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Escola Politécnica
Departamento de Engenharia Mecânica
Curso de Especialização em
Engenharia de Segurança do Trabalho
C EES T
2013
ADEMILSON ALVES DOS SANTOS
Salvador, 2014
ADEMILSON ALVES DOS SANTOS
Salvador, 2014
FICHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO
O trabalho ora apresentado surgiu como uma oportunidade para ambos, justamente por se tratar
de um tema, relativamente, recente, onde uma parcela significativa de empresas ainda busca o
conhecimento e as ferramentas necessárias para implantação do PIE. Neste cenário desafiador,
o autor conseguiu conciliar, de forma sucinta e específica, a legislação pertinente e exemplos
encontrados na literatura, consolidando, assim, uma proposta de modelo que pode ser aplicada
pelo mercado. O empenho e o cuidado na busca pela informação são mais valorizados quando
percebe-se que o autor dedicou-se a este trabalho paralelamente com seus compromissos
profissionais e educacionais.
Conceito (nota):
Local e data:
Salvador, ___/___/____
________________________
Assinatura
A morte do homem começa no momento em que ele deixa de aprender.
(Albino Teixeira)
(Autor desconhecido)
Este trabalho é dedicado a minha família.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela coragem, saúde e determinação dada ao longo da minha vida.
Aos meus pais por terem me ensinado a ter respeito e caráter; e por não terem medido esforços
para dar-me educação e liberdade.
À minha companheira Rita e aos meus filhos Daniel e Clara, pela paciência e por entender a
minha ausência em muitos momentos.
O Prontuário de Instalação Elétricas deve fazer parte da documentação das instalações elétricas
das empresas e deve permanecer à disposição de todas as pessoas que trabalham com
eletricidade. O empregador ou pessoa formalmente designada ficará responsável pela guarda e
atualização deste documento. O legislador pretende com isso criar uma memória dinâmica das
instalações e dos treinamentos realizados pelos trabalhadores. Este é um modelo para sua
elaboração.
CA – Corrente Alternada
CC – Corrente Contínua
Hz – Hertz
KV – Quilovolt
KW – Quilowatt
NR – Norma Regulamentadora
PT – Permissão de Trabalho
TV - Televisão
V – Volts
SUMÁRIO
RESUMO .................................................................................................................................. 6
ABSTRACT .............................................................................................................................. 7
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 14
2 COMENTÁRIOS ............................................................................................................ 15
2.3 ABNT NBR 14039/2005– Instalações elétricas de média tensão 1,0 kV a 36,2 kV ............ 22
2.4 ABNT NBR 5419/2005 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas ................ 25
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 77
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 78
ANEXOS ................................................................................................................................. 81
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1 INTRODUÇÃO
Atendendo a uma exigência legal, é necessário que as empresas com carga instalada
acima de 75 kW constituam um documento chamado de prontuário das instalações elétricas, o
PIE.
Pretende-se, com isso, ter um controle, dentre outros tópicos, sobre as qualificações,
cursos e treinamentos realizados pelos funcionários.
2 COMENTÁRIOS
Esta norma exige, também, a obediência a outras normas técnicas vigentes, tornando-as,
assim, parte integrante da legislação. Isto está explicitado no item 10.1.2 da NR 10, onde está
disposto o seguinte: “(...) observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos
competentes e, na ausência ou emissão destas, as normas internacionais cabíveis”.
Com referência a esta exigência, no território nacional as normas técnicas são regidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT, e são denominadas de Normas Brasileiras,
NBR. As normas brasileiras de instalações elétricas são:
As medidas de controle de uso geral devem eliminar os riscos elétricos e ambientais, além
de promover a integração da NR 10 com as normas da empresa. Isto visa promover a segurança
no ambiente do trabalho, garantindo a saúde do trabalhador e um meio ambiente ocupacional
saudável. As medidas de controle de uso geral preconizam, ainda, a necessidade de manter
atualizados os esquemas unifilares das instalações elétricas e a especificação do sistema de
aterramento, dos equipamentos e dos dispositivos de proteção. Tais requisitos visam conhecer o
cenário de exposição, os agentes perigosos e os riscos associados, de modo a salvaguardar a
integridade dos profissionais.
Há, basicamente, três medidas de controle que devem ser adotadas para controlar o risco
elétrico: medida de proteção coletiva, medida de proteção individual e procedimentos de
trabalho. Porém, o risco elétrico não deve ser analisado isoladamente e sim hierarquicamente,
pois, em muitos casos, uma única medida de controle não é suficiente. Em tal situação, deve-se
adotar um conjunto de medidas, visando minimizar o risco, adequadamente.
Os trabalhadores devem ter discernimento sobre as suas ações para que não ocorra
negligência, imperícia ou imprudência. Compete a eles auxiliar na implementação das medidas
de controle, de segurança, de saúde e de prevenção.
As instalações elétricas de baixa tensão são regulamentadas pela norma da ABNT NBR
5410/2005. Ela estabelece os requisitos para garantir a segurança das pessoas e dos animais, bem
como o funcionamento da instalação e a conservação dos bens. É considerada instalação de baixa
tensão os circuitos elétricos cuja tensão nominal tenha o limite de 1000 V em corrente alternada
(CA) e frequência de 400 Hz ou 1500 V em corrente continua (CC).
A exemplo das normas regulamentadoras e das outras normas da ABNT, esta NBR
5410/2005 não dispensa o atendimento de outras normas correlatas. Este tema é tratado em seu
item 2, que é denominado referências normativas. Alguns exemplos de normas citadas na NBR
5410/2005 são:
Trata-se, pois, de uma norma complexa que descreve, rigorosamente, como os serviços
em baixa tensão devem ser executados.
Proteção supletiva.
Não obstante, no texto da ABNT NBR 5410/2005 observa-se, ainda, uma preocupação
constante do legislador com o sistema de proteção contra sobrecorrente e seccionamento dos
circuitos elétricos. É destaque, também, o dispositivo contra surtos (DPS).
Por fim, dentre outros tópicos, esta norma exige a qualificação dos profissionais na
execução da tarefa para serviços de manutenção. O texto destaca: “a periodicidade da
manutenção deve ser adequada a cada tipo de instalação. Por exemplo, essa periodicidade deve
ser tanto menor quanto maior a complexidade da instalação…”. (8.1 – Periodicidade).
A NBR 14039/2005 é umas das mais importantes do setor industrial e atende aos projetos
e execuções de instalações elétricas com tensão nominal de 1,0 a 36,2 kV. Deste modo, pretende-
se, garantir segurança e continuidade dos trabalhos em eletricidade dentro desta faixa de tensão.
Ela atende o concessionário a partir da entrada das suas instalações e também as fontes próprias
de energia de média tensão.
Mais uma vez, trata-se de uma norma que trabalha alicerçada em outras e gera, com isso,
prescrições. Cita-se, então, algumas normas que devem ser seguidas e utilizadas quando
necessárias:
contra efeitos de sobrecarga, proteções contra sobretensões, proteções contra correntes de curto
circuito e os procedimentos de parada de emergência e seccionamento.
Por fim, no item 7, verificação final, nos informa as prescrições gerais. Em seu item 7.1.1,
expõe: “Toda instalação, extensão ou alteração de instalação existente deve ser visualmente
inspecionada e ensaiada, durante e/ou quando concluída a instalação, antes de ser colocada em
serviço pelo usuário, de forma a se verificar, tanto quanto possível, a conformidade com as
prescrições desta norma”.
O texto da norma define descarga atmosférica como sendo uma descarga elétrica de
origem atmosférica entre nuvem e a terra ou entre nuvens, consistindo em um ou mais impulsos
de vários quiloampères. Um SPDA bem planejado e instalado não garante que não haverá danos
em caso de descargas, mas, preconiza que estes danos serão reduzidos de forma significativa.
A norma apresenta que, ao instalar o sistema, é importante que sejam observados detalhes
que somente são acessíveis durante o projeto. Por isso esta fase é tão importante. É previsto que
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os estudos devem ser feitos de tal forma que se tire o máximo proveito dos condutores da própria
estrutura.
A instalação deve seguir rigorosamente esta norma. Seu item 4.7, diz:
É importante observar que o número de conexões seja reduzido ao mínimo e que sejam
utilizados os materiais citados na norma, evitando ou reduzindo os problemas oriundos de
corrosão e rompimentos devidos aos esforços mecânicos.
Um projeto para obedecer aos critérios de segurança e proteção que a norma prever deve
possuir no mínimo:
rápida será a atuação das proteções. Por isso, há necessidade de criar uma malha de terra ou
instalar hastes de cobre para servir para este fim.
Nas normas brasileiras, em especial a ABNT NBR 5410/2005, que é uma das que trata do
tema não há um valor de resistência definido. De acordo com a norma brasileira de proteção
contra descargas atmosféricas ABNT NBR 5419/93 este valor deve ser no máximo de 10 ohms.
É importante destacar que dentro de uma instalação elétrica o sistema de aterramento deve
ser único. As normas técnicas não permitem aterramentos isolados ou independentes para evitar
tensões indesejáveis. Portanto, um único aterramento é que garante a proteção adequada.
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Este prontuário deve fazer parte da documentação das instalações elétricas das empresas e
deve permanecer à disposição de todas as pessoas que trabalham com eletricidade. O empregador
ou pessoa formalmente designada ficará responsável pela guarda e atualização deste documento.
O legislador pretende com isso criar uma memória dinâmica das instalações e dos treinamentos
realizados pelos trabalhadores.
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Esta definição obriga que a descrição seja detalhada e que deve conter todos os itens para
que o serviço seja executado com qualidade e segurança. Além disso, as responsabilidades dos
profissionais envolvidos em cada etapa devem ser discriminadas e identificadas durante todo o
processo. Os trabalhadores envolvidos devem conhecer e realizar todas as etapas do serviço a ser
executado.
Este item determina os métodos que devem ser implementados, divulgados e seguidos.
Esses passos são fundamentais, dentro do processo do trabalho, para garantir que os objetivos
sejam alcançados e que não ocorram imprevistos.
De acordo, com o item 10.11.2, da NR 10, “os serviços em instalações elétricas devem ser
precedidos de ordens de serviço específicas aprovada por trabalhador autorizado, contendo, no
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mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados”.
E o item 10.11.3 da mesma norma diz: “os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo,
objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais,
medidas de controle e orientações finais”.
Atentando para os itens exigidos pela norma, os autores João de Souza e Joaquim Pereira,
no Manual de Auxilio na Interpretação e Aplicação da Nova NR 10 (2008, pag.77) assim definiu:
Modelo de Procedimento
NR-10 – Procedimento – Trabalho em Baixa Tensão
Empresa:
Endereço:
Telefone: CNPJ:
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Inscrição Estadual:
Inscrição Municipal:
CNAE: Atividade:
Índice
1. Objetivo
2. Campo de aplicação
3. Responsabilidades
4. Procedimentos gerais
4.1 Base técnica
4.2 Definições
4.3 Disposições gerais / Medidas de controle
4.4 Equipamentos de proteção individual - EPI
4.5 Equipamentos de proteção coletiva – EPC
4.6 Ferramentas
4.7 Competências
5. Orientações finais
6. Anexo
1. Objetivo
Este procedimento tem como objetivo orientar o supervisor do setor de manutenção quanto aos
colaboradores autorizados, visando à segurança nos serviços de manutenção, operação e manobra
das instalações elétricas em baixa tensão.
Emprego, indica em seu glossário a tensão de 1000 V, em corrente alternada, como sendo alta
tensão.
2. Campo de aplicação
3. Responsabilidades
4. Procedimentos gerais
4.2 Definições
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Todo serviço de manutenção em instalações de baixa tensão deverá ser precedido dos
seguintes itens:
desenergizada.
4.3.5. Verificar sempre as condições as condições de uso do EPC, EPI e ferramental a
ser utilizado para a atividade programada, checando a validade dos selos dos testes de
isolação, e quando houver avarias e anormalidades devem ser substituídos
imediatamente.
4.3.6. Os operadores são responsáveis pela instalação apropriada de equipamento,
incluindo desobstrução, sinalização adequada e o isolamento da área, do equipamento
e/ou ambiente. Devem garantir a segurança das pessoas indiretamente expostas e dos
colegas de trabalho que realizarão a tarefa.
4.3.7. Durante toda a execução do serviço, os colaboradores deverão ser orientados a
evitar brincadeiras ou distrações, visando manter adequada concentração nas
atividades.
4.3.8. Todo operador deverá está identificado e não deverá usar crachás com ou sem
cordão com partes metálicas, nem correntes ou adornos de qualquer espécie, que
acidentalmente possam ocasionar algum tipo de ocorrência.
Medidas de Controle
4.6 Competências
4.7.1 Geral
a) Todas as fontes energizadas na área de trabalho devem ser desenergizadas e
etiquetadas pelo colaborador autorizado, utilizando-se de bloqueios quando
permissível.
b) Os trabalhadores deverão tomar cuidados com motores ou geradores, devido à
possibilidade de altas temperaturas nos equipamentos e que possam causar
queimaduras.
4.7.2. Supervisor
5. Orientações finais
6. Anexo
Modelo de permissão de trabalho
Outro ponto que deve ser atendido para a elaboração do PIE refere-se ao SPDA e
aterramentos elétricos. De acordo com a ABNT NBR 5419/2005, item 6.1, as inspeções devem
ser realizadas e visam assegurar que:
A resistência pode também ser calculada a partir da estratificação do solo e com uso de
um programa adequado. Neste caso, fica dispensada a medição de aterramento.
Uma inspeção visual do SPDA deve ser realizada anualmente (NBR 5419/2005, 6.3.1);
Inspeções completas conforme 6.1 devem ser efetuadas periodicamente, em intervalos de:
Todas estas informações e documentos que atestem sua realização devem constar nos
arquivos do PIE.
Proprietário / administrador:_______________________________________________________
Identificação da edificação
Nome
Razão social
Endereço
CNPJ
Inscrição imobiliária / IF
Registro de imóveis
Identificação do responsável
Nome
RG / CPF
Data da vigência do mandato
No caso de administradora
VVerificação da documentação obrigatória por lei e norma:
Existe anel de captação no perímetro da caixa d´água? Sim (__) Não (__)
Existe anel de captação no perímetro da cobertura? Sim (__) Não (__)
Dividir a área captação em módulos de aproximadamente 20mX10m (para nível III – condomínios
residenciais), cada módulo deste deve ser protegido por um anel de condutor em torno dele, ou um
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O topo do edifício está coberto por cabos formando malha com Sim (__) Não (__)
módulos 20mX10m?
Há um mastro Franklin para cada módulo de 20m x 10m? Sim (__) Não (__)
Cada mastro Franklin possui entre 3m e 6m de altura? Sim (__) Não (__)
DESCIDAS:
Para nível III de proteção (condomínios residenciais), devemos ter no mínimo uma descida para
cada 20m de perímetro.
Ex.: Se uma edificação tem 100m de perímetro, deverá ter 5 descidas distribuídas o mais
uniformemente possível, na impossibilidade de distribuí-las desta forma, não podem ficar próximas
umas das outras menos de 2m;
Todas as tubulações metálicas e estruturas metálicas, inclusive de gás, que distem menos de 2m do
condutor de descida, devem ser interligados a ele;
As tubulações metálicas despostas com distância menor que 2m dos Sim (__) Não (__)
cabos de descida estão conectadas aos cabos?
Aterramento:
Devem ter no mínimo um eletrodo para cada descida construída. Estes eletrodos devem estar
interligados entre si para seu equilíbrio de potencial elétrico. Na impossibilidade de serem
interligados no solo, podem ser interligados a até 4m do nível do solo. Utiliza-se cabo de cobre de
50mm para essa interligação;
Descidas:
Se o edifício tiver mais de 20m de altura, deverá ter anel(is) de equalização das descidas, ou seja, a
interligação destas descidas como no subsistema de aterramento, envolvendo toda a edificação.
Caso o prédio tenha 40m de altura, deverá ter 2 anéis, e assim por diante, a cada 20 m de altura.
Todos os tipos de sistema, Franklin ou Faraday, devem ter equalização das descidas;
Estruturas metálicas: Toda e qualquer superfície ou estrutura metálica do nível dos captores deve
ser interligada ao ponto mais próximo no SPDA, bem como estruturas com essas características
próximas a menos de 2m de componentes do SPDA;
Botijões de gás devem ser equalizados ao SPDA/ ex.: geralmente estes botijões se encontram em
“casinhas de gás”; eles devem ser interligados entre si ao SPDA por meio de cabo de cobre nu ao
ponto mais próximo do subsistema de aterramento. Geralmente recomenda-se que seja disposta
uma malha de cabo nu exposta, onde os botijões são acomodados sobre ela;
A central de gás está coberta pelo SPDA? Sim (__) Não (__)
Os botijões de gás estão interligados entre si? Sim (__) Não (__)
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Caso o SPDA seja estrutural, ou o vistoriador tenha essa suspeita, deve ser imediatamente
solicitado um laudo de medição da continuidade das armaduras da edificação feita com um micro-
ohmímetro.
Esse laudo deverá conter todas as medições de cada pilar estrutural usado como descida, bem como
a medição cruzada entre eles. A medição de cada pilar obrigatoriamente deve apresentar resistência
igual o menor a 1 ohm;
Se na edificação for identificado somente o subsistema captor, e nenhuma descida nem caixa de
aterramento, possivelmente o SPDA é estrutural.
O SPDA estrutural não exclui a obrigatoriedade de projeto;
Existe DPS no quadro geral da energia do edifício? Sim (__) Não (__)
Captor radioativo e ionizante
O captor existente é do tipo radioativo? Sim (__) Não (__)
O captor existente é do tipo ionizante? Sim (__) Não (__)
Nos casos em que for constatado captor proibido, o proprietário da edificação será notificado para
retirá-lo e apresentar à CODESI os três documentos de encaminhamento do material ao CNEN
Quadro 02: Modelo de inspeção para SPDA.
A proteção coletiva deve sempre ter prioridade em relação a proteção coletiva, conforme
orientação da legislação de saúde e segurança no trabalho.
O EPI deve ser utilizado quando não se pode utilizar medidas de ordem geral, para
proteger de riscos de acidentes e de doenças profissionais. Os EPIs não evitam acidentes, como a
maioria das proteções coletivas. Um transformador enclausurado é um exemplo de proteção
coletiva e um trabalhador com roupa anti chama é uma proteção individual.
O empregador, de acordo com a NR 06, item 6.3, “tem obrigação legal de fornecer
gratuitamente os EPIs sempre que medidas de ordem geral não ofereçam a segurança que o
serviço requer, em casos de emergências e enquanto as medidas de ordem coletivas estiverem
sendo implantadas”.
Em relação aos trabalhos com eletricidade a Portaria SIT 145, de 28/01/2010, informa:
Esta é uma exigência da norma para garantir as características isolantes dos materiais
utilizados na confecção dos equipamentos e ferramentas. Alguns testes podem ser realizados na
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própria empresa, como é o caso de infladores para verificar se há furo nas luvas isolantes. Outros
são destrutivos, como é o caso dos capacetes. De qualquer forma, qualquer alteração visível, por
exemplo, desgaste, trincas, furos, entre outros, deve ser um motivo para retirar o equipamento de
uso.
Título NBR
Calçado de segurança
Capacete de segurança
Trabalhos em altura
Luvas de segurança
Dedeira. 13599/1996
Proteção respiratória
Quadro 03: Modelo de especificação de EPI e EPC. (LOBOSCO, 2013, pag. 56)
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Habilitado é profissional com registro no conselho de classe. Neste caso, o trabalhador deve
comprovar registro no CREA.
Capacitado é o trabalhador que não frequentou cursos regulares, mas comprova a sua
capacidade mediante conhecimentos e habilidades adquiridas atendendo o que exige a NR 10,
nos itens 10.8.3-a “receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional
habilitado e autorizado” e 10.8.3-b “trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e
autorizado”.
O instrutor deverá ser designado pela empesa para essa tarefa e ele é quem determinará as
limitações do trabalhador capacitado. Deverá, ainda, ter em seu registro funcional as atividades
de instrução e ensino. O item é claro, também, ao afirmar que o trabalhador capacitado somente
executará suas tarefas sob a supervisão de um profissional habilitado, entretanto, não restringe
que seja aquele profissional que o capacitou.
Este profissional embora não tenha frequentado cursos regulares, tornaram-se aptos
mediante a aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de habilidades e experiências práticas,
sob a orientação e reponsabilidade de um profissional habilitado e autorizado.
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Por fim, para que uma pessoa possa, efetivamente, realizar trabalhos no sistema elétrico
de uma empresa é necessário que haja uma autorização. O profissional autorizado é aquele
qualificado e habilitado ou capacitado com anuência formal da empresa. A autorização é este
documento formal em que a empresa autoriza o funcionário a intervir nas suas instalações
elétricas.
Além dos cursos regulares é necessário que o profissional faça os específicos, e estes
estão especificados no anexo III da NR 10. Este treinamento é dividido em:
Curso Básico – Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade;
Curso complementar – Segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas
proximidades.
Os EPIs e EPCs se desgastam com o tempo e ter um controle sobre essas proteções é
essencial para a proteção do trabalhador. Os resultados dos testes devem ser anexados aos
arquivos do PIE.
Ensaio de tensão de perfuração: critérios para aceitação – a luva deverá suportar a tensão
nominal alternada, de acordo com sua classe sem rompimento.
Quadro 04: Teste de rigidez dielétrica luva de borracha.
http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos, pesquisado em 11/06/2014.
Ensaio realizado: Tensão aplicada e corrente de fuga, critérios para aceitação – o calçado
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Ensaio realizado: Rigidez dielétrica, critérios para aceitação – o material deverá suportar uma
tensão alternada de 20 kV sem ocorrer perfuração, sua corrente de fuga não deverá ultrapassar
16 mA.
Quadro 06: Teste de rigidez dielétrica capacete.
http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos, pesquisado em 11/06/2014.
Ensaio realizado: Tensão aplicada, critérios para aceitação – o material deverá suportar a
tensão nominal de 50 kV alternada durante um minuto com uma corrente de fuga, de acordo
com o diâmetro do mesmo.
Quadro 07: Teste de rigidez dielétrica bastões e varas de manobra.
http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos, pesquisado em 11/06/2014.
Ensaio realizado: Tensão aplicada, critérios para aceitação - o tapete deverá suportar a tensão
nominal alternada de acordo com sua classe de isolação durante um minuto.
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Ensaio realizado: Tensão aplicada, critérios para aceitação – o material deverá suportar a
tensão nominal alternada de acordo com sua classe de isolação durante três minutos, não
podendo ocorrer a perfuração da mesma.
Quadro 09: Teste de rigidez dielétrica manga isolante de borracha.
http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos, pesquisado em 11/06/2014.
Ensaio realizado: Tensão aplicada, critérios para aceitação – a manta / lençol deverá suportar a
tensão nominal alternada de acordo com sua classe de isolação durante três minutos, não
podendo ocorrer sua ruptura
Quadro 10: Teste de rigidez dielétrica em manta e lençol isolante de borracha.
http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos, pesquisado em 11/06/2014.
O item 10.8.8.4, da NR 10, exige que “os trabalhos em áreas classificadas devem ser
precedidos de treinamento especifico de acordo com o risco envolvido”. Nestes locais há
restrições rigorosas para a realização de trabalho com eletricidade e exige treinamento
direcionado para os trabalhadores que desenvolvem atividades nestes locais.
Caso haja um fator adverso que possa expor o trabalhador ao perigo durante a
execução de serviços com eletricidade este deve ser interrompido de imediato. Incluem-
se, neste caso, a liberação de acesso a pessoas não autorizadas, as alterações da
luminosidade ou qualquer item que possa influenciar a segurança. Por isso, deve-se,
exigir e seguir os procedimentos. (Souza e Pereira 2008, pag. 54).
Fica implícito que sempre que houver um trabalho com instalações energizadas
haverá um responsável por sua realização e, também, por sua suspensão, quando da
ocorrência de condição de risco não prevista, e cuja eliminação ou neutralização
imediata não seja possível. (Souza e Pereira 2008, pag. 55).
A base para a elaboração do PIE é um conjunto de documentos que devem ser elaborados
baseado nas instalações elétricas do local e também do sistema de SPDA.
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Conforme mostra a Figura 7, para fazer o Relatório Técnico das Inspeções (RTI) é
necessário que seja elaborado um laudo das instalações elétricas e um diagnóstico da NR 10.
O laudo das instalações elétricas analisa a conformidade das instalações da empresa com a
NBR 5410/2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão; a NBR 14039/2005 – Instalações
Elétricas em Média Tensão; e/ou com a NBR 5418/1995 – Instalações em áreas classificadas.
Somente de posse destes documentos é constituído o RTI. Entretanto, para formar a base
para o Prontuário das Instalações Elétricas, a legislação exige, ainda, o laudo do SPDA. Neste
contexto, Gunji descreve o seguinte:
instalações energizadas
10.6.5 Suspensão das atividades por responsável pela
execução na iminência de risco
10.7.1 Segurança para trabalhadores de instalações de alta
tensão energizadas
10.7.2 Treinamento de trabalhadores em segurança no SEP
10.7.3 Impedimento de realizar individualmente trabalhos
em AT ou no SEP
10.7.4 Ordem de serviços para trabalhos em instalações
energizadas em AT e no SEP
10.7.5 Avaliação de SMS antes de iniciar serviços em AT
energizada e no SP
10.7.6 Procedimentos autorizados para serviços em AT
energizada e no SEP
10.7.7 Bloqueio do religamento automático antes de iniciar
serviços em AT energizada
10.7.7.1 Sinalização de equipamento desativado nos serviços
com AT energizada
10.7.8 Testes ou ensaios em equipamentos, ferramentas e
dispositivos isolantes de AT
10.7.9 Equipamento de comunicação em serviço com
instalação AT energizada e SEP
10.8.5 Sistema de identificação do trabalhador autorizado
10.8.6 Condição de trabalhador autorizado registrada nos
apontamentos da empresa
10.8.7 Exame de saúde compatível com atividades a cargo
do trabalhador autorizado
10.8.8 Treinamento especifico sobre SMS aos trabalhadores
como previsto no Anexo II
10.8.8.1 Autorização da empresa e trabalhadores com bom
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4 DOCUMENTAÇÃO ESPECIFICA
Exige-se aqui procedimentos escritos sobre o que deve ser feito e para onde deve ser
encaminhado o trabalhador em caso de acidente. Esta descrição poderá ter um modelo padrão
para servir de referência, mas os casos particulares deverão ter procedimentos próprios.
A Constituição Federal do Brasil diz que cabe aos empregadores tomar todas as
providências cabíveis para que o ambiente de trabalho não seja prejudicial ao trabalhador. Ele
deve buscar eliminar todos os meios de adoecimento e riscos de acidentes no ambiente de
trabalho.
Mas, se não for possível, com as medidas de engenharia e de medicina do trabalho, deve-
se utilizar os equipamentos de proteção coletiva e/ou os equipamentos de proteção coletiva. Estes
EPIs e EPCs devem ser certificados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, pois, caso contrário,
não são considerados como equipamentos de proteção.
72
Endereço:
Telefone: CNPJ:
Inscrição Estadual:
Inscrição Municipal:
CNAE: Atividade:
Os EPIs e EPCs devem ser testados para garantir as suas características de isolação. O teste
deve ser inicial (atestado do fabricante) e ao longo da vida útil para garantir as características
necessárias para segurança e saúde do trabalhador.
Os testes de isolação devem seguir os períodos estabelecidos pela norma técnica do componente
ou, se não for especificado na norma, pelo fabricante.
Os relatórios dos testes de isolação – laudos dos ensaios – devem estar no PIE.
Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas. (NR 10, item
10.2.4-f)
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Arquivar os certificados dos equipamentos e materiais elétricos para uso nestas áreas.
Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em
instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser
avaliados quanto a sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. (NR 10,
item 10.9.2).
Cópia dos certificados de conformidade emitidos por organismo certificado.
Realizar auditorias periódicas das condições das instalações elétricas e emitir relatório das não
conformidades encontradas de acordo com a legislação vigente.
Propor adequação e estabelecer um cronograma.
Manter atualizada as instruções, procedimentos, esquemas elétricos, treinamentos e demais
obrigações do PIE facilitará a emissão do Relatório Técnico de Inspeção (RTI).
O relatório, incluindo o cronograma de adequação, orienta os profissionais de manutenção e
segurança no processo de adequação a NR 10.
A inspeção deve ser a primeira atividade realizada na empresa no programa de adequação a NR
10. E deve ser realizada periodicamente para garantir a manutenção da adequação.
A periodicidade deve ser estabelecida pelo SESMT ou pela CIPA. Na falta destes, pelo
responsável designado pela empresa para organizar e manter o prontuário.
CONCLUSÃO
Por entender que este é um tema complexo, este trabalho não tem a pretensão de esgotá-
lo. Trata-se de uma ferramenta que visa oferecer às empresas mais uma alternativa em busca da
adequação de suas instalações elétricas à legislação vigente. Além disso, tem o objetivo de
inserir-se como mais uma colaboração no constante aperfeiçoamento das técnicas empregadas
para atendimento ao normativo.
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REFERÊNCIAS
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A38CF493C013906EC437E23BF/NR-
10%20(atualizada).pdf. Acesso em 13 de dezembro de 2013.
CPNSP. Curso básico de segurança em instalações e serviços em eletricidade: manual de
treinamento – NR-10.
LOBOSCO, Vagner. Gestão NR-10: Faça você mesmo! 2ed. São Paulo: LTR, 2013.
MORAES, Giovanni Araújo (Org). Legislação de segurança e saúde ocupacional. 9 ed. Rio de
Janeiro: Gerenciamento verde, 2013.
OLIVEIRA, Luis Eduardo de; GALLO, José Wilson Furlan. Analises e organização para a
elaboração do prontuário técnico sobre sistemas e instalações elétricas com a finalidade do
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SOUZA, João José Barrico; PEREIRA, Joaquin Gomes. Manual de Auxilio na Interpretação e
Aplicação da nova NR-10. São Paulo: LTR, 2008.
ANEXOS
Nos questionários apresentados a seguir estão algumas das principais questões referentes
as normas citadas. Elas devem e podem ser analisadas sempre que for revisar o Prontuário de
Instalações Elétricas e também em momentos de auditoria.
1. Pessoas e animais estão protegidos contra choques elétricos, seja por risco associado ao
contato acidental ou por falhas acidentais?
2. As instalações elétricas estão protegidas contra riscos de incêndio devido à presença de
materiais inflamáveis exposto a temperaturas elevadas ou arcos elétricos?
3. Pessoas, animais e bens estão protegidos contra efeitos negativos de temperatura ou
solicitações eletromecânicas excessivas?
4. Os condutores (exceto os vivos e partes destinadas a escoar correntes de falta) estão projetados
para suportar correntes de falta sem atingir temperaturas excessivas?
5. Pessoas, animais e bens estão protegidos contra consequências de ocorrências que resultem de
sobretensões, tais como faltas de partes vivas de circuitos sob diferentes tensões, fenômenos
atmosféricos e manobras?
6. É assegurado o funcionamento dos equipamentos de emergência?
7. Existem dispositivos de desligamento de emergência, identificados e rapidamente
manobráveis?
8. A alimentação da instalação, circuitos e equipamentos podem ser secionadas, para
manutenção, verificação, localização de defeitos e reparos?
9. A instalação é construída livre de influência mútua prejudicial entre instalações elétricas e não
elétricas?
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20. São aplicadas medidas de proteção parcial contra choques elétricos conforme descrito em
5.1.5?
21. Quando omitidas as proteções contra choques elétricos, às mesmas o são em locais acessíveis
apenas a pessoas advertidas (conforme BA4 - tabela 18) ou qualificadas (BA% - tabela 18) e se
as condições descritas em 5.1.6.2 a 5.1.6.7 forem simultaneamente atendidas?
22. As pessoas acima referenciadas estão adequadamente instruídas?
23. Os requisitos descritos nos sub itens 5.1.6.3 a 5.1.6.7 estão atendidas?
24. Existem proteções contra efeitos térmicos, considerando: Proteção contra incêndio e proteção
contra queimaduras?
25. Existem proteções contra sobrecorrentes, considerando: natureza dos dispositivos de
proteção, proteção de acordo com a natureza dos circuitos, proteção contra correntes de
sobrecarga, proteção contra correntes de curto circuito, coordenação entre a proteção contra
correntes de sobrecarga e correntes de curto circuito e limitação das sobrecorrentes através das
características da alimentação?
Relés de proteção de acordo com a tabela Ansi:
Função 27 - relé de subtensão;
Função 50BF - relé de proteção contra falha de disjuntor;
Função 50 - relé de sobrecorrente instantâneo;
Função 51 - relé de sobrecorrente temporizado;
Função 50N - sobrecorrente instantâneo de neutro;
Função 51N - sobrecorrente temporizado de neutro;
Função 59 - relé de sobretensão;
Função 86 - relé auxiliar de bloqueio.
Todos estes dispositivos de proteção estão identificados no diagrama unifilar geral do projeto?
26. Existem dispositivos de proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas,
incluindo proteções contra sobretensões temporárias, transitórias e prevenção de influências
eletromagnéticas nas instalações e seus componentes.
Relés de proteção de acordo com a tabela Ansi:
Função 27 - relé de subtensão;
Função 50BF - relé de proteção contra falha de disjuntor;
Função 50 - relé de sobrecorrente instantâneo;
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42. Os aspectos de Verificação final das instalações devem atender aos requisitos do item 7,
incluindo inspeção visual, ensaios e registros.
43. A periodicidade da manutenção é adequada ao tipo de instalação, e são executadas por
pessoal qualificado?
44. As manutenções preventivas são realizadas conforme item 8.3?
45. As manutenções corretivas são realizadas conforme item 8.4?
ANEXO 02 - NBR-5419/2005
1 – Quaisquer elementos condutores expostos, isto é que do ponto de vista físico possam ser
atingidos pelos raios, são considerados como parte do SPDA? (5.1.1.4.1)
2 – O nível de proteção do SPDA é determinado conforme a tabela B.6 desta Norma? (4.3)
3 – O tipo e o posicionamento do SPDA são estudados cuidadosamente no estágio de projeto da
edificação, para se tirar o máximo proveito dos elementos condutores da própria estrutura? (4.4).
4– A natureza e a resistividade do solo são consideradas no estágio inicial do projeto? (4.5)
5– O projeto, a instalação e os materiais utilizados em um SPDA atendem plenamente a esta
norma? 4.7
6 – São observados os requisitos da tabela 1 e da figura 1 para o correto posicionamento dos
captores? 5.1.1.2.1
7 – São utilizados para o projeto dos captores um dos seguintes métodos?
a) Ângulo de proteção (método Franklin)
b) esfera rolante ou fictícia (modelo eletro geométrico)
c) condutores em malha ou gaiola (método Faraday) (5.1.1.2.2)
8 – Para um SPDA isolado, a distância entre o subsistema captor e instalações metálicas do
volume a proteger é maior que 2m? (5.1.1.3.1)
9 – O empreendimento está ciente que para captores instalados em altura superior a 10m é
recomendado instalar um captor em forma de anel, disposto ao longo de todo perímetro e o
mesmo não deve estar situado a mais de 0,5 da borda do perímetro superior da edificação?
(5.1.1.3.3)
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10 – Quaisquer elementos condutores expostos, isto é que do ponto de vista físico possam ser
atingidos pelos raios, são considerados como parte do SPDA? (5.1.1.4.1)
11 – São satisfeitas as seguintes condições para os captores naturais?
a) a espessura do elemento metálico não deve ser inferior a 0,5 mm ou conforme indicado na
tabela 4, quando for necessário prevenir contra perfurações ou pontos quentes no volume e
proteger;
b) a espessura do elemento metálico não deve ser inferior a 2,5mm, quando não for importante
prevenir contra perfurações ou ignição de materiais combustíveis no volume a proteger;
c) o elemento metálico não deve ser revestido de material isolante (não se considera isolante uma
camada de pintura de proteção, ou a,5 mm de asfalto, ou 1mm de PVC);
d) a continuidade elétrica entre as diversas partes deve ser executada de modo que assegure
durabilidade;
e) os elementos não-metálicos acima ou sobre o elemento metálico podem ser excluídos do
volume a proteger (em telhas de fibrocimento, o impacto do raio ocorrer habitualmente sobre os
elementos metálicos de fixação). (5.1.1.4.2)
12– Em construções em alvenaria, ou de qualquer tipo sem armadura metálica interligada, é
implantado um SPDA com descidas externas, embutidas ou não? (5.1.2.1.2)
13 - Os condutores de descida são dispostos de modo que:
a) a corrente percorra diversos condutores em paralelo?
b) o comprimento desses condutores é o maior possível? (5.1.2.1.3)
14 - São previstas as seguintes quantidades mínimas de condutores de descida?
a) um ou mais mastros separados – um condutor de descida para cada mastro (não condutor) b)
um ou mais condutores horizontais separados – um condutor de descida na extremidade de cada
condutor horizontal; R: sim, ver projeto de SPDA.
c) rede de condutores - um condutor de descidas para cada estrutura de suporte (não condutora).
(5.1.2.2.1)
15 - A distância entre os sistemas de descida e as instalações metálicas do volume a proteger não
é inferior a 2m? (5.1.2.2.2)
16 – Os condutores de descida são distribuídos ao longo do perímetro do volume a proteger, de
modo que seus espaçamentos médios não sejam superiores aos indicados na tabela 2? Se o
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número mínimo de condutores assim determinado for inferior a dois, são instaladas duas
descidas? (5.1.2.3.1)
17 – Os condutores de descida não naturais são interligados por meio de condutores horizontais,
formando anéis sendo o primeiro o anel de aterramento (ver 5.1.3.5.2) e, na impossibilidade
deste, um anel até no máximo 4m acima do solo e outros a cada 20 m de altura? Os captores de
descargas laterais aterrados ou interligados, possuem espaçamento horizontal não superior a 6 m,
mantendo-se o espaçamento máximo vertical de 20m? (5.1.2.3.2)
18 – Os condutores não naturais estão instalados a uma distância mínima de 0,5 m de portas,
janelas e outras aberturas e fixados a cada metro de percurso? (5.1.2.3.3)
19 – A instalação dos condutores de descida leva em consideração o material da parede onde os
mesmos serão fixados?
a) Se for de material não inflamável, pode ser instalado na superfície ou embutido na mesma.
b) Se for de material inflamável e a temperatura causada pela passagem da corrente de descarga
atmosférica não resultar em risco, os condutores de descida podem ser instalados na sua
superfície.
c) se a parede for de material inflamável e a elevação de temperatura dos condutores de descida
resultar em risco para este material, a distância entre os condutores e o volume a proteger deve
ser de no mínimo 10 cm (os suportes metálicos dos condutores de descida podem estar em
contato com a parede). (5.1.2.3.4)
20 – Os condutores de descida são retilíneos e verticais, de modo a prover o trajeto mais curto e
direto para a terra? Laços (conforme a figura 3) são evitados? Onde isto não for possível, a
distância medida entre dois pontos do condutor e o comprimento (l) do condutor entre esses dois
pontos, segundo a mesma figura, estão conforme 5.2.2? (5.1.2.4.2)
21 – Os cabos de descida são protegidos contra danos mecânico até, no mínimo, 2,5 m acima do
nível do solo? A proteção é feita por meio de eletroduto rígido de PVC ou metálicos (quando
metálicos o cabo de descida deve ser conectado às extremidades superior e inferior)? (5.1.2.4.3)
22 – As equalizações de potenciais internos à estrutura seguem o mesmo critério do sistema
externo? Próximo ao solo e, no máximo, a cada 20 m de altura, todas as massas metálicas
(tubulação, esquadrias metálicas, trilhos, etc.) são ligadas diretamente a uma armadura local (de
pilar, viga ou laje)? Os sistemas elétricos de potencia e de sinal são referenciados a um
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barramento de equalização (TAP/LEP), o qual deve ser ligado a uma armadura local e/ou ao
eletrodo de aterramento? (5.1.2.5.7)
23 – Os condutores de decida (exceto são os naturais e embutidos) são providos de uma conexão
de medição, instalada próxima do ponto de ligação ao eletrodo de aterramento? A conexão é
desmontável por meio de ferramenta? A conexão permanece normalmente fechada? (5.1.2.6.1)
Obs.: Os condutores e acessórios de aço (exceto inox) devem ser protegidos com uma camada de
zinco aplicado (fogo) conforme a NBR 6323, ou com uma camada de cobre com espessura
mínima de 254µm, conforme a NBR 13571.
24 – Sistemas de aterramento distintos são interligados através de uma ligação eqüipotencial de
baixa impedância? (5.1.3.1.3)
25 – São utilizados os seguintes tipos de eletrodo de aterramento?
a) aterramento natural pelas fundações, em geral as armaduras de aço das fundações;
b) condutores em anel;
c) hastes verticais ou inclinadas;
d) condutores horizontais radiais; (5.1.3.2.1)
26 - Eletrodos em formas de placas ou pequenas grades são evitados, para evitar corrosão?
(5.1.3.2.2)
27 – As armaduras de aço embutidas nas fundações das estruturas, cujas características
satisfaçam às prescrições de 5.1.5, são utilizadas como eletrodo de aterramento natural nas
seguintes condições?
a) as armaduras de aço das estacas, dos blocos de fundação e das vigas baldrame devem ser
firmemente amarradas com arame recozido em cerca de 50% de seus cruzamentos ou soldados.
As barras horizontais devem ser sobrepostas por no mínimo 20 vezes o seu diâmetro, e
firmemente amarradas com arame recozido ou soldados;
b) em fundação de alvenaria pode servir como eletrodo de aterramento, pela fundação, uma barra
de aço de construção, com diâmetro mínimo de 8mm, ou uma fita de aço de 25mm x 4mm,
disposta com a largura na posição vertical, formando um anel em todo o perímetro da estrutura. A
camada de concreto que envolve estes eletrodos deve ter uma espessura mínima de 5cm.
c) as armaduras de aço das fundações devem ser interligadas com as armaduras de aço dos pilares
da estrutura, utilizados como condutores de decida naturais, de modo a assegurar continuidade
elétrica equivalente à prescrita em (5.1.2.5)
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d) o eletrodo de aterramento natural assim constituído deve ser conectado à ligação equipotencial
principal prescrita em 5.2.1, através de uma barra de aço com diâmetro mínimo de 8mm, ou uma
fita de aço de 25 mm X 4 mm. Em alternativa, a ligação equipotencial principal deve
simplesmente ser aterrada a uma armação de concreto armado próxima, quando estas são
constituintes do SPDA.
e) no caso de se utilizarem as armaduras como constituintes do SPDA, sempre que possível, deve
ser prevista a avaliação do aterramento da edificação, por injeção de corrente através da terra,
entre a barra TAP, desligada da alimentação exterior, e um eletrodo externo ao edifício. f) além
da verificação do aterramento, se a execução da construção não tiver sido acompanhada pelo
responsável pelo aterramento, deverá fazer-se a verificação da continuidade elétrica das
armaduras, por injeção de corrente entre pontos afastados tanto na vertical como na horizontal.
Os valores de impedância medidos costumam situar-se entre alguns centésimos e poucos décimos
de ohm, respeitando o valor máximo indicado em 5.1.2.5.5 (5.1.3.3.1)
28 – São instalados no mínimo, dois eletrodos que tenham comprimento inferior ao estabelecido
na figura 2, assim determinado?
a) l1 – para eletrodos horizontais radiais
b) 0,5 l1 – para eletrodos verticais (ou inclinados) (5.1.3.3.2)
29 – Em estruturas de perímetro superior a 25m, o arranjo é composto de eletrodos em anel ou
embutidos nas fundações da estrutura? (5.1.3.3.3)
30 – Para estruturas não providas de SPDA externo, é instalado, no mínimo, um eletrodo
horizontal de comprimento l1 ou um eletrodo vertical (ou inclinado) de comprimento 0,5l1,
conforme figura 2 desta norma? (5.1.3.4.1)
31 – Os eletrodos de aterramento formados de condutores em anel, ou condutores horizontais
radiais, são instalados a uma profundidade mínima de 0,5m. Nos eletrodos radiais, o ângulo entre
dois condutores adjacentes é superior a 60º? (5.1.3.5.2)
32 – A profundidade e os tipos de eletrodos são escolhidos de forma a atenuar os efeitos da
corrosão e do ressecamento do solo, e assim estabilizar a resistência do aterramento. Os
condutores são cobertos por uma camada de concreto para proteção mecânica? (5.1.3.5.4)
33 – Quando são usados elementos naturais, os captores e os condutores de descida são
firmemente fixados, de modo que impeça esforços eletrodinâmicos, ou esforços mecânicos
acidentais (por exemplo, vibração) possam causar sua ruptura ou desconexão? (5.1.4.1)
90
instalada de modo a permitir fácil acesso para inspeção. Essa barra de ligação equipotencial deve
estar conectada ao subsistema de aterramento;
b) acima do nível do solo, em intervalos verticais não superiores a 20m, para estruturas com mais
de 20 m de altura. As barras secundárias de ligação equipotencial devem ser conectadas a
armaduras do concreto ao nível correspondente, mesmo que estas não sejam utilizadas como
componentes naturais;
c) quando as distâncias de segurança prescritas em 5.2.2 não podem ser atendidas. (5.2.1.2.1)
46 – As estruturas providas de SPDA isolados, a ligação equipotencial é efetuada somente ao
nível do solo? (5.2.1.2.2)
47 – A ligação equipotencial dos sistemas elétricos de potência e de sinal satisfaz às prescrições
da NBR 5410? (5.2.1.3.1)
48 – Os eletrodutos metálicos são conectados à ligação equipotencial? (5.2.1.3.2)
49 – Todos os condutores dos sistemas elétricos de potência e de sinal é direta ou indiretamente
conectados à ligação equipotencial? Os condutores vivos são conectados somente através de
DPS? Em esquemas de aterramento TN (definidos na NBR 5410), os condutores de proteção PE
ou PEN são conectados diretamente à ligação equipotencial principal? O condutor de proteção PE
é ligado a eventuais outras ligações equipotenciais, é o condutor neutro somente a ligação
equipotencial principal? (5.1.2.3.3)
Obs.: A ligação equipotencial deve ser através de uma barra chata de cobre nu, de largura, maior
ou igual a 50mm, espessura maior ou igual a 6mm e comprimento de acordo com o número de
conexões, com o mínimo de 15cm!
50 – Para evitar centelhamento perigoso quando uma ligação equipotencial não puder ser
efetuada, a distância de separação entre os condutores do SPDA e as instalações metálicas massas
e condutores dos sistemas elétricos de potência e de sinal, são aumentadas com relação à
distância de segurança?
s≥d
d = ki . Kc/Km. I (m)
Onde:
ki = depende do nível de proteção escolhido (tabela8)
Kc = depende da configuração dimensional (ver figuras 4,5 e 6)
Km = depende do material de separação
92
ANEXO 03 - NR-10
de conservação, adequados para operação, podem ser realizadas por qualquer pessoa não
advertida 10.6.1.2?
41- Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada são realizados mediante
procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo I conforme trata o item
10.6.2?
42- Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades são suspensos de imediato
na iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo 10.6.3?
43- Sempre que inovações tecnológicas são implementadas, novas instalações ou equipamentos
elétricos entrem em operação, são elaboradas e desenvolvidas as análises de risco e
procedimentos de trabalho, para circuitos desenergizados, 10.6.4?
44- O responsável pela execução do serviço suspende as atividades quando verificada situação ou
condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível
10.6.5?
45- Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta tensão, que
exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco,
conforme Anexo I, atendem ao disposto no item 10.8 conforme prevê o item 10.7.1?
46- Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurança,
específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com
currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II conforme
trata o item 10.7.2.
47- A empresa proíbe que os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como
aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência - SEP, sejam realizados individualmente
10.7.3?
48- Os trabalhos em instalações elétricas energizadas em AT, bem como os em SEP, somente são
realizados mediante a ordem de serviço específica com data e local, assinada por superior
responsável pela área 10.7.4?
49- Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe,
responsável pela execução do serviço, realiza uma avaliação prévia, estuda e planeja as atividades
e ações desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de
segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço 10.7.5?
98
81- A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades,
disponibilizando os meios para a sua aplicação 10.12.3?
82- Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de
prevenção e combate a incêndio existente nas instalações elétricas 10.12.4?
83- A empresa tem conhecimento de suas responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR e
que é solidária aos contratantes e contratados envolvidos nos serviços de eletricidade 10.13.1?
84- É de conhecimento da empresa que sua responsabilidade como contratante é de manter os
trabalhadores informados sobre os riscos a que está exposto, instruí-los quanto aos procedimentos
e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados 10.13.2?
85- A empresa, em caso de ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços
em eletricidade, propõe e adota medidas preventivas e corretivas 10.13.3?
86- A empresa informa quanto às obrigações contidas aos trabalhadores no item 10.13.4 e suas
alíneas?
87- Os trabalhadores interrompem suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras
pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as
medidas cabíveis 10.14.1?
88- A empresa promove ações de controle imediato dos riscos originados por outrem em suas
instalações elétricas e denuncia aos órgãos competentes o ocorrido 10.14.2?
89- Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE adota as
providências estabelecidas na NR-03 e em conformidade com o item 10.14.3?
90- A documentação prevista nesta NR esta permanentemente à disposição dos trabalhadores que
atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações e interferências
nas tarefas 10.14.4?
91- A documentação prevista nesta NR esta, permanentemente, à disposição das autoridades
competentes 10.14.5?
102
1- Caso o empreendimento inicie uma construção a partir da vigência desta Lei, este observa a
obrigatoriedade de possuir um sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a
utilização do condutor-terra de proteção, bem como tomadas com o terceiro contato
correspondente? (Art. 1o)
2- Os aparelhos elétricos com carcaça metálica e aquelas sensíveis a variações bruscas de tensão,
produzidos ou comercializados no País, dispõe de condutor-terra de proteção e do respectivo
adaptador macho tripolar?
103
NR 10.2.3 C I P
NR 10.2.4 – Alíneas C I P
a) procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e
saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de X
controle existentes. (Ordens de serviço com medidas de segurança)
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra
X
descargas atmosféricas e aterramentos. (Laudo do SPDA – Pára-raios)
c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva (EPC), individual
X
(EPI) e o ferramental. (Lista dos EPIs, EPCs e ferramentas)
d) documentação da qualificação (diploma), habilitação (CREA) ou
capacitação (treinamento interno) para autorização (por escrito) dos X
trabalhadores que interagem na área elétrica.
e) resultados dos testes de isolação elétrica em EPIs, EPCs e ferramentas.
(Relatório de testes de isolação dos EPIs e EPCs por empresa idônea) X
Projeto Elétrico C I P
UFBA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA POLITÉCNICA