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Betim
2017
LANDERSON FERREIRA SILVA
2017
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS EM EDIFICAÇÕES
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
The present work has the purpose of presenting the main elements for the Lightning
Protection Systems (LPS) design to be applied to buildings. Following a methodology
based on literary research, books and articles of the relevant theme, focused on the
theoretical definitions concerning the formation of atmospheric discharges, with an
approach to the studies of the global electric circuit, and their importance for the
maintenance of terrestrial life, damage caused by lightning. In addition, it exposes the
concepts for an analysis of the need to implement an LPS for different types of
structures, and the concepts and description of the characteristics of each protection
method, natural and non-natural elements.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14
1. DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ................................................................... 16
1.1. PRINCÍPIOS GERAIS .................................................................................... 17
1.1.1. Conceitos Elétricos Da Terra.......................................................................... 18
1.1.2. O Circuito Elétrico Global ............................................................................... 20
1.1.3. A Eletrificação Das Nuvens ............................................................................ 21
1.1.4. A Formação Das Descargas Atmosféricas ..................................................... 22
1.2. PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS . 25
1.3. ONDA TÍPICA DE UMA DESCARGA ATMOSFÉRICA .................................. 26
1.4. PROTEÇÃO PARA O INDIVÍDUO ................................................................. 27
INTRODUÇÃO
1. DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
atmosféricas, com visão global da dinâmica dos processos elétricos que ocorrem no
planeta. Essa dinâmica pode ser contextualizada através da caracterização
simplificada do ambiente elétrico da terra, com o objetivo de contribuir para uma fácil
compreensão da física envolvida na formação das descargas atmosféricas.
Segundo a NBR 5419:2015, a tabela pôde ser idealizada através dos dados
obtidos de um estudo feito pelo International Council on Large Electrical Systems
(CIGRE), sobre os parâmetros da corrente das descargas atmosféricas,
disponibilizados no anexo A, e também através da distribuição logarítmica normal dos
26
a) Fontes De Danos
b) Tipos De Danos
c) Tipos De Perdas
A NBR 5419-2:2015, ainda apresenta uma tabela para a identificação dos tipos
de danos e perdas de acordo com o ponto de impacto da descarga atmosférica, que
pode ser consultada no Anexo D deste trabalho.
𝑅 =𝑁 ∗𝑃 ∗𝐿 (1)
Onde:
a) Estrutura Retangular
𝐴 = 𝐿 ∗ 𝑊 + 2 ∗ (3 ∗ 𝐻 ) ∗ (𝐿 + 𝑊 ) + π ∗ (3 ∗ 𝐻 )² (2)
Onde:
b) Estrutura Complexa
𝐴 ′ = π ∗ (3 ∗ 𝐻 )² (3)
Onde:
Localização Relativa CD
Estrutura cercada por objetos mais altos 0,25
Estrutura cercada por objetos da mesma altura ou mais baixos 0,5
Estrutura isolada: nenhum outro objeto nas vizinhanças 1
Estrutura isolada no topo de uma colina ou monte 2
𝑁 = 𝑁 ∗ 𝐴 ∗ 𝐶 ∗ 10 /𝑎𝑛𝑜 (4)
Onde:
𝑁 =𝑁 ∗ 𝐴 ∗ 𝐶 ∗ 𝐶 ∗ 10 /ano (5)
37
Onde:
𝑁 = 𝑁 ∗ 𝐴 ∗ 10 /ano (6)
Onde:
De acordo com a NBR 5419-2:2015, uma linha de energia elétrica pode abarcar
múltiplas seções, e para cada seção da linha, o valor de NL poderá ser avaliado pela
equação (8).
𝑁 = 𝑁 = 𝑁 * 𝐴 * 𝐶 * 𝐶 * 𝐶 * 10 /ano (8)
Onde:
Roteamento Cl
Aéreo 1
Enterrado 0,5
Cabos enterrados instalados completamente dentro de uma malha de aterramento
0,01
(NBR 5419-2:2015, Item 5,2).
Instalação CT
Linha de energia ou sinal 1
Linha de energia em AT (com transformador AT/BT) 0,2
Localização Relativa CE
Rural 1
Suburbano 0,5
Urbano 0,1
Urbano com edifícios mais altos que 20 m 0,01
𝐴 = 40 * 𝐿 (9)
Onde:
Onde:
Para uma avaliação mais precisa de AL, a NBR 5419-2:2015, sugere uma
consulta mais detalhada na Electra nº 161 e 162, para linhas de energia, e na
International Telecommunication Union (ITU-T); Recomendação K.46, para linhas de
sinais.
A NBR 5419-2:2015, faz uma ressalva a tabela 4, em análise a resistividade do
solo, e indica que quanto maior for essa resistividade, maior será a área de exposição
equivalente (AL) de seções enterradas. Desse modo, a tabela adota uma resistividade
ρ= 400Ω. Maiores detalhes podem ser consultados na ITU-T, recomendação K.47.
𝑃 =𝑃 *𝑃 (11)
Onde:
Os valores de Pta, somente são efetivos para estruturas protegidas por SPDA,
ou estruturas de concreto armado atuando como SPDA de descida natural. E caso
mais de uma medida para Pta for tomada, o resultado será o produto dos valores
correspondentes.
𝑃 =𝑃 *𝐶 (12)
Onde:
qual os DPS foram projetados. Valores para PSPD podem ser consultados na
tabela 9.
Tabela 10: Valores dos fatores CLD e CLI em função das condições de blindagem,
aterramento e isolamento
Continuação da tabela 10
𝑃 =𝑃 *𝑃 (13)
𝑃 = (𝐾 * 𝐾 * 𝐾 * 𝐾 )² (14)
a) KS1
𝐾 = 0,12 ∗ 𝑊 (15)
b) KS2
𝐾 = 0,12 ∗ 𝑊 (16)
c) KS3
d) KS3
𝐾 = (17)
Onde:
𝑃 =𝑃 *𝑃 *𝑃 *C (18)
Onde:
Tensão suportável UW em
Tipo de
Condições do roteamento, blindagem e interligação kV
linha
1 1,5 2,5 4 6
Linha aérea ou enterrada, não blindada ou com a
blindagem não interligada no mesmo barramento de 1 1 1 1 1
Linhas equipotencialização do equipamento
de Blindagem aérea ou enterrada, 5 Ω/km < RS ≤ 20
1 1 0,95 0,9 0,8
energia cuja blindagem está interligada Ω/km
ou sinal ao mesmo barramento de 1 Ω/km < RS ≤ 5 Ω/km 0,9 0,8 0,6 0,3 0,1
equipotencialização do
RS ≤ 1 Ω/km 0,6 0,4 0,2 0,04 0,02
equipamento
𝑃 =𝑃 *𝑃 *C (19)
Onde:
𝑃 =𝑃 *𝑃 *𝐶 (20)
Onde:
𝑃 =𝑃 *𝑃 *𝐶 (21)
Onde:
𝐿 =𝐿 =𝑟 ∗𝐿 * ∗ (22)
𝐿 =𝐿 =𝑟 ∗𝑟 ∗𝐻 ∗𝐿 * ∗ (23)
𝐿 = 𝐿 =𝐿 =𝐿 =𝐿 * ∗ (24)
Onde:
LT: número relativo médio típico de feridos por choque elétrico devido a um
evento perigoso (D1), dados na tabela 16;
LF: número relativo médio típico de vítimas por danos físicos devido a um
evento perigoso (D2), dados na tabela 16;
LO: número relativo médio típico de vítimas por falhas de sistemas internos
devido a um evento perigoso (D3), dados na tabela 16.
52
rt: fator de redução da perda de vida humana de acordo com o tipo de solo
ou piso, dados na tabela 17.
Providências rp
Nenhuma providência 1
Uma das seguintes providências: extintores, instalações fixas operadas manualmente,
0,5
instalações de alarme, hidrantes, compartimentos à prova de fogo, rotas de escape.
Uma das seguintes providências: instalações fixas operadas automaticamente,
0,2
instalações de alarme automático (a)
(a) Somente se protegidas contra sobretensões e outros danos, e se os bombeiros puderem
chegar em menos de 10 min.
rf: fator de redução da perda devido danos físicos dependendo dos riscos de
incêndio ou explosão da estrutura, dados na tabela 19.
𝐿 =𝐿 +𝐿 (25)
Onde:
𝐿 =𝐿 * (26)
Em casos que mais de uma ação seja tomada, recomenda-se que o valor rp
seja considerado como o menor dos valores relevantes. Além disso, em estruturas
com risco de explosão, rp = 1 deverá ser assumido para todos os casos.
𝑅 =𝑁 *𝑃 ∗𝐿 (27)
Onde:
𝑅 =𝑁 *𝑃 ∗𝐿 (28)
Onde:
𝑅 =𝑁 *𝑃 ∗𝐿 (29)
Onde:
𝑅 =𝑁 *𝑃 ∗𝐿 (30)
Onde:
57
𝑅 = (𝑁 + 𝑁 ) ∗ 𝑃 ∗ 𝐿 (31)
Onde:
Onde:
58
𝑅 = (𝑁 + 𝑁 ) ∗ 𝑃 ∗ 𝐿 (33)
Onde:
2.9.4. Fonte De Danos (S4) Devido Às Descargas Atmosféricas Perto De Uma Linha
Conectada À Estrutura
𝑅 =𝑁 ∗𝑃 ∗𝐿 (34)
Onde:
É preciso destacar, que a identificação dos riscos toleráveis deve ser feita por
um responsável técnico que tenha jurisdição. E além disso, caso o risco identificado
não possa ser reduzido a um risco tolerável, o proprietário do SPDA deverá ser
informado, e o responsável pelo projeto com jurisdição, aplicará o mais alto nível de
proteção à instalação.
a) Zonas ZS
60
b) Zonas Adicionais
Contudo, a linha pode ser assumida como uma única seção, conforme
viabilidade técnica do projeto. Além disso, caso exista mais de um valor de parâmetro
em uma seção, deve-se admitir aquele que eleve ao mais alto valor de risco.
61
a) Subsistema De Captação
b) Subsistema De Descida
c) Subsistema De Aterramento
Tabela 21: Seção mínima das chapas ou tubulações metálicas dos subsistemas de
captação: classes dos SPDA de I a IV (reprodução parcial)
Espessura (mm²)
Material
E (1) E’ (2)
Aço inoxidável galvanizado a
4 0,5
quente
Cobre 5 0,5
Alumínio 7 0,65
(1) Valor de E previne perfurações, pontos quentes ou ignição.
(2) O valor de E’ somente para chapas metálicas, se não for importante prevenir a perfuração,
pontos quentes ou problemas com ignição.
Captores de haste
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Minicaptores de haste
Eletrodo
Eletrodo não
Material Configuração cravado Comentários
cravado
diametro (mm)
Espessura
Fita maciça - 90 mm²
mínima de 3 mm
Arredondamento
Aço galvanizado 16 Diâmetro: 10 mm -
maciço
a quente
Espessura
Tubo 25 -
mínima de 2 mm
Encordoado - 70 mm² -
Espessura de 2
Fita maciça - 50 mm²
mm
Arredondamento Diâmetro de cada
- 50 mm²
maciço fio: 3 mm
Cobre
Tubo 15 - -
Espessura
Encordoado 20 - mínima da
parede 2 mm
Arredondamento
Diâmetro:10 mm Espessura da
Aço inox maciço 15
parede de 2 mm
Fita maciça 100 mm²
Arredondamento Diâmetro de cada
Aço cobreado
maciço 12,7 70 mm² fio da cordoalha:
IACS 30%
Fita maciça 8 mm
𝐿 = 0,03 ∗ ρ − 10 (35)
𝐿 = 0,02 ∗ ρ − 11 (36)
Tabela 25: Seção mínima dos condutores para ligação equipotencial que interligam
diferentes barramentos (BEP e BEL) ou que ligam barras ao sistema de aterramento:
classes de I a IV do SPDA
Tabela 26: Seção mínima dos condutores para ligação equipotencial que conectam
diferentes instalações metálicas internas aos barramentos (BEP e BEL): classes de I
a IV do SPDA
D=𝐾 ∗ ∗𝐿 (37)
Onde:
Ki: depende do nível de proteção admitido, seu valor é dado na tabela 27;
Lcd: comprimento ao longo do subsistema de captação ou do subsistema de
descida, desde o ponto onde a distância de segurança deve ser considerada
até a equipotencialização mais próxima, dada em metro (m);
78
Nível de proteção do
Ki Material Km
SPDA
I 0,080 Ar 1,00
II 0,060 Sólido 0,50
III 0,040 - -
IV 0,040 - -
Notas:
Métodos de proteção
Máximo afastamento
Ângulo de proteção Raio da esfera
Classe do SPDA dos condutores da
αº rolante
malha
(1) (2) (3)
I 5x5 20
II 10x10 30
Ver figura 18
III 15x15 45
IV 20x20 60
𝑅 = 𝐻 ∗ tgα (39)
Onde:
𝑁 = (40)
Onde:
Armc ≤ Amc
87
Onde:
Esse método é indicado para telhados planos, sem curva, ou pode ser
aplicado também em superfícies laterais planas da estrutura, funcionando
como captor para descargas laterais, conforme exemplificado pela figura 25;
Deverá ser instalada na parte superior da estrutura e nas saliências que
possivelmente possam estar presentes;
Se a crista do telhado possuir um declive maior que 1/10, deverá ser
envolvida pela malha de proteção;
A abertura da malha é função do nível de proteção calculado para uma
estrutura, conforme a tabela 28;
Quanto menor a abertura da malha de proteção, maior será a proteção
concedida a estrutura;
Orienta-se que sejam instalados minicaptores verticais, com comprimento
entre 20 e 30 cm ao longo dos condutores que compõem a malha de
proteção, para evitar centelhamentos derivados do impacto da descarga
atmosférica avarie o material da cobertura;
O número de descidas pode ser determinado pela tabela 23;
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determina-se a região por ela não tocada, constituindo assim, a zona protegida.
Conforme definido por MAMEDE (2017) quando argumenta: “A zona protegida pode
ser definida como a região em que a esfera rolante não consegue tocar, exceto nos
captores...” (p. 651).
Ainda segundo a referência, existem duas formas de aplicar o Método Da
Esfera Rolante, conforme o caso:
Caso I: quando a altura do captor Hc é inferior a Re
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANEXOS
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ANEXO A
ANEXO B
ANEXO C
Figura A.5: Distribuição cumulativa de frequência dos parâmetros das correntes das
descargas atmosféricas (linhas com valores de 95% a 5%)
ANEXO D
Tabela 2: Fontes de danos, tipos de danos e tipos de perdas de acordo com o ponto
de impacto
ANEXO E
ACESSÓRIOS E DETALHES CONSTRUTIVOS DE UM SPDA