Saúde digital

no metaverso

knok insights
A cada dia que passa, a tecnologia
avança mais em sua evolução, e o
que antes só era possível em jogos
e obras de arte, hoje, se expandiu
para a internet e está disponível
a todos. O conceito de metaverso
adentrou o mundo das redes sociais,
despertando nas empresas um
interesse em migrar para o virtual.

A saúde digital é um setor em

crescimento que muitos investidores
vêm acompanhando. É natural
que ela queira se expandir para o
metaverso. Primeiramente, vamos
entender este conceito e como ele se
encaixa na área da saúde.

Meta-que?

O conceito de metaverso já existe há

alguns anos, mas acabou ganhando
destaque recentemente com a nova
organização do Mark Zuckerberg: a Meta
Platforms e, também, como uma nova
plataforma de rede social (Meta) que,
segundo a empresa, vai “além das telas
2D e adentra as experiências imersivas,
como realidade virtual e aumentada,
colaborando com a criação do próximo
nível evolutivo da tecnologia social”.

É definido como a paisagem virtual

da internet, onde as pessoas podem
interagir e imergir em um mundo virtual
por meio de ferramentas digitais como
VR (realidade virtual), IA (inteligência
artificial) e AR (realidade aumentada).
Os serviços de saúde
digital estão evoluindo
Hoje em dia, é fácil compreender a
digitalização dos atendimentos de
saúde por meio da telemedicina, do
PEP (prontuário eletrônico do paciente)
e dos portais on-line. O próximo passo
seria evoluir para a tecnologia mais
recente: o metaverso. Então, como o
sistema de saúde adentraria um mundo
onde tudo é virtual?
Apesar das tecnologias do metaverso
ainda não serem populares, o interesse
exponencial em inovação no campo
da saúde digital atrai a atenção das
pessoas que trabalham com esse tipo
de tecnologia.
Na discussão sobre investimentos,
foi apresentada uma inversão de 198
milhões de dólares em startups que
usam tecnologia VR e AR.
A FDA aprovou soluções do metaverso
de empresas como AppliedVR,
PrecisionOS e Luminopia, abrindo
espaço para que outras startups
possam conduzir essa mudança.
É impossível que os serviços de saúde
se tornem 100% digitais, somos seres
humanos e isto sempre tem que ser
levado em consideração, porém as
soluções virtuais podem ser de grande
ajuda e não devem ser desconsideradas.
Ideias e conceitos comuns do metaverso
aplicáveis na área da saúde, são:
• Ambientes imersivos: mundos
virtuais nos quais prestadores de
serviço e público podem interagir;
• Gêmeos digitais: uma réplica de
algo que existe no mundo físico
(podem ser órgãos, pessoas ou
até populações) no mundo virtual
que pode gerar dados de insights
e colaborar com o processo de
tomada de decisão em atendimentos
médicos. Vamos discutir o impacto
de cada um deles.
É impossível que os
serviços de saúde se
tornem 100% digitais,
somos seres humanos
e isto sempre tem
que ser levado em
consideração, porém
as soluções virtuais
podem ser de grande
ajuda e não devem
ser desconsideradas.
Ambientes imersivos
O nome é autoexplicativo: consiste em uma
outra maneira de experienciar os cuidados
de saúde através de paisagens e mundos.
O uso de tecnologia VR e o aumento nas
pesquisas em telemedicina, a longo prazo,
tornarão os mundos virtuais de serviços
de saúde uma possibilidade, criando um
novo espectro de produtos e serviços a
serem desenvolvidos. As experiências em
VR trarão uma sensação maior de presença
do que outras plataformas já usadas (sites,
aplicativos de mensagem, redes sociais).
Uma aplicação específica do conceito de
ambientes imersivos é como uma maneira
de aumentar o alcance de tratamentos e
experiências terapêuticas, como a própria
terapia. Pode ser algo completamente
personalizado para um indivíduo que sofre
de ansiedade, ou até uma terapia em grupo
que pode se dar em um ambiente virtual
criando uma maior sensação de segurança.
Gêmeos digitais
Um conceito que já existe, mas que,
neste caso, consiste em uma réplica de
algo ou alguém, sejam pacientes, órgãos,
populações, e que pode ser muito útil
para aprender mais sobre a sua versão
real. Com base em algorítimos de IA,
há um verdadeiro valor em criar cópias
virtuais e testá-las.
De maneira geral, os gêmeos digitais
podem ser vistos como “bonecos de
teste” (citando Jack Latus, CEO da Latus
Health) e servir como uma ferramenta
para prever diversas situações clínicas,
por exemplo: como os paceintes podem
se recuperar de uma cirurgia específica
e como populações reagem a surtos de
determinadas doenças, criando um novo
Outro uso, é o educativo, no qual o
profissional de saúde consegue planejar e
finalizar procedimentos em um ambiente
virtual e uma plataforma 3D, e que
será muito útil para quem ainda está
aprendendo. Isso já foi testado na área
da ortopedia, mas apenas com sistemas
de navegação de AR. Com os ambientes
imersivos, há uma vasta gama de ambientes
virtuais que podem ser replicados (salas
de cirurgia, planejamento de cirurgia,
simulações de emergência) para ajudar no
treinamento da equipe.
Este conceito será desenvolvido,
principalmente, entre os serviços de
telemedicina, alguns até chamam de
telepresença, a habilidade de estar em
todos os lugares, em qualquer lugar. As
consultas por vídeo se tornarão obsoletas e
esta será a versão aprimoradas delas.
campo para testes clínicos no metaverso.
A Siemens Healthineers é pioneira em
gêmeos digitais, com “simulações digitais
complexas que refletem a estrutura
molecular e a função biológica do
coração dos pacientes”. O que permite
testar e simular diversas situações
clínicas antes de tomar uma decisão com
os pacientes.
FONTES

Marr, B., 2022. The Amazing Possibilities

of Healthcare in The Metaverse. [on-line]
Forbes. Disponível em: <https://www.forbes.
com/sites/bernardmarr/2022/02/23/the-
amazing-possibilities-of-healthcare-in-the-
metaverse/?sh=32f556819e5c> [Accessado em 4
de maio de 2022]

Hawks, C. and Krasniansky, A., 2022. Digital health

enters the metaverse | Rock Health. [on-line] Rock
Health Disponível em: <https://rockhealth.com/
insights/digital-health-enters-the-metaverse/>
[Accessado em 9 de maio de 2022].
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