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HUBERT GODARD

IRENE DOWD
ODILE ROUQUET
MOSHE FEKDENKRAIS
RUDOLPH VON LABAN
IMGARD BERTERNIEF

Prof.a Carmem Arce


HUBERT GODARD
–
™ Ex-bailarino de ballet clássico e dança contemporânea, é
membro do Rolfing Faculty nos Estados Unidos. Realizou
pesquisas nos campos da readaptação funcional, da
biomecânica e sobre a função do sistema nervoso na
motricidade.
™ Trabalha em hospitais como pesquisador do Instituto
Nacional de Cancerologia em Milão. Nomeado diretor do
Departamento de dança da Universidade de Paris VIII
(1990), onde ensina análise do movimento.
™ Foi responsável (1988-1994) pelo curso de formação para
especialização em análise do movimento (Análise
Funcional do Corpo no Movimento da Dança/AFCMD)
no Centro Nacional de Dança em Paris, CND. Co-diretor
do Centro Metis – Internacional Center for Research and
terapy, em Milão.
Prof.a Carmem Arce
™ Hubert Godard (2010, 2006, p.13) cita quatro áreas, que atravessam sua
pesquisa sobre o gesto, operando distintas modalidades estruturais de
um indivíduo em movimento:

–
™ A “estrutura corporal” (corpo matéria);

™ A “estrutura cinética”, das coordenações que constituem uma


memória, a maneira de cada um se movimentar;

™ A “estrutura estésica” (das percepções), que forma uma memória da


nossa relação com o mundo;

™ A “estrutura simbólica” (da psicologia).

O fio condutor que conecta estas estruturas, centro das pesquisas de


Hubert Godard sobre o movimento, é a questão da postura [ereta] e sua
relação com a gravidade.
Prof.a Carmem Arce
–
™ Godard destaca a importância do “pré-movimento”
para a análise do movimento, ou “micro
ajustamentos que cada um faz inconscientemente
antes de se mexer (sic)” (GODARD in KUYPERS,
2010 [2006], p.6) e que se apoiam no esquema
postural, antecipando as ações e percepções.

Prof.a Carmem Arce


IRENE DOWD
–
™ Irene Dowd tem um trabalho corporal que funde a consciência
da anatomia do corpo e o uso da imaginação em função do
movimento.

FLUXO ENERGÉTICO

™ Propõe a liberação dos movimentos através de um trabalho


corporal específico que envolve o alinhamento articular, a
localização do centro de gravidade do corpo e o enraizamento,
associado a imaginação de um fluxo energético, que funciona
como auxiliar na projeção ou antecipação de estados posturais
ou ações, antes mesmo que estes tomem forma no corpo.

Prof.a Carmem Arce


–
™ Deste modo, uma postura ideal, sem tensões, criada
na imaginação, seria o primeiro passo para sua
concretização, o mesmo acontecendo com uma ação
que, antes de ser executada, poderia ser imaginada
em seus mínimos detalhes.

Prof.a Carmem Arce


1º PRINCÍPIO 2º PRINCÍPIO

™ Todos os padrões de alinhamento

–
™ O desconforto, a dor articular e/ou
postural, todos os modos de muscular, amplitude e vocabulário
utilização dos músculos, todos os de movimento limitados são
movimentos do corpo humano, produtos do desequilíbrio.
estão dirigidos e coordenados pelo
sistema nervoso, em outras
palavras, nosso pensamento. ™ 0 corpo humano, sendo uma
estrutura instável, está
constantemente em movimento,
™ Assim, para mudar a forma do constantemente vibrando como um
nosso corpo ou nossos padrões de diapasão ao redor do ponto de
movimento, devemos mudar nossa equilíbrio mecânico mas nunca
atividade neurológica. estacionado sobre ele.

™ Ainda que a maior parte desta ™ Quanta mais próximo do ponto de


atividade neurológica seja habitual equilíbrio, maior o equilíbrio da
e inconsciente, mudando nossas ação muscular ao redor das
metas conscientes, este extenso articulações"
processo inconsciente será afetado."

Prof.a Carmem Arce


ODILE ROUQUET
–
™ Na publicação Les pieds à la tête (1991) Odile Rouquet elenca
quatro níveis de leitura do corpo dançante, a ser analisado sob
os pontos de vista da anatomia (corpo inerte), da biomecânica
(corpo feito da interação de forças), da sociologia (corpo
impregnado de cultura) e da psicologia (corpo simbólico).

™ Segundo Rouquet (1991, p.6), algumas questões fundamentais


podem orientar o trabalho da análise do movimento, tais como:

“De onde parte um movimento e para onde ele vai? Qual é a sua
intenção? Que relação se estabelece entre as diferentes partes do
corpo? Que sistema corporal é privilegiado?”

Prof.a Carmem Arce


–
™ Todavia, Rouquet (1991, p.7) observa que a análise
do movimento não pode substituir a experiência e a
prática da dança, uma vez que conhecer alguma
coisa significa experimentá-la concretamente.

™ O que não quer dizer, necessariamente, que o


analista de movimento tenha que ter vivenciado
todas as práticas corporais, para poder abordar o
“sexto sentido” (BERTHOZ, 1997, p.31) – ou seja, o
sentido sinestésico, do movimento.

Prof.a Carmem Arce


MOSHE
FELDENKRAIS
–

™ A ideia central é ganhar conhecimento, descobrir


recursos pessoais e aprender como conduzir-se
intencionalmente de acordo com seus potenciais
pessoais.
™ Para promover todo este aprendizado, o foco de
atenção deve ser retirado do movimento em si
mesmo e redirecionado à maneira em que ele é feito.

Prof.a Carmem Arce


™ Neste ambiente de aprendizado, o importante não é o que

–
fazemos, mas sim como fazemos/executamos cada ação. Nas
lições de Consciência pelo Movimento os movimentos são
feitos dentro da amplitude do conforto, sem esforço e de acordo
com os ritmos pessoais.

™ O resultado emerge naturalmente, não como um alvo que


tivesse sido perseguido mas como a expressão espontânea dos
potenciais do indivíduo.

™ “A ideia não é evitar erros, pelo contrário, os erros são


utilizados como alternativas para aquilo que é sentido como
correto e estes papéis podem inverter-se rapidamente” –
Moshe Feldenkrais

Prof.a Carmem Arce


RUDOLPH VON
LABAN
–
™ Junto com o industrial F.C. Lawrence, desenvolveu uma
metodologia de análise do movimento "Effort-Study"
(estudo dos esforços).

™ Esta abordagem, apesar de ter sido direcionada


primeiramente para a seleção e treinamento de operários,
possibilitou uma melhor compreensão da movimentação
humana geral.
Prof.a Carmem Arce
™ A partir deste estudo, Laban chegou à formulação de
uma minuciosa análise dos elementos de
movimentos e suas combinações.
–
™ Atribuiu o nome de Coreutica ao estudo da
organização espacial dos movimentos, e
de Eukinética ao estudo dos aspectos qualitativos do
movimento (como seu ritmo e dinâmica).

™ Laban utiliza as figuras geométricas para dar suporte


à movimentação do ator-dançarino.

Prof.a Carmem Arce


™ Ele propõe a escala dimensional, respeitando a relação entre
altura, largura e comprimento das figuras geométricas como o
cubo, o tetraedro, o octaedro, o icosaedro e o dodecaedro;

–
™ Tais representações geométricas viabilizavam movimentos
planos sagital, frontal e transverso, nos níveis alto, médio e
baixo.

™ Dessa forma, ações dramáticas podem ser realizadas nas


posições das vértices dessas figuras, bem como em suas
diagonais, de forma que o ator atua ampliando a sua kinesfera,
buscando uma limpeza gestual e organicidade, assim, ele
também amplia seu espaço cênico.

™ A abordagem da dança sob uma perspectiva labaniana permite


ao artista e ao leigo compreender, desconstruir e transformar a
arte da dança em seus aspectos coreográficos, técnicos e de
fruição.
Prof.a Carmem Arce
IMGARD
BERTERNIEFF
–

™ Ao expor seus princípios e conceitos propõe questões


que emergem do dialogo móvel, de troca e
comunicação, entre indivíduo e meio, enfatizando
que o propósito de se investigar a mobilidade não
finda nas fronteiras do reconhecimento de “si
mesmo”, mas se completa na interação com o espaço,
com o outro, na criação de redes com o coletivo.
Prof.a Carmem Arce
™ Compreende os temas e elementos constituintes da
linguagem do corpo em movimento, não de forma
–
isolada, mas em relações de continuidade, que
borram e friccionam definições de sentidos,
renovando incessantemente seus significados.
™ Traz uma perspectiva de observação e entendimento
de processos relacionais como corpo/mente; corpo/
espaço; interno/externo; percepção/ação;
ação/recuperação; função/expressão (para citar
apenas alguns); passando a compreendê-los no
acontecimento do movimento como princípios com
características ao mesmo tempo polares mas
complementares, em constante fluxo de tornar-se um
o outro.

Prof.a Carmem Arce


”Dançar é expressar com o corpo o ritmo da alma”
(Autor desconhecido)

Prof.a Carmem Arce


REFERÊNCIAS
™ BERTHOZ, Alain. Le sens du mouvement. Paris: Odile Jacob.
™ GODARD, Hubert. C’est le mouvement qui donne corps au geste. Marsyas.
France.
–
™ ___________. Gesto e percepção. SOTER, Silvia e PEREIRA, Roberto.
Lições de Dança 3. Rio de Janeiro: UniverCidade.
™ LABAN, Rudolf. Dança educativa moderna. Lisa Ullmann (org.). São Paulo:
Ícone Editora.
™ _______. Domínio do Movimento. Lisa Ullmann (org.). São Paulo: Summus.
™ ROQUET, Christine. “Da análise do movimento à abordagem sistêmica
do gesto expressivo”. Rio de Janeiro, O Percevejo online, Dossiê Corpo
Cênico – linguagens e pedagogias, vol. 3, no 1, PPGAC/UNIRIO.
™ ROUQUET, Odile. Les pieds à la tête. La tête aux pieds. Paris: Ministère de la
Culture.
™ TAVARES, Joana Ribeiro da Silva. A Análise do Movimento – algumas
noções segundo Hubert Godard. Rio de Janeiro: Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO.
VÍDEOS
™ I Seminário Internacional Corpo Cênico: Linguagens
e Pedagogias. https://vimeo.com/38588940

–
™ https://www.dance-teacher.com/monica-
stephenson-leads-a-path-to-a-more-diverse-future-
for-ballet-2629627899.html
™ Irene Dowd "Resonance”
https://www.youtube.com/watch?v=wrlOFep5Aq
A
™ Turnout Dance by Irene Dowd
https://www.youtube.com/watch?v=uphYJjSWaNc
&list=RDuphYJjSWaNc&index=1
™ Documentário sobre Rudolf Laban Parte1e 2.flv
https://youtu.be/ptU4HQx8oeY
™ https://youtu.be/dqvt-va1Emg
™ Documentário sobre Rudolf Laban
™ https://youtu.be/_YYm7nrow4w

–
™ https://youtu.be/Sb46n5mLrzs

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