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Diocese de Guanhães

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A autêntica Oração e o crescimento espiritual – XXIX Domingo do Tempo… »

A MISSÃO DE CRISTO É A MISSÃO DA IGREJA!


Published 15 de outubro de 2022 | By Bruno Costa Ribeiro

Iniciamos o mês missionário, cujo valor, encontra-se na celebração da Eucaristia, alimento e referencial motivador para toda boa obra.
Ao mesmo tempo, celebramos a memória de Santa Teresinha do Menino Jesus, que de seu mosteiro, rezou por toda a Igreja, na sua ação
missionária.

Desse modo, podemos compreender dois elementos fundamentais da ação missionária da Igreja. Primeiro, missão é a responsabilidade
de toda pessoa batizada. Por isso dizemos: “batizados e enviados”. Quando fomos batizados assumimos a condição do próprio Jesus de,
além de inseridos em sua Igreja-Corpo-Família, recebemos o mandato de sermos suas testemunhas: “Ide por todo o mundo e anunciai o
Evangelho a toda criatura” (Mc 14, 15). Este “Ide” se faz pela ação do Espírito Santo que move e harmoniza todas as coisas. Assim como o
Pai enviou seu Filho, é o mesmo Filho quem nos envia.

A missão não se faz de grandes obras, mas das pequenas, por exemplo, na partilha do pão, na oração, na transmissão da Palavra de Deus
e de uma visita simples que se faz a um desconhecido ou a um amigo. Até porque, o estar presente na vida de alguém já é missão. Assim,
missão se faz na parceria de toda a comunidade, porque todos somos missionários: da criança à pessoa idosa. Por isso o Papa Francisco
pede uma Igreja em saída, que saia de si mesma para ir ao encontro do outro, que muitas vezes encontra-se nas periferias existenciais,
esquecido por nós! Assim, é urgente “sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do
Evangelho” (EG, nº 20). É necessário irradiar a Alegria do Evangelho, proposta de Jesus e que se fundamenta na própria experiência com
Ele (cf. AG, nº 24).

Desse modo, é fundamental que toda celebração Eucarística nos habilite para vivermos a missão e na missão. A Eucaristia não é meio,
pois tem fim em si mesma, é o Mistério Pascal de Cristo – porém é experimentada como conteúdo originador de toda ação missionária
(Bento XVI). Com isso compreendemos que, alimentados por Jesus Cristo, a própria Eucaristia, Ele mesmo nos provoca, confrontando-
nos com o seu anúncio.

A missão é de todos os sacerdotes, juntamente com seu bispo, em primeiro lugar. Porém, sendo eles motivadores e organizadores da
ação missionária, cabe à toda a Igreja, Corpo de Cristo, agir para um objetivo comum, a salvação de todos (cf. AG, nº 36). Se fazemos
parte da Igreja, então somos missionários na essência do ser cristão. É preciso, com isso, assumir esta consciência (cf. CIC, cc. 781-782).
Desse modo estaremos vivendo a premissa do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), que diz: a Igreja é “Sacramento universal de
Salvação” (LG, nº 48).

Por onde cada pessoa cristã se fizer presente, aí também estará a expressão do ser igreja. Missão não é proselitismo, mas abertura de si
no encontro com o outro, diferente no pensar e no agir. Missão é a apresentação alegre de Cristo Jesus como fonte de toda a vida. E é a
partir d’Ele que seremos suas testemunhas (Lc, 24, 48; At 1, 8). E mais: “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5, 13-14). A ação missionária,
assumida com responsabilidade e consciência, desenvolve-se dentro e fora das estruturas da Igreja Católica – missão ad intra e ad extra.
O ser missionário se vive a qualquer momento e circunstância. Porém, o mês missionário é para, tão somente, realçar essa beleza do
cristianismo católico: o de sermos instrumentos da Verdade, que é o próprio Cristo Jesus! (3 Jo 8).

Portanto, a pergunta a seguir é fundamental: Estamos dispostos para a missão de ser igreja e a partir da Igreja? – Se estivermos neste
espírito, o da missão, então seremos capazes de dialogarmos com o diferente, de escutarmos o estrangeiro, de partilharmos a vida e os
bens, de comunicarmos o que é belo, justo, bom e verdadeiro, dentre outras práticas libertadoras (cf. Documentos da CNBB-105, p. 91).

Porque a vida em si mesma é uma constante missão!

Diácono Valmir Rodrigues Pereira.


(Arquidiocese de Diamantina-MG)
Licenciado em Filosofia (ICSH)
Bacharel em Teologia (SASCJ)
Esp. em Docência do Ensino Básico e Superior (F.E.)
Pós-graduando em Psicopedagogia (I.C.)

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