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Ana Lívia Olivindo de Sousa, Taísa Maria Gomes de Lima, Meirilane do

Nascimento, Jairon Suel de Moura Sá, Anderson Terceiro de Albuquerque, Alcineide Aguiar
Pimenta, Francisco Geilson Vasconcelos Marques, Ismael Araújo Ramos
____________________________________________________________________________

A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA COMO ATIVIDADE


EXTRACURRICULAR NO ENSINO FUNDAMENTAL:
PREPARANDO O ALUNO PARA O MERCADO DE TRABALHO

ENTREPRENEURIAL EDUCATION AS AN EXTRACURRICULAR


ACTIVITY IN ELEMENTARY EDUCATION: PREPARING
STUDENTS FOR THE JOB MARKET

LA EDUCACIÓN EMPRENDEDORA COMO ACTIVIDAD


EXTRACURRICULAR EN LA EDUCACIÓN PRIMARIA:
PREPARANDO A LOS ESTUDIANTES PARA EL MERCADO
LABORAL

Ana Lívia Olivindo de Sousa1


Taísa Maria Gomes de Lima2
Meirilane do Nascimento3
Jairon Suel de Moura Sá4
Anderson Terceiro de Albuquerque5
Alcineide Aguiar Pimenta6
Francisco Geilson Vasconcelos Marques7
Ismael Araújo Ramos8

DOI: 10.54751/revistafoco.v17n3-010
Received: January 9nd , 2024
Accepted: February 16th, 2024

RESUMO
A pesquisa sobre educação empreendedora reconhece a importância da experiência
como um processo, baseia-se na ação, na prática e na aprendizagem. No entanto, este
estudo desafia a teoria e experiência educacional, tendo como base a seguinte
problemática: Quais são as principais habilidades que os alunos poderão desenvolver

1
Graduada em Administração. Faculdade Ieducare (FIED). Rua Conselheiro João Lourenço, 406, Centro,
Tianguá – CE. E-mail: sousaclivia2001@gmail.com
2
Especialista em Gestão de Pessoas. Faculdade Ieducare (FIED). Rua Conselheiro João Lourenço, 406, Centro, Tianguá
– CE. E-mail: taisa@fied.edu.br
3
Especialista em Gestão Financeira e Controladoria. Faculdade Ieducare (FIED). Rua Conselheiro João Lourenço, 406,
Centro, Tianguá – CE. E-mail: meirilane@fied.edu.br
4
Mestre em Economia Rural. Faculdade Ieducare (FIED). Rua Conselheiro João Lourenço, 406, Centro,
Tianguá – CE. E-mail: jairon@fied.edu.br
5
Especialista em Gestão de Projetos. Faculdade Ieducare (FIED). Rua Conselheiro João Lourenço, 406, Centro, Tianguá
– CE. E-mail: anderson.terceiro@fied.edu.br
6
Mestre em Administração. Faculdade Ieducare (FIED). Rua Conselheiro João Lourenço, 406, Centro,
Tianguá – CE. E-mail: alcineide.aguiar@fied.edu.br
7
Especialista em Administração Pública e Gestão Estratégica. Faculdade Ieducare (FIED). Rua Conselheiro João
Lourenço, 406, Centro, Tianguá – CE. E-mail: geilson.marques@fied.edu.br
8
Mestre em Engenharia Elétrica e Computação. Faculdade Ieducare (FIED). Rua Conselheiro João Lourenço, 406,
Centro, Tianguá – CE. E-mail: ismael.araujo@fied.edu.br

Revista Foco |Curitiba (PR)| v.17.n.3|e4544| p.01-22 |2024


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A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA COMO ATIVIDADE EXTRACURRICULAR
NO ENSINO FUNDAMENTAL: PREPARANDO O ALUNO PARA O MERCADO DE
TRABALHO
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através da educação empreendedora no ensino fundamental? E tem como objetivo


geral, identificar as habilidades mais comuns que os alunos poderão adquirir por meio
da educação empreendedora no ensino básico. O tema da presente pesquisa torna- se
relevante devido ao fato de que, diante das mudanças no mercado de trabalho, a
educação empreendedora vem sendo um pilar de transformações no ambiente escolar
A pesquisa foi classificada como exploratória e teve como objetivo fornecer uma maior
compreensão de um problema. Ela foi realizada na Escola de Ensino Fundamental
Família Agrícola Antônia Suzete Olivindo da Silva com uma turma piloto da série de 6°
ano, utilizando o método de estudo de caso. A pesquisa utilizou-se tanto de métodos
quantitativos quanto qualitativos para coletar e analisar dados, visando uma abordagem
eficiente do problema. Foi realizado um roteiro de entrevista com os alunos e uma
entrevista com o docente para coletar informações sobre as habilidades desenvolvidas
pela educação empreendedora. A análise dos dados foi feita tabulando as respostas na
plataforma google forms elaborando gráficos para tornar as respostas dos alunos claras.
Conclui-se que é essencial que as escolas e as instituições de ensino adotem a
educação empreendedora como um componente essencial na formação dos alunos,
visando prepará-los para os desafios do mercado de trabalho.

Palavras-chave: Experiência operacional; empreendedorismo; mercado de trabalho.

ABSTRACT
Research on entrepreneurial education recognizes the importance of experience as a
process, based on action, practice and learning. However, this study challenges
educational theory and experience, based on the following problem: What are the main
skills that students can develop through entrepreneurial education in elementary school?
And its general objective is to identify the most common skills that students can acquire
through entrepreneurial education in basic education. The theme of this research
becomes relevant due to the fact that, given the changes in the job market,
entrepreneurial education has been a pillar of transformations in the school environment.
The research was classified as exploratory and aimed to provide a greater understanding
of a problem. It was carried out at Escola de Ensino Fundamental Família Agrícola
Antônia Suzete Olivindo da Silva with a pilot class from the 6th grade, using the case
study method. The research used both quantitative and qualitative methods to collect
and analyze data, aiming for an efficient approach to the problem. An interview guide
was carried out with the students and an interview with the teacher to collect information
about the skills developed by entrepreneurial education. Data analysis was done by
tabulating the responses on the Google Forms platform, creating graphs to make the
students' responses clear. It is concluded that it is essential that schools and educational
institutions adopt entrepreneurial education as an essential component in the training of
students, aiming to prepare them for the challenges of the job market.

Keywords: Operational experience; entrepreneurship; job market.

RESUMEN
La investigación sobre educación emprendedora reconoce la importancia de la
experiencia como un proceso, basado en la acción, la práctica y el aprendizaje. Sin
embargo, este estudio cuestiona la teoría y la experiencia educativa, a partir del
siguiente problema: ¿Cuáles son las principales habilidades que los estudiantes pueden
desarrollar a través de la educación emprendedora en la escuela primaria? Y su objetivo
general es identificar las habilidades más comunes que pueden adquirir los estudiantes
a través de la educación emprendedora en la educación básica. O tema da presente
pesquisa torna- se relevante devido ao fato de que, diante das mudanças no mercado

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de trabalho, a educação empreendedora vem sendo um pilar de transformações no


ambiente escolar A pesquisa foi classificada como exploratória e teve como objetivo
fornecer uma maior compreensão de un problema. Se llevó a cabo en la Escola de
Ensino Fundamental Família Agrícola Antônia Suzete Olivindo da Silva con una clase
piloto de 6º grado, utilizando el método de estudio de caso. La investigación utilizó
métodos tanto cuantitativos como cualitativos para recopilar y analizar datos, con el
objetivo de abordar el problema de manera eficiente. Se realizó una guía de entrevista
a los estudiantes y una entrevista al docente para recolectar información sobre las
habilidades que desarrolla la educación emprendedora. El análisis de los datos se
realizó tabulando las respuestas en la plataforma Google Forms, creando gráficos para
dejar claras las respuestas de los estudiantes. Se concluye que es fundamental que las
escuelas e instituciones educativas adopten la educación emprendedora como un
componente esencial en la formación de los estudiantes, con el objetivo de prepararlos
para los desafíos del mercado laboral.

Palabras clave: Experiencia operativa; emprendimiento; mercado de trabajo.

1. Introdução
O mercado de trabalho, no cenário atual, exige profissionais que se
adaptem à nova realidade. Nesse contexto, torna-se importante que as escolas
direcionam seu olhar para este tema, uma vez que será nesse cenário que se
formarão novos agentes de mudança.
À vista disso, tem-se que esse enfoque educacional se conecta
intimamente com o desenvolvimento da educação empreendedora como
mencionado por Hägg e Kurczewska (2016), os quais apontam que o
desenvolvimento da educação empreendedora entre os alunos está diretamente
relacionado com o processo de aprendizagem empreendedora que surgiu no
início dos anos 2000 e, desde então, tem sido um campo crescente no
desenvolvimento do ensino metodológico incentivando o seu aperfeiçoamento.
A Educação empreendedora, essencial para o desenvolvimento dos
estudantes, promove habilidades fundamentais como pensamento crítico,
criatividade e trabalho em equipe, conforme destacado por Carvalho e Silva
(2022) e Frauches (2019). O SEBRAE (2022) ressalta que a promoção do
empreendedorismo por meio de processos formativos estruturados pode
fomentar o surgimento de novos empreendedores.
Dado o processo de aprendizagem, os alunos podem receber, em sua
formação básica, estímulos para seus sonhos e construir um futuro melhor a

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partir da percepção de oportunidades nos cenários onde estão inseridos.


Para lidar com as desigualdades na realidade brasileira, é vital promover
uma cultura empreendedora através da educação, como defendido por Dolabela
(2008). Isso implica não apenas formalizar o empreendedorismo em todos os
cursos, mas também desenvolver habilidades empreendedoras e cultivar
pensamentos e comportamentos adequados ao mercado. Essa abordagem visa
formar estudantes mais protagonistas na sociedade.
Sendo assim, este artigo tem como delimitação a temática da educação
empreendedora, mais especificadamente aplicado ao aperfeiçoamento de
habilidades desenvolvidas pelos discentes participantes de programas
destinados ao ensino do empreendedorismo, isto em sua grade extracurricular
de uma escola de Ensino Fundamental localizada na cidade de Tianguá-CE.
Para tal realização, prefigura-se a necessidade de pesquisas sobre a
Educação Empreendedora, com o intuito de responder a seguinte questão
problema: Quais são as principais habilidades que os alunos poderão
desenvolver através da educação empreendedora no ensino fundamental?
De tal modo, o objetivo geral da pesquisa será identificar as habilidades
mais comuns que os alunos podem adquirir por meio da educação
empreendedora no ensino fundamental. Tendo como objetivos específicos: 1)
Identificar as habilidades desenvolvidas pelo os alunos que passaram pela a
turma piloto; 2) Evidenciar sob a percepção dos docentes as habilidades
trabalhadas e desenvolvidas pelo os discentes; 3) Ressaltar a importância da
educação empreendedora aplicada aos alunos que participaram de uma turma
piloto e suas contribuições para o desenvolvimento de habilidades necessárias
para o mercado de trabalho e empreendimento. O referido estudo propõe-se a
analisar as habilidades desenvolvidas pelos os alunos através da aplicação em
sua grade da educação empreendedora.
Por conseguinte, o tema da presente pesquisa torna-se relevante devido
ao fato de que, diante das mudanças no mercado de trabalho, a educação
empreendedora vem sendo um pilar de transformações no ambiente escolar.
Com a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que propõe uma
educação integral e que valoriza os aspectos socioemocionais, a educação

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empreendedora se torna ainda mais relevante.


Silva e Patrus (2017) destacam a importância da educação
empreendedora na formação de uma cultura empreendedora, econômica e
social. Seu estudo identificou métodos e práticas de ensino adequados,
enfatizando que a eficácia dessa educação está vinculada ao uso correto de
estratégias que preparem os estudantes com habilidades necessárias para
liderar novos negócios.
Oliveira et al. (2012) ressaltam que o sucesso empreendedor está ligado
a características essenciais, como inovação, habilidade para avaliar riscos,
sentimento de realização e autoconfiança. A ausência desses traços dificulta
alcançar o sucesso empreendedor.

2. Referencial Teórico
2.1. Educação Empreendedora: Origens e Aspectos Conceituais
A educação empreendedora nos últimos anos vem evoluindo e sendo
disseminada em programas de formação, disciplinas e atividades de preparação.
Sob este prisma, Schaefer; Minello (2016) destacam que o tema ainda
carece de uma discussão mais embasada e sólida, que auxilie no seu
amadurecimento e norteamento e estimule a sua disseminação de forma mais
eficaz. Complementa-se que para Silva e Patrus (2017), a educação
empreendedora também recebe as denominações de educação em
empreendedorismo ou ensino de empreendedorismo, esta vem se tornando um
campo em ascensão no âmbito acadêmico nas últimas décadas.
Nas palavras de Lavieri (2010), o ensino de empreendedorismo nasceu
primeiramente dentro das faculdades dos cursos de administração de empresas
nos Estados Unidos e se espalhou por muitos países ao longo do tempo, o
primeiro curso de empreendedorismo foi realizado na Universidade de Harvard
de 1947 para 188 alunos.
Lavieri (2010) destaca que, na década de 1950, Peter Drucker ministrou
o primeiro curso sobre inovação em empreendedorismo na gestão de pequenas
empresas na Universidade de Nova York, ressaltando a relação próxima entre
empreendedorismo e economia na geração de receita e crescimento social. No

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Brasil, o estudo do empreendedorismo iniciou-se na década de 80, com o Prof.


Ronald Degan na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio
Vargas em São Paulo. Por outro lado, Silva e Patrus (2017) definem a educação
empreendedora como um programa pedagógico que visa desenvolver
habilidades e atitudes empreendedoras, promovendo a integração entre
estudantes e enfatizando atividades práticas e análise de casos reais.

2.2 A Importância da Educação Empreendedora no Ensino Fundamental


Pautado nas reflexões sobre a educação para o empreendedorismo no
ensino primário e secundário, no Fórum de Formação Empreendedora -
Comissão Europeia realizadas em 2000 em Nice/Sophia e citado por Lopes
(2010), determinaram que os programas destinados ao ensino do
empreendedorismo a nível básico são raros, e deve-se enfatizar que o
desenvolvimento de habilidades e qualidades da equipe começa introduzindo
gradualmente a educação evolutiva no currículo dos alunos.
No Brasil, em sua primeira proposta sobre o desenvolvimento do
empreendedorismo, Dolabella (2008), mostrou a necessidade de disseminar a
educação empreendedora em todos os níveis de ensino, a fim de estimular a
formação de comunidades unidas pelo mesmo sonho. Segundo Santos (2014),
a educação para o empreendedorismo é possível e a prática pode ser aprendida
em qualquer idade, mas requer estratégias educativas específicas.
Para Santos (2014), a educação para o empreendedorismo é outra
recomendação porque possibilita aos alunos uma dinâmica muito interessante,
desde jogos que permitem sonhar e realizar o seu significado, até 'jogos sérios.
É como encontrar uma maneira de realizar seus sonhos e desejos este jogo é
uma das formas mais populares de interessar pessoas de todas as idades e
níveis de escolaridade.
Nesse âmbito, para Brasileiro (2020), a educação para o
empreendedorismo nas escolas incentiva os alunos a Consciência realista das
circunstâncias existentes e pretendidas; nesse sentido, a pedagogia do
empreendedorismo nas escolas é referência comunitária para construir um
futuro coletivo promissor é importante fazer perguntas e construir

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relacionamentos ponderados com seus alunos.

3. Metodologia
A pesquisa é categorizada como exploratória. Segundo Gill (2017), o
objetivo da pesquisa exploratória é proporcionar uma maior compreensão de um
problema a fim de esclarecê-lo ou hipotetizá-lo.
Quanto aos procedimentos técnicos ou meios de investigação, a pesquisa
será classificada como estudo de caso, onde foi realizada na Escola de Ensino
Fundamental Família Agrícola Antônia Suzete Olivindo da Silva com uma turma
piloto da série de 6° ano, segundo a Bruney, Herman e Schoutheete (1991, p
224-225) caracterizam estudo de caso como o “análise intensiva, empreendida
numa única ou em algumas organizações reais.” Para eles, os estudos de caso
são igualmente integradores. O máximo de detalhes possível para entender tudo
daquela situação.
Quanto à abordagem do problema, a pesquisa enquadra-se mista. No
entanto, ela utiliza tanto métodos quantitativos quanto qualitativos para coletar e
analisar dados. Nesse tipo de abordagem, é importante considerar alguns
passos para desenvolver uma abordagem eficiente para o problema em questão
(TEIXEIRA, 2003).
Desenvolvendo assim uma integração dos resultados: combine os
resultados das análises quantitativa e qualitativa para obter uma visão mais
abrangente e completa do problema de pesquisa. Isso pode envolver a
comparação dos resultados, a identificação de elementos convergentes e
divergentes e a formulação de conclusões e recomendações (TEIXEIRA, 2003).
À vista disso, Knechtel (2014) observa como um modo específico de
pesquisa para problemas humanos ou sociais. No entanto, a pesquisa
quantitativa pode ser utilizada para quantificar perfis demográficos, indicadores
socioeconômicos, preferências, comportamento individual, entre outros. a
pesquisa irá realizar um roteiro de entrevista, uma técnica útil que reúne
informações da realidade dos alunos abordados pela aplicação da educação
empreendedora.
Como instrumento de coleta será utilizado um roteiro de entrevista com o

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público discente com finalidade de evidenciar às habilidades desenvolvidas. Já


com os docentes será realizado uma entrevista para abordar o ponto de vista
dos mesmos sobre as habilidades desenvolvidas pelos os discentes.
No que tange ao método de análise de dados, segundo vergara (2016), a
análise e interpretação dos dados envolve explicar o que o pesquisador pretende
fazer com os dados coletados e interpretá-los. Neste caso, em seguida serão
tabulados às informações utilizando o programa Excel e em seguida elaborar um
gráfico parar tornar explícitas as respostas dos discentes.
Para efeito deste estudo, as questões sobre as habilidades desenvolvidas
por meio da educação empreendedora foram analisadas e respondidas em uma
escala Likert de cinco pontos (1 = discordo, 2 = concordo um pouco, 3 = discordo
ou discordo, 4 = concordo parcialmente, 5 = concordo plenamente).

4. Resultados e Discussões
4.1 Roteiro de Entrevista com Discentes sobre Habilidades e a Importância da
Educação Empreendedora no seu Ensino
As primeiras duas perguntas visam caracterizar os sujeitos da pesquisa,
ou seja, conhecer o contexto da vida escolar dos participantes. Nesse sentido, a
primeira pergunta do roteiro de entrevista foi: “As atividades empreendedoras
ocorrem com frequência nas atividades escolares?” Constatou-se que 87% (20
alunos) responderam sim e 13% (3 alunos) não. A segunda pergunta do roteiro
de entrevista foi: “Você acredita ter desenvolvido habilidades por meio das
atividades empreendedoras extracurriculares no ensino fundamental?”.
Identificou-se que 60,9% responderam talvez e 39,1% responderam Sim.
Liberato (2007) e Salles e Rosa (2015) complementam isso no ensino com
a transição da adolescência para a idade adulta, os alunos ficam mais
preocupados e com dúvidas quanto às suas perspectivas profissionais. Estes
autores observaram também que a incerteza política e económica do país
aumentou as dúvidas dos jovens sobre as suas carreiras.
Assim, a partir dos autores citados pode-se entender que a escola é um
ambiente propicio para aplicação e desenvolvimento de habilidades
empreendedoras, com as constantes inquietações com o futuro no mercado de

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trabalho, esse é um incentivo ideal para que esses alunos possam identificar
quais suas aptidões no meio empreendedor.
A terceira questão aplicada foi: “De 1 a 5 quanto você acredita que essas
habilidades empreendedoras são importantes para o seu desenvolvimento
pessoal e profissional?”. No gráfico 1, a seguir, pode-se identificar o grau de
importância da educação empreendedora para o desenvolvimento de
habilidades segundo os alunos.

Gráfico 1 - Habilidades empreendedoras desenvolvidas pelos os discentes

Fonte: Elaborado pelos autores.

De acordo com o gráfico, apenas um estudante não considerou que a


educação empreendedora é importante para seu desenvolvimento, o mesmo
equivale a 4,3% do total entrevistado, um estudante considera que a importância
desse trabalho foi de relevância mediana, cinco estudantes deram a nota 4 para
o desenvolvimento dessas habilidades e 16 (69,6%) estudantes deram a nota
máxima que considera importantíssimo para seu desenvolvimento.
Druzian et al. (2017) observaram que projetos concebidos para estimular
empreendedores permitem que estudantes recebam subsídios para o mercado
de trabalho se desenvolvendo de forma mais autônoma, e sendo construtor dos
seus próprios sonhos e o implementador das suas ideias.
Ao aprender sobre empreendedorismo, os estudantes são incentivados a
identificar oportunidades, pensar estrategicamente e encontrar soluções
inovadoras. Isso os prepara para carreiras empreendedoras e os capacita a
serem proativos, autônomos e persistentes, contribuindo para uma maior
consciência cidadã e autonomia. Além disso, ao se capacitarem para

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empreender, desenvolvem a habilidade de criar oportunidades, ser agentes de


mudança e realizar seus projetos pessoais.
Após diversos questionamentos, foi indagado aos estudantes em modelos
de escala a seguinte pergunta: Marque de 1 a 5 as competências que considera
ter desenvolvido através da educação para o empreendedorismo: Criatividade e
inovação? Habilidades de trabalho em grupo? Pensamento crítico e habilidades
de resolução de problemas? liderança?
Na figura abaixo, os resultados para cada habilidade desenvolvida são
mostrados separadamente:

Gráfico 2 - Criatividade e Inovação?

Fonte: Elaborado pelos autores.

Neste gráfico é possível identificar que apenas um estudante afirma não


ter desenvolvido criatividade e inovação, dois responderam que desenvolveram
pouco, seis responderam terem desenvolvido razoavelmente, cinco deram nota
quatro para tal habilidade e nove afirmam terem desenvolvido satisfatoriamente.
Jara, Cunha e Kreick (2016) afirmam que os projetos voltados para a
inovação têm como objetivo estimular os jovens a pensar estrategicamente
sobre seus futuros e a aprimorar suas competências para o benefício coletivo.
Segundo um dos entrevistados, o comportamento empreendedor está
intimamente ligado à criatividade e inovação. O empreendedorismo promove a
habilidade de inovação, incentivando os estudantes a buscar soluções criativas
para problemas, desenvolvendo sua capacidade de adaptação e estimulando
sua curiosidade para identificar necessidades não atendidas e buscar soluções

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inovadoras.

Gráfico 3 - Habilidades de trabalho em equipe

Fonte: Elaborado pelos autores.

A maioria dos estudantes relatou ter desenvolvido habilidades em equipe,


com nove alunos avaliando-as como razoavelmente aperfeiçoadas e oito alunos
afirmando terem melhorado nesse aspecto. Por outro lado, apenas um estudante
negou ter desenvolvido essa habilidade e cinco deram a nota três. Liu e Maitlis
(2014) ressaltam a importância da comunicação dinâmica entre os membros da
equipe para um bom funcionamento, destacando a necessidade de apoio à
expressão, tomada de decisões e criatividade no processo de trabalho em
equipe.
De acordo com a pesquisa percebe-se que o empreendedorismo no
trabalho em equipe auxilia no desenvolvimento das habilidades de liderança,
comunicação, negociação e trabalho em grupo, preparando os estudantes para
o mercado de trabalho e para futuras carreiras empreendedoras.

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Gráfico 4 - Pensamento crítico e a resolução de problemas

Fonte: Elaborado pelos autores.

Conforme a tabela apresentada pensamento crítico e a resolução de


problema foram bem desenvolvidas, os mesmos evidenciaram que 100% dos
alunos validam que também puderam potencializar tais aptidões. Segundo
Barbosa et al. (2020) A educação para o empreendedorismo promove a
criatividade e a aprendizagem, permite aos empreendedores aproveitar o
conhecimento existente para resolver problemas portanto, encontra-se soluções
diferentes.

Gráfico 5 - Habilidades de liderança

Fonte: Elaborado pelos autores.

Por conseguinte, a tabela demonstra que as habilidades de liderança


apenas quatro estudantes negam ter desenvolvido este hábito, três alunos
deram a nota dois, dois alunos responderam com a escala três e oito alunos
deram a nota quatro sendo razoavelmente aperfeiçoado, por outro lado uma

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grande parte afirmou ter aperfeiçoado em média seis estudantes afirmaram tal
fato.
Conforme PAUCEANU et al. (2021) os mesmos o definem como um
conjunto de traços empreendedores e de liderança com foco nos negócios, que
visam inovar, assumir riscos, explorar oportunidades e obter maior visibilidade
no mercado.
O empreendedorismo oferece aos estudantes a oportunidade de se
tornarem líderes autênticos, capazes de criar soluções inovadoras, promover
mudanças positivas e inspirar outros. Eles aprendem a identificar suas próprias
forças e fraquezas, desenvolvendo resiliência e determinação para enfrentar
desafios. A habilidade mais destacada foi o trabalho em equipe, evidenciando
que o engajamento entre os estudantes possibilitou o aproveitamento das
habilidades e conhecimentos de cada um, promovendo uma colaboração eficaz
para alcançar objetivos maiores e melhores do que individualmente.

4.2 Roteiro de Entrevista com os Docentes de como a Educação Empreendedora


foi Desenvolvida e sua Importância para os Alunos
Para a realização desta entrevista, foi aplicado o roteiro de entrevista ao
docente de uma Instituição de ensino básico com o objetivo de investigar como
a educação empreendedora foi desenvolvida e qual sua importância percebida
para os alunos.
Um docente especializado em empreendedorismo foi entrevistado para o
estudo. O roteiro da entrevista, baseado na revisão bibliográfica, abordou o
desenvolvimento da educação empreendedora na instituição, as dificuldades
encontradas na aplicação e a importância percebida pelos docentes. Segundo a
experiência do docente, houve uma grande resposta ao projeto. Ele destacou
que a educação empreendedora prepara os estudantes para o mercado de
trabalho e os capacita para enfrentar os desafios diários.
Segundo Lenzi (2009), o mercado de trabalho está se tornando cada vez
mais competitivo, exigindo pessoas mais ágeis, capazes de tomar e ter
consciência de suas decisões, o seu papel na sociedade onde os profissionais

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devem estar preparados para fazer isso assumindo seus próprios riscos,
mantendo sua autonomia e independência.
Compreendendo que a educação empreendedora capacita os alunos a
enfrentar os desafios de maneira proativa. Essa abordagem incentiva a
autonomia e a liderança dos estudantes, encorajando-os a assumir
responsabilidades e agir com empreendedorismo em suas vidas pessoais e
profissionais. Como resultado, eles aprendem a lidar com a pressão, se adaptar
a mudanças e identificar oportunidades mesmo em circunstâncias adversas.
Em seguida, o docente foi questionado sobre as habilidades mais
importantes adquiridas pelos estudantes por meio da educação empreendedora
fora da sala de aula. Ele observou que os alunos aplicam na prática as operações
matemáticas aprendidas em aula, mas destacou que a educação
empreendedora também enfoca questões de interpretação e experiência em
outros campos, contribuindo para o desenvolvimento geral dos alunos, inclusive
em habilidades de comunicação. Segundo o Sebrae (2017), a educação
empreendedora visa incentivar os alunos a serem proativos diante de situações
ou oportunidades, capacitando-os a planejar estratégias para atingir metas ou
lidar com diversas situações.
Em seguida, quando se aborda qual teria sido a importância do
desenvolvimento desde o ensino fundamental tais habilidades de educação
empreendedora, obteve-se a resposta de que o aluno já irá aprender a lidar com
situações práticas logo no dia a dia e até a valorizar as disciplinas que os
possibilitam desenvolver práticas para o mercado de trabalho.
Do mesmo modo, Guerra e Grazziotin (2010) defendem que as questões
empreendedoras devem ser abordadas em todos os níveis e em todos os níveis.
As forças ambientais que entram na organização não permitem que o
empreendedor opere de forma tradicional.
Ressaltando que quando os alunos se deparam com situações práticas,
eles conseguem relacionar os conceitos teóricos aprendidos em sala de aula
com a sua aplicação no mundo real. Isso faz com que a aprendizagem seja mais
significativa e aumenta sua motivação para aprender. Compreender a relevância
das disciplinas para o mercado de trabalho torna o processo educacional mais

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Nascimento, Jairon Suel de Moura Sá, Anderson Terceiro de Albuquerque, Alcineide Aguiar
Pimenta, Francisco Geilson Vasconcelos Marques, Ismael Araújo Ramos
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interessante e estimulante (BRUSCHI, 2023).


No mesmo viés foi questionado aos docentes quais teriam sido as
principais dificuldades enfrentadas na implementação deste modelo de
educação extracurricular para os alunos. Em resposta foi detectado que o grande
desafio para os alunos se concentrava em que, só os grandes empresários e
grandes comerciantes são capazes de empreender. Entretanto, vai além disso,
como o fato de não ser abordado somente o empreendedorismo com a questão
voltada para ganhar dinheiro ou retorno financeiro de imediato, mas em questão
do empreender no social, de como são capazes de transformar, de como fazer
algo diferente.
Segundo Dolabela (2008), é importante considerar a educação no Brasil,
cujo propósito é difundir a cultura empresarial como algo que traz oportunidades
e promove o desenvolvimento.
Ao serem questionados se os docentes acreditam terem utilizados
estratégias que foram mais eficazes para a aplicação os mesmos responderam
que sim, uma de suas primeiras estratégias se deu com a análise e
pesquisassem quem seriam os empreendedores que os mesmos consideravam
ao seu redor, a partir desta analise identificar como foi a trajetória, quais os
desafios enfrentaram para o sucesso de seus empreendimentos e o que eles
poderiam repassar para quem deseja empreender.
Por certo, Dornelas (2016) ainda destaca que existem famílias
empreendedoras, com muitos pequenos empreendedores, mas a educação para
novos produtos inclui conhecimento empresarial e aprendizagem de estratégias
empresariais. O autor mostra ainda que combinar presentes com ideias de
negócios pode ajudar a criar melhores negócios, melhores empresas e trazer
riqueza ao país.
Em conclusão, a análise e pesquisa sobre os empreendedores bem-
sucedidos ao nosso redor podem ser uma estratégia eficaz para aqueles que
desejam empreender. Os insights e aprendizados obtidos dessa análise podem
servir de inspiração, orientação e ajudar a evitar erros comuns. No entanto, é
importante adaptar esses insights à nossa própria realidade, reconhecendo que
cada trajetória empreendedora é única.

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A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA COMO ATIVIDADE EXTRACURRICULAR
NO ENSINO FUNDAMENTAL: PREPARANDO O ALUNO PARA O MERCADO DE
TRABALHO
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5. Conclusão
Com o trabalho executado, percebeu-se que o estudo foi de extrema
importância como atividade extracurricular no ensino fundamental, enfocando
sua relevância na preparação do aluno para o mercado de trabalho e o
desenvolvimento de suas competências e habilidades.
Em virtude dos aspectos citados, denotou-se que este trabalho atingiu os
objetivos estabelecidos. No que tange à realização do objetivo 01 que tratou em
identificar as habilidades desenvolvidas pelo os alunos que passaram pela a
turma piloto, com a aplicação do roteiro de entrevista foi possível constatar que
desenvolveram habilidades diferenciais, como boa comunicação, trabalho em
equipe e análise para a resolução de problemas. No que diz respeito ao objetivo
02, foi evidenciado a percepção dos docentes, as habilidades trabalhadas e
desenvolvidas pelo os discentes. E por último, quanto ao objetivo 3, ressaltou-
se a importância da educação empreendedora aplicada aos alunos e suas
contribuições para o desenvolvimento de habilidades necessárias para o
mercado de trabalho e empreendimento.
Ademais, prefigurou-se a importância da educação empreendedora como
atividade extracurricular no ensino fundamental, enfocou-se sua relevância na
preparação do aluno para o mercado de trabalho.
Por sua vez, argumentou-se pelo roteiro de entrevista com os docentes
quais as principais habilidades que os alunos poderiam desenvolver através da
educação empreendedora no ensino fundamental? E a resposta para tal roteiro
de entrevista concentrou-se nas principais habilidades desenvolvidas sendo
elas: a inovação, liderança, criatividade e trabalho em equipe, além de o
desenvolvimento de seu perfil profissional e pessoal diante do mercado de
trabalho que os mesmos ingressarão.
Sob este prisma foi possível identificar que é inegável que o mercado de
trabalho atual exige cada vez mais profissional proativo, criativo, inovadores e
capazes de identificar oportunidades.
Entrementes, a educação empreendedora também favorece a
assimilação de valores importantes, como a ética, a responsabilidade social e o
trabalho colaborativo, fundamentais para uma atuação consciente dos futuros

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Ana Lívia Olivindo de Sousa, Taísa Maria Gomes de Lima, Meirilane do
Nascimento, Jairon Suel de Moura Sá, Anderson Terceiro de Albuquerque, Alcineide Aguiar
Pimenta, Francisco Geilson Vasconcelos Marques, Ismael Araújo Ramos
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profissionais.
De tal modo, torna-se essencial que as escolas e demais instituições de
ensino adotem esta prática como um componente essencial na formação dos
estudantes, visando prepará-los para os desafios do mercado de trabalho e uma
vida plena de realizações.
Em virtude dos aspectos citados, percebe-se a importância da pesquisa e
publicação nos estudos de negócios. Assim, por meio deste trabalho constatou-
se que existem poucos artigos e livros referentes a temática.
Destarte, é importante divulgar o programa na comunidade, trabalhar nas
escolas, para que seja útil no futuro. Por fim, as instituições de ensino do
município de Tianguá-Ce deverão promover novos currículos para identificar
pessoas que recebem formação empresarial a partir do ensino fundamental. O
autor propõe essas ideias porque acredita que a educação empresarial é
importante para os indivíduos, organizações, sociedades e nações.

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