Sistema embarcado de baixo custo utilizando o
ESP-32 na telemedicina
João Bosco da Costa Neto
Escola de Engenharias e Ciências Exatas
Universidade Potiguar
Natal, Brasil
joao.ne29@gmail.com
Resumo - Com a crescente onda de doenças que vem
acontecendo nos últimos anos, principalmente com a COVID-
19, o sistema de saúde se mostrou não muito eficaz na
avaliação de pacientes, na qual os equipamentos necessários
para poder fazer uma aferição da saúde se tornaram
extremamente caros. Tendo isso em vista, o presente trabalho
tem como objetivo a construção de um sistema simples de
medição de dados médicos, usando equipamentos de baixo
custo e atender a telemedicina, que nada mais é do que um
cuidado a saúde a distância, com um preço de venda acessível
para que o acesso a saúde seja para todas as pessoas. Uma das
maneiras é realizar a construção de um sistema embarcado
com peças com baixo custo de produção e que atenda o maior
numero de necessidades medicas.
Palavras-chave: saúde, baixo custo, telemedicina, sistema,
embarcado
1. INTRODUÇÃO
A implementação da tecnologia, junto a técnicas
já desenvolvidas anteriormente, ocasiona um grande
salto na forma em que vivemos. Segundo Lorenzetti
et al (2012), a tecnologia é como saberes que
derivaram de técnicas utilizadas pelos seres
humanos para sua sobrevivência frente a fenômenos
da natureza. Dito isso, nota-se que o surgimento da
tecnologia está em paralelo com o desenvolvimento
humano, sendo um dos fatores principais para sua
sobrevivência.
Uma área que vem avançando gradativamente,
principalmente nos últimos 20 anos, é a medicina. O
auxílio de equipamentos tecnológicos vem
contribuindo com sua evolução, que embora tenha
ocorrido de forma rápida, vem trazendo resultados
positivos. Devido a esse fato, os diagnósticos e
procedimentos clínicos/cirúrgicos passaram a ser
realizados de forma muito mais eficientes, rápidas e
precisas, aumentando significativamente as chances
de descobrir tanto a doença como sua cura.
(Almeida, 2000, p. 69)
O surgimento de componentes eletrônicos, como
por exemplo os microprocessadores, foi a razão para
o grande avanço das ferramentas utilizadas no ramo
medicinal. Segundo Nicolosi (2009, p. 60), os
microcontrolados possuem o propósito de executar
uma tarefa especifica gravada em sua memória de
código, com isso ele é capaz de se comunicar com o
mundo real para sentir informações do meio
ambiente ou também atuar nele. Basicamente, os
microprocessadores vão receber instruções, do que
antes seria as tarefas manuais, e atuar no ambiente
real, realizando-as automaticamente. Esses
mecanismos, quando trabalham em parceria com
Pedro Henrique Santiago Costa
Escola de Engenharias e Ciências Exatas
Universidade Potiguar
Natal, Brasil
pedrosantiagocosta00@gmail.com
sensores, tornam-se ainda mais completo, pois
recebem as instruções de forma automática.
A união da tecnologia com a medicina resultou
em diversas ramificações, entre elas a telemedicina.
De acordo com Silveira (2013), a telemedicina surge
no início do século XX junto a aparição do telefone,
equipamento responsável por solicitar o auxílio
médico. Sua prática começou nos anos 20, quando
passou a ser utilizada para prestar atendimento a
navios por meio de um telégrafo. As revoluções
tecnológicas surgidas nos últimos 50 anos do século
XX foram responsáveis por firmar a telemedicina
como um método de tratamento médico.
Com o passar dos anos, a telemedicina passou a
ser associada com os e-terms e ser conhecida como
e-Health, representando a ligação do sistema de
saúde com a internet. Em sua pesquisa qualitativa,
Enkin et al (2014), chegou a uma conclusão de que
o termo e-Health ainda não possui uma definição
solida, porém os resultados os levaram a três temas
principais, a tecnologia, a saúde e o comercio.
Partindo disso, podemos relacionar o e-health ao
comercio de um sistema de saúde mais tecnológico
e acessível em razão da “internet das coisas”.
Com a grande globalização que ocorreu no
mundo na década de 90’, o ramo tecnológico
cresceu de forma significativa em diversas áreas, um
desses setores foi na medicina, mais
especificamente, a telemedicina. Trata-se,
basicamente, da aplicação de informática e
telecomunicação dentro da saúde, permitindo assim
tratar pacientes a distância de forma eficiente. Além
disso, sua utilização vem contribuindo para a
educação do meio medicinal. (Wen, 2011)
Devido ao avanço gradativo da telemedicina,
surgem novas definições e a necessidades de novas
técnicas e tecnologias responsáveis por aprimorar o
seu funcionamento.
Portanto, o presente estudo tem como objetivo
desenvolver um sistema embarcado de baixo custo,
com o intuito de aferir os sinais vitais através de
sensores, visando atender e auxiliar a telemedicina.
Para isso, será utilizado o ESP-32, um
microcontrolador conhecido por seu tamanho
compacto, seu preço acessível e sua incrível
facilidade de ser integrado em diversas ocasiões, por
possuir fácil acesso a rede de internet.
 O trabalho se justifica pela possibilidade de
investimentos na área da telemedicina, que está em
constante evolução e exige novos aparatos
tecnológicos. Observando o contexto histórico,
grande parte da população brasileira usufruí de uma
medicina gratuita por meio do SUS (Sistema Único
de Saúde). Com base nisso, essa pesquisa
experimental, busca atender toda a população do
Brasil com o objetivo de gerar benefícios na saúde
de toda a sociedade. Devido a este fato, buscando
oferecer o equipamento com o melhor custo-
benefício, foi realizado uma análise quantitativa.
Este tipo de tecnologia, embora tenha como foco o
uso em tele consultas, pode ser empregado desde a
atendimentos com necessidade remota, como em
navios, ou até mesmo na parte educacional em áreas
multidisciplinar.
2. REFERENCIAL TEORICO
De acordo com Silva et al (2004), “No
referencial teórico ou revisão da literatura deve
constar a base científica para o desenvolvimento do
trabalho de pesquisa. Devem ser extraídas citações
diretas e indiretas de outros pesquisadores que
abordaram o problema a ser investigado.”.
2.1. Avanço da tecnologia.
De acordo com SILVEIRA e BAZZO (2006
apud CARVALHO 1997, Pag.72), foi na revolução
industrial que começou a evolução tecnológica de
forma acelerada, porém a partir da metade do século
XX que começamos a realmente acumular maior
conhecimento. Tendo isso em vista, segundo
SANCHEZ (2005 apud GUATTARI, 1993,
PAG.187), em meados do século XX entramos na
era da informática planetária e devido a
temporalidade introduzida com a chegada dos
microprocessadores, quantidades grandes de dados
que podem ser guardadas e problemas podem ser
resolvidos em lapsos minúsculos de tempo.
2.2. IoT (Internet Of things)
O termo internet das coisas se encaixa no
momento atual da tecnologia, no qual a busca por
sistemas independentes do ser humano aumenta
consideravelmente. IoT se trata da realização de
tarefas humanas por meio da internet, ações são
realizadas apenas por comandos pré-definidos e
programados, possibilitando assim que as peças
consigam assumir o controle de um número
determinado de ações do dia a dia, sem que seja
preciso um ser humano estar atento e no comando o
tempo todo. (Santaella et al, 2013, pag. 179-189)
2.3. Microcontroladores
Dentro principalmente da microtecnologia,
derivou-se os tão conhecidos e importantes
microcontroladores. No qual são equipamentos
programáveis de pequeno porte e de baixo custo,
desenvolvidos para atuar sobre a administração de
ocasiões. São compostos por uma unidade
processadora, memórias, entradas e saídas, controle
de tempo e conversores analógicos e digitais,
dependendo, alguns modelos podem possuir
algumas outras funções. No atual cenário mundial,
devido à grande ênfase na “internet das coisas”, seu
principal objetivo é realizar ações de controle em
sistemas embarcados, podendo ser remotamente ou
não. (SANTOS, 2019, Pag.21).
De acordo com CARVALHO e SILVA (2013,
PAG.15), os microcontroladores surgiram
naturalmente com a evolução dos circuitos digitais,
sendo o primeiro deles criado em 1977 pela Intel, no
qual eles são computadores compactados do
tamanho de um chip. Por possuir uma estrutura
pequena, o microcontrolador se encaixa
perfeitamente em circuitos compactos, além disso,
são capazes de comandar e gerenciar diversas
tarefas.
2.3.1.ESP32
Dentre vários microcontroladores criados ao
longo dos tempos um que se destacou por várias
razões foi o ESP32, dito por KOLBAN (2018), que
é um microcontrolador desenvolvido pela Espressif
Systems, lançado no ano de 2016 para venda no
mercado com uma produção em larga escala,
enfatizando o fato dele já ser considerado um dos
mais robustos e notórios do mercado. Tendo como
características que o diferenciam o seu tamanho
compacto, processamento e sua conexão com a
internet. Devido a esses fatores, o ESP32 se encaixa
perfeitamente nas demandas que envolva a “internet
das coisas”, facilidade no acesso remoto e
possibilidade de realizar diferentes tarefas.
Figura 01: ESP 32.
Fonte: Fernado K Tecnlogia. Disponivel em:
https://bit.ly/3HaDwXk.
2.4. I2C (Inter-Integrated Circuit)
Entender do que se trata o I2C é de suma
importância para a tecnologia. Por se tratar de um
protocolo de comunicação serial que facilita a
interação entre dispositivos, o I2C vem servindo
para diferentes ligações nos sistemas embarcados. O
protocolo consiste em duas definições de
dispositivos, os Masters (mestres) e os Slaves
(escravos), no qual o primeiro é o responsável por
comandar as ações do segundo. Este protocolo é
muito conhecido graças à sua simplicidade e baixo
custo de fabricação, sendo utilizado principalmente
em dispositivos periféricos de baixa velocidade.
Basicamente, o I2C consiste em dois barramentos, o
de dados serial (SDA, Serial Data) e o relógio serial
(SCL, Serial Clock). Devido a isso, o ponto forte da
utilização do I2C é a possibilidade de realizar a
comunicação de diferentes dispositivos através de
apenas dois barramentos. (ESPRESSIF, 2016).

Figura 02: Dispositivos I2C.
Fonte: Random Nerds Tutorials. Disponivel em:
https://bit.ly/3tokSFx.
Figura 03: Barramento I2C.
Fonte: Embarcados. Disponivel em:
https://bit.ly/3xnfK5O.
2.5. Linguagem de programação
De acordo com Parreira et al (2019), os relatos
das primeiras linguagens de programação surgem
antes do ano de 1940, foi nessa época que começou
a surgir os computadores. Assim como a nossa
linguagem, a programação está sempre em evolução
além disso, existe diferentes tipos dela, algumas são
mais fáceis outras mais complexas e algumas são
adaptadas para solucionar problemas específicos. A
linguagem de programação pode ser exemplificada
como uma linguagem natural que é utilizada para a
comunicação. Tratando de tecnologia, a linguagem
de programação consiste na comunicação com o
dispositivo, como por exemplo os
microcontroladores. Nesse caso, sua principal
função é determinar o comportamento e as ações
que o controlador irá executar.
2.6. Sistemas Embarcados
Os sistemas embarcados estão cada vez mais
presente no dia a dia e sua importância vem
aumentando de forma exponencial, responsável por
auxiliar nos estudos nas áreas de computação e
hardware. A palavra “embarcado” vem do fato dos
sistemas geralmente não serem dependentes de uma
fonte de energia fixa seja uma tomada ou um
gerador tendo como características sua
independência operacional e computacional
(CHASE, 2017). Um sistema operacional é
chamado de embarcado (embutido ou embedded)
quando é projetado para operar com um hardware
com pouco processamento, armazenamento e
energia. Normalmente as suas aplicações são em
sistemas de automação e controladores automotivos,
equipamentos domésticos (DVD’s, celulares, micro-
ondas etc.) (MAZIERO, 2019, PAG.22). Um
sistema embarcado, pode ter inúmeras aplicações
que vão de controle de freios de um automóvel,
controlando seus periféricos através de um sensor
até capturar informações de sensores de temperatura
e umidade que envia esses dados para um
computador ou display (CHASE, 2017).
De acordo com STUART (2005), todo sistema
considerado embarcado compõe uma unidade de
processamento, fixado a uma placa de circuito
impresso. Possuindo uma capacidade de
processamento de informações vindas de um
software processado internamente na unidade. Com
isso todo software embarcado é considerado
firmware.
Figura 04: Sistema Embarcado
Fonte: Autoria propria.
2.7. Sensores
A palavra sensor é empregada a dispositivos que
são sensíveis a energia do ambiente que pode ser
luminosa, térmica, entre outros, relacionando essas
informações obtidas com grandezas físicas
mensuráveis como: temperatura, pressão,
velocidade, aceleração etc. (WENDLING, 2010).
Os sensores podem ser classificados em dois
tipos: analógicos e digitais.
2.7.1.Analógicos
São em suma os aparelhos mais comuns e fáceis
de entender, pois se comunicam por sinais
analógicos, ou seja, são sinais contínuos cuja sua
variação no tempo representa a variação de uma
grandeza física, podendo ser feito assim uma
analogia entre a grandeza lida e a sua representação
elétrica. (MARTINAZZO e ORLANDO, 2016).
2.7.2.Digitais
Os sensores digitais se comunicam através de
sinais digitais, ou seja, eles se comunicam em uma
sequência discreta no tempo, que em essência é
definido em determinados instantes no tempo
fazendo com que os valores que possam ser obtidos
sejam. (MARTINAZZO e ORLANDO, 2016).
2.8. Medicina
Para muitos Hipócrates é o pai da medicina e
talvez o maior nome da história da medicina, na
qual ensinou na escola de COS fundada por
Pitágoras onde lá ficou por muitos anos e local de
sua morte (REIS, 2008). De acordo com JUNIOR
(2003, PAG.253) a medicina existe a muito tempo,
foi iniciado como uma atividade humana de caráter
empírico-espontânea na época antiga, passando a
incluir elementos técnicos cada vez mais complexos
e eficaz. Findando assim a tonar-se uma aplicação
de conhecimento científico, vindo a se tornar uma
atividade técnica mais especializada e confiável. A
mais antiga identificação de medicina é identificada
na civilização grega por volta de VI antes de Cristo,
onde emergiu a medicina leiga e racional, onde a
função dos médicos era de restaurar a saúde dos
efêmeros (JUNIOR, 2003, PAG.254).
2.8.1.Avanço tecnológico na medicina
A ciência moderna junto de medicina e outras
áreas estão diretamente ligadas a evolução
tecnológica, sendo considerada no quadro de
racionalidade cientifica, a tecnologia surge de forma
claramente positiva pois para esse meio é
considerado sinônimo de progresso, prosperidade e
liberdade, (RAPOSO e AREOSA, 2009 PAG.2). O
perfil tecnológico da medicina contemporânea é
repleto de mudanças importantes, onde se destaca a
proximidade maior com as ciências da vida em
especial a biotecnologia e as tecnologias de
informação além de revolucionar outras áreas da
saúde como a genética, biomedicina entre diversas
outras áreas diferentes que possuem em sua base
ramos da medicina (RAPOSO e AREOSA, pag.5-
9). Ainda nesse contexto, segundo
PORTALTELEMEDICINA (2021), a tecnologia é
tão importante para a medicina pois permite que a
saúde chegue em locais remotos, além de que o
atendimento médico usando inteligência artificial se
torna mais eficiente, método esse conhecido como
telemedicina.
2.9. Oximetria
Um exemplo que se aplica ao avanço
tecnológico na medicina é a oximetria. Um exame
não invasivo e indolor com a finalidade de medir o
nível de oxigênio no sangue do paciente e verificar
se está sendo enviado de forma devida para as outras
partes do corpo detectando anormalidades sendo a
mais comum os pacientes que possuem risco de
desenvolver hipoxemia (CARRARA et al, 2011).
Normalmente, é colocado um dispositivo, chamado
sonda, em alguma parte do corpo, sendo os mais
comuns no dedo ou no pulso (MALAFAIA, 2020).
Devido a implementação da tecnologia na medicina,
passou a ser utilizado o dispositivo conhecido como
oxímetro para efetuar esse exame.
2.9.1.Oxímetro
Segundo Mello (2021), a função do oxímetro é
de medir a saturação do oxigênio no sangue,
funcionando por meio de uma luz infravermelha que
é capaz de verificar as cores das hemoglobinas e
medir assim o nível de oxigênio presente. Porém,
também é bastante usado por pneumologistas para
verificar se o coração está bombeando sangue
suficiente para o corpo, sendo útil para
monitoramento de pacientes com: asma, câncer de
pulmão, pneumonia, entre outros (PACHECO,
2021).
Figura 05: Funcionamento do oximetro.
Fonte: Datasheet MAX 30100. Disponivel em:
https://bit.ly/3xnfK5O.
2.9.1.1. Oxímetro de pulso
O oxímetro de pulso tem como princípio da
espectrofotometria que se baseia na absorção da luz
vermelha e infravermelha na hemoglobina
oxigenada, no qual, o sangue saturado com o
oxigênio tem um espectro de absorção luminosa
diferente do não saturado e com isso através do
oxímetro é possível calcular a taxa das células
o sanguíneas oxigenadas em relação as não
oxigenadas (Avelar et al, 2009 pag.1-2).
2.9.1.2. Oxímetro de dedo
Já o oxímetro de dedo é uma variação do de
pulso, porém voltado para a parte doméstica, devido
a sua facilidade de manuseio. O de dedo é o muito
utilizado pois além de ser acessível e discreto, o
dedo é o lugar perfeito para colocar um dispositivo
indolor e pequeno, realizar a leitura e seguir o dia.
(PESKO, 2020).
2.10. MAX-30100
Com o avanço da telemedicina surgiram alguns
componentes, no qual podemos citar o MAX-30100,
analisando seu datasheet, pode-se dizer que o
MAX-30100 veio com a premissa de ser uma
fórmula integrada de um sensor de oximetria de
pulso e um monitor de batimento cardíaco, nele é
combinado dois LEDs, um fotodetector e um leitor
analógico de baixo ruido para processar sinais de
oximetria de pulso e batidas do coração. Um ponto
importante sobre o componente eletrônico citado é
que sua base de funcionamento pode ser de 1,8V e
3,3V podendo ser desligado através de um software
com uma corrente reserva, o que permite um
fornecimento de energia para manter sempre ligado,
além da possibilidade de ser conectado com
qualquer microcontrolador que possua pinos de
tensão 5 V, 3,3 V ou 1,8 V. Ainda com base no seu
datasheet, o MAX 30100 possui uma interface
serial, a I2C. Como citado anteriormente, consiste
em dois barramentos, o SDA e SDL. (Maxim
Integrated Products, 2014 pág.1-2).
 Figura 06: MAX-30100.
Fonte: filipeflop. Disponivel em: https://bit.ly/3O6BOsr.
Figura 07: Pinagem MAX-30100.
Fonte: Datasheet MAX 30100. Disponivel em:
https://bit.ly/3xnfK5O.
2.11. Telemedicina
De acordo com SOIREFMANN et al (2008,
PAG.1) as tecnologias de comunicação vêm sendo
inseridas na medicina a muito tempo, uma das
primeiras referencias em literaturas médicas data de
1950, na qual descreve a transmissão de imagens
radiológicas por meio de telefones. A telemedicina
tem por definição o uso da telecomunicação para
transferir informações médicas (fotografias, vídeos,
entre outros) de um local a outro para melhorar o
acesso a saúde.
De acordo com a OMS (organização mundial da
saúde), a telemedicina é a oferta de serviços de
cuidado a saúde feitos a distância, serviços esses que
são providos por profissionais da saúde com uso de
tecnologias de informação e comunicação com a
finalidade de realizar diagnósticos, prevenções e
tratamento de doenças, assim como para fins de
pesquisas e avaliações (DOMINGUES et al, 2016,
PAG. 1). Já de acordo com a NASA (National Air
and Space Agency), a telemedicina é a integração
das tecnologias de telecomunicações, informação,
de interface homem-máquina e dos cuidados
médicos para melhorar a saúde dos astronautas
(DOMINGUES et al, 2016, PAG. 1).
2.11.1. Telemedicina no mundo
É possível dizer que a telemedicina começou de
fato com a invenção do estetoscópio eletrônico em
1910 por S. G. Brown em Londres. Já em meados
do século XIX com a invenção do telegrafo foi
possível transmitir laudos de exames de radiografia
para diferentes lugares, porém o primeiro sistema
interativo e completo de telemedicina foi instalado
em Boston em 1967 que era usado para fazer uma
avaliação dos viajantes que estavam no posto
médico do aeroporto internacional de Logan onde os
médicos estavam no hospital geral de
Massachussetts (DOMINGUES et al, 2016, PAG. 2-
4).
Foi apenas em 1993 com sua sede em
Washington D.C que foi fundada a primeira
instituição focada inteiramente em telemedicina a
“American Telemedicine Association” ou ATA
(AMERICANTELMED, 2021).
2.12. E-health
De acordo com a US National Library of
Medicine National Institutes of Health (2001), o
termo E-health não era usado apenas para descrever
medicina na internet, mas sim tudo relacionado a
computadores e internet, o termo foi aparentemente
usado pela primeira vez pela indústria e marketing e
não por acadêmicos pois eles utilizavam o termo nas
palavras eletrônicas como o comercio eletrônico,
soluções eletrônicas etc.
Já de acordo com artigos publicados no Journal
of Medical Internet Research, E-health é um campo
emergente na intersecção da informática médica,
saúde pública e empresarial de forma mais
abrangente o termo caracteriza não só um
desenvolvimento técnico, mas também um estado de
espírito, uma forma de pensar, uma atitude, e um
compromisso para o pensamento em rede e global,
para melhorar os cuidados de saúde a nível local,
regional e mundial, utilizando as tecnologias de
informação e comunicação.
2.12.1. E-health no Brasil
O Brasil é um país que oferece oportunidades
ímpares para o desenvolvimento e as aplicações da
telemedicina. Sua grande extensão territorial,
milhares de locais isolados e de difícil acesso,
distribuição extremamente desigual de recursos
médicos de boa qualidade, entre outros aspectos que
vêm desafiando a efetivação do direito à saúde
universal, integral e equânime. De muitos anos para
cá vem ocorrendo diversas iniciativas para o
desenvolvimento da telemedicina como é o exemplo
do Programa Teles saúde Brasil, a Rede Nacional de
Ensino e Pesquisas (RNP) e a Rede Universitária de
Telemedicina (RUTE) são as mais importantes
(MALDONADO, MARQUES E CRUZ, 2016).
No Rio Grande do Sul, houve a implantação do
primeiro serviço, no Brasil, de telediagnóstico para
doenças respiratórias crônicas e de ultrassonografias
obstétricas com o uso da telemedicina. Em uma
unidade móvel, as gestantes podem fazer, na
unidade básica local, ultrassonografia obstétrica
monitorada em tempo real, a distância, por médicos
especialistas já São Paulo tem-se destacado em
teleducação, com iniciativas como o Projeto
Homem Virtual, o Projeto Jovem Doutor, o Projeto
Cyber tutor, o Projeto Sala de Aula Interativa do
Futuro, entre outros (MALDONADO, MARQUES
E CRUZ, 2016).
3. Metodologia
“A metodologia é a ciência que estuda os
métodos os quais ela mesmo recorre. Ou seja, ela
estabelece métodos de investigação, pesquisa e
estudo para alcançar o objetivo, tudo isso partindo
de um problema e buscando a sua solução. Nesse
sentido, a metodologia se constitui da reflexão entre
métodos lógicos e científicos.”
(ESCOLAEDUCAÇÃO, 2021).
3.1. Apresentação da metodologia
 Para a realização da presente pesquisa é de
fundamental importância alinhar o tipo de
abordagem a ser seguido. A princípio, realizamos
uma análise de dados primários e secundários com o
objetivo de obter informações pertinentes ao
trabalho como um todo. A utilização de fontes
bibliográficas, disponíveis em artigos científicos,
livros, revistas e websites, foi responsável pela
obtenção dos dados expostos, sendo eles de caráter
qualitativo, com o intuito de levantar informações
narrativas pertinente ao assunto, e caráter
quantitativo, de modo a apresentar dados
comprobatórios diante aos resultados expostos.
No contexto em que vivemos, devido a uma
pandemia mundial do novo coronavírus, as
informações foram obtidas de forma remota por
meio da internet. De natureza aplicada, a pesquisa
tem o objetivo de implementar uma inovação
tecnológica, um sistema embarcado, em meio ao
ramo estudado. Para isto, foi feito um apanhado de
materiais já produzidos por outros pesquisadores
buscando a melhor composição do sistema
embarcado a ser produzido.
Fundamentando-se pelo referencial teórico,
observamos que a área da telemedicina está em
constante evolução. Levando isso em consideração,
uma pesquisa experimental foi realizada com o
objetivo de auxiliar a constante necessidade causada
pelo grande avanço tecnológico na área supracitada.
Dessa forma, após a obtenção dos dados, surge
algumas exigências imprescindível para o
desenvolvimento do trabalho. Sendo elas, conexão
com a internet, responsável por integrar o produto
no meio da “internet das coisas”, um material
compacto, pois sua utilização será principalmente
em cômodos de uma residência, e um material com
bom custo-benefício, pôr o trabalho buscar atendar
diferentes públicos-alvo.
Para atender as necessidades já citadas, foi
escolhido o microcontrolador ESP- 32, no qual
possui design compacto, placa wi-fi implantada no
seu sistema, além de possuir um ótimo custo-
benefício devido aos números de funções presente
em seu funcionamento. Com o objetivo de recolher
sinais vitais do paciente, oxigenação sangu0ínea e
batimento cardíacos, foi escolhido o sensor MAX
30100, dispositivo compacto e de fácil conexão,
pois utiliza do protocolo I2C, também presente no
ESP- 32, para se comunicar com outros aparelhos.
4. Resultados
Diante da proposta inicial do trabalho, conforme
apresentado anteriormente, foi necessário realizar o
estudo do funcionamento dos equipamentos
escolhidos para atender o objetivo de auxiliar na
telemedicina. Os 3 pilares fundamentais para o
sistema embarcado são o microcontrolador, o sensor
e a conexão remota com um dispositivo podendo ser
via wi-fi ou bluetooth.
O ESP-32, microcontrolador escolhido, já possui
em sua estrutura conexão wifi e bluetooth,
facilitando a integração com um aparelho celular e a
conexão remota. Dito isso, é necessário a utilização
de sensores ligados a medicina que possam ser
utilizados junto ao ESP-32, como o já citado MAX
30100. A escolha desse sensor se deu com base no
seu tamanho compacto e no seu baixo custo, que
junto ao ESP-32 fornecem um valor de produção
baixo e de fácil desenvolvimento, atendendo assim a
demanda inicial do projeto. Além disso, o MAX
30100 é capaz de realizar a medição de dois sinais
vitais, os batimentos cardíacos e a oxigenação
sanguínea do paciente de forma simples e precisa.
Para o funcionamento do MAX 30100 é
necessário atender os requisitos elétricos do
dispositivo. Analisando o seu datasheet é possível
identificar que o MAX 30100 opera com duas
tensões, uma de 3,3 V para os leds e outra de 1,8 V
para seus componentes internos. O ESP-32 trabalha
com a tensão de 3,3 V, facilitando sua ligação.
Outro ponto positivo é que o MAX 30100 possui
baixo consumo de energia, favorecendo sua
implementação em dispositivos remotos.
Continuando, o MAX 30100 opera com a
famosa interface I2C, esta que facilita sua conexão
com o microcontrolador, como citado
anteriormente, consiste em dois barramentos, o de
dados serial (SDA, Serial Data) e o relógio serial
(SCL, Serial Clock). A interface I2C opera com
resistores pull-up, responsável por manter o pino de
entrada do microcontrolador em nível logico alto,
que nesse caso são três resistores de 4,7 kΩ ligados
aos pinos SDA, SCL e INT do chip MAX 30100.
Para atender toda as necessidades citadas
anteriormente, o modulo MAX 30100 possui em
sua estrutura dois reguladores de tensão, um de 3,3
V e outro de 1,8 V, além de possuir três resistores
de 4,7 kΩ conforme as figuras a seguir.
Figura 08: Regulador de tensão MAX-30100
Fonte: Autoria propria.
Figura 09: Resistor pull-up MAX-30100
Fonte: Autoria propria.
Embora possua uma estrutura preparada para o
funcionamento do MAX 30100, surge um
empecilho na utilização junto a alguns
microcontroladores. O ESP-32 possui pinos que
entendem nível logico alto como 3,3V, porém,
conforme o circuito do modulo MAX 30100, as
portas SCL, SDA e INT são alimentadas por 1,8 V
o que causa um erro na interligação de ambos.

Figura 12: Software de programação IDE ARDUINO

Fonte: Arduido. Disponivel em: https://bit.ly/3aQpgag.

Figura 10: Circuito modulo MAX-30100. Figura 13: Aplicativo Monitor Serial Bluetooth

Fonte: Makerfabs. Disponivel em: Fonte: GooglePlay. Disponivel em:

https://bit.ly/3mxgfVZ. https://bit.ly/3trzdkL.

Visando solucionar esse problema, foi

necessário fazer uma adaptação física no
dispositivo. Antes a alimentação das portas I2C era
proveniente do regulador de tensão de 1,8 V, dessa
forma, a alteração consiste em modificar a fonte de
tensão, passando a vim do regulador de 3,3 V.
4.1. Resultados simulados
Os primeiros resultados surgem logo após a
utilização da biblioteca gratuita do MAX 30100
(ANEXO A).

Figura 11: Alteração fisica MAX-30100

Fonte: Autoria propria.

Para o desenvolvimento do protótipo, a ligação

do MAX 30100 e do ESP-32 foi feita utilizando Figura 14: Monitor Serial IDE Arduino
uma protoboard facilitando as possíveis alterações a Fonte: Autoria propria.
serem feitas devido a sua flexibilidade modificação.
Dessa forma, todo o esquema de ligação estando O primeiro resultado exibe no monitor serial da
pronto, é necessário programar o ESP-32 para IDE do arduino os valores dos batimentos cardiocos
receber e compartilhar remotamente os dados do em BPM (Heart Hate) e a porcentagem de
MAX 30100. oxigenação sanguinea SpO2.
Um software muito conhecido e utilizado para Seguindo o desenvolvimento e partindo para
programar microcontroladores, a IDE Arduino, implementação de uma conexão remota com o
facilitou na execução do código, nele podemos aplicativo, foi realizado a junção das bibliotecas do
encontrar algumas bibliotecas gratuitas de código MAX 30100 com a biblioteca bluetooth (ANEXO
aberto, ou seja, qualquer pessoa pode utilizá-la. A B).
estrutura do programa consiste na utilização de três
bibliotecas, Wire.h, MAX30100_PulseOximeter.h
responsável pelo controle do MAX30100, e
BluetoothSerial.h no qual foi utilizada para
implementar a conexão bluetooth com o dispositivo
remoto. Para realização da conexão remota se faz
necessário a utilização de um aplicativo, nesse caso
foi utilizado o “monitor serial bluetooth”,
responsável por transmitir os dados do monitor
serial.
 Figura 15: Resultado remoto do sistema embarcado
Fonte: Autoria propria.
Com isso, a conexão remota com um celular foi
realizada e assim foi possível receber os mesmos
resultados, porém de forma remota, atendendo o
objetivo do trabalho.
5. Considerações finais
O sistema inicial planejado foi um sucesso,
podendo ser feito a aferição tanto da oxigenação
sanguínea como dos batimentos cardíacos da pessoa
que estivesse usando, através de um sistema
simples e barato composto por componentes de
facil acesso e baixo custo de produção. Assim como
qualquer outro projeto, inúmeros imprevistos
ocorrem durante seu desenvolvimento, nesse caso a
espera para receber os componentes do sistema
embarcado causou alguns atrasos para chegar ao
resultado final. Além disso, a necessidade de alterar
o modulo MAX 30100 foi a maior dificuldade
apresentada no projeto, pois antes da alteração o
sistema não estava funcionando. Já no quesito
programação, por se tratar de bibliotecas, o nosso
desenvolvimento do firmware foi de forma rápida e
precisa graças aos códigos abertos.
O objetivo final da pesquisa é proporcionar o
acesso a saúde de qualidade a qualquer pessoa de
forma remota e mostrar que não é necessário um
alto investimento para ser realizado o
monitoramento desses pacientes. Como o produto
está em fase inicial de testes, ele possui apenas
funções básicas, porém, assim como a evolução da
telemedicina, estamos elaborando novas soluções
para conseguir ter um atendimento mais completo
dos pacientes. Dessa forma, se faz necessário
continuar os estudos na área e sempre buscar novas
tecnologias, visando acessibilidade para todas as
pessoas.
Temos um longo caminho pela frente com esses
novos objetivos, pois implementação de tecnologia
exige constante estudo para baratear o custo desse
sistema. Além disso, a principal dificuldade está no
fato de que o acesso a fabricação de componentes
eletrônicos no país é escasso e restrito a alguns
grupos. Outro fator muito importante para
continuação desse projeto é sempre manter um
equipamento que seja não invasivo e indolor para o
paciente.
A telemedicina tem um futuro brilhante pela
frente, com o auxílio da tecnologia vidas serão
salvas, proporcionando a felicidade em diversas
famílias. Sendo importante ressaltar que o
atendimento ao paciente sempre deve ser de
qualidade e visando sua integralidade, independente
de classe social, raça, cor e gênero.
6. Referencias
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hacks.com/documentation/tutorials/ehealth-biometric-sensor-
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2020. Site (ENGENHARIA ELETRICA) - Disponível em:
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should-use-a-pulse-oximeter-on, [S. l.], 2020.
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Nasa usa VR e 3D para cuidar de astronautas Leia mais em:
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espaco-nasa-usa-vr-e-3d-para-cuidar-de-astronautas/. 2022.
PESQUISA (ENGENHARIA ELETRICA) - Disponivel
em:https:https://forbes.com.br/forbes-tech/2022/04/telemedicina-
no-espaco-nasa-usa-vr-e-3d-para-cuidar-de-astronautas/, [S. l.],
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[S. l.], p. 97-104, 1 dez. 2004. Disponível em:
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lang=pt&format=pdf. Acesso em: 9 dez. 2021.
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of the literature. ResearchGate, [S. l.], p. a, 27 ago. 2008.
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[44] United States Patent, 2011, Disponivel em:
https://patentimages.storage.googleapis.com/75/d8/3a/f8adaa860
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[45] V. Pravalika, Ch. Rajendra Prasad, Internet of Things
Based Home Monitoring and Device Control Using Esp32,
2019, Disponível em: https://bit.ly/3zvVD8c.
 ANEXO A

/* void setup()

Arduino-MAX30100 oximetry / heart rate integrated {

sensor library
Serial.begin(115200);
Copyright (C) 2016 OXullo Intersecans
<x@brainrapers.org>

Serial.print("Initializing pulse oximeter..");

This program is free software: you can redistribute it

and/or modify
// Initialize the PulseOximeter instance
it under the terms of the GNU General Public License as
published by // Failures are generally due to an improper I2C wiring,
missing power supply
the Free Software Foundation, either version 3 of the
License, or // or wrong target chip

(at your option) any later version. if (!pox.begin()) {

Serial.println("FAILED");

This program is distributed in the hope that it will be for(;;);

useful,
} else {
but WITHOUT ANY WARRANTY; without even the
implied warranty of Serial.println("SUCCESS");

MERCHANTABILITY or FITNESS FOR A }

PARTICULAR PURPOSE. See the

GNU General Public License for more details.

// The default current for the IR LED is 50mA and it
could be changed

You should have received a copy of the GNU General // by uncommenting the following line. Check
Public License MAX30100_Registers.h for all the

along with this program. If not, see // available options.

<http://www.gnu.org/licenses/>.
//
*/ pox.setIRLedCurrent(MAX30100_LED_CURR_7_6MA);

#include <Wire.h> // Register a callback for the beat detection

#include "MAX30100_PulseOximeter.h" pox.setOnBeatDetectedCallback(onBeatDetected);

#define REPORTING_PERIOD_MS 1000

void loop()

// PulseOximeter is the higher level interface to the sensor {

// it offers: // Make sure to call update as fast as possible

// * beat detection reporting pox.update();

// * heart rate calculation

// * SpO2 (oxidation level) calculation // Asynchronously dump heart rate and oxidation levels
to the serial
PulseOximeter pox;
// For both, a value of 0 means "invalid"

if (millis() - tsLastReport >

uint32_t tsLastReport = 0; REPORTING_PERIOD_MS) {

Serial.print("Heart rate:");

// Callback (registered below) fired when a pulse is Serial.print(pox.getHeartRate());

detected
Serial.print("bpm / SpO2:");
void onBeatDetected()
Serial.print(pox.getSpO2());
{
Serial.println("%");
Serial.println("Beat!");

}
 tsLastReport = millis();

}
}
pox.setIRLedCurrent(MAX30100_LED_CURR_46_8MA);

ANEXO B

#include <Wire.h> pox.setOnBeatDetectedCallback(onBeatDetected);

#include "MAX30100_PulseOximeter.h" }

#define REPORTING_PERIOD_MS 1000 void loop()

#include "BluetoothSerial.h"

#if !defined(CONFIG_BT_ENABLED) || // Make sure to call update as fast as possible

!defined(CONFIG_BLUEDROID_ENABLED)
pox.update();
#error Bluetooth is not enabled! Please run `make
menuconfig` to and enable it

#endif

if (millis() - tsLastReport >

REPORTING_PERIOD_MS) {
BluetoothSerial SerialBT;
SerialBT.print("Heart rate:");

SerialBT.print(pox.getHeartRate());

SerialBT.print("bpm / SpO2:");
PulseOximeter pox;
SerialBT.print(pox.getSpO2());

SerialBT.println("%");
uint32_t tsLastReport = 0;
Serial.print("Heart rate:");
void onBeatDetected()
Serial.print(pox.getHeartRate());
{
Serial.print("bpm / SpO2:");
Serial.println("Beat!");
Serial.print(pox.getSpO2());
}
Serial.println("%");

tsLastReport = millis();
void setup()
}
{
delay(20);
Serial.begin(115200);

SerialBT.begin("ESP32test"); //Bluetooth device name

}
Serial.println("The device started, now you can pair it
with bluetooth!");

Serial.print("Initializing pulse oximeter..");

if (!pox.begin()) {

Serial.println("FAILED");

for(;;);

} else {

Serial.println("SUCCESS");