A criação e gestão de uma CRTI obriga o proprietário ou gestor dessa central a garantir o acesso de
agentes das forças de segurança e da CNPD, devidamente identificados, ao local da instalação dos
equipamentos.

Artigo 13.º - Regime sancionatório


1 - Constituem contraordenações as seguintes infrações à presente lei:
a) A instalação de equipamentos não homologados, punida com coima de € 1.000 a € 5.000;
 Instalação de equipamentos não homologados.
Inf.: a) n.º 1 art.º 13.º e n.º 1 art.º 6.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Pun.: a) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Coima: 1.000 € a 5.000 € - CNPD - Auto ao Titular do alvará

b) A recusa de acesso às instalações e equipamentos, punida com coima de € 500 a € 750;


 Recusa de acesso às instalações e aos e aos equipamentos.
Inf.: b) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Pun.: b) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Coima: 500 € a 750 € - CNPD - Auto ao Titular do alvará

c) A exploração e gestão de uma CRTI por entidade não autorizada, punida com coima de €
1.500 a € 10.000;
 A exploração e gestão de uma CRTI por entidade não autorizada.
Inf.: n.º 2 art.º 3.º e c) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Pun.: c) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Coima: 1.500 € a 10.000 € - CNPD - Auto ao Titular do alvará

Escola da Guarda 101


Lei n.º 33/2007, de 13AGO Táxis

d) A recolha de imagens fora das condições legalmente autorizadas, punida com coima de €
1.000 a € 5.000;
 A recolha de imagens fora das condições legalmente autorizadas.
Inf.: d) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Pun.: d) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Coima: 1.000 € a 5.000 € - CNPD - Auto ao Titular do alvará

e) O tratamento de imagens fora das condições legalmente autorizadas, punido com coima de €
2.000 a € 10.000;
 O tratamento de imagens fora das condições legalmente autorizadas.
Inf.: e) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Pun.: e) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Coima: 2.000 € a 10.000 € - CNPD - Auto ao Titular do alvará

f) A transmissão de dados a pessoas não autorizadas ou fora das condições legalmente


autorizadas, punida com coima de € 2.000 a € 10.000;
 A transmissão de dados a pessoas não autorizadas ou fora das condições legalmente autorizadas.
Inf.: f) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Pun.: f) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Coima: 2.000 € a 10.000 € - CNPD - Auto ao Titular do alvará

g) A não colocação em local bem visível do aviso previsto nos n.os 3 e 4 do artigo 9.º, punida
com coima de € 50 a € 500.
 Não colocação no táxi, em local bem visível de aviso, sinalizando que nele se procede à captação e gravação de imagens
por razões de segurança, e identificando o responsável pelo tratamento de dados e o seu contacto.
Inf.: n.º 3 art.º 9.º e g) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO c/ ref.ª Portaria n.º 1164-A/2007, de 12SET
Pun.: g) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Coima: 50 € a 500 € - CNPD - Auto ao Titular do alvará

 Colocação no táxi de aviso, sinalizando que nele se procede à captação e gravação de imagens por razões de segurança, e
identificando o responsável pelo tratamento de dados e o seu contacto sem que seja de modelo regulamentar.
Inf.: n.º 4 art.º 9.º e g) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO c/ ref.ª Portaria n.º 1164-A/2007, de 12SET
Pun.: g) n.º 1 art.º 13.º Lei n.º 33/2007, de 13AGO
Coima: 50 € a 500 € - CNPD - Auto ao Titular do alvará

2 - A tentativa e a negligência são puníveis, sendo os limites referidos no número anterior reduzidos a
metade.

Artigo 14.º - Competência para o processo contraordenacional


1 - São competentes para a fiscalização das normas constantes da presente lei a Guarda Nacional
Republicana e a Polícia de Segurança Pública.
2 - O processo de contraordenação inicia-se oficiosamente, mediante participação das autoridades
policiais ou fiscalizadoras ou de particular.
3 - São aplicáveis às contraordenações previstas no presente decreto-lei as disposições do Código da
Estrada para o processamento das infrações rodoviárias.

102 Escola da Guarda


Táxis Lei n.º 33/2007, de 13AGO

Artigo 15.º - Produto das coimas


A repartição do produto das coimas aplicadas nos termos dos artigos anteriores segue o disposto no
Decreto-Lei n.º 369/99, de 18 de setembro.

Artigo 16.º - Disposição transitória


Com vista à entrada em funcionamento pleno das funcionalidades dos sistemas de videovigilância em
táxis, deve o Governo proceder à regulamentação e aprovação referidas no n.º 4 do artigo 9.º da presente
lei no prazo de 30 dias após a data da sua publicação. (Ver Portaria n.º 1164-A/2007, de 12SET)

Artigo 17.º - Entrada em vigor


A presente lei entra em vigor no prazo de 60 dias após a sua publicação.

Portaria n.º 1164-A/2007, de 12SET


Modelo de Aviso que sinaliza que se procede à captação e gravação de imagens por razões de segurança

A Lei n.º 33/2007, de 13 de agosto, vem regular a instalação e utilização de sistemas de videovigilância em táxis, fixando as finalidades
autorizadas, os requisitos mínimos, as características dos equipamentos e o regime aplicável à sua homologação, instalação e fiscalização.
De acordo com os n.os 3 e 4 do artigo 9.º da Lei n.º 33/2007, de 13 de agosto, os táxis que instalem sistemas de videovigilância devem
apor aviso, em local bem visível, sinalizando que neles se procede à captação e à gravação de imagens por razões de segurança, identificando o
responsável pelo tratamento de dados e o respetivo contacto, de modelo a regulamentar pelo Governo.
Assim:
Manda o Governo, através do Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, ao abrigo do n.º 4 do artigo 9.º da Lei n.º
33/2007, de 13 de agosto, o seguinte:

Artigo único
É aprovado o modelo de aviso a que se refere o n.º 3 do artigo 9.º da Lei n.º 33/2007, de 13 de agosto, que consta em anexo à presente portaria,
da qual faz parte integrante.

ANEXO
Modelo

Cor: vermelha.
Dimensão: 12,5 cm x 5,4 cm.

Escola da Guarda 103


Lei n.º 33/2007, de 13AGO Táxis

ESTA PÁGINA FICOU PROPOSITADAMENTE EM BRANCO

104 Escola da Guarda


Táxis GENERALIDADES

ALVARÁ
(Art.º 3.º DL n.º 251/98), emitido pelo IMT, I.P.
• A empresa tem de ter licença (alvará) para a atividade;
• A matrícula do veículo em exploração tem de ser averbada no alvará (averbada pelo IMT I.P. – Art.º 12.º);
• A empresa tem de comunicar a modificação da direção/ gerência ou da sede em 30 dias (Art.º 9.º).

LICENÇA DO VEÍCULO
(Uma por veículo) (Art.º 12.º DL n.º 251/98), emitida pela Câmara Municipal
• O veículo tem de ter licença.

CMT – CERTIFICADO DE MOTORISTA DE TÁXI


(Lei n.º 6/2013), emitido pelo IMT I.P.
• O motorista do táxi tem de ter o CMT (Art.º 3.º);
• O CMT, o CMT Provisório ou o comprovativo da entrega da Declaração Prévia, tem de estar colocado no lado superior direito
do para-brisas, de forma bem visível para os passageiros. [f) Art.º 2.º];
- O CMT é válido por 5 anos, tendo que ser renovado (n.º 2 Art.º 3.º);
- Caso o titular do CMT tenha idade ≥ a 65 anos, o CMT é válido pelo período de 2 anos, renovável por iguais períodos.
(n.º 3 Art.º 3.º).
NOTA: Os Certificados de Aptidão Profissional (CAP), emitidos ao abrigo do DL n.º 263/98, [Atualmente
revogado p/ Lei n.º 6/2013, de 22JAN], a exibir pelo motorista mantêm-se válidos até ao fim do prazo que
deles constar. (n.º 4 Art.º 32.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN)

Aguarda-se despacho do Presidente do conselho diretivo do IMT I.P. que irá criar o Certificados de Motorista
de Táxi (CMT).

LIVRO DE FATURAS/ RECIBOS


[m) Art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN]
• Tem de estar a bordo;
• O condutor tem de emitir e assinar o recibo comprovativo do valor total do serviço prestado, no momento do pagamento do
serviço respetivo e nos termos da lei, do qual deve constar a identificação, o endereço e o número de contribuinte da empresa e
a matrícula do veículo e, quando solicitado pelo passageiro, a hora, a origem e o destino do serviço e os suplementos pagos.

Escola da Guarda 105


GENERALIDADES Táxis

CARACTERÍSTICAS DO TÁXI
(Portaria n.º 277-A/99)
• Bege-marfim, ou, a metade superior verde-mar e a metade inferior preta.

DISTINTIVO IDENTIFICADOR DA LICENÇA DO VEÍCULO/ ALVARÁ


(Art.º 3.º Portaria n.º 277-A/99)
• Deve ser aposto nos guarda-lamas da frente e na retaguarda do veículo;
• Deve ter o nome da freguesia ou concelho e o número da licença, com algarismos de cor preta sobre um fundo bege-marfim ou
branco sobre um fundo preto, devendo ser pintado ou então impresso em material autocolante garantindo condições de
aderência e permanência;
- O número da licença é atribuído pela Câmara Municipal de forma sequencial, para cada freguesia ou para o concelho;
- No regime de estacionamento livre ou condicionado, terá o nome do concelho, e nos restantes, o da freguesia;
• Os distintivos identificadores da licença dos veículos devem ser acompanhados abaixo da referência ao número da licença e à
freguesia ou concelho, da indicação do número do alvará da empresa, pintado ou impresso em material autocolante ou
também embutidos em suportes metálicos ou plásticos, os quais sejam fixados de forma visível e permanente na carroçaria ou
para-choques dos veículos, à frente e à retaguarda. (Introduzido pelo Despacho IMTT n.º 10009/2012, de 25JUL, já alterado
pelos Despachos IMT n.os 10104/2014, de 24JUL e 12570/2014, de 14OUT)

AFIXAÇÃO DE PUBLICIDADE
(Art.º 5.º Portaria n.º 277-A/99)
• As mensagens de publicidade só podem ser apostas nos guarda-lamas da retaguarda, e nas portas laterais (excluindo os
vidros);
• Na parte superior do para-brisas e nas partes superior e inferior do vidro da retaguarda, podem ser afixados dísticos de
material autocolante, com altura não superior a 8 cm, com o nome da empresa do táxi ou da central de táxis, com os respetivos
contatos, e o número da adesão do táxi à central, podendo ainda conter menções publicitárias.

DISPOSITIVO LUMINOSO
(n.º 2 Art.º 10.º DL n.º 251/98; Art.º 2.º Portaria n.º 277-A/99)
• Deve ser colocado na parte dianteira do tejadilho, em posição centrada, visível da frente e da retaguarda;
• Os elementos “Táxi” e “Concelho” devem estar sempre iluminados, e a luz verde lateral acesa quando se encontra livre e
apagada quando ocupado;
• O número/ letra da tarifa deve estar iluminado quando ocupado e apagada quando livre;
• A caixa do dispositivo deve ser de cor bege-marfim ou branca, os elementos identificadores devem ter fundo preto e ser
iluminados a cor branca ou amarela para a frente e vermelha para trás;
• São permitidas grades no tejadilho para transporte (Despacho DGTT, de 12MAR83), desde que não prejudique a visibilidade
do dispositivo luminoso, de “Táxi” e da tarifa, e colocadas de forma inamovível;
- Quando o táxi estiver no respetivo lugar de estacionamento, pode ter o dispositivo luminoso apagado;
- Se o táxi circular com o dispositivo luminoso apagado, é porque não se encontra ao serviço ou foi requisitado via telefone;
- Só podem ser instalados dispositivos certificados pelo SPQ – Sistema Português da Qualidade;
- O identificador da tarifa deve assinalar o número da tarifa praticada, a letra C (contrato) ou P (percurso), ou ainda SOS.

TAXÍMETRO
(Art.º 11.º DL n.º 251/98)
• O taxímetro tem de ser homologado;
• Tem de ser colocado na metade superior do tablier, ou em cima deste, ou no espelho retrovisor, em local bem visível pelos
passageiros;
• O taxímetro não pode estar ocultado, tendo de ser visível para o passageiro;
• O taxímetro tem de ter a inspeção efetuada;
• Tem de haver um dístico indicador de aferição do taxímetro (inspeção), do ano anterior ou do presente ano (Art.º 4.º Portaria
n.º 277-A/99 - O taxímetro deve ser aferido anualmente, até ao final do ano);
- Deve ser colocado na parte superior direita do para-brisas;
- O dístico tem de ser circular, de matéria plástica transparente e autocolante, com rebordo preto, contendo na parte
central a entidade aferidora por siglas ou iniciais, e contendo na parte inferior o ano de aferição do taxímetro.

106 Escola da Guarda


Táxis GENERALIDADES

DÍSTICO DO TABACO
(Lei n.º 37/2007) - (Competência da ASAE)
• Tem de haver um dístico regulamentar de proibição de fumar;
• É proibido fumar no interior de táxi.

AFIXAÇÃO DA TABELA DE PREÇOS


(Portaria n.º 397/97) - (competência da ASAE)
• É obrigatória a afixação de preços no regime ao quilómetro e à hora, através de um autocolante afixado no vidro traseiro lateral
esquerdo, virado para o interior, com informação das tarifas, suplementos e condições de aplicação;
- O tarifário tem de estar conforme o acordo da Convenção 2013/ 2014, autenticado com selo branco de uma das
associações outorgantes ou da Direção-Geral das Atividades Económicas (Art.º 10.º DL n.º 138/90 - ASAE);
• Os táxis homologados para mais de 4 lugares de passageiros, têm de ter afixada uma “Informação ao Utente”, no para-brisas do
lado direito e no vidro lateral traseiro direito, de forma visível, quer do interior ou exterior, referindo que a sua utilização
implica uma tarifa mais elevada do que os demais táxis com menos lotação (n.º 3, Cláusula 10.ª, Convenção preços 2013/
2014); não se aplica aos táxis sem distintivo (n.º 5).

EXTINTOR
(Art.º 30.º RCE/ Despacho DGV n.º 15680/2002)
• Tem de haver um extintor de incêndio, em condições de funcionamento, em local bem visível e de fácil alcance;
• Os extintores devem ter as seguintes características:
- Capacidade não inferior a 2 kg, apto para fogos das classes A, B e C;
- Não podem apresentar qualquer dano físico, devem estar completamente carregados e prontos a usar de imediato;
- As instruções de utilização, e as marcas e inscrições das características, devem estar bem legíveis e em bom estado de
conservação;
- As instruções de utilização, devem estar na língua portuguesa;
- São proibidos extintores com hidrocarbonetos halogenados;
- Devem ter a data da validade, estabelecida pelo fabricante ou pela entidade de manutenção;
- Os extintores devem estar bem visíveis, e assinalados com setas indicadoras no caso de existir obstrução visual impossível
de remover;
- A localização deve ser sinalizada através de pictograma adequado, de cor contrastante e facilmente visível, colocado junto
ao extintor, se possível em posição elevada em relação ao extintor, e visível a 3 metros;
- Só podem ser usados extintores dentro da validade:
● Podem estar protegidos contra roubo ou vandalismo, desde que não impeça de se lhes aceder facilmente;
● Devem estar colocados no habitáculo, ou na bagageira no caso em que devido às dimensões do habitáculo ponha em
perigo a condução ou a segurança dos passageiros;

REGIMES DE ESTACIONAMENTO
(Art.º 16.º DL n.º 251/98) - Fixados pela Câmara Municipal por regulamento
• É obrigatório o cumprimento do regime de estacionamento fixado:
- LIVRE – os táxis podem circular livremente sem lugares obrigatórios para estacionamento;
- CONDICIONADO – os táxis podem estacionar em qualquer dos lugares reservados para o efeito até ao limite dos lugares
fixados;
- FIXO – os táxis são obrigados a estacionar em locais determinados e constantes da respetiva licença;
- ESCALA – os táxis são obrigados a cumprir um regime sequencial de prestação de serviço;

ABANDONO DO VEÍCULO
(Art.º 17.º DL n.º 251/98)
• É proibido o abandono injustificado do veículo;

Escola da Guarda 107


GENERALIDADES Táxis

DEVERES DO TAXISTA
(Art.º 2.º Lei n.º 6/2013, de 22JAN)
• Prestar os serviços solicitados, dentro da regulamentação;
• Quando livre, obedecer ao sinal de paragem de qualquer potencial utente;
• Usar de correção e urbanidade, com passageiros e terceiros;
• Auxiliar passageiros que careçam de cuidados especiais, na entrada e saída do veículo;
• Acionar o taxímetro somente no início da prestação do serviço, e manter o mostrador sempre visível;
• Colocar no lado direito do tablier, o CAP, “OU”, colocar no lado superior direito do para-brisas, o CMT, o CMT Provisório ou
o comprovativo da entrega da Declaração Prévia, ambos de forma bem visível para os passageiros.
• Cumprir o regime de preços (cobrar valores superiores ao estabelecido – CRIME DE ESPECULAÇÃO – Art.º 35.º do DL n.º
28/84 (Ofício IGAE n.º 4736/99);
• Cumprir as orientações do passageiro quanto ao itinerário, à velocidade (dentro dos limites), e na falta de orientação adotar o
trajeto mais curto;
• Cumprir as condições do serviço contratado;
• Transportar bagagens pessoais, e proceder à carga e descarga, incluindo cadeiras de deficientes;
• Transportar cães-guia, e cães de companhia acompanhados e acondicionados (salvo por perigosidade, saúde ou higiene);
• Emitir e assinar recibo, com nome da empresa, endereço, contribuinte, matrícula, e quando pedido, hora, origem, destino e
suplementos pagos;
• Não instar os transeuntes para a aceitação dos seus serviços;
• Ter trocos no montante mínimo de € 20;
• Proceder diligentemente à entrega à autoridade policial ou ao próprio utente, de objetos deixados no táxi;
• Cuidar da apresentação pessoal;
• Diligenciar pelo asseio no interior e exterior do táxi;
• Não se fazer acompanhar por pessoas estranhas ao serviço;
• Informar o passageiro da alteração da tarifa, em trajetos que envolvam várias tarifas;

DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
(Art.º 2.º Lei n.º 6/98)
• Para o licenciamento é obrigatório os táxis terem pelo menos um dos seguintes sistemas de segurança:
- Aparelho rádio ligado a uma central com acesso às forças de segurança (DR n.º 17/89 - entre as 22 e as 6 horas, os
taxistas podem, antes de iniciar um serviço, pedir identificação do utente, mediante apresentação dum documento
identificativo idóneo, e o local de destino, para comunicar à central; a recusa ou impossibilidade de fornecer os referidos
dados, é motivo para recusar o serviço);
- Separadores entre os habitáculos (DL n.º 184/2006 - os separadores devem ter marca de homologação, que é válida por
10 anos; a instalação carece de prévia inspeção num IPO; se tiver separador instalado, podem ser recusados passageiros
no banco da frente);
- Sistema avisador exterior com as siglas SOS;
- Ou, sistema GPS e SOS rádio (Art.º 1.º);
• É ainda possível a instalação de videovigilância nos táxis (Lei n.º 33/2007):
- As pessoas visadas, têm direito ao acesso e eliminação das gravações;
- As gravações só podem ser acionadas em caso de risco ou perigo potencial;
- As imagens são apagadas de imediato caso não se verifique a situação que levou à gravação;
- Os táxis devem ter um aviso, visível, referindo a gravação de imagens devido a razões de segurança, e identificando o
responsável pelo tratamento de dados e o seu contato;
- Os dados pessoais obtidos podem ser conservados pelo prazo indispensável para entrega às forças de segurança, nunca
superior a 5 dias.

108 Escola da Guarda


Táxis GENERALIDADES

SISTEMA TARIFÁRIO DO TÁXI


(Convenção de 2013/ 2014)
• Urbana (diurna ou noturna – “1”);
- Aplica-se nos concelhos autorizados; Com bandeirada + frações de distância e tempos de espera; quando saírem da área
urbana, tem de se efetuar mudança da tarifa para o quilómetro; Ter em atenção que há uma Tabela de Conversão para
esta tarifa, em que o valor exibido no taxímetro é multiplicado por 1,048;

• Quilómetro com retorno em vazio (diurna ou noturna – “3”);

• Quilómetro com retorno ocupado (diurna ou nocturna – “5”);


- Aplicam-se onde não esteja autorizada a tarifa urbana; Com bandeirada + frações de distância e tempos de espera;

• Serviço à hora (“6”);


- Aplica-se em função do tempo do serviço, só com acordo do cliente;

• Contrato (“C”);
- Aplica-se em função de acordo, reduzido a escrito, com prazo não inferior a 30 dias, com identificação das partes e preço
acordado;

• Percurso (“P”);
- Aplica-se em função de preços estabelecidos para determinados itinerários;
• NOTA: Período Diurno – das 6 às 21 horas em dias úteis; Período Noturno – das 21 às 6 horas, e sábados, domingos e feriados;
• Transporte de Bagagem: suplemento de € 1,60, em volumes com peso e dimensão que obriguem ao uso da mala ou tejadilho;
excetua-se deste suplemento, volumes inferiores às dimensões 55x35x20cm, cadeiras de rodas ou outro meio de marcha de
pessoas com mobilidade reduzida, carrinhos e acessórios para transporte de crianças;
• Transporte de Animais: suplemento de € 1,60, para animais de companhia; excetua-se deste suplemento, cães-guia;
• Contratação do Táxi por telefone:
- Nos táxis com estacionamento fixo, pode ser acionado o taxímetro desde o local de estacionamento;
- Nos táxis com estacionamento livre ou condicionado, é cobrado suplemento de € 0,80, sendo acionado o taxímetro no
local da chamada, exceto de for fora da área adstrita, caso em que é acionado no limite da área;
• Quando haja mudança de tarifa, o condutor tem de avisar o utente no momento da mudança (n.º 3, Cláusula 4.ª, Convenção
2013/ 2014);
• Quando haja portagens, o utente suporta o pagamento (n.º 4, Cláusula 4.ª, Convenção 2013/ 2014);
• A mensagem “SOS” no dispositivo luminoso, implica a intervenção das forças de segurança para prestação de auxílio e captura
dos agressores;

PRESTAÇÃO OBRIGATÓRIA DE SERVIÇO


(Art.º 17.º DL 251/98)
• Os táxis devem estar à disposição do público conforme o regime de estacionamento fixado, não podendo recusar serviços,
exceto:
- Se implicar a circulação em vias manifestamente intransitáveis; ou,
- Solicitados por pessoas com comportamento suspeito de perigosidade;
• No transporte de passageiros com excesso de lotação, após fiscalizado pelas autoridades, o condutor deve retomar a marcha
mesmo ainda em infração, somente até ao destino (Despacho IMTT, de 12MAR83);

Escola da Guarda 109


GENERALIDADES Táxis

OUTROS TÁXIS
• Táxis Isentos de Distintivo (com letra “A”):

- Estes táxis também são conhecidos pelos “táxis sem cor”, pois não estão obrigados ao regime de cor, podendo optar;

- Nestes táxis os valores cobrados são sempre pela


tabela “Noturna”, independentemente da hora ou
dia
(n.º 2, Cláusula 4.ª, Convenção 2013/ 2014);

- Devem ter um dístico no guarda-lamas com a


letra A;

- Carecem de regulamentação específica para


muitas situações, apesar de algumas câmaras
municipais terem regulamentos municipais;

• Táxis Turísticos (com letra “T”):


- Podem ser emitidas pelo IMT licenças para exploração de táxis de turismo (DR n.º 41/80);
- Só podem ser emitidas licenças de táxi de turismo a motoristas de turismo;
- Cada motorista de turismo só pode explorar uma licença;
- O motorista de turismo tem de ter CAP e Carta Profissional de Motorista de Turismo (Se possuir “CPMT”, não necessita
de mostrar o CAP);
- Os veículos licenciados para turismo, só podem ter no máximo 5 anos desde a matrícula, podendo ser renovados por mais
1 ano após inspeção;
- O dístico circular com a letra “T”, deve ser afixado à frente e atrás, do lado direito, podendo ser pintado no veículo ou
numa chapa, tendo a letra e a borda de cor branca, e fundo verde (Despacho DGTT n.º 2/81).

BREVE EXPLICAÇÃO:

 Horários Fixos e Horários Móveis


Nos transportes rodoviários prevalecem os horários móveis, isto é, horários em que não existe um horário propriamente dito, ou
seja, não prevê o início e o fim da jornada de trabalho.
O condutor gere o seu tempo em função de acordo com os regulamentos em vigor, utilizando para efeito a folha de registo ou um
livrete individual.
Os horários de trabalho fixos são aqueles em que determinam com precisão o início e o fim da jornada de trabalho, bem como os
intervalos de descanso.
O Código de Trabalho prevê a noção de Horário de Trabalho no Artigo 200.º
Nos transportes rodoviários são por vezes previstos horários fixos de trabalho, embora continuem como é óbvio sujeitos aos regimes
de repouso previstos nos regulamentos em vigor.
Nos transportes internacionais/ longo curso, os motoristas estão praticamente sujeitos a laboração contínua, sendo certo que os
limites de repouso não lhes permitem efetuar tempos muito superiores aos limites máximos semanais e diários.
No transporte rodoviário em automóveis ligeiros, existe uma situação especial nos táxis em que se utiliza uma isenção de horário.
Nos restantes casos de transporte rodoviário em automóveis ligeiros, a isenção de horário de trabalho não se aplica, para que não seja
facilitado o trabalho sem limites, aproveita-se a oportunidade para frisar que a ACT está a tratar o assunto referente a motoristas, sendo que no
caso de outras profissões o caso possa ocorrer, como por exemplo no caso de vendedores.

110 Escola da Guarda


TVDE INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO - TVDE
Uber, Cabify, Taxify e Chaffeur Privé: as quatro (4) plataformas a operar em Portugal em 2018.
A Uber foi a primeira plataforma eletrónica de passageiros a operar em Portugal, chegou em
julho de 2014, juntando assim Lisboa às 24 cidades mundiais onde funcionava, e conta hoje com seis mil
motoristas em todo o país.
A plataforma, com origem nos Estados Unidos,
apresentava-se como “uma aplicação que liga
utilizadores a uma rede de motoristas profissionais,
locais e licenciados”. Para tal, tinha de se descarregar a
aplicação para o “smartphone” e registar-se com um
cartão de crédito válido, pois não há dinheiro ou
multibanco envolvido no pagamento do serviço.
Para captar clientes, a Uber ofereceu nos
primeiros tempos um código promocional que permitia
receber duas viagens gratuitas, até 20 € cada.
Hoje (18SET2018), está presente nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, na região do
Algarve e nas cidades de Braga e Guimarães, contando com cerca de seis (6) mil motoristas.
Nas cidades portuguesas, a Uber disponibiliza opções de viagem com viaturas como o uberX, a
solução mais económica, o UberBLACK, o segmento topo de gama e o uberGREEN, de viagens 100%
elétricas.
A plataforma dispõe ainda do serviço Uber Eats, de entrega de refeições, que foi lançado em
2017 em Lisboa e, em maio de 2018, no Porto.
Como alternativa à Uber, surgiu em maio de 2016 a Cabify, em tudo muito semelhante à
plataforma norte-americana, mas com tarifas que são escolhidas com base na rota mais curta entre a
origem e o destino.
A plataforma, com origem em Espanha, em 2011, opera em Lisboa, Porto, Algarve e Funchal.
Os serviços disponíveis pela Cabify variam de país para país e incluem o Lite, o Executive, o
Group, o Luxury, o Taxi, o Cabify Fly e o Access. O Lite é o serviço mais barato e apresenta um carro de
segmento médio com um motorista com licença, enquanto o Executive é mais caro e envolve um carro de
segmento superior.
Em janeiro de 2018 surgiu no mercado nacional a Taxify, uma plataforma fundada na Estónia
que assumiu a vontade de liderar o segmento das aplicações de transporte privado de passageiros,
contando para tal com a colaboração de 600 motoristas, na primeira fase.
Na altura, a Taxify teve como estratégia conquistar o mercado “com preços mais baixos para os
clientes e comissões reduzidas para os seus motoristas”, que estão por toda a Área Metropolitana de
Lisboa.
Mais recentemente, a 17 de setembro de 2018, entrou no mercado nacional a Chauffer Privé, que
se assume como uma concorrente direta às restantes plataformas e explica ter escolhido Lisboa por existir
uma lei que regula a atividade.
Fundada em 2012 em Paris, a Chauffeur Privé é, segundo os responsáveis nacionais, uma
plataforma de transporte e mobilidade urbana que liga motoristas privados e utilizadores, contando com
mais de dois (2) milhões de clientes fidelizados e cerca de 18 mil motoristas em França.
Em Lisboa vai começar a operar com 500 motoristas, prevendo duplicar este número até ao final
do ano.

Escola da Guarda 111


INTRODUÇÃO TVDE

A lei que regulamenta as plataformas eletrónicas de transporte entrou em vigor em 01 de


novembro de 2018, depois de longos meses de discussão pública e parlamentar e contestação do setor do
táxi, que agendou vários protestos com o objetivo de impedir que a lei entrasse em vigor.
Aquela que é conhecida como a “lei Uber” vem, pela primeira vez, estabelecer um regime
jurídico aplicável à atividade de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos
descaracterizados a partir de plataforma eletrónica (TVDE).
O parlamento aprovou a lei em 12 de julho de 2018, na especialidade, com os votos a favor do
PS, do PSD e do PAN, e com os votos contra do BE, PCP e Verdes, sendo o CDS-PP a única bancada
parlamentar a abster-se na votação.
Em 31 de julho de 2018, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o
diploma, após as alterações feitas pelo parlamento e depois de o ter vetado, em 29 de abril de 2018,
solicitando aos deputados que o voltassem a apreciar e mostrassem abertura para “ir mais longe do que
foi, nomeadamente nas tarifas ou na contribuição”.
Depois de ter dado entrada, em janeiro de 2017, no parlamento, a proposta de lei do Governo foi
publicada em Diário da República em 10 de agosto de 2018 e entrou em vigor em 01 de novembro,
cumprindo os prazos estipulados no diploma.

FONTE: https://24.sapo.pt

112 Escola da Guarda


TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO


(Alterado e Republicado pela Declaração de Retificação n.º 25-A/2018, de 10AGO)

Regime jurídico da atividade de transporte individual e remunerado de passageiros


em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica, doravante designado
Transporte em Veículo Descaracterizado a partir de plataforma Eletrónica (TVDE)
A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o
seguinte:

CAPÍTULO I - Disposição inicial

Artigo 1.º - Objeto e âmbito


1 - A presente lei estabelece o regime jurídico da atividade de transporte
individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir
de plataforma eletrónica, doravante designado Transporte em Veículo Descaracterizado a partir de
plataforma Eletrónica (TVDE).
2 - A presente lei estabelece ainda o regime jurídico das plataformas eletrónicas que organizam e
disponibilizam aos interessados a modalidade de transporte referida no número anterior.
3 - A presente lei não se aplica a plataformas eletrónicas que sejam somente agregadoras de serviços e
que não definam os termos e condições de um modelo de negócio próprio.
4 - São também excluídas do âmbito de aplicação da presente lei as atividades de partilha de veículos
sem fim lucrativo (carpooling) e o aluguer de veículo sem condutor de curta duração com características
de partilha (carsharing), organizadas ou não mediante plataformas eletrónicas.

ANOTAÇÃO

Poupar em transportes: Carpooling vs Carsharing


Já ouviu falar em Carsharing? E em Carpooling? Sabe qual é a diferença? Sabia que pode poupar muito dinheiro em transportes e
combustíveis recorrendo a estas modalidades? Estivemos a investigar as diferenças entre Carsharing e Carpooling e neste artigo partilhamos
consigo tudo o que descobrimos!

Carpooling: partilhar carro com outros passageiros


O que é?
Resumidamente, o carpooling baseia-se em partilhar um carro entre passageiros com
destinos e horários coincidentes. Assim, os condutores com carro próprio, podem optar por partilhá-lo
com passageiros que partilhem também o mesmo trajeto. Esta é uma solução particularmente vantajosa
para viagens de longo curso, uma vez que assenta no princípio de dividir os custos da viagem –
portagens e combustível – entre todos os passageiros.

Como funciona?

(…)

Escola da Guarda 113


Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

Carsharing: alugar carro sem burocracias


O que é?
O Carsharing é, resumidamente, um sistema alternativo de aluguer de viaturas. Este sistema
permite alugar um carro de forma fácil, sem burocracias, mensalidades, taxas de inscrição ou fidelizações.
O carsharing é uma espécie de mistura entre transporte individual e transporte público,
englobando o “melhor dos dois mundos”: a flexibilidade e independência com que conta quando tem
carro e os preços mais económicos dos transportes públicos, já com combustível e seguro incluídos,
tornando-o uma boa opção para quando vai, por exemplo, de férias para um destino que tenha parques
de carsharing onde possa deixar o carro alugado.

(…)

FONTE: http://www.boonzi.pt

114 Escola da Guarda


TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

CAPÍTULO II - Serviço de transporte

SECÇÃO I - Disposições gerais

Artigo 2.º - Acesso à atividade


1 - A atividade de operador de TVDE é exercida em território português pelas pessoas coletivas que
efetuem transporte individual remunerado de
passageiros, nos termos e condições previstos na
presente lei.
2 - A prestação do serviço de TVDE é permitida nos
termos constantes da presente lei.
3 - A prestação de um serviço de TVDE inicia-se com a
aceitação, por um motorista ao serviço de um operador,
de um pedido de transporte entre dois pontos submetido por um ou mais utilizadores numa plataforma
eletrónica e termina com o abandono pelo utilizador desse veículo, depois de realizado o transporte para o
destino selecionado, ou por qualquer outra causa que implique a cessação de fruição do veículo pelo
utilizador.
 Prestação de serviços de TVDE fora de plataforma eletrónica.
Inf.: n.º 3 do art.º 2.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: a) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

4 - As empresas que desenvolvam a atividade de transporte em táxi podem simultaneamente desenvolver


a atividade de operador de TVDE, mediante cumprimento dos procedimentos de licenciamento aplicáveis
e das disposições previstas na presente lei, afetando a esta atividade veículos não licenciados como táxis,
não sendo estes veículos considerados em caso algum adstritos a um serviço público de transporte, nem
beneficiando das isenções e benefícios previstos para os mesmos.

Artigo 3.º - Licenciamento


1 - O início da atividade de operador de TVDE está sujeito a licenciamento do IMT, I. P., a requerer
por via eletrónica mediante o preenchimento de formulário normalizado e disponibilizado através do
Balcão do Empreendedor, a que se refere o artigo 6.º do DL n.º 92/2010, de 26JUL, procedendo aquela
entidade, no prazo de 30 dias úteis, à análise do pedido e à respetiva decisão, considerando-se este
tacitamente deferido se no prazo previsto não for proferida decisão. (Táxis, ver art.º 3.º DL n.º 251/98, de 11AGO)
 Realização da atividade de transporte em táxi sem a licença emitida pelo IMT, consubstanciada num alvará, por quem
pratica a angariação, com recurso a sistemas de comunicação eletrónica, de serviços para veículos sem alvará.
Inf.: n.os 1 e 3 art.º 3.º e n.º 4 art.º 28.º DL n.º 251/98, de 11AGO conj. n.º 1 art.º 3.º lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: n.º 1 art.º 28.º DL n.º 251/98, de 11AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) – 4.01.028.04.01 - Coima: 5.000 € a 15.000 € (PC) – 4.01.028.04.02
IMT - Auto ao Autor

2 - Constitui causa de indeferimento o não preenchimento de algum dos requisitos legalmente exigidos
para o seu exercício.
3 - Quando, por motivo de indisponibilidade das plataformas eletrónicas, não for possível o cumprimento
do disposto no n.º 1, o pedido de licenciamento em causa pode ser efetuado por qualquer outro meio
previsto na lei, nomeadamente através de formulário eletrónico disponibilizado no sítio na Internet do
IMT, I. P.

Escola da Guarda 115


Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

4 - Para efeitos do pedido de licenciamento referido no n.º 1, devem ser transmitidos pelo interessado os
seguintes elementos instrutórios:
a) Denominação social;
b) Número de identificação fiscal;
c) Sede;
d) Designação ou marcas adotadas para operação;
e) Endereço eletrónico;
f) Titulares dos órgãos de administração, direção ou gerência e respetivos certificados de registo
criminal;
g) Pacto social;
h) Inscrições em registos públicos e respetivos números de registo.
5 - Os interessados são dispensados da apresentação dos elementos instrutórios previstos no número
anterior, quando estes estejam em posse de qualquer autoridade administrativa pública nacional, devendo
para o efeito dar o seu consentimento para que o IMT, I. P., proceda à respetiva obtenção, nos termos da
alínea d) do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e do artigo 28.º-A do Decreto-Lei n.º
135/99, de 22 de abril, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2014, de 13 de maio.
6 - Quando façam uso da faculdade prevista no número anterior, os interessados
indicam os dados necessários para a obtenção dos elementos instrutórios em questão.
7 - Decorrido o prazo previsto no n.º 1 sem que o pedido seja indeferido, essa
informação é disponibilizada no Balcão do Empreendedor.
8 - A licença é emitida por um prazo não superior a dez (10) anos, podendo ser
renovada por períodos suplementares de cinco (5) anos, desde que se mantenham os
requisitos de acesso à atividade.

Artigo 4.º - Idoneidade do operador de transporte em veículo descaracterizado a partir de


plataforma eletrónica
1 - A idoneidade do operador de transporte em veículo descaracterizado a partir de plataforma eletrónica
é aferida relativamente aos titulares dos órgãos de administração, direção ou gerência, designadamente
através da consulta do certificado de registo criminal.
2 - São consideradas idóneas as pessoas relativamente às quais não se verifique qualquer dos seguintes
factos:
a) Proibição legal para o exercício do comércio;
b) Condenação, com trânsito em julgado, por infrações de natureza criminal às normas relativas
ao regime das prestações de natureza retributiva, ou às condições de higiene e segurança no
trabalho, à proteção do ambiente e à responsabilidade profissional;
c) Inibição do exercício do comércio por ter sido declarada a falência ou insolvência, enquanto
não for levantada a inibição ou a reabilitação do falido.
3 - A condenação pela prática de um dos crimes previstos na b) do número anterior não afeta a idoneidade
de todos aqueles que tenham sido reabilitados, nos termos do disposto nos artigos 11.º e 12.º da Lei n.º
37/2015, de 5MAI, nem impede o IMT, I. P., de considerar, fundamentadamente, que estão reunidas as
condições de idoneidade, tendo em conta, nomeadamente, o tempo decorrido desde a prática dos factos.
4 - Para efeitos do presente artigo, o operador de TVDE deve enviar anualmente ao IMT, I. P., o
certificado de registo criminal dos titulares dos respetivos órgãos de administração, direção ou gerência,
ou autorizar à sua obtenção, nos termos dos n.os 4 e 5 do artigo 3.º

116 Escola da Guarda


TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

SECÇÃO II - Exercício da atividade

Artigo 5.º - Subscrição prévia


1 - O serviço de TVDE só pode ser contratado pelo utilizador mediante subscrição e reserva prévias
efetuadas através de plataforma eletrónica.
2 - Os contratos de adesão celebrados por via da plataforma eletrónica com os utilizadores observam a
legislação sobre cláusulas contratuais gerais e demais legislação aplicável em matéria de proteção dos
consumidores.
3 - Os veículos afetos ao serviço de TVDE não podem recolher passageiros na via pública, mediante
solicitação no local (hailing), nem em praças dedicadas ao serviço de táxi ou para outros veículos, cujo
regime legal permita a permanência nessas praças.
 Prestação de serviços de TVDE em que os veículos afetos ao serviço recolheram passageiros na via pública (sem ser
através do pedido na plataforma eletrónica).
Inf.: n.º 3 do art.º 5.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: b) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

ANOTAÇÃO

O que é E-hailing?
E-hailing é o ato de se requisitar um táxi através de um dispositivo eletrónico, geralmente um celular ou smartphone. Ele substitui
métodos tradicionais para se chamar táxis, como ligações telefónicas ou simplesmente esperar ou ir à busca de um táxi na rua.

Artigo 6.º - Passageiros com mobilidade reduzida


1 - A plataforma eletrónica fornece obrigatoriamente aos utilizadores, efetivos e potenciais, a
possibilidade de estes solicitarem um veículo capaz de transportar passageiros com mobilidade reduzida,
bem como os seus meios de locomoção.
 Existência de plataforma eletrónica que não fornece aos utilizadores, efetivos e potenciais, a possibilidade de estes
solicitarem um veículo capaz de transportar passageiros com mobilidade reduzida, bem como os seus meios de
locomoção.
Inf.: n.º 1 do art.º 6.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: c) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

2 - O tempo de espera para aceder a um veículo capaz de transportar aqueles meios de locomoção tem que
ser inferior a 15 minutos.
 Solicitação de um serviço, em veículo capaz de transportar passageiros com mobilidade reduzida, em que o tempo de
espera foi igual ou superior a 15 minutos, não existindo situação excecional e justificativa para o atraso.
Inf.: n.º 2 do art.º 6.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: c) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

Escola da Guarda 117


Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

3 - Em situações excecionais e justificáveis pela plataforma eletrónica o tempo de espera pode ser
superior, nunca excedendo os 30 minutos.
 Solicitação de um serviço, em veículo capaz de transportar passageiros com mobilidade reduzida, em que o tempo de
espera foi superior a 15 minutos, (por motivo justificável da plataforma eletrónica), mas ultrapassou os 30 minutos.
Inf.: n.º 3 do art.º 6.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: c) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

4 - A forma de cálculo do preço para este serviço é exatamente igual à do serviço sem solicitação de
acesso a mobilidade reduzida.
 Prestação de serviços de TVDE, em veículo capaz de transportar passageiros com mobilidade reduzida, em que o cálculo
do preço para este serviço não foi exatamente igual à solicitação de serviço sem ser de mobilidade reduzida.
Inf.: n.º 4 do art.º 6.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: c) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

5 - É obrigatório o transporte de cães guia de passageiros invisuais e de cadeiras de rodas ou outros meios
de marcha de pessoas com mobilidade reduzida, bem como de carrinhos e acessórios para o transporte de
crianças.
 Prestação de serviços de TVDE, em que foi recusado o transporte no veículo de cães guia de passageiros invisuais e de
cadeiras de rodas ou outros meios de marcha de pessoas com mobilidade reduzida, bem como de carrinhos e acessórios
para o transporte de crianças.
Inf.: n.º 5 do art.º 6.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: c) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

6 - Não estando a plataforma eletrónica em condições de garantir a imediata prestação desse serviço, deve
informar automaticamente o utilizador de outros prestadores de serviço com essa capacidade que estejam
disponíveis.
 Situação em que a plataforma eletrónica não está em condições de garantir a imediata prestação de serviços e o operador
não informou automaticamente o utilizador de outros prestadores de serviço com essa capacidade que estejam disponíveis.
Inf.: n.º 6 do art.º 5.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: c) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

118 Escola da Guarda


TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

Artigo 7.º - Não discriminação


Os utilizadores, efetivos e potenciais, têm igualdade de acesso aos serviços de TVDE, não podendo os
mesmos ser recusados pelo prestador em razão, nomeadamente, de ascendência, idade, sexo, orientação
sexual, estado civil, situação familiar, situação económica, origem ou condição social, deficiência, doença
crónica, nacionalidade, origem étnica ou raça, território de origem, língua, religião, convicções políticas
ou ideológicas e filiação sindical.
 Recusa de acesso aos serviços TVDE, por parte do prestador em razão, aos utilizadores, efetivos e potenciais,
nomeadamente pela razão de ascendência, idade, sexo, orientação sexual, estado civil, situação familiar, situação
económica, origem ou condição social, deficiência, doença crónica, nacionalidade, origem étnica ou raça, território de
origem, língua, religião, convicções políticas ou ideológicas e filiação sindical, criando assim discriminação.
Inf.: art.º 7.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: c) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

Artigo 8.º - Recusa de serviço


1 - Só podem ser recusados os serviços de TVDE que:
a) Impliquem a circulação em vias manifestamente intransitáveis pelo difícil acesso ou em locais
que ofereçam notório perigo para a segurança do veículo, dos passageiros ou do motorista;
b) Sejam solicitados por pessoas com comportamento suspeito de perigosidade;
c) Sejam solicitados de forma incompatível com o previsto na presente lei.
 Recusa de serviço s de TVDE, fora dos casos acima descritos. (Explicar qual o motivo)
Inf.: n.º 1 art.º 8.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: d) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

2 - O transporte de bagagens só pode ser recusado nos casos em que as suas características prejudiquem a
conservação do veículo.
 Recusa de transporte de bagagens em que as mesmas não prejudicavam a conservação do veículo.
Inf.: n.º 2 art.º 8.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: d) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

3 - Não pode ser recusado o transporte de animais de companhia, desde que devidamente acompanhados e
acondicionados, salvo motivo atendível, designadamente a perigosidade, o estado de saúde ou de higiene.
 Recusa de transporte de animais de companhia, desde que devidamente acompanhados e acondicionados, salvo motivo
atendível, designadamente a perigosidade, o estado de saúde ou de higiene.
Inf.: n.º 3 do art.º 8.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: d) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

Escola da Guarda 119


Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

Artigo 9.º - Cumprimento dos requisitos de exercício


1 - O operador de TVDE está obrigado a assegurar o pleno e permanente cumprimento dos requisitos de
exercício da atividade previstos na presente lei, incluindo os respeitantes a veículos e motoristas afetos à
prestação de serviços de TVDE, sob pena de o IMT, I. P., poder determinar, nos termos gerais, as
medidas adequadas à defesa da legalidade, designadamente, a suspensão, limitação ou cessação da
atividade em caso de incumprimento.
2 - O operador de TVDE observa todas as vinculações legais e regulamentares relevantes para o exercício
da sua atividade, incluindo as decorrentes da legislação laboral, de segurança e saúde no trabalho e de
segurança social.
3 - São obrigatoriamente comunicadas à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) as
operações de concentração de operadores de TVDE, como tal previstas na Lei n.º 19/2012, de 8 de maio.

120 Escola da Guarda


TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

Artigo 10.º - Atividade de motorista de transporte em veículo descaracterizado a partir de


plataforma eletrónica
1 - Apenas podem conduzir veículos de TVDE os motoristas inscritos junto de plataforma eletrónica.
 Condução de veículos TVDE por motorista que não está inscrito junto de plataforma eletrónica.
Inf.: n.º 1 do art.º 10.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: f) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

2 - O motorista de TVDE, que presta serviço ao operador de TVDE, deve preencher, cumulativamente, os
seguintes requisitos:
a) Ser titular de carta de condução há mais de três (3) anos para a categoria B com
averbamento no grupo 2;
b) Deter certificado de curso de formação rodoviária para motoristas, nos termos dos
números seguintes;
c) Ser considerado idóneo, nos termos do artigo seguinte;
d) Ser titular de certificado de motorista de TVDE, emitido pelo IMT, I. P. segundo modelo
aprovado por deliberação do respetivo conselho diretivo, demonstrado o preenchimento dos
requisitos mencionados nas alíneas anteriores que, atribui ao interessado um número único de
registo de motorista de TVDE, com o qual é identificado em todas as plataformas eletrónicas;
(Ver Deliberação IMT n.º 1204/2018, de 05NOV)

e) Dispor de um contrato escrito que titule a relação entre as partes.


 Intermediação de serviços por parte do operador em inobservância aos motoristas serem titulares de carta de condução há
mais de três (3) anos para a categoria B com averbamento no grupo 2, a deterem certificado de curso de formação
rodoviária para motoristas, a serem considerados idóneos, a serem titulares de certificado de motorista de TVDE, emitido
pelo IMT, I. P. e a disporem de um contrato escrito que titule a relação entre as partes.
Inf.: n.º 2 do art.º 10.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: g) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

3 - O curso de formação a que se refere a alínea b) do número anterior, válido pelo período de cinco (5)
anos, deve ter uma carga horária a definir por portaria do membro do Governo competente, e integrar
especificamente módulos relativos a comunicação e relações interpessoais, normas legais de condução,
técnicas de condução, regulamentação da atividade, situações de emergência e primeiros socorros.
(Ver Portaria n.º 293/2018, de 31OUT)

4 - O certificado referido na alínea b) do n.º 2 é emitido por escola de condução ou entidade formadora
legalmente habilitada, e depende da frequência efetiva pelo formando da carga horária mínima referida no
número anterior.
5 - O certificado de motorista de TVDE é válido pelo período de cinco (5) anos, renovável por iguais
períodos, contados da data da sua emissão pelo IMT, I. P., dependendo a renovação do preenchimento
cumulativo, pelo motorista requerente, dos requisitos de idoneidade e da frequência de curso de
atualização com carga horária de 8 horas, versando as matérias referidas no n.º 3.
6 - O IMT deve proceder à apreensão do certificado de motorista de TVDE sempre que
comprovadamente se verifique a falta superveniente de um dos requisitos mencionados nas a) a c) n.º 2.
7 - O requisito previsto na alínea b) do n.º 2 é dispensado a quem seja titular de certificado de motorista
de táxi, emitido e válido nos termos da Lei n.º 6/2013, de 22 de janeiro.

Escola da Guarda 121


Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

8 - O certificado previsto na alínea d) do n.º 2 pode ser substituído por guia emitida pelo IMT, I. P., a qual
faz prova de entrega de um pedido de certificado, sendo a mesma válida pelo período nela indicado.
9 - Os motoristas afetos à prestação do serviço de TVDE devem, no exercício da respetiva atividade,
fazer-se acompanhar do certificado de motorista de TVDE, da guia referida no número anterior, ou
do certificado de motorista de táxi. (Ver Deliberação IMT n.º 1204/2018, de 05NOV)
10 - Ao vínculo jurídico estabelecido entre o operador de TVDE e o motorista afeto à atividade, titulado
por contrato escrito assinado pelas partes, e independentemente da denominação que as partes tenham
adotado no contrato, é aplicável o disposto no artigo 12.º do Código do Trabalho.
11 - Para os efeitos do disposto no número anterior, aplicando-se o artigo 12.º do Código do Trabalho,
considera-se que os equipamentos e instrumentos de trabalho são todos os que sejam pertencentes ao
beneficiário ou por ele explorados por aluguer ou qualquer outra modalidade de locação.
12 - Sem prejuízo da aplicação da demais legislação vigente, ao motorista vinculado por contrato de
trabalho é aplicável o regime de organização do tempo de trabalho das pessoas que exercem atividades
móveis de transporte rodoviário previsto no Decreto-Lei n.º 237/2007, de 19 de junho, e ao motorista
independente, o regime de organização do tempo de trabalho previsto no Decreto-Lei n.º 117/2012, de 5
de junho.

Deliberação IMT n.º 1204/2018, de 05NOV


Modelo de Certificado de Motorista de Transporte em Veículo Descaracterizado (CMTVDE)

Considerando que a Lei n.º 45/2018, de 10 de agosto, aprovou o regime jurídico de acesso e exercício da atividade de
transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica (TVDE);
Considerando que nos termos da alínea d) do n.º 2 do artigo 10.º da referida lei, os motoristas de TVDE devem ser
titulares de certificado de motorista emitido pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P. (IMT, I. P.), segundo modelo
aprovado por deliberação do respetivo conselho diretivo;
O Conselho Diretivo do IMT, I. P., delibera:
1 - O certificado de motorista de transporte em veículo descaracterizado (CMTVDE), com o formato 85,60 mm × 53,98 mm, em
suporte PVC, possui o logotipo do IMT, I. P., o escudo da República Portuguesa, o nome, fotografia e assinatura do motorista, o
número do respetivo certificado e a validade do mesmo.
2 - O modelo do certificado de motorista TVDE consta do anexo I à presente deliberação.

ANEXO I
Modelo de Certificado de Motorista de Transporte em Veículo Descaracterizado (CMTVDE)

122 Escola da Guarda


TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

Portaria n.º 293/2018, de 31OUT


Estabelece os requisitos e procedimentos dos cursos de formação rodoviária destinados à emissão e
renovação do certificado de motorista de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos
descaracterizados a partir de plataforma eletrónica (CMTVDE) e estabelece, ainda, as medidas
administrativas aplicáveis às entidades que ministram cursos de formação para motoristas e candidatos a
motorista de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de
plataforma eletrónica (TVDE), em caso violação dos deveres a que se encontram vinculadas, bem como pelo
incumprimento da ministração dos cursos de acordo com os conteúdos e organização estabelecidos

A Lei n.º 45/2018, de 10 de agosto, que aprovou o regime jurídico de acesso e exercício da atividade de transporte
individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica, remete para portaria a
definição da carga horária do curso de formação rodoviária para motoristas a que alude a alínea b) do n.º 2 do artigo 10.º da
supracitada lei.
Torna-se, assim, necessário regulamentar as matérias respeitantes aos cursos de formação rodoviária para obtenção e
renovação do certificado de motorista de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir
de plataforma eletrónica, os requisitos específicos das entidades formadoras autorizadas a ministrar os cursos de formação
rodoviária e a organização dos referidos cursos, e bem ainda, o estabelecimento das medidas administrativas sancionatórias
aplicáveis em caso de incumprimento do estabelecido na presente portaria.
Foram ouvidas a Associação Nacional de Parceiros das Plataformas Alternativas de Transporte (ANPPAT), Associação
Portuguesa de Escolas de Condução (APEC), Associação Nacional dos Industriais do Ensino de Condução Automóvel (ANIECA)
e a Associação dos Industriais do Ensino de Condução Automóvel de Portugal (ANORECA).
Assim:
Ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 10.º da Lei n.º 45/2018, 10 de agosto, manda o Governo, pelo Secretário de
Estado Adjunto e da Mobilidade, o seguinte:

CAPÍTULO I
Disposição inicial

Artigo 1.º
Objeto
1 - A presente portaria estabelece os requisitos e procedimentos dos cursos de formação rodoviária destinados à emissão e
renovação do certificado de motorista de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir
de plataforma eletrónica (CMTVDE), as condições de organização e comunicação prévia dos cursos de formação, bem como, os
requisitos exigidos às entidades que pretendam ministrar os referidos cursos de formação rodoviária.
2 - A presente portaria estabelece, ainda, as medidas administrativas aplicáveis às entidades que ministram cursos de formação para
motoristas e candidatos a motorista de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de
plataforma eletrónica (TVDE), em caso violação dos deveres a que se encontram vinculadas, bem como pelo incumprimento da
ministração dos cursos de acordo com os conteúdos e organização estabelecidos.

CAPÍTULO II
Cursos de formação

Artigo 2.º
Disposições gerais
1 - Os cursos de formação rodoviária para emissão ou renovação de CMTVDE, a que se refere o n.º 3 do artigo 10.º da Lei n.º
45/2018, de 10 de agosto, devem ser ministrados com recurso a métodos e técnicas que garantam a qualidade da formação, e
integram especificamente módulos relativos a comunicação e relações interpessoais, normas legais de condução, técnicas de
condução, regulamentação da atividade e situações de emergência e primeiros socorros.
2 - Os cursos de formação rodoviária devem dispor de um coordenador pedagógico possuidor de certificado de aptidão
profissional de formador ou de certificado de competências pedagógicas de formador, ao qual compete, em especial:
a) Efetuar o acompanhamento pedagógico de cada curso de formação, o que inclui a avaliação do desempenho dos
formadores;
b) Assegurar a articulação com os formadores e outros agentes envolvidos no processo formativo;
c) Subscrever os certificados de formação referidos na alínea b) do n.º 2 do artigo 10.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO.

Escola da Guarda 123


Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

3 - O coordenador pedagógico referido no número anterior não pode acumular o cargo com a função de formador no mesmo
curso.
4 - Durante a ministração dos cursos de formação deve estar disponível na sala de formação dossier técnico pedagógico, contendo a
seguinte informação:
a) Identificação do tipo de curso, cronograma, incluindo a identificação dos módulos a ministrar e respetivas cargas
horárias;
b) Identificação da entidade formadora, do coordenador pedagógico e dos formadores, com indicação das matérias que
ministram no curso;
c) Indicação do local da formação e descrição dos recursos pedagógicos disponíveis;
d) Identificação dos formandos, contendo o nome completo, número de identificação civil e fiscal.
5 - O dossier técnico pedagógico deve estar disponível para consulta durante todo o curso de formação no local onde é ministrado.
6 - A entidade formadora deve conservar o dossier técnico pedagógico pelo período de 5 anos após a conclusão do curso.
7 - A entidade formadora deve elaborar manual de apoio para todos os módulos de formação, o qual deve ser disponibilizado aos
formandos.
8 - Cada curso de formação tem o limite de frequência de 30 formandos.
9 - A entidade formadora deve assegurar o controlo de presenças dos formandos durante a ministração do curso de formação,
registá-las em documento próprio, que deve ser arquivado no dossier técnico pedagógico.
10 - Os formadores devem possuir competências que o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P. (IMT, I. P.), considere
adequadas às matérias que ministram e ser possuidores do certificado de aptidão pedagógica ou de certificado de competências
pedagógicas de formador.

Artigo 3.º
Curso de formação inicial para obtenção de CMTVDE
1 - O curso de formação inicial para obtenção de CMTVDE tem a duração mínima de 50 horas, e comporta uma componente
teórica e uma componente prática.
2 - O conteúdo do curso de formação inicial deve abranger obrigatoriamente os módulos 1 a 6 do anexo I à presente portaria, que
dela faz parte integrante, e proporcionar aos formandos a aquisição das competências ali referidas.
3 - O curso de formação inicial pode ser ministrado em regime presencial ou com recurso a formação à distância, sendo que a
formação à distância não pode exceder 50 % da carga horária prevista para a duração total do curso.
4 - A componente prática do curso de formação inicial, com recurso a veículos, é ministrada por formadores habilitados há, pelo
menos, cinco anos com carta de condução da categoria B.
5 - Os formandos devem frequentar, no mínimo, 80 % da carga horária de cada módulo de formação inicial, sob pena de não
emissão do certificado de conclusão do curso de formação.
6 - Sem prejuízo da frequência efetiva da formação inicial, as entidades formadoras devem garantir a existência de uma avaliação
final e um nível mínimo de aprovação.

Artigo 4.º
Curso de formação contínua para renovação de CMTVDE
1 - O curso de formação contínua para renovação do CMTVDE tem a duração de 8 horas e visa a atualização dos conhecimentos
fundamentais para a função de motorista de TVDE.
2 - O conteúdo do curso de formação contínua, a distribuição pelos módulos específicos 1 a 5 e as respetivas cargas horárias
constam do anexo II à presente portaria, que dela faz parte integrante.
3 - A formação contínua pode ser ministrada com recurso a ferramentas de ensino à distância, não podendo exceder 50 % da carga
horária prevista para a duração total do curso.
4 - A aprovação no curso de formação contínua depende da frequência de 100 % da respetiva carga horária.

Artigo 5.º
Formação à distância
A entidade formadora que adote formação à distância deve:
a) Disponibilizar o acesso diferenciado à plataforma para cada formando, no início da ação de formação;
b) Assegurar que as questões e dúvidas colocadas pelos formandos na plataforma sejam respondidas pelo formador do
módulo respetivo, no prazo máximo de dois dias úteis;
c) Promover a avaliação formativa em cada módulo.

124 Escola da Guarda


TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

Artigo 6.º
Comunicação prévia das ações de formação
As entidades formadoras devem enviar ao IMT, I. P., com a antecedência mínima de 3 dias úteis, relativamente ao início de cada
ação de formação, uma comunicação com a identificação da ação de formação, o cronograma, o horário e o local de realização.

CAPÍTULO III
Entidades formadoras

Artigo 7.º
Reconhecimento de entidades formadoras
Encontram-se legalmente habilitadas para ministrar os cursos de formação rodoviária para candidatos e motoristas de TVDE as
seguintes entidades:
a) Entidade Exploradora de Escola de Condução, licenciada ao abrigo da Lei n.º 14/2014, de 18 de março;
b) Entidade formadora licenciada ao abrigo do Decreto-Lei n.º 126/2009, de 27 de maio, e Portaria n.º 1200/2009, de 8
de outubro;
c) Entidade formadora reconhecida ao abrigo da Portaria n.º 1017/2009, de 9 de setembro;
d) Entidade formadora certificada ao abrigo da Lei n.º 6/2013, de 22 de janeiro, e Portaria n.º 251-A/2015, de 18AGO.

Artigo 8.º
Entidades formadoras provenientes de outros Estados-Membros
1 - As entidades formadoras legalmente estabelecidas, noutro Estado-Membro da União Europeia ou do Espaço Económico
Europeu, para o exercício da atividade de formação equivalente à regulamentada pela presente portaria, podem ministrar, em
território nacional, de forma ocasional e esporádica, ações de formação a candidatos e motoristas de TVDE, desde que observem o
disposto na Lei n.º 45/2018, de 10 de agosto, na presente portaria e demais legislação em vigor.
2 - As entidades formadoras referidas no número anterior devem comunicar previamente a sua intenção ao IMT, I. P., através do
balcão único eletrónico dos serviços ou da plataforma eletrónica do Instituto, juntando a seguinte documentação:
a) Comprovativo de que é entidade formadora noutro Estado-Membro da União Europeia ou do Espaço Económico
Europeu certificada para ministrar formação a que se refere a presente portaria;
b) Declaração de que dispõe de uma estrutura de gestão eficaz que garanta a qualidade da formação, de acordo com os
requisitos necessários para o efeito, nomeadamente, através do exercício de funções a tempo completo de um
coordenador técnico pedagógico com habilitação de nível superior, vínculo contratual, formação ou experiência
profissional adequadas e de equipa formativa equilibrada;
c) Declaração de que dispõe de competências técnicas e operacionais, assim como de aptidão para organizar os cursos
adequados à atividade de formação;
d) Declaração de que dispõe de, pelo menos, um centro de formação que satisfaça os requisitos exigidos para os centros
de formação das entidades mencionadas no artigo 7.º da presente portaria, identificando a respetiva localização.

CAPÍTULO IV
Fiscalização, regime sancionatório e taxas

Artigo 9.º
Fiscalização
1 - A fiscalização do cumprimento do disposto na presente portaria compete ao IMT, I. P.
2 - Os trabalhadores do IMT, I. P., com competência na área da fiscalização e, no exercício de funções, desde que devidamente
credenciados, têm livre acesso aos locais destinados ao exercício da atividade de formação das entidades formadoras.

Artigo 10.º
Sanções administrativas
1 - O incumprimento do disposto na presente portaria determina a aplicação, pelo conselho diretivo do IMT, I. P., às entidades
formadoras certificadas, de alguma ou algumas das seguintes sanções administrativas:
a) Advertência escrita, pelo incumprimento do estabelecido nos n.os 4, 5, 6, 7, 8 e 9 do artigo 2.º e no artigo 5.º, todos da
presente portaria;
b) Não reconhecimento da validade da ação de formação e/ ou do certificado do curso de formação rodoviária, pelo
incumprimento do estabelecido nos n.os 1, 2, 3 e 10 do artigo 2.º, n.os 1 a 4 do artigo 3.º, n.os 1 a 3 do artigo 4.º e n.º 2
do artigo 8.º, todos da presente portaria;
c) Suspensão do exercício da atividade de formação para obtenção ou renovação do CMTVDE, pelo período máximo de
um ano, pelo incumprimento do estabelecido nos n.os 5 e 6 do artigo 3.º e n.º 4 do artigo 4.º

Escola da Guarda 125


Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

2 - A acumulação de duas das sanções administrativas previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1 tem como consequência a aplicação da
sanção administrativa de suspensão do exercício da atividade de formação, para obtenção ou renovação do CMTVDE, pelo
período máximo de um ano.
3 - As sanções administrativas aplicadas são publicitadas no sítio da Internet do IMT, I. P.

Artigo 11.º
Taxas
1 - A taxa cobrada pelos atos relativos à certificação de candidatos e motoristas de TVDE é a constante do anexo III à presente
portaria.
2 - O produto das taxas cobradas, nos termos do número anterior, constitui receita do IMT, I. P.

CAPÍTULO V
Disposições finais

Artigo 12.º
Cooperação administrativa
Para efeitos da aplicação da presente portaria, as autoridades competentes participam na cooperação administrativa, no âmbito dos
procedimentos relativos a profissionais e entidades provenientes de outros Estados-Membros, nos termos do disposto no n.º 2 do
artigo 51.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, e no capítulo VI do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 2 de julho, nomeadamente através do
sistema de Informação do Mercado Interno.

Artigo 13.º
Entrada em vigor
A presente portaria entra em vigor no dia 1 de novembro de 2018.

ANEXO I
(a que se refere o n.º 2 do artigo 3.º)

Curso de formação inicial para obtenção de CMTVDE

O curso inicial de formação rodoviária para obtenção de CMTVDE com a duração de 50 horas, integra os módulos e objetivos
seguintes:

Módulo 1 — Comunicação e relações interpessoais (10 horas)


Objetivo: Pretende-se que o formando seja capaz de identificar e adotar atitudes e comportamentos que reflitam minimamente valores de
cooperação, respeito, tolerância e urbanidade, numa ótica de desenvolvimento pessoal, relacional e social, potenciando, desta forma, a existência
de clima favorável na relação com os passageiros e com os demais utilizadores da via pública.

Módulo 2 — Normas legais de condução (10 horas)


Objetivo: O formando deve ser capaz de conduzir com segurança um veículo ligeiro de passageiros, com respeito pelos sinais e regras de trânsito,
adotando técnicas de condução adequadas, de forma a aperfeiçoar a operacionalização dos conhecimentos de que é detentor.

Módulo 3 — Técnicas de condução (10 horas)


Objetivo: Pretende-se que o formando seja capaz de fazer uma gestão racional do veículo, em termos de consumo de energia, efeitos poluentes e
aspetos relativos à segurança, praticando uma condução alicerçada no conceito de condução defensiva.

Módulo 4 — Regulamentação da atividade (6 horas)


Objetivo: O formando deve ser capaz de conhecer os seus direitos e deveres decorrentes da legislação aplicável ao acesso e exercício da profissão
de motorista de TVDE, e bem assim os aspetos mais relevantes da atividade de operador de TVDE.

Módulo 5 — Situações de emergência e primeiros socorros (8 horas)


Objetivo: O formando deve ser capaz de reconhecer situações de emergência, aplicar procedimentos e adotar providências adequadas.

Módulo 6 — Condução individual de veículos (6 horas)


Objetivo: Pretende-se o aperfeiçoamento da condução do formando baseado nas competências adquiridas durante o curso, nomeadamente
através da ministração dos módulos 2 e 3.
A formação prática pode ser ministrada, em parte, com o recurso à utilização de simuladores de última geração, não podendo exceder 50 % da
carga horária prevista para este módulo.

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TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

ANEXO II
(a que se refere o n.º 2 do artigo 4.º)

Curso de formação contínua para renovação de CMTVDE

O curso de formação contínua com a duração de 8 horas tem como objetivo a atualização dos conhecimentos fundamentais para a profissão de
motorista de TVDE, relativamente aos seguintes módulos:
Módulo 1 — Comunicação e relações interpessoais (2 horas);
Módulo 2 — Normas legais de condução (1h,30 minutos);
Módulo 3 — Técnicas de condução (1h,30 minutos);
Módulo 4 — Regulamentação da atividade (1h,30 minutos);
Módulo 5 — Situações de emergência e primeiros socorros (1h,30 minutos).

ANEXO III
(a que se refere o n.º 1 do artigo 11.º)

Tabela de taxas

1 - Emissão, renovação ou substituição de CMTVDE: € 30,00.

ANOTAÇÃO

Código do Trabalho
(…)

Artigo 12.º
Presunção de contrato de trabalho
1 - Presume-se a existência de contrato de trabalho quando, na relação entre a pessoa que presta uma atividade e outra ou outras que dela
beneficiam, se verifiquem algumas das seguintes características:
a) A atividade seja realizada em local pertencente ao seu beneficiário ou por ele determinado;
b) Os equipamentos e instrumentos de trabalho utilizados pertençam ao beneficiário da atividade;
c) O prestador de atividade observe horas de início e de termo da prestação, determinadas pelo beneficiário da mesma;
d) Seja paga, com determinada periodicidade, uma quantia certa ao prestador de atividade, como contrapartida da mesma;
e) O prestador de atividade desempenhe funções de direção ou chefia na estrutura orgânica da empresa.
2 - Constitui contraordenação muito grave imputável ao empregador a prestação de atividade, por forma aparentemente autónoma, em condições
características de contrato de trabalho, que possa causar prejuízo ao trabalhador ou ao Estado.
3 - Em caso de reincidência, é aplicada a sanção acessória de privação do direito a subsídio ou benefício outorgado por entidade ou serviço
público, por período até dois anos.
4 - Pelo pagamento da coima, são solidariamente responsáveis o empregador, as sociedades que com este se encontrem em relações de
participações recíprocas, de domínio ou de grupo, bem como o gerente, administrador ou diretor, nas condições a que se referem o artigo 334.º e
o n.º 2 do artigo 335.º
(…)

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Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

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TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

Artigo 11.º - Idoneidade do motorista


1 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, são causas de falta de idoneidade para o exercício da
atividade de motorista de TVDE quaisquer condenações por decisão transitada em julgado pela prática de
crimes:
a) Que atentem contra a vida, integridade física ou liberdade pessoal;
b) Que atentem contra a liberdade e a autodeterminação sexual;
c) De condução perigosa de veículo rodoviário e de condução de veículo em estado de
embriaguez ou sob influência de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas;
d) Cometidos no exercício da atividade de motorista.
2 - A condenação pela prática de um dos crimes previstos no número anterior não afeta a idoneidade de
todos aqueles que tenham sido reabilitados, nos termos do disposto nos artigos 11.º e 12.º da Lei n.º
37/2015, de 5MAI, nem impede o IMT, I. P., de considerar, fundamentadamente, que estão reunidas as
condições de idoneidade, tendo em conta, nomeadamente, o tempo decorrido desde a prática dos factos.

Artigo 12.º - Veículos


1 - Apenas podem ser utilizados veículos inscritos pelos operadores TVDE junto de plataforma eletrónica,
a qual deve atestar o cumprimento dos requisitos legais e regulamentares aplicáveis aos veículos.
 Utilização de veículos não inscritos pelos operadores TVDE junto de plataforma eletrónica, em que a mesma não atestava
o cumprimento dos requisitos legais e regulamentares aplicáveis aos veículos.
Inf.: n.º 1 do art.º 12.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: i) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

2 - O operador de plataforma eletrónica não pode ser proprietário de veículos de TVDE, nem financiar ou
ser parte interessada em negócio relativo à aquisição, aluguer, leasing ou outra forma de utilização de
veículos de TVDE.
 Operador de plataforma eletrónica que é proprietário de veículos de TVDE, financia ou é parte interessada em negócio
relativo à aquisição, aluguer, leasing ou outra forma de utilização de veículos de TVDE.
Inf.: n.º 2 do art.º 12.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: i) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

3 - Para a atividade de TVDE só podem ser utilizados veículos automóveis ligeiros de passageiros de
matrícula nacional, com lotação não superior a nove (9) lugares, incluindo o do motorista.
 Atividade de TVDE com utilização de veículos que não sejam, veículos automóveis ligeiros de passageiros de matrícula
nacional, com lotação não superior a nove (9) lugares, incluindo o do motorista.
Inf.: n.º 3 do art.º 12.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: j) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

4 - Os veículos devem possuir idade inferior a sete (7) anos a contar da data da primeira matrícula.
 Atividade de TVDE com utilização de veículos com idade superior ou igual a sete (7) anos a contar da data da primeira
matrícula.
Inf.: n.º 4 do art.º 12.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: j) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

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Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

5 - Os veículos devem ser apresentados à inspeção técnica periódica um ano após a data da primeira
matrícula e, em seguida, anualmente.
 Atividade de TVDE com utilização de veículo que não foi apresentado à inspeção Técnica Periódica um (1) ano após a
data da primeira matrícula e, em seguida anualmente, portanto dentro do prazo legal
Inf.: n.º 5 do art.º 12.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: j) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

6 - Sem prejuízo dos demais seguros exigidos por lei, os veículos que efetuem TVDE devem possuir
seguro de responsabilidade civil e acidentes pessoais, que inclua os passageiros transportados e respetivos
prejuízos, em valor não inferior ao mínimo legalmente exigido para a atividade de transporte de aluguer
em veículos automóveis ligeiros de passageiros.
 Atividade de TVDE com utilização de veículo que não possui seguro de responsabilidade civil e acidentes pessoais, que
inclua os passageiros transportados e respetivos prejuízos, em valor não inferior ao mínimo legalmente exigido para a
atividade de transporte de aluguer em veículos automóveis ligeiros de passageiros.
Inf.: n.º 6 do art.º 12.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: j) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

7 - Os veículos circulam sem qualquer sinal exterior indicativo do tipo de serviço que prestam, com
exceção de um dístico, visível do exterior e amovível, em termos a definir por deliberação do conselho
diretivo do IMT, I. P.
 Atividade de TVDE com utilização de veículo que não possui um dístico, visível do exterior e amovível, definido pela
deliberação IMT n.º _________.
Inf.: n.º 7 do art.º 12.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO conj. Deliberação IMT n.º _____________.
Pun.: j) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

8 - É proibida a colocação ou exibição de publicidade no interior ou exterior do veículo que efetue TVDE.
 Atividade de TVDE com utilização de veículo que possui colocada ou exibe publicidade no interior ou exterior do veículo.
Inf.: n.º 8 do art.º 12.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: j) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

9 - Os veículos que efetuem TVDE não têm acesso às faixas de rodagem e às vias de trânsito,
devidamente sinalizadas, reservadas ao transporte público de passageiros, nos termos dos artigos 76.º e
77.º do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de maio.

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TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

ANOTAÇÃO

CÓDIGO DA ESTRADA
(…)
Subsecção V
Vias reservadas, corredores de circulação e pistas especiais

Artigo 76.º
Vias reservadas
1 - As faixas de rodagem das vias públicas podem, mediante sinalização, ser reservadas ao trânsito de veículos de certas espécies ou a veículos
destinados a determinados transportes, sendo proibida a sua utilização pelos condutores de quaisquer outros.
 Utilização indevida da faixa de rodagem reservada ao trânsito de certa espécie de veículos ou a veículos destinados a
determinados transportes, por veículo de TVDE.
Inf.: n.º 1 do art.º 76.º do CE conj. n.º 9 do art.º 12.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: n.º 2 do art.º 76.º do CE
Coima: 120 € a 600 € - LEVE - ANSR - 1.86.076.01.01 - Auto ao Operador de TVDE

 Utilização indevida da faixa de rodagem reservada ao trânsito de certa espécie de veículos ou veículos destinados a
determinados transportes, por condutor de TVDE ou de velocípede ou de velocípede c/ motor ou de trotineta c/ motor ou
de dispositivo de circulação c/ motor elétrico, autoequilibrado e automotor, ou de outro meio de circulação análogo c/
motor.
Inf.: n.º 1 do art.º 76.º do CE conj. n.º 9 do art.º 12.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: n.º 2 do art.º 76.º conj. art.º 96.º ambos do CE
Coima: 60 € a 300 € - LEVE - ANSR - 1.86.076.01.02 - Auto ao Operador de TVDE

2 - Quem infringir o disposto no número anterior é sancionado com coima de € 120 a € 600.

Artigo 77.º
Vias de trânsito reservadas
1 - Pode ser reservada a utilização de uma ou mais vias de trânsito à circulação de veículos de certas espécies ou afetos a determinados transportes,
sendo proibida a sua utilização pelos condutores de quaisquer outros veículos.
(Ver art.º 60.º RST - Marca M7 e M7a)
 Utilização indevida de via de trânsito reservada ao trânsito de certa espécie de veículos ou a veículos afetos a determinados
transportes, pelo condutor de veículo de TVDE.
Inf.: n.º 1 do art.º 77.º do CE conj. n.º 9 do art.º 12.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: n.º 5 do art.º 77.º do CE
Coima: 120 € a 600 € - LEVE – ANSR - 1.86.077.01.01 - Auto ao Operador de TVDE

 Utilização indevida de via de trânsito reservada ao trânsito de certa espécie de veículos ou a veículos afetos a determinados
transportes, por condutor de TVDE ou de velocípede ou de velocípede c/ motor ou de trotineta c/ motor ou de dispositivo
de circulação c/ motor elétrico, autoequilibrado e automotor, ou de outro meio de circulação análogo c/ motor.
Inf.: n.º 1 do art.º 76.º do CE conj. n.º 9 do art.º 12.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: n.º 2 do art.º 76.º conj. art.º 96.º ambos do CE
Coima: 60 € a 300 € - LEVE – ANSR - 1.86.077.01.02 - Auto ao Operador de TVDE

2 - É, porém, permitida a utilização das vias referidas no número anterior, na extensão estritamente necessária, para acesso a garagens, a
propriedades e a locais de estacionamento ou, quando a sinalização o permita, para efetuar a manobra de mudança de direção no cruzamento ou
entroncamento mais próximo.
3 - Pode ser permitida, em determinados casos, a circulação nas vias referidas n.º 1 de veículos de 2 rodas e veículos elétricos, mediante
deliberação da câmara municipal competente em razão do território.
4 - A permissão prevista no número anterior é aprovada mediante parecer da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e do
Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT, I. P.) e deve definir especificamente:
a) A via ou vias que abrange e a respetiva localização;
b) A classe ou classes de veículos autorizadas a circular em cada via, nomeadamente velocípedes e ou motociclos e ciclomotores.
5 - Quem infringir o disposto no n.º 1 é sancionado com coima de € 120 a € 600.

(…)

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Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

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TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

Artigo 13.º - Duração da atividade


1 - Os motoristas de TVDE não podem operar veículos de TVDE por mais de dez (10) horas dentro de
um período de 24 horas, independentemente do número de plataformas nas quais o motorista de TVDE
preste serviços, sem prejuízo da aplicação das normas imperativas, nomeadamente do Código do
Trabalho, se estabelecerem período inferior.
 Motoristas de TVDE que operem veículos TVDE por mais de dez (10) horas dentro de um período de 24 horas,
independentemente do número de plataformas nas quais o motorista de TVDE preste serviços, sem prejuízo da aplicação
das normas imperativas, nomeadamente do Código do Trabalho, se estabelecerem período inferior.
Inf.: n.º 1 do art.º 13.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: k) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

 Intermediação de serviços por parte dos operadores em inobservância para que os motoristas de TVDE não operem
veículos TVDE por mais de dez (10) horas dentro de um período de 24 horas, independentemente do número de
plataformas nas quais o motorista de TVDE preste serviços, sem prejuízo da aplicação das normas imperativas,
nomeadamente do Código do Trabalho, se estabelecerem período inferior.
Inf.: n.º 1 do art.º 13.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: l) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

2 - Os operadores de plataformas eletrónicas devem implementar mecanismos que garantam o


cumprimento dos limites referido no número anterior.
 Operador de plataforma eletrónica que não implementou mecanismos para que os motoristas de TVDE não operem
veículos TVDE por mais de dez (10) horas dentro de um período de 24 horas, independentemente do número de
plataformas nas quais o motorista de TVDE preste serviços, sem prejuízo da aplicação das normas imperativas,
nomeadamente do Código do Trabalho, se estabelecerem período inferior.
Inf.: n.º 2 do art.º 13.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: k) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

3 - As plataformas eletrónicas devem conservar durante dois (2) anos os registos de atividade dos
operadores TVDE, motoristas e veículos, de acordo com o seu número único de registo de motorista de
TVDE.
 Plataforma eletrónica que não conserve durante dois (2) anos os registos de atividade dos operadores TVDE, motoristas e
veículos, de acordo com o seu número único de registo de motorista de TVDE.
Inf.: n.º 3 do art.º 13.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: m) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

Escola da Guarda 133


Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

Artigo 14.º - Controlo e limitação da atividade


1 - O operador da plataforma eletrónica está obrigado a assegurar o pleno e permanente cumprimentos
dos requisitos de exercício da atividade previstos na presente lei, incluindo os respeitantes a veículos e
operadores de serviço de TVDE.
2 - O operador da plataforma eletrónica deve bloquear o acesso aos serviços prestados pela mesma por
parte dos operadores de TVDE, motoristas ou veículos que incumpram qualquer dos requisitos referidos
na presente lei, sempre que disso tenha ou devesse ter conhecimento.
 Operador da plataforma eletrónica que não bloqueie o acesso aos serviços prestados pela mesma por parte dos operadores
de TVDE, motoristas ou veículos que incumpram qualquer dos requisitos referidos na presente lei, sempre que disso tenha
ou devesse ter conhecimento.
Inf.: n.º 2 do art.º 14.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: n) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

3 - O acesso a plataforma eletrónica de motoristas de TVDE que não cumpram os requisitos referidos no
número anterior ou que tenham deixado de reunir os mesmos após o acesso à atividade é da
responsabilidade do respetivo operador, sem prejuízo dos poderes cometidos ao IMT, I.P., e demais
entidades fiscalizadoras.

134 Escola da Guarda


TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

Artigo 15.º - Preço e pagamento do serviço


1 - A prestação do serviço de TVDE pode ser remunerada pela aplicação de uma ou mais tarifas à
distância percorrida e ou ao tempo despendido no transporte, ou pela aplicação de um preço fixo
determinado antes da contratação do serviço.
2 - Os valores das tarifas são fixados livremente entre as partes, sem prejuízo do disposto nos números
seguintes, devendo os preços finais cobrir todos os custos associados ao serviço, em harmonia com as
melhores práticas do sector dos transportes.
 Operador da plataforma eletrónica que cobra tarifas pela prestação do serviço de TVDE em que os preços finais não
cobrem todos os custos associados ao serviço, em harmonia com as melhores práticas do sector dos transportes.
Inf.: n.º 2 do art.º 15.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: o) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

3 - O operador da plataforma eletrónica pode cobrar uma taxa de intermediação, a qual não pode ser
superior a 25 % do valor da viagem calculada nos termos dos números anteriores.
 Operador da plataforma eletrónica que cobra uma taxa de intermediação, que é superior a 25 % do valor da viagem
calculada nos termos do n.º 1 e 2.
Inf.: n.º 3 do art.º 15.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: p) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

4 - A plataforma eletrónica deve disponibilizar ao utilizador de um modo claro, percetível e objetivo,


antes do início de cada viagem e durante a mesma:
a) A fórmula de cálculo do preço, indicando nomeadamente de forma discriminada o preço total,
a taxa de intermediação aplicada e as tarifas aplicáveis, nomeadamente por distância, tempo e
fator de tarifa dinâmica;
b) Uma estimativa do preço da viagem a realizar, calculada com base nos elementos fornecidos
pelo utilizador e fatores de ponderação que compõem a fórmula de cálculo do preço a cobrar
pelo operador do serviço.
 Plataforma eletrónica que não disponibiliza ao utilizador de um modo claro, percetível e objetivo, antes do início de cada
viagem e durante a mesma, a fórmula de cálculo do preço, indicando nomeadamente de forma discriminada o preço total,
a taxa de intermediação aplicada e as tarifas aplicáveis, nomeadamente por distância, tempo e fator de tarifa dinâmica e/
ou uma estimativa do preço da viagem a realizar, calculada com base nos elementos fornecidos pelo utilizador e fatores de
ponderação que compõem a fórmula de cálculo do preço a cobrar pelo operador do serviço.
Inf.: __) n.º 4 do art.º 15.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: o) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

5 - Os prestadores de serviço podem aplicar uma tarifa dinâmica, a qual não pode ser superior ao valor
decorrente da aplicação de um fator de majoração de 100 % ao valor médio do preço cobrado pelos
serviços prestados nas 72 horas imediatamente anteriores por esse operador.
 Prestadores de serviço que apliquem uma tarifa dinâmica, em que a mesma é superior ao valor decorrente da aplicação de
um fator de majoração de 100 % ao valor médio do preço cobrado pelos serviços prestados nas 72 horas imediatamente
anteriores por esse operador.
Inf.: n.º 5 do art.º 15.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: o) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

6 - A plataforma eletrónica deve também disponibilizar para qualquer itinerário, em alternativa, uma
proposta de preço fixo pré-determinado, que, em caso de aceitação pelo utilizador, corresponde ao preço a
cobrar no final do serviço independentemente da distância percorrida ou do tempo despendido.

Escola da Guarda 135


Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

 Plataforma eletrónica que não disponibilize para qualquer itinerário, em alternativa, uma proposta de preço fixo pré-
determinado, que, em caso de aceitação pelo utilizador, corresponde ao preço a cobrar no final do serviço
independentemente da distância percorrida ou do tempo despendido.
Inf.: n.º 6 do art.º 15.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: o) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

7 - O pagamento do serviço é processado e registado através da plataforma eletrónica, só sendo permitido


o pagamento através de meios eletrónicos.
 Pagamento do serviço processado e registado através da plataforma eletrónica, mas que não foi efetuado o pagamento
através de meios eletrónicos.
Inf.: n.º 7 do art.º 15.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: o) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de TVDE

8 - Num prazo razoável após a conclusão da prestação do serviço, a plataforma eletrónica envia ao
utilizador uma fatura eletrónica, indicando entre outros:
a) O código único de referência da viagem;
b) A origem e o destino do percurso;
c) O tempo e a distância total do percurso;
d) Valor total do preço a pagar, com discriminação do IVA à taxa legal aplicável e de outros
impostos ou taxas;
e) Demonstração do cálculo do preço, com base nos elementos e fator de ponderação que
compõem a respetiva fórmula de cálculo, incluindo a taxa de intermediação cobrada pelo
operador de plataforma eletrónica.
 Não envio ao utilizador pela plataforma eletrónica, num prazo razoável após a conclusão da prestação do serviço, uma
fatura eletrónica, indicando entre outros, o código único de referência da viagem, a origem e o destino do percurso, o
tempo e a distância total do percurso, o valor total do preço a pagar, com discriminação do IVA à taxa legal aplicável e de
outros impostos ou taxas e a demonstração do cálculo do preço, com base nos elementos e fator de ponderação que
compõem a respetiva fórmula de cálculo, incluindo a taxa de intermediação cobrada pelo operador de plataforma
eletrónica.
Inf.: __) n.º 8 do art.º 15.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: q) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

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TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

CAPÍTULO III - Plataformas eletrónicas

Artigo 16.º - Noção


Para efeitos da presente lei consideram-se plataformas eletrónicas as infraestruturas eletrónicas da
titularidade ou sob exploração de pessoas coletivas que prestam, segundo um modelo de negócio próprio,
o serviço de intermediação entre utilizadores e operadores de TVDE aderentes à plataforma, na sequência
efetuada pelo utilizador por meio de aplicação informática dedicada.

Artigo 17.º - Acesso à atividade


1 - O início da atividade de operador de plataformas eletrónicas está sujeito a licenciamento do IMT, I. P.,
a requerer por via eletrónica mediante o preenchimento de formulário normalizado e disponibilizado
através do Balcão do Empreendedor, a que se refere o artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de
julho, procedendo aquela entidade, no prazo de 30 dias úteis, à análise do pedido e à respetiva decisão,
considerando-se este tacitamente deferido se no prazo previsto não for proferida decisão.
2 - Constitui causa de indeferimento o não preenchimento de algum dos requisitos legalmente exigidos
para o seu exercício.
3 - Quando, por motivo de indisponibilidade das plataformas eletrónicas, não for possível o cumprimento
do disposto no número anterior, o pedido de licenciamento em causa pode ser efetuado por qualquer outro
meio previsto na lei, nomeadamente através de formulário eletrónico disponibilizado no sítio na Internet
do IMT, I. P.
4 - Para efeitos do licenciamento referido no n.º 1, devem ser transmitidos pelo interessado os seguintes
elementos instrutórios:
a) Denominação social;
b) Número de identificação fiscal;
c) Sede;
d) Designação ou marcas adotadas para operação;
e) Endereço eletrónico;
f) Titulares dos órgãos de administração, direção ou gerência e respetivos certificados de registo
criminal;
g) Pacto social;
h) Inscrições em registos públicos e respetivos números de registo.
5 - Além dos elementos referidos no número anterior, o operador que explore plataformas eletrónicas e
que não tenha sede em Portugal deve comunicar ao IMT, I. P., um representante em território nacional
identificado através da apresentação dos elementos referidos no número anterior.
6 - Os interessados são dispensados da apresentação dos elementos instrutórios previstos no n.º 4, quando
estes estejam em posse de qualquer autoridade administrativa pública nacional, devendo para o efeito dar
o seu consentimento para que o IMT, I. P. proceda à respetiva obtenção, nos termos da alínea d) do artigo
5.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e do artigo 28.º-A do Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de
abril, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2014, de 13 de maio.
7 - Quando façam uso da faculdade prevista no número anterior, os interessados indicam os dados
necessários para a obtenção dos elementos instrutórios em questão.
8 - As informações referidas nos n.os 4 e 5 devem estar disponíveis na plataforma eletrónica para consulta
por qualquer interessado, com exceção da indicação dos titulares dos órgãos de administração, direção ou
gerência e do pacto social.

Escola da Guarda 137


Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

9 - O IMT, I. P., mantém no seu sítio da Internet a lista e contactos dos operadores habilitados a exercer a
atividade de operador de plataformas eletrónicas nos termos do presente artigo, e, relativamente a cada
um deles, os elementos constantes das alíneas a) a d) do n.º 4.
10 - O operador de plataformas eletrónicas está obrigado a assegurar o pleno e permanente cumprimento
dos requisitos de exercício da atividade previstos na presente lei, incluindo os respeitantes aos termos de
prestação de serviços de TVDE e ao cumprimento das normas e decisões nacionais, sob pena de o IMT, I.
P., poder determinar as medidas adequadas à defesa da legalidade, designadamente, a suspensão,
limitação ou cessação da atividade em caso de incumprimento.
11 - O operador de plataformas eletrónicas observa todas as vinculações legais e regulamentares
relevantes para o exercício da sua atividade, incluindo as decorrentes da legislação laboral, de segurança e
saúde no trabalho e de segurança social.

Artigo 18.º - Idoneidade do operador de plataformas eletrónicas


1 - A idoneidade do operador de plataformas eletrónicas é aferida relativamente aos seus titulares dos
órgãos de administração, direção ou gerência, designadamente através da consulta do certificado de
registo criminal quando se trate de pessoa coletiva.
2 - São consideradas idóneas as pessoas relativamente às quais não se verifique qualquer dos seguintes
factos:
a) Proibição legal para o exercício do comércio;
b) Condenação, com trânsito em julgado, por infrações de natureza criminal às normas relativas
ao regime das prestações de natureza retributiva, ou às condições de higiene e segurança no
trabalho, à proteção do ambiente e à responsabilidade profissional;
c) Inibição do exercício do comércio por ter sido declarada a falência ou insolvência, enquanto
não for levantada a inibição ou a reabilitação do falido.
3 - A condenação pela prática de um dos crimes previstos na alínea b) do número anterior não afeta a
idoneidade de todos aqueles que tenham sido reabilitados, nos termos do disposto nos artigos 11.º e 12.º
da Lei n.º 37/2015, de 5 de maio, nem impede o IMT, I. P., de considerar, de forma justificada, que estão
reunidas as condições de idoneidade, tendo em conta, nomeadamente, o tempo decorrido desde a prática
dos factos.
4 - Para efeitos do disposto no presente artigo, o operador de plataformas eletrónicas deve enviar
anualmente ao IMT, I. P., o certificado de registo criminal dos titulares dos respetivos órgãos de
administração, direção ou gerência, ou autorizar à sua obtenção, nos termos dos n.os 6 e 7 do artigo
anterior.

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TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

Artigo 19.º - Serviços disponibilizados pelas plataformas eletrónicas


1 - Sem prejuízo das demais obrigações constantes da presente lei, as plataformas eletrónicas
disponibilizam obrigatoriamente em relação a cada serviço, antes do início de cada viagem e durante a
mesma:
a) De forma clara, suficiente e transparente, a informação relativa aos termos e condições de
acesso ao mercado por elas organizado e aos serviços disponibilizados;
 Plataforma eletrónica que não disponibiliza obrigatoriamente em relação a cada serviço, antes do início de cada viagem e
durante a mesma, de forma clara, suficiente e transparente, a informação relativa aos termos e condições de acesso ao
mercado por elas organizado e aos serviços disponibilizados.
Inf.: a) n.º 1 do art.º 19.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: r) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

b) O preço da viagem, os elementos que compõem a fórmula de cálculo e respetivo fator de


ponderação, nos termos do artigo 15.º;
 Plataforma eletrónica que não disponibiliza obrigatoriamente em relação a cada serviço, antes do início de cada viagem e
durante a mesma, o preço da viagem, os elementos que compõem a fórmula de cálculo e respetivo fator de ponderação, nos
termos do artigo 15.º
Inf.: b) n.º 1 do art.º 19.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: r) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

c) A utilização de mapas digitais para acompanhamento em tempo real do trajeto do veículo;


 Plataforma eletrónica que não disponibiliza obrigatoriamente em relação a cada serviço, antes do início de cada viagem e
durante a mesma, a utilização de mapas digitais para acompanhamento em tempo real do trajeto do veículo.
Inf.: c) n.º 1 do art.º 19.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: r) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

d) Mecanismos transparentes, credíveis e fiáveis de avaliação da qualidade do serviço pelo


utilizador, nomeadamente por botão eletrónico de avaliação relativo a cada operação, bem
como o botão eletrónico para apresentação de queixas a que se refere o número seguinte;
 Plataforma eletrónica que não disponibiliza obrigatoriamente em relação a cada serviço, antes do início de cada viagem e
durante a mesma, mecanismos transparentes, credíveis e fiáveis de avaliação da qualidade do serviço pelo utilizador,
nomeadamente por botão eletrónico de avaliação relativo a cada operação, bem como o botão eletrónico para apresentação
de queixas sobre a identificação do motorista, incluindo o seu número único de registo de motorista de TVDE e fotografia.
Inf.: d) n.º 1 do art.º 19.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: r) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

e) Identificação do motorista, incluindo o seu número único de registo de motorista de TVDE e


fotografia;
 Plataforma eletrónica que não disponibiliza obrigatoriamente em relação a cada serviço, antes do início de cada viagem e
durante a mesma, identificação do motorista, incluindo o seu número único de registo de motorista de TVDE e fotografia.
Inf.: e) n.º 1 do art.º 19.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: r) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

f) Uma fotografia do veículo de TVDE que o motorista está autorizado a utilizar, bem como a
respetiva matrícula, a sua marca e modelo, o número de lugares e o ano de fabrico;
 Plataforma eletrónica que não disponibiliza obrigatoriamente em relação a cada serviço, antes do início de cada viagem e
durante a mesma, uma fotografia do veículo de TVDE que o motorista está autorizado a utilizar, bem como a respetiva
matrícula, a sua marca e modelo, o número de lugares e o ano de fabrico.
Inf.: f) n.º 1 do art.º 19.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: r) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

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Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

g) Os termos da emissão de fatura eletrónica, nos termos do artigo 15.º


 Plataforma eletrónica que não disponibiliza obrigatoriamente em relação a cada serviço, antes do início de cada viagem e
durante a mesma, os termos da emissão de fatura eletrónica, nos termos do artigo 15.º
Inf.: g) n.º 1 do art.º 19.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: r) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

2 - Para efeitos de reclamação do serviço pelos utilizadores, ou do exercício de poderes de fiscalização


pelas entidades competentes, as plataformas devem disponibilizar:
a) Um botão eletrónico para a apresentação de queixas, de forma visível e facilmente acessível
na página principal da plataforma, que redirecione o utilizador para um Livro de Reclamações
Eletrónico, igualmente disponível na plataforma; e
 Plataforma eletrónica que não disponibiliza para efeitos de reclamação do serviço pelos utilizadores, ou do exercício de
poderes de fiscalização pelas entidades competentes, um botão eletrónico para a apresentação de queixas, de forma visível
e facilmente acessível na página principal da plataforma, que redirecione o utilizador para um Livro de Reclamações
Eletrónico, igualmente disponível na plataforma.
Inf.: a) n.º 2 do art.º 19.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: r) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

b) Informações sobre resolução alternativa de litígios, nos termos da Lei n.º 144/2015, de 8SET.
 Plataforma eletrónica que não disponibiliza para efeitos de reclamação do serviço pelos utilizadores, ou do exercício de
poderes de fiscalização pelas entidades competentes, informações sobre resolução alternativa de litígios, nos termos da Lei
n.º 144/2015, de 8SET.
Inf.: b) n.º 2 do art.º 19.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: r) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

3 - Após a receção de uma queixa ou reclamação, o operador da plataforma deve realizar as diligências
necessárias a apurar e, quando necessário, corrigir o motivo que lhes deu origem, devendo manter um
registo das mesmas e de todo o procedimento, por um período não inferior a dois (2) anos a contar da data
da queixa ou reclamação.
 Operador da plataforma que não realiza as diligências necessárias a apurar e, quando necessário, corrigir o motivo que lhes
deu origem, após a receção de uma queixa ou reclamação.
Inf.: n.º 3 do art.º 19.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: s) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

 Operador da plataforma que não realiza as diligências necessárias a apurar e, quando necessário, corrigir o motivo que lhes
deu origem, devendo manter um registo das mesmas e de todo o procedimento, por um período não inferior a dois (2) anos
a contar da data da queixa ou reclamação, após a receção de uma queixa ou reclamação.
Inf.: n.º 3 do art.º 19.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: t) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

4 - A operação de plataformas eletrónicas observa a legislação nacional e europeia relativa à recolha e


proteção de dados pessoais e demais informação sensível a que tenham acesso no âmbito da respetiva
atividade, nomeadamente a informação sobre o histórico dos percursos realizados.
5 - É proibida a criação e a utilização de mecanismos de avaliação de utilizadores por parte dos motoristas
de TVDE ou dos operadores de plataformas eletrónicas.
 Criação e utilização de mecanismos de avaliação de utilizadores por parte dos motoristas de TVDE ou dos operadores de
plataformas eletrónicas, sendo as mesmas proibidas.
Inf.: n.º 5 do art.º 19.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: u) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Autor

140 Escola da Guarda


TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

Artigo 20.º - Deveres gerais dos operadores de plataformas eletrónicas


1 - O operador de plataforma eletrónica é solidariamente responsável perante os utilizadores pelo pontual
cumprimento das obrigações resultantes do contrato.
2 - A verificação e certificação dos sistemas tecnológicos de suporte à operação do serviço de TVDE,
quanto ao cumprimento da legislação nacional e europeia relativa à recolha e proteção de dados pessoais
e demais informação sensível a que tenham acesso no âmbito da respetiva atividade, nomeadamente a
informação sobre o histórico dos percursos realizados, é realizada mediante auditoria sob supervisão da
Comissão Nacional de Proteção de Dados.
3 - O sistema informático deve registar os tempos de trabalho do motorista, e o cumprimento dos limites
de tempo de condução e repouso.
4 - O operador de plataforma eletrónica garante uma política de preços compatível com a legislação em
matéria de concorrência.

CAPÍTULO IV - Resolução de litígios

Artigo 21.º - Foro competente


1 - Aos serviços prestados pelo operador de TVDE e operador de plataformas eletrónicas em território
nacional é aplicável a legislação portuguesa, nomeadamente em matéria de proteção do consumidor, sem
prejuízo das disposições comunitárias aplicáveis, independentemente da sede do operador da plataforma.
2 - Os tribunais portugueses são competentes para conhecer qualquer litígio emergente entre um
consumidor e um operador de TVDE ou operador de plataformas eletrónicas, ou ambos em litisconsórcio
ou coligação.

Artigo 22.º - Meios extrajudiciais de resolução de litígios


1 - Os litígios de consumo no âmbito dos serviços previstos na presente lei podem ser resolvidos através
de meios extrajudiciais de resolução de litígios, nos termos gerais previstos na Lei n.º 144/2015, de 8SET.
2 - Quando as partes, em caso de litígios de consumo emergentes da prestação dos serviços previstos no
presente regime, optem por recorrer a mecanismos de resolução extrajudicial de conflitos suspende-se no
seu decurso o prazo para a propositura da ação judicial ou da injunção.

CAPÍTULO V - Supervisão, fiscalização e regime sancionatório

Artigo 23.º - Supervisão


1 - A atividade dos operadores de plataformas eletrónicas, dos operadores TVDE, bem como dos veículos
e motoristas de TVDE, é objeto de supervisão e regulação pelas entidades competentes, designadamente
pela AMT e pelo IMT, I. P., no âmbito das respetivas atribuições.
2 - Para os efeitos previstos no número anterior, a AMT e o IMT, I. P., podem solicitar aos operadores de
plataformas eletrónicas, aos operadores TVDE, bem como aos motoristas de TVDE, todas as informações
que se afigurem necessárias, nomeadamente as que resultem do exercício da atividade.
3 - A AMT pode realizar auditorias com vista a verificar a conformidade das plataformas em operação
com a legislação nacional e com as regras da concorrência.

Escola da Guarda 141


Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

Artigo 24.º - Entidades fiscalizadoras


A fiscalização do cumprimento das disposições da presente lei compete às seguintes entidades, no quadro
das suas competências:
a) IMT, I. P.;
b) AMT;
c) Autoridade para as Condições do Trabalho;
d) Instituto da Segurança Social, I. P.;
e) Guarda Nacional Republicana;
f) Polícia de Segurança Pública;
g) Autoridade Tributária;
h) Comissão Nacional de Proteção de Dados.

Artigo 25.º - Regime sancionatório


1 - As infrações às disposições da presente lei constituem contraordenações, sendo-lhes aplicáveis, em
tudo quanto nela não se encontra especialmente regulado, o regime geral das contraordenações.
2 - São sancionadas com coima de € 2.000 a € 4.500, no caso de pessoas singulares, ou de € 5.000 a €
15.000, no caso de pessoas coletivas, as seguintes infrações, praticadas com dolo ou negligência:
a) A prestação de serviços de TVDE fora de plataforma eletrónica;
b) O incumprimento da proibição de receção e de solicitação de serviços constante do n.º 3 do
artigo 5.º;
c) A violação das regras constantes dos artigos 6.º e 7.º;
d) A recusa de serviços fora dos casos a que se refere o artigo 8.º;
e) A condução de veículos de TVDE por motoristas não inscritos junto de plataforma eletrónica,
nos termos do artigo 10.º;
f) Exercício da atividade de motorista de TVDE com inobservância do disposto n.º 1 art.º 10.º;
g) A intermediação de serviços de TVDE em inobservância do n.º 2 do artigo 10.º;
h) A utilização de veículos para TVDE não inscritos junto de plataforma eletrónica, nos termos
do artigo 12.º;
i) A inobservância pelo operador de plataforma eletrónica da proibição constante do n.º 2 do
artigo 12.º;
j) A utilização de veículos com inobservância do disposto nos n.os 3, 4, 5, 6, 7 e 8 do artigo 12.º;
k) A violação dos limites de duração de atividade constantes dos n.os 1 e 2 do artigo 13.º;
l) A intermediação de serviços de TVDE em violação do n.º 1 do artigo 13.º;
m) A inobservância do dever de manter registos, nos termos do n.º 3 do artigo 13.º;
n) A inobservância do dever de bloqueio, nos termos do n.º 2 do artigo 14.º;
o) A cobrança de preços pela prestação do serviço de TVDE com inobservância do disposto nos
n.os 2, 3, 5, 6 e 7 do artigo 15.º;
p) O incumprimento da obrigação da disponibilização de preços, nos termos do n.º 4 art.º 15.º;

142 Escola da Guarda


TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

q) O incumprimento do dever de emissão de fatura, nos termos do disposto no n.º 8 do art.º 15.º;
r) A disponibilização de serviços pelas plataformas eletrónicas em inobservância do disposto nos
n.os 1 e 2 do artigo 19.º;
s) A não realização das diligências previstas no n.º 3 do artigo 19.º;
t) A não manutenção de registos nos termos do n.º 3 do artigo 19.º;
u) A inobservância da proibição constante do n.º 5 do artigo 19.º;
v) A prestação de informações falsas no âmbito dos deveres de informação previstos no art.º 30.º;
w) O não pagamento das contribuições no prazo estabelecido no n.º 3 do artigo 30.º;
x) O não envio da informação prevista nos n.os 4 e 5 do artigo 30.º

Artigo 26.º - Sanções acessórias


Pela prática das contraordenações previstas no artigo anterior pode ser aplicada, em função da gravidade
do ilícito praticado e nos termos do regime geral das contraordenações, a sanção acessória de interdição
do exercício da atividade pelo período máximo de dois (2) anos.

Artigo 27.º - Processamento das contraordenações


1 - O processamento das contraordenações previstas na presente lei compete ao IMT, I. P., que organiza o
registo das infrações cometidas nos termos da legislação em vigor.
2 - A aplicação das coimas é da competência do conselho diretivo do IMT, I. P.

Artigo 28.º - Produto das coimas


O produto das coimas reverte em:
a) 60 % para o Estado;
b) 20 % para o IMT, I. P., constituindo receita própria;
c) 20 % para a entidade fiscalizadora.

CAPÍTULO VI - Taxas e contribuição

Artigo 29.º - Taxas


As taxas devidas pelos procedimentos administrativos previstos na presente lei são fixadas pelas
entidades competentes, relativamente aos serviços por si prestados, de acordo com os princípios gerais
para a fixação de taxas.

Artigo 30.º - Contribuição de regulação e supervisão


1 - Os operadores de plataforma eletrónica estão obrigados ao pagamento de uma contribuição, que visa
compensar os custos administrativos de regulação e acompanhamento das respetivas atividades e
estimular o cumprimento dos objetivos nacionais em matéria de mobilidade urbana.
2 - O valor da contribuição prevista no número anterior corresponde a uma percentagem única de 5 % dos
valores da taxa de intermediação cobrada pelo operador de plataforma eletrónica em todas as suas
operações, nos termos do n.º 3 do artigo 15.º

Escola da Guarda 143


Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

3 - O apuramento da contribuição a pagar por cada operador de plataforma eletrónica é feito


mensalmente, por autoliquidação, tem como base as taxas de intermediação cobradas em cada um dos
serviços prestados no mês anterior, e é paga até ao último dia do mês seguinte a que respeita, ou na sua
falta, por cálculo da taxa a cobrar ao operador e notificação das guias de receita a partir de estimativa das
taxas de intermediação cobradas, realizada pela AMT com base nos serviços prestados em períodos
anteriores.
 Pagamento fora do prazo estabelecido da respetiva contribuição pelo operador da plataforma eletrónica.
Inf.: n.º 3 do art.º 30.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: w) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

4 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, ficam os operadores de plataforma eletrónica obrigados
a enviar mensalmente à AMT, até ao fim do mês seguinte a que reporta, informação relativa à atividade
realizada, nomeadamente o número de viagens, o valor faturado individualmente e a respetiva taxa de
intermediação efetivamente cobrada, de acordo com modelo de formulário a aprovar pelo conselho
diretivo da AMT e disponível para consulta no sítio na Internet da AMT.
 Não envio pelos operadores de plataforma eletrónica, mensalmente à AMT, até ao fim do mês seguinte a que reporta,
informação relativa à atividade realizada, nomeadamente o número de viagens, o valor faturado individualmente e a
respetiva taxa de intermediação efetivamente cobrada, de acordo com modelo de formulário aprovado pelo conselho
diretivo da AMT e disponível para consulta no sítio na Internet da AMT.
Inf.: n.º 4 do art.º 30.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: x) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

5 - A informação a prestar pelos operadores de plataforma eletrónica deve ter suporte nas faturas
emitidas, podendo a AMT solicitar o acesso ou envio de comprovativos, bem como realizar as auditorias
que entender necessárias.
 Não envio pelos operadores de plataforma eletrónica da informação que teve suporte nas faturas emitidas, podendo a AMT
solicitar o acesso ou envio de comprovativos, bem como realizar as auditorias que entender necessárias.
Inf.: n.º 5 do art.º 30.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: x) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

6 - O disposto nos números anteriores não prejudica a faculdade da AMT proceder à correção da
autoliquidação, nos termos gerais.
7 - A cobrança coerciva das dívidas provenientes da falta de pagamento das contribuições faz-se através
do processo de execução fiscal, constituindo título executivo a certidão passada pela AMT.
8 - Os montantes cobrados constituem receita a afetar na seguinte proporção:
a) 40 %, ao Fundo para o Serviço Público de Transportes, criado pelo art.º 12.º do RJSPTP,
aprovado pela Lei n.º 52/2015, de 9JUN;
b) 30 %, à AMT;
c) 30 %, ao IMT, I. P.
 Prestação de informações falsas pelos operadores de plataforma eletrónica no âmbito dos deveres de informação previstos
no art.º 30.º
Inf.: n.º ___ do art.º 30.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Pun.: v) n.º 2 do art.º 25.º da Lei n.º 45/2018, de 10AGO
Coima: 2.000 € a 4.500 € (PS) - 5.000 € a 15.000 € (PC) – IMT - Auto ao Operador de Plataforma Eletrónica

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TVDE DL n.º 45/2018, de 10AGO

CAPÍTULO VII - Disposições finais e transitórias

Artigo 31.º - Avaliação do regime


1 - A implementação dos serviços regulados na presente lei, no território nacional, é objeto de avaliação
pelo IMT, I. P., decorridos três (3) anos sobre a respetiva entrada em vigor, em articulação com a AMT,
com as restantes entidades competentes e associações empresariais e de cidadãos relevantes.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, compete ao IMT, I. P., a elaboração de um relatório final
fundamentado, o qual deve apresentar as recomendações e propostas de ajustamento das regras legais e
regulamentares em vigor, sempre que tal se afigure necessário para a melhoria do regime avaliado.
3 - O relatório final a elaborar pelo IMT, I. P., deve ser submetido a parecer por parte da AMT,
constituindo este parte integrante daquele relatório.

Artigo 32.º - Regime transitório


1 - Os operadores de plataformas eletrónicas, e os operadores de TVDE e respetivos motoristas, devem,
respetivamente, nos prazos máximos de 60 e 120 dias contados da data de entrada em vigor da presente
lei, conformar a sua atividade de acordo com a mesma, sem prejuízo da possibilidade prevista no n.º 3.
2 - O conselho diretivo do IMT, I. P., deve aprovar o modelo de certificado previsto na alínea d) do n.º 2
do artigo 10.º no prazo de 30 dias a contar da publicação da presente lei.
3 - Mediante decisão devidamente fundamentada na qual se reconheça a ocorrência de factos
justificativos, designadamente atrasos na implementação dos instrumentos técnicos necessários à plena
aplicação da presente lei, o conselho diretivo do IMT, I. P., pode prorrogar qualquer dos prazos referidos
no n.º 1, por um período adicional de até 180 dias.

ANOTAÇÃO

- Para os operadores de plataformas eletrónicas, o prazo de adaptação acaba a 31DEC2018;


- Para os operadores de TVDE e respetivos motoristas, o prazo de adaptação acaba a 01MAR2019.

NOTA: O conselho diretivo do IMT, I. P., pode prorrogar qualquer dos prazos acima referidos, por um período adicional de até 180 dias.

Artigo 33.º - Entrada em vigor


A presente lei entra em vigor no primeiro dia do terceiro mês seguinte ao da sua publicação.
(01NOV18)

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Decreto-Lei n.º 45/2018, de 10AGO TVDE

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TVDE GENERALIDADES

Transporte de passageiros em veículos descaracterizados a partir


de plataforma eletrónica (TVDE)
(DL n.º 45/2018, de 10AGO)

ACESSO À ATIVIDADE - LICENCIAMENTO


• A atividade de operador de TVDE está sujeita a licenciamento a requerer por via eletrónica ao IMT,I.P. “Balcão do
Empreendedor”, ou por outro meio previsto na lei, nomeadamente através de formulário eletrónico disponibilizado no sítio na
Internet do IMT,I.P.; (Art.º 3.º)
• A matrícula dos veículos inscritos pelos operadores TVDE, têm de constar na plataforma eletrónica; (Art.º 12.º)
• As empresas que desenvolvam a atividade de transporte em táxi podem ao mesmo tempo desenvolver a atividade de operador
de transporte em VDE, mas desde que utilizem veículos não licenciados como táxis; (Art.º 2.º)
• O operador de TVDE está obrigado a assegurar o pleno e permanente cumprimento dos requisitos de exercício da atividade
previstos na presente lei, incluindo os respeitantes a veículos e motoristas afetos à prestação de serviços de TVDE; (Art.º 9.º)
• Há critérios de idoneidade a cumprir pelo operador de TVDE; (Art.º 4.º)
• O operador de plataforma eletrónica não pode ser proprietário de veículos de TVDE, nem financiar ou ser parte interessada em
negócio relativo à aquisição, aluguer, leasing ou outra forma de utilização de veículos de TVDE. (Art.º 12.º)

O SERVIÇO A CONTRATAR
• O serviço de TVDE só pode ser contratado pelo utilizador mediante subscrição e reserva prévias efetuadas através de
plataforma eletrónica; (Art.º 5.º)
• Os veículos não podem recolher passageiros na via pública, mediante solicitação no local (hailing), nem em praças dedicadas
ao serviço de táxi; (Art.º 5.º)
• A plataforma eletrónica tem de fornecer obrigatoriamente aos utilizadores a possibilidade de solicitarem um veículo capaz de
transportar passageiros com mobilidade reduzida, bem como os seus meios de locomoção; (Art.º 6.º)
• O tempo de espera tem que ser inferior a 15 minutos e só em situações excecionais e justificáveis é que pode chegar aos 30
minutos. (Art.º 6.º)

REGRAS PARA MOTORISTAS


• O motorista de TVDE, tem de estar inscrito junto de plataforma eletrónica; (Art.º 10.º)
• O motorista de TVDE, tem de ser titular de carta de condução da categoria “B” há mais de três (3) anos, com averbamento do
grupo 2 (Código 997); (Art.º 10.º)
• O motorista de TVDE, tem de ser considerado idóneo; (Art.º 10.º)
• O motorista de TVDE, tem de dispor de um contrato escrito que titule a relação entre as partes; (Art.º 10.º)
• O motorista de TVDE, tem de ser titular de Certificado de Motorista de TVDE; (Art.º 10.º)
• Os motoristas de TVDE, no exercício da respetiva atividade, devem fazer-se acompanhar do certificado de motorista de TVDE
ou de guia emitida pelo IMT, ou do certificado de motorista de táxi; (Art.º 10.º)
• Os motoristas não podem operar veículos de TVDE por mais de dez (10) horas dentro de um período de 24 horas,
independentemente do número de plataformas nas quais o motorista de TVDE preste serviços. (Art.º 13.º)

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GENERALIDADES TVDE

CARACTERÍSTICAS DOS VEÍCULOS


• Para a atividade de TVDE só podem ser utilizados veículos automóveis ligeiros de passageiros de matrícula nacional, com
lotação não superior a nove (9) lugares, com idade inferior a sete (7) anos a contar da data da primeira matrícula; (Art.º 12.º)
• Apenas podem ser utilizados veículos inscritos pelos operadores TVDE junto de plataforma eletrónica, a qual deve atestar o
cumprimento dos requisitos legais e regulamentares aplicáveis aos veículos; (Art.º 12.º)
• Os veículos devem ser apresentados à inspeção técnica periódica um (1) ano após a data da primeira matrícula e, em seguida,
anualmente; (Art.º 12.º)
• Os veículos devem possuir seguro de responsabilidade civil e acidentes pessoais, que inclua os passageiros transportados e
respetivos prejuízos; (Art.º 12.º)
• Os veículos circulam sem qualquer sinal exterior indicativo do tipo de serviço que prestam, com exceção de um dístico, sendo
proibida a colocação ou exibição de publicidade no interior ou exterior do veículo; (Art.º 12.º)
• Os veículos que efetuem TVDE não têm acesso às faixas de rodagem e às vias de trânsito reservadas ao transporte público de
passageiros. (Art.º 12.º)

REGIME DE PREÇOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÃO


• Os valores das tarifas são fixados livremente entre as partes, mas o operador da plataforma eletrónica não pode cobrar uma
taxa de intermediação superior a 25 % do valor da viagem; (Art.º 15.º)
• A prestação do serviço de TVDE pode ser remunerada pela aplicação de uma ou mais tarifas à distância percorrida e ou ao
tempo despendido no transporte, ou pela aplicação de um preço fixo determinado antes da contratação do serviço; (Art.º 15.º)
• A plataforma eletrónica deve disponibilizar ao utilizador de um modo claro, percetível e objetivo, antes do início de cada
viagem e durante a mesma, a fórmula de cálculo do preço, indicando nomeadamente de forma discriminada o preço total, a taxa
de intermediação aplicada e as tarifas aplicáveis, nomeadamente por distância, tempo e fator de tarifa dinâmica e uma
estimativa do preço da viagem a realizar, calculada com base nos elementos fornecidos pelo utilizador e fatores de ponderação
que compõem a fórmula de cálculo do preço a cobrar pelo operador do serviço; (Art.º 15.º)
• O pagamento do serviço é processado e registado através da plataforma eletrónica, só sendo permitido o pagamento através de
meios eletrónicos; (Art.º 15.º)
• Os operadores de plataforma eletrónica estão obrigados ao pagamento de uma contribuição, que visa compensar os custos
administrativos de regulação e acompanhamento das respetivas atividades e estimular o cumprimento dos objetivos nacionais
em matéria de mobilidade urbana; (Art.º 30.º)
• O valor da contribuição prevista no número anterior corresponde a uma percentagem única de 5% dos valores da taxa de
intermediação cobrada pelo operador de plataforma eletrónica em todas as suas operações; (Art.º 30.º)
• O apuramento da contribuição a pagar por cada operador de plataforma eletrónica é feito mensalmente. (Art.º 30.º)

RECLAMAÇÕES, INFORMAÇÕES E LITÍGIOS


• Para efeitos de reclamação do serviço pelos utilizadores, as plataformas devem disponibilizar um botão eletrónico para a
apresentação de queixas e informações sobre resolução alternativa de litígios; (Art.º 19.º)
• Os tribunais portugueses são competentes para conhecer qualquer litígio emergente entre um consumidor e um operador de
TVDE ou operador de plataformas eletrónicas, ou ambos em litisconsórcio ou coligação. (Art.º 21.º)

FATURAS/ RECIBOS
• Num prazo razoável após a conclusão da prestação do serviço, a plataforma eletrónica envia ao utilizador uma fatura
eletrónica, indicando entre outros, o código único de referência da viagem, a origem e o destino do percurso, o tempo e a
distância total do percurso, o valor total do preço a pagar, com discriminação do IVA à taxa legal aplicável e de outros impostos
ou taxas e a demonstração do cálculo do preço, com base nos elementos e fator de ponderação que compõem a respetiva fórmula
de cálculo, incluindo a taxa de intermediação cobrada pelo operador de plataforma eletrónica; (Art.º 15.º)
• As plataformas eletrónicas disponibilizam obrigatoriamente em relação a cada serviço, antes do início de cada viagem e
durante a mesma, os termos da emissão de fatura eletrónica. (Art.º 19.º)

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