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O município piauiense de Capitão Gervásio

Oliveira, localizado a 519 km ao Sul de Teresina,


entrou na mira do governo dos Estados Unidos
para a exploração de minerais como o cobalto,
lítio e níquel. A agência governamental
americana, a Development Finance Corporation
(DFC), vai investir dezenas de milhões de
dólares na região.

A empresa TechMet está de olho nesses


minerais que são considerados essenciais, pois
são fundamentais para a produção de carros e
dispositivos eletrônicos. O interesse americano
é garantir reservas de materiais, evitando o
excesso de importação.
O projeto liderado pela empresa, que já foi aprovado pelo governo americano, quer
produzir materiais para a fabricação de baterias. A DFC quer apoiar investimentos com
práticas tecnológicas eficientes e com responsabilidade ambiental.

O governo de John Biden prioriza a exploração de materiais para a produção de bateria


porque 80% das reservas estão concentradas em países considerados autocratas.

Baterias de lítio
As baterias de íons de lítio são utilizadas diariamente por pessoas do mundo inteiro. É
essencial em dispositivos como notebooks, smartphones, televisores e componentes
eletrônicos.
As baterias também são utilizadas para estratégias de energias limpas, como a solar
fotovoltaica, e nos carros elétricos. Considerada uma tecnologia de baixa manutenção,
as baterias de lítio são opções para o armazenamento de energia.
Representantes da secretária de Desenvolvimento Regional,Abastecimento, Mineração e
Energias Renováveis (SEDRAMER) e da Secretária de Planejamento estiveram reunidos,
nessa quarta-feira (21), com o diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB-
CPRM), Cassiano Alves, e a assessora parlamentar Sabrina Góis, para debater o
desenvolvimento do setor de mineração no estado.

A parceria entre a SEDRAMER, Seplan e a CPRM,tem o potencial de impulsionar o setor


mineral do Piauí, abrindo novas oportunidades de investimento e contribuindo para o
crescimento econômico do estado. Com um maior conhecimento geológico, será possível
atrair investidores interessados na exploração sustentável dos recursos minerais,
beneficiando a região e atraindo mais desenvolvimento para o estado.
“Estamos entusiasmados com as possibilidades que surgirão a partir
desse trabalho conjunto.Essa parceria da Secretária de
Desenvolvimento Regional Abastecimento,Mineração e Energias
Renováveis (SEDRAMER) com a CPRM permitirá a realização de
estudos aprofundados e a identificação de novas oportunidades
para o Piauí, na área da Mineração “, ressaltou a secretária da
SEDRAMER, Paula Jeanne.

O presidente da CPRM, Cassiano Alves, também destacou a


relevância dessa cooperação.”Estivemos tratando de um protocolo
de intenções e de um possível termo de cooperação técnica, em que
vamos ampliar os estudos geológicos no Piauí e demonstrar o
potencial econômico na área de mineração e geologia”, ressalta.
em 2023, foi alcançada uma
redução significativa no desmatamento.
De acordo com dados do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a
taxa de desmatamento no Piauí teve
queda de 52,21% em áreas de
desmatamento ilegal. Nas áreas sob
alerta de desmatamento, de janeiro a
setembro deste ano, a redução foi de
43,91%, em comparação com o mesmo
período de 2022.

Só no ano de 2023, a Diretoria de


Fiscalização da Semarh esteve presente
em quase 100 municípios piauienses,
apurando ocorrências de danos
ambientais, Foram deflagradas ainda 19
operações na defesa da biodiversidade,
fauna e flora.
Dados do sistema Deter, do Inpe (Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais), divulgados nesta sexta-feira
(5) mostram que em 2023 houve uma perda
de 7.828,2 quilômetros quadrados, o equivalente a
782,82 mil hectares no Cerrado, bioma em que a
perda no Piauí somou 824,5 km quadrados, o
equivalente a 82,4 mil hectares.

O desmatamento no Cerrado foi maior no


Maranhão (1.765,1 km²), Bahia (1.727,8 km²) e
Tocantins (1.604,4 km²).
Houve um aumento de 43% no desmatamento no
Cerrado entre 2022 e 2023, que foi maior que na
Amazônia, onde a perda da cobertura vegetal
nativa e original foi menor no mesmo período.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez
Góes, autorizou na terça-feira (23) o repasse de R$ 811,3 milhões,
em recursos de financiamento do Fundo de Desenvolvimento do
Nordeste (FDNE), para a continuidade das obras da ferrovia
Transnordestina, que atenderá os estados do Piauí, Ceará e
Pernambuco.
Incluída no Novo PAC, a construção dessa ferrovia é considerada a
principal obra estruturadora para o desenvolvimento do Nordeste,
pois vai ajudar no transporte de grãos, fertilizantes, cimento,
combustíveis e minério. A ferrovia cortará 53 municípios dos
estados do Piauí, Ceará e Pernambuco. Ligando o sertão ao mar.
Segundo o Governo Federal, cerca de 70% da fase 1 do projeto já
está pronta, mas para concluí-la é necessário fazer a conexão do
sertão do Piauí, a partir da cidade de Eliseu Martins, com o
Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará. Esta etapa
está programada para terminar até 2027 e é fundamental para o
início da operação da ferrovia, que terá uma extensão total de
1.206 km.
Somente depois dessa construção é que será iniciada a segunda etapa que está
prevista para ser concluída até 2029 no Piauí.
Com a autorização de novas obras, será construído trecho da ferrovia entre os
municípios de Acopiara e Quixeramobim, no Ceará.
Ao todo, serão 101 km de aumento na malha ferroviária, impulsionando a
conectividade em direção ao Porto do Pecém. No estado do Ceará, a
Transnordestina planeja operar três terminais de carga, abrangendo também a
bacia leiteira e pequenos e médios agricultores da região. A localização de um
terminal voltado para grãos já está definida entre Iguatu e Quixadá, enquanto os
outros dois, destinados a combustíveis e fertilizantes, serão determinados
posteriormente.
O trecho pernambucano da ferrovia, de Salgueiro ao Complexo de Suape, foi
excluído da atual concessão, mas será construído pelo Governo Federal. Está orçado
em R$ 4 bilhões e também faz parte do Novo PAC. Neste ano de 2024, há previsão
da aplicação de R$ 450 milhões para iniciar a obra.
O edital para a escolha das empresas que executarão as obras das ferrovias e hidrovias que
vão conectar o Vale do Parnaíba até o futuro Porto de Luís Correia (PI) deve ser lançado em
março de 2024. A projeção foi divulgada pelo Governo do Piauí na semana passada. O
edital será apresentado após a conclusão de um estudo, encabeçado pelo Consórcio
Intermodal Piauí, que vai apontar qual o melhor modelo de negócios para o transporte de
mercadorias do estado.
O estudo inicial dividiu o projeto intermodal em quatro subsistemas: hidrovia entre o rio
Parnaíba e o rio das Balsas; trechos de malha ferroviária no estado do Piauí, porto marítimo
de Luís Correia e terminais fluviais ao longo do rio Parnaíba e do rio das Balsas. “Nos
próximos meses, os técnicos do Consórcio se debruçarão sobre os detalhes acerca da
viabilidade técnica, econômico-financeira e ambiental (EVTEA), avaliação de cenários de
investimentos, projetos básicos e planos de negócios para implantação do sistema porto,
hidro e ferroviário do estado do Piauí”, informou o governo, em release.
A POLÊMICA:
CERRADO X CAATINGA

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