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Arthur de Moraes Andrade Corrêa

Kevin Magno Rosa

Inteligência artificial: aplicações na medicina.

Trabalho apresentado ao Colégio Linus como


requisito para obtenção de nota para
conclusão do Ensino Médio, orientado pelos
professores Margareth Acerbi e Valdemir de
Sousa

Serra

2021
1
Arthur de Moraes Andrade Corrêa

Kevin Magno Rosa

“Inteligência artificial: aplicações na


medicina.”

Aprovado em ___ / ___ / _____.

Banca examinadora

______________________________________

______________________________________

______________________________________
2
.

“Se você criar uma inovação no campo da


inteligência artificial, para que as máquinas sejam
capazes de aprender, isso valerá 10 Microsofts.”

Bill Gates

RESUMO
3
Tendo seu inicio dado após a Segunda Guerra Mundial, a partir da contribuição
de diversos pesquisadores, a inteligência artificial (IA), por meio de diversos
recursos, é utilizada há décadas em diversas áreas, sempre com o objetivo de
aprimorá-las. Entre as áreas de atuação da IA, as que mais se destacam são
as áreas da economia, do transporte e da saúde.

Uma das áreas de maior atuação no campo da I.A atualmente é a medicina,


apesar de algumas problemáticas rondarem o tema, diversos recursos são
utilizados com o objetivo de facilitar e auxiliar o trabalho dos profissionais da
área. Por meio da I.A é possível a obtenção de diagnósticos mais precisos e
precoces, um acompanhamento completo do quadro dos pacientes e auxílio
em diversas cirurgias e procedimentos complexos.

Palavras-chave:

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, SAÚDE, BASE DE DADOS

ABSTRACT

Having started after World War II, with the contribution of several researchers,
artificial intelligence (AI), through various resources, has been used for decades
in different areas, always to improve them. Among the AI's areas of action, the
ones that stand out the most are the economic, transport, and health areas.

One of the most active areas in the field of AI is currently medicine, although
some issues surround the topic, several resources are used to facilitate and
assist the work of professionals in the area. Through the AI, it is possible to
obtain more accurate and earlier diagnoses, a complete follow-up of the
patients' condition, and assistance in various surgeries and complex
procedures.

Key words:

ARTIFICIAL INTELLIGENCE, HEALTH, DATABASE

SUMÁRIO

4
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 6
2 A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL................................................................................7
2.1 Machine Learning.................................................................................................. 7

2.2 Deep Learning....................................................................................................... 7


2.3 Processamento de Linguagem Natural..................................................................8
3 A INTELIGÊNCIA ARTÍFICAL NO CAMPO DA MEDICINA...................................8
3.1 Pontos positivos do uso da IA .............................................................................. 9

3.2 Problemáticas sobre o uso da IA na medicina ..................................................... 9

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 10

5 ANEXOS................................................................................................................ 11

6 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 13

1 - INTRODUÇÃO

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Diversos pensadores e filósofos desenvolveram uma infinidade de teses acerca
de um tema especifico: “O que diferencia os seres humanos dos outros
animais?”. Segundo Aristóteles, esse ponto é a linguagem, de acordo com
René Descartes é a capacidade humana de realizar ações à sua vontade,
diferentemente dos outros animais, que conseguem somente realizar ações
mecânicas, segundo Francisco Porfírio. Por conta de tantas teorias
divergentes, essa resposta não é totalmente clara. Entretanto, um ponto em
comum na grande maioria dessas teses é a capacidade humana de aprender e
raciocinar.

De acordo com o Dicionário Online de Português, a definição de raciocinar é


“Procurar compreender as relações entre coisas e fatos.”. Significado que pode
ser entendido como o ato de construir uma ideia logica, a partir de
conhecimentos adquiridos do espaço que o individuo habita. Apesar de
diversos animais conseguirem desenvolver, mesmo que de forma primitiva
essa construção, os seres humanos foram considerados os únicos que
conseguiram utilizar essa habilidade de maneira tão desenvolvida.

Ao menos até a Segunda Guerra Mundial, a ideia de desenvolver uma


máquina com a capacidade de pensar e executar tarefas humanas data de
milénios, porém somente na década de 50 a Inteligência Artificial deu seus
primeiros passos significativos (KLEINA, 2018). Entre seus considerados
“fundadores”, pode-se citar: Alan Turing, (IMAGEM 1) o mais reconhecido e
prestigiado, desenvolveu o famoso Teste de Turing, uma forma de avaliar se
um computador possui um comportamento inteligente equivalente a um ser
humano. Considerado o pai da computação, a partir de suas ideias, foi possível
desenvolver o que conhecemos hoje como computador.

Outro momento considerado um marco para a história da computação foi a


Conferência de Dartmouth, realizada em 1956, que reuniu diversos cientistas
interessados nessa nova área que durante a convenção, recebeu o nome de
inteligência artificial e teve diversos pontos de sua construção estabelecidos.

2 – A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
6
Após muitos anos de pesquisas e desenvolvimentos, chegou-se ao estágio que
a inteligência artificial possui atualmente. Basicamente, essa tecnologia
funciona a partir da “combinação de um grande volume de dados digitais e
algoritmos inteligentes, que permitem ao sistema ler e interpretar padrões e
informações para aprender automaticamente”. Esse aprendizado se baseia em
três pontos distintos, sendo eles: Machine Learning, Deep Learning e o
Processamento de Linguagem Natural. (NEOWAY, 2019)

2.1 – Machine Learning

Considerado uns dos três pontos fundamentais para a construção de uma


inteligência artificial, o Machine Learning - em português, aprendizado da
máquina – é a tecnologia que permite que os sistemas aprendam e se
desenvolvam. Seu funcionamento se dá pela identificação de padrões a partir
de uma base de dados, permitindo assim, que a máquina tome decisões sem
que haja a necessidade de uma programação prévia. Sua principal utilização é
feita no recolhimento de dados de usuários de uma determinada plataforma,
para criar recomendações de produtos ou conteúdos que mais se aliam com os
usuários. Entre os serviços que utilizam essa tecnologia pode-se citar a Netflix,
a Amazon e o Twitter. (IMAGEM 2).

2.2 – Deep Learning

De forma simples, o Deep Learning pode ser considerado um aprofundamento


do Machine Learning. Enquanto um é utilizado para funções mais simples, o
Deep Learning é usado para a obtenção de resultados mais acertados.
Resultados obtidos a partir de uma rede neural mais complexa, que é baseada
nas ligações entre neurônios no cérebro humano. Sua principal utilização é na
identificação de imagens e sons, conseguindo interpretar a fala humana, outra
utilização mais recente dessa tecnologia é na produção de veículos autônomos
(IMAGEM 3).

2.3 – Processamento de Linguagem Natural


7
Essa tecnologia consiste na utilização do Machine Learning com outros
programas com o objetivo de encontrar e entender padrões na conversação
humana, dessa forma, conseguindo simular conversas de forma natural. Dentre
as três tecnologias citadas, essa é a considerada mais recente, portando
menos desenvolvida, sua principal utilização é a identificação de sentimentos e
intenções a partir da fala humana.

3 – A INTELIGÊNCIA ARTIFICAL NO CAMPO DA MEDICINA

Após seu aperfeiçoamento, a inteligência artificial passou a ser utilizada em


uma área que a algumas décadas era impensável a substituição do ser
humano, a medicina. Sua utilização teve inicio durante os anos 70, quando
diversos professores e pesquisadores das universidades MIT, Tufts University
e University of Pittsburgh e trabalhadores que atuavam na área da saúde, se
alinharam com a esperança de usar da inteligência artificial para revolucionar a
área da saúde e da tecnologia. Nesse primeiro momento, o principal objetivo
era utilizar a I.A para realizar diagnósticos mais precisos nos pacientes.

Atualmente, a inteligência artificial é utilizada amplamente em diversas áreas


da medicina, sendo algumas delas: diagnósticos mais precisos e precoces,
monitoramento de pacientes e auxílio na realização de cirurgias e
procedimentos complexos (MORSCH, 2021) (IMAGEM 4). Utilizações que
auxiliam e agilizam o trabalho dos médicos, passando diagnósticos com uma
maior exatidão aos pacientes e permitindo o atendimento de um maior número
de pessoas. Entretanto, existem alguns pontos que deixam pesquisadores
receosos com a implantação desses recursos.

3.1 – Pontos positivos do uso da I.A

8
De acordo com uma pesquisa realizada pela revista Nature Medicine (HOLLON
et al., 2020) um profissional da medicina e uma inteligência artificial possuem a
mesma taxa de acerto, quando se trata da análise de amostras. Foi realizado
um teste que consistia na coleta de dados do tecido cerebral de 278 pacientes,
enquanto eles eram submetidos a cirurgias. Os dados foram distribuídos de
forma igual para uma IA e um neuropatologista. Após os laudos emitidos em
tempo real, os diagnósticos foram julgados como corretos ou errados, baseado
em testes mais longos e precisos, realizados após a cirurgia. Deu empate
técnico: isso porque humanos estavam 93,9% corretos, enquanto a IA acertou
94,6% dos casos.

Além de apresentarem a mesma capacidade assertivas de médicos


profissionais, as inteligências artificias também anulam aquilo que é
considerado um dos maiores causadores de falhas médicas, a relação médico-
paciente. Muitos pacientes reclamam sobre a forma que se relacionam com
seus médicos, as críticas vão desde falta de interesse ou atenção do médico
em relação a condição do paciente, à realização de consultas excessivamente
rápidas (FORCHESATTO, 2015). Segundo um estudo realizado pela National
Center for Biotechnology Information (CASTANEDA ET AL., 2015) cerca de
80% dos erros cometidos estariam relacionados com a relação médico-
paciente, número que após a implementação de inteligências artificiais tende a
diminuir significativamente.

3.2 – Problemáticas sobre o uso da IA na medicina

O principal ponto negativo que é debatido quando se entra no tema da


utilização da IA na medicina é o vazamento de informações pessoais dos
pacientes. Diversos eventos são realizados com o objetivo de limitar o uso
dessas tecnologias no ambiente médico, entre eles: o seminário Hype or
Reality - The role of Artificial Intelligence in global health, desenvolvido em
Harvard e o Healthcare in the era of Big Data: Opportunities and Challenges,
realizado pelo MIT (MATSUMOTO, 2019).

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Em um cenário que as máquinas possuem mais precisão e acerto que os
humanos, o maior receio da comunidade científica é acerca da privacidade e o
acesso à prontuários e dados médicos. Um acontecimento ocorrido no Brasil,
ilustra a necessidade de uma maior atenção voltada para essa área. Por conta
de uma falha de segurança, até 2017, qualquer pessoa poderia facilmente
acessar informações pessoais e dados sensíveis sobre a saúde de usuários
cadastrados no aplicativo E-Saúde do Ministério da Saúde. Resultando no
vazamento de dados de milhões de usuários do SUS, segundo informações do
Fenafar.

4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em um mundo cada vez mais tecnológico, é de extrema importância


compreender os usos e áreas da atuação da IA. Apesar do receio de uma
parcela da população acerca do tema, é inegável a importância que a
inteligência artificial possui atualmente, e a importância que ela virá a obter
com o decorrer das próximas décadas. Sendo necessário, portanto, maiores
investimentos e desenvolvimento de pesquisas sobre o tema, dessa forma,
consertando as pequenas falhas que a tecnologia apresenta. Por meio disso,
um número maior de pessoas perderão seus medos e preconceitos, se
interessarão pela área, ajudando a difundir essa tecnologia.

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4 – ANEXOS

IMAGEM 1– ALAN TURING

FONTE: REVISTA GALILEU, 2018

IMAGEM 2 – PLATAFORMAS DIGÍTAIS

FONTE: VECTEEZY, 2021

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IMAGEM 3 – TESLA MODEL 3

FONTE: INSIDEEVS, 2021

IMAGEM 4 – ROBÔS CIRURGIÕES

FONTE: BLOG ICLINIC, 2020

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5 – REFERÊNCIAS

PORFíRIO, Francisco. "Diferenças entre o ser humano e os demais animais";


Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/diferencas-
entre-ser-humano-os-demais-animais.htm. Acesso em 01 de dezembro de
2021.

KLEINA, Nilton. “A história da inteligência artificial”; TecMundo, 2018.


Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/mercado/135413-historia-
inteligencia-artificial-video.htm. Acesso em 30 de novembro de 2021.

“INTELIGÊNCIA artificial: O que é, como funciona e exemplos”. Neoway, 2019.


Disponível em: https://blog.neoway.com.br/inteligencia-artificial/. Acesso em 30
de novembro de 2021.

MORSCH, José. “Inteligência artificial na medicina: 7 aplicações e benefícios”.


Morsch Telemedicina, 2021. Disponível em:
https://telemedicinamorsch.com.br/blog/inteligencia-artificial-na-medicina.
Acesso em 30 de novembro de 2021.

HOLLON, Todd C. et al. Near real-time intraoperative brain tumor diagnosis


using stimulated Raman histology and deep neural networks. Nature medicine,
v. 26, n. 1, p. 52-58, 2020.

FORCHESATTO, André. “A importância de honestidade e ética na relação


médico-paciente”. Clínica nas Nuvens, 2015. Disponível em:
https://clinicanasnuvens.com.br/blog/entenda-a-importancia-da-honestidade-e-
da-etica-na-relacao-medico-paciente/. Acesso em 30 de novembro de 2021.

Castaneda, Christian et al. “Clinical decision support systems for improving


diagnostic accuracy and achieving precision medicine.” Journal of clinical
bioinformatics vol. 5 4. 26 Mar. 2015, doi:10.1186/s13336-015-0019-3.

LOBO, Luiz Carlos. Inteligência artificial e medicina. Revista Brasileira de


Educação Médica, v. 41, p. 185-193, 2017.

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