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PRESO
GOIÂNIA, 2023
VALDEMIR DE OLIVEIRA
PRESO
PRESO
BANCA EXAMINADORA
O presente artigo tem como objetivo demonstrar através da análise literária, com base
ainda nos Códex brasileiros acerca dos institutos penais, a impossilidade na prática, da
aplicabilidade da personificação da pena na forma constitucional, tendo em vista os reflexos
sofridos pelas famílias dos apenados durante o processo de julgamento estendidos por todo o
período do cumprimento da pena. A pena privativa de liberdade no Brasil e a exemplo do que
é praticado na grande maioria dos países pelo mundo, visa restringir diretamente a liberdade
de quem pratica crimes puníveis com esse tipo de sanção, o que na teoria não deveria ser
estendido a terceiros os quais não colaboraram para a realização do delito. No entanto, na
pratica, são sofridos de modo indireto essas consequências pelos familiares dos presos, o que
pode ser facilmente percebido numa analise rasa ao grupo familiar do condenado e assim,
perceber essa transferência punitiva e a partir da análise, os transtornos pontuais na atividade
familiar do condenado. Seus entes mais próximos, afetivamente sofrem de forma significativa
os efeitos da sanção nos âmbitos sociais, psicológicos e financeiros principalmente. O
prejulgamento, o receio e a afronta à dignidade humana são algumas das dificuldades que
cercam os familiares durante todo o tempo da clausura e, ainda, depois da volta do
reeducando ao lar. Além disso, destacam-se as proteções constitucionais referentes ao
apenado e à sua família e explicam-se os aspectos do auxílio reclusão.
This article aims to demonstrate through literary analysis, still based on the Brazilian
Codex about penal institutes, the impossibility in practice, the applicability of the
personification of the penalty in the constitutional form, in view of the reflexes suffered by
the families of the convicts during the trial process extended throughout the period of serving
the sentence. The deprivation of liberty penalty in Brazil and the example of what is practiced
in the vast majority of countries around the world, aims to directly restrict the freedom of
those who commit crimes punishable with this type of sanction, which in theory should not be
extended to third parties who did not collaborate in the commission of the crime. However, in
practice, these consequences are indirectly suffered by the relatives of the prisoners, which
can be easily perceived in a shallow analysis of the convict's family group and thus, to
perceive this punitive transfer and, from the analysis, the specific disorders in the activity
convict's family. Their closest ones affectively suffer significantly from the effects of the
sanction in the social, psychological and financial spheres, mainly. Prejudgment, fear and
affront to human dignity are some of the difficulties that surround family members during the
entire period of confinement and even after the re-education returns home. In addition, the
constitutional protections referring to the convict and his family are highlighted and the
aspects of reclusion assistance are explained.
Adm - Administrativo
Ac - Ação Penal
CP - Código Penal
MS - Mandado de Segurança
HC - Habeas Corpus
Resumo..................................................................................................................3
Abstract.................................................................................................................4
Lista de abreviaturas..............................................................................................5
Introdução..............................................................................................................7
Desenvolvimento...................................................................................................9
A Constituiçã o Federal, o Preso e a família.......................................................................................................11
AUXILIO RECLUSAO.................................................................................................................................................... 20
A FAMÍLIA DO CONDENADO...................................................................................................................................21
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................28
Referências Bibliográficas..................................................................................31
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Introdução
Não se pode dizer que quem está diretamente relacionado com a pessoa condenada à
prisão não sofrerá as consequências dessa pena, o estigma acaba sempre se estendendo aos
familiares, que sofrem as consequências das sanções penais que indiretamente são impostas
aos familiares condenados de várias maneiras.
Nesse sentido, esse artigo traz a necessidade de mostrar tais implicações das sanções
impostas em relação a família, considerando inicialmente as garantias constitucionais dos
apenados e seus familiares e a precariedade do sistema prisional do Brasil.
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Será delineado, de forma breve, sobre características da família do preso, bem como
a transcendência da pena, explorando os diversos efeitos da punição sobre a unidade família.
Desenvolvimento
Assim, os malefícios que são originados com a punição prolatada não acabam com o
término da sanção penal prevista na decisão do magistrado, mas sim este passa a ser
considerado pela sociedade de maneira pejorativa e preconceituosa, de modo que toda a sua
vida, durante e após o cumprimento da pena, haverá o tratamento preconceituoso, o que vai
estabilizar a sua exclusão do convívio social.
Como se isso não bastasse, aqueles que se relacionam diretamente com o indivíduo
condenado à pena privativa de liberdade, sofrem de forma contumaz com os reflexos da pena
aplicada. É inegável que de modo significativo existe a extensão aos familiares que, em
diversos aspectos, sofrem as consequências da sanção aplicada ao membro da família que fora
condenado onde se nota uma transferência punitiva, ou seja, a extensão dos efeitos da punição
àqueles alheios aos elementos causadores da punição e que de qualquer forma, ajudaram na
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A Lei de Execução Penal em seu artigo 1º, prevê que, além do objetivo da execução
penal ser, efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal, a mesma tem como função
proporcionar condições harmônicas ao condenado para a integração social do mesmo.
O poder pode ser definido como a capacidade de fazer com que as pessoas ajam como
desejamos, quando tenham agido de outro modo, mas para os resultados do que desejamos.
[...]O poder de uma pessoa está na proporção da sua capacidade de fazer com que outros
ajam de acordo com os seus desejos, ou de impedi-los de agir de outro modo. Define-se de
modo semelhante o poder de um grupo, por referência aos seus desejos coletivos ou
dominantes (RUSSELL, 1979, p.119).
Fonte: https://www.istockphoto.com/br/foto/as-m%C3%A3os-de-um-prisioneiro-em-grade-de-pris%C3%A3o-gm108269216-10354953
Segundo Goffman – 1996, o sujeito apenado passa por essa adaptação seguida da sua
despersonalização que nas palavras do autor, o apenado sofre sua “mortificação”.
“o Direito Civil moderno apresenta como regra geral, uma definição restrita,
considerando membros da família as pessoas unidas por relação conjugal ou de parentesco”.
“existe uma nova concepção de família, formada por laços afetivos de carinho e
de amor. ”
Figuram em síntese, como detentores dos direitos extensivos aos presos não só os
pais, ascendentes e descendentes advindos de consanguinidade ou relação matrimonial, mas
também àqueles provenientes de uniões estáveis ou novas conformações afetivas.
Se por um lado, certa parcela dos infratores apenados destina o fruto de seus
rendimentos e esses advindos do crime, ao subsídio de suas famílias, justificaria, portanto, a
necessidade de recursos subsidiados pelo Estado para a manutenção dessas famílias, tendo em
vista a subtração monetária ocorrida no ambiente familiar e as dificuldades decorrentes desse
fato. Dessa forma, não seria errado a presunção da aplicação das bases estruturais do direito
no Brasil, em auxilio a essas famílias e com isso, consagrando a supremacia dos direitos
constitucionais, os quais defendem a arguição de direitos concernentes ao preso sob o enfoque
extensivo às famílias de modo a priorizar os direitos fundamentais do cidadão.
Destarte, o Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Constituição;
II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de
“Destarte, o sistema prisional tem o dever de garantir ao infrator condições que assegurem a
dignidade da pessoa humana, sendo este, um princípio constitucional que preside os demais
direitos e garantias fundamentais objetivando que o sistema prisional ofereça todas as
condições necessárias para inseri-lo na sociedade novamente.”
Como se não bastasse, em meio a toda essa problemática, estudos apontam que 70%
dos presos que são reintegrados à sociedade, voltam a cometer crimes.
De acordo com uma análise estatística realizada pela Instituto Igarapé recentemente,
fatores que mais aumentam as taxas de reincidência são:
Para (Madeira, 2008), os programas existentes para os egressos são de difícil acesso,
posto que distantes das comunidades de residência desses sujeitos.
Para (Paixão, 1983), os novos delitos dos egressos tendem a ser prontamente
identificados pela polícia, dado o excesso de ações de policiamento ostensivo nas áreas pobres
das periferias das grandes cidades, que têm como foco especial os “ex-presidiários” (Monteiro
& Cardoso, 2013). Esse procedimento acaba por contribuir para que haja uma maior chance
de segunda detenção, o que terá efeitos pontuais e severos na nova experiência de privação
de liberdade.
No estudo apontado pelo Instituto Igarapé, ainda aponta conforme quadro abaixo os
fatores elencados que contribuem e são condicionantes da reincidência,
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AUXILIO RECLUSAO
Umas das questões mais polêmicas acerca do tema é aquela relativa ao auxílio-
reclusão recebido por parte dos dependentes do preso. Severas críticas demonstram,
efetivamente, a ignorância por parte de seus críticos sobre conhecimento por menor que seja,
das particularidades e requisitos que delineiam a política pública empreendida.
A premissa básica para que o apenado seja assegurado com veemência o auxílio-
reclusão é o princípio da personalidade da pena. Denota se então que o recurso monetário em
menção comprova a não responsabilização dos familiares (ou pessoas afetivamente
vinculadas) pelas atitudes de outrem.
A própria Carta Magna assume essa tutela ao afirmar que entidade famíliar, como
sendo passiva de especial proteção do Estado.
A FAMÍLIA DO CONDENADO
O indivíduo apenado acaba perdendo alguns direitos que fazem parte da vida de
qualquer ser humano como a liberdade, a pessoa fica isolada do convívio familiar, da
sociedade e perde os direitos como o de ir e vir, o direito à sua autoimagem, e direitos
estampados no Código Civil Brasileiro. O condenado uma vez preso, ao entrar na prisão,
recebe número de registro além de deixar seus pertences e roupas, vestindo um uniforme
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sendo obrigado a adotar postura submissa, como regra devem andar com as mãos para trás, e
não encararem as autoridades.
No âmbito da cadeia, ficam sem seus direitos familiares e civis como o direito ao
voto, o direito de se responsabilizar pelos próprios filhos, sem direito à privacidade visto que
na grande parte dos presídios brasileiros sequer existe privacidade para uso ao banheiro por
exemplo.
O detento é exposto constantemente aos olhares dos outros presos, quer seja no pátio,
no banho de sol, no dormitório coletivo e no banheiro. É obrigado a conviver de maneira
intima com pessoas que não se escolhe e que por muitas vezes não são bem toleradas pelos
seus comportamentos e outras que não tem mais nada a perder, de forma que esses indivíduos
passam a temer pela própria vida. As visitas são públicas, e seu sigilo a correspondência
violados ou censurados. Até os gestos dos encarcerados são constantemente vigiados de forma
a perder qualquer possibilidade de dignidade sendo esses mantidos pelo estado, porém com
dividas internas para se manter, dormir, usar banheiro e até para se manter vivo, o que recai
sobre suas famílias.
O cárcere, portanto, nesse conjunto de barbáries físicas e morais e porque não dizer
psicológicas, que gravam o indivíduo, possui papel relevante enquanto ambiente que qualifica
o criminoso como inadequado ao convívio social, fazendo com que esse indivíduo assuma,
perante à sociedade, uma imagem de descrédito que por sua vez é estendido aos seus
familiares.
A questão é muito mais grave. O preso, ao sair da prisão, crê já não ser um preso,
mas nós, não. Para nós ele é sempre um preso, um encarcerado; pelo mais, diz ex-encarcerado
sendo nesta expressão registrada a crueldade e está o engano. A crueldade está em pensar que,
tal como foi, deve continuar sendo. A sociedade crava em cada um o seu passado.
(CARNELUTTI, 2009, p. 113).
A prisão é uma forma fantástica de punir os infratores das normas penais, no entanto,
o que carece esse sistema é a falta de políticas públicas, regulamentação do Estado, para
resultados efetivos e uma sociedade menos violenta.
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Nesse ponto vale que a família é o ambiente primário no qual o indivíduo irá iniciar
seu processo de desenvolvimento e socialização, e nas palavras de SCHENKER, é onde, pela
primeira vez, terá relações interindividuais e pessoais. Exerce, por isso, grande influência na
formação psicológica e social de seus membros, justamente pelo fato de constituir o meio
primitivo de transferência de valores e condutas (SCHENKER; MINAYO, 2003).
Nesse sentido, podem não possuir a presença de um elemento com função parental, o
pai ou a mãe, apresentar uma situação socioeconômica crítica, conviviam com portadores de
vícios, ou até mesmo, podem combinar todos esses fatores, por exemplo (GARCIA, 2003,
p.108).
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A realidade dos presídios hoje é a falta de manutenção das cadeias públicas que
deveria ser feito pelo estado, mas não é o que acontece de fato, ocasionando rebeliões e fugas,
proliferação de doenças e nesse cenário, as celas não são devidamente higienizadas, há
consumo de drogas e até comercialização.
Uma das consequências mais grave desta falência prisional é a superlotação pois, o
número elevado de presos acarreta vários problemas. Um presídio que tem capacidade para
350 presos, e está com 1.000, quase três vezes mais que sua capacidade, não terá condições
nenhuma de fornecer uma local de sobrevivência a nenhum deles. Com a cadeia superlotada
vai faltar espaço para abrigar todos, acaba que eles têm que se adequar ao que eles têm, sendo
assim dormindo em locais de muita precariedade; no chão de sua própria cela, no banheiro,
dormindo juntos com os ratos, baratas e convivendo lado a lado com vários tipos de doenças.
É como se fosse um idioma estrangeiro, outra língua que deve ser aprendida.
Praticamente, isto significa um dos aspectos da recodificação da existência do indivíduo
preso. (RESENDE, 2013, p. 367).
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A ideia dos direitos do preso tem origem recente e decorre da consequência racional
de se considerar que a privação de liberdade como uma medida extremada, não teria o condão
de retirar do apenado suas garantias básicas de subsistência. Tais limites deveriam serem
estabelecidos, de forma definitiva, os quais são reforçados pela comprovação através de uma
análise mesmo raza de que é um mal, para o qual ainda não se encontrou substituto. Por outro
lado, não parece existir esforços sérios para reduzi-lo, pelo menos em nosso país e ao
contrário disso, há um clamor popular de quem nunca passou ou teve alguém próximo
cumprindo pena, no sentido de afunilar ainda mais a penúria de quem se encontra na situação
de detento.
Assim, Lei de Execução Penal não passa de uma "carta de intenção", onde a falha
estrutural, aliada ao total descaso dos governantes corrobora de forma marcante na conversão
dos centros penitenciários brasileiros em verdadeiras "universidades do crime".
Wacquant afirma:
Apesar disso e ainda corroborando com os efeitos da clausura e esses agravados pelo
próprio sistema que ao ser incapaz de tornar a vida dos apenados menos ociosa, acaba por
fomentar pensamentos ruins e esses aliados aos que acima fora chamado de “faculdade do
crime”, quando o delinquente readquire a liberdade, se depara-se com os obstáculos impostos
pela sociedade preconceituosa que o excluí e não consegue enxergá-lo como um indivíduo
normal, aplicando-lhe outras sanções pesadas, além das já impostas pelo Estado, e este por
sua vez ao não conseguir se recolocar no mercado de trabalho, se vê na encruzilhada do
cometimento de novos crimes para tentar com isso sobreviver.
“marca ou cicatriz deixada por ferida; qualquer marca ou sinal; mancha infamante e imoral na
reputação de alguém; sinal infamante outrora aplicado, com ferro em brasa nos ombros ou
braços de criminosos, escravos etc.; aquilo que é considerado indigno, desonroso; falta de
lustre, brilho ou polimento; moral; desonra, descrédito, infâmia, demérito, descrédito,
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deslustro, enxovalho, infâmia, labéu, mácula, nódoa, perdição, perdimento, raiva, vergonha”.
(SCHILLING; MIYASHIRO, 2008, p. 248). Atribui-se tal denominação à Erving Goffman.
É a pena servindo ao seu papel primordial, sua função primeira, de punir. Rudnicki et
al. (2017, p. 611) em suas afirmações traz “[...] logo o direito penal é utilizado como forma de
controle social e, nesse sentido, o estigma, que resulta do aprisionamento, mostra-se a
ferramenta mais marcante de exclusão social”.
Entretanto, por mais que exista normas e até mesmo princípios constitucionais que
zelam o bem-estar do preso, muitas vezes a família do preso não tem tanto respaldo, sendo
abandonadas e com isso as consequências da sanção penal não recaem.
Com isso, as consequências da sanção penal não recaem apenas ao apenado, porém a
partir de sua condenação, além dos danos psicológicos, sociais e financeiro, vem também o
descaso do acesso à justiça e demonstrando que ainda sim a pena transcende à sua família.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao fim deste trabalho, resta uma clareza uníssona quanto aos reflexos ruins causados
pela prisão de um ente, no seio da unidade familiar. Os desdobramentos sentidos pelas
famílias em várias esferas de suas relações com o mundo expostas nesse trabalho de pesquisa,
traz uma reflexão importante, mas sobretudo a certeza de que esses reflexos gravam nas
“almas” dos familiares, cicatrizes capazes de serem lembradas por toda as suas vidas.
As várias vertentes apontadas aqui, mostra uma realidade paralela a que se submetem
quem por algum motivo passou pelos portões de um presidio para cumprir qualquer pena que
fosse, e retrata o que realmente espera um egresso quando recolocado ao convívio em
sociedade.
Presume se que a partir daí muitas perguntas possam ser respondidas mas que outras
só poderão ser razoavelmente respondidas quando a área se ocupar com atenção de produzir
conhecimento científico com maior validade e confiabilidade a respeito do assunto. O Estado
deverá assumir seu papel regulador e criar mecanismos para que os centros prisionais possam
realmente reabilitar seus reeducandos de forma plena e não que sejam a exemplo de hoje,
meras “escolas do crime”.
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O poder público diante de suas obrigações cogentes, deve criar mecanismos que
sejam instruídos a cuidar para que “as mentes vazias” não sejam como o dito popular,
“oficinas do diabo”.
O amparo psicológico é fundamental diante dessa tarefa, pois nenhum ser humano
vive sem motivação ou sem qualquer perspectiva de um futuro melhor. E que amparos e
benefícios sejam estendidos para os familiares mais próximos para que de certa forma possa
amenizar nas famílias, o peso que hoje recai sobre seus ombros, assim como no acolhimento
do pai, filho, filha ou outro ente egresso.
Presídio sem ocupação se torna uma escola “às avessas”: uma formadora de
criminosos cada vez mais perigosos. Nesse cenário, é obrigação do Estado, promover aos
indivíduos presos melhores oportunidades e ao longo de suas vidas, terem a chance de estudar
para garantir um futuro melhor.
O tempo que despenderá atrás das grades pode e deve ser utilizado para garantir aos
reeducandos, as oportunidades que nunca tiveram por meio de estudo, qualificação, trabalho a
todos garantindo assim a certeza de remissão de parte de suas penas bem como ao mesmo
tempo em que os promova lateralmente.
intranscendência penal com o intuito de impedir que uma pessoa que não tenha cometido um
crime, cumpra pena pela a autora do delito.
Referências Bibliográficas
MOURÃO, Kiko. Auxílio-reclusão: A verdade que as correntes da internet não dizem. 2012.
Disponível em: <http://www.revistadinamica.net/auxilio-reclusao-a-verdade-que-as correntes-
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OLIVEIRA, Guiomar Veras de. Efeitos Sanção penal e família: diálogos e possibilidades.
2010. 40f. Monografia. XIII Concurso Nacional de Monografias do CNPCP.
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RUSSELL, 1979, p.119 VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil: Direito de família. v.6, 5.
ed. São Paulo: Atlas, 2008.
UNICEF. O que são direitos humanos? Os direitos humanos pertencem a todos e todas e a
cada um de nós igualmente. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/o-que-sao-direitos-
humanos. Acesso em: 06 de abr. de 2021.
www.jusbrasil.com.br
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