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Cérebro

Você sabia que o cérebro é um órgão bastante complexo e controla todas as


funções do corpo? Ele interpreta as informações do mundo exterior e também é
responsável pela inteligência, criatividade, emoção e memória. O cérebro é
dividido nos hemisférios direito e esquerdo. A camada mais externa do cérebro
é chamada de córtex cerebral que é dividido em 5 lobos (frontal, parietal,
temporal, occipital e ínsula). Os lobos cerebrais desempenham diversas
funções. Cada um desempenha funções muito específicas. É importante
entender que cada lobo do cérebro não funciona sozinho.

Frontal: Está localizado diretamente atrás da testa. Fica


responsável pelos movimentos voluntários do corpo, a linguagem e o
gerenciamento das habilidades cognitivas. Os lobos frontais são considerados
o centro de controle comportamental e emocional e responsável pela
personalidade. Quem sofre algum dano nos lobos frontais podem ter
problemas como paralisias, perda de movimentos corporais, incapacidade de
se expressar, perda de flexibilidade. Além de ter dificuldade para se concentrar
em uma tarefa, em resolver problemas, apresentar mudanças na personalidade
e de comportamentos. Qual é a função do lóbulo frontal? Ele é responsável
pelo planejamento, controle e execução dos movimentos voluntários. Ele
envolve o córtex motor primário, o córtex motor suplementar e o córtex pré-
motor.

Fatos importantes sobre o lobo frontal

Teste da tabela

Localização - Anterior ao lobo parietal (separado pelo sulco central)


- Superior e anterior ao lobo temporal (separado pelo sulco lateral -
fissura de Sylvius)

Giros principais Giro pré-central, giro frontal superior, giro frontal médio e giro frontal
inferior
Unidades funcionais Córtex pré-frontal (giro frontal superior, giro frontal médio e giro
frontal inferior)
Córtex motor (giro pré-central)
Área de Broca (partes opercular e triangular do giro frontal inferior)

Funções Córtex pré-frontal: gestão de funções cognitivas superiores, tais como


planejamento, organização, motivação, disciplina, resolução de
problemas, auto-controle e regulação emocional.
Córtex motor: Controle dos movimentos voluntários, orientação
espacial
Área de Broca: geração da fala

Parietal

Está localizado atrás do lobo frontal e é responsável pela integração das


informações sensoriais. Isso inclui toque, temperatura, pressão e dor. O
lobo parietal também desempenha um papel na capacidade da pessoa de
avaliar o tamanho, a forma e a distância. Além disso, ajuda na interpretação
dos símbolos. A audição e a percepção visual, assim como a memória,
também fazem parte das funções do lobo parietal. O lobo parietal localiza-se
entre os lobos frontal e occipital e acima do lobo temporal, em cada hemisfério
cerebral. Os seus limites estão listados abaixo: Margem anterior - formada pelo
sulco central (ou sulco de Rolando). O que se encontra no lobo parietal? Lobo
Parietal: situado na parte superior do cérebro, essa área é responsável pelas
sensações do corpo humano, como a dor, a temperatura, a pressão e o tato.
Além disso, ela está relacionada à lógica matemática.
Temporal

O lobo temporal é visível nas superfícies lateral, medial e inferior do hemisfério


cerebral. Na superfície lateral, ele é limitado superiormente pela fissura lateral
(também conhecida como fissura de Sylvius) e se estende até a superfície
inferior do cérebro. Ficam atrás das orelhas e são o segundo maior lobo.
Contribuem com o processamento de informações auditivas e a codificação da
memória. Além disso, desempenham um papel importante no processamento
de afeto, linguagem e percepção visual.

O dominante (geralmente o lado esquerdo) está envolvido na compreensão da


linguagem, no aprendizado e na lembrança de informações verbais. O lobo
não dominante está envolvido no aprendizado e na lembrança de informações
não verbais como a música. Danos nos lobos causam dificuldade em
compreender palavras, o que vemos e ouvimos, em aprender e reter novas
informações e em reconhecer rostos.

Occipital

Situam-se na parte posterior da cabeça e são responsáveis pela percepção


visual, incluindo cor, forma e movimento. Danos na região podem dificultar a
localizar objetos, identificar cores, causar alucinações, incapacidade de
reconhecer palavras, dificuldades para ler e escrever. Qual é a função do lobo
occipital? Função do lobo occipital. O lobo occipital é a área de processamento
visual do cérebro. As áreas 17, 18 e 19 de Brodmann estão localizadas no lobo
occipital, e formam os córtices visuais.

Qual é a função do lobo occipital? O lobo occipital é o principal centro de


processamento visual. Ele está envolvido na determinação de cores, no
reconhecimento facial, na percepção de profundidade, no processamento
visuoespacial e até desempenha um papel na formação de memórias.
Como estimular o lobo occipital? Responsável pela percepção visual. Utilizar
brinquedos com luzes diferentes, ilustrações comuns e em 3D, objetos
coloridos, videogames, entre outros, são as melhores formas de estimular a
região.

Insula

É uma parte do córtex cerebral localizada em ambos os hemisférios. Estudos


apontam que a ínsula está ligada a desejos vícios. Além disso, desempenha
um papel importante em uma ampla gama de transtornos psiquiátricos, como
esquizofrenia, pânico, estresse pós-traumático e transtornos obsessivo-
compulsivos.

Qual é a função do lobo insular? A ínsula tem forma triangular com vértice
ínfero-anterior, está separada dos lobos vizinhos por sulcos pré-insulares.
Possui cinco giros (curtos e longos). Suas principais funções são fazer parte do
sistema límbico e coordenar quaisquer emoções, além de ser responsável pelo
paladar.
Qual a principal função relacionada com córtex insular? O córtex insular está
envolvido no processamento de dados sensoriais viscerais, motores viscerais,
vestibulares, atenção, dor, emoção, informações verbais, motoras,
entradas relacionadas à música e alimentação, além de dados gustativos,
olfativos, visuais, auditivos e táteis. O lobo insular, ou ínsula, é o lobo cerebral
localizado profundamente à fissura sylviana e escondido pela superfície lateral
do cérebro.

Alterações no lobo frontal no autismo

O autismo é uma condição do neurodesenvolvimento. Mas, você já parou para


pensar como funciona o cérebro de uma pessoa no Transtorno do Espectro do
Autismo (TEA)? Os cientistas de todo o mundo têm procurado compreender os
mecanismos que possam estar ligados a essa “desordem neurológica” que
compromete a socialização, a comunicação (verbal ou não) e os
comportamentos do autista. Acredita-se que a condição ocorra devido a
alterações cerebrais e a forma como os neurônios se conectam. Sabe-se que
alterações no córtex temporal podem causar prejuízo na percepção de
informações importantes para a interação social, por exemplo. Além disso,
pesquisas apontam que, em alguns grupos estudados, crianças com TEA
possuem um excesso de sinapses – as conexões entre as células cerebrais, o
que ocorre devido a uma ineficiência no processo de poda neural durante o
processo de desenvolvimento cerebral. Devido a esse fato poderiam ocorrer
déficits neurológicos comuns no autismo. Há também pesquisas sobre o lobo
frontal que indicam que alterações nessa região cerebral podem explicar os
comportamentos característicos do autismo. Pesquisas apontam que o dano
no lobo frontal está associado ao comprometimento de funções como
planejamento, organização e autorregulação, embora o funcionamento
intelectual geral permaneça intacto. Muitas pesquisas continuam em
andamento sobre o funcionamento cerebral dos autistas. Isso é importante
para que se descubram as causas do autismo, ampliem-se os diagnósticos
para que as pessoas com TEA comecem a fazer a intervenção precoce o
quanto antes. Além de ampliar os tipos de tratamentos que aumentarão a
qualidade de vida dessas pessoas.
O que é Neuroanatomia Funcional?

Neuroanatomia é o ramo da ciência responsável pelo estudo de estruturas


anatômicas complexas do sistema nervoso central e periférico. Esta grande
área está responsável pelas delineações das regiões cerebrais bem como a
diferenciação destas estruturas relacionando todo o conhecimento estrutural ao
seu funcionamento.

Qual a finalidade de estudo da Neuroanatomia Funcional? Propõe a


fornecer conhecimentos anatômicos, fisiológicos e histológicos do
sistema nervoso, uma visão integrada da fisiologia, enfatizando a
função de controle dos sistemas nervoso e endócrino, além das
funções sensoriais e funções motoras do sistema nervoso e contração
muscular.

O que é um neurônio?

O neurônio (célula nervosa) é a unidade


funcional do sistema nervoso. Ele recebe e
transmite impulsos neurais. Isso significa
que os neurônios recebem, processam e
integram informações de todas as regiões
do corpo e enviam instruções sobre como
os tecidos corporais devem responder a eventos do ambiente e
internos. Os neurônios são compostos por um corpo celular (soma)
e por prolongamentos neurais (axônios e dendritos). Estruturalmente,
são classificados de acordo com quantos prolongamentos
neurais eles possuem: unipolares, pseudounipolares, bipolares e
multipolares. Os axônios da maioria dos neurônios são
envolvidos por uma substância branca chamada de mielina. Os
axônios mielinizados são encontrados na substância branca,
dando-lhe sua cor característica e distinguindo-a da substância
cinzenta (corpos celulares neuronais).
A mielina isola os axônios e permite uma transmissão mais
rápida dos impulsos elétricos. Um feixe de axônios (fibras
nervosas) no sistema nervoso central (SNC) é chamado de trato
(ou feixe), enquanto no sistema nervoso periférico (SNP) esse
feixe é chamado de nervo. Além dos neurônios, existem outras
células no sistema nervoso, como por exemplo as células da glia,
que desempenham um papel de sustentação. Aprenda sobre as
células do sistema nervoso aqui.

Sistema nervoso: O sistema nervoso é uma parte vital e incrivelmente


complexa para o correto funcionamento do corpo humano. Com todas as suas
diferentes partes e conexões este sistema neurológico é cuidadosamente
finamente coordenado. A natureza levou milhares de anos para aperfeiçoar o
sistema nervoso humano através da evolução, até que chegasse ao que
conhecemos hoje, e isto explica a sua complexidade.
Existem doenças debilitantes condicionadas pelo funcionamento incorreto do
sistema nervoso. Compreendê-lo exige conhecimento sobre suas várias partes.

Fatos Importantes sobre o sistema nervoso

Teste da tabela

Partes Sistemas nervosos central, periférico, somático, autônomo,


entérico

Embriologia Placa neural -> tubo neural -> prosencéfalo -> telencéfalo (-
>cérebro, núcleos da base, amigdala, hipocampo); diencéfalo (-
>tálamo, subtálamo, glândula pineal, terceiro ventrículo)
-> mesencéfalo -> aqueduto cerebral, tecto, pedúnculo cerebral
-> rombencéfalo -> metencéfalo (->cerebelo, ponte);
mielencéfalo (->bulbo)

Histologia Células nervosas (neurônios) - constituídas em corpo celular,


processos curtos (dendritos), processos longos (dendritos),
processos longos (axônios); a principal função é a de gerar e
conduzir impulsos nervosos para enviar informações para
outras estruturas
Células da glia - circundam os neurônios e fornecem suporte
mecânico e nutricional

Sistema nervoso central (SNC) Cérebro - lobos frontal, temporal, parietal, occipital; regula o
funcionamento de todos os sistemas ao enviar impulsos
(ordens) para várias estruturas neurais e do corpo
Tronco encefálico - mesencéfalo, ponte, bulbo; contém estruturas
evolutivamente antigas que controlam mecanismos básicos da
sobrevivência (respiração, batimentos cardíacos, etc).
Cerebelo - mantém o equilíbrio, coordenação, suaviza os
movimentos
Medula espinhal - no canal espinhal; recebe impulsos do cérebro e
gera alguns impulsos próprios; origina 31 pares de nervos
espinhais que deixam a medula e cursam pelo corpo

Sistema nervoso periférico Nervos espinhais - componente sensitivo (dos cornos dorsais da
(SNP) medula espinhal), componente motor (cornos ventrais); ramos
anteriores inervam membros e tronco, ramos posteriores
inervam a musculatura dorsal

Sistema nervoso somático Função: parte do SNP que leva inervação sensitiva e motora
para o corpo
Partes:
- plexo cervical (ramos ventrais C1-C4) - inerva a pele e os
músculos do pescoço e tórax
- plexo braquial (ramos ventrais C5-T1) - inerva a pele e os
músculos dos membros superiores
- plexo lombar (ramos ventrais L1-L4) e plexo sacral (S1-S4) -
inervam a pelve e membros inferiores

Sistema nervoso autônomo Sistema simpático - “luta ou fuga”


(SNA) - saída e campo de inervação toracolombar
- plexos - celíaco, mesentérico superior, mesentérico inferior
Sistema parassimpático “digerir e descansar”
- saída e campo de inervação - crânio-sacral
- nervos - grupo cranial: oculomotor, facial, glossofaringeo,
nervos vagos; grupo sacral: nervos esplâncnicos

Sistema nervoso entérico Função - regula o funcionamento do intestino (“cérebro para


intestino”)
Plexos - Meissner (submucosa intestinal), Auerbach (tunica
muscular)

Relações clínicas Vagotomia, paralisia de nervo craniano, doença de


Hirschsprung, espinha bífida, doença de Parkinson

Embriologia: O desenvolvimento do sistema nervoso é um dos primeiros a se


iniciar no feto. Uma placa neural simples se dobra para formar a prega neural
(semanas 3-4), que depois forma um tubo. Este tubo é aberto em ambos os
lados, que são denominados neuroporos cranial e caudal. O neuroporo cranial
se fecha no 25º dia, enquanto o fechamento do neuroporo caudal ocorre três
dias depois. A falha no fechamento de qualquer um dos neuroporos resulta em
anomalias do desenvolvimento.
A formação de flexuras no encéfalo é uma etapa crucial no desenvolvimento do
sistema nervoso. Estas são a flexura pontina (entre o metencéfalo e o
mielencéfalo), a flexura cervical (entre o tronco encefálico e a medula espinhal)
e a flexura mesencefálica (que eleva o mesencéfalo superiormente).

O tubo neural eventualmente se desenvolve formando o encéfalo, e dá origem


às três vesículas primárias - prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo.
O prosencéfalo continua para formar duas vesículas secundárias - telencéfalo
e diencéfalo.
O telencéfalo forma os hemisférios cerebrais, os núcleos da base (o núcleo
caudado para cognição e os globos pálidos medial e lateral para controle
motor), a amigdala (o detector de perigo e principal entrada de informações do
olfato) e o hipocampo (nosso principal local de armazenagem de memória
episódica e espacial).
O diencéfalo forma o tálamo (o portão de saída para o córtex cerebral), o
subtálamo, o terceiro ventrículo (os dois tálamos "se beijam" cruzando o
terceiro ventrículo) e a glândula pineal (liberação de melotonina e ciclo sono-
vigília).
O mesencéfalo forma o aqueduto cerebral (conecta o terceiro e o quarto
ventrículos), o tecto (teto do mesencéfalo) e o pedúnculo cerebral (conecta o
tronco encefálico ao cérebro). Finalmente, o rombencéfalo forma as vesículas
secundárias chamadas metencéfalo e mielencéfalo.
O metencéfalo forma o cerebelo (o "pequeno cérebro" para coordenação e
fluidez de movimentos) e a ponte (dá origem à ponte e outros núcleos de
nervos cranianos). O mielencéfalo forma o bulbo (controle de centros
respiratórios vitais e nervos cranianos).
Os dois tipos básicos de células que se desenvolvem no sistema nervoso são
as células da glia e os neurônios.

Sistema nervoso central


Cérebro
O cérebro é o órgão chefe do sistema nervoso central. Ele coordena o
funcionamento dos nossos músculos e membros, bem como os hormônios que
nós liberamos para nos adaptar, crescer e modificar o nosso ambiente. Ele é
composto por várias divisões, chamadas de lobos cerebrais, conforme a seguir:
Lobo frontal: este lobo contém o córtex orbitofrontal, que é a principal área de
inibição de comportamentos impulsivos. Ele contém ainda o giro pré-central, o
córtex motor primário e a área de Broca (do lado esquerdo), que nos permite
formar palavras. A área homóloga à área de Broca do lado direito nos permite a
interpretação da linguagem corporal.
Lobo temporal: se localiza logo inferiormente à fissura lateral, em cada
hemisfério cerebral. Ele contém o giro temporal transverso, que interpreta a
informação auditiva. O lobo temporal esquerdo nos permite compreender as
palavras e entender informações.
Lobos parietais: se encontram na superfície posterosuperior do cérebro, e são
o principal local de interpretação visual. Eles possuem ainda um papel crucial
nos movimentos dos olhos - perseguição de objetos, por exemplo, seguir um
objeto no horizonte - bem como o direcionamento de nosso olhar para
diferentes partes de um objeto. Contêm ainda o giro pós-central, que é o córtex
sensitivo primário. A área de Wernicke se encontra na fronteira entre os lobos
parietal e temporal. Finalmente, no aspecto posterior do cérebro nós temos o
lobo occipital, que contém o córtex visual primário e áreas de associação
visuais.

Tronco encefálico: O tronco encefálico continua com o aspecto inferior do


cérebro. Ele consiste no mesencéfalo, superiormente, na ponte, no meio e no
bulbo, inferiormente. O tronco encefálico se encontra no interior da cavidade
craniana, e repousa sobre o clivus no aspecto inferior do crânio, sendo
contínuo inferiormente com a medula espinhal.
Cerebelo: O cerebelo, ou “pequeno cérebro” é responsável pelo equilíbrio e
pela coordenação. Ele dá fluidez aos nossos movimentos, e se reprograma
através de um sistema que gera novas respostas na dependência dos
estímulos que ele recebe.

Medula espinhal: A medula espinhal se aloja no interior do canal vertebral. Ela


se encontra profundamente às três camadas de meninges, e origina os 31
pares de nervos espinhais. Estes nervos deixam o canal vertebral através dos
forames intervertebrais, e se fundem para formar plexos e inervar diferentes
músculos.

Sistema nervoso periférico

Nervos espinhais

Existem 31 pares de nervos espinhais. Eles consistem em um componente


sensitivo aferente que entra no corno dorsal e um componente motor eferente
que deixa a medula através do corno ventral. Tanto o componente sensitivo
quanto o motor são contidos pelo nervo espinhal, juntamente com os sinais
autonômicos. Uma vez que os nervos espinhais deixam os forames
intervertebrais eles formam ramos anterior e posterior. O ramo anterior inerva
os membros e o tronco, enquanto o ramo posterior inerva algumas estruturas,
como os músculos dorsais.

Nervos cranianos

Eles se originam do tronco encefálico e do cérebro, mas na verdade são parte


do sistema nervoso periférico. Existem doze pares de nervos cranianos,
conforme abaixo:

1. Olfatório (sentido do olfato)


2. Óptico (sentido da visão)
3. Oculomotor (movimentos do olho e pálpebra. Contrái a pupila)
4. Troclear (movimenta o olho para cima e para fora, inerva o oblíquo
superior)
5. Trigêmeo (V1 oftálmico, V2 maxilar, V3 mandibular, sensação da face e
músculos mastigatórios)
6. Abducente (movimenta o olho lateralmente. Inerva o reto lateral)
7. Facial (move a face, sensação do paladar nos 2/3 anteriores da língua,
entre outras funções)
8. Vestibulococlear (audição e equilíbrio)
9. Glossofaríngeo (sentido do paladar no 1/3 posterior da língua,
sensibilidade da faringe)
10. Vago (inervação parassimpática para todo o corpo inferiormente à
flexura esplênica; parte motora do reflexo da tosse)
11. Acessório (inerva os músculos esternocleidomastóideo e trapézio)
12. Hipoglosso (inerva todos os músculos da língua, exceto o palatoglosso)

Sistema nervoso periférico

O sistema nervoso periférico (SNP) consiste em todos os nervos que são


emitidos a partir do cérebro e da medula espinal (o sistema nervoso central,
SNC). Se você imaginar o SNC como a rodovia principal, então o SNP forma
todas as estradas secundárias que estão conectadas. Ele permite aos impulsos
elétricos serem transmitidos para as regiões mais distantes do corpo humano, ou
seja, para a periferia, e vice-versa. Ambos podem ser subdivididos: o primeiro
em sistema nervoso autônomo simpático e sistema nervoso
autônomo parassimpático; e o segundo em divisões sensoriais e motoras.

Pode parecer complicado, mas não é. Vamos dar uma olhada em todos os
termos acima, a fim de entender melhor a neuroanatomia e a divisão do sistema
nervoso.

Fatos importantes sobre o sistema nervoso periférico

Teste da tabela

Definição Uma divisão do sistema nervoso composta por todo o


tecido nervoso encontrado fora da caixa craniana e do
canal vertebral.

Componentes Nervos periféricos (nervos espinhais, nervos


anatômicos cranianos, nervos autonômicos)
Gânglios

Componentes Sistema nervoso autônomo (SNA) - parte involuntária


funcionais que controla as células cardíacas, lisas e glandulares.
Consiste nas divisões simpática e parassimpática.
Sistema nervoso somático (SNS) - parte voluntária
que controla os músculos esqueléticos e o
processamento da sensação somática.

Função Transmite informações motoras e sensoriais entre o


sistema nervoso central e os tecidos do corpo
periférico.

Nervos periféricos

Estrutura do neurônio
Os elementos funcionais do sistema nervoso periférico são os nervos
periféricos. Cada nervo consiste em um feixe de muitas fibras
nervosas (axônios) e seus revestimentos de tecido conjuntivo, podendo ser
comparados aos tratos (feixes) do SNC. Por sua vez, cada fibra nervosa é uma
extensão de um neurônio cujo corpo celular é mantido dentro da substância
cinzenta do SNC ou dentro dos gânglios do SNP.

Os neurônios periféricos que transportam informações para o SNC são


chamados de neurônios aferentes ou sensitivos, enquanto os que transmitem
informações do SNC para a periferia são conhecidos como neurônios
eferentes ou motores.

Neurônios aferentes transmitem uma variedade de impulsos provenientes de


receptores sensitivos (sensoriais) e dos órgãos sensoriais. Por exemplo, eles
transmitem sensações gerais como toque, dor, temperatura e posição no
espaço (propriocepção). Além disso, eles também transmitem informações
sensoriais mais específicas, como os sentidos especiais do olfato, da visão, da
audição e do equilíbrio. Por outro lado, os neurônios eferentes levam
informações gerais do sistema nervoso para os órgãos efetores, por exemplo,
os músculos esqueléticos, os órgãos viscerais e as glândulas. Eles são
responsáveis por iniciar a contração muscular voluntária e involuntária, além de
estarem envolvidos em outras outras funções motoras, como na secreção
glandular.

Os nervos também podem ser classificados em "nervos cranianos" ou "nervos


espinais" de acordo com o local de saída do SNC. Os nervos
cranianos emergem do crânio (cérebro / tronco cerebral), enquanto os nervos
espinais deixam o SNC através da medula espinal. Existem 12 pares de nervos
cranianos e 31 pares de nervos espinais, dando um total de 43 pares de nervos
que formam a base do sistema nervoso periférico.

Para aprender mais sobre a estrutura dos nervos periféricos, veja os seguintes
recursos!

Os nervos cranianos são nervos periféricos que inervam principalmente


estruturas anatômicas da cabeça e do pescoço. A exceção é o nervo vago, que
também inerva vários órgãos torácicos e abdominais. Os nervos cranianos se
originam de núcleos específicos localizados no cérebro. Eles deixam a
cavidade craniana através dos forames (buracos) e se projetam para sua
estrutura alvo respectiva. Os nervos cranianos são divididos em três grupos de
acordo com o tipo de informação transportada pelas suas fibras:

Sensitivos, Motores, Mistos

Sistema nervoso somático

O sistema nervoso somático, também conhecido como sistema


nervoso voluntário, é responsável por fornecer inervação sensitiva e motora a
todas as estruturas do corpo humano, exceto órgãos, glândulas e vasos
sanguíneos. Em outras palavras, ele transporta impulsos referentes às
sensações do corpo (dor, tato, temperatura, propriocepção) e inerva os músculos
esqueléticos que estão sob controle consciente ou voluntário, iniciando o
movimento. Além disso, o sistema nervoso somático está envolvido nos reflexos
espinais, como por exemplo no reflexo de retirada. Isso ajuda você a tirar
sua mão instantaneamente ao tocar em um objeto quente.

Tanto os nervos cranianos quanto os espinais contribuem para o sistema


nervoso somático. Os nervos cranianos fornecem controle motor voluntário e
percepção sensitiva da região da face. Com relação aos nervos espinais, como
mencionamos anteriormente, os ramos posteriores deslocam-se posteriormente
para inervar a coluna vertebral, os músculos vertebrais e a pele das costas,
enquanto os ramos anteriores inervam os membros e o tronco anterior. A
maioria dos ramos anteriores se unem para formar plexos nervosos dos quais
muitos nervos periféricos principais se originam. A exceção são os ramos
anteriores da região torácica, que viajam de uma forma relativamente
independente uns dos outros sem formar plexos, como nervos
intercostais e subcostais do tronco.

Os plexos nervosos, formados pelos ramos anteriores dos nervos espinais:

Os plexos lombares e sacrais também podem ser agrupados como plexo


lombossacral (lombossagrado), mas os manteremos separados para melhor
compreensão. Cada plexo nervoso produz vários nervos periféricos, que
transportam fibras sensitivas e motoras para suas respectivas estruturas-alvo e
vice-versa.

Nervos periféricos dos plexos nervosos

Teste da tabela

Plexo cervical Nervo occipital menor


Nervo auricular maior
Nervo cervical transverso
Nervos supraclaviculares
Nervo frênico
Ansa cervical
Outros ramos menor, como por exemplo os nervos
para os músculos rombóides e para o músculo serrátil
anterior

Plexo braquial Nervo axilar


Nervo musculocutâneo
Nervo radial
Nervo mediano
Nervo ulnar (cubital)
Outros ramos menores, tais como: escapular dorsal,
torácico longo, nervo supraescapular, nervo para o
músculo subclávio, nervos peitorais lateral e medial,
medial cutâneo do braço e do antebraço,
subescapulares superior e inferior, toracodorsal.

Plexo lombar Nervo ilio-hipogástrico


Nervo ilioinguinal
Nervo genitofemoral
Nervo cutâneo lateral da coxa
Nervo femoral
Nervo obturatório

Plexo sacral Nervo glúteo superior


(sagrado) Nervo glúteo inferior
Nervo isquiático/ciático (divisões: nervo fibular
[peronial] comum e nervo tibial)
Nervo cutâneo posterior da coxa (nervo cutâneo
perfurante)
Nervo pudendo
Outros ramos menores, tais como: nervo para o
músculo piriforme, nervo para os músculos quadrado
femoral e gêmeo inferior, nervo para o músculo
obturador interno.

Sistema nervoso autônomo (SNA)

Por último, mas não menos importante, chegamos na divisão autonômica do


sistema nervoso periférico (SNP). O sistema nervoso autônomo (SNA) tem uma
natureza involuntária, o que significa que não temos controle consciente sobre
ele. É responsável por fornecer inervação sensitiva e motora para os músculos
lisos, os vasos sanguíneos, as glândulas e os órgãos internos. Dessa forma, ele
controla de forma coordenada as funções glandulares e viscerais,
desempenhando um papel na manutenção da homeostase. Os nervos do
SNA também são periféricos por natureza, de forma que a estrutura geral de um
nervo periférico discutida anteriormente ainda se aplica. No entanto, há uma
ressalva: todos os nervos autônomos fazem sinapse com um gânglio nervoso
simpático ou parassimpático. A porção do nervo antes da sua sinapse com o
gânglio nervoso é referida como pré-ganglionar, e carrega o impulso em direção
ao aglomerado de corpos celulares no gânglio. Por outro lado, a porção do nervo
após o gânglio é chamada de pós-ganglionar, e leva o impulso para longe dos
corpos celulares.

O SNA possui três grandes divisões: sistema nervoso simpático, sistema


nervoso parassimpático e sistema nervoso entérico. O sistema nervoso
simpático prepara o corpo para lidar com períodos de aumento do esforço físico
através de ações como regulação dos vasos sanguíneos (geralmente
vasoconstrição, embora nem sempre), dilatação de pupilas, aumento da
frequência cardíaca e da pressão arterial e diminuição do peristaltismo.
O sistema nervoso parassimpático ajuda o corpo a conservar energia, com as
funções de "descanso e digestão", alimentação e reprodução. Isto é realizado
através de ações que retardam o sistema cardiovascular, estimulam a secreção
das glândulas e aumentam o peristaltismo. O sistema parassimpático também
está envolvido na excitação sexual e no lacrimejamento (choro). Já o sistema
nervoso entérico (SNE) localiza-se dentro das paredes do trato gastrointestinal e
consiste nos plexos mioentérico (de Auerbach) e submucoso (de Meissner). Eles
trabalham juntos para controlar o peristaltismo no sistema digestivo. Este
sistema é frequentemente descrito como um “segundo cérebro”, pois atua de
forma independente sendo influenciado apenas pelos impulsos do SNA.

Sistema nervoso simpático

As fibras pré-ganglionares dos nervos simpáticos deixam a medula espinal


através das raízes anteriores de T1 a L2, entrando no nervo espinal
correspondente. As fibras viajam então através dos ramos comunicantes
brancos até os gânglios paravertebrais dos troncos do simpático, localizados
em ambos os lados da coluna vertebral.

Algumas fibras fazem sinapse nestes gânglios, enquanto outras passam por
eles sem fazer sinapse, saindo dos troncos simpáticos como nervos
esplâncnicos (maior, menor, imo, lombar, sacral). Esses nervos esplâncnicos
fazem sinapse mais próximos de seus órgãos-alvo nos gânglios pré-
vertebrais chamados de celíacos, aórtico-renais e mesentéricos (superiores e
inferiores). As fibras pós-ganglionares então se projetam sobre suas estruturas-
alvo, de forma direta ou retornando através do ramo comunicante cinzento e
seguindo o caminho dos nervos espinais por todo o corpo. Os órgãos-alvo
incluem vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas, músculos eretores do pêlo,
íris e órgãos internos. Um exemplo de órgão alvo do sistema nervoso simpático
é a glândula suprarrenal. A atividade do sistema nervoso simpático estimula a
liberação de adrenalina (também conhecida como epinefrina) através do
sistema medular simpático-suprarrenal.

Sistema nervoso parassimpático

Chegamos agora ao sistema nervoso parassimpático, que pode ser dividido em


parte craniana e parte sacral (sagrada). As fibras pré-ganglionares da
parte craniana saem do tronco encefálico nos nervos cranianos oculomotor,
facial, glossofaríngeo e vago. Elas fazem sinapse nos gânglios ciliar,
pterigopalatino, ótico, submandibular e entéricos. Por fim, as fibras pós-
ganglionares inervam as glândulas salivares da cabeça, a íris, os músculos
ciliares do olho e, no caso do nervo vago, as vísceras torácicas e abdominais.

As fibras pré-ganglionares da parte sacral (sagrada) são muito mais restritas,


saindo da medula espinal apenas através das raízes anteriores dos nervos
espinais S2-S4. Elas viajam com os nervos esplâncnicos pélvicos, por fim
inervando as vísceras pélvicas (cólon descendente, cólon
sigmóide, reto, bexiga, pênis / clitóris).

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