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DESENHO DIGITAL
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃ O AO CAD E SEU
DESENVOLVIMENTO
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Introdução
Caro aluno, nesta unidade você terá acesso a um estudo dirigido para o desenvolvimento e a apresentação de
projetos voltados à AEC - Arquitetura, Engenharia e Construção, englobando as áreas de arquitetura, engenharia
civil, urbanismo, paisagismo e design de interiores; todas essas áreas têm o desenho digital como ferramental
especializado para a realização de desenhos bidimensionais e tridimensionais.
Você sabe como se deu o desenvolvimento histó rico da tecnologia CAD (Computer Aided Design), a ponto dela
se converter em um padrão de projetos? Sabe como as normativas para apresentação de desenho se aplicam ao
uso do software? Compreende por que os principais comandos, funçõ es e utilidades do software devem
melhorar seu fluxo de trabalho? Conhece quais são as tendências atuais de desenho e apresentação de
projetos em AEC - Arquitetura, Engenharia e Construção?
Para que você amplie seus conhecimentos no tema, apresentaremos nesta unidade uma contextualização
histó rica do CAD, abordando: um grupo de normatizaçõ es relacionadas à atividade de desenho, quando
auxiliado por computador (que é o pró prio significado da sigla CAD); uma apresentação de interface; e
algumas indicaçõ es para boas práticas no desenvolvimento de projeto.
Antes de iniciarmos, é importante ressaltar que o acrô nimo CAD (Computer Aided Design) é traduzido para o
português como “desenho assistido por computador”. Todavia, para o correto entendimento dessa disciplina,
é decisivo que o ato de projetar seja compreendido como algo distinto da mera realização de um desenho.
Essa distinção pode ser percebida, por exemplo, se considerarmos já de início que o termo design em língua
inglesa significa projeto e não desenho (drawing). Isso ocorre porque o registro linguístico — que consolida
lenta e gradualmente os termos — não se desenvolve na mesma velocidade que determinados avanços
tecnoló gicos e, por isso, certas terminologias caem em desuso antes mesmo de haverem sido incorporadas
pelo léxico (NIEMEYER, 2000). Portanto, na falta de uma adaptação vocabular coerente, adotamos a distinção
entre desenho e design, mesmo que ela seja altamente dependente do contexto.
Há hoje um consenso de que o crescimento industrial brasileiro sofreu a influência recente do uso de
ferramentas computacionais de alto valor agregado e, por isso, existem muitas metodologias de projetos,
sendo comum que cada instituição componha seus métodos a partir de certos entendimentos e com base em
diferentes setores produtivos. No caso dessa disciplina, o setor produtivo é o da construção civil.
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer essas diferentes metodologias e, também, terá um maior
conhecimento das transformaçõ es histó ricas pelas quais passaram as principais ferramentas de design
digital.
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Atualmente
A combinação de uma multiplicidade de sistemas, com diferentes
tipos de linguagem de programação, originou uma grande variedade
de soluçõ es, capazes de representar os mais diversos avanços da
industrialização em termos de projeto.
Marco inicial
De acordo com BECK (2019), podem ser considerados como marco
inicial de desenvolvimento das tecnologias CAD/CAM, os sistemas:
Pronto, de 1957, que foi o primeiro sistema de programação de
controle numérico, de Patrick Hanratty; e o sistema Sketchpad, de
Ivan Sutherland, criado por volta da década de 60.
Paralelamente à evolução dos sistemas CAD, diversas soluçõ es concorrentes surgiram, como forma de
interpretar as necessidades do usuário, conjugadas às finalidades dos sistemas (PREECE, ROGERS e SHARP,
2008). Atualmente, por exemplo, as aplicaçõ es de software já são feitas para operar em “nuvem” (um espaço
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virtual de armazenamento), e são cada vez mais acessíveis por meio de diferentes aplicativos de telefonia
mó veis. O futuro aponta, portanto, para a realidade virtual, a computação ubíqua (tal como a internet das
coisas) e os wearables (tipo de tecnologia “vestível”, como uma roupa).
Praticamente todas as ferramentas que tiveram sua origem nos instrumentos de desenho clássicos, chamados
de desenhos técnicos, foram, de alguma maneira, transpostas para os ambientes digitais a partir da
caracterização de sua linguagem matemática. Essas ferramentas, quando associadas às noçõ es de geometria
euclidiana (AMARAL e FILHO, 2010), como a de intersecçõ es e a de concordância entre arcos e retas
(JANUÁ RIO, 2000) ou, ainda, à manipulação e a configuração de curvas do tipo bézier, possibilitaram
nomenclaturas, comandos e operaçõ es que definiram a representação e os aspectos visuais das curvas que
compõ em a forma de determinado objeto.
O desenho a mão, que se constituía anteriormente como o padrão de execução, agora é considerado apenas
como uma das alternativas. Hoje, os softwares CAD oferecem um ganho de tempo e precisão na elaboração de
grandes e intrincados projetos, cuja execução gráfica a mão livre, ou mesmo por meio de instrumentos de
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desenho mais clássicos, seria demasiadamente demorada. Atualmente, por exemplo, é possível representar
um só lido tridimensional complexo diretamente por meio de um menu contexto presente na interface gráfica
de um software.
VOCÊ O CONHECE?
Ivan Sutherland (1938), detentor de inú meras patentes industriais, foi o inventor do
primeiro editor grá fico orientado a objetos, que serviu de precursor das plataformas
CAD: o Sketchpad. Elaborado em sua tese de doutorado no MIT, em 1963, seu editor
grá fico foi considerado um marco da evoluçã o informá tica na computaçã o grá fica, pois
permitia o desenho de figuras bidimensionais com o auxílio de uma caneta luminosa
usada diretamente sobre a tela (AMARAL e FILHO, 2010).
Em 1967, Martin Krampen, marcado por um otimismo ingênuo das perspectivas futuristas da época, dissertou
detalhadamente pela primeira vez sobre a tecnologia CAD, aplicada no âmbito criativo e, principalmente, nas
áreas de arquitetura e design. (BÜ RDEK, 1994, p. 322). Mas, é importante ressaltar, nesse período, o CAD foi
empregado sobretudo na indú stria automobilística.
O pró ximo ponto decisivo para a incorporação da tecnologia CAD se deu na década de 80, com o advento dos
computadores pessoais, que descortinavam novas perspectivas de interatividade que trouxeram
consequências diretas para o mundo do trabalho.
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O ú ltimo paradigma, apresentado por BÜ RDEK (1994, p. 323), se deu em meados do ano de 1988, quando
“ficou caracterizado o emprego do computador, em sentido amplo, como um meio de representação,
construção e produção.” Analogamente, Harmut Esslinger, da Frogdesign, estabelecera uma tríade que
organizava a tecnologia que então se consolidava a partir dos fins a que se destinavam, sendo eles:
O design de interface foi, até o momento, o maior desenvolvimento tecnoló gico vivenciado por essa área de
estudos. Desde a invenção do computador pessoal, embora tenhamos tido uma grande disseminação de
soluçõ es e ferramentas para desktop, não tivemos mudanças significativas no paradigma interacional.
Vivemos, assim, uma era de estabilidade, com apenas algumas inovaçõ es incrementais ou de variaçõ es, ainda
pouco consolidadas, sobretudo no tocante às tecnologias relativas ao design de interface.
Primeiro No primeiro grupo, temos os softwares de licenças abertas (freeware), que consistem
grupo em alternativas economicamente mais acessíveis.
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Na maioria dos casos, um software não consiste em um produto do qual se detenha o direito de propriedade,
mas sim em um serviço prestado durante um certo período de tempo, para determinadas localidades e
clientes específicos. Por isso, a escolha de uma plataforma CAD se dá tendo em vista as variadas demandas,
que podem incluir desde o preço até a compatibilidade entre os sistemas.
O valor agregado do software pode ser uma indicação de um empenho maior por parte dos desenvolvedores,
quanto às soluçõ es interativas que eles oferecem, da mesma maneira que o tempo de presença em seu referido
mercado. Contudo, esses se mostram extremamente dinâmicos e a concorrência pode romper com as
vantagens de uma corporação que oferta soluçõ es mais tradicionais. Sendo assim, na escolha de uma
plataforma deve-se sempre levar em conta todas essas variáveis e não apenas os critérios técnicos.
Algumas alternativas de softwares incluem, mas não se limitam, às seguintes:
• Archicad;
• AutoCAD;
• Bricscad;
• DataCAD;
• Gstarcad;
• Intellicad;
• MSCad;
• SolidWorks;
• CATIA;
• Pro/ENGINEER;
• ProgeCAD;
• QCad;
• Revit;
• Vcad;
• Vectorworks;
• ZWCAD.
Cada uma das soluçõ es acima apresenta um modo distinto para a obtenção dos resultados, e diferem
essencialmente quanto às variaçõ es relativas ao fluxo de trabalho, na simplicidade em execução de comandos,
na estabilidade quanto ao sistema operacional, dentre outras possíveis.
Indica-se, como um critério de escolha, aquelas soluçõ es mais conhecidas, que se firmaram como padrõ es de
mercado, ou aquelas que oferecem vantagens, tais como as licenças diferenciadas e o conteú do exclusivo,
ainda que elas apresentem curvas de aprendizado mais longas.
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O modo como nos relacionamos com a tecnologia está sujeito, em grande parte, ao tipo de solução disponível
geograficamente; tome-se, a título de exemplo, a tecnologia BIM (Building Information Modeling), que está
baseada nos três princípios conhecidos como modelagem multi-informacional, interoperabilidade e cadeia
produtiva.
VOCÊ SABIA?
Com o surgimento recente da tecnologia BIM (Building Information Modeling ou
Modelagem de Informações da Construçã o) é possível a modelagem virtual
precisa de uma edificaçã o de maneira inteiramente digital, contemplando todo o
processo de construçã o e documentaçã o (EASTMAN et. al., 2014). A crescente
utilizaçã o desse sistema tem modificado a relaçã o dos profissionais da á rea com a
tecnologia e, talvez, ele substitua diversos softwares e ferramentas atuais.
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Entre os recursos de realidade aumentada para uso em arquitetô nica, podemos citar os seguintes:
• ARki;
• Augment;
• Dalux View / Dalux Build / Dalux FM;
• DAQRI Smart Helmet;
• Fologram;
• GAMMA AR;
• Morpholio AR Sketchwalk;
• WakingApp.
Embora ainda pouco difundido, o uso do recurso das maquetes eletrô nicas em realidade aumentada é
empregado na prototipagem e visualização de plantas em 3D.
A intercambialidade dos arquivos entre plataformas diferentes tem se tornado cada vez mais presente nas
soluçõ es para apresentaçõ es de projeto. Vejamos a seguir sob quais normas e práticas vigentes se apoiam
esses recursos.
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Sendo assim, as normas aqui apresentadas, constituem premissas para o trabalho, servindo para orientar
processos e conduzir o profissional em sua prática cotidiana. Elas estabelecem as bases para uma
metodologia adequada ao emprego do desenho digital e tecnologias CAD; também fornecem um interessante
ponto de partida para conduzir rapidamente a produção, possibilitando a apresentação de resultados de modo
fidedigno e seguro e permitindo a reprodutibilidade clara de suas informaçõ es.
Apresenta um esforço classificató rio dos termos empregados em desenho técnico. Sua aplicação
mais evidente, ao menos no escopo dessa disciplina, se refere ao desenho projetivo em seus
aspectos geométricos, que contemplam as vistas ortográficas e perspectivas, conhecimento
aplicado diretamente nas viewports para edição gráfica dos elementos.
NBR 6492
Embora a NBR 6492 cite unicamente uma outra norma como documento complementar (a NBR
10068, referente à padronização da folha de desenho, formato, leiaute e dimensõ es), mas há outras
normas que evidenciam a importância de um ordenamento no espaço de trabalho, e também para
posteriores ajustes de impressão e plotagem.
NBR 10582
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A NBR 10582, por exemplo, ao versar sobre o conteú do da folha para desenho técnico, delimita
ajustes e medidas para margens (muitas vezes já impressas previamente nas folhas de papel), com
propó sitos de catalogação, referência e acesso a dados rápidos, para registros de natureza variada.
Ela remete também a várias outras normas, a saber: NBR 8196; NBR 8402; NBR 10067; NBR 10068
e NBR 10126.
NBR 8402
A NBR 8402, por sua vez, se ocupa da definição da caligrafia técnica em desenhos. Atualmente, a
questão relativa à padronização textual é amplamente coberta pela profusão de fontes
(disponibilizadas juntamente com os softwares) e da grande disponibilidade de soluçõ es
fornecidas pelo mercado tipográfico em seus marketplaces (lojas virtuais que reú nem vários
fornecedores concorrentes), por vezes também chamados de foundries (literalmente: fundiçõ es. O
termo é oriundo da época dos tipos mó veis, que consistiam em pequenas peças com ligas de
chumbo e estanho; as empresas se adaptaram aos novos tempos, mas o nome permaneceu).
NBR 8403
A NBR 8403, que versa sobre a aplicação de linhas para a execução de desenho técnico, é
importante como referência, pois as linhas correspondem a có digos visuais de representação,
indicando rupturas e continuidades, por vezes determinando também preenchimentos e vazios. Ela
não cita especificamente nenhuma outra norma auxiliar, apesar de ser constantemente referenciada.
NBR 13142/1999
NBR 8196
Baseada na ISO 5455/1979, a NBR 8196 é uma norma sucinta, que trata do emprego da escala em
desenho técnico, referindo-se apenas às terminologias gerais de desenho técnico, constantes na
NBR 10647/1989.
NBR 10126
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Por ú ltimo, mas não menos importante, está a NBR 10126, que descreve o emprego de cotas em
desenho técnico. Baseada na ISO/DIS 129, ela cita como documentos complementares as normas
NBR 8402, NBR 8403 e a NBR 10067.
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Atualmente, há quatro partes da normatização BIM em vigência no Brasil. A ABNT validou, em 2016, a sétima
parte da normatização, estabelecida no conteú do ABNT NBR 15965-7:2015. As partes 1, 2 e 3 também já foram
publicadas e correspondem, respectivamente, aos có digos ABNT NBR 1595-1:2011, ABNT NBR 15965-2:2012
e ABNT NBR 15965-3:2014.
Outros documentos relativos a essa tecnologia incluem ainda: ABNT NBR ISO 12006-2:2018; ABNT NBR ISO
16354:2018; ABNT NBR ISO 16757-1:2018 e ABNT NBR ISO 16757-2:2018. Todas elas estão em aplicação sob
a ressalva de poderem ser substituídas e/ou revisadas, ou seja, estão em processo de consolidação.
• linha (line);
• círculo (circle);
• arco (arc);
• polígono (polygon);
• retângulo (rectangle);
• elipse (ellipse);
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Os recursos definidos por tais comandos envolvem uma grande gama de operaçõ es gráficas vetoriais
(relativas às curvas do tipo bézier), que são funcionalidades essenciais propostas como solução pelo
software. Ao longo do tempo, muitas opçõ es de uso foram sendo agregadas. Diante da impossibilidade de
apresentá-las todas aqui, faremos a seguir uma rápida apresentação de uma das muitas interfaces CAD.
a área de que o AutoCAD dispõ e para desenhar é infinita, dentro do plano cartesiano, e os
desenhos devem ser feitos em escala real, ou seja, 1 = 1. No momento de plotar/imprimir o
desenho, entra-se com uma escala, fazendo uma relação com milímetros. Dessa forma um mesmo
desenho pode ser impresso ou plotado em diferentes escalas (LIMA, 2015, p. 42).
Na imagem que segue, temos uma imagem de área de trabalho que pode ser utilizada como parâmetro. Sua
personalização pode ser realizada na medida em que as necessidades surgirem.
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Considerando que os experimentos da interface, assim como suas adequaçõ es, são relativos a um processo
pessoal de impossível previsão, é importante ter sempre a interface básica como referência.
Nesse sentido, as normas são bastante ú teis em ambientes colaborativos, pois permitem um
trabalho padronizado mesmo quando muitas pessoas estejam participando da criação de um
desenho.
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É possível, ainda, que seja criado um arquivo de referência para normas, a fim de que haja
uniformidade entre os arquivos de desenho, isso pode incluir os padrõ es previamente destacados
na interface ou ainda personalizaçõ es de um mesmo plug-in - funcionalidade opcional agregada
ao software apó s sua instalação (AUTODESK, 2019).
A utilidade desse recurso para ambientes colaborativos é ressaltada pelo desenvolvedor, pois,
dependendo do tamanho do escritó rio, do departamento, ou até mesmo da complexidade do
projeto, muitas pessoas podem ter acesso a um mesmo arquivo de trabalho, situação na qual se
faz imprescindível o controle e a sincronização das versõ es dos arquivos.
Além de recorrer às bibliotecas pró prias do programa, é possível obter, a partir de uma boa pesquisa online,
alguns plug-ins com o padrão normativo de sua preferência, abrangendo uma gama variada de necessidades e
situaçõ es, incluindo a ABNT e outros padrõ es.
É possível, também, criar os seus pró prios templates (arquivos padronizados que servem de modelo ou base
para trabalhos desenvolvidos em um determinado software), com as adaptaçõ es que forem necessárias.
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CASO
Considere que o AutoCAD possui vá rios tipos de linha, que podem ser
configuradas em conjunto, de acordo com os padrões normativos internacionais.
Tanto no desenho té cnico, quanto no digital, a espessura das linhas é codificada
de modo a estabelecer uma hierarquia visual, com o objetivo de propiciar a
interpretaçã o adequada dos elementos de um projeto. Para bem utilizá -las, no
entanto, é necessá rio saber como ajustar as linhas ao configurá -las nas opções de
uma determinada interface. Pode-se proceder a uma alteraçã o das propriedades
dos objetos ao utilizar o comando Properties, que permite a modificaçã o das
características de objetos e formas primitivas (que sã o elementos geomé tricos
bá sicos de desenho). O referido comando pode ser acessado pelo painel Palettes
que, por sua vez, é exibido com a aba View (LIMA, p. 125). As propriedades
modificáveis se referem a níveis (layers), cor, tipo, características geomé tricas,
estilos, dentre outras possíveis. Cada entidade possui um conjunto de
propriedades individual. Seleciona-se um objeto e, em seguida, na paleta
Properties, movimenta-se o cursor sobre a propriedade Color, e, conforme o
cursor se desloca pela listagem de cores disponível, a cor aplicada ao objeto se
altera. O mesmo processo se aplica à s espessuras de linha com a opçã o
Lineweight (LIME, p. 126). Ao experimentar essas modificações de propriedade,
constate que é possível ter uma amostragem dinâ mica (preview) de como os
objetos e propriedades ficarã o antes que as modificações sejam adequadamente
implementadas. Segundo Lima (2015, p. 126), no caso do software AutoCAD, os
tipos de linhas devem ser gravados em arquivos de extensã o *.LIN, que sã o
editáveis por meio de editores de textos como o bloco de notas do Windows.
Assim, sempre que necessá rio, configura-se os novos tipos de linhas com essa
extensã o, carregando-as no programa.
Dessa maneira, um mesmo desenho passará a estar vinculado com um ou mais arquivos de normas na
extensão *.DWS: um plug-in de normas é instalado para cada um dos objetos nomeados em que as normas
podem ser definidas: camadas, estilos de cota, tipos de linhas e estilos de texto (LIMA, 2015).
Quando iniciado um novo desenho, o software solicitará um template a ser escolhido pelo usuário. Selecione
por meio das opçõ es ou caixas de diálogo disponíveis o template desejado para fazer uso da padronização
escolhida nos pró ximos desenhos a serem efetuados. Não apenas o AutoCAD, mas outros softwares também
fornecem templates diversos, prontos para várias configuraçõ es referentes normas internacionais de desenho.
Na tela inicial do AutoCAD, o template pode ser selecionado quando tem início o processo de trabalho
(AUTODESK, 2019).
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Os comandos de modificação (ou de edição) têm suas propriedades, como o seu nome indica, orientadas para
efetuar modificaçõ es nos atributos de objetos. De acordo com Lima (2015, p. 78), “os comandos de edição
encontram-se no painel Modify da aba Home e no menu superior Modify, se ele estiver habilitado. Eles também
podem ser acessados pelo teclado ao digitar o nome do comando”.
A seguir estão listados alguns comandos de modificação baseados no AutoCAD, a título de exemplo.
Muitos dos comandos apresentados têm a finalidade de modificar as propriedades de objetos elementares,
por vezes chamados de primitivos, que consistem em formas e elementos de natureza geométrica, definidos
por equaçõ es interpretáveis pelos softwares, e modificáveis em suas variáveis por meio de interfaces e caixas
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de diálogo. A partir de sua formatação, eles assumem os aspectos visuais esperados, representados nos
padrõ es normativos estabelecidos.
O emprego dos comandos se torna progressivamente mais claro na medida em que surgem as necessidades
específicas, a partir de situaçõ es práticas e observáveis de estudo. Não é necessário recorrer sempre aos
comandos, mas pode-se obter um expressivo ganho de tempo e precisão ao utilizá-los. Percorrer a lista de
menus, que são organizados textual e graficamente, é também um modo seguro de efetuar a operação, ainda
que seja mais demorada.
Síntese
As plataformas CAD consistem em um referencial prático importante com relação a outras tecnologias. As
bases de desenho técnico, sob as quais se fundamentam as tecnologias de desenho digital, fazem parte de um
conhecimento acumulado e sistematizado que recentemente está se modificando rapidamente, ao mesmo
tempo que agrega funcionalidades e aplicaçõ es cada vez mais complexas.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
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Bibliografia
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