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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE TENHA ESPERANÇA

DELEGACAO DE NAMPULA

A importância da informática para o profissional da saúde


Sifa João Filipe

Curso de: Saúde Materno Infantil


Disciplina: Informática
Turma: 11
Ano de Frequência: 1ᴼ Ano
Docente: José Campos Cassamo

Nampula Março de 2023


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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE TENHA ESPERANÇA

DELEGACAO DE NAMPULA

A importância da informática para o profissional da saúde


Sifa João Filipe

Trabalho de Carácter Avaliativo orientado na


cadeira de informática, curso de SMI, turma
11, 1º ano, lecionada pelo docente: José
Campos Cassamo

Nampula Março de 2023


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Índice
Introdução .................................................................................................................................................... 4

Conceitos básicos ....................................................................................................................................... 5

Origem etimológica e Evolução da informática ..................................................................................... 5

O surgimento da informática aplicada na área da saúde ....................................................................... 7

A importância da informática para o profissional da saúde.................................................................. 8

Função e áreas de actuação da informática médica ............................................................................. 14

Formas que a informática em saúde ajuda à enfermagem .................................................................. 14

Conclusão .................................................................................................................................................. 16

Referências Bibliográficas ...................................................................................................................... 17


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Introdução
O presente trabalho de caracter avaliativo aborda sobre a importância da informática para o
profissional da saúde, cujo o objectivo geral é de analisar a importância da informática para a
área da saúde e, em termos específicos consiste em identificar a importância da informática para
o profissional da saúde, caracterizar ou descrever a importa da informática na área da saúde.

Actualmente vivemos em uma era de grandes evoluções tecnológicas, onde se pode observar que
a introdução dos computadores provocou mudanças relevantes na área da saúde, surgindo novos
desafios. A informatização é considerada uma ferramenta de trabalho que tem por objetivo
agilizar os serviços prestados ao paciente. Os farmacêuticos precisam estar cada vez mais
informados. Frente à nova era globalizado, marcado pelos avanços tecnológicos dos mais
diversos tipos.

O estudo tem como objetivo verificar a importância da informática na área da saúde em especial
na enfermagem, mostrando como esse recurso está inserido e aplicado nesta área. O artigo é de
caráter exploratório e abordagem bibliográfica, abrangendo várias referências teóricas divulgadas
recentemente tanto em âmbito bibliográfico como virtual, facilitando a compreensão da temática
exposta e objetivando a real importância da informática na área de saúde, em especial para o
profissional da saúde.

A importância da informática nos dias de hoje Além de ser um grande avanço tecnológico do
qual seria bom todos terem acesso, a informática também é muito usado e as vezes até
"necessário" no mercado de trabalho atual. Hoje em dia grande parte das impresas ou quase todas
adotam o uso de máquinas (computadores) como principal fonte de trabalho.

No que espelha as Metodologias, de referir que na elaboração deste trabalho baseou-se na


pesquisa bibliográfica, com ajuda da internet e, com o uso do método hermenêutico, que consiste
na interpretação dos conteúdos. E em termos de estrutura, para além dos elementos pré-textuais o
presente trabalho apresente a Introdução, parte de desenvolvimento, conclusão e as referências
bibliográficas.
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Conceitos básicos
A Informática é um ramo das ciências da informação e da computação. Estuda os processos de
recolha, armazenamento, processamento, transferência e difusão de dados digitais. O termo
surgiu da junção das palavras informação e automática e pode ser resumido como o processo de
tratamento automático da informação. A informática, suas inovações e seus dispositivos fazem
parte de todas as áreas da nossa vida e servem como ferramentas de trabalho, estudo e de
entretenimento.

A Informática (do frances: "informatique", do alemã "informatik"; composição: "informação" e


"automática") é um termo usado para descrever o conjunto das ciências relacionadas à coleta,
armazenamento, transmissão e processamento de informações nos meios digitais, estando
incluídas neste grupo: a ciência da computação, os sistemas de informação, a teoria da
informação, o processo de cálculo, a análise numérica e, os métodos teóricos da representação
dos conhecimentos e da modelagem dos problemas.

A informática é a disciplina que lida com o tratamento racional e sistemático da informação por
meios automáticos e eletrônicos. Representa o tratamento automático da informação. Constitui o
emprego da ciência da informação através do computador.

Saúde significa o estado de normalidade de funcionamento do organismo humano. Ter saúde é


viver com boa disposição física e mental.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência de doença,
mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social

Origem etimológica e Evolução da informática


O termo surge em meados do século XX, uma referência do termo francés "informatique", um
derivado da junção das palavras "information" (em português: "informação") e "automatique"
(em portugues: "automática"), estabelecida pelo cientista Philippe Dreyfus (1925-atual), derivado
do termo alemão "informatik", criado pelo alemão Karl Steinbuch (1917-2005) em 1957 no
trabalho denominado "Informatik"; a informática surgiu devido a necessidade de se fazer um
processamento da informação de forma automatizada, processamento por meios automáticos
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analógicos ou digitais (quer sejam binários, ou não como o bit quântico). O meio mais comum da
utilização de informática são os computadores que tratam informações de maneira automática.

Em 1956, o cientista da computação alemão Karl Steinbuch publicou o periódico "Informatik:


Automatische Informationsverarbeitung" (em português: "Informática: processamento
automático de informação"), a palavra se estabeleceu como o termo alemão para a ciência da
computação, uma disciplina progenitora para o campo mais vasto da informática. Em 1966, o
pesquisador russo Alexander Mikhailov, junto com colaboradores, chegou a utilizar o conceito
"Informatika" relacionado a uma disciplina que estuda, organiza e dissemina a informação
científica (ligada a Ciência da Informação).

A história da informática começa antes do surgimento do primeiro protótipo de um computador,


na década de 1830. O princípio que levou ao desenvolvimento desse tipo de tecnologia é bem
mais antigo. Surgiu com a necessidade de criar um dispositivo que pudesse fazer cálculos
rapidamente.

No entanto, a história da informática pode ser contada pela evolução dos computadores. É
dividida em quatro etapas, chamadas de gerações:

Primeira geração (1951/1959): os primeiros computadores apresentavam muitos problemas,


como alto consumo de energia, baixa velocidade de processamento e pouca memória. Ainda
assim, representaram o avanço da informática na década de 1950. O ENIAC faz parte dessa
primeira geração.

Segunda geração (1959/1965): os computadores da segunda geração ficaram um pouco menores


e já consumiam menos energia, mas ainda ocupavam grandes espaços e apresentavam problemas
parecidos com os da primeira geração. Foram os primeiros computadores usados em atividades
comerciais.

Terceira Geração (1965/1975): os computadores ficaram ainda mais leves e menores e foram
incrementados com inovações tecnológicas importantes, como o chip. Eram dispositivos mais
rápidos e com mais capacidade de processamento e armazenamento. Foi nesse período que
surgiram os primeiros computadores de uso pessoal.
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Quarta geração (1975 em diante): a partir da década de 1970, a evolução da informática tem
sido veloz, com a criação de inúmeras tecnologias e dispositivos cada vez mais rápidos,
inteligentes e eficientes, e a comercialização dos computadores cresceu como nunca. Internet e
robótica são duas áreas que surgiram nessa época.

O surgimento da informática aplicada na área da saúde


Quando se discute tecnologias de informação e comunicação, não se pode deslembrar que estas
padecem os sistemas de informação permitindo obter benefício concorrente. Porém, as novas
tecnologias de informação e comunicação abrangem apenas as infra-estruturas cogentes à
produção, comercialização e utilização de bens e serviços, em compensação os sistemas de
informação, para além da tecnologia, abrangem também as expressões organizacionais, os
métodos que gerem a informação, bem como os colaboradores de organização (PINTO, 2009).

Embora nos depararmos em um momento de avanços e alta tecnologia, a população


especializada e não especializada em informática ainda tem muito caminho a cursar. Diversos
profissionais encontram-se, ainda, apreensivos frente à tecnologia, seja por falta de
conhecimento do uso dos computadores ou pelo desconhecimento de seus aditamentos. Muitas
forças globais motivam a introdução dos computadores na área da saúde por meio de díspares e
novos hardwares e softwares. Nota-se que os computadores estão incutindo em todos os aspectos,
pretexto pelo qual um crescente número de profissionais está sendo habilitando para atender este
objetivo (RODRÍGUEZ, et all. 2008).

Segundo Rodríguez, et all. 2008, p. 147:

Os enfermeiros utilizam os computadores na realização de diversas funções, tais


como: a) documentar, armazenar e processar abundância de dados; b) comunicar
e recuperar dados necessários para a tomada de decisões; c) gerar informações
para o controle e qualidade da assistência, controle de custos, avaliação e
investigação; d) orientar alunos e enfermeiros sobre conhecimentos e habilidades
em enfermagem, assim como a pacientes sobre cuidados em saúde gerais e
específicos.

É importante distinguir a pesquisa em Informática na enfermagem das demais pesquisas, pois o


seu foco está direcionado para a composição e a manipulação dos dados e informações; para os
utensílios que promovem a manipulação exclusiva do conhecimento e sobre a aceitação e a
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decorrência dos sistemas na prática. Se falando em outro ângulo, na análise em enfermagem, de


modo geral, o foco incide sobre o conteúdo e a essência da disciplina, mostrando como tornar o
acontecimento da enfermagem explícito e sobre os testes das diferentes formas de tratamentos e
cuidados clínicos (BARBOSA e SASSO, 2009).

Como todo artifício de mudança, a admissão de computadores na Enfermagem passou e ainda


passa por etapas de julgamento, de tentativa, de acerto e erro. Também como todo processo de
mudança, a resistência surge a toda hora. O maior benefício no emprego dos sistemas
computacionais está relacionado com a distribuição do tempo, pois traz como conseqüência
maior disponibilidade para a atenção direta ao paciente (MARIN e CUNHA, 2006;
RODRÍGUEZ, et all. 2008).

Ainda de acordo com Rodríguez, et all. 2008, p. 146:

Tudo indica que a enfermagem, rapidamente, adotará nova tecnologia e a


utilizará no desenvolvimento de seu trabalho; já que é através da gestão do
conhecimento que a enfermagem agregará valor a seu trabalho, que deverá
reverter em benefícios para a atenção ao paciente, o que poderá ser feito com a
“ajuda da informática”. A contribuição da informática pode ser reconhecida em
vários setores profissionais, como uma prioridade. Especificamente na área de
enfermagem, essa tecnologia favorece o acesso às informações do paciente, o
gerenciamento do cuidado e a administração do tempo da enfermeira.

Quanto a Internet tem se tornado um instrumento de concessão para milhões de pessoas,


abarcando uma abundância de usos tanto na educação, quanto, na prática e na pesquisa. Apesar
disso, somente na última década os pesquisadores em enfermagem começaram a compreender
mais perfeito os diversos recursos (BARBOSA e SASSO, 2009).

A importância da informática para o profissional da saúde


A Informática em Saúde é uma área que surge no horizonte acadêmico de maneira esperançosa e
aliciando profissionais de diversos segmentos, investigando em cursos de capacitação uma
formação ampla e que lhe confira capacidade de desempenho (RONDON, et all, 2013).

A informática da saúde combina os campos da medicina, ciência da informação e tecnologia da


informação para criar vários sistemas que geram, validam, asseguram e integram informações
relacionadas à saúde. O propósito é prover cuidados adequados aos pacientes. Ela envolve a
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união de várias fontes, técnicas e sistemas para maximizar o uso da riqueza do conhecimento
médico, avanços tecnológicos e descobertas de medicamentos que estão disponíveis. A
informática da saúde é usada em uma grande variedade de campos relacionados à saúde,
incluindo odontologia, farmácia, enfermagem, pesquisa médica, cuidados clínicos e saúde
pública.

Na atualidade, a informática é um importante instrumento para agilizar a informação, escassos


são os domínios que não utilizam esse recurso. O computador compõe-se num fato na
coletividade, onde desde a década de 50, está inserido na área da saúde nos Estados Unidos. Por
volta da década de 60, pegaram a aparecer os primeiros aproveitamentos da informática em
enfermagem no departamento de ensino, onde começaram as pesquisas na área para desenvolver
e implantar sistemas que auxiliam no atendimento direto ao paciente (Nogueira e Ferreira, 2000).

Segundo Marin e Cunha, 2006, p. 1:

A Informática em Enfermagem é a área de conhecimento que estuda a aplicação


dos recursos tecnológicos no ensino, na prática, na assistência e no
gerenciamento da assistência e do cuidado. Recursos como reconhecimento de
voz, bancos de conhecimento, projeto genoma e mesmo a Internet, têm oferecido
para a Enfermagem uma gama de possibilidades para melhoria do desempenho
profissional e melhoria do atendimento ao cliente/paciente.

Ainda conforme os autores supracitados, os computadores entraram na enfermagem,


especialmente na área de máxima atuação do enfermeiro à época, ou seja, nas unidades
hospitalares. No começo, o empenho pela competência do hardware e do software era o maior
desafio. Estes até continham a forma de incremento das aplicações e as áreas gerenciais eram as
mais beneficiadas.

Segundo Rodríguez, et all. 2008, p. 147:

Os enfermeiros utilizam os computadores na realização de diversas funções, tais


como: a) documentar, armazenar e processar abundância de dados; b) comunicar
e recuperar dados necessários para a tomada de decisões; c) gerar informações
para o controle e qualidade da assistência, controle de custos, avaliação e
investigação; d) orientar alunos e enfermeiros sobre conhecimentos e habilidades
em enfermagem, assim como a pacientes sobre cuidados em saúde gerais e
específicos.

Ainda de acordo com Rodríguez, et all. 2008, p. 146:


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Tudo indica que a enfermagem, rapidamente, adotará nova tecnologia e a


utilizará no desenvolvimento de seu trabalho; já que é através da gestão do
conhecimento que a enfermagem agregará valor a seu trabalho, que deverá
reverter em benefícios para a atenção ao paciente, o que poderá ser feito com a
“ajuda da informática”. A contribuição da informática pode ser reconhecida em
vários setores profissionais, como uma prioridade. Especificamente na área de
enfermagem, essa tecnologia favorece o acesso às informações do paciente, o
gerenciamento do cuidado e a administração do tempo da enfermeira.

Atualmente, a informática é ferramenta utilizada de forma a agilizar a informação nas mais


diversas áreas de atuação. Na área de saúde, o crescimento cada vez mais rápido da quantidade
de dados processados e armazenados vem demandando profissionais com conhecimentos
multidisciplinares, com ênfase na utilização eficiente de ferramentas de TI, ferramentas estas
cada vez mais incorporadas aos serviços de saúde.

Exemplo de incorporação destes serviços é o registro eletrônico das informações dos pacientes
atendidos no hospital. Este registro permite a construção de sistemas de apoio à decisão clínica
que, se bem construídos, contribuem para uma maior qualidade e segurança do paciente,
permitindo ações padronizadas e tornando o processo de tomada de decisões cada vez mais ágil.
A aplicação de tecnologia da informação e comunicação com foco em otimizar a informação
obtida, seja no levantamento dos dados do paciente ou demais dados hospitalares, com o intuito
de ser utilizada na solução de problemas no contexto assistencial é chamada de informática em
saúde.

A informática em saúde possui competências profissionais em três eixos básicos (tecnologia,


saúde, gestão) que se interligam a fim de produzir conhecimento, habilidades e atitudes para este
profissional, visando a que o indivíduo obtenha conhecimentos multidisciplinares para atuar na
intersecção entre a área assistencial e a Tecnologia da Informação e Comunicação. Os médicos
que estão se habilitando nesta área são conhecidos como médicos informatas, estes profissionais
colaboram com os demais profissionais de saúde e os da tecnologia da informação utilizando a
experiência na assistência ao paciente em conjunto com suas competências em informática em
saúde para melhorar os resultados obtidos na saúde dos pacientes.

No entanto, o hospital é uma empresa e deve ser administrado como tal. Ele precisa ser
organizado, dar respostas válidas e rápidas a seus gerentes, e o computador é o instrumento mais
eficiente para dar essas respostas e controlar dados e factos de um Hospital.
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Os dados gerados em um Hospital são variados, complexos, importantes e volumosos. Precisam


ser apresentados de forma clara e precisa, e agrupados adequadamente. O número de registo de
um paciente, por exemplo, é um dado simples, mas que vai aparecer em todos os relatórios, tanto
na entrada como na alta de uma unidade de internamento, na conta final que soma as despesas
efectuadas, nos resultados dos exames de laboratório, na utilização de recursos da farmácia,
banco de sangue, radiologia, relatórios de grupo de diagnósticos iguais e tantos outros.

As informações hospitalares devem ser agrupadas em sistemas e consolidadas em rotinas,


tanto em sistemas administrativos como médicos. Essas informações vão desde a movimentação
e controle de pacientes como de materiais, produtos farmacêuticos, alimentação, limpeza,
compras de insumos, controle e folha de pagamento de pessoal, facturação, contabilidade,
aplicações e controle financeiro, agendamento de consultas, aplicações médicas, que vão
subsidiar informações estatísticas e de pesquisa.

Tudo isto é aliado à opção de diminuir e eventualmente acabar com a massa crescente de
papéis, arquivos e informações em que se vêem confusos os administradores e o Hospital. Ao
mesmo tempo, há necessidade de novas informações e combinações para o processo de tomada
de decisões e o factor tempo é especialmente crítico. Por outro lado, pode-se relacionar as
necessidades de informatização de uma unidade hospitalar como sendo:

 Alto custo na gerência da informação no ambiente hospitalar;


 Necessidade de agilizar a comunicação entre os profissionais e sectores e o acesso à
informação;
 Necessidade de aumentar e controlar continuamente a qualidade da assistência;
 Necessidade de aumentar a produtividade e diminuir os custos operacionais;
 Exigências legais e financeiras;
 Apoio integrado às actividades operacionais, de planeamento e de documentação;
 Evolução técnica da Medicina e de administração da Saúde;
 Marketing e imagem.

Pode-se relacionar, assim, alguns dos subsistemas mais importantes do sistema maior de
gestão hospitalar.
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1. Cadastro – é o subsistema que mantém os prontuários dos pacientes e seus dados pessoais. A
criação do Cartão Nacional de Saúde, com um número único, que vinculará o usuário a uma
Unidade de Saúde, pelo Ministério da Saúde, para cada cidadão, como é o caso no brasil, deve
resolver o problema da padronização na codificação de cada paciente. Hoje cada Hospital gera
sua própria codificação.

2. Administração de leitos – esse subsistema possibilita a administração dos leitos hospitalares,


através de um planeamento cuidadoso de sua utilização. Pode-se ter uma visão completa dos
pacientes internados por permanência, diagnóstico, médico, altas previstas, leitos livres e
ocupados, transferências, para que se possa assegurar o atendimento da demanda de serviços.

3. Ambulatório – subsistema da gerência do ambulatório com o objectivo de marcação de


consultas e controle de seu funcionamento. Assim, a admissão de pacientes, atendimentos,
agendas, actualização de prontuário e marcação de consultas são contemplados por esse módulo.
Pode ser distribuído pelas unidades de modo a proporcionar um atendimento eficiente e
descentralizado do serviço. A racionalização do atendimento através da distribuição controlada
da clientela pelos turnos diminui as filas e permite uma atenção maior aos pacientes.

4. Laboratório – controle de exames laboratoriais requisitados, desde a colheita de material até


entrega dos resultados, elaboração de agenda de trabalhos e estatísticas. Permite a comparação
dos resultados com os limites de normalidade para cada exame, conforme a idade e sexo do
paciente, o estabelecimento de níveis de prioridade na execução dos exames, emissão de
etiquetas para rotulagem do material e mapas de trabalho.

5. Farmácia – armazenagem e distribuição de medicamentos no hospital, com controle de prazo


de validade, apropriação de custos para cada paciente, acompanhamento e histórico dos
medicamentos dos pacientes. Pode-se ter ainda cadastrados a indicação de doses usuais, reacção
e incompatibilidades medicamentosas.

6. Enfermagem – subsistema para a actualização dos dados dos pacientes em relação a sua
condição geral, medicações prescritas, requisição de exames, ocupação de leitos, expectativa de
alta, transferências.
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7. Estoques – armazenagem e distribuição de materiais utilizados pelo hospital, com alarmes


para os pontos críticos de stock.

8. Dietas – dispõe de mapas de dietas prescritas, adoptadas pelo Hospital, tanto para o paciente
como para o acompanhante, podendo ainda ser cadastrado os hábitos alimentares do paciente. A
partir dele pode-se organizar a execução de dietas na cozinha e sua distribuição aos pacientes.

9. Conta Corrente – controle da conta corrente de cada paciente, as transacções de despesas ou


pagamento realizado. Esse subsistema permite o acompanhamento da rentabilidade de cada
convénio, controla a facturação e contas a receber.

10. Outros subsistemas – podemos ter ainda subsistemas que contemplem as áreas de centro
cirúrgico, pronto atendimento, odontologia, perinatal, arquivo médico, arquivo nosológico,
controle de infecções e atendimento ao público, entre outros.

Os propósitos básicos da informática na administração da saúde são facilitar o


administrador a informação que necessita para desempenhar suas funções e ajudar os
encarregados do planeamento a prever as demandas e recursos dos serviços. Os computadores
sistematizam a informação, automatizando os dados, isto é, armazenam dados, ordena-os,
reproduzem-nos e fazem cálculos, com grande velocidade, o que permite fazer estudos mais
eficazes e úteis.

Portanto, o enfermeiro em informática busca fazer com que os sistemas de saúde em TIC não
obstruam o fluxo de trabalho de toda a equipe assistencial, um dos motivos por estarem
encabeçando diversos projetos de informática em saúde e, na maioria das vezes, são responsáveis
por treinamento dos demais profissionais, pois facilitam o interfaceamento entre sistema e equipe.
Além disso, é possível inferir que dentre as áreas que trabalham com informática em saúde no
Brasil a mais desenvolvida é a área de enfermagem, que já possui diversos estudos que focam no
uso de recursos em TI no desenvolvimento do profissional da área.

A informática da saúde é às vezes chamada de informática médica. Ela engloba o uso de


software dedicado, dispositivos de hardware e redes sofisticadas de computadores com a
capacidade de juntar, avaliar e transmitir informações médicas. Os itens necessários para
construir tal sistema incluem tecnologia da informação, diretrizes clínicas, domínio do jargão
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médico e armazenamento de dados. A informática médica pode ser aplicada em várias áreas da
saúde, incluindo centros de reabilitação, hospitais, clínicas e estabelecimentos de primeiros
socorros.

Há basicamente três áreas de atuação da informática médica, onde sistemas de informação


podem ser usados para criar mais eficiência e eficácia operacional: informação clínica,
administrativa e médica. Por exemplo, há uma grande ênfase na implementação de sistemas
uniformizados para registros médicos eletrônicos. A informática médica não só ajuda a cortas
gastos com cuidados de saúde, como também melhora a qualidade geral do tratamento dos
pacientes. Além disso, também tem um impacto no agendamento, contas, pesquisa clínica e
compartilhamento de informações médicas.

Função e áreas de actuação da informática médica


Há basicamente três áreas de atuação da informática médica, onde sistemas de informação
podem ser usados para criar mais eficiência e eficácia operacional: informação clínica,
administrativa e médica. Por exemplo, há uma grande ênfase na implementação de sistemas
uniformizados para registros médicos eletrônicos. A informática médica não só ajuda a cortas
gastos com cuidados de saúde, como também melhora a qualidade geral do tratamento dos
pacientes. Além disso, também tem um impacto no agendamento, contas, pesquisa clínica e
compartilhamento de informações médicas. Há muitas razões para o crescimento contínuo e o
desenvolvimento da carreira na informática médica. Ela tem múltiplas possibilidades de
aplicação para oferecer melhores e mais baratos cuidados de saúde. Médicos podem tirar
vantagem de um banco de conhecimento em constante expansão, que permite que eles façam
melhor uso da informação mais recente ao tomar decisões.

Formas que a informática em saúde ajuda à enfermagem


Informática e tecnologia em saúde podem ajudar a enfermagem:

1. Educação continuada: A informática permite que recursos como o Nursing Reference Center
™ Plus proporcionem aos enfermeiros acesso rápido e fácil a informações confiáveis e
ferramentas de educação e informação baseadas em evidências. Além disso, plataformas como as
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mídias sociais expõem os enfermeiros a uma vasta gama de informações sobre saúde e abrem as
portas para a colaboração com outros prestadores de cuidados.

2. Aumentar a comunicação: a informática simplifica a comunicação. Novas tecnologias em


saúde permitem que os médicos enviem mensagens de texto, e-mail e mensagens instantâneas.
Ficaram no passado as chamadas e radiomensagens. A comunicação médico a médico é agora
mais rápida e fácil do que nunca, ajudando enfermeiros e outros médicos a passar mais tempo
com os pacientes e menos tempo tendo que rastrear um ao outro para se comunicar sobre os
pacientes.

3. Salvar Vidas: Tudo, desde telemetria até medidores elétricos de pressão arterial, são
considerados tecnologias em saúde e ajudam a manter os pacientes seguros. Como membro da
enfermagem, você tem muito o que rastrear e monitorar. Ser capaz de confiar em equipamentos e
tecnologias, como monitores de telemetria, ajuda a reduzir erros e possibilita que você esteja
presente e engajado com seus pacientes.

4. Segurança: O mapeamento por meio de um prontuário eletrônico do paciente (PEP) ajuda a


proteger os enfermeiros quando questionados posteriormente de suas práticas assistenciais.
Cumprir todas as etapas do PEP pode parecer frustrante, mas na verdade elas estão lá para
lembrar os enfermeiros de procedimentos essenciais, registrando que o atendimento correto foi
prestado ao paciente.

5. Aumentar a eficiência: Um sistema bem projetado ou prontuário eletrônico podem ajudar os


enfermeiros a responder perguntas clínicas com rapidez, acompanhar a evolução da doença de
forma abrangente e procurar informações do paciente sem esforço. Tudo isso libera tempo para o
clínico ocupado que poderia ser melhor gasto com o cuidado dos pacientes.

Ao adotar a tecnologia e informática em saúde, compreendendo seus pontos fortes e fracos e


usando-os para ajudar na tomada de decisões clínicas, os profissionais de saúde podem atuar com
êxito, ajudando a melhorar sua prática e segurança do paciente.
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Conclusão
Portanto, a informática na área de saúde surgiu da união entre uma necessidade e a evolução:
necessidade de que as ciências médicas não poderiam ser geridas apenas no papel, e evolução da
computação, especialmente no que diz respeito à informação e comunicação. Além disso,
também pesou bastante o fato de que a tomada de decisões, tão fundamental à medicina em geral,
poderia ser otimizada com o auxílio da área de informática.

Contudo, um dos principais desafios da informática médica é fazer com que a maioria dos
profissionais da saúde implementem os vários aspectos dessa tecnologia em suas práticas diárias.
A implementação difundida da informática médica poderia criar um sistema de assistência
médica uniforme e mais completo. Ela também fornece assistência na área de resolução de
problemas, tomada de decisões, atendimento ao cliente e performance no trabalho. A informática
médica também tem um papel importante na legislação médica. Já a automação de dados
pessoais tem uma implicação legal relacionada a operações e privacidade.
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Referências Bibliográficas
BARBOSA, S. F. F; SASSO, G. T. M. D. Informática na pesquisa em enfermagem. Rev. Eletr.
Enf. [Internet]. 2009; 11 (3): 724-31.

MARIN, H. F; CUNHA, I. C. K. O. Perspectivas atuais da Informática em Enfermagem. Rev.


bras. enferm. [online]. 2006, vol.59, n.3, pp. 354-357. ISSN 0034-7167. Acesso em: 06 de Abr.
2013.

NOGUEIRA L. P; FERREIRA B. A. A informática e sua aplicação na área de enfermagem. Rev


Enferm UNISA 2000; 1: 114-7. Acesso em: 05 Abr. 2013.

PINTO, L. F. B. Sistemas de Informação e Profissionais de Enfermagem. Dissertação de


Mestrado em Gestão dos Serviços de Saúde. Universidade De Trás-Os-Montes e Alto Douro.
Vila Real: 2009.

RONDON, E; NOVAIS, M; NAPPO, S. A importância da informática em saúde na educação


superior nos cursos da área da saúde. Gestão e Saúde, Local de publicação (editar no plugin de
tradução o arquivo da citação ABNT), 1, mar. 2013. Acesso em: 05 Abr. 2013.

RODRIGUEZ, G. M. E. ECHEVARRIA, F. L. MAGNANI e G. CANDUNDO, “Informática em


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