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 Cronograma

Data Atividade
28/02/2024 Introdução a Genética Vegetal. Caracteres Quantitativos.

06/03/2024 Equilíbrio de Hardy-Weinberg: Mutação.

13/03/2024 Equilíbrio de Hardy-Weinberg: Migração, Deriva.

20/03/2024 Seleção.

27/03/2024 Prova 1
Data Atividade
03/04/2024 Média da população.
10/04/2024 Efeito da endogamia e heterose.
17/04/2024 Efeito médio de um gene.

24/04/2024 Variância em população panmítica.

08/05/2024 Prova 2
Data Atividade

15/05/2024 Componentes de variância- autogámas.


22/05/2024 Semelhança entre parentes.
29/05/2024 Progresso Genético.
05/06/2024 Heterose , Capacidade de Combinação e Dialelo.
12/06/2024 Caracteres correlacionados.
19/06/2024 Prova 3
26/06/2024 Prova optativa
Dúvidas

Monitoria

brunarafamenezes@hotmail.com
brunarafamenezes@gmail.com
 Conceito final

Média de três notas

Prova optativa – conceito parcial < 5,0 matéria toda.


Substitui a menor nota P1, P2 e P3.
 Solicitação de reposição de prova
O discente, após a data da avaliação que não foi realizada,
solicita a reposição da avaliação através do caso de uso:
Portal Discente -> ensino -> Reposição de Avaliação - >
Solicitar Reposição de Avaliação
A quantidade máxima de dias para solicitar a reposição de
prova atualmente está com o valor 3 dias.
A situação da solicitação será alterada para o discente
para DEFERIDA (com as informações da data, hora e
local onde a reposição será aplicada) ou INDEFERIDA
com a justificativa, e o discente poderá verificar este
status da solicitação no caso de uso:

Portal Discente -> ensino -> Reposição de Avaliação


-> Exibir Solicitações.
 Referências
CRUZ, C. D. Princípios de Genética Quantitativa. Viçosa: UFV, 2005.
394p.

FALCONER, D.S. and MACKAY, T.F.C. Introduction to quantitative


genetics. Edinburgh, Longman, 1997. 464p.

RAMALHO, M. A. P.; ABREU, A. F. B.; SANTOS, J. B.; NUNES, J. A. R.


Aplicações de genética quantitativa no melhoramento de plantas
autógamas. 1. Ed. Lavras: ed. UFLA, 2012. 522p.
VENCOVSKY, R. e BARRIGA, P. Genética biométrica no
fitomelhoramento. Ribeirão Preto. Revista Brasileira de Genética, 1992.
◼A Ciência e arte da manipulação genética das plantas para torná-las mais
úteis ao homem (Allard, 1977)

◼A aplicação de técnicas para se explorar o potencial genético das plantas


( Stoskopf; Tomes; Christie, 1993)

◼A arte, ciência e negócio de alteração genética das plantas para


benefício do homem (Bernardo, 2010)
 CARÁTER QUALITATIVO

INTRODUÇÃO
Busca de explicações para as semelhanças entre parentes
ao longo da história.
Ex.: herança dos caracteres se dava por fluidos orgânicos.
Filhos apresentam valores intermediários aos pais.
Filhos apresentam uma mistura de características
dos pais.
GREGOR MENDEL

▪ Mendel (1822-1884) foi um biólogo, botânico e monge


austríaco.

▪ Em 1843, entrou para o monastério agostiniano de St.


Thomas em Brünn, onde foi ordenado padre e passou a
estudar teologia e línguas.

▪ Em 1851 foi enviado à Universidade de Viena, para


estudar ciências naturais, matemática e física.
Gregor Mendel (1866)

Demonstrou que a herança de sete caracteres da espécie Pisum sativa L.

Destaque na pesquisa de Mendel:


1)Usou métodos estatísticos.
2) A planta usada apresenta uma série de vantagens para trabalhos desse
tipo
3) Escolheu plantas que por várias gerações produziram sempre
características inalteradas
4) Cruzou plantas puras para as características, obtendo
uma geração híbrida, chamada F1

5) Autofecundou as plantas F1, obtendo a geração F2

6) Autofecundou ainda as plantas F2, colhendo


separadamente cada planta
Gerações Paternas

P1 x P2 AA x aa
(sementes amarelas) (sementes verdes)

Determinantes ou fator A a

Geração F1

100% sementes amarelas Aa x Aa

Determinantes ou fator Aea Aea

A a

A AA Aa

a Aa aa

Geração F2

1/4 AA 1/2 Aa 1/4 aa


Sementes amarelas puras Sementes amarelas híbridas Sementes verdes puras
Mendel deduziu que:
1) As plantas paternas com sementes amarelas tinham
um fator para determinação desse fenótipo

2) As plantas paternas com sementes verdes tinham um


fator, para o fenótipo sementes verdes

3) As plantas F1 tinham o fator para sementes amarelas,


mas deveriam ter também o fator para sementes verdes
4) Já que as F1 tinham dois fatores, então todas as plantas
deveriam ter dois fatores.
5) As plantas puras tinham fatores iguais (homozigotas).
6) Os fatores não se misturavam
7) Pelo resultado do F2 deduziu que os fatores se
separavam na gametogênese e se combinavam de novo,
ao acaso, na fecundação
As sete características estudadas por Mendel Teste X2

Característica Dominante Recessiva Proporção Valor Probab.

Tipo de inflorescência Axial Terminal 651 : 207 3,14:1 0,350 0,554

Tegumento da semente Liso Rugoso 5474 : 1850 2,96:1 0,263 0,608

Cor dos cotilédones Amarelo Verde 6022 : 2001 3,01:1 0,015 0,903

Cor das vagens Verde Amarela 428 : 152 2,82:1 0,451 0,502

Forma das vagens Lisa Sulcada 882 : 299 2,95:1 0,064 0,801

Cor das pétalas Púrpura Branca 705 : 224 3,15:1 0,391 0,532

Altura das plantas Alta Baixa 787 : 277 2,84:1 0,607 0,436
A análise conjunta dos caracteres dois a dois apresentou
outro resultado importante

Os fenótipos sementes amarelas e sementes lisas são


dominantes

Cruzou plantas com sementes amarelas e lisas puras


com plantas com sementes verdes e rugosas também
puras
Geração F1: apenas plantas com sementes amarelas e lisas

Geração F2:
 9/16 das plantas com sementes amarelas e lisas,
 3/16 com sementes amarelas e rugosas,
 3/16 verdes e lisas e
 1/16 verdes e rugosas

Com isso Mendel deduziu que as combinações entre


fatores de diferentes pares eram independentes (ou
ao acaso)
 Mendel:
Fatores imiscíveis;
Regras de combinação específicas;
Herança simples (um ou dois fatores).

Não abordou:
Interações alélicas;
Múltiplos fatores;
Não apontou nenhuma solução para a herança de caracteres que se
apresentavam de forma contínua, chamados quantitativos.
Geração Fenótipo Proporção Genótipo Proporção
P1 Sementes amarelas e lisas 100% AABB 100%
P2 Sementes verdes e rugosas 100% aabb 100%
F1 Sementes amarelas e lisas 100% AaBb 100%

AABB 1/16
F2 Sementes amarelas e lisas 9/16 AABb 2/16
AaBB 2/16
AaBb 4/16
Sementes amarelas e rugosas 3/16 AAbb 1/16
Aabb 2/16
Sementes verdes e lisas 3/16 aaBB 1/16
aaBb 2/16
Sementes verdes e rugosas 1/16 aabb 1/16
Frequências fenotípicas para um F2 para dois
10
9
caracteres, segundo Mendel
8
7
Frequência

6
5
4
3
2
1
0
A_B_ A_bb aaB_ aabb
 Qualitativos: caracteres controlados por poucos genes e
baixa influencia do ambiente
Segregação 3:1, 9:3:3:1, para um e dois locos, com 2 alelos
por loco

Exemplo: Milho anão (braquítico) – br 2br 2


Milho normal – Br 2Br 2
 Cruzamento:

normal (Br 2Br 2) X braquítico (br 2br 2 )


F 1: Br 2br 2
F 2: (1/4) Br 2Br 2 : (2/4) Br 2br 2 : (1/4) br 2br 2
(3/4) Normais : (1/4) Braquítico
◼Benjamin Hunnicutt
Norte-americano, agrônomo, filho de agricultor e professor de
agricultura do estado de Georgia, Estados Unidos.

Livro:
Milho: sua cultura e aproveitamento no Brasil
Primeira edição 1916, segunda edição 1924
O melhoramento deve ser realizado nas condições ambientais
dos agricultores
◼ Resultado apresentado no livro de Hunnicutt no
início do século 20, com a cultura do milho (Zea
mays)

F = G + A + GxA
Nem todos os genes estão atuando em todos os ambientes
Genes A e B sejam responsáveis pela produção
Gene R seja responsável pela tolerância ao alumínio no solo

AABBrr AAbbRR AABBrr AAbbRR

Mais produtiva Mais produtiva

Solo com alumínio Solo sem alumínio


MELHORAMENTO GENÉTICO
◼Necessidade de utilizar EaAmesma
PRODUÇÃO
áreaDE
deALIMENTOS
cultivo em anos
sucessivos – sustentabilidade do sistema

◼ Equação de regressão linear entre o ano


agrícola (X) e a produção total de grãos (em
milhões de toneladas) ou a área total
cultivada (em milhões de hectares).
 CARÁTER QUANTITATIVO
Caracteres controlados por muitos genes denominados de
caracteres poligênicos

Referem a mensurações de quantidades (pesos, volumes,


medidas: kg, m, cm, g, m2, etc)

Muito influenciados pelo ambiente

Exemplo: produção de grãos, carne, leite, altura, peso, etc


Não é possível a classificação em grupos fenotípicos distintos

Distribuição contínua
Frequências dos valores
25

genotípicos 20

0.3

Freqüências
15
Frequência

10
0.2
5

0.1 0
0 1 2 3 4 5 6 7
Valores Fenotípicos
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9

Apresentam variação contínua e se ajustam a uma distribuição normal


 Média: medida de tendência central

 Variância: medida de dispersão


Variação do tamanho das espigas
Variação do tamanho das espigas
A ação do ambiente foi notada por JOHANSEN (1903):
Princípio da linha pura

Seleção dos
extremos

Descendência
s semelhantes

Peso de sementes de feijão


Dentro de uma linha pura a variação observada é apenas ambiental.

Cada linha pura tem um peso característico, mas há uma variação


entre os pesos.

A seleção dentro da linha pura é ineficiente.

As diferenças nos pesos é apenas ambiental.


Interações alélicas entre as características quantitativas

• Modelo de um loco com dois alelos (B¹B²)


• Na população correndo três genótipos B¹B¹, B¹B², B²B²

B²B² m B¹B² B¹B¹

-a +a
A relação d/a indica a interação alélica.
Mede o grau de dominância de uma gene.

d/a= 0 aditiva
d/a= 1 dominância completa
d/a > 1 sobredominância
0< d/a < 1 dominância parcial
 Dominância completa
Geram dificuldades na escolha dos genótipos superiores (distinguir indivíduos homozigotos
e heterozigotos);

a=d, então a relação d/a=1,


mostrando que a interação
é de dominância completa.
 Sobredominância

d= 45 (80-35=45)

d/a= 45/25= 1,8


ocorrência de sobredominância.
• A média da geração F1 é superior da média dos pais e superior a do progenitor
com maior média (sobredominância).

• A média da F2 é de 115 unidades, e portanto, também é inferior à da geração F1.

• predominância de interação alélica dominante e/ou sobredominante –


obtenção híbridos
 Aditiva
Cada alelo contribui com um pequeno efeito fenotípico o qual é somado aos efeitos
dos demais alelos.

d=0, o valor fenotípico dos genótipos


heterozigotos B¹B² corresponde à média dos
genitores.

60+10/2= 70/2= 35
35-35=0

d/a= 0/25=0
Qualquer descendência de um indivíduo ou grupo de indivíduos
tem média igual a deste individuo ou igual a média do grupo.
SISTEMAS DE GENES
Sistemas de genes seriados
GENES A B C

ENZIMAS EA EB EC

Substrato PA PB Produto final

Exemplo: determinação da cor de flor em Collinsia.

Neste caráter estão envolvidos diretamente dois locos, em ambos são


conhecidos dois alelos, com dominância completa
Enzima W Enzima M

Substrato Pigmento Rosa Pigmento Azul

Genótipos Fenótipo

W_ M_ As duas enzimas estão presentes Flores Azuis


W_ mm Apenas enzima W está presente Flores Cor-de-rosa

ww M_ Apenas enzima M está presente, mas seu substrato (pigmento rosa), Flores Brancas
que é produzido a partir da enzima W, está ausente.

ww mm Nenhuma das enzimas está presente Flores Brancas


Sistemas de genes múltiplos (poligenes)
Locos (Enzimas)
A
B
S . Produto
.
.
N

Em 1908 Nilsson-Ehle (coloração da semente de Trigo)

Cruzou duas variedades de trigo uma com sementes brancas e outra com
sementes de cor vermelha muito escura

O F1 apresentou sementes de cor vermelha média;


Progenitor de sementes vermelhas Progenitor de sementes brancas
muito escuras
AABB X aabb
Geração F1 AaBb
(Vermelha média)

Geração F2 Genótipo Freqüência Doses Cor da semente


AABB 1/16 4 Vermelha muito escura
AABb 2/16 3 Vermelha escura
AaBB 2/16 3 Vermelha escura
AAbb 1/16 2 Vermelha média
AaBb 4/16 2 Vermelha média
aaBB 1/16 2 Vermelha média
Aabb 2/16 1 Vermelha clara
aaBb 2/16 1 Vermelha clara
aabb 1/16 0 Branca
Frequências fenotípicas para um F2 para um caráter,
dois pares de genes, segundo Nilson-Ehle
7

5
Frequência

0
VME VE VME VC Br
 Por serem muitos genes formando um só caráter, cada
gene contribui com uma pequena parte da variação do
caráter;

 A presença de muitos genes somando seus efeitos dá a


aparência final de ausência de dominância;

 A variação que se observa é, então, em parte de origem


genética e em parte de origem ambiental

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