Você está na página 1de 106

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Escola Politécnica
Departamento de Engenharia Mecânica

Curso de Especialização em
Engenharia de Segurança do Trabalho

C EES T
2013
ADEMILSON ALVES DOS SANTOS

PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS: UM


MODELO PARA SUA ELABORAÇÃO

Salvador, 2014
ADEMILSON ALVES DOS SANTOS

PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS: UM MODELO


PARA SUA ELABORAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Departamento de Engenharia Mecânica, da
Universidade Federal da Bahia, como parte dos
requisitos necessários para obtenção do título de
especialista em Engenharia de Segurança do
Trabalho.

Orientador: MEE. Leonardo Batista de Queiroz

Salvador, 2014
FICHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO

Título da monografia: Prontuário de Instalações Elétricas – Um modelo para sua


elaboração
Nome do Autor: Ademilson Alves dos Santos
Nome do Orientador: MEE. Leonardo Batista de Queiroz
Comentários e Observações do Professor Orientador / Avaliador:

O trabalho ora apresentado surgiu como uma oportunidade para ambos, justamente por se tratar
de um tema, relativamente, recente, onde uma parcela significativa de empresas ainda busca o
conhecimento e as ferramentas necessárias para implantação do PIE. Neste cenário desafiador,
o autor conseguiu conciliar, de forma sucinta e específica, a legislação pertinente e exemplos
encontrados na literatura, consolidando, assim, uma proposta de modelo que pode ser aplicada
pelo mercado. O empenho e o cuidado na busca pela informação são mais valorizados quando
percebe-se que o autor dedicou-se a este trabalho paralelamente com seus compromissos
profissionais e educacionais.

Conceito (nota):

Local e data:
Salvador, ___/___/____

________________________
Assinatura
A morte do homem começa no momento em que ele deixa de aprender.

(Albino Teixeira)

Assim como os pés são a base do corpo, o conhecimento é a base do ser.

(Autor desconhecido)
Este trabalho é dedicado a minha família.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela coragem, saúde e determinação dada ao longo da minha vida.

Aos meus pais por terem me ensinado a ter respeito e caráter; e por não terem medido esforços
para dar-me educação e liberdade.

À minha companheira Rita e aos meus filhos Daniel e Clara, pela paciência e por entender a
minha ausência em muitos momentos.

Aos professores pela dedicação e compromisso durante a minha especialização.

Aos colegas de curso pelo apoio em tantos momentos.

Ao engenheiro Leonardo Batista de Queiroz pela paciência, companheirismo e orientação na


elaboração deste trabalho.
RESUMO

O Prontuário de Instalação Elétricas deve fazer parte da documentação das instalações elétricas
das empresas e deve permanecer à disposição de todas as pessoas que trabalham com
eletricidade. O empregador ou pessoa formalmente designada ficará responsável pela guarda e
atualização deste documento. O legislador pretende com isso criar uma memória dinâmica das
instalações e dos treinamentos realizados pelos trabalhadores. Este é um modelo para sua
elaboração.

Palavras-chaves: Prontuário, Documentação, Legislador, Modelo.


ABSTRACT

The Register of Electrical Installations is an important part of company´s electrical installations


file. All workers in electricity must to know about that one and its update is an employer´s duty.
That document provides a history of company´s installations and worker´s training. In order to
help how to make this register we propose a model, which one is explained in this work.

Keywords: Register, Documentation, Legislator, Model.


LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Mapa mental da NR 10


Figura 02 – Instalação elétrica de baixa tensão
Figura 03 – Subestação de média tensão
Figura 04 – Descarga atmosférica
Figura 05 – Arquivo do prontuário das instalações elétricas
Figura 06 – Resumo do relatório técnico de inspeções
LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Modelo de procedimento de trabalho.


Quadro 02: Modelo de inspeção para SPDA
Quadro 03: Modelo de especificação de EPI e EPC
Quadro 04: Teste de rigidez dielétrica luva de borracha.
Quadro 05: Teste de rigidez dielétrica calçado.
Quadro 06: Teste de rigidez dielétrica capacete.
Quadro 07: Teste de rigidez dielétrica bastões e varas de manobra.
Quadro 08: Teste de rigidez dielétrica tapete isolante de borracha.
Quadro 09: Teste de rigidez dielétrica manga isolante de borracha.
Quadro 10: Teste de rigidez dielétrica em manta e lençol isolante de borracha.
LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ART – Anotação de Responsabilidade Técnica

CA – Corrente Alternada

CC – Corrente Contínua

CEFETPR – Centro Federal de Educação Tecnológica do Estado do Paraná

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CNEN – Conselho Nacional de Energia Nuclear

COSEDI – Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis

CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

CREA-PR – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Paraná

DPS – Dispositivo Contra Surtos

EPC – Equipamento de Proteção Coletiva

EPI – Equipamento de Proteção Individual

HYPOT – Testador de Dielétricos de Alta Potência

Hz – Hertz

IAAC – Interamerican Accreditation Cooperation

IAF – International Accreditation Forum

IBAPEPR – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia do Paraná

IEC – International Electrotechnical Commission

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

IPEN – Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

KV – Quilovolt

KW – Quilowatt

LIE Laudo de Instalações Elétricas

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego


MLA – Multilateral Recognition Arrangement

NBR – Normas Brasileiras

NR – Norma Regulamentadora

PIE – Prontuário de Instalações Elétricas

PT – Permissão de Trabalho

PVC – Cloreto de Polivinila

RTI – Relatório Técnico de Inspeção

SEP – Sistema Elétrico de Potência

SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

SINMETRO – Sistema de Metrologia

SIT – Secretaria de Inspeção do Trabalho

TV - Televisão

V – Volts
SUMÁRIO

RESUMO .................................................................................................................................. 6

ABSTRACT .............................................................................................................................. 7

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................... 8

LISTA DE QUADROS ............................................................................................................. 9

LISTA DE SIGLAS ................................................................................................................ 10

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 14

2 COMENTÁRIOS ............................................................................................................ 15

2.1 NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade ........................................... 15

2.2 ABNT NBR 5410/2005 – Instalações elétricas de baixa tensão.......................................... 19

2.3 ABNT NBR 14039/2005– Instalações elétricas de média tensão 1,0 kV a 36,2 kV ............ 22

2.4 ABNT NBR 5419/2005 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas ................ 25

3 DOCUMENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PIE ................................................. 29

3.1 Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde,


implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes. ............... 30

3.2 Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas


atmosféricas e aterramentos elétricos. ....................................................................................... 38

3.3 Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis


conforme esta NR. .................................................................................................................... 46

3.4 Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos


trabalhadores e dos treinamentos realizados. ............................................................................. 51
3.5 Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual
e coletiva................................................................................................................................... 53

3.6 Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas. ..................... 56

3.7 Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de


adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”. .................................................................... 60

4 DOCUMENTAÇÃO ESPECIFICA ............................................................................... 70

4.1 Descrição para os procedimentos de emergência. .............................................................. 70

4.2 Certificações dos equipamentos de proteção individual e coletiva ...................................... 70

5 MODELO DE PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS............................. 72

CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 77

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 78

ANEXOS ................................................................................................................................. 81
14

1 INTRODUÇÃO

Atendendo a uma exigência legal, é necessário que as empresas com carga instalada
acima de 75 kW constituam um documento chamado de prontuário das instalações elétricas, o
PIE.

O prontuário registra, em um único local, toda a documentação referente às instalações


elétricas da empresa, demonstrando, desta forma, a preocupação do legislador com os trabalhos
realizados onde o risco físico eletricidade está presente.

Pretende-se, com isso, ter um controle, dentre outros tópicos, sobre as qualificações,
cursos e treinamentos realizados pelos funcionários.

Apesar de constar no corpo da Norma Regulamentadora 10 (NR 10), muitas empresas


ainda não possuem o prontuário das suas dependências, deixando, assim, de obedecer a um
requisito legal.

O presente trabalho tem a pretensão de auxiliar as empresas na criação deste documento


de suma importância para a empresa, a fiscalização e principalmente para trabalhadores.
15

2 COMENTÁRIOS

Nas seções seguintes, são apresentadas informações acerca da NR 10 e das principais


normas que interagem com ela. Não faz parte do trabalho ora desenvolvido a análise detalhada
destas normas complementares, mas uma apresentação em linhas gerais, com breve ilustração de
como se dá a relação das Normas Brasileiras com as Normas Regulamentadoras.

2.1 NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

Figura 1 – Mapa Mental da NR10


http://tstsergiobigi.blogspot.com.br/2011/04/mapa-mental-nr-10.html, em 03/07/2014
16

A décima norma regulamentadora possui 14 itens, 99 subitens, 3 anexos e um glossário.


Esta norma, denominada de “Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade”, constitui as
condições mínimas aplicáveis nos serviços com eletricidade.

A Figura 1 apresenta um mapa mental para visualização da NR 10. De acordo com o


disposto, pode-se dividi-la em quatro partes: aplicação, trabalhadores, medidas de controle geral e
medidas de controle para cargas instaladas acima de 75 kW.

Quanto à aplicação, destina-se à geração, transmissão, distribuição, consumo, projetos,


construção, manutenção, montagem, operação e proximidades das instalações elétricas.

Esta norma exige, também, a obediência a outras normas técnicas vigentes, tornando-as,
assim, parte integrante da legislação. Isto está explicitado no item 10.1.2 da NR 10, onde está
disposto o seguinte: “(...) observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos
competentes e, na ausência ou emissão destas, as normas internacionais cabíveis”.

Com referência a esta exigência, no território nacional as normas técnicas são regidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT, e são denominadas de Normas Brasileiras,
NBR. As normas brasileiras de instalações elétricas são:

 NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão;


 NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0 a 36,2 kV;
 NBR 5418 – Instalações elétricas em atmosferas explosivas;
 NBR 13534 – Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de
saúde;
 NBR 13570 – Instalações elétricas em locais de afluência de público;
 NBR 14639 – Posto de serviço – Instalações elétricas.
17

E mais, a NR 10 exige a complementação com procedimentos a serem elaborados no


ambiente de trabalho. Tais procedimentos podem ser do tipo: Segurança em instalações elétricas
desenergizadas e energizadas, trabalhos que envolva alta tensão e segurança na operação e
manutenção. Além disso, determina que os trabalhadores sejam treinados adequadamente.

No que se refere aos trabalhadores, a NR 10 é aplicada tanto para quem trabalha no


sistema elétrico de potência, o SEP, como também para quem trabalha no consumo e nas
proximidades de instalações elétricas. Desta forma, amplia e garante a segurança para todos os
trabalhadores envolvidos com riscos elétricos, bem como orienta quanto às medidas de controle,
segurança, saúde e prevenção nas atividades desenvolvidas.

As medidas de controle de uso geral devem eliminar os riscos elétricos e ambientais, além
de promover a integração da NR 10 com as normas da empresa. Isto visa promover a segurança
no ambiente do trabalho, garantindo a saúde do trabalhador e um meio ambiente ocupacional
saudável. As medidas de controle de uso geral preconizam, ainda, a necessidade de manter
atualizados os esquemas unifilares das instalações elétricas e a especificação do sistema de
aterramento, dos equipamentos e dos dispositivos de proteção. Tais requisitos visam conhecer o
cenário de exposição, os agentes perigosos e os riscos associados, de modo a salvaguardar a
integridade dos profissionais.

Com respeito a isto, a citação abaixo revela o entendimento acerca da responsabilidade do


emprego das medidas de controle de uso geral:

O responsável pela execução do serviço em instalações elétricas (construção,


montagem, operação, manutenção), empregados ou terceiros, tem o dever legal e moral
de avaliar os riscos do seu trabalho, para adotar medidas preventivas adequadas ao
controle do risco elétrico e dos outros riscos adicionais, de forma a garantir sua
segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
omissões no trabalho. (MORAES, 2013, pag. 535).
18

Há, basicamente, três medidas de controle que devem ser adotadas para controlar o risco
elétrico: medida de proteção coletiva, medida de proteção individual e procedimentos de
trabalho. Porém, o risco elétrico não deve ser analisado isoladamente e sim hierarquicamente,
pois, em muitos casos, uma única medida de controle não é suficiente. Em tal situação, deve-se
adotar um conjunto de medidas, visando minimizar o risco, adequadamente.

Conforme mencionado anteriormente, as medidas de controle para carga instalada acima


de 75 kW exigem a instituição do Prontuário de Instalações Elétricas, o PIE. Tal registro trata-se
de um documento único dividido por tópicos, a saber:

 Procedimentos e instruções técnicas e administrativas referentes à segurança e saúde no


trabalho;
 Inspeções e medições do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas e
aterramento;
 Especificações dos Equipamentos de Proteção Coletiva e Equipamentos de Proteção
Individual;
 Documentação dos trabalhadores referente à qualificação, habilitação, capacitação,
autorização e treinamento para os serviços que envolvam riscos elétricos;
 Cronograma de testes em equipamentos;
 As certificações das áreas classificadas, incluindo equipamentos e materiais elétricos;
 Os relatórios técnicos com as recomendações, o cronograma de adequação e a indicação
do profissional legalmente habilitado.

Os trabalhadores devem ter discernimento sobre as suas ações para que não ocorra
negligência, imperícia ou imprudência. Compete a eles auxiliar na implementação das medidas
de controle, de segurança, de saúde e de prevenção.

O item 10.14, da NR 10, informa:


19

Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa


sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e
saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato ao seu superior
hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.

2.2 ABNT NBR 5410/2005 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO

Figura 2 – Instalação de painel elétrico


http://www.cursoeletricista.com.br, em 03/07/2014.

As instalações elétricas de baixa tensão são regulamentadas pela norma da ABNT NBR
5410/2005. Ela estabelece os requisitos para garantir a segurança das pessoas e dos animais, bem
como o funcionamento da instalação e a conservação dos bens. É considerada instalação de baixa
tensão os circuitos elétricos cuja tensão nominal tenha o limite de 1000 V em corrente alternada
(CA) e frequência de 400 Hz ou 1500 V em corrente continua (CC).

Inicialmente, é importante observar que os serviços elétricos em veículos automotores e


similares não são abrangidos por esta NBR. Similarmente, as instalações de iluminação pública e
redes de distribuição elétrica, as instalações em minas e de cercas eletrificadas possuem
legislação própria e não são regulados pela ABNT NBR 5410/2005.
20

A exemplo das normas regulamentadoras e das outras normas da ABNT, esta NBR
5410/2005 não dispensa o atendimento de outras normas correlatas. Este tema é tratado em seu
item 2, que é denominado referências normativas. Alguns exemplos de normas citadas na NBR
5410/2005 são:

 ABNT NBR 5361/1998 – Disjuntores de baixa tensão;


 ABNT NBR 5418/1995 – Instalações elétricas em atmosferas exclusivas;
 ABNT NBR 6147/2000 – Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo;
 ABNT NBR 6527/2000 – Interruptores para instalação elétrica fixa doméstica e análoga;
 ABNT NBR 7094/2003 – Máquinas elétricas girantes – Motores de indução;
 ABNT NBR 13249/2000 – Cabos e cordões flexíveis para tensões até 750 V;
 ABNT NBR IEC 60050 (826) /1997 – Vocabulário eletrotécnico internacional – Capitulo
826: Instalações elétricas em edificações.

Trata-se, pois, de uma norma complexa que descreve, rigorosamente, como os serviços
em baixa tensão devem ser executados.

Como exemplo de integração desta ABNT NBR 5410/2005 e a NR 10, observa-se o


tratamento dado por aquela ABNT NBR 5410/2005 quanto às proteções contra choque elétrico.
O item 5.1.1.1, denominado de princípio fundamental, diz:

O princípio que fundamenta as medidas de proteção contra choque especificadas nesta


norma pode ser assim resumido:
 Partes vivas perigosas não devem ser acessíveis; e
 Massas ou partes condutivas acessíveis não devem oferecer perigo, seja em
condições normais, seja, em particular, em caso de alguma falha que as tornem
acidentalmente vivas.
Deste modo, a proteção contra choques elétricos compreende, em caráter geral, dois
tipos de proteção:
 Proteção básica;
21

 Proteção supletiva.

Desta forma, é observada a preocupação contra a ocorrência de choque elétrico, tratando


como proteção básica aquela que visa evitar o contato direto e proteção supletiva aquela que evita
contatos indiretos. Ou seja, a proteção básica não permite acesso as partes energizadas e a
proteção supletiva não permite contato com as partes vivas em condições normais, nem em caso
de alguma falha que as torne acidentalmente vivas. Tais proteções podem ser empregadas em
atendimento ao que se preconiza nas tratativas de medidas de controle apresentadas na NR 10.
Além disso, a ABNT NBR 5410/2005 inclui em seu texto requisitos de segurança contra
queimaduras provenientes de efeitos térmicos que tem como origem a eletricidade. Quanto a isto,
exemplifica: “risco de queimaduras, combustão ou degradação dos materiais e o
comprometimento da segurança de funcionamento dos componentes instalados”. (5.2 – Proteção
contra efeitos térmicos). E diz, ainda: “os componentes da instalação não devem representar
perigo para os materiais adjacentes”. (5.2.2 – Proteção contra incêndio).

Não obstante, no texto da ABNT NBR 5410/2005 observa-se, ainda, uma preocupação
constante do legislador com o sistema de proteção contra sobrecorrente e seccionamento dos
circuitos elétricos. É destaque, também, o dispositivo contra surtos (DPS).

Por fim, dentre outros tópicos, esta norma exige a qualificação dos profissionais na
execução da tarefa para serviços de manutenção. O texto destaca: “a periodicidade da
manutenção deve ser adequada a cada tipo de instalação. Por exemplo, essa periodicidade deve
ser tanto menor quanto maior a complexidade da instalação…”. (8.1 – Periodicidade).

Desta forma, como observado, o grau de detalhamento apresentado na ABNT NBR


5410/2005 proporciona uma complementação ao disposto na NR 10, de modo que, na grande
maioria das situações, ambas as normas se fundem.
22

2.3 ABNT NBR 14039/2005– INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE MÉDIA TENSÃO 1,0


KV A 36,2 KV

Figura 3 – Painéis de Média Tensão.


http://reciclagemsystem.blogspot.com.br/2010/06/painel-eletrico-de-media-tensao.html, em 03/07/2014.

A NBR 14039/2005 é umas das mais importantes do setor industrial e atende aos projetos
e execuções de instalações elétricas com tensão nominal de 1,0 a 36,2 kV. Deste modo, pretende-
se, garantir segurança e continuidade dos trabalhos em eletricidade dentro desta faixa de tensão.
Ela atende o concessionário a partir da entrada das suas instalações e também as fontes próprias
de energia de média tensão.

O item 1.3 desta norma, diz:

Esta norma abrange as instalações de geração, distribuição e utilização de energia


elétrica, sem prejuízo das disposições particulares relativas aos locais e condições
especiais de utilização constante nas respectivas normas. As instalações especiais, tais
como marítimas, de tração elétrica, de usinas, de pedreiras, luminosas com gases (neônio
23

e semelhantes), devem obedecer, além desta norma, às normas especificas aplicáveis em


cada caso.

As exigências devem ser entendidas como mínimas e são aplicadas em instalações


existentes ou novas, permanente ou temporária e, também, às reformas. E mais, não dispensa a
regulamentação de outros órgãos públicos que as instalações têm obrigação de atender.

Mais uma vez, trata-se de uma norma que trabalha alicerçada em outras e gera, com isso,
prescrições. Cita-se, então, algumas normas que devem ser seguidas e utilizadas quando
necessárias:

 ABNT NBR 5410/1997 – Instalações elétricas de baixa tensão;


 ABNT NBR 5433/1982 – Redes de distribuição aérea rural de energia elétrica;
 ABNT NBR 5434/1982 – Redes de distribuição aérea urbana de energia elétrica;
 ABNT NBR 5460/1992 – Sistema elétricos de potência – Terminologia;
 ABNT NBR 5463/1992 – Tarifas e mercados de energia elétrica – Terminologia;
 ABNT NBR 6251/2000 – Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1 kV
a 35 kV – Requisitos construtivos
 ABNT NBR 6979/1998 – Conjunto de manobra e controle em invólucro metálico para
tensões de 1 kV a 35 kV.

O princípio fundamental desta norma, item 4, informa: “As instalações e equipamentos


devem ser capazes de suportar as influências ambientais, elétricas, mecânicas e climáticas
previstas para o local da instalação”.

Do mesmo modo que observado na ABNT NBR 5410/2005, a redação da NBR


14039/2005 demonstra e define na norma as proteções que devem ser seguidas para evitar o
choque elétrico, desta vez abordando instalações elétricas de média tensão. Como exemplos,
podem ser citados: proteção contra contatos indiretos, proteção contra efeitos térmicos, proteção
24

contra efeitos de sobrecarga, proteções contra sobretensões, proteções contra correntes de curto
circuito e os procedimentos de parada de emergência e seccionamento.

O texto informa, também, os métodos para alimentação e estrutura geral, além do


aterramento do sistema, das instalações com presença de água e substâncias corrosivas ou
poluentes.

Demonstra, ainda, preocupação ao determinar, no item 6.1.4: “Os componentes, inclusive


as linhas aéreas, devem ser dispostos de modo a facilitar a sua operação, sua inspeção, sua
manutenção e o acesso às conexões”.

Por fim, no item 7, verificação final, nos informa as prescrições gerais. Em seu item 7.1.1,
expõe: “Toda instalação, extensão ou alteração de instalação existente deve ser visualmente
inspecionada e ensaiada, durante e/ou quando concluída a instalação, antes de ser colocada em
serviço pelo usuário, de forma a se verificar, tanto quanto possível, a conformidade com as
prescrições desta norma”.

Novamente, desta vez referindo-se às instalações elétricas de média tensão, o grau de


detalhamento apresentado na NBR 14039/2005 complementa o disposto na NR 10.
25

2.4 ABNT NBR 5419/2005 – PROTEÇÃO DE ESTRUTURAS CONTRA DESCARGAS


ATMOSFÉRICAS

Figura 4 – Descarga Atmosférica


http://www.montal.com.br/ultimas-noticias/item/18-o-que-%C3%A9-spda.html, em 14/07/2014.

A NBR 5419/2005 estabelece os critérios para a instalação do sistema de proteção contra


descarga atmosférica (SPDA). Ela abrange todas as fases, destacando: projeto, instalação,
manutenção, instalações e proteção às pessoas. Não há diferenciação entre ambientes para fins
comerciais, agrícolas ou residenciais. Entretanto, não se aplica a sistemas ferroviários, a sistemas
elétricos e de telecomunicações externos a estruturas, nem a plataformas marítimas.

O texto da norma define descarga atmosférica como sendo uma descarga elétrica de
origem atmosférica entre nuvem e a terra ou entre nuvens, consistindo em um ou mais impulsos
de vários quiloampères. Um SPDA bem planejado e instalado não garante que não haverá danos
em caso de descargas, mas, preconiza que estes danos serão reduzidos de forma significativa.

A norma apresenta que, ao instalar o sistema, é importante que sejam observados detalhes
que somente são acessíveis durante o projeto. Por isso esta fase é tão importante. É previsto que
26

os estudos devem ser feitos de tal forma que se tire o máximo proveito dos condutores da própria
estrutura.

A instalação deve seguir rigorosamente esta norma. Seu item 4.7, diz:

O projeto, a instalação e os materiais utilizados em um SPDA devem atender


plenamente a esta norma. Não são permitidos quaisquer recursos artificiais destinados a
aumentar o raio de proteção dos captores, tais como captores especiais, ou de metais de
alta condutividade, ou ainda ionizantes, radioativos ou não. Os SPDA que tenham sido
instalados com tais captores devem ser redimensionados e substituídos de modo a
atender esta norma.

Os tipos de interligação e as distâncias entre captores são apresentados na norma, e, se


seguidos adequadamente, haverá dificuldade para uma descarga atmosférica penetrar no objeto a
ser protegido.

A tendência da corrente elétrica em circulação é sempre buscar o caminho mais curto ao


local de menor potencial. Assim, está normatizado que os condutores devem ser retilíneos e
verticais de modo ter o menor percurso em caso de descarga. E, ainda, não são admitidas
emendas, exceto, na conexão com a malha de terra. Os cabos de descida devem ser protegidos
contra impactos mecânicos até altura de 2,5 metros. Para isso, a norma recomenda utilizar tudo
de PVC ou aço galvanizado.

É possível a utilização de estruturas metálicas como condutores de descida naturais, desde


que, atendam as especificações da norma. Entretanto, é vedada a utilização de tubulação de gás
para este fim. O arranjo do sistema de aterramento, segundo o item 5.1.3.1.2 da norma é mais
importante do que o valor da resistência.

5.1.3.1.2 Para assegurar a dispersão da corrente de descarga atmosférica na


terra sem causar sobretensões perigosas, o arranjo e as dimensões do subsistema de
aterramento são mais importantes que o próprio valor da resistência de aterramento.
Entretanto, recomenda-se, para o caso de eletrodos não naturais, uma resistência de
27

aproximadamente 10 ohms, como forma de reduzir os gradientes de potencial no solo e a


probabilidade de centelhamento perigoso. No caso do solo de alta resistividade, poderá
não ser possível atingir valores próximos dos sugeridos. Nestes casos a solução adotada
deverá ser tecnicamente justificada no projeto.

É importante observar que o número de conexões seja reduzido ao mínimo e que sejam
utilizados os materiais citados na norma, evitando ou reduzindo os problemas oriundos de
corrosão e rompimentos devidos aos esforços mecânicos.

Um projeto para obedecer aos critérios de segurança e proteção que a norma prever deve
possuir no mínimo:

 O projeto, a instalação e os materiais utilizados em um SPDA deverão atender


plenamente a norma (NBR 5419);
 Não são admitidos quaisquer recursos artificiais destinados a aumentar o raio de
proteção dos captores, tais como captores com formatos especiais, ou metais de alta
condutividade, ou ainda ionizantes, radioativos ou não (NBR 5419);
 O SPDA que tenha sido instalado com tais captores devem ser redimensionados e
substituídos de modo a atender a norma (NBR 5419);
 Elementos metálicos acrescidos à cobertura (ex. chaminés, rufos, etc.) deverão
estar interligado ao SPDA (NBR 5419).

Diante do exposto e observando a regulamentação, as definições e os conceitos


apresentados pela NBR 5419/2005, é possível atender ao disposto na NR 10, referindo-se às
medidas de controle. Pontualmente, contempla-se o que diz respeito à especificação e
detalhamento do sistema de aterramento e SPDA, bem como os métodos, valores e pontos de
medição para estes sistemas.

Aterramento elétrico é a descarga de corrente para a terra propriamente dita. Quando


dizemos que um equipamento está aterrado, significa que nele há uma ligação para a terra.
Entretanto, está resistência deve ser a menor possível, pois quanto menor essa resistência mais
28

rápida será a atuação das proteções. Por isso, há necessidade de criar uma malha de terra ou
instalar hastes de cobre para servir para este fim.

Nas normas brasileiras, em especial a ABNT NBR 5410/2005, que é uma das que trata do
tema não há um valor de resistência definido. De acordo com a norma brasileira de proteção
contra descargas atmosféricas ABNT NBR 5419/93 este valor deve ser no máximo de 10 ohms.

A conexão dos equipamentos elétricos ao sistema de aterramento deve permitir


que, caso ocorra uma falha na isolação dos equipamentos, a corrente de falta passe
através do fio de aterramento, ao invés de percorrer o corpo de uma pessoa que
eventualmente esteja tocando o equipamento (o que provocaria choque, lesões e até
mesmo morte – dependendo de cada situação e da intensidade da corrente de fuga).
(MORAES, 2013, pag. 657)

É importante destacar que dentro de uma instalação elétrica o sistema de aterramento deve
ser único. As normas técnicas não permitem aterramentos isolados ou independentes para evitar
tensões indesejáveis. Portanto, um único aterramento é que garante a proteção adequada.
29

3 DOCUMENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PIE

Figura 5 – PIE – Prontuário de Instalações Elétricas


http://www.diagnerg.com.br/ em 03/07/2014

A décima Norma Regulamentadora do Trabalho, Segurança em Instalações e Serviço em


Eletricidade, estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de controle e
sistemas preventivos, destinados a garantir a segurança dos trabalhadores que trabalham direto ou
indiretamente com eletricidade.

Um dos requisitos obrigatórios é o Prontuário de Instalações Elétricas que é exigido para


todas as empresas que possuem carga instalada superior a 75 kW, conforme está explícito no item
10.2.4 da redação da NR-10.

Este prontuário deve fazer parte da documentação das instalações elétricas das empresas e
deve permanecer à disposição de todas as pessoas que trabalham com eletricidade. O empregador
ou pessoa formalmente designada ficará responsável pela guarda e atualização deste documento.
O legislador pretende com isso criar uma memória dinâmica das instalações e dos treinamentos
realizados pelos trabalhadores.
30

3.1 CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES TÉCNICAS E


ADMINISTRATIVAS DE SEGURANÇA E SAÚDE, IMPLANTADAS E
RELACIONADAS A ESTA NR E DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS DE CONTROLE
EXISTENTES.

Um dos primeiros itens a serem abordados na confecção do PIE são os procedimentos de


trabalho. O glossário da NR 10(2004, pag. 08), assim define procedimento:

O procedimento é uma sequência de operações a serem desenvolvidas para


realização de um determinado trabalho, com a inclusão dos meios materiais e humanos,
medidas de segurança e circunstâncias que impossibilitem sua realização.

Esta definição obriga que a descrição seja detalhada e que deve conter todos os itens para
que o serviço seja executado com qualidade e segurança. Além disso, as responsabilidades dos
profissionais envolvidos em cada etapa devem ser discriminadas e identificadas durante todo o
processo. Os trabalhadores envolvidos devem conhecer e realizar todas as etapas do serviço a ser
executado.

Este item determina os métodos que devem ser implementados, divulgados e seguidos.
Esses passos são fundamentais, dentro do processo do trabalho, para garantir que os objetivos
sejam alcançados e que não ocorram imprevistos.

É importante que as instruções sejam acompanhadas, durante a sua elaboração, pelos


trabalhadores diretamente envolvidos na tarefa. Os executores são as pessoas que, efetivamente,
precisam conhecem os riscos envolvidos. Esta sistematização é fundamental para uma empresa
que busca excelência em qualidade e segurança.

De acordo, com o item 10.11.2, da NR 10, “os serviços em instalações elétricas devem ser
precedidos de ordens de serviço específicas aprovada por trabalhador autorizado, contendo, no
31

mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados”.
E o item 10.11.3 da mesma norma diz: “os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo,
objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais,
medidas de controle e orientações finais”.

Atentando para os itens exigidos pela norma, os autores João de Souza e Joaquim Pereira,
no Manual de Auxilio na Interpretação e Aplicação da Nova NR 10 (2008, pag.77) assim definiu:

 Objetivo – alvo que se pretende definir;


 Campo de aplicação – limite ou situação para o emprego do documento;
 Base técnica – fundamentação e embasamento técnico adotado;
 Competências e reponsabilidades – indicação das atribuições e das responsabilidades em
todos os níveis envolvidos;
 Disposições gerais – distribuição organizada dos assuntos tratados no documento;
 Medidas de controle – coletivo das ações estratégicas de prevenção destinadas a eliminar
ou reduzir, sob controle, as incertezas com capacidade potencial para causar lesões ou
danos à saúde dos trabalhadores e ao patrimônio, na atividade e ambiente objeto da
análise;
 Orientações finais – conjunto de observações e comentários de fechamento e finalização
do documento;

O engenheiro eletricista e de segurança do trabalho, Vagner Lobosco, apresenta um


procedimento interessante no livro Gestão de NR 10 de sua autoria. E este será transcrito abaixo.

Modelo de Procedimento
NR-10 – Procedimento – Trabalho em Baixa Tensão

Empresa:

Endereço:

Cidade / Estado: CEP:

Telefone: CNPJ:
32

Inscrição Estadual:

Inscrição Municipal:

CNAE: Atividade:

Grau de Risco: Número de Funcionários:

Índice
1. Objetivo
2. Campo de aplicação
3. Responsabilidades
4. Procedimentos gerais
4.1 Base técnica
4.2 Definições
4.3 Disposições gerais / Medidas de controle
4.4 Equipamentos de proteção individual - EPI
4.5 Equipamentos de proteção coletiva – EPC
4.6 Ferramentas
4.7 Competências
5. Orientações finais
6. Anexo

1. Objetivo

Este procedimento tem como objetivo orientar o supervisor do setor de manutenção quanto aos
colaboradores autorizados, visando à segurança nos serviços de manutenção, operação e manobra
das instalações elétricas em baixa tensão.

A norma regulamentadora n. 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade,


estabelecida pela Portaria n. 598, de 07 de dezembro de 2004 do Ministério do Trabalho e
33

Emprego, indica em seu glossário a tensão de 1000 V, em corrente alternada, como sendo alta
tensão.

A norma NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, da Associação Brasileira de


Normas Técnicas – ABNT, estabelece circuitos elétricos alimentados sob tensão nominal igual
ou inferior a 1000 V em corrente alternada, com frequências inferiores a 400 hz, ou 1500 em
corrente continua, como baixa tensão.

2. Campo de aplicação

Utilização em todo serviço de manutenção, operação, manobra e inspeção (quando necessário)


das instalações elétricas da organização.

3. Responsabilidades

Este procedimento aplica-se ao supervisor e aos colaboradores autorizados da área operacional


nos serviços de manutenção, operação, manobra e inspeção das instalações elétricas.

4. Procedimentos gerais

4.1 Base técnica

4.1.1. Norma Regulamentadora n. 10 – segurança em Instalações e Serviços em


Eletricidade, estabelecida pela portaria n. 598, de 17.12.2004 do Ministério do
trabalho e Emprego.
4.1.2 NBR 5410: 2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

4.2 Definições
34

4.2.1.Baixa Tensão: tensão superior a 50 volts em corrente alternada e 120 volts


em corrente continua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada e 1500
volts em corrente continua.
4.2.2. Colaborador: profissional que presta serviço na
Empresa....................................................................................e que pertence;
Funcionário da Empresa..................................................................................,
Funcionário de Empresa contratada..............................................................., para
realizar serviços de seu interesse no interior de sua instalação industrial, sob forma de
terceirização de serviços.

4.3 Disposições gerais

Todo serviço de manutenção em instalações de baixa tensão deverá ser precedido dos
seguintes itens:

4.3.1. Ser previamente planejado, programado, indicando todas as situações de risco e


forma de controle, por meio de procedimentos específicos, padronizados, com
descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, e que seja passível de revisões,
assinado pelo profissional da liberação do serviço (supervisor da área).
4.3.2. Ser executado por trabalhadores autorizados.
4.3.3. Verificações e intervenções nas instalações elétricas devem ser executadas
somente por pessoas advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5) (NBR 5410:2004, item
8.2).
a) BA4- Advertidas – pessoas suficientemente informadas ou supervisionadas por
pessoas qualificadas, de tal forma que lhes permite evitar os perigos de eletricidade
(pessoal de manutenção e/ou operação);
b) BA5 – Qualificadas – pessoas com conhecimento técnico ou experiência tal que
lhes permite evitar os perigos da eletricidade (engenheiros e técnicos).
4.3.4. Sempre que possível, as verificações devem ser realizadas com a instalação
35

desenergizada.
4.3.5. Verificar sempre as condições as condições de uso do EPC, EPI e ferramental a
ser utilizado para a atividade programada, checando a validade dos selos dos testes de
isolação, e quando houver avarias e anormalidades devem ser substituídos
imediatamente.
4.3.6. Os operadores são responsáveis pela instalação apropriada de equipamento,
incluindo desobstrução, sinalização adequada e o isolamento da área, do equipamento
e/ou ambiente. Devem garantir a segurança das pessoas indiretamente expostas e dos
colegas de trabalho que realizarão a tarefa.
4.3.7. Durante toda a execução do serviço, os colaboradores deverão ser orientados a
evitar brincadeiras ou distrações, visando manter adequada concentração nas
atividades.
4.3.8. Todo operador deverá está identificado e não deverá usar crachás com ou sem
cordão com partes metálicas, nem correntes ou adornos de qualquer espécie, que
acidentalmente possam ocasionar algum tipo de ocorrência.

Medidas de Controle

4.4 Equipamentos de proteção Individual

Os Equipamentos de Proteção Individual de uso exclusivo do trabalhador serão


utilizados nas atividades e serviços de manobra, operação e manutenção e deverão
estar sempre em perfeita condição de uso.

4.4.1. Sapato de segurança, sem componentes metálicos;


4.4.2. Óculos de segurança;
4.4.3. Protetor auditivo tipo polímero de inserção ou tipo concha, quando o local
assim o exigir;
4.4.4. Luvas contra agentes mecânicos, quando o trabalho assim o exigir;
36

4.4.5. Máscara de proteção respiratória, quando o trabalho assim o exigir;


4.4.6. Capacete classe B com protetor facial, quando o trabalho assim o exigir;
4.4.7. Cinturão de segurança com talabarte tipo paraquedista e trava-quedas, para
trabalhos em altura.

4.5 Equipamentos de Proteção Coletiva

Os seguintes equipamentos de proteção coletiva deverão ser utilizados nos serviços de


manutenção e sempre em perfeitas condições de uso.

4.5.1. Bloqueadores com cadeados em perfeitas condições de uso;


4.5.2 Cones, fitas de sinalização (isolamento da área) e sinalização de
identificação de riscos.

4.6 Competências

4.7.1 Geral
a) Todas as fontes energizadas na área de trabalho devem ser desenergizadas e
etiquetadas pelo colaborador autorizado, utilizando-se de bloqueios quando
permissível.
b) Os trabalhadores deverão tomar cuidados com motores ou geradores, devido à
possibilidade de altas temperaturas nos equipamentos e que possam causar
queimaduras.

4.7.2. Supervisor

a) Emitir a Permissão de Trabalho antes do início das atividades;


b) Conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permissão de Trabalho
c) Encerrar a Permissão de Trabalho após o término do serviço;
37

d) Certificar-se que todos os envolvidos tenham conhecimento dos procedimentos e


riscos envolvidos no trabalho;
e) garantir que este procedimento seja seguido por todos os colaboradores envolvidos
no trabalho;
f) Garantir o uso dos EPIs pelos funcionários subordinados.

4.7.3. Colaborador autorizado

a) Cumprir integralmente o disposto neste procedimento;


b) Seguir todos os itens e recomendações da Permissão de Trabalho;
c) Notificar ao seu supervisor toda e qualquer condição que não seja segura no local
de trabalho;
d) Utilizar os equipamentos de proteção individual – EPI designados para os serviços;
e) Verificar as condições de uso de todos os equipamentos necessários na execução
dos serviços;
g) Participar da restauração de energia nas máquinas e equipamentos às operações
normais de produção

4.7.4 Departamento de Segurança do Trabalho

a) Fornecer os Equipamentos de Proteção Individual – EPI condizentes com os


riscos envolvidos.

5. Orientações finais

Para a efetiva implementação deste procedimento, deverá ser realizado um treinamento a


todos os envolvidos que se enquadrem no item 2. Campo de aplicação e verificação por parte
dos coordenadores da efetiva utilização dos itens do procedimento.
38

6. Anexo
Modelo de permissão de trabalho

Eng. Eletricista /Segurança do Trabalho


CREA

Quadro 01: Modelo de procedimento de trabalho.

3.2 DOCUMENTAÇÃO DAS INSPEÇÕES E MEDIÇÕES DO SISTEMA DE


PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E ATERRAMENTOS
ELÉTRICOS.

Outro ponto que deve ser atendido para a elaboração do PIE refere-se ao SPDA e
aterramentos elétricos. De acordo com a ABNT NBR 5419/2005, item 6.1, as inspeções devem
ser realizadas e visam assegurar que:

 O SPDA está conforme o projeto (NBR 5419/2005, 6.1-a);


 Todos os componentes do SPDA estão em bom estado, as conexões e fixações estão
firmes e livres de corrosão (NBR 5419/2005, 6.1-b);
 O valor da resistência de aterramento seja compatível como arranjo e com as dimensões
do subsistema de aterramento e com a resistividade do solo. Excetuam-se desta exigência
os sistemas que usam as fundações como eletrodo de aterramento (NBR 5419/2005, 6.1-
c);
 Todas as estruturas acrescentadas à estrutura posteriormente à instalação original estão
integradas no volume a proteger, mediante interligação ao SPDA ou ampliação deste;
39

 A resistência pode também ser calculada a partir da estratificação do solo e com uso de
um programa adequado. Neste caso, fica dispensada a medição de aterramento.

Ainda segundo a NBR 5419/2005, as inspeções devem seguir a seguinte ordem


cronológica:

 Durante a construção da estrutura, para verificar a correta instalação dos eletrodos de


aterramento e das condições para utilização das armaduras como integrantes da gaiola de
Faraday;
 Após o termino da instalação do SPDA, para as inspeções prescritas em 6.1-a), 6.1-b) e
6.1-c);
 Periodicamente, para todas as inspeções prescritas em 6.1, e respectiva manutenção, em
intervalos não superiores aos estabelecidos em 6.3;
 Após qualquer modificação ou reparo no SPDA, para inspeções completas conforme 6.1;
 Quando for constatado que o SPDA foi atingido por uma descarga atmosférica, para
inspeções conforme 6.1-b e 6.1-c.

Especificamente quanto à periodicidade, a NBR 5419/2005, item 6.3 menciona:

 Uma inspeção visual do SPDA deve ser realizada anualmente (NBR 5419/2005, 6.3.1);
 Inspeções completas conforme 6.1 devem ser efetuadas periodicamente, em intervalos de:

 5 anos, para estruturas destinadas a fins residenciais, comerciais, administrativos,


agrícolas ou industriais, excetuando-se áreas classificadas com risco de incêndio ou
explosão (NBR 5419/2005, 6.3.2-a);
 3 anos, para estruturas destinadas a grandes concentrações públicas (por exemplo:
hospitais, escolas, teatros, cinemas, estádios de esporte, centro comerciais e pavilhões),
industrias contendo áreas com risco de explosão conforme a NBR 9518/1997, e
depósitos de material inflamável (NBR 5419/2005, 6.3.2-b);
40

 1 ano, para estruturas contendo munição ou explosivos, ou em locais expostos à


corrosão atmosférica severa (regiões litorâneas, ambientes industriais com atmosfera
agressiva, etc.) (NBR 5419/2005, 6.3.2-c);

Acompanhando todas as inspeções há uma documentação técnica obrigatória e nela deve-


se registrar todos os procedimentos exigidos. A documentação deve ser mantida no local do
serviço ou com os responsáveis pela manutenção no SPDA. Conforme consta no item 6.4, da
NBR 5419/2005, os documentos são:

 Relatório de verificação de necessidade do SPDA e de seleção do respectivo nível de


proteção elaborado conforme anexo B. A não necessidade de instalação do SPDA deverá
ser documentada através dos cálculos constantes no anexo B;
 Desenhos em escala mostrando as dimensões, os materiais e as posições de todos os
componentes do SPDA, inclusive, eletrodos de aterramento;
 Os dados sobre a natureza e a resistividade do solo, constando obrigatoriamente detalhes
relativos ás estratificações do solo, ou seja, o número de camadas, a espessura e o valor da
resistividade de cada uma, se for aplicado 6.1-c;
 Um registro de valores medidos de resistência de aterramento a ser atualizado nas
inspeções periódicas ou quaisquer modificações ou reparos SPDA. A medição de
resistência de isolamento pode ser realizada pelo método de queda de potencial usando o
medidor da resistência, voltímetro/amperímetro ou outro equivalente. Não é admissível a
utilização de multímetro.

Todas estas informações e documentos que atestem sua realização devem constar nos
arquivos do PIE.

Abaixo, um procedimento desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Curitiba, Secretaria


Municipal de Urbanismo, Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis que exemplifica este
tema.
41

SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS - SPDA

Proprietário / administrador:_______________________________________________________

Responsável Técnico: ___________________________________________________________

Documento: CREA-PR ______________________________ RG ________________________

Data: _________________ de ________________________ de 2014.

Identificação da edificação
Nome
Razão social
Endereço
CNPJ
Inscrição imobiliária / IF
Registro de imóveis
Identificação do responsável
Nome
RG / CPF
Data da vigência do mandato
No caso de administradora
VVerificação da documentação obrigatória por lei e norma:

Relatório da necessidade de uso do SPDA na edificação em questão, contendo memória de cálculo


e a devida seleção de nível de proteção;

NNível de proteção requerida pela edificação:


42

Desenho em escala (projeto) contendo todos os componentes do SPDA, inclusive eletrodos de


aterramento – quando o SPDA for estrutural, também deve ter projeto; (o projeto deve permanecer
com o proprietário da edificação a disposição dos órgãos públicos.)

O condomínio possui o projeto do SPDA Sim (__) Não (__)


O laudo contém:
Dados sobre os subsistemas do SPDA, subsistema de aterramento, Sim (__) Não (__)
subsistema de descidas e subsistema de captação?
Medição ôhmica? Sim (__) Não (__)
Conclusão do laudo indicando se o SPDA está instalado conforme as Sim (__) Não (__)
prescrições da NBR 5419:2005 da ABNT?
Assinatura da empresa devidamente registrada no CREA-PR ou Sim (__) Não (__)
profissional habilitado devidamente registrado no CREA-PR?
Comprovação física dos dados apresentados (desenhos, fotografias, Sim (__) Não (__)
etc.)
Anexos?

Coleta de dados técnicos para embasamento e comparação dos dados apresentados na


documentação técnica:
Captor: Verificar primeiramente a existência de anéis auxiliares de captação na caixa d´água e
cobertura. O anel auxiliar é um condutor disposto ao longo de todo o perímetro superior da
edificação, a até 50cm da beira. Os rufos da edificação, se devidamente interligados com o SPDA e
visivelmente aterrados propositalmente junto a ele podem ser usados com anel auxiliar;

Existe anel de captação no perímetro da caixa d´água? Sim (__) Não (__)
Existe anel de captação no perímetro da cobertura? Sim (__) Não (__)

Dividir a área captação em módulos de aproximadamente 20mX10m (para nível III – condomínios
residenciais), cada módulo deste deve ser protegido por um anel de condutor em torno dele, ou um
43

mastro Franklin para cada um destes módulos, com altura média de 3 a 6 m;

O topo do edifício está coberto por cabos formando malha com Sim (__) Não (__)
módulos 20mX10m?
Há um mastro Franklin para cada módulo de 20m x 10m? Sim (__) Não (__)
Cada mastro Franklin possui entre 3m e 6m de altura? Sim (__) Não (__)
DESCIDAS:

Para nível III de proteção (condomínios residenciais), devemos ter no mínimo uma descida para
cada 20m de perímetro.

Ex.: Se uma edificação tem 100m de perímetro, deverá ter 5 descidas distribuídas o mais
uniformemente possível, na impossibilidade de distribuí-las desta forma, não podem ficar próximas
umas das outras menos de 2m;

Há cabos de descida a cada 20 m de perímetro Sim (__) Não (__)

Todas as tubulações metálicas e estruturas metálicas, inclusive de gás, que distem menos de 2m do
condutor de descida, devem ser interligados a ele;

As tubulações metálicas despostas com distância menor que 2m dos Sim (__) Não (__)
cabos de descida estão conectadas aos cabos?
Aterramento:

Devem ter no mínimo um eletrodo para cada descida construída. Estes eletrodos devem estar
interligados entre si para seu equilíbrio de potencial elétrico. Na impossibilidade de serem
interligados no solo, podem ser interligados a até 4m do nível do solo. Utiliza-se cabo de cobre de
50mm para essa interligação;

Há um eletrodo para cada cabo de descida? Sim (__) Não (__)


44

Os eletrodos estão interligados entre si? Sim (__) Não (__)


Os eletrodos estão no solo? Sim (__) Não (__)
Equalização:

Descidas:
Se o edifício tiver mais de 20m de altura, deverá ter anel(is) de equalização das descidas, ou seja, a
interligação destas descidas como no subsistema de aterramento, envolvendo toda a edificação.
Caso o prédio tenha 40m de altura, deverá ter 2 anéis, e assim por diante, a cada 20 m de altura.
Todos os tipos de sistema, Franklin ou Faraday, devem ter equalização das descidas;

O edifício tem mais de 20 m de altura? Sim (__) Não (__)


Possui anel(is) de equalização envolvendo a edificação? Sim (__) Não (__)

Estruturas metálicas: Toda e qualquer superfície ou estrutura metálica do nível dos captores deve
ser interligada ao ponto mais próximo no SPDA, bem como estruturas com essas características
próximas a menos de 2m de componentes do SPDA;

Os rufos estão interligados ao cabo? Sim (__) Não (__)


As antenas de TV estão interligadas ao cabo? Sim (__) Não (__)
Outros objetos de metal existentes sobre a cobertura estão Sim (__) Não (__)
interligados ao cabo?
Cobertura metálica está interligada aos cabos? Sim (__) Não (__)

Botijões de gás devem ser equalizados ao SPDA/ ex.: geralmente estes botijões se encontram em
“casinhas de gás”; eles devem ser interligados entre si ao SPDA por meio de cabo de cobre nu ao
ponto mais próximo do subsistema de aterramento. Geralmente recomenda-se que seja disposta
uma malha de cabo nu exposta, onde os botijões são acomodados sobre ela;

A central de gás está coberta pelo SPDA? Sim (__) Não (__)
Os botijões de gás estão interligados entre si? Sim (__) Não (__)
45

Os botijões de gás estão interligados ao SPDA? Sim (__) Não (__)


SPDA Estrutural

Caso o SPDA seja estrutural, ou o vistoriador tenha essa suspeita, deve ser imediatamente
solicitado um laudo de medição da continuidade das armaduras da edificação feita com um micro-
ohmímetro.

Esse laudo deverá conter todas as medições de cada pilar estrutural usado como descida, bem como
a medição cruzada entre eles. A medição de cada pilar obrigatoriamente deve apresentar resistência
igual o menor a 1 ohm;

O SPDA é estrutural? Sim (__) Não (__)


Existe laudo de medição da continuidade das armaduras da Sim (__) Não (__)
edificação?
Foram feitas medições em cada pilar? Sim (__) Não (__)
Foram feitas medições cruzadas entre eles? Sim (__) Não (__)
Apresentaram resistência igual ou menor a 1 ohm? Sim (__) Não (__)

Se na edificação for identificado somente o subsistema captor, e nenhuma descida nem caixa de
aterramento, possivelmente o SPDA é estrutural.
O SPDA estrutural não exclui a obrigatoriedade de projeto;

Existe projeto de SPDA estrutural?


DPS – Dispositivo de Proteção contra Surtos
Apesar da proteção interna contra descargas atmosféricas não ser obrigatória por lei, é
recomendado por norma em equipamentos eletromecânicos e eletroeletrônicos.
A NBR 5419:2004 preconiza em seu texto o uso de DPS – Dispositivo de Proteção Contra Surtos
essencialmente nos QD´S dos elevadores e no QDG das edificações;

Existe DPS no quadro do elevador? Sim (__) Não (__)


46

Existe DPS no quadro geral da energia do edifício? Sim (__) Não (__)
Captor radioativo e ionizante
O captor existente é do tipo radioativo? Sim (__) Não (__)
O captor existente é do tipo ionizante? Sim (__) Não (__)
Nos casos em que for constatado captor proibido, o proprietário da edificação será notificado para
retirá-lo e apresentar à CODESI os três documentos de encaminhamento do material ao CNEN
Quadro 02: Modelo de inspeção para SPDA.

3.3 ESPECIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E


INDIVIDUAL E O FERRAMENTAL, APLICÁVEIS CONFORME ESTA NR.

Deve constar na elaboração deste documento a especificação dos equipamentos de


proteção coletiva ou individual de acordo com a legislação em vigor, bem como todos os detalhes
de fabricação das ferramentas utilizadas, serve como referência os manuais disponibilizados
pelos fabricantes e as certificações do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(INMETRO).

A sexta norma regulamentadora, intitulada de Equipamento de Proteção Individual (EPI),


é assim definida no item 6.1 da referida norma: “(...) todo dispositivo ou produto, de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde do trabalhador”.

Os riscos devem ser tratados da seguinte forma:

 Eliminação do risco: Deixa-lo inexistente.


 Controlar o risco: Ele existe, mas está controlado.
 Sinalização do risco: Quando não for possível eliminar ou controlar.
47

A proteção coletiva deve sempre ter prioridade em relação a proteção coletiva, conforme
orientação da legislação de saúde e segurança no trabalho.

O EPI deve ser utilizado quando não se pode utilizar medidas de ordem geral, para
proteger de riscos de acidentes e de doenças profissionais. Os EPIs não evitam acidentes, como a
maioria das proteções coletivas. Um transformador enclausurado é um exemplo de proteção
coletiva e um trabalhador com roupa anti chama é uma proteção individual.

Entretanto, não é todo equipamento que é um EPI.

O Equipamento de Proteção Individual deve possuir o Certificado de Aprovação (CA)


emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ele é pessoal e intransferível. O objetivo
do EPI é proteger contra ou atenuar os riscos no ambiente do trabalho. Entendendo risco como a
possibilidade de gerar dano, o EPI tem como missão minimizar os danos decorrentes de um
acidente e não eliminá-lo.

De acordo, com o item 6.2 da NR 06, o equipamento de proteção individual, de fabricação


nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do CA,
expedido pelo órgão competente do MTE. Portanto, os equipamentos importados, considerados
de boa qualidade, somente têm validade se obedecerem aos requisitos da NR 06.

Geovanni Moraes, no livro Normas Regulamentadoras Comentadas e Ilustradas, diz:

“... a existência da Portaria 145/2010 estabelece que os certificados emitidos


por organismos estrangeiros serão reconhecidos pelo MTE, desde que o organismo
certificador do país emissor do certificado seja creditado por um organismo signatário de
acordo multilateral de reconhecimento (Multilateral Recognition Arrangement – MLA),
se estabelecido por uma das seguintes cooperações: International Accreditation Forum,
Inc. – IAF e Interamerican Accreditation Cooperation – IAAC. ” (2011)
48

O empregador, de acordo com a NR 06, item 6.3, “tem obrigação legal de fornecer
gratuitamente os EPIs sempre que medidas de ordem geral não ofereçam a segurança que o
serviço requer, em casos de emergências e enquanto as medidas de ordem coletivas estiverem
sendo implantadas”.

Caberá ao empregado, atender, em complemento às exigências desta NR 06, às normas


internas da empresa. Não compete a ele escolher se deve ou não seguir os procedimentos da
companhia. Exceto, se houver uma justificativa técnica.

Em relação aos trabalhos com eletricidade a Portaria SIT 145, de 28/01/2010, informa:

EPIs destinados a trabalhos ou manobras em instalações elétricas sob tensão ou


suscetíveis de ficarem sob tensão devem possuir marcação, sempre que possível gravada
no produto, que indique a classe de proteção e/ou a tensão máxima de utilização, o
número de série e a data de fabricação.

Os EPIs, EPCs e o ferramental empregado pelos trabalhadores na realização dos serviços


com eletricidade podem ser descritos de forma simples, mas que contemplem todas as
características exigidas pela legislação. A empresa é responsável por elaborar um estudo que
permita a correta utilização do ferramental e a sua adequação às diversas atividades
desenvolvidas pelos trabalhadores.

Complementando o disposto na NR 06, o texto da NR 10, no item 10.7.8, determina que:

Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com


material isolantes, destinado ao trabalho com alta tensão, devem ser submetidos a testes
elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se às especificações do
fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência desses, anualmente.

Esta é uma exigência da norma para garantir as características isolantes dos materiais
utilizados na confecção dos equipamentos e ferramentas. Alguns testes podem ser realizados na
49

própria empresa, como é o caso de infladores para verificar se há furo nas luvas isolantes. Outros
são destrutivos, como é o caso dos capacetes. De qualquer forma, qualquer alteração visível, por
exemplo, desgaste, trincas, furos, entre outros, deve ser um motivo para retirar o equipamento de
uso.

Abaixo, seguem exemplos de normas que regulam a especificação e o emprego de alguns


EPIs e EPCs:

Modelo de especificação de EPI e EPC

Título NBR

Calçado de segurança

Calçado de proteção 12661/1992

Calçado de proteção: determinação da resistência à deformação em 12571/1992


biqueiras de proteção.

Calçado de proteção: determinação das medidas em biqueiras de 12572/1992


proteção.

Calçado de proteção: determinação das medidas da palmilha à prova de 12573/1992


perfuração.

Calçado de proteção: determinação da resistência à flexão em palmilha 12574/1992


a prova de perfuração.

Calçado de proteção: determinação da resistência à perfuração em 12575/1992


palmilha a prova de perfuração.

Calçado de proteção: determinação da resistência do solado à 12576/1992


passagem da corrente elétrica.

Calçado de proteção: determinação da absorção de energia na região 13577/1992


do calcanhar.

Exigências técnicas de segurança para construção de calçado de 12594/1992


proteção.
50

Capacete de segurança

Capacete de segurança para uso da indústria. 8221/2003

Trabalhos em altura

Cinturão, talabarte e corda de segurança: especificação. 11370/2001

Cinturão, talabarte e corda de segurança: métodos de ensaio. 11371/1990

EPI – Cadeira suspensa: especificação e métodos de ensaio. 14751/2001

Luvas de segurança

Dedeira. 13599/1996

Luva a base de borracha natura. 13393/1995

Luva de proteção. 13712/1996

Luva isolante de borracha: dimensões. 10624/1989

Luva isolante de borracha: especificação. 10623/1989

Luva isolante de borracha 10622/1989

Proteção respiratória

Equipamento de proteção respiratória: terminologia 12543/1999

Equipamento de proteção respiratória: peça facial e ¼ facial 13694/1996

Equipamento de proteção respiratória: peça facial inteira – 13695/1996


especificação

Equipamento de proteção respiratória: filtros químicos e combinados 13696/1996

Equipamento de proteção respiratória: filtros mecânicos – 13697/1996


especificação

Equipamento de proteção respiratória: peça semifacial filtrante para 13698/1996


partículas

Equipamento de proteção respiratória: máscara autônoma de ar 13716/1996


comprimido com circuito aberto – especificação

Quadro 03: Modelo de especificação de EPI e EPC. (LOBOSCO, 2013, pag. 56)
51

3.4 DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA DA QUALIFICAÇÃO, HABILITAÇÃO,


CAPACITAÇÃO, AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES E DOS
TREINAMENTOS REALIZADOS.

Figura 6 – Qualificação, Habilitação, Capacitação e Autorização

A norma determina que os trabalhos de natureza elétrica sejam executados por


profissionais autorizados pela empresa para executar determinada tarefa. Antes da autorização é
necessário que sejam qualificados, habilitados ou capacitados.

A qualificação é o estudo em si. Ou seja, o trabalhador qualificado é aquele que comprova


conclusão de curso na área de elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino (NR10, item
10.8.1).
52

Habilitado é profissional com registro no conselho de classe. Neste caso, o trabalhador deve
comprovar registro no CREA.

Para que pessoas qualificadas sejam consideradas profissionais habilitados


devem preencher as formalidades de registro nos respectivos conselhos regionais de
fiscalização do exercício profissional. É o conselho profissional quem estabelece as
atribuições e reponsabilidades de cada qualificação em função dos cursos, cargas
horárias e matérias ministradas. São os conselhos profissionais que habilitam os
profissionais com nível médio e superior (técnicos, tecnólogos e engenheiros). (SOUZA
E PEREIRA, 2008, pag. 62)

Capacitado é o trabalhador que não frequentou cursos regulares, mas comprova a sua
capacidade mediante conhecimentos e habilidades adquiridas atendendo o que exige a NR 10,
nos itens 10.8.3-a “receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional
habilitado e autorizado” e 10.8.3-b “trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e
autorizado”.

O instrutor deverá ser designado pela empesa para essa tarefa e ele é quem determinará as
limitações do trabalhador capacitado. Deverá, ainda, ter em seu registro funcional as atividades
de instrução e ensino. O item é claro, também, ao afirmar que o trabalhador capacitado somente
executará suas tarefas sob a supervisão de um profissional habilitado, entretanto, não restringe
que seja aquele profissional que o capacitou.

A mesma NR, no seu item 10.8.3.1, informa que a capacitação de um profissional


somente terá validade para a empresa que o capacitou. Isto é, o profissional só deve exercer sua
capacitação dentro dos limites da empresa. É possível, entretanto, que um profissional habilitado
em outra empresa ratifique o treinamento anterior e o autorize a trabalhar na nova empresa.

Este profissional embora não tenha frequentado cursos regulares, tornaram-se aptos
mediante a aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de habilidades e experiências práticas,
sob a orientação e reponsabilidade de um profissional habilitado e autorizado.
53

Por fim, para que uma pessoa possa, efetivamente, realizar trabalhos no sistema elétrico
de uma empresa é necessário que haja uma autorização. O profissional autorizado é aquele
qualificado e habilitado ou capacitado com anuência formal da empresa. A autorização é este
documento formal em que a empresa autoriza o funcionário a intervir nas suas instalações
elétricas.

Além dos cursos regulares é necessário que o profissional faça os específicos, e estes
estão especificados no anexo III da NR 10. Este treinamento é dividido em:
 Curso Básico – Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade;
 Curso complementar – Segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas
proximidades.

Nos cursos citados, há a descrição da carga horária e a programação mínima. Detalhe: o


curso básico é pré-requisito para o curso complementar.

3.5 RESULTADOS DOS TESTES DE ISOLAÇÃO ELÉTRICA REALIZADOS EM


EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA.

Os trabalhos que envolvem eletricidade em muitos casos envolvem riscos de acidentes.


Por isso, é necessário realizar testes de isolação nos equipamentos de acordo com as informações
do fabricante ou de norma especifica.

Os EPIs e EPCs se desgastam com o tempo e ter um controle sobre essas proteções é
essencial para a proteção do trabalhador. Os resultados dos testes devem ser anexados aos
arquivos do PIE.

Souza e Pereira, no Manual de Auxilio na Interpretação e Aplicação da nova NR 10,


(2008, pag. 60), comentando o item 10.7.8, da NR 10, diz:
54

... ferramentas e dispositivos dotados de materiais isolantes de uso nos serviços


de alta tensão, tais como os materiais isolantes de uso nos serviços em alta tensão, tais
como mantas, calhas e lençóis isolantes, bastões e varas isolantes de manobra, protetores
e isoladores, cestos aéreos, escadas, luvas, mangas, perneiras, ferramentas manuais
isoladas, etc. devem ser submetidos a ensaios ou testes dielétricos em conformidade e
atendimento às regulamentações, quando houver, ou as especificações e recomendações
do fabricante, destinados a verificação da manutenção das suas características dielétricas
de isolamento, o que deve ser compatível com a tensão elétrica da instalação objeto do
serviço.

Nas tabelas abaixo, seguem exemplos de testes de rigidez dielétrica de alguns


equipamentos com suas normas e especificações:

EPI Utilização NBR

Luva isolante de borracha Proteção contra choque elétrico, de 10622/1989


acordo com o nível de tensão

Ensaio dimensional: critérios para aceitação – as dimensões devem atender as espessuras,


tamanho e comprimentos específicos na norma.

Ensaio de tensão aplicada: instrumento utilizado – Testador de Dielétricos de Alta Potência


(Hypot), fabricante EEAT, Modelo AT20050CADMT2S, 120 kV: critérios para aceitação – a
luva deverá suportar a tensão nominal alternada de acordo com sua classe durante três
minutos, com uma corrente de fuga conforme comprimento da mesma.

Ensaio de tensão de perfuração: critérios para aceitação – a luva deverá suportar a tensão
nominal alternada, de acordo com sua classe sem rompimento.
Quadro 04: Teste de rigidez dielétrica luva de borracha.
http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos, pesquisado em 11/06/2014.

EPI Teste NBR

Calçado de proteção solado Determinação da resistência do solado a 12756/1992


isolante passagem da corrente elétrica

Ensaio realizado: Tensão aplicada e corrente de fuga, critérios para aceitação – o calçado
55

deverá suportar a tensão de 14 kV alternada durante um minuto. A corrente de fuga na


elevação de tensão e durante a aplicação de 14 kv alternada, não poderá exceder 0.5 mA
Quadro 05: Teste de rigidez dielétrica calçado.
http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos, pesquisado em 11/06/2014.

EPI Utilização NBR

Capacete de segurança Classe A/B e B para proteção da cabeça 8221/2003


contra impactos, perfurações e choques
elétricos

Ensaio realizado: Rigidez dielétrica, critérios para aceitação – o material deverá suportar uma
tensão alternada de 20 kV sem ocorrer perfuração, sua corrente de fuga não deverá ultrapassar
16 mA.
Quadro 06: Teste de rigidez dielétrica capacete.
http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos, pesquisado em 11/06/2014.

EPI Utilização NBR

Bastões e Varas de Trabalhos a distância e ao potencial 11854/1994


manobra Isolante permitindo isolação elétrica de acordo
com o nível de tensão

Ensaio realizado: Tensão aplicada, critérios para aceitação – o material deverá suportar a
tensão nominal de 50 kV alternada durante um minuto com uma corrente de fuga, de acordo
com o diâmetro do mesmo.
Quadro 07: Teste de rigidez dielétrica bastões e varas de manobra.
http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos, pesquisado em 11/06/2014.

EPI Utilização Norma

Tapete isolante de borracha Proteção contra choque elétrico de ASTM-D178


acordo com o nível de tensão

Ensaio realizado: Tensão aplicada, critérios para aceitação - o tapete deverá suportar a tensão
nominal alternada de acordo com sua classe de isolação durante um minuto.
56

Quadro 08: Teste de rigidez dielétrica tapete isolante de borracha.


http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos, pesquisado em 11/06/2014.

EPI Utilização NBR

Manga isolante de borracha Proteção contra choque elétrico de 10623/1989


acordo com o nível de tensão

Ensaio realizado: Tensão aplicada, critérios para aceitação – o material deverá suportar a
tensão nominal alternada de acordo com sua classe de isolação durante três minutos, não
podendo ocorrer a perfuração da mesma.
Quadro 09: Teste de rigidez dielétrica manga isolante de borracha.
http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos, pesquisado em 11/06/2014.

EPI Utilização Norma

Manta / Lençol isolante de Proteção contra choque elétrico de ASTM-D1048


borracha acordo com o nível de tensão

Ensaio realizado: Tensão aplicada, critérios para aceitação – a manta / lençol deverá suportar a
tensão nominal alternada de acordo com sua classe de isolação durante três minutos, não
podendo ocorrer sua ruptura
Quadro 10: Teste de rigidez dielétrica em manta e lençol isolante de borracha.
http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos, pesquisado em 11/06/2014.

3.6 CERTIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ELÉTRICOS EM


ÁREAS CLASSIFICADAS.

A certificação dos produtos para instalações em atmosferas explosivas é obrigatória. E


está regulamentado pela Portaria 176, de 17/07/2000 e foi atualizada pela Portaria 83 de
03/04/2006. A fiscalização é atribuição do INMETRO.
57

O glossário da NR 10 define área classificada como o local com potencialidade de


ocorrência de atmosfera explosiva. A atmosfera explosiva é a mistura de substâncias inflamáveis
na forma de gás, vapor, nevoa, poeira ou fibras, com o ar, sob determinadas condições
atmosféricas, na qual, após uma ignição, a combustão se propaga.

As fontes de ignição podem ter as seguintes origens:

 Eletrônica – Sensores, transmissores, circuitos eletrônicos em geral;


 Elétrica – Fiações abertas, painéis, contatores, botoeiras, luminárias, etc.;
 Mecânica – Esteiras, elevadores, moinhos, separadores, etc.;
 Eletrostática – Fricção, rolamento, transferência de líquidos inflamáveis.

Sendo assim, exige precauções para a construção, instalação e utilização de equipamentos


elétricos. Pretende-se, com isso, isolar ou eliminar uma fonte de ignição. Sabe-se que, para que
ocorra a explosão ou incêndio, são necessários três componentes, a saber: o combustível, o
oxigênio e a fonte de ignição. Desta forma, o objetivo é a eliminação da fonte de ignição, que no
caso é o equipamento elétrico.

O item 10.8.8.4, da NR 10, exige que “os trabalhos em áreas classificadas devem ser
precedidos de treinamento especifico de acordo com o risco envolvido”. Nestes locais há
restrições rigorosas para a realização de trabalho com eletricidade e exige treinamento
direcionado para os trabalhadores que desenvolvem atividades nestes locais.

A norma brasileira que regulamenta as instalações elétricas em atmosferas explosivas é a


NBR5418/1995. Porém, ela indica, no seu escopo, a necessidade de atenção a outras normas, as
quais a complementam. Exemplo são a NBR 9518/1998 – equipamentos elétricos para atmosferas
explosivas e a NBR 5410/2004 - instalações elétricas de baixa tensão.

O texto da NR 10 é bem claro ao falar sobre as às áreas classificadas e atmosferas


explosivas. Ela trouxe uma cobrança rígida quanto ao treinamento de segurança e a criação de
prontuários e relatórios de inspeção.
58

Neste contexto, seguem alguns itens da NR 10 e seus respectivos comentários:

Item 10.4.3. “Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos,


dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente,
preservando-se as características de proteção, respeitadas as recomendações do
fabricante e as influências externas”.

Pretende, assim, determinar o uso de equipamentos, dispositivos e ferramentas


elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente e certificar que elas mantêm as
características originais. Ou seja, devem preservar as características dos elementos de
proteção implantados na instalação, respeitadas as especificações e recomendações do
fabricante independentemente de onde tenha sido instalado. (Souza e Pereira 2008, pag.
44).

Item 10.6.3. Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades,


devem ser suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os
trabalhadores em perigo.

Caso haja um fator adverso que possa expor o trabalhador ao perigo durante a
execução de serviços com eletricidade este deve ser interrompido de imediato. Incluem-
se, neste caso, a liberação de acesso a pessoas não autorizadas, as alterações da
luminosidade ou qualquer item que possa influenciar a segurança. Por isso, deve-se,
exigir e seguir os procedimentos. (Souza e Pereira 2008, pag. 54).

Item10.6.5. O responsável pela execução do serviço deve suspender as


atividades quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação
ou neutralização imediata não seja possível.

Fica implícito que sempre que houver um trabalho com instalações energizadas
haverá um responsável por sua realização e, também, por sua suspensão, quando da
ocorrência de condição de risco não prevista, e cuja eliminação ou neutralização
imediata não seja possível. (Souza e Pereira 2008, pag. 55).

Item10.9.2. Materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados


à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente
59

explosivas devem ser avaliadas quanto á sua conformidade no âmbito do sistema


Brasileiro de Certificação.

Determina que os itens citados sejam obrigatoriamente certificados pela


Portaria n.176, de 17/07/2000, do INMETRO. Há, ainda, normas técnicas para as áreas
classificadas (NBR-5418, NBR-8370, NBR-9518, NBR-5420, NBR-5363, NBR-9883,
IEC 60079-0, IEC 60079-14, etc.). (Souza e Pereira 2008, pag. 69).

Item10.9.4. Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a riscos


acentuado de incêndio ou explosões devem ser adotados dispositivos de proteção, como
alarme e seccionamento automático, para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.

As áreas classificadas não toleram situações que em outros ambientes não


apresentam risco algum. Por isso, necessitam de medidas mais eficazes para evitar tal
situação. Há, obrigatoriamente, prevenção contra sobreaquecimento de superfície e
eliminação de arco elétrico, entre outras situações. (Souza e Pereira 2008, pag. 71).

Entretanto, ainda se encontra diversas anormalidades. As mais comuns são:


conexões de aterramento inadequadas ou inexistentes, ausência de parafusos ou
parafusos soltos em invólucros a prova de explosão e equipamentos à prova de explosão
inadequados para substâncias em uso. (Souza e Pereira 2008, pag. 71).

Item10.9.5. Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente


poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada,
conforme estabelece o item 10.5, ou supressão do agente de risco que determina a
classificação da área.

As instalações elétricas em atmosferas explosivas necessitam de supervisão e


acompanhamento durante toda a sua vida útil. Há pontos de extrema importância: a
permissão de trabalho é obrigatória, deve –se obedecer os princípios de desenergização;
alternativamente, a liberação para o trabalho neste local pode ser permitida ao eliminar a
substância que originou a classificação. (Souza e Pereira 2008, pag. 54).

É de suma importância que durante a execução de serviços a área ou o equipamento seja


sinalizado adequadamente.
60

A sinalização é uma medida complementar de controle de riscos. E sendo


complementar, ela necessita da adoção de outras medidas de prevenção para ser eficaz
(barreiras, invólucros, obstáculos...), contudo se constitui um item de segurança simples
e eficiente para a prevenção de riscos de origem elétrica em geral. Essa medida de
proteção promove a identificação (indicação, descrição, avisos...), a orientação
(instruções de bloqueios, de direção...) e advertência (proibição, obrigatoriedades,
impedimentos) nos ambientes de trabalho. Deve ser adotada a partir da fase de projeto
das instalações elétricas e constarem no memorial descritivo. (Souza e Pereira, 2008,
pag. 72).

3.7 RELATÓRIO TÉCNICO DAS INSPEÇÕES ATUALIZADAS COM


RECOMENDAÇÕES, CRONOGRAMAS DE ADEQUAÇÕES, CONTEMPLANDO
AS ALÍNEAS DE “A” A “F”.

Figura 7 – Resumo das partes componentes do PIE


http://www.mkeng.com.br/?page=NR10_15, em 12/06/2014.

A base para a elaboração do PIE é um conjunto de documentos que devem ser elaborados
baseado nas instalações elétricas do local e também do sistema de SPDA.
61

Conforme mostra a Figura 7, para fazer o Relatório Técnico das Inspeções (RTI) é
necessário que seja elaborado um laudo das instalações elétricas e um diagnóstico da NR 10.

O laudo das instalações elétricas analisa a conformidade das instalações da empresa com a
NBR 5410/2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão; a NBR 14039/2005 – Instalações
Elétricas em Média Tensão; e/ou com a NBR 5418/1995 – Instalações em áreas classificadas.

O diagnóstico da NR 10 é uma investigação sobre o atendimento dos itens elencados por


esta norma na empresa. De posse dessa informação, é possível ser elaborado um cronograma de
ações de forma à adequar as instalações da empresa à norma.

Somente de posse destes documentos é constituído o RTI. Entretanto, para formar a base
para o Prontuário das Instalações Elétricas, a legislação exige, ainda, o laudo do SPDA. Neste
contexto, Gunji descreve o seguinte:

O primeiro passo para organizar o prontuário das instalações elétricas é a


elaboração do Relatório Técnico das Inspeções (RTI) com o cronograma de ações para
adequação à NR 10. O RTI deve ser elaborado com base em um diagnóstico de situação
da empresa que analise os riscos, os procedimentos, as documentações e as medidas de
controle existentes na área elétrica e indique todos os requisitos da NR 10 não atendidas
pela empresa. (GUNJI, MASATOMO).

Como ilustração, um exemplo de diagnóstico da NR 10 é apresentado abaixo. Esta


inspeção foi adaptada do livro Normas Regulamentadoras comentadas e ilustradas, de Geovanni
Moraes, 2013, pag. 662. Observa-se a abordagem a cada um dos itens da NR 10,
individualmente.

Item da NR 10 Disposição Normativa Sim Não


10.2.1 Adoção de medidas de controle de risco elétrico e
outros riscos adicionais
10.2.2 Integração das medidas de controle adotadas ao
62

Sistema SMS da empresa


10.2.3 Esquemas unifilares atualizados das instalações
elétricas
10.2.4 Constituição do Prontuário das Instalações Elétricas
para cargas > 75 kW, com:
10.2.4 a Procedimentos e instruções técnicas e administrativas
10.2.4 b Laudos técnicos do SPDA e do SAE
10.2.4 c Especificação dos EPCs e EPIs
10.2.4 d Documentação da qualificação, capacitação e
autorização dos trabalhadores
10.2.4 e Laudos técnicos dos testes de isolação de EPIs e
EPCs
10.2.4 f Certificações de equipamentos e materiais usados em
áreas classificadas
10.2.4 g Relatório técnico das inspeções atualizadas e
cronogramas de adequações
10.2.5 Constituição de Prontuários das Instalações Elétricas
p/empresas do SEP, com:
10.2.5.a Descrição dos procedimentos de emergência
10.2.5 b Certificações dos EPCs e EPIs
10.2.5.1 Constituição de Pront. das Instalações Elétricas
p/empresas próx. Ao SEP, com:
10.2.6 Prontuário das Instalações Elétricas à disposição dos
trabalhadores
10.2.7 Elaboração dos documentos técnicos do PIE por
profissional habilitado
10.2.8.1 Adoção de medidas de proteção coletiva mediante
procedimentos de SMS
10.2.8.2 Define (entenda-se “impõe”) as medidas de proteção
coletiva
63

10.2.8.2.1 Implementação subsidiária de outras medidas de


proteção coletiva
10.2.8.3 Implementação do aterramento elétrico segundo
normas técnicas
10.2.9.1 Uso de EPIs de forma subsidiária às medidas de
proteção coletiva
10.2.9.2 Vestimentas protetoras adequadas ao trabalho
10.2.9.3 Proibição de adornos pessoais em trabalho com
instalações elétricas
10.3.1 Projeto: dispositivos de desligamento com
impedimentos de re-energização
10.3.2 Projeto: dispositivos de seccionamento de ação
simultânea com impedimento
10.3.3 Projeto: espaço seguro dimensionado para operação,
manutenção e construção
10.3.3.1 Projeto: identificação e separação de circuitos
elétricos de finalidades diferentes
10.3.4 Projeto: configuração do esquema de aterramento e
interligação de condutores
10.3.5 Projetos: dispositivos com recursos fixos de
equipotencialização e aterramento
10.3.6 Projeto: condições para adoção de aterramento
temporário
10.3.7 Projeto: disponibilização aos trabalhadores, pessoas
autorizadas e autoridades
10.3.8 Projeto: atendimento às normas técnicas, de SMS e
autor com habilitação legal
10.3.9 Projeto: Memorial Descritivo incluindo:
10.3.9 a Descrição da proteção contra choques elétricos,
queimaduras e riscos adicionais
64

10.3.9 b Indicação de “ligado” e “desligado” p/os dispositivos


de manobra dos circuitos
10.3.9 c Identificação dos circuitos, equipamentos,
dispositivos de manobra e outros
10.3.9 d Recomendações de restrições e advertências quanto
ao acesso de pessoas
10.3.9 e Precauções aplicáveis em face das influências
externas
10.3.9 f Princípio de funcionamento de dispositivos de
proteção e segurança de pessoas
10.3.9 g Descrição da compatibilidade dos dispositivos de
proteção com a instalação
10.4 1 SMS na construção, montagem, operação,
manutenção e supervisor autorizado
10.4.2 Medidas preventivas de controle de riscos adicionais
10.4.3 Uso de equipamentos, dispositivos e ferramentas
compatíveis com a instalação
10.4.3.1 Inspeção e teste da isolação dos equipamentos,
dispositivos e ferramentas
10.4.4 Segurança, controle periódico e inspeção das
instalações e da proteção elétrica
10.4.4.1 Proibição de guarda de objeto dentro de invólucros
de equipamentos elétricos
10.4.5 Garantia de iluminação ambiente e posturas de
trabalho de acordo com a NR 17
10.4.6 Ensaios e testes laboratoriais por normas legais e
pessoas com habilitação legal
10.5.1 a Instalações desenergizadas: seccionamento
10.5.1 b Instalações desenergizadas: impedimento de re-
energização
65

10.5.1 c Instalações desenergizadas: constatação de ausência


de tensão
10.5.1 d Instalações desenergizadas: aterramento temporário e
equipotencialização
10.5.1 e Instalações desenergizadas: proteção de elementos na
zona controlada
10.5.1 f Instalações desenergizadas: sinalização de
impedimento de re-energização
10.5.2 Manutenção da instalação desenergizadas até
autorizar re-energização, com:
10.5.2 a Retirada de ferramentas, utensílios e equipamentos
10.5.2 b Retirada da zona controlada de operários não
envolvidos com a re-energização
10.5.2 c Remoção do aterramento temporário,
equipotencialização/proteções adicionais
10.5.2 d Remoção da sinalização de impedimento de re-
energização
10.5.2 e Destravamento e religação dos dispositivos de
seccionamento dos circuitos
10.5.4 Modo de segurança dos serviços com possibilidade
de energização acidental
10.6.1 Segurança em instalações elétricas energizadas por
trabalhadores autorizados
10.6.1.1 Treinamento de trabalhadores em segurança, para
energizações acidentais
10.6.2 Procedimentos específicos para trabalhadores com
ingresso na zona controlada
10.6.3 Suspensão de serviços em instalações energizadas, na
iminência de perigo
10.6.4 Análise de riscos para as inovações tecnológicas em
66

instalações energizadas
10.6.5 Suspensão das atividades por responsável pela
execução na iminência de risco
10.7.1 Segurança para trabalhadores de instalações de alta
tensão energizadas
10.7.2 Treinamento de trabalhadores em segurança no SEP
10.7.3 Impedimento de realizar individualmente trabalhos
em AT ou no SEP
10.7.4 Ordem de serviços para trabalhos em instalações
energizadas em AT e no SEP
10.7.5 Avaliação de SMS antes de iniciar serviços em AT
energizada e no SP
10.7.6 Procedimentos autorizados para serviços em AT
energizada e no SEP
10.7.7 Bloqueio do religamento automático antes de iniciar
serviços em AT energizada
10.7.7.1 Sinalização de equipamento desativado nos serviços
com AT energizada
10.7.8 Testes ou ensaios em equipamentos, ferramentas e
dispositivos isolantes de AT
10.7.9 Equipamento de comunicação em serviço com
instalação AT energizada e SEP
10.8.5 Sistema de identificação do trabalhador autorizado
10.8.6 Condição de trabalhador autorizado registrada nos
apontamentos da empresa
10.8.7 Exame de saúde compatível com atividades a cargo
do trabalhador autorizado
10.8.8 Treinamento especifico sobre SMS aos trabalhadores
como previsto no Anexo II
10.8.8.1 Autorização da empresa e trabalhadores com bom
67

desempenho nos Cursos


10.8.8.2 Treinamento de reciclagem bienal aos trabalhadores,
autorizados, se houver
10.8.8.2 a Troca de função ou mudança de empresa
10.8.8.2 b Retorno por afastamento por inatividade superior a
seis meses
10.8.8.2 c Modificação nas instalações, procedimentos,
métodos e processos de trabalho
10.8.8.3 Carga horaria e conteúdo programático dos
treinamentos e reciclagens
10.8.8.4 Treinamento especifico sobre riscos de serviço em
áreas classificadas
10.8.9 Noções para identificar e avaliar riscos para leigos
em zonas livre ou controlada
10.9.1 Proteção contra incêndio e explosão em áreas com
instalações elétricas
10.9.2 Avaliação de conformidade de materiais e
equipamentos em ambiente explosivo
10.9.3 Proteção especifica a processos e equipamentos
geradores de cargas estáticas
10.9.4 Alarme e seccionamento automático de instalações
em áreas classificadas
10.9.5 Liberação formal de permissão de trabalhos elétricos
em áreas classificadas
10.10.1 Sinalização adequada de segurança, como disposto
na NR 26, contemplando:
10.10.1 a Identificação dos circuitos elétricos
10.10.1 b Travamento e bloqueio de dispositivos e sistemas de
manobra e comandos
10.10.1 c Restrições e impedimentos de acesso
68

10.10.1 d Delimitação das áreas


10.10.1 e Sinalização de vias públicas e de circulação de
pedestres, veículos e cargas
10.10.1 f Sinalização de impedimento de re-energização
10.10.1.g Identificação de equipamento ou circuito impedido
10.11.1 Procedimentos específicos de trabalho assinados por
profissional habilitado
10.11.2 Ordens de serviço com conteúdo especificado,
aprovadas por pessoa autorizada
10.11.3 Conteúdo completo dos procedimentos de trabalho,
com medidas de controle
10.11.4 Participação do SEESMET nos procedimentos de
trabalho, SMS e treinamentos
10.11.5 Autorização dada ao trabalhador em conformidade
com treinamento ministrado
10.11.6 Supervisão e condução dos trabalhos por trabalhador
indicado e apto à função
10.11.7 Avaliação técnica e de SMS antes de iniciar serviços
em equipe
10.11.8 Alternância de atividades dos trabalhadores
envolvidos à luz do sistema SMS
10.12.1 Plano de emergência contemplando ações em
serviços com eletricidade
10.12.2 Trabalhadores autorizados com aptidão para resgatar
e socorrer acidentados
10.12.3 Obrigatoriedade de adoção de plano de resgate de
acidentados
10.12.4 Trabalhadores autorizados com aptidão para a
prevenção/combate a incêndios
10.13.2 Informação aos trabalhadores sobre os riscos a que
69

estão expostos na atividade


10.13.3 Adoção obrigatória de medidas preventivas e
corretivas em acidentes elétricos
10.14.1 Direito de recusa de ação do trabalhador, em face de
risco grave e iminente
10.14.2 Controle de risos originados por outem, por parte da
empresa
10.14.4 Documentos da NR 10 disponíveis a trabalhadores,
com certas limitações
10.14.5 Disponibilização permanente de documentos da NR
10 para autoridades fiscais
70

4 DOCUMENTAÇÃO ESPECIFICA

As empresas que trabalham em instalações e equipamentos que integram o Sistema


Elétrico de Potência (SEP - empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica)
devem organizar um prontuário de instalações mais completo. Nestes casos, a NR 10, em seu
item 10.2.5, alíneas “a” e “b”, exige que, além dos itens já abordados, deve-se incluir a descrição
para os procedimentos de emergências e as certificações dos equipamentos de proteção individual
e coletiva. Esta exigência é válida, também, para as empresas contratadas e que atuam no SEP.

4.1 DESCRIÇÃO PARA OS PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA.

Exige-se aqui procedimentos escritos sobre o que deve ser feito e para onde deve ser
encaminhado o trabalhador em caso de acidente. Esta descrição poderá ter um modelo padrão
para servir de referência, mas os casos particulares deverão ter procedimentos próprios.

O procedimento deve informar detalhadamente as orientações a serem seguidas. Pretende-


se com isso eliminar as surpresas desagradáveis, pois trabalhadores com conhecimentos básicos
desenvolverão comportamentos preventivos.

A todos envolvidos caberá o aperfeiçoamento. Tendo o objetivo de qualificar-se para os


exercícios das suas atividades com o máximo de segurança. É de extrema importância que este
procedimento mantenha-se atualizado.

4.2 CERTIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E


COLETIVA
71

A Constituição Federal do Brasil diz que cabe aos empregadores tomar todas as
providências cabíveis para que o ambiente de trabalho não seja prejudicial ao trabalhador. Ele
deve buscar eliminar todos os meios de adoecimento e riscos de acidentes no ambiente de
trabalho.

Mas, se não for possível, com as medidas de engenharia e de medicina do trabalho, deve-
se utilizar os equipamentos de proteção coletiva e/ou os equipamentos de proteção coletiva. Estes
EPIs e EPCs devem ser certificados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, pois, caso contrário,
não são considerados como equipamentos de proteção.
72

5 MODELO DE PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Neste capitulo é apresentado um modelo a ser seguido na elaboração do prontuário. Ele


não é definitivo e pode servir de referência para qualquer empresa, desde que as particularidades
de cada uma sejam respeitadas. Em cada item do modelo é apresentada a documentação mínima
exigida pela legislação.

PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS


(Portaria 598, de 07/12/2004, item 10.2.4, da NR 10)
Estabelecimento:

Endereço:

Cidade / Estado: CEP:

Telefone: CNPJ:

Inscrição Estadual:

Inscrição Municipal:

CNAE: Atividade:

Grau de Risco: Número de Funcionários:


APLICAÇÃO DA NORMA
Esta norma é aplicada somente aos estabelecimentos com carga instalada superior a 75
KW
(NR 10, item 10.2.4)
Conjunto de Procedimentos, instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde,
implantadas e relacionados a esta NR e descrição das medidas de controle de existentes
(NR 10, item 10.2.4-a)

Procedimentos de trabalho e instruções técnicas especificas para cada atividade sob a


responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.
Instruções de segurança e saúde sob a responsabilidade do SESMET.
73

Indicar as medidas de controle implantadas e que devem ser de conhecimento de todos os


trabalhadores;

Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas


atmosféricas e aterramentos elétricos
(NR 10, item 10.2.4-b)

Documentação sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado, de acordo com as


atribuições profissionais dada pelo CREA.
Atender ABNT NBR 5419/2005.
Seguir criteriosamente a frequência, a natureza das inspeções e medição de aterramento
conforme rege a citada norma.
Elaborar laudo do SPDA e mantê-lo atualizado.

Especificação dos Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual e o ferramental,


aplicáveis conforme determina essa NR
(NR 10, item 10.2.4-c)

Atender a NR 06, sob responsabilidade do SESMET.


Arquivar as especificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual, após realizar
treinamento com os trabalhadores envolvidos. Responsabilidade do SESMET.
Registrar todo os trabalhadores que foram treinados. Responsabilidade do SESMET.
Especificação do ferramental, deixando de forma clara a sua finalidade, suas características e
seus limites de uso. Sob responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização e dos


treinamentos realizados
(NR 10, item 10.2.4-d)

Anexar o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), em que conste a compatibilidade de seu


74

estado de saúde com a função.


Autorização formal da empresa para intervir nas instalações elétricas, anotada no seu registro de
empregado.
Arquivar os documentos de qualificação (instituição oficial de ensino), da habilitação (conselho
de classe), da capacitação (treinamento realizado por profissional habilitado e autorizado na
empresa), dos treinamentos exigidos pela NR 10 para serviços específicos (por exemplo,
trabalho em espaço confinado, trabalho em altura, trabalho no Sistema Elétrico de Potência,
etc.).
Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir treinamento
sobre os riscos decorrentes do emprego de energia e as principais medidas de prevenção de
acidentes, de acordo com o estabelecido no Anexo II da NR 10.
Curso Básico – Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade, com carga horária mínima
de 40:00 h. Obrigatório para serviços em instalações elétricas.
Curso complementar – Sistema Elétrico de Potência (SEP), com carga horária mínima de 40 h.
Obrigatório para serviços no SEP.

Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção


individual
(NR 10, item 10.2.4-e)

Os EPIs e EPCs devem ser testados para garantir as suas características de isolação. O teste
deve ser inicial (atestado do fabricante) e ao longo da vida útil para garantir as características
necessárias para segurança e saúde do trabalhador.
Os testes de isolação devem seguir os períodos estabelecidos pela norma técnica do componente
ou, se não for especificado na norma, pelo fabricante.
Os relatórios dos testes de isolação – laudos dos ensaios – devem estar no PIE.

Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas. (NR 10, item
10.2.4-f)
75

Arquivar os certificados dos equipamentos e materiais elétricos para uso nestas áreas.
Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em
instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser
avaliados quanto a sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. (NR 10,
item 10.9.2).
Cópia dos certificados de conformidade emitidos por organismo certificado.

Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de


adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”
(NR 10, item 10.2.4-g)

Realizar auditorias periódicas das condições das instalações elétricas e emitir relatório das não
conformidades encontradas de acordo com a legislação vigente.
Propor adequação e estabelecer um cronograma.
Manter atualizada as instruções, procedimentos, esquemas elétricos, treinamentos e demais
obrigações do PIE facilitará a emissão do Relatório Técnico de Inspeção (RTI).
O relatório, incluindo o cronograma de adequação, orienta os profissionais de manutenção e
segurança no processo de adequação a NR 10.
A inspeção deve ser a primeira atividade realizada na empresa no programa de adequação a NR
10. E deve ser realizada periodicamente para garantir a manutenção da adequação.
A periodicidade deve ser estabelecida pelo SESMT ou pela CIPA. Na falta destes, pelo
responsável designado pela empresa para organizar e manter o prontuário.

As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do Sistema Elétrico


de Potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 e acrescentar ao
prontuário os documentos a seguir listado
(NR 10, item 10.2.5)

O Sistema Elétrico de Potência –SEP (empresas de geração, de transmissão e de distribuição


elétrica), concessionárias ou suas contratadas, devem organizar um prontuário contemplando os
76

documentos descritos no item 10.2.4, anterior, acrescentando-o dois documentos.

Descrição dos procedimentos de emergência


(NR 10, item 10.2.5-a)

O plano de emergência do estabelecimento tem por objetivo a preparação e organização dos


meios existentes para garantir a salvaguarda dos seus ocupantes em caso de ocorrência de uma
situação perigosa.
Elaborar análise de risco para indicar os cenários de acidentes para que seja possível identificar,
não apenas as medidas de controle para evitar a sua ocorrência, mas os recursos necessários
para minimizar os efeitos em caso de ocorrência. Deve ser revisto sempre que houver
introdução de novos equipamentos ou serviços.
O plano de emergência deve ser elaborado conforme as atividades e características de cada
empresa, e revisado periodicamente.
Todos os trabalhadores deverão conhecer e estar aptos para adotá-lo em emergências.
Nenhum sistema de prevenção a sinistro será eficaz se não houver o elemento humano
preparado para operá-lo.
Responsáveis pela elaboração: SESMT e profissional habilitado e autorizado.

Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual


(NR 10, item10.2.5-b)

Os requisitos técnicos e legais relacionados a fabricação, importação, comercialização, uso,


reposição, higienização do EPI estão estabelecidas na NR 06.
Os EPIs para serviços em instalações elétricas devem ser submetidos aos testes de integridade
periodicamente ou sempre que for identificado algum dano que possa comprometer o seu uso.
Os testes de integridade devem ser feitos em laboratórios cadastrados pelo INMETRO e
emitidos certificados dos testes realizados. A periodicidade é determinada pela norma
especifica do equipamento ou especificação do fabricante, nesta ordem.
77

CONCLUSÃO

A intenção deste trabalho é criar um modelo simples e esquemático de como montar um


prontuário de instalações elétricas que possa ser utilizado por qualquer empresa, e, ao mesmo
tempo, respeitar as particularidades de cada uma.

Durante a elaboração foram apresentados esquemas, indicadas as leituras necessárias e


apresentados os itens obrigatórios para a montagem do documento. Há, ainda, comentários sobre
as principais normas exigidas para a elaboração do PIE.

Por entender que este é um tema complexo, este trabalho não tem a pretensão de esgotá-
lo. Trata-se de uma ferramenta que visa oferecer às empresas mais uma alternativa em busca da
adequação de suas instalações elétricas à legislação vigente. Além disso, tem o objetivo de
inserir-se como mais uma colaboração no constante aperfeiçoamento das técnicas empregadas
para atendimento ao normativo.
78

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações Elétricas de


Baixa Tensão. Rio de janeiro: 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419: Proteção de estruturas


contra descargas atmosféricas. Rio de Janeiro: 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14039: Instalações Elétricas de


Média Tensão. Rio de Janeiro:2003.

BIGI. Celso. Segurança do Trabalho. Disponível em:


<http://tstsergiobigi.blogspot.com.br/2011/04/mapa-mental-nr-10.html>. Acesso em 03 de
julho de 2014.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 04 – Serviços Especializados de Engenharia de


Segurança e em Medicina e Saúde do Trabalho – SESMT. Brasília: Ministério do Trabalho e
Emprego. Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/data/files/FF80808145B269620145D2D2CC874DCC/NR-
04%20(Atualizada%202014).pdf>. Acesso em 28 de abril de 2014.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 06 – Equipamento de Proteção Individual.


Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em:
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D36A2800001388130953C1EFB/NR-
06%20(atualizada)%202011.pdf. Acesso em 02 de Fevereiro de 2014.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em


Eletricidade. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em:
79

http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A38CF493C013906EC437E23BF/NR-
10%20(atualizada).pdf. Acesso em 13 de dezembro de 2013.
CPNSP. Curso básico de segurança em instalações e serviços em eletricidade: manual de
treinamento – NR-10.

CURSO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. Disponivel em: <


http://www.cursoeletricista.com.br>, Acesso em 14 de junho de 2014.

DIAGNERG. Disponível em: <http://www.diagnerg.com.br/>. Acesso em 03 de julho de 2014.

INFRAERO. Prontuário de instalações do aeroporto de Campina Grande Presidente João


Suassuna. Campina Grande: 2010.

LOBOSCO, Vagner. Gestão NR-10: Faça você mesmo! 2ed. São Paulo: LTR, 2013.

BRASIL. Lei Federal 11.337/2006 – Uso Obrigatório de Sistema de aterramento e tomada


terra nas edificações.

MKENG. Disponível em: <http://www.mkeng.com.br/?page=NR10_15>. Acesso em 12 de junho


de 2014.

MONTAL. Disponível em: http://www.montal.com.br/ultimas-noticias/item/18-o-que-%C3%A9-


spda.html. Acesso em 14 de julho de 2014.

MORAES, Giovanni Araújo (Org). Legislação de segurança e saúde ocupacional. 9 ed. Rio de
Janeiro: Gerenciamento verde, 2013.

NSA Laboratório. Disponível em: <http://www.nsalaboratorio.com/?p=Servicos>. Acesso em 11


de junho de 2014.

OLIVEIRA, Luis Eduardo de; GALLO, José Wilson Furlan. Analises e organização para a
elaboração do prontuário técnico sobre sistemas e instalações elétricas com a finalidade do
80

atendimento a NR-10 do Ministério do Trabalho e Emprego e outras normas técnicas


vigentes. São Paulo, 2007 [Apostila – Assessotec Consultoria Técnica e Auditoria].

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. Disponível em:


<www.curitiba.pr.gov.br/COSEDI>. Acesso em 15 de março de 2014.

RECICLAGEM SYSTEM MÁQUINAS PESADAS. Disponível em:


http://reciclagemsystem.blogspot.com.br/2010/06/painel-eletrico-de-media-tensao.html>. Acesso
em 03 de Julho de 2014.

SOUZA, João José Barrico; PEREIRA, Joaquin Gomes. Manual de Auxilio na Interpretação e
Aplicação da nova NR-10. São Paulo: LTR, 2008.

UNIFEI. Universidade Federal de Itajubá. Disponível em:


<http://juno.unifei.edu.br/bim/0031269D.pdf>. Acesso em 13 de junho de 2014
81

ANEXOS

Nos questionários apresentados a seguir estão algumas das principais questões referentes
as normas citadas. Elas devem e podem ser analisadas sempre que for revisar o Prontuário de
Instalações Elétricas e também em momentos de auditoria.

Na elaboração destes questionários houve o apoio do Engenheiro Valmir Vinchi.

ANEXO 01 – NBR 5410/2004

1. Pessoas e animais estão protegidos contra choques elétricos, seja por risco associado ao
contato acidental ou por falhas acidentais?
2. As instalações elétricas estão protegidas contra riscos de incêndio devido à presença de
materiais inflamáveis exposto a temperaturas elevadas ou arcos elétricos?
3. Pessoas, animais e bens estão protegidos contra efeitos negativos de temperatura ou
solicitações eletromecânicas excessivas?
4. Os condutores (exceto os vivos e partes destinadas a escoar correntes de falta) estão projetados
para suportar correntes de falta sem atingir temperaturas excessivas?
5. Pessoas, animais e bens estão protegidos contra consequências de ocorrências que resultem de
sobretensões, tais como faltas de partes vivas de circuitos sob diferentes tensões, fenômenos
atmosféricos e manobras?
6. É assegurado o funcionamento dos equipamentos de emergência?
7. Existem dispositivos de desligamento de emergência, identificados e rapidamente
manobráveis?
8. A alimentação da instalação, circuitos e equipamentos podem ser secionadas, para
manutenção, verificação, localização de defeitos e reparos?
9. A instalação é construída livre de influência mútua prejudicial entre instalações elétricas e não
elétricas?
82

10. Os componentes da instalação atendem as normas técnicas aplicáveis, possuindo


características compatíveis com as condições elétricas, operacionais e ambientais a que forem
submetidos? Existem medidas compensatórias caso esses componentes não atendem a esses
requisitos?
11. Para a seleção dos componentes são levados em consideração os efeitos indesejados que os
mesmos possam apresentar em serviço normal (incluindo manobras) sobre os outros
componentes ou sobre a rede de alimentação?
12. As instalações dos componentes são executadas por pessoal qualificado, de forma a atender
aos requisitos especificados no sub item 4.1.13?
13. As instalações elétricas são inspecionadas e ensaiadas antes da entrada em funcionamento
e/ou após reforma?
14. O projeto, execução, verificação e manutenção das instalações elétricas é executado por
pessoal qualificado?
15. As características citadas abaixo, detalhadas nos sub itens 4.2.1 a 4.2.8 são atendidas quando
da concepção da instalação elétrica?
a. Utilização prevista e demanda: Contrato de demanda.
b. Esquema de distribuição: Sistema de aterramento.
c. Alimentações disponíveis:
d. Necessidade de serviços de segurança e de fontes apropriadas:
e. Exigências quanto à divisão da instalação:
g. Riscos de incompatibilidade e de interferências (analises de interferências para harmônicas na
rede elétrica do terminal):
h. Requisitos de manutenção (periodicidade):
16. Os requisitos de proteção contra choques elétricos: proteção básica (contato direto) e proteção
supletiva (contato indireto) são asseguradas?
17. As medidas de proteção contra choques elétricos descritos em 5.1.2.2 a 5.1.2.5 são aplicadas
conforme os locais específicos descritos na seção 9 desta norma?
18. Estão implementados os meios de proteção adicional descritos em 5.1.3, conforme os locais
específicos descritos na seção 9 desta norma?
19. São aplicadas medidas de proteção contra choques elétricos conforme descrito em 5.1.4?
83

20. São aplicadas medidas de proteção parcial contra choques elétricos conforme descrito em
5.1.5?
21. Quando omitidas as proteções contra choques elétricos, às mesmas o são em locais acessíveis
apenas a pessoas advertidas (conforme BA4 - tabela 18) ou qualificadas (BA% - tabela 18) e se
as condições descritas em 5.1.6.2 a 5.1.6.7 forem simultaneamente atendidas?
22. As pessoas acima referenciadas estão adequadamente instruídas?
23. Os requisitos descritos nos sub itens 5.1.6.3 a 5.1.6.7 estão atendidas?
24. Existem proteções contra efeitos térmicos, considerando: Proteção contra incêndio e proteção
contra queimaduras?
25. Existem proteções contra sobrecorrentes, considerando: natureza dos dispositivos de
proteção, proteção de acordo com a natureza dos circuitos, proteção contra correntes de
sobrecarga, proteção contra correntes de curto circuito, coordenação entre a proteção contra
correntes de sobrecarga e correntes de curto circuito e limitação das sobrecorrentes através das
características da alimentação?
Relés de proteção de acordo com a tabela Ansi:
Função 27 - relé de subtensão;
Função 50BF - relé de proteção contra falha de disjuntor;
Função 50 - relé de sobrecorrente instantâneo;
Função 51 - relé de sobrecorrente temporizado;
Função 50N - sobrecorrente instantâneo de neutro;
Função 51N - sobrecorrente temporizado de neutro;
Função 59 - relé de sobretensão;
Função 86 - relé auxiliar de bloqueio.
Todos estes dispositivos de proteção estão identificados no diagrama unifilar geral do projeto?
26. Existem dispositivos de proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas,
incluindo proteções contra sobretensões temporárias, transitórias e prevenção de influências
eletromagnéticas nas instalações e seus componentes.
Relés de proteção de acordo com a tabela Ansi:
Função 27 - relé de subtensão;
Função 50BF - relé de proteção contra falha de disjuntor;
Função 50 - relé de sobrecorrente instantâneo;
84

Função 51 - relé de sobrecorrente temporizado;


Função 50N - sobrecorrente instantâneo de neutro;
Função 51N - sobrecorrente temporizado de neutro;
Função 59 - relé de sobretensão;
Função 86 - relé auxiliar de bloqueio.
Todos estes dispositivos de proteção estão identificados no diagrama unifilar geral do projeto?
27. Existem dispositivos de proteção contra quedas e falta de tensão?
28. Existem medidas de seccionamento e comandos não automático, local ou à distância para
evitar ou eliminar perigos com as instalações elétricas ou com os equipamentos e máquinas por
elas alimentadas conforme descrito em 5.6?
29. A seleção e instalação dos componentes atendem os requisitos prescritos no item 6.1?
30. A seleção e a instalação das linhas elétricas atem aos princípios detalhados no item 4.1?
31. A seleção e a instalação dos condutores vivos atendem ao descrito nos sub itens 6.2.2 a
6.2.11?
32. A seleção e instalação dos dispositivos destinados a proteção, seccionamento e comando
atendem o descrito nos sub itens 6.3.2 a 6.3.7?
33. As edificações possuem infraestrutura de aterramento conforme descrito no sub item 6.4.1?
34. Para as edificações foram realizadas equipotencialização principal, local e suplementares
visando a proteção contra choques elétricos?
35. Os condutores de proteção atendem ao estabelecido no item 6.4.3?
36. Os condutores de equipotencialização atendem ao estabelecido no item 6.4.4?
37. Os barramentos de equipotencialização principal quando usado para fins de aterramento
funcional atendem ao prescrito no item 6.4.5?
38. O aterramento utilizado por razões funcionais atende ao prescrito no item 6.4.6?
39. O aterramento combinado (funcional e proteção) atende ao prescrito no item 6.4.7?
40. Outros componentes, tais como: motores elétricos, baterias de acumuladores, tomadas de
corrente e extensões, conjunto de proteção, manobra e comando e equipamento de utilização
atendem ao descrito no sub item 6.5?
41. As fontes de segurança, circuitos e componentes elétricos dos serviços de segurança, atendem
ao descrito no item 6.6?
85

42. Os aspectos de Verificação final das instalações devem atender aos requisitos do item 7,
incluindo inspeção visual, ensaios e registros.
43. A periodicidade da manutenção é adequada ao tipo de instalação, e são executadas por
pessoal qualificado?
44. As manutenções preventivas são realizadas conforme item 8.3?
45. As manutenções corretivas são realizadas conforme item 8.4?

ANEXO 02 - NBR-5419/2005

1 – Quaisquer elementos condutores expostos, isto é que do ponto de vista físico possam ser
atingidos pelos raios, são considerados como parte do SPDA? (5.1.1.4.1)
2 – O nível de proteção do SPDA é determinado conforme a tabela B.6 desta Norma? (4.3)
3 – O tipo e o posicionamento do SPDA são estudados cuidadosamente no estágio de projeto da
edificação, para se tirar o máximo proveito dos elementos condutores da própria estrutura? (4.4).
4– A natureza e a resistividade do solo são consideradas no estágio inicial do projeto? (4.5)
5– O projeto, a instalação e os materiais utilizados em um SPDA atendem plenamente a esta
norma? 4.7
6 – São observados os requisitos da tabela 1 e da figura 1 para o correto posicionamento dos
captores? 5.1.1.2.1
7 – São utilizados para o projeto dos captores um dos seguintes métodos?
a) Ângulo de proteção (método Franklin)
b) esfera rolante ou fictícia (modelo eletro geométrico)
c) condutores em malha ou gaiola (método Faraday) (5.1.1.2.2)
8 – Para um SPDA isolado, a distância entre o subsistema captor e instalações metálicas do
volume a proteger é maior que 2m? (5.1.1.3.1)
9 – O empreendimento está ciente que para captores instalados em altura superior a 10m é
recomendado instalar um captor em forma de anel, disposto ao longo de todo perímetro e o
mesmo não deve estar situado a mais de 0,5 da borda do perímetro superior da edificação?
(5.1.1.3.3)
86

10 – Quaisquer elementos condutores expostos, isto é que do ponto de vista físico possam ser
atingidos pelos raios, são considerados como parte do SPDA? (5.1.1.4.1)
11 – São satisfeitas as seguintes condições para os captores naturais?
a) a espessura do elemento metálico não deve ser inferior a 0,5 mm ou conforme indicado na
tabela 4, quando for necessário prevenir contra perfurações ou pontos quentes no volume e
proteger;
b) a espessura do elemento metálico não deve ser inferior a 2,5mm, quando não for importante
prevenir contra perfurações ou ignição de materiais combustíveis no volume a proteger;
c) o elemento metálico não deve ser revestido de material isolante (não se considera isolante uma
camada de pintura de proteção, ou a,5 mm de asfalto, ou 1mm de PVC);
d) a continuidade elétrica entre as diversas partes deve ser executada de modo que assegure
durabilidade;
e) os elementos não-metálicos acima ou sobre o elemento metálico podem ser excluídos do
volume a proteger (em telhas de fibrocimento, o impacto do raio ocorrer habitualmente sobre os
elementos metálicos de fixação). (5.1.1.4.2)
12– Em construções em alvenaria, ou de qualquer tipo sem armadura metálica interligada, é
implantado um SPDA com descidas externas, embutidas ou não? (5.1.2.1.2)
13 - Os condutores de descida são dispostos de modo que:
a) a corrente percorra diversos condutores em paralelo?
b) o comprimento desses condutores é o maior possível? (5.1.2.1.3)
14 - São previstas as seguintes quantidades mínimas de condutores de descida?
a) um ou mais mastros separados – um condutor de descida para cada mastro (não condutor) b)
um ou mais condutores horizontais separados – um condutor de descida na extremidade de cada
condutor horizontal; R: sim, ver projeto de SPDA.
c) rede de condutores - um condutor de descidas para cada estrutura de suporte (não condutora).
(5.1.2.2.1)
15 - A distância entre os sistemas de descida e as instalações metálicas do volume a proteger não
é inferior a 2m? (5.1.2.2.2)
16 – Os condutores de descida são distribuídos ao longo do perímetro do volume a proteger, de
modo que seus espaçamentos médios não sejam superiores aos indicados na tabela 2? Se o
87

número mínimo de condutores assim determinado for inferior a dois, são instaladas duas
descidas? (5.1.2.3.1)
17 – Os condutores de descida não naturais são interligados por meio de condutores horizontais,
formando anéis sendo o primeiro o anel de aterramento (ver 5.1.3.5.2) e, na impossibilidade
deste, um anel até no máximo 4m acima do solo e outros a cada 20 m de altura? Os captores de
descargas laterais aterrados ou interligados, possuem espaçamento horizontal não superior a 6 m,
mantendo-se o espaçamento máximo vertical de 20m? (5.1.2.3.2)
18 – Os condutores não naturais estão instalados a uma distância mínima de 0,5 m de portas,
janelas e outras aberturas e fixados a cada metro de percurso? (5.1.2.3.3)
19 – A instalação dos condutores de descida leva em consideração o material da parede onde os
mesmos serão fixados?
a) Se for de material não inflamável, pode ser instalado na superfície ou embutido na mesma.
b) Se for de material inflamável e a temperatura causada pela passagem da corrente de descarga
atmosférica não resultar em risco, os condutores de descida podem ser instalados na sua
superfície.
c) se a parede for de material inflamável e a elevação de temperatura dos condutores de descida
resultar em risco para este material, a distância entre os condutores e o volume a proteger deve
ser de no mínimo 10 cm (os suportes metálicos dos condutores de descida podem estar em
contato com a parede). (5.1.2.3.4)
20 – Os condutores de descida são retilíneos e verticais, de modo a prover o trajeto mais curto e
direto para a terra? Laços (conforme a figura 3) são evitados? Onde isto não for possível, a
distância medida entre dois pontos do condutor e o comprimento (l) do condutor entre esses dois
pontos, segundo a mesma figura, estão conforme 5.2.2? (5.1.2.4.2)
21 – Os cabos de descida são protegidos contra danos mecânico até, no mínimo, 2,5 m acima do
nível do solo? A proteção é feita por meio de eletroduto rígido de PVC ou metálicos (quando
metálicos o cabo de descida deve ser conectado às extremidades superior e inferior)? (5.1.2.4.3)
22 – As equalizações de potenciais internos à estrutura seguem o mesmo critério do sistema
externo? Próximo ao solo e, no máximo, a cada 20 m de altura, todas as massas metálicas
(tubulação, esquadrias metálicas, trilhos, etc.) são ligadas diretamente a uma armadura local (de
pilar, viga ou laje)? Os sistemas elétricos de potencia e de sinal são referenciados a um
88

barramento de equalização (TAP/LEP), o qual deve ser ligado a uma armadura local e/ou ao
eletrodo de aterramento? (5.1.2.5.7)
23 – Os condutores de decida (exceto são os naturais e embutidos) são providos de uma conexão
de medição, instalada próxima do ponto de ligação ao eletrodo de aterramento? A conexão é
desmontável por meio de ferramenta? A conexão permanece normalmente fechada? (5.1.2.6.1)
Obs.: Os condutores e acessórios de aço (exceto inox) devem ser protegidos com uma camada de
zinco aplicado (fogo) conforme a NBR 6323, ou com uma camada de cobre com espessura
mínima de 254µm, conforme a NBR 13571.
24 – Sistemas de aterramento distintos são interligados através de uma ligação eqüipotencial de
baixa impedância? (5.1.3.1.3)
25 – São utilizados os seguintes tipos de eletrodo de aterramento?
a) aterramento natural pelas fundações, em geral as armaduras de aço das fundações;
b) condutores em anel;
c) hastes verticais ou inclinadas;
d) condutores horizontais radiais; (5.1.3.2.1)
26 - Eletrodos em formas de placas ou pequenas grades são evitados, para evitar corrosão?
(5.1.3.2.2)
27 – As armaduras de aço embutidas nas fundações das estruturas, cujas características
satisfaçam às prescrições de 5.1.5, são utilizadas como eletrodo de aterramento natural nas
seguintes condições?
a) as armaduras de aço das estacas, dos blocos de fundação e das vigas baldrame devem ser
firmemente amarradas com arame recozido em cerca de 50% de seus cruzamentos ou soldados.
As barras horizontais devem ser sobrepostas por no mínimo 20 vezes o seu diâmetro, e
firmemente amarradas com arame recozido ou soldados;
b) em fundação de alvenaria pode servir como eletrodo de aterramento, pela fundação, uma barra
de aço de construção, com diâmetro mínimo de 8mm, ou uma fita de aço de 25mm x 4mm,
disposta com a largura na posição vertical, formando um anel em todo o perímetro da estrutura. A
camada de concreto que envolve estes eletrodos deve ter uma espessura mínima de 5cm.
c) as armaduras de aço das fundações devem ser interligadas com as armaduras de aço dos pilares
da estrutura, utilizados como condutores de decida naturais, de modo a assegurar continuidade
elétrica equivalente à prescrita em (5.1.2.5)
89

d) o eletrodo de aterramento natural assim constituído deve ser conectado à ligação equipotencial
principal prescrita em 5.2.1, através de uma barra de aço com diâmetro mínimo de 8mm, ou uma
fita de aço de 25 mm X 4 mm. Em alternativa, a ligação equipotencial principal deve
simplesmente ser aterrada a uma armação de concreto armado próxima, quando estas são
constituintes do SPDA.
e) no caso de se utilizarem as armaduras como constituintes do SPDA, sempre que possível, deve
ser prevista a avaliação do aterramento da edificação, por injeção de corrente através da terra,
entre a barra TAP, desligada da alimentação exterior, e um eletrodo externo ao edifício. f) além
da verificação do aterramento, se a execução da construção não tiver sido acompanhada pelo
responsável pelo aterramento, deverá fazer-se a verificação da continuidade elétrica das
armaduras, por injeção de corrente entre pontos afastados tanto na vertical como na horizontal.
Os valores de impedância medidos costumam situar-se entre alguns centésimos e poucos décimos
de ohm, respeitando o valor máximo indicado em 5.1.2.5.5 (5.1.3.3.1)
28 – São instalados no mínimo, dois eletrodos que tenham comprimento inferior ao estabelecido
na figura 2, assim determinado?
a) l1 – para eletrodos horizontais radiais
b) 0,5 l1 – para eletrodos verticais (ou inclinados) (5.1.3.3.2)
29 – Em estruturas de perímetro superior a 25m, o arranjo é composto de eletrodos em anel ou
embutidos nas fundações da estrutura? (5.1.3.3.3)
30 – Para estruturas não providas de SPDA externo, é instalado, no mínimo, um eletrodo
horizontal de comprimento l1 ou um eletrodo vertical (ou inclinado) de comprimento 0,5l1,
conforme figura 2 desta norma? (5.1.3.4.1)
31 – Os eletrodos de aterramento formados de condutores em anel, ou condutores horizontais
radiais, são instalados a uma profundidade mínima de 0,5m. Nos eletrodos radiais, o ângulo entre
dois condutores adjacentes é superior a 60º? (5.1.3.5.2)
32 – A profundidade e os tipos de eletrodos são escolhidos de forma a atenuar os efeitos da
corrosão e do ressecamento do solo, e assim estabilizar a resistência do aterramento. Os
condutores são cobertos por uma camada de concreto para proteção mecânica? (5.1.3.5.4)
33 – Quando são usados elementos naturais, os captores e os condutores de descida são
firmemente fixados, de modo que impeça esforços eletrodinâmicos, ou esforços mecânicos
acidentais (por exemplo, vibração) possam causar sua ruptura ou desconexão? (5.1.4.1)
90

34 – O número de conexões nos condutores do SPDA é reduzido ao mínimo? As conexões são


asseguradas por meio de soldagem exotérmica ou elétrica, conectores de pressão ou de
compressão, rebites ou parafusos?
35 – São utilizados, no mínimo, dois parafusos M8 ou parafusos M10 para, com porcas, para
conexão de condutores chatos a estruturas de aço? (5.1.4.2.2)
36 – Em conexões de condutores chatos a chapas metálicas com espessura inferior a 2mm, são
utilizadas contraplacas com área mínima de 100cm2, fixadas com dois parafusos M8, no
mínimo? (5.1.4.2.3)
37 – As conexões soldadas são compatíveis com os esforços térmicos e mecânicos causados pela
corrente de descarga atmosférica? ( 5.1.4.2.5)
38 – As conexões mecânicas embutidas no solo são protegidas contra corrosão, através da
instalação de uma caixa de inspeção com diâmetro mínimo de 250 mm (5.1.4.2.6)
Obs.: Não se aplica a peças de cobre ou cobreadas com solda exotérmicas ou conectores de
compressão!
39 – Os materiais instalados suportam, sem danificação, os efeitos térmicos e eletrodinâmicos das
correntes de descarga atmosférica, bem como os esforços acidentais previsíveis? (5.1.5.1.1)
40 – Os materiais e suas dimensões são escolhidos em função dos riscos de corrosão da estrutura
a proteger e do SPDA? (5.1.5.1.2)
41 – As dimensões mínimas dos materiais a serem usados no SPDA são seguidas conforme
tabelas 3 e 4? (5.1.5.2)
42 – São considerados no projeto do SPDA os riscos de corrosão provocada pelo meio ambiente,
ou pela junção de metais diferentes? Os materiais ferrosos expostos, utilizados em uma instalação
de SPDA são galvanizados a quente, conforme a NBR 6323? (5.1.5.3)
43 – Em estruturas que não possuem SPDA externo, mas que requerem proteção contra os efeitos
das descargas atmosféricas sobre as instalações internas é realizada a equalização de potencial?
(5.2.1.1.4)
44 – Uma ligação equipotencial principal é feita, como prescreve a NBR 5410? (5.2.1.1.5)
45 – A ligação equipotencial principal, é efetuada conforme abaixo?
a) no subsolo, ou próximo ao quadro geral de entrada de baixa tensão. Os condutores de ligação
equipotencial devem ser conectados a uma barra de ligação equipotencial principal, construída e
91

instalada de modo a permitir fácil acesso para inspeção. Essa barra de ligação equipotencial deve
estar conectada ao subsistema de aterramento;
b) acima do nível do solo, em intervalos verticais não superiores a 20m, para estruturas com mais
de 20 m de altura. As barras secundárias de ligação equipotencial devem ser conectadas a
armaduras do concreto ao nível correspondente, mesmo que estas não sejam utilizadas como
componentes naturais;
c) quando as distâncias de segurança prescritas em 5.2.2 não podem ser atendidas. (5.2.1.2.1)
46 – As estruturas providas de SPDA isolados, a ligação equipotencial é efetuada somente ao
nível do solo? (5.2.1.2.2)
47 – A ligação equipotencial dos sistemas elétricos de potência e de sinal satisfaz às prescrições
da NBR 5410? (5.2.1.3.1)
48 – Os eletrodutos metálicos são conectados à ligação equipotencial? (5.2.1.3.2)
49 – Todos os condutores dos sistemas elétricos de potência e de sinal é direta ou indiretamente
conectados à ligação equipotencial? Os condutores vivos são conectados somente através de
DPS? Em esquemas de aterramento TN (definidos na NBR 5410), os condutores de proteção PE
ou PEN são conectados diretamente à ligação equipotencial principal? O condutor de proteção PE
é ligado a eventuais outras ligações equipotenciais, é o condutor neutro somente a ligação
equipotencial principal? (5.1.2.3.3)
Obs.: A ligação equipotencial deve ser através de uma barra chata de cobre nu, de largura, maior
ou igual a 50mm, espessura maior ou igual a 6mm e comprimento de acordo com o número de
conexões, com o mínimo de 15cm!
50 – Para evitar centelhamento perigoso quando uma ligação equipotencial não puder ser
efetuada, a distância de separação entre os condutores do SPDA e as instalações metálicas massas
e condutores dos sistemas elétricos de potência e de sinal, são aumentadas com relação à
distância de segurança?
s≥d
d = ki . Kc/Km. I (m)
Onde:
ki = depende do nível de proteção escolhido (tabela8)
Kc = depende da configuração dimensional (ver figuras 4,5 e 6)
Km = depende do material de separação
92

L(m) = é o comprimento do condutor de descida, em metros, compreendido entre o ponto em que


se considera a proximidade e o ponto mais próximo da ligação equipotencial.
Esta equação é válida para distâncias entre condutores de descida da ordem de 20 m
Esta equação só é aplicável quando a corrente no condutor indutor pode ser estabelecida em
função da corrente da descarga atmosférica.
51 – É feita uma inspeção anual do SPDA? (6.3.1)
52 – É mantida a seguinte documentação técnica no local, ou em posse dos responsáveis pela
manutenção do SPDA?
a) relatório de verificação de necessidade do SPDA e de seleção do respectivo nível de proteção;
b) desenho em escalas mostrando as dimensões, os materiais e as posições de todos os seus
componentes;
c) os dados sobre natureza e resistividade do solo (obrigatoriamente detalhes relativos às
estratificações do solo, ou seja, o número de camadas, a espessura e o valor de resistividade de
cada uma, se for aplicado 6.1-c).
d) um registro de valores medidos de resistência de aterramento a ser atualizado nas inspeções
periódicas ou quaisquer modificações ou reparos SPDA. (6.4)
53- O empreendimento atende as disposições desta Norma no que tange ao sistema de proteção
contra descarga atmosférica (SPDA)?
54- A empresa observa e atende aos itens relacionados a Proteção contra choques elétricos?
(4.1.1)
55- A empresa observa os itens relacionados a Seccionamento e Comando? (4.1.5)
56- Referente ao item de independência da instalação elétrica, a empresa atende o que cita a
Norma? (4.1.6)
57- A empresa observa aos itens de Acessibilidade dos Componentes? (4.1.7)
58- A empresa observa e atende aos itens de Condições de Alimentação? (4.1.8)
59- A empresa observa e atende aos itens de Condições de Instalações? (4.1.9)
60- A empresa observa e atende aos itens pertinentes à Alimentação e Estrutura Geral? (4.2)
61- A empresa observa e atende a Classificação das influências externas? (4.3)
62- A empresa observa e atende aos itens relacionados a Manutenção? (4.4)
63- A empresa observa e atende aos itens relacionados a Proteção para garantir a segurança? (5)
64- A empresa observa e atende aos itens relacionados a Seleção e Instalação dos Componentes?
93

65- A empresa atende aos itens pertinentes a Verificação Final? (7)


66- A empresa observa e atende aos itens relacionados a Manutenção e Operação? (8)

ANEXO 03 - NR-10

1- A empresa atende aos itens pertinentes a Subestações? (9)


2- Nas intervenções em instalações elétricas são adotadas medidas preventivas de controle do
risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a
garantir a segurança e a saúde no trabalho 10.2.1?
3- As medidas de controle adotadas integram às demais iniciativas da empresa, na preservação da
segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho 10.2.2?
A: Todos os serviços relacionados com eletricidade devem ser precedidos por requisição de PT e
APP. A segurança juntamente com a manutenção elétrica deve elaborar o procedimento para
realização do mesmo.
4- A empresa mantém esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus
estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e
dispositivos de proteção 10.2.3?
5- Caso haja no estabelecimento carga instalada superior a 75 kW estão constituídos e mantidos
os Prontuários das Instalações Elétricas, atendendo o disposto no subitem 10.2.3, cumprindo no
mínimo o item 10.2.4 e suas alíneas?
6- Caso a empresa opere em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de
potência constitui prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 e acrescenta ao prontuário os
documentos listados no item 10.2.5 e suas alíneas?
7- Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados
por profissional legalmente habilitado 10.2.7?
8- Nos serviços executados em instalações elétricas estão previstas e adotadas, medidas de
proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores 10.2.8.1?
94

9- As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica e


na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança 10.2.8.2?
10- Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2 são utilizadas
outras medidas de proteção coletiva 10.2.8.2.1?
11- Os aterramentos das instalações elétricas foram executados conforme regulamentação
estabelecida pelos órgãos competentes e atendendo às Normas Internacionais vigentes 10.2.8.3?
12- Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem
tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, a empresa adotada o
fornecimento de equipamentos de proteção individual específico e adequados às atividades
desenvolvidas, atendendo ao disposto da NR-06 conforme prevê o item 10.2.9.1?
13- As vestimentas de trabalho são adequadas às atividades, e contemplam a condutibilidade,
inflamabilidade e influências eletromagnéticas 10.2.9.2?
14- É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas
proximidades 10.2.9.3?
15- Os projetos de instalações elétricas especificam os dispositivos de desligamento de circuitos
que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com
indicação da condição operativa 10.3.1?
16- O projeto elétrico, prevê a instalação de dispositivo de seccionamento de ação simultânea,
que permita a aplicação de impedimento de reenergização do circuito 10.3.2?
17- O projeto de instalações elétricas considera o espaço seguro, quanto ao dimensionamento e a
localização de seus componentes e as influências externas, quando da operação e na realização de
serviços de construção e manutenção 10.3.3?
18- Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização,
controle e tração elétrica são identificados e instalados separadamente, salvo quando o
desenvolvimento tecnológico permitir compartilhamento, respeitando as definições de projetos
10.3.3.1?
19- O projeto elétrico definiu a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou
não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das partes
condutoras não destinadas à condução da eletricidade 10.3.4?
20- Foram projetados dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de
equipotencialização e aterramento do circuito seccionado 10.3.5?
95

21- O projeto prevê as condições para a adoção de aterramento temporário 10.3.6?


22- O projeto das instalações elétricas fica à disposição dos trabalhadores autorizados, das
autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e são mantidos atualizados
10.3.7?
23- O projeto elétrico atende ao que dispõem as Normas Regulamentadoras de Saúde e
Segurança no Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e é assinado por
profissional legalmente habilitado 10.3.8?
24- Os memoriais descritivos do projeto contêm, no mínimo, os itens de segurança tratados no
item 10.3.9 e suas alíneas?
25- O projeto elétrico assegura que as instalações proporcionem a iluminação adequada, e o
posicionamento seguro na execução dos trabalhos, conforme trata a NR 17 - Ergonomia 10.3.10?
26- As instalações elétricas foram construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas,
reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos
usuários, sendo supervisionadas por profissional autorizado, conforme dispõe esta NR 10.4.1?
27- Nos trabalhos e nas atividades referidas são adotadas medidas preventivas destinadas ao
controle dos riscos adicionais, especialmente quanto à altura, confinamento, campos elétricos e
magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando a
sinalização de segurança 10.4.2?
28- Nos locais de trabalho estão sendo utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas
elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as características de
proteção e respeitando as recomendações do fabricante como as influências externas 10.4.3?
29- Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico estão
adequados às tensões envolvidas, são inspecionados e testados de acordo com as regulamentações
existentes ou recomendações dos fabricantes 10.4.3.1?
30- As instalações elétricas são mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas
de proteção inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações
existentes e definições de projetos 10.4.4?
31- Está sendo proibida a utilização dos locais de serviços elétricos, compartimentos, invólucros
de equipamentos e instalações elétricas, para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos
10.4.4.1?
96

32- A empresa garante ao trabalhador, iluminação adequada e posicionamento de trabalho segura,


de acordo com a NR 17 - Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros
superiores livres para a realização das tarefas e atividades em instalações elétricas 10.4.5?
33- Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de instalações
elétricas atendem à regulamentação estabelecida nos itens 10.6 e 10.7, e somente são realizados
por trabalhadores que sejam de qualificados, habilitados, capacitados e autorizados para esse fim
10.4.6?
34- A empresa tem conhecimento que somente serão considerados desenergizadas as instalações
elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecendo a
sequência de procedimentos tratados no item 10.5.1 e suas alíneas?
35- Estado de instalação desenergizada está sendo mantido até a autorização para reenergização,
devendo ser reenergizada respeitando a sequência de procedimentos tratados no item 10.5.2 e
suas alíneas?
36- A empresa tem conhecimento que as medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens
10.5.1 e 10.5.2 só poderão ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das
peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado, autorizado e mediante
justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de
segurança originalmente preconizado 10.5.3?
37- Os serviços executados em instalações elétricas desligadas, mas com possibilidade de
energização, por qualquer meio ou razão, atendem ao que estabelece o disposto no item 10.6
conforme o previsto no item 10.5.4?
38- As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente
alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por
trabalhadores que atendam ao que estabelece o item 10.8 desta Norma atendendo ao item 10.6.1?
39- Os trabalhadores que executam serviços em instalações elétricas com tensão igual ou superior
a 50 Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua recebem
treinamento de segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo
mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR 10.6.1.1?
40- A empresa tem conhecimento que as operações elementares como ligar e desligar circuitos
elétricos, realizadas em baixa tensão, com materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado
97

de conservação, adequados para operação, podem ser realizadas por qualquer pessoa não
advertida 10.6.1.2?
41- Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada são realizados mediante
procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo I conforme trata o item
10.6.2?
42- Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades são suspensos de imediato
na iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo 10.6.3?
43- Sempre que inovações tecnológicas são implementadas, novas instalações ou equipamentos
elétricos entrem em operação, são elaboradas e desenvolvidas as análises de risco e
procedimentos de trabalho, para circuitos desenergizados, 10.6.4?
44- O responsável pela execução do serviço suspende as atividades quando verificada situação ou
condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível
10.6.5?
45- Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta tensão, que
exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco,
conforme Anexo I, atendem ao disposto no item 10.8 conforme prevê o item 10.7.1?
46- Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurança,
específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com
currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II conforme
trata o item 10.7.2.
47- A empresa proíbe que os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como
aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência - SEP, sejam realizados individualmente
10.7.3?
48- Os trabalhos em instalações elétricas energizadas em AT, bem como os em SEP, somente são
realizados mediante a ordem de serviço específica com data e local, assinada por superior
responsável pela área 10.7.4?
49- Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe,
responsável pela execução do serviço, realiza uma avaliação prévia, estuda e planeja as atividades
e ações desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de
segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço 10.7.5?
98

50- Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente são realizados com


procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional autorizado 10.7.6?
51- A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos limites estabelecidos
como zona de risco, conforme Anexo I desta NR, somente pode ser realizada mediante a
desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento
automático do circuito, sistema ou equipamento 10.7.7?
52- As instalações elétricas energizadas em AT nos limites como zona de risco, estão sendo
desativadas com intervenção por meio de bloqueio, e os seus conjuntos, dispositivos de
religamento automático, sistema ou equipamento estão sinalizados com identificação da condição
de desativação, conforme procedimento de trabalho específico padronizado 10.7.7.1?
53- Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes,
destinados ao trabalho em alta tensão, são submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório
periódicos, obedecendo-se as especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na
ausência desses, anualmente 10.7.8?
54- Todos os trabalhadores em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles
envolvidos em atividades no SEP dispõe, de equipamento que permita a comunicação
permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização
do serviço 10.7.9?
55- A empresa tem conhecimento que a capacitação obtida do empregado só tem validade para a
empresa e nas condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela
capacitação, atendendo as condições do item 10.8.3.1?
56- O empreendimento possui sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a
abrangência da autorização de cada trabalhador que exerce atividades relacionadas com os
serviços elétricos 10.8.5?
57- Os trabalhadores autorizados para os serviços em instalações elétricas possuem condição
consignada no sistema de registro de empregado da empresa 10.8.6?
58- Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas estão sendo submetidos ao
exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade
com a NR-07 e com registro em seu prontuário médico 10.8.7?
59- Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas possuem treinamento
específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de
99

prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo II desta


NR 10.8.8?
60- A empresa concede autorização aos trabalhadores capacitados ou qualificados e aos
profissionais habilitados que tenham participado com avaliação e aproveitamento satisfatórios
dos cursos constantes do ANEXO II desta NR em conformidade com o item 10.8.8.1?
61- A empresa realiza treinamento de reciclagem bienal e/ou sempre que ocorrer alguma das
situações descritas no item 10.8.8.2 e suas alíneas?
62- As empresas responsáveis pelo treinamento de reciclagem destinado ao atendimento das
alíneas “a”, “b” e “c” do item 10.8.8.2 atende as necessidades da situação que o motivou
10.8.8.3?
63- Os trabalhos em áreas classificadas são precedidos de treinamento de acordo com risco
envolvido e demais condições 10.8.8.4?
64- Todos os trabalhadores são instruídos formalmente com conhecimentos que permitam
identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis nas atividades não
relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona
controlada, conforme define esta NR (10.8.9)?
65- As áreas das instalações ou equipamentos elétricos são dotadas de proteção contra incêndio e
explosão, conforme dispõe a NR 23 conforme o item 10.9.1?
66- Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em
instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas foram avaliados
quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação 10.9.2?
67- Os processos ou equipamentos susceptíveis na geração e/ou acumulação de eletricidade
estática dispõe de proteção específica, com dispositivos de proteção a descarga elétrica 10.9.3?
68- Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou
explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou
outras condições anormais de operação 10.9.4?
69- Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas estão sendo realizados mediante
permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabelece o item 10.5 ou
supressão do agente de risco que determina a classificação da área atendendo ao item 10.9.5?
100

70- Nas instalações e serviços em eletricidade à empresa adotada sinalização adequada de


segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26,
atendendo, dentre outras, as situações a tratadas no item 10.10.1 e suas alíneas?
71- Os serviços em instalações elétricas são planejados e realizados em conformidade com
procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa,
passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR
conforme o item 10.11.1?
72- Os serviços em instalações elétricas são precedidos de ordens de serviço especificas e
aprovadas por trabalhador autorizado, contendo no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências
aos procedimentos de trabalho a serem adotados 10.11.2?
73- Os procedimentos de trabalho contêm, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base
técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações
finais 10.11.3?
74- O Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT
participa do processo de desenvolvimento dos procedimentos de trabalho, dos treinamentos de
segurança e saúde e das autorizações de que trata o item 10.8 quando houver em conformidade
com o item 10.11.4?
75- A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o treinamento
ministrado, previsto no Anexo II desta NR 10.11.5?
76- Toda equipe tem um de seus trabalhadores indicado para a condição de exercer a supervisão e
a condução dos trabalhos 10.11.6?
77- Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela
execução do serviço, realizam uma avaliação prévia, estudam e planejam as atividades e ações a
serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores
técnicas de segurança aplicáveis ao serviço 10.11.7?
78- A alternância de atividades é considera nas análises de riscos das tarefas e na competência
dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho 10.11.8?
79- As ações de emergência que envolva as instalações ou serviços com eletricidade constam do
plano de emergência da empresa 10.12.1?
80- Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros
socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória 10.12.2?
101

81- A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades,
disponibilizando os meios para a sua aplicação 10.12.3?
82- Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de
prevenção e combate a incêndio existente nas instalações elétricas 10.12.4?
83- A empresa tem conhecimento de suas responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR e
que é solidária aos contratantes e contratados envolvidos nos serviços de eletricidade 10.13.1?
84- É de conhecimento da empresa que sua responsabilidade como contratante é de manter os
trabalhadores informados sobre os riscos a que está exposto, instruí-los quanto aos procedimentos
e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados 10.13.2?
85- A empresa, em caso de ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços
em eletricidade, propõe e adota medidas preventivas e corretivas 10.13.3?
86- A empresa informa quanto às obrigações contidas aos trabalhadores no item 10.13.4 e suas
alíneas?
87- Os trabalhadores interrompem suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras
pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as
medidas cabíveis 10.14.1?
88- A empresa promove ações de controle imediato dos riscos originados por outrem em suas
instalações elétricas e denuncia aos órgãos competentes o ocorrido 10.14.2?
89- Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE adota as
providências estabelecidas na NR-03 e em conformidade com o item 10.14.3?
90- A documentação prevista nesta NR esta permanentemente à disposição dos trabalhadores que
atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações e interferências
nas tarefas 10.14.4?
91- A documentação prevista nesta NR esta, permanentemente, à disposição das autoridades
competentes 10.14.5?
102

ANEXO 04 - LEI N° 11337

1- Caso o empreendimento inicie uma construção a partir da vigência desta Lei, este observa a
obrigatoriedade de possuir um sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a
utilização do condutor-terra de proteção, bem como tomadas com o terceiro contato
correspondente? (Art. 1o)
2- Os aparelhos elétricos com carcaça metálica e aquelas sensíveis a variações bruscas de tensão,
produzidos ou comercializados no País, dispõe de condutor-terra de proteção e do respectivo
adaptador macho tripolar?
103

ANEXO 05 - TABELA ORIENTATIVA PARA CONFERÊNCIA DA DOCUMENTAÇÃO


DO PRONTUÁRIO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:

Documentação do Prontuário de Instalações Elétricas

NR 10.2.3 C I P

Diagrama unifilar geral atualizado com o sistema de aterramento e demais


equipamentos e dispositivos de proteção. (Desenho em forma de diagrama
X
unifilar que represente toda a empresa, da entrada de energia até os
quadros e painéis, inclusive os aterramentos)

NR 10.2.4 – Alíneas C I P
a) procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e
saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de X
controle existentes. (Ordens de serviço com medidas de segurança)
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra
X
descargas atmosféricas e aterramentos. (Laudo do SPDA – Pára-raios)
c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva (EPC), individual
X
(EPI) e o ferramental. (Lista dos EPIs, EPCs e ferramentas)
d) documentação da qualificação (diploma), habilitação (CREA) ou
capacitação (treinamento interno) para autorização (por escrito) dos X
trabalhadores que interagem na área elétrica.
e) resultados dos testes de isolação elétrica em EPIs, EPCs e ferramentas.
(Relatório de testes de isolação dos EPIs e EPCs por empresa idônea) X

f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos utilizados nas áreas


X
classificadas (Certificados dos equipamentos à prova de explosão)
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações,
cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”. X
(Laudo-Relatório Técnico das Instalações Elétricas)
NR 10.2.6 C I P
O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido
atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela
X
empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos
nos serviços em eletricidade. (Em papel timbrado)
Sugerimos acrescentar ao Prontuário:
Documentações de terceiros (que prestam serviço à empresa) conforme
item 10.2.4.d, além dos projetos elétrico e do SPDA (Para-raios) e a X
inclusão das autorizações e formalização do responsável impressas.

Tabela orientativa para conferência da documentação dos Projetos das Instalações


Elétricas:
104

Projeto Elétrico C I P

Plantas (revisadas e atualizadas de forma a corresponder fielmente ao que


X
foi executado – “as built”).

Diagramas Unifilares dos quadros e painéis (a ser mantido no porta-


documentos do respectivo quadro além da cópia para ser arquivada no X
Prontuário).

Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), assinada e recolhida junto


X
ao CREA, atestando o serviço executado.

Detalhes de montagem (incluindo os itens de 10.3.1 a 10.3.8 da NR 10


X
sobre dispositivos, segurança e aterramento).

Memorial Descritivo (contendo, no mínimo, as alíneas de “a” a “g” do item


X
10.3.9 da NR 10).

Especificação dos componentes (descrição, características nominais e


X
normas que devem atender).

Memorial de Cálculo com parâmetros de projeto (corrente de curto-


circuito, queda de tensão, fatores de demanda, temperatura ambiente, além X
de atender ao item 10.3.10 da NR 10/2004).

Projeto do SPDA (Pára-raios) C I P

Plantas (desenhos em escala mostrando as dimensões, especificação dos


materiais e as posições de todos os componentes, inclusive eletrodos de X
aterramento).

Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), assinada e recolhida junto


X
ao CREA, atestando o serviço executado.

Relatório de verificação de necessidade do sistema e de seleção do


X
respectivo nível de proteção.

Justificativa técnica (devido não ser possível criar relatório da


X
estratificação do solo e suas camadas).

Relatório técnico de inspeção das instalações do SPDA com medições


X
ôhmicas dos pontos.

Legenda: C – Em conformidade I – Isento ou não aplicável P – Providenciar (pois


apresenta não conformidades, está incompleto ou incorreto) (LOBOSCO, 2013, via email)
105

UFBA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA POLITÉCNICA

DEPTº DE ENGENHARIA MECÂNICA - DEM

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO


Rua Aristides Novis, 02, 5º andar, Federação, Salvador BA
CEP: 40.210-630
Tels: (71) 3331-4099/ 3283-9757
Fax: (71) 3331-4099
E-mail: ceest@ufba.br
Home page: http://www.ufba.br/~ceest

Você também pode gostar