mariana perú e pedro dos santos - rpce 2 ano pl 2023

Guião Trabalho de História

Mariana Perú, Pedro dos Santos,

Relações Públicas e Comunicação Empresarial
UC: História das Ideias Sociopolíticas
mariana perú e pedro dos santos - rpce 2 ano pl 2023

Introdução ao trabalho - Pepe

Índice - Pepe

Frase - Pepe
E para começarmos este trabalho nada mais apropriado que uma frase da autora do artigo
que utilizamos para desenvolver este trabalho: “A importância do populismo não pode
ser ignorada nos dias de hoje.”

Introdução - Mariana
O nosso trabalho foi realizado com base no texto de Estrela Serrano “Populismo em
Portugal: o factor media”. E é exatamente sobre o populismo e sobre a influência dos
media, que vos vamos falar hoje.

Não poderíamos começar este trabalho sem primeiro definir o que é o populismo, as
características do mesmo e os líderes populistas, para vos dar contexto e para que
percebam aquilo que vos queremos transmitir.

Populismo - Mariana
O populismo é considerado conflituante, camaleónico, porque muitas vezes as pessoas não
se apercebem que está a acontecer, e ligado à cultura, porque assenta muitas vezes na
cultura tradicional dos países. Uma definição abrangente sugere que é uma estratégia
política onde um líder egocêntrico procura ou exerce o poder executivo com apoio direto e
não institucionalizado de um grande número de seguidores.
O populismo é um conceito central nos debates atuais sobre política e media.
É importante perceber que este termo é usado em diferentes contextos e com diferentes
significados.

Na passagem para o slide dos Líderes Populistas

Agora que sabemos o que é o populismo, precisamos de perceber o que são os líderes
populistas e como estes se comportam.

Líderes populistas (Pepe)

Independentemente da ideologia, os líderes de movimentos populistas partilham
características que contribuem para a sua popularidade, são extremamente carismáticos e
sabem como lidar com os media.

● Não representam o povo, mas consideram-se parte dele,

● Adotam atitudes extravagantes e
● Utilizam temas controversos para atrair a atenção dos media.
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“Os líderes populistas baseiam a sua influência em recursos pessoais em vez de em

organizações intermediárias, como os partidos políticos, e vêem quaisquer instituições fora
de seu controle como obstáculos a serem contornados ou superados. Não têm um
compromisso firme com ideologias e princípios, concentrando-se na busca do poder
pessoal e encaram os adversários como ameaças profundas.”

Abordagens Conceptuais - Mariana

No texto, Estrela Serrano destaca dois tipos de abordagens que estudam o populismo, as
abordagens conceptuais e as abordagens metodológicas. Começando pelas abordagens
conceptuais, destacamos quatro autores: (Mariana)

Hawkins considera que o populismo é uma visão maniqueísta do mundo, ou seja, que
divide o mundo entre o bem e o mal, e que não é expressa numa linguagem específica,
mas sim através de elementos como o tom, a metáfora e o tema.
O autor considera ainda que o populismo não é totalmente antidemocrático, mas não é
pluralista, ou seja,não “aceita” que diferentes grupos tenham diferentes ideias.
Hawkins defende uma abordagem de populismo que coloque as ideias no centro da
investigação usando a análise qualitativa tradicional do discurso. (Mariana)

Abordagens Conceptuais - Pepe

Albertazzi considera que o populismo:
- se baseia na ideia de que a vontade do povo deve prevalecer sobre qualquer
outra divisão funcional.
De acordo com o autor:
- Os líderes populistas baseiam a sua influência em recursos pessoais, e não
noutras organizações, e veem qualquer instituição fora do seu controle como
obstáculos a serem contornados ou superados. Encaram os adversários como
ameaça e não têm nenhum compromisso com ideologias ou princípios, focam-se
apenas em ganhar poder.
Albertazzi considera ainda
- que existem três fatores que facilitam o aparecimento do populismo: fatores
ideológicos, fatores sociais e políticas.
Albertazzi diz ainda “leio quote”

Abordagens Conceptuais - Mariana

Elchardus e Spruyt consideram que quando a política tradicional falha na resolução de
determinados problemas, a população vê no populismo a solução.
As pessoas sentem que os padrões de sociabilidade e de bem-estar, a economia e a
democracia estão a ser minados e que a crescente diversidade cria tensão e
conflitos, neste sentido, acabam por culpar os políticos pela sua incapacidade de
encontrar soluções adequadas para este problema, e veem como solução impedir a
imigração, diminuir a diversidade e fechar fronteiras. O populismo surge neste
contexto como uma solução, dando esperança aos que já não acreditam nos políticos
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e veem no populismo a possibilidade de resolução dos problemas onde a política

tradicional falhou, uma vez que estas “soluções” são sempre as mais sugeridas pelos
partidos populistas.
Para Elchardus e Spruyt, compreender melhor os sentimentos de privação e de declínio que
caracterizam muitas sociedades constituiria um passo importante para explicar a ascensão
do populismo. Ou seja, compreender o que as pessoas que não são ouvidas ou são
desvalorizadas pelos políticos tradicionais sentem, pode ajudar a compreender a
ascensão do populismo. (Muitas vezes o que acontece é que os partidos populistas dão
voz/ destaque a estas pessoas e aos seus problemas, e estas acabam por, obviamente,
tender mais para esses partidos - Minha opinião, não sei se colocar ajuda a explicar ou
não*)

Abordagens metodológicas - Pepe

Estão vistas as abordagens conceptuais, agora precisamos de conhecer as abordagens
metodológicas:

Existem 3 tipos de abordagens metodológicas que vamos falar

Populismo como ideologia (Mariana)

Mudde definiu ideologia como “um conjunto de ideias vagamente inter-relacionadas e não
como sistemas de pensamento enquadrados na teoria política”, ou seja, considerava que
a ideologia é o conjunto de ideias que se relacionam entre si.
Além disso, Mudde considera que o populismo é um confronto entre a elite corrupta
(governo) e o povo puro (população), uma vez que normalmente o populismo critica e
aponta falhas ao governo, ouvindo e valorizando o descontentamento da população,
que é tratada como a “vítima desta relação” (ou seja, as pessoas são vítimas das
decisões do governo).
Se considerarmos que o populismo é uma ideologia, os estudos sobre este devem incidir
principalmente no programa, nos documentos internos do partido e nas declarações dos
políticos, através de análises qualitativas. (Mariana)

Populismo como estilo discursivo (Pepe)

De la Torre, definiu populismo como “uma retórica que constrói a política como luta moral e
ética entre o povo e a oligarquia”, ou seja, para este autor, o populismo cria uma relação
de conflito entre o povo e o governo.

Hawkins define populismo como um discurso maniqueísta que atribui uma dimensão moral
binária a conflitos políticos, ou seja, vê o populismo como um confronto entre o bem e o
mal.

Kazin, define populismo como uma linguagem usada por aqueles que afirmam falar pela
maioria. Considera que o populismo não é uma ideologia, mas sim um modo de expressão
política usado seletiva e estrategicamente pela direita e pela esquerda. Ou seja, para
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Kazin, o populismo é um estilo discursivo, utilizado pelos políticos, que normalmente

quando discursam afirmam estar a dizer aquilo que a maioria pensa, sendo isso
verdade ou não.

Populismo como estratégia política (Mariana)

introduz
Esta abordagem centra-se essencialmente na análise dos países da América Latina, e vê o
populismo como “uma forma de organização política que visa a redistribuição económica e
a nacionalização dos recursos naturais com apoio de uma fração significativa da população,
contra os interesses económicos da maioria da população, ao qual chamam, populismo de
esquerda”, ou seja, neste caso o populismo é visto como uma forma de organização
política que tem como principais objetivos realizar uma transformação económica e
nacionalizar os recursos naturais, com o apoio de uma parte da população, contra a
maioria.

(Pepe) - Taggart

“O populismo como estratégia política coloca ênfase na identidade do líder e na sua relação
com o povo” - Serrano, Estrela.

Taggart refere que sendo o líder a cara do partido, é a relação do líder com a população que
importa. Considera que isto acontece devido à ausência de valores do populismo.

(Mariana) - Barr
Barr desvaloriza a personalidade do líder como elemento fundamental do populismo, e
considera o mesmo como “um movimento de massas liderado por um outsider ou dissidente
que busca obter ou manter o poder usando apelos anti-establishment e ligações
plebiscitárias”, ou seja, Barr vê o populismo como um movimento de massas liderado
por alguém que procura alcançar poder, através de críticas ao sistema político e
envolvendo e incitando o povo a participar na vida política.

(Pepe) - Jansen
Jansen considera que estas três abordagens não são mutuamente exclusivas e
acrescenta duas dimensões do populismo: mobilização e discurso. A mobilização populista
tem a ver com mobilização de setores sociais desvalorizados pelo governo, onde
basicamente se procura dar voz às pessoas comuns, valorizando-as, e
criticando/desvalorizando o governo por não lhes dar a devida atenção.

O FATOR MEDIA (Mariana)

Vamos agora entrar no fator decisivo que molda não só todo o nosso trabalho mas também
o populismo, que é o fator media.
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O que é o FATOR MEDIA? (Mariana e Pepe)

Primeiro vamos definir o fator media

Media - Mariana
Media, como sabem, são os meios de comunicação de massa, que são, ao mesmo tempo,
canais ou veículos utilizados para transmitir informações, notícias, entretenimento e outros
conteúdos para um público amplo. Televisão; Rádio; Jornais; Revistas; Redes Sociais;
Blogs; etc.
As palavras televisão e redes sociais estão a bold porque a tv é o maior meio de
propagação populista para a população mais velha e as redes sociais o mesmo mas
para a geração mais nova.

O Fator (Pepe)
Influência e papel dos meios de comunicação de massa na: Formação de opiniões públicas;
Disseminação de informações políticas; Interação com líderes políticos.

Estratégias de Comunicação (Pepe)

Líderes populistas adotam estratégias de comunicação que envolvem:
Colocar-se como oprimidos;
Falar diretamente com as massas;
Criar eventos e promover ataques táticos aos media.
Destacamos estes três pontos porque são características que os líderes de partidos
populistas utilizam na comunicação
Vitimização
Mudança de PERSPECTIVAS
Conhecimento mediático
Os líderes populistas utilizam estas estratégias de comunicação com o objetivo de se
mediatizarem cada vez mais e chegar ao maior número de pessoas. Um dos exemplos mais
recentes foi o que aconteceu na NOVA FCSH (Ciências Sociais).

O Fator Media Digital (Pepe)

No contexto atual em que a paisagem mediática já não é dominada pelos media
tradicionais, as redes sociais e outras plataformas digitais assumem cada vez mais um
papel crucial na propaganda política contemporânea.

O que dizem os autores?

(Mariana)
Mas afinal o que dizem os autores sobre o fator media?
Taguieff refere o conceito de Telepopulismo, uma vez que a televisão é vista como o
principal meio para a comunicação dos líderes populistas.
Des Freedman acredita que a propagação do populismo se deve aos media. Identifica
falhas na indústria, nas políticas e na regulação dos media, que ignoram o interesse público
e se focam apenas os interesses privados (ou seja, as audiências).
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Des Freedman aponta responsabilidade da media na disseminação do populismo,

destacando a sua orientação para o mercado e obediência à lógica comercial em detrimento
dos valores culturais. Falhas na indústria, políticas e regulação dos media são identificadas
como combustíveis para esta obediência. As causas estruturais como racismo, insegurança
e desencanto com o sistema político.

(Pepe)
Mazzoleni refere que, ainda que inconscientemente, os media tornam-se em aliados
dos líderes populistas. “Para ser eficaz, um líder populista recorre a técnicas de
gestão da comunicação correspondentes à crescente profissionalização da ação
política”. Mazzoleni identifica 6 características principais das estratégias de comunicação
dos líderes populistas:
- Colocar-se no papel de oprimido
- Dominar as técnicas profissionais de comunicação
- Contactar as massas
- Ter acesso aos media
- Criar eventos
- Promover ataques táticos aos media
“O discurso é de importância crucial para a compreensão do populismo”. Os media não
são o único fator para o crescimento do populismo, no entanto, ao lhes darem tanto
tempo de antena, estão a contribuir para tal.
Também é importante dizer que o papel dos media não pode ser separado dos outros
fatores estruturais como a natureza do sistema político e as especificidades políticas sociais
e culturais.”

Conclusão do Fator Media (Mariana)

Após esta análise e investigação conseguimos perceber que o fator media é um fator crucial
na disseminação da propaganda populista.

2019 (Pepe)
Alguém sabe o que aconteceu no panorama político português em 2019?
Eleições legislativas de 6 de outubro de 2019
E alguém sabe porque é que foram tão importantes?
:
“As eleições legislativas de 2019 vieram provocar um “abanão” na estabilidade do sistema
com a entrada no Parlamento de três novas formações políticas e o enfraquecimento dos
dois partidos (PSD e CDS) à direita do espectro parlamentar.
As eleições de 2019 alteraram pois significativamente o quadro parlamentar, não obstante
os dois partidos maioritários desde 1975 se terem mantido como tal. Três novos partidos –
Chega, Iniciativa Liberal e Livre - elegeram, cada um, um deputado adquirindo
representação parlamentar.”
“Na distribuição dos assentos parlamentares, os deputados do Chega e da Iniciativa Liberal
situam-se nas bancadas à direita e a deputada do Livre à esquerda.”
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Até às eleições legislativas de 2019… (Pepe)

A opinião publicada e os media nacionais eram unânimes na constatação de que os
movimentos e os partidos populistas não tinham sucesso em Portugal. O sistema partidário
manteve-se estável com dois partidos hegemónicos ao centro: PS e PSD. Alternando entre
si no poder, com ou sem coligações com os partidos mais pequenos à direita.

Durante as eleições legislativas de 2019… (Mariana)

As eleições legislativas de 2019 vieram provocar um “abanão” na estabilidade do sistema
com a entrada no Parlamento de três novas formações políticas e o enfraquecimento dos
dois partidos.

Depois das eleições legislativas de 2019… (Mariana)

● Alteraram significativamente o quadro parlamentar;

● Os dois partidos maioritários desde 1975 mantiveram-se como tal.
● Três novos partidos;
● Na distribuição dos assentos parlamentares, os deputados do Chega e da Iniciativa
Liberal situam-se nas bancadas à direita e a deputada do Livre à esquerda;
● O facto de os três novos partidos terem apenas um deputado acentuou a tendência
de personalização da cobertura jornalística;
● Nas redes sociais, particularmente no Facebook, as postagens dos líderes destes
dois partidos foram objecto de grande número de visualizações e partilhas, em
particular do líder do Chega devido às polémicas em que se envolveu.

Objetivos e metodologia + Estudos de caso (Pepe)

Antes de passarmos aos estudos de caso, Riccardo Marchi define o que são líderes
populistas e um partido portugues populista
O método utilizado foi a “análise de tipo qualitativo que não pretende ser estatisticamente
representativa.”

Líderes populistas (Pepe)

1. quem é riccardo marchi?
a. um historiador italiano radicado em Portugal que se tem dedicado ao estudo
das direitas radicais na democracia portuguesa.

De acordo com Riccardo Marchi os líderes populistas são carismáticos, assertivos,

mediáticos, extravagantes e ideologicamente flexíveis.
- INSERIR QUESTÃO: Conhecem alguém assim? na política portuguesa?

Ventura 1 (Pepe)
Riccardo Marchi considera André Ventura um “líder jovem, assertivo, mediático,
politicamente pragmático e ideologicamente flexível – características liquidadas como
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oportunismo e vazio pneumático pelos críticos e celebradas como facetas estrategicamente

funcionais”.

Ventura 2 (Mariana)
Riccardo refere ainda 8 características, referidas na literatura como características de
líderes populistas, presentes na personalidade de André Ventura:
1. Bom conhecimento dos media e da sua linguagem;
2. Tema central da sua agenda política: Imigrantes e Ciganos;
3. Aposta na crítica ao regime constitucional vigente como estratégia para ganhar e
exercer o poder;
4. Usa um estilo retórico com um discurso simplista e polarizador;
5. Apresenta-se como uma corporização da vontade popular contra as elites e as
instituições políticas e sociais estabelecidas;
6. Confessa a sua admiração por líderes e partidos populistas;
7. Incita a mudanças sociais e políticas radicais;
8. Não tem um compromisso firme com ideologias e princípios.

“A escolha do líder do Chega deve-se ao interesse que a sua figura polémica e mediática
desperta nos meios políticos e jornalísticos.”

CHEGA (Mariana)
Agora passamos aos partidos populistas: Se um líder de um partido é populista, o mais
provável é que o partido seja populista.
Dito isto, Riccardo Marchi define o CHEGA como “um partido populista de direita de cunho
liberal-conservador para captar o maior número de descontentes de todo o espectro político
e da abstenção”.

Estudos de Caso (Mariana)

A autora destaca quatro grandes exemplos onde é possível observar o populismo na
prática

Debate parlamentar do programa do Governo (30 e 31 de outubro e 1 de novembro de

2019)

O debate parlamentar que decorreu durante os dias 30 e 31 de outubro e 01 de novembro

de 2019 foi a primeira grande intervenção de André Ventura. Para além de ter sido a sua
primeira intervenção de André Ventura enquanto líder do partido de extrema-direita, foi a
primeira vez que tivemos oportunidade de testemunhar o Venturismo.

Foi neste momento que pudemos perceber quais as ideias principais do líder do Chega e do
partido em si: as minorias, a corrupção, as elites, “nós” que trabalhamos e “eles” que vivem
de subsídios. foi aqui que também conseguimos interceptar aquelas que seriam as palavras
favoritas de ventura pelos próximos anos: vergonha e subsídio-dependentes.
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Na narrativa de André Ventura, os imigrantes e as “forças de segurança” são sempre

colocadas em pólos opostos, e desta vez, os opostos ao em vês de se atrair, repelem-se,
agravando assim a tensão social entre estas duas partes.

Entre acusações ao governo e críticas diretas ao mesmo, Ventura utiliza frequentemente a

palavra “vergonha” para descrever o governo constitucional vigente à época.

(Mariana)
Manifestação das Forcas de Segurança e do Movimento Zero (21 de novembro de
2019)
Esta manifestação reuniu cerca de 13 mil agentes da PSP e militares da GNR junto
à escadaria da Assembleia da República. Não seria uma manifestação de grande risco, mas
o caso mudou de figura quando o Movimento Zero, um grupo anónimo de polícias de
extrema-direita, confirmou presença.
O destaque principal desta manifestação era o Movimento Zero, mas André Ventura
acabou por se tornar no principal protagonista. O deputado do CHEGA subiu ao palco, com
uma t-shirt do Movimento Zero, e discursou para os manifestantes, prometendo que iria
lutar para que todos os polícias e forças de segurança portugueses tivessem as melhores
condições possíveis. Terminou com “Viva a polícia, viva Portugal”.
André Ventura foi o único político a discursar nesta manifestação, revelando a sua
cumplicidade com o Movimento Zero.
Esta manifestação teve um grande impacto mediático, tendo sido transmitida em
direto em todos os canais informativos de televisão. No entanto, o principal destaque
acabou por ser André Ventura. A autora refere que “André Ventura foi a estrela do dia e da
noite” deixando as reivindicações das forças de segurança que organizaram a manifestação
para segundo plano.

(Pepe)
Proposta do partido Livre para que o património das ex-colónias portuguesas, na
posse de museus e arquivos nacionais seja restituído às comunidades de origem.

Para compreender este caso de estudo, temos que conhecer os players principais do
mesmo. Um, vocês já conhecem. A outra é Joacine Katar Moreira. Joacine é uma
ex-política do partido LIVRE e ativista com dupla nacionalidade guineense-portuguesa.

Esta, seria mais uma proposta de Joacine que chumbaria pela vontade da direita e da
extrema-direita portuguesa, no entanto, existiu alguém que quis tornar esta proposta
apresentada no parlamento, algo mais pessoal.

Isto aconteceu quando André Ventura, escreveu o seguinte na sua página oficial de
Facebook.
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O comentário de Ventura gerou uma grande controvérsia nas redes sociais: de um

lado existiam pessoas a aplaudir o deputado e do outro existiam pessoas a criticar andré
ventura e a apelida-lo de diversos nomes, entre vários que não podem ser ditos aqui, os
mais comuns eram racista e xenófobo

Por perceber que tinha sido mal visto, André rapidamente se justificou com a sua “ironia”,
aquela que já conhecemos e que é utilizada para justificar praticamente tudo.

(Mariana)
Proposta de criação de um plano específico de confinamento para as comunidades
ciganas durante a pandemia COVID 19 (08 de maio de 2020)
Não é novidade para ninguém a fixação de André Ventura nos imigrantes e nos
ciganos, mas a verdade é que em 2020, no âmbito da pandemia da COVID 19, o líder do
CHEGA redigiu uma carta aos partidos de direita, onde apresentava uma proposta de
confinamento da comunidade cigana e pedia o apoio destes partidos.
A sua proposta incluía mais policiamento nas zonas de residência das comunidades
ciganas, maior investimento em ações de formação e sensibilização, e regras de
confinamento específicas para aqueles que se recusassem a realizar os testes necessários.
“Penso que concordará que as comunidades ciganas – ou melhor, o seu
comportamento e atitudes específicas - não caindo em generalizações de qualquer tipo,
representam hoje um forte problema de segurança e saúde pública nalgumas regiões do
país” (André Ventura, na carta que redigiu a Rui Rio).
Os media referem reações de repúdio por parte da sociedade civil a esta proposta:
“Mais de duas dezenas de associações e uma centena de ativistas e figuras públicas
repudiam aquilo a que chamam a “estratégia demagógica e populista” de André́ Ventura,
líder do Chega, “de incitamento ao rancor” (Público).
Ricardo Quaresma, jogador da seleção nacional de futebol, comentou a situação
através das redes sociais, dizendo “Eu sou cigano. Cigano como todos os outros ciganos e
sou português como todos os outros portugueses e não sou nem mais nem menos por
isso”. André Ventura reagiu “lamentável que um jogador da seleção nacional se envolva na
política”.
André Ventura foi, obviamente, alvo de inúmeras críticas nas redes sociais, sendo
ainda acusado de limitar a liberdade de expressão de Ricardo Quaresma.

Conclusões (Mariana e Pepe)

PEPE - Através desta análise foi possível concluir que muitas das características
que são descritas na literatura como sendo características fundamentais do populismo
correspondem às atitudes e comportamentos de André Ventura.

MARIANA - “Ao privilegiar a personalização da política, o “fator media” favorece o

surgimento de líderes capazes de explorarem as condições políticas e sociais e contribui
para legitimar lideranças personalizadas e populistas” Mazzoleni (2008).
mariana perú e pedro dos santos - rpce 2 ano pl 2023

Assim, podemos concluir que o “fator media” é um elemento essencial na estratégia

do líder do CHEGA.