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Prezado aluno, antes de iniciarmos nossos estudos de hoje, precisamos ter uma conversa
séria. Trata-se do respeito aos nossos esforços na produção deste curso, a que temos dedicado
todas nossas energias nos últimos meses.
Saiba que nosso objetivo é sempre oferecer o melhor produto possível e que realmente
faça a diferença na sua caminhada rumo à aprovação. Mas, para que nós consigamos atingir essa
meta, sua ajuda é imprescindível.
Então, sempre que algum amigo ou conhecido falar “será que você passa para mim aquele
material do RevisãoPGE que você tem?”, lembre desta nossa conversa. Mais: lembre que o Pre-
paração Total (assim como todos os nossos produtos) são tutelados pela legislação civil (como a
Lei 9.610/98 e o Código Civil) e pela legislação penal (especialmente pelo art. 184 do Código Pe-
nal).
Para que não reste dúvida: este curso se destina ao uso exclusivo do aluno que o adquirir
em nosso site, e sua aquisição não autoriza sua reprodução. Ok?
Sabemos que falar isso parece pouco amigável, mas só estamos tendo este “papo reto”
porque queremos de você justamente um ato de amizade: não participar, de forma alguma, da
pirataria deste curso. Se isso acontecer, o fornecimento das aulas a você será interrompido e ne-
nhum valor pago será restituído, sem prejuízo, evidentemente, de toda a responsabilização cabí-
vel nos âmbitos civil e penal.
Bem, o recado era esse. Agora podemos voltar às boas e meter a cara nos livros! Ops...
nos PDFs!
Bons estudos!
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Agravo de petição............................................................................................................................... 73
AÇÃO RESCISÓRIA – Novidade! .............................................................................................................. 74
MANDADO DE SEGURANÇA ................................................................................................................... 78
LIQUIDAÇÃO ........................................................................................................................................... 82
EXECUÇÃO – Novidade! .......................................................................................................................... 83
PROCESSO COLETIVO.............................................................................................................................. 88
OUTRAS QUESTÕES RELEVANTES – Novidade! ...................................................................................... 92
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DIREITO DO TRABALHO
Com base no art. 7º, IV, da CF e na Súmula Vinculante nº 4 do STF, o TST reconhecia a
impossibilidade de vinculação do salário mínimo como fator de correção do
pensionamento, apenas sendo admitida a fixação do montante inicial da pensão em
múltiplos ou fração do salário mínimo. Ocorre que, consoante o entendimento do STF,
a utilização do salário mínimo como base de cálculo e atualização de pensão deferida a
título de indenização por ato ilícito não viola o art. 7º, IV, da CF.
“A parte final do inciso IV do art. 7º da Constituição Federal (CF) não veda a pura e
simples utilização do salário-mínimo como mera referência paradigmática, destinada a
servir como parâmetro para definir a justa proporção do valor remuneratório mínimo
apropriado à remuneração de determinada categoria profissional. Entretanto, a
estipulação do piso salarial com referência a múltiplos do salário-mínimo não pode dar
ensejo a reajustamentos automáticos futuros voltados à adequação do salário
inicialmente contratado aos novos valores vigentes para o salário-mínimo nacional.
Evita-se, com isso, a indesejável espiral inflacionária resultante do reajuste automático
de verbas salarias e parcelas remuneratórias no âmbito do serviço público e da
atividade privada, assim como a elevação concomitante de preços de produtos e
serviços nos diversos setores da economia nacional.
ADPF 53 Ref-MC/PI, relatora Min. Rosa Weber, j. em 18.2.2022; ADPF 149 Ref-MC/DF, relatora Min.
Rosa Weber, j. em 18.2.2022; ADPF 171 Ref-MC/MA, relatora Min. Rosa Weber, j. em 18.2.2022,
Informativo 1044.
Embora o art. 11 da CF/88 assegure que nas empresas com mais de 200 (duzentos)
empregados deva ser eleito um representante (a CF fala em representante, a CLT fala
em comissão) destes para promover o entendimento direto com o empregador, é
possível que outras normas criem regras jurídicas mais favoráveis aos trabalhadores do
que aquela fixada em seu art. 11 e no art. 510-A da CLT, o que pode ser feito, por
exemplo, através de lei ordinária, normas internacionais incorporadas ao
ordenamento, negociação coletiva e regulamentos internos empresariais.
O ÓRGÃO GESTOR DE MÃO DE OBRA – OGMO POSSUI COMPETÊNCIA EXCLUSIVA PARA REALIZAR A
INTERMEDIAÇÃO DE MÃO DE OBRA DO TRABALHADOR AVULSO NAS ATIVIDADES PORTUÁRIAS
(Informativo nº 246 do TST – 2021)
“Conferindo interpretação sistêmica aos arts. 1º e 13 da Lei nº 9.719/98 e 32, 33, 39,
41 e 43 da Lei nº 12.815/13, firmou-se o entendimento de que o Órgão Gestor de Mão
de Obra - OGMO detém competência exclusiva para gerir e intermediar o
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pela Reclamada”. III. O Plenário do Supremo Tribunal Federal já decidiu que é possível
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SE UMA DETERMINADA EMPRESA FIRMA CONTRATO COM OUTRA, INTEGRANTE DO MESMO GRUPO
ECONÔMICO, PARA QUE ESTA LHE FORNEÇA TRABALHADORES PARA O EXERCÍCIO DE SUA ATIVIDADE
FIM, NÃO HÁ QUE SE FALAR EM TERCEIRIZAÇÃO, POIS AS DUAS SÃO CONSIDERADAS EMPREGADORAS
DAQUELE TRABALHADOR (Informativo nº 244 do TST – 2021)
SÃO VÁLIDAS AS ADMISSÕES E ASCENSÕES FUNCIONAIS OCORRIDAS ENTRE 1988 E 1993 NAS
EMPRESAS ESTATAIS, AINDA QUE REALIZADAS SEM CONCURSO PÚBLICO (Informativo nº 233 do TST –
2021)
Por esse motivo, pela existência da controvérsia, o Supremo Tribunal Federal entendeu
que são reputadas válidas as admissões e as ascensões funcionais ocorridas durante
esse período, ainda que realizadas sem concurso público, entendimento que foi
seguido pelo TST conforme se constata no Informativo nº 233 do TST.
O TST possui uma Súmula, de nº 443, segundo a qual a dispensa sem justa causa de
empregado que possua doença que cause estigma ou preconceito presume-se
discriminatória. Pois bem, no Informativo nº 240 do TST, este considerou que essa
presunção também se aplica aos empregados que ocupem cargo em comissão de livre
nomeação e exoneração em empresa pública.
Dessa forma, caso a empresa pública retire seu empregado de determinado cargo em
comissão, se esse empregado possuir uma doença que cause estigma ou preconceito,
haverá a presunção de que houve discriminação contra o empregado em razão da
doença que ele possui, devendo a empresa reintegra-lo ao cargo.
Em 22/10/2021 o STF analisou uma lei do Estado de São Paulo através da qual se
instituiu pisos salariais para os trabalhadores, excluindo do regime legal os aprendizes.
Logo, estes não possuiriam direito ao piso salarial regional estabelecido naquela lei.
Debruçando-se sobre o tema, o Supremo entendeu que a referida lei não possuía
qualquer vício de inconstitucionalidade, seja material ou formal.
Não possui vício material em razão do regime jurídico peculiar de que esse vínculo
trabalhista é dotado. E não possui vício formal porque, apesar de ser competência
privativa da União legislar sobre Direito do Trabalho, o art. 21, parágrafo único, da CF
permite que a União delegue aos Estados e ao DF, por meio de lei complementar, a
competência para tratar de matérias especificas relacionadas à sua competência
privativa. Foi o que a União fez por meio da Lei Complementar nº 103/2000 ao
permitir aos Estados e ao DF fixar o piso salarial regional.
Portanto, é constitucional lei estadual que, fixando piso salarial regional para os
trabalhadores, exclui de sua incidência os contratos de aprendizagem (ADI 6.223/SP).
STF. Plenário. ADI 6223/SP, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 22/10/2021, Informativo 1035.
“Os condomínios residenciais não são destinatários da norma insculpida no art. 429 da
CLT, exatamente porque a sua atividade de conservação, limpeza e acesso predial não
é atividade econômica nem social do empregador, o que é um pressuposto para tal
incidência. Para alcançar essa conclusão, basta perceber que a redação atual do art.
429 da CLT veio a substituir uma redação anterior que restringia a exigência de cota de
aprendizagem a “estabelecimentos industriais”, nos seguintes termos: “Os
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STF. Plenário.RE 635546/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Roberto Barroso,
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Essa corrente foi adotada pelo STF em 07/06/2021 na ADI 1.183/DF, considerando que
o art. 48 da referida lei trata de uma regra de transição, como já delineado acima, em
que os cartórios passaram do regime oficializado para o regime privado.
STF. Plenário ADI 1183/DF, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 7/6/2021, Informativo 1020.
quanto às condições de trabalho e pelo pagamento das multas aplicadas pelo auditor
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do trabalho.
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Não se aplica o disposto no art. 468, § 2º, da CLT, incluído pela reforma trabalhista
promovida pela Lei nº 13.467/2017, aos empregados que, em conformidade com a
diretriz do item I da Súmula n° 372 do TST, completaram 10 anos de exercício em
função gratificada anteriormente à vigência da referida novel legislação.
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TST-E-ED-RR-43-82.2019.5.11.0019, SBDI-I, rel. Min. Lelio Bentes Corrêa, 9/9/2021, Informativo 243.
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TST-E-ED-RR-975-54.2015.5.22.0003, SBDI-I, rel. Min. Hugo Carlos Scheuermann, red. p/ acórdão Min.
Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, 13.2.2020, Informativo 215.
TST-ARR-11153-26.2015.5.03.0186, 7ª Turma, rel. Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, julgado em
7.8.2019, Informativo 201.
Uma importante decisão foi proferida pela 5ª Turma do TST, veiculada no Informativo
nº 236, e diz respeito à contratação de policiais militares para a prestação, na iniciativa
privada, de serviços de vigia ou vigilante.
Nos termos do decidido pelo Tribunal Superior do Trabalho, naqueles Estados em que
as normas regulamentares da carreira militar dos policiais prevejam dedicação integral
ou exclusiva ao ofício militar, será vedada a contratação desses profissionais pelo setor
privado para o desempenho de funções de vigia ou vigilante (Informativo nº 236 do
TST).
O TST tem o entendimento de que configura dano moral, por abuso do poder diretivo
do empregador, a dispensa imotivada (sem justa causa) de professor no início do
semestre letivo, uma vez que o trabalhador possuía justa e real expectativa de
continuar laborando na instituição de ensino para a qual foi contratado, gerando a
impossibilidade de sua recolocação no mercado de trabalho.
A dispensa, se ocorrer, será sem justa causa, mas não por motivo de força maior, caso
em que o trabalhador somente teria direito à metade das verbas rescisórias. Assim,
não há que se falar em motivo de força maior a justificar a rescisão de contratos de
trabalho se não houve o encerramento das atividades da empresa ou do
estabelecimento em que trabalhe o empregado.
A reintegração ao emprego será uma faculdade do empregado, que poderá optar por
não a exercer, caso entenda que não lhe é oportuno retornar àquele posto de
trabalho, pleiteando tão somente a indenização pela dispensa.
diversa de pagamento das verbas rescisórias, uma vez que o direito não é elencado no
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DURAÇÃO DO TRABALHO
NA HIPÓTESE DE VIAGENS PARA PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO
EXIGIDOS PELO EMPREGADOR E REALIZADOS EM CIDADES ESTRANHAS AO LOCAL DA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS, CONSIDERA-SE TEMPO À SUA DISPOSIÇÃO O PERÍODO DE TRÂNSITO AÉREO, BEM COMO
AQUELE EXPENDIDO NO AEROPORTO AGUARDANDO O EMBARQUE, LIMITADO ESTE ÚLTIMO A UMA
HORA (Informativo nº 219 do TST – 2020)
TST-E-RR-770-74.2011.5.03.0106, SBDI-I, rel. Min. Augusto César Leite de Carvalho, red. p/ acórdão Min.
Alexandre Luiz Ramos, 21.5.2020, Informativo 219.
coletiva para funcionamento em feriados, uma vez que se trata de regra prevista em lei, cuja
regulamentação, materializada no decreto, não pode inovar no ordenamento jurídico, sob
pena de ofensa ao princípio da separação de Poderes e quebra da coerência do sistema
normativo brasileiro.
O empregado exercente de cargo de confiança previsto no art. 62, II, da CLT não tem
direito a horas de sobreaviso, haja vista a necessidade de um controle dos horários de
trabalho para sua concessão e a incompatibilidade entre a sistemática do controle de
jornada e a atividade exercida pelo trabalhador inserido no referido dispositivo.
Porém, para fazer jus ao intervalo de vinte minutos em questão, o TST já se posicionou
que o empregado não precisa laborar continuamente, por uma hora e quarenta
minutos, no interior de câmara frigorífica, sendo suficiente a sua exposição à variação
de temperatura decorrente da movimentação de um ambiente quente ou normal para
o outro, frio, durante esse período.
A SUPRESSÃO DAS PAUSAS PARA RECUPERAÇÃO TÉRMICA DEVE SER COMPUTADA COMO HORA
EXTRA, DEVENDO O VALOR SER PAGO EM CONJUNTO COM O ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
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Ainda sobre a pausa para recuperação térmica, a Terceira Turma do TST entendeu que
a supressão dos intervalos devidos deve ser computada como hora extra, e esse valor
deve ser pago em conjunto com o adicional de insalubridade, pois mesmo que o
intervalo seja observado, ele não exclui a exposição contínua do agente ao ambiente
insalubre (Informativo nº 233 do TST).
Logo, o trabalhador que labora em câmara frigorífica tem direito tanto ao adicional de
insalubridade como ao intervalo intrajornada de vinte minutos a cada uma hora e
quarenta minutos. Mas caso esse intervalo seja desrespeitado, o trabalhador terá
direito ao seu cômputo como hora extraordinária, sendo-lhe devido o valor a esse
título, além do já citado adicional de insalubridade.
TST-RR-243-71.2019.5.13.0007, 3ª Turma, rel. Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, julgado em
3/3/2021, Informativo 233.
PERÍODOS DE DESCANSO
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PRÓPRIO EMPREGADO, NÃO ENSEJA SEU PAGAMENTO EM DOBRO (Informativo nº 219 do TST - 2020)
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“[...] o pagamento parcelado da remuneração das férias, quando ocorria por opção do
próprio empregado, e não por imposição da empresa, não autoriza a aplicação da
Súmula nº 450 do TST, que trata de hipótese diversa, referente ao pagamento das
férias fora do prazo previsto na norma celetista por iniciativa do empregador.”
A IMPOSIÇÃO DE PAGAMENTO EM DOBRO DAS FÉRIAS EM RAZÃO DE SEU ATRASO ÍNFIMO ACARRETA
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DO EMPREGADO, NÃO SENDO DEVIDA A DOBRA (Informativo nº 233 do
TST – 2021)
“A teor do que dispõe o art. 143, caput, e § 1º, da CLT, é faculdade do empregado
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converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário,
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o qual deve ser requerido pelo trabalhador até 15 dias antes do término do período
aquisitivo. Nesse contexto, com base no princípio da melhor aptidão para a prova,
prevalece nesta Corte Superior o entendimento de que é ônus da parte empregadora a
comprovação de que o pagamento de abono pecuniário decorreu de solicitação do
empregado, sob pena de restar constatada a imposição do empregador para a referida
conversão.”
De acordo com o art. 475 da CLT, a aposentadoria por invalidez acarreta a suspensão
do contrato de trabalho. Por consequência, durante esse período o empregador
desobriga-se de pagar vantagens previstas em normas coletivas a título de
contraprestação pelo trabalho, tais como o abono salarial e o auxílio-alimentação,
exceto nas hipóteses em que há previsão expressa de manutenção desses benefícios.
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REMUNERAÇÃO – Novidade!
O ADICIONAL DE PERICULOSIDADE EM RAZÃO DE AGENTE INFLAMÁVEL É DEVIDO ÀQUELES QUE,
EMBORA NÃO LIDEM DIRETAMENTE COM O AGENTE INFLAMÁVEL, PRESTAM SERVIÇOS EM ÁREA
INSTALADA A UMA DISTÂNCIA INFERIOR A 7,5 METROS DA BOCA DE ABASTECIMENTO DAS BOMBAS
DE POSTO (Informativo nº 233 do TST – 2021)
TST-ARR-917-51.2013.5.05.0017, 3ª Turma, rel. Min. José Roberto Freire Pimenta, julgado em 8/6/2022,
Informativo 256.
atividade como sendo insalubre, nos termos em que preceitua a Súmula 448, I, do
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TST.”
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TST-RR-10645- 07.2015.5.03.0081, 6ª Turma, rel. Min. Augusto César Leite de Carvalho, julgado em
29/4/2020, Informativo 217.
OS SHOPPING CENTERS TEM O DEVER DE ASSEGURAR, DIRETAMENTE OU POR OUTROS MEIOS, LOCAL
APROPRIADO ONDE SEJA PERMITIDO ÀS EMPREGADAS GUARDAR SOB VIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA OS
SEUS FILHOS NO PERÍODO DE AMAMENTAÇÃO (Informativo nº 243 do TST – 2021)
Incumbe aos shopping centers assegurar, diretamente ou por outros meios, “local
apropriado, onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os
seus filhos no período de amamentação”, atendendo ao escopo do art. 227 da CF.
Salienta-se que a norma a ser extraída do texto legal deve ser atual, manter sua
perenidade, não podendo ficar paralisada no ano de sua edição. Há de sofrer
adaptações aos novos tempos, com inclusão de figuras que vão surgindo na sociedade
não antevistas pelo legislador, como no caso dos shopping centers. Portanto, deve-se
fazer uma interpretação extensiva da ratio da Lei, em especial, dos §§ 1º e 2º do art.
389 da CLT ora em análise. Nessa esteira, é patente que os shopping centers devem
disponibilizar creches para os filhos das empregadas das lojas que abriga e que estejam
em período de amamentação, cumprindo a sua função social.
Viola o art. 950, caput, do Código Civil e o art. 121 da Lei 8.213/91 decisão que
indefere o pagamento de pensão mensal por danos morais decorrente de doença
ocupacional ao fundamento de que o trabalhador recebe benefício previdenciário e
não comprova prejuízo salarial. O fato de o empregado perceber benefício
previdenciário não pode eximir o empregador de pagar a pensão que decorre de
doença ocupacional, uma vez que constituem verbas de naturezas jurídicas distintas:
uma derivada da relação previdenciária e a outra, da relação de trabalho.
Configura ato ilícito, nos termos do art. 187 do CC, a conduta da empresa que impede
o retorno do empregado à atividade laboral e, consequentemente, inviabiliza o
percebimento da contraprestação pecuniária, mesmo após a alta previdenciária
(“limbo jurídico”: o trabalhador não receberá nem o salário e nem o benefício
previdenciário). O sofrimento ensejado pela atitude abusiva da empregadora, ao
sonegar direitos básicos do trabalhador, independe da comprovação fática do abalo
moral, configurando-se in re ipsa (presumido em razão do próprio fato). Dessarte,
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modo, à luz do Tema 932 da Repercussão Geral, com efeito vinculante e eficácia erga
omnes, reconhecendo o maior risco implicado ao trabalhador, que foi vitimado em
assalto, manteve-se a responsabilização objetiva da empresa pelos danos decorrentes
do acidente ocorrido, nos termos do art. 927, parágrafo único, do Código Civil.”
O TST PODE MODIFICAR A QUANTIA ARBITRADA A TÍTULO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS
APENAS NAS HIPÓTESES EM QUE AS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS FIXAREM VALORES TERATOLÓGICOS,
DESPROVIDOS DE RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE (Informativo nº 236 do TST – 2021)
NA AÇÃO EM QUE SE BUSCA A REPARAÇÃO POR DANOS CAUSADOS PELO ACIDENTE DE TRABALHO,
SEJAM ELES MORAIS OU MATERIAIS, OS JUROS DE MORA CONTAM-SE DESDE SEU AJUIZAMENTO E A
CORREÇÃO MONETÁRIA DESDE O ARBITRAMENTO OU A ALTERAÇÃO DO VALOR (Informativo nº 245
do TST – 2021)
A Súmula nº 439 do TST, que prevê, para as condenações por dano moral, que os juros
incidem desde o ajuizamento da ação e a correção monetária desde a decisão de
arbitramento ou de alteração do valor, também é aplicável às condenações por danos
materiais, por analogia. Desse modo, quando o trabalhador buscar a reparação pelos
danos causados pelo acidente de trabalho, sejam eles morais ou materiais, será
aplicável o disposto na Súmula nº 439 do TST: juros desde o ajuizamento da ação e
correção monetária desde o arbitramento ou a alteração do valor.
ESTABILIDADES – Novidade!
NÃO É NECESSÁRIO COMPROVAR O NASCIMENTO DA CRIANÇA PARA TER DIREITO À ESTABILIDADE,
COM OU SEM REINTEGRAÇÃO, SENDO EXIGIDO APENAS A COMPROVAÇÃO DA GRAVIDEZ AO TEMPO
DA DISPENSA IMOTIVADA (Informativo nº 217 do TST – 2020)
O TST, em ação na qual se discutia a situação de empregada que comprovou ter sido
dispensada grávida, mas não comprovou o nascimento da criança, fixou o
entendimento de que “os dispositivos que a asseguram - artigos 7º, XVIII, da
Constituição Federal e 10, II, b, do ADCT - estabelecem como único requisito ao direito
à estabilidade que a empregada esteja gestante no momento da dispensa imotivada”,
pelo que “é inexigível a juntada da certidão de nascimento da criança para fins de
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Uma das hipóteses de estabilidade provisória é aquela prevista no art. 10, II, b, do
ADCT, que a garante à empregada gestante desde a confirmação da gravidez até cinco
meses após o parto. Embora o texto fale em “desde a confirmação”, tanto a doutrina
como a jurisprudência entendem que a garantia existe desde a concepção, sendo
assegurada a estabilidade ainda que haja o desconhecimento do estado gravídico pela
empregada e pelo empregador. Esse entendimento foi pacificado no item I da Súmula
nº 244 do TST.
Ainda sobre o entendimento sumulado, seu item III diz que a estabilidade também é
garantida na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. Em
que pese a redação desse item apenas falar em “contrato por tempo determinado”, de
forma genérica, o TST firmou entendimento, em Incidente de Assunção de
Competência (IAC-5639-31.2013.5.12.0051), no sentido de que a estabilidade referida
não alcança as trabalhadoras submetidas ao regime de trabalho temporário de que
trata a Lei nº 6.019/1974.
Desse modo, a gestante contratada sob regime de trabalho temporário não terá
direito à estabilidade provisória contra dispensa sem justa causa prevista no art. 10, II,
b, do ADCT e na Súmula nº 244 do TST.
TST-IAC-5639-31.2013.5.12.0051, Tribunal Pleno, rel. Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, red. p/
acórdão Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, 18.11.2019, Informativo 212.
OS DIRIGENTES DE COOPERATIVA CUJO OBJETO SOCIAL NÃO CONFLITA COM A ATIVIDADE PRINCIPAL
DO EMPREGADOR NÃO POSSUEM ESTABILIDADE PROVISÓRIA NO EMPREGO (Informativo nº 219 do
TST – 2020)
um ano após o término do mandato. Nesse período somente poderão ser dispensados
em razão de falta grave, devidamente apurada por meio de inquérito judicial.
o TST entende que, caso o objeto social da cooperativa não conflite com a atividade
principal do empregador, isto é, se os interesses promovidos pela cooperativa não
possuem interação ou conflito com os interesses do empregador, não se justifica a
atribuição de estabilidade aos dirigentes da cooperativa.
TST-ROT-10139-07.2020.5.03.0000, SDC, rel. Min. Kátia Magalhães Arruda, 16/8/2021, Informativo 242.
O TST já deixou de considerar abusiva greve que, conquanto tenha sido realizada
durante a vigência de instrumento normativo heterônomo, foi motivada pelo
inadimplemento pelo empregador de direitos fundamentais para viabilizar o curso
normal da prestação de trabalho – atraso no pagamento de salários, não pagamento
do 13º salário e não fornecimento de EPI e vale transporte – reputando legítima a
paralisação.
A GREVE MOTIVADA POR MORA SALARIAL, MESMO QUE NÃO OBSERVE AS EXIGÊNCIAS LEGAIS PARA
SUA DEFLAGRAÇÃO, NÃO PODE SER CONSIDERADA ABUSIVA, NEM AUTORIZA O DESCONTO DOS DIAS
PARADOS (Informativo nº 239 do TST – 2021)
TST-RO-451-67.2018.5.11.0000, SDC, rel. Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho, 14/6/2021,
Informativo 239.
O caso concreto era relativo à greve dos petroleiros, cujas reivindicações envolviam a
redução do preço dos combustíveis e do gás de cozinha, a retomada da produção
interna de combustíveis e o afastamento do presidente da Petrobras.
O TST entendeu que a greve não tinha pertinência com a relação trabalhista mantida
pelos grevistas com a empresa, de modo que a considerou abusiva.
TST-DCG-1000376-17.2018.5.00.0000, SDC, red. p/ acórdão Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho,
14/12/2020, Informativo 231.
significativa não caracteriza greve. No caso vertente, houve uma pequena paralisação
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TST-RO-386-09.2017.5.11.0000, SDC, rel. Min. Maurício Godinho Delgado, 9.3.2020, Informativo 215.
STF. Plenário. ADI 3890/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 7/6/2021, Informativo 1.020.
EM MASSA DE TRABALHADORES, QUE NÃO SE CONFUNDE COM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA POR PARTE DA
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Com base nesses entendimentos, o Plenário, por maioria, ao apreciar o Tema 638 da
repercussão geral, negou provimento ao recurso extraordinário.”
STF-RE 999435/SP, relator Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgamento em
8.6.2022, Informativo 1058.
indisponíveis.
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Além disso, ajustes acordados com aval sindical são revestidos de boa-fé e a invalidade
deles deve ser a exceção, não a regra. A anulação dos acordos, na parte em que
supostamente interessa ao empregador, mantidos os ônus assumidos no que diz
respeito ao trabalhador, ao mesmo tempo em que viola o art. 7º, XXVI, da CF/1988,
leva a um claro desestímulo à negociação coletiva, que deveria ser valorizada e
respeitada, especialmente em momentos de crise.
Com base nesses entendimentos, o Plenário, por maioria, ao apreciar o Tema 1.046 Da
Repercussão Geral, deu provimento ao recurso.”
STF-ARE 1121633/GO, relator Min. Gilmar Mendes, julgamento em 1º e 2.6.2022, Informativo 1057.
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Isso porque o art. 702, I, f, da CLT, com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017, havia
previsto que esses enunciados, inclusive quando oriundos dos Tribunais Regionais do
Trabalho, somente poderiam ser feitos pelo Tribunal Pleno, atendidos os seguintes
requisitos: a) obter o voto favorável de pelo menos dois terços de seus membros; b) a
matéria deve ter sido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo,
dois terços das turmas em pelo menos dez sessões diferentes em cada uma delas.
Previu ainda a possibilidade de, por maioria de dois terços dos seus membros,
restringir os efeitos da declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua
publicação no Diário Oficial.
Assim, as limitações impostas pela Reforma Trabalhista não mais vigoram, podendo o
TST voltar a editar novas Súmulas e OJs e alterar aquelas já existentes, o que não
ocorria desde a entrada em vigor da fatídica reforma.
Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, julgou procedente a ADPF para
declarar a inconstitucionalidade da Súmula 277 do TST, na versão atribuída pela
Resolução 185/2012, assim como de interpretações e decisões judiciais que entendem
44
STF- ADPF 323/DF, relator Min. Gilmar Mendes, julgamento virtual finalizado em 27.5.2022, Informativo
1056.
COMPETÊNCIA – Novidade!
NÃO COMPETE À JUSTIÇA DO TRABALHO ANALISAR AÇÃO NA QUAL SE DISCUTE ANÚNCIO DE VAGA
DE EMPREGO COM CUNHO DISCRIMINATÓRIO (Informativo nº 216 do TST– 2020)
TST-RR-18200- 11.2007.5.02.0008, 5ª Turma, rel. Des. Conv. João Pedro Silvestrin, julgado em 11.3.2020,
Informativo 216.
2020)
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STF. Plenário. RE 960429/RN, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4 e 5/3/2020, repercussão geral –
Tema 992, Informativo 968.
TST-E-RR-44-64.2013.5.09.0009, SBDI-I, red. p/ acórdão Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira,
6/8/2020, Informativo 222.
COMPETE À JUSTIÇA DO TRABALHO PROCESSAR E JULGAR AÇÃO CIVIL PÚBLICA, AJUIZADA PELO
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linha de raciocínio, tem aplicação à hipótese dos autos a Súmula 736 do STF, segundo a
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qual "compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o
descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos
trabalhadores". Portanto insere-se no âmbito da competência material da Justiça do
Trabalho a apreciação e julgamento de ação civil pública ajuizada pelo Ministério
Público do Trabalho, mediante a qual se formulam pedidos relativos à adequação do
meio ambiente de trabalho, em face de ente público, para todos os trabalhadores,
independentemente do vínculo jurídico laboral, inclusive para os servidores
estatutários.”
AJUIZADA A AÇÃO ANULATÓRIA DE AUTO DE INFRAÇÃO, EVENTUAL EXECUÇÃO FISCAL QUE VENHA A
SER PROPOSTA PELA FAZENDA DEVERÁ SER DISTRIBUÍDA À MESMA VARA DO TRABALHO EM QUE
TRAMITA AQUELA, EM RAZÃO DA CONEXÃO EXISTENTE ENTRE OS REFERIDOS PROCESSOS
(Informativo nº 226 do TST – 2020)
TST-CC-9953-02-2019.5.00.0000, SBDI-II, rel. Min. Maria Helena Mallmann, 6/10/2020, Informativo 226.
TRANSAÇÃO A SER HOMOLOGADA PELA JUSTIÇA DO TRABALHO (Informativo nº 219 do TST – 2020)
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TST-RRAg-1001365- 34.2018.5.02.0431, 4ª Turma, rel. Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho, julgado
em 16/11/2021, Informativo 247.
Apesar de não poder se imiscuir na vontade das partes, pode a Justiça do Trabalho
afastar cláusulas que considerar abusivas, fraudatórias ou ilegais, mas somente
quando for possível constatar o vício. Não constatado o vício, deve homologar
49
“A SBDI-II concluiu que o cabimento do habeas corpus não se restringe aos atos
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contra ato de particular. Na hipótese, o habeas corpus fora impetrado sob a alegação
de constrangimento ao direito de locomoção em decorrência de atos supostamente
praticados por sindicato durante o exercício do direito de greve. Consignou-se que o
inciso LXVIII do artigo 5º da Constituição Federal, que trata do habeas corpus,
diferentemente dos incisos LXIX e LXXII, que dispõem, respectivamente, sobre o
mandado de segurança e o habeas data, é silente quanto ao sujeito do ato coator e
que a importância do direito à liberdade de ir e vir justifica não apenas a utilização da
ação constitucional contra ato de particular, como também a sua legitimação ativa
plena e a dispensa da capacidade postulatória. Salientou-se, ainda, que eventual
constrangimento ao direito de locomoção, decorrente de ato praticado pelo sindicato,
é passível de elisão por meio do habeas corpus, em razão do poder que lhe é
legalmente outorgado para deflagrar a paralisação coletiva. Em seguida, a SBDI-II, com
fundamento no artigo 114, incisos II e IV, da Constituição Federal, afastou a alegação
de incompetência desta Justiça Especializada suscitada pelo sindicato, deixando
consignado que é da Justiça do Trabalho a competência para processar e julgar os
habeas corpus contra atos vinculados ao exercício do direito de greve. Por fim, definiu-
se que a competência funcional para apreciar e julgar habeas corpus impetrado contra
ato praticado por particular é da Vara do Trabalho, e não do TRT.”
TST-RO-1023-93.2015.5.05.0000, SBDI-II, rel. Min. Luiz José Dezena da Silva, 28/9/2021, Informativo
245.
TST-RO-67-68.2017.5.10.0000, SBDI-II, rel. Min. Evandro Pereira Valadão Lopes, julgado em 16/8/2022,
Informativo 259.
de ação.
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Modificação de competência
O PRAZO PARA A OPOSIÇÃO DA EXCEÇÃO DE COMPETÊNCIA TEM NATUREZA PRECLUSIVA, SENDO
INCABÍVEL A MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TERRITORIAL APÓS SEU DECURSO, AINDA QUE AS
PARTES EXPRESSAMENTE CONCORDEM COM A MODIFICAÇÃO (Informativos nº 225 e 231 do TST –
2020 e 2021)
O TST entende que o prazo do art. 800 da CLT para a oposição da exceção de
incompetência tem natureza preclusiva, de modo que se a exceção não for proposta
no prazo ali previsto, a competência do local em que fora proposta a ação será
prorrogada (Informativo nº 225 do TST).
TST-CC-10467- 93.2019.5.15.0013, SBDI-II, rel. Min. Luiz José Dezena da Silva, 22/9/2020, Informativo
225.
TST-CC-1000129-26.2020.5.02.0383, SBDI-II, rel. Min. Douglas Alencar Rodrigues, 15/12/2020,
Informativo 231.
pedir a inobservância de súmula por ele estabelecida, visto ser o órgão colegiado cuja
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TST-Rcl-1000623-61.2019.5.00.0000, Tribunal Pleno, rel. Min. Márcio Eurico Vitral Amaro, 29/6/2020,
Informativo 221.
FASE DE CONHECIMENTO
“Ao formular pedidos com valores líquidos na petição inicial, sem registrar qualquer
ressalva, o autor limita a condenação a esses parâmetros, a teor do disposto no art.
492 do CPC de 2015. Com efeito, nos termos do referido dispositivo legal, “é vedado
ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em
quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado”. No caso
concreto, extrai-se da petição inicial que o reclamante requereu o pagamento de horas
in itinere no exato valor de R$ 3.803,00, não havendo qualquer menção de se tratar de
mera estimativa ou requerimento de apuração em liquidação, como havia sido feito
em outros pedidos.”
A INDICAÇÃO DO VALOR DO PEDIDO NÃO SIGNIFICA QUE DEVA SER FEITO UM CÁLCULO DETALHADO
A SER JUNTADO À INICIAL. NÃO HÁ EXIGÊNCIA NA CLT, E NEM O JUIZ PODERÁ FAZÊ-LA, DE QUE A
PARTE APRESENTE MEMÓRIA DE CÁLCULO OU INDIQUE DE FORMA DETALHADA OS CÁLCULOS DE
LIQUIDAÇÃO QUE A LEVOU A ATINGIR OS VALORES INDICADOS EM SEU PEDIDO (Informativo nº 232
do TST – 2021)
“A nova redação do § 1º do artigo 840 da CLT, inserida pela Lei nº 13.467/2017, incluiu
novas exigências, dirigidas à parte autora, para o ajuizamento de reclamação
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“que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor”. Entende-se por
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pedido certo aquele que não é realizado de forma implícita, em caráter vago ou
genérico, mas sim expresso na petição inicial, por exemplo, o pagamento de horas
extras não adimplidas no curso do contrato. Por outro lado, o pedido determinado é
aquele realizado de modo preciso, sem que haja margem de interpretação sobre o
bem da vida que se deseja, ou seja, em prosseguimento do exemplo referido, o
pagamento da 7ª e 8ª horas trabalhadas durante um período determinado. Por fim, a
indicação de valor é expressão autoexplicativa, sendo obrigação da parte apontar o
valor que pretende receber em razão de cada pedido certo e determinado que
formular. Verifica-se, portanto, que a norma legal em questão em momento algum
também determina que a parte está obrigada a trazer memória de cálculo ou indicar
de forma detalhada os cálculos de liquidação que a levaram a atingir o valor indicado
em seu pedido. Observa-se que a previsão legal em questão tem por objetivo (mens
legis), possibilitar ao polo passivo o pleno exercício de seus direitos processuais
fundamentais de ampla defesa e de exercício do contraditório, como garantido pelo
artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal. Assim, havendo o reclamante apresentado
em sua peça inicial pedido certo e determinado, com indicação de valor, está garantido
ao reclamado a possibilidade de amplo exercício de seus direitos, visto que este sabe
precisamente, desde o início do processo, quais são os pleitos formulados contra si.
Ainda, não se pode interpretar tal previsão legal de modo a, de forma irrazoável e
desproporcional, atribuir um peso desmedido sobre o reclamante que, ao início da
demanda, não tem e nem pode ter conhecimento nem possibilidade de acesso a todos
os documentos e informações necessárias para a precisa liquidação de suas
pretensões, exigindo-se lhe que apresente pedido com indicação precisa de valores,
inclusive com planilhas de cálculo detalhado, sob pena de, assim, impedir o seu direito
de acesso ao judiciário (artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal), direito este
igualmente fundamental, tão importante quanto os da ampla defesa e contraditório,
ora mencionados. Resulta, portanto, que, ao exigir do reclamante a formulação de pedido
certo, determinado e com indicação de valor, não pode o juiz da causa também lhe exigir a
simultânea apresentação de cálculos detalhados como, no caso em exame, indevidamente
exigiram as instâncias ordinárias, com a flagrante e direta violação dos direitos fundamentais,
55
seus direitos materiais alegadamente violados ou ameaçados (artigo 5º, inciso XXXV, da
Constituição da República).”
Resposta do reclamado
A AUSÊNCIA DE REPETIÇÃO EXPRESSA DO PEDIDO RECONVENCIONAL AO FIM DA CONTESTAÇÃO NÃO
IMPEDE QUE ESSE SEJA ANALISADO (Informativo nº 217 do TST – 2020)
Provas
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NÃO CONFIGURA PROVA ILÍCITA AQUELA OBTIDA PELO EMPREGADOR MEDIANTE O ACESSO AO E-
MAIL CORPORATIVO CONFERIDO AO EMPREGADO (Informativo nº 221 do TST – 2020)
TST-RR-1347- 42.2014.5.12.0059, 4ª Turma, rel. Min. Alexandre Luiz Ramos, julgado em 23/6/2020,
Informativo 221.
TST-E-ED-ARR-532-29.2014.5.03.0016, SBDI-I, rel. Min. Breno Medeiros, red. p/ acórdão Min. Cláudio
Mascarenhas Brandão, 20/5/2021, Informativo 238.
Audiência
CASO O RECLAMADO COMPAREÇA À AUDIÊNCIA INAUGURAL, FICA AFASTADA A REVELIA, MAS SE ELE
VIER A FALTAR À AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO NA QUAL DEVERIA PRESTAR DEPOIMENTO PESSOAL,
SERÁ POSSÍVEL APLICAR A CONFISSÃO FICTA EM RELAÇÃO AOS FATOS QUE SERIAM OBJETO DE
PRODUÇÃO PROBATÓRIA (Informativo nº 235 do TST – 2021)
57
TST-RR-11417- 12.2013.5.01.0043, 2ª Turma, rel. Min. Maria Helena Mallmann, julgado em 14/4/2021,
Informativo 235.
A REVELIA NÃO IMPORTA A ACEITAÇÃO DE TUDO QUE FORA ALEGADO PELA PARTE AUTORA, SENDO
LÍCITO AO MAGISTRADO UTILIZAR CRITÉRIOS DE RAZOABILIDADE PARA PONDERAR SOBRE O
ALEGADO PELA RECLAMANTE, ACATANDO OU NÃO SEU PEDIDO (Informativo nº 246 do TST – 2021)
TST-RR-101450-91.2017.5.01.0048, 3ª Turma, rel. Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, julgado
em 27/10/2021, Informativo 246.
Custas
58
“Dispõe o art. 899, § 10, da CLT, incluído pela Lei nº 13.467/2017, serem “isentos do
depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as
empresas em recuperação judicial”. Cuida, portanto, exclusivamente da questão
atinente à isenção de depósito recursal. No que diz respeito particularmente às custas
processuais, o art. 790, § 4º, da CLT, também incluído pela Lei nº 13.467/2017, passou
a admitir a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita “à parte que comprovar
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo”. Tal benefício
inequivocamente estende-se à pessoa jurídica, tenha ela ou não fins lucrativos. Não
obstante, pressupõe comprovação cabal da insuficiência econômica, de conformidade
com o entendimento sufragado na Súmula nº 463, II, do TST.”
“[...] a comprovação a que alude o § 4º do artigo 790 da CLT pode ser feita mediante
declaração de miserabilidade da parte. Nesse contexto, a simples afirmação do
reclamante de que não tem condições financeiras de arcar com as despesas do
processo autoriza a concessão da Justiça gratuita à pessoa natural. Enfatiza-se, por fim,
que o banco recorrente nada provou em sentido contrário, ficando na cômoda posição
de negar validade à declaração de pobreza feita pelo reclamante, sem nada alegar de
substancial contra ela e seu conteúdo.”
TST-RR-340-21.2018.5.06.0001, 2ª Turma, rel. Min. José Roberto Freire Pimenta, julgado em 19.2.2020,
Informativo 215.
Nos termos do art. 173, § 1º, II, e § 2º da CF e da Súmula 170 do TST, as sociedades de
economia mista estão sujeitas ao regime jurídico próprio das empresas privadas,
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não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado, razão pela
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STF. Plenário. ADI 5766/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 20/10/2021, Informativo 1035.
Honorários – Atualização!
SÃO INCONSTITUCIONAIS AS NORMAS TRABALHISTAS QUE, PRESUMINDO A SUPERAÇÃO DA
SITUAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA APENAS PELO FATO DE SAGRAREM-SE VENCEDORES
EM OUTRA CAUSA, DETERMINAM O PAGAMENTO DE HONORÁRIOS PERICIAIS E ADVOCATÍCIOS
SUCUMBENCIAIS POR BENEFICIÁRIOS DA JUSTIÇA GRATUITA (Informativo nº 1.035 do STF – 2021) –
Atualização!
Importante destacar que os pedidos acolhidos na ADI 5766 foram para declarar: a) a
inconstitucionalidade da expressão “ainda que beneficiária da justiça gratuita”,
constante do caput do art. 790-B da CLT; b) a inconstitucionalidade do § 4º do art. 790-
B da CLT; e c) a inconstitucionalidade da expressão “desde que não tenha obtido em
juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa,”,
constante do § 4º do art. 791-A da CLT.
Essa informação é importante pelo fato de o acórdão ter sido redigido de maneira
genérica, de modo que a situação somente foi esclarecida em sede de embargos de
declaração, embora estes tenham sido rejeitados, pois ali foi dito que a conclusão do
julgamento esteve adstrita aos pedidos formulados pelo autor da ADI, que foi nos
exatos termos acima descritos, sendo rejeitada apenas a declaração de
inconstitucionalidade do § 2º do art. 844 da CLT (permanecendo a possibilidade de
condenação do reclamante que não comparecer à audiência, ainda que beneficiário da
gratuidade de justiça, ao pagamento das custas).
Assim, bastava que o beneficiário vencesse uma outra demanda Y que já haveria a
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demanda X em que fora condenado, sem qualquer análise mais profunda acerca da
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real possibilidade de arcar com os ônus sem detrimento de seu sustento. Sem analisar,
por exemplo, se aquele crédito obtido já seria totalmente consumido com outras
dívidas relativas à subsistência própria e de sua família.
STF. Plenário. ADI 5766/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 20/10/2021, Informativo 1035.
“O artigo 791-A, §3º, da CLT, introduzido pela Lei nº 13.467/2017, instituiu na Justiça
do Trabalho os honorários de sucumbência recíproca, mediante a seguinte disposição:
“Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência
recíproca, vedada a compensação entre os honorários”. Embora a redação do
dispositivo suscite dúvidas acerca do parâmetro de incidência dos referidos
honorários, a melhor interpretação a ser conferida é aquela que se coaduna com a
característica, ordinária, da cumulatividade de pretensões na reclamação trabalhista,
de modo que o autor apenas será sucumbente se decair, integralmente, de um pedido.
Há, ainda, na doutrina quem diferencie a sucumbência parcial - relativa ao
indeferimento de uma simples parcela do pedido, e, portanto inaplicável para os fins
da norma celetista - da procedência parcial (expressão contida no texto expresso em
lei), esta analisada no contexto global da ação, em face da própria pretensão, como já
afirmado. Assim, tendo sido acolhida a pretensão, ainda que indeferida parcela do
pedido, não se há de falar em condenação do autor no pagamento dos honorários
advocatícios previstos no artigo 791-A, §3º, da CLT, pois não configurada, nessa
hipótese, a sucumbência recíproca exigida pelo dispositivo.”
PARTES E PROCURADORES
NÃO CONFIGURA MANDATO TÁCITO A REALIZAÇÃO DE SUSTENTAÇÃO ORAL POR ADVOGADO SEM
PROCURAÇÃO VÁLIDA (Informativo nº 237 do TST – 2021)
NÃO HÁ QUE SE FALAR EM OFENSA A DIREITO LÍQUIDO E CERTO NA APLICAÇÃO DE MULTA POR
DESCUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL NA CONDIÇÃO DE TERCEIRO, DESDE QUE O VALOR OBSERVE
64
O LIMITE DE 20% DO VALOR DA CAUSA, NOS TERMOS DO ART. 77, § 2º, DO CPC DE 2015 (Informativo
Página
TST-RO-221-61.2019.5.12.0000, SBDI-II, rel. Min. Renato de Lacerda Paiva, 15/6/2021, Informativo 239.
2021)
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É importante destacar que o STJ tem entendimento em sentido diverso, de modo que
a intimação operada pelo PJe seria prevalecente em relação àquela operada pelo Diá-
rio Eletrônico. Porém, esse entendimento não se aplica ao processo do trabalho.
TST-ROT-930- 57.2020.5.05.0000, SBDI-II, rel. Min. Douglas Alencar Rodrigues, julgado em 17/5/2022,
Informativo 254.
RECURSOS – Novidade!
INDEPENDENTEMENTE DA COMPROVAÇÃO DE PREJUÍZO, É NULO O ATO DE PUBLICAÇÃO DE
ACÓRDÃO AO QUAL NÃO SE TENHA JUNTADO AS RAZÕES DO VOTO VENCIDO (Informativo nº 227 do
TST – 2020)
“A ausência de juntada das razões de voto vencido no acórdão recorrido que julgou o
pleito rescisório gera a nulidade absoluta do ato de publicação da referida decisão,
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3º, do CPC de 2015. Sob esse fundamento, a SBDI-II, por unanimidade, conheceu do
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“No caso, o TRT não conheceu do recurso ordinário, sob o fundamento de que se trata
de processo que tramita em rito sumário, cuja tramitação se restringe ao primeiro
grau. Da leitura do inteiro teor do que dispõe o art. 2º da Lei nº 5.584/70, que rege a
matéria, infere-se que se trata de rito aplicável à jurisdição contenciosa (sujeita a
conciliação, instrução e julgamento da causa), não sendo esse o caso do protesto
interruptivo da prescrição, que é procedimento de jurisdição voluntária. Em se
tratando de procedimento de jurisdição voluntária, o valor atribuído à causa é mera
formalidade, apenas para fins fiscais, razão por que não influi na submissão ou não da
ação ao rito sumário. Cumpre registrar que, no capítulo do CPC que trata dos
procedimentos de jurisdição voluntária, o art. 724 dispõe que “da sentença caberá
apelação”. Por analogia, no processo do trabalho, aplica-se o inciso I do art. 895 da
CLT, segundo o qual “Cabe recurso ordinário para a instância superior: I – das decisões
definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias;” Assim, ao
adotar o fundamento de que a presente ação se submete ao procedimento sumário,
previsto na Lei nº 5.584/70, tendo em vista o valor atribuído à causa, e, por
consequência, julgar incabível o recurso ordinário, o Tribunal Regional incorreu em
violação do princípio do contraditório e da ampla defesa, insculpido no art. 5º, LV, da
Constituição Federal.”
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Pressupostos recursais
No caso sob julgamento, outra irregularidade foi constatada, pois o advogado que se
dizia ter sido investido por mandato tácito apenas havia feito uma sustentação oral,
sendo que “a jurisprudência do TST é firme no sentido de que não configura mandato
tácito a realização de sustentação oral por advogado, sem procuração válida.”
TST-Ag-ED-AIRR-489-36.2013.5.06.0019, Órgão Especial, rel. Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho,
07/06/2021, Informativo 239.
NÃO HÁ QUE SE FALAR EM VIOLAÇÃO DIRETA E LITERAL DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, APTA A ENSEJAR
A INTERPOSIÇÃO DE RECURSO DE REVISTA EM PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO, PELA AUSÊNCIA DE
RECOLHIMENTO DO FGTS NA RESCISÃO INDIRETA (Informativo nº 256 do TST – 2022) – Novidade!
Agravo de petição
SOMENTE DO EXECUTADO SE EXIGE A DELIMITAÇÃO DOS VALORES IMPUGNADOS NO AGRAVO DE
PETIÇÃO, CONSTITUINDO PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL NÃO EXIGÍVEL DO
EXEQUENTE (Informativo nº 171 do TST – 2018)
Justamente em virtude de o art. 897, §1º, da CLT ter por finalidade permitir o
prosseguimento da execução no tocante àquelas matérias e valores não impugnados
no agravo de petição, o TST já decidiu que o preenchimento do pressuposto de
admissibilidade em questão somente é exigível do executado, não podendo ser exigido
do exequente.
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Nesse sentido, a SBDI-I salientou que “a delimitação dos valores impugnados a que
alude o art. 897, § 1º, da CLT é pressuposto de admissibilidade do agravo de petição e
visa a execução imediata da parte incontroversa, razão pela qual somente é exigível do
executado” e que “o exequente, via de regra, pretende obter um acréscimo ao valor já
apurado, de modo que o descumprimento da referida norma não acarreta qualquer
prejuízo ao prosseguimento da execução”.
TST-RO-107-24.2016.5.23.0000, SBDI-II, rel. Min. Luiz José Dezena da Silva, 23/6/2020, Informativo 221.
TST-ROT-18-04.2021.5.13.0000, SBDI-II, red. p/ acórdão Min. Luiz José Dezena da Silva, julgado em
24/5/2022, Informativo 255.
TST-RO-21209-33.2016.5.04.0000, SBDI-II, rel. Min. Maria Helena Mallmann, red. p/ acórdão Min.
Douglas Alencar Rodrigues, 29/6/2021, Informativo 240.
O MPT POSSUI LEGITIMIDADE ATIVA PARA PROPOR AÇÃO RESCISÓRIA, COM FUNDAMENTO NO ART.
966, III E V, DO CPC, AINDA QUE NÃO TENHA SIDO PARTE NO PROCESSO ORIGINÁRIO, EM FACE DE
DECISÃO QUE JULGOU IMPROCEDENTE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM FUNDAMENTO EM LAUDO
OFICIAL FRAUDULENTO PRODUZIDO POR PERITO JUDICIAL, EXCETO NAS HIPÓTESES EM QUE A
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA FOR EXTINTA POR ACORDO (Informativo nº 236 do TST – 2021)
O TST decidiu que o MPT terá legitimidade para ajuizar a rescisória em todos aqueles
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casos em que sua atuação for necessária em razão de suas finalidades institucionais, o
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que se enquadra na cláusula aberta da alínea “c” do inciso III do art. 967 do CPC.
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A legitimidade ativa do MPT na ação rescisória, por outro lado, não resta configurada
quando o processo originário é extinto pela homologação de acordo celebrado entre
as partes em juízo. Nesse caso, entende-se que o interesse decorrente da rescisão da
sentença é meramente particular, tendo o acordo sido derivado da autonomia da
vontade, não atraindo a atuação do MPT.
Informativo 241.
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A coisa julgada que, caso ofendida, autoriza o ajuizamento da ação rescisória é a coisa
julgada material, que, ademais, deve ser oriunda de relação processual distinta,
conforme deixa claro a OJ nº 157 da SDBI-II do TST.
“No caso, a coisa julgada que se formou no processo criminal, em que constatado o
crime cometido pelo empregado (ato de improbidade), com a consequente pena de
perda do emprego público, operou-se anteriormente ao trânsito em julgado do
acórdão rescindendo que, ao analisar as razões que ensejaram a justa causa, concluiu
pela nulidade da dispensa do reclamante. Assim, a decisão penal se sobrepõe à
sentença trabalhista, de modo que esta não pode subsistir com conteúdo decisório
oposto àquele que transitou em julgado na esfera criminal. Sob esse entendimento, a
SBDI-II, por unanimidade, conheceu e negou provimento ao recurso ordinário,
mantendo, portanto, a decisão do Tribunal Regional que, com fundamento no art. 485,
IV, do CPC de 1973, julgou procedente o pedido de corte rescisório para reconhecer a
justa causa praticada pelo empregado.”
TST-RO-8573-11.2011.5.04.0000, SBDI-II, rel. Min. Douglas Alencar Rodrigues, red. p/ acórdão Min.
Renato de Lacerda Paiva, Informativo 180.
TST-ROT-380-78.2020.5.08.0000, SBDI-II, rel. Min. Luiz José Dezena da Silva, julgado em 16/8/2022,
Informativo nº 259.
MANDADO DE SEGURANÇA
É CABÍVEL MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA DECISÃO QUE DETERMINA A SUSPENSÃO DO
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“Cabe mandado de segurança contra decisão que, embora ostente caráter interlocutório,
contraria a jurisprudência pacífica, reiterada e notória do TST. Na espécie, o writ foi impetrado
pelo Ministério Público do Trabalho contra acórdão proferido em recurso ordinário pelo TRT
da 5ª Região, que anulou de ofício sentença prolatada em ação civil pública e determinou o
retorno dos autos à Vara de origem para que fossem chamados à lide os litisconsortes passivos
necessários (empregados ocupantes de funções de confiança potencialmente atingidos pelo
pedido de declaração de nulidade dos contratos firmados com ente público sem prévia
aprovação em concurso público). Ocorre que, conforme entendimento firmado pelo TST, não
há litisconsórcio passivo necessário entre a pessoa natural ou jurídica demandada e os sujeitos
que possam ser atingidos pelos efeitos da decisão proferida em ação civil pública voltada à
defesa de direitos e interesses difusos e coletivos. O litisconsórcio na ação civil pública apenas
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se viabiliza em relação aos demais legitimados ativos para o debate coletivo (art. 5º, §§ 1º e 5º,
da Lei nº 7.347/1985).”
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TST-RO-144- 28.2011.5.05.0000, SBDI-II, rel. Min. Douglas Alencar Rodrigues, 06/11/2018, Informativo
186.
constante da reclamação trabalhista, algo não previsto em lei e que impõe restrição
indevida de acesso ao Judiciário.
LIQUIDAÇÃO
OS JUROS DE MORA CONTAM-SE DESDE O AJUIZAMENTO DA PRIMEIRA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA,
CASO ESSA SEJA ARQUIVADA E POSTERIORMENTE O TRABALHADOR VENHA A PORPOR OUTRA
(Informativo nº 235 do TST – 2021)
TST-E-RR-1023-29.2010.5.15.0085, SBDI-I, rel. Min. Lélio Bentes Corrêa, 15/4/2021, Informativo 235.
232.
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EXECUÇÃO – Novidade!
É LÍCITA A PENHORA DE VENCIMENTOS PARA PAGAMENTO DE PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA
DECORRENTE DO CONTRATO DE TRABALHO, OBEDECIDOS OS REQUISITOS DO ART. 529, § 3º DO CPC
(Informativo nº 244 do TST – 2021)
TST-ROT-100876-81.2018.5.01.0000, SBDI-II, rel. Min. Luiz José Dezena da Silva, 21/9/2021, Informativo
244.
O art. 139, IV, do CPC tem aplicação subsidiária ao Processo do Trabalho. Contudo, a
sua aplicação exige cautela, porque a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação
(CNH) e do passaporte implica restrição ao direito fundamental de ir e vir do
executado. No caso concreto, a medida será desproporcional e sem afinidade com o
pagamento de créditos trabalhistas caso não haja garantia de que a restrição dos
direitos viabilizará de forma eficiente a probabilidade de adimplemento do débito. Ou
seja, deve haver relação de causa e efeito entre a aplicação da medida coercitiva e o
pagamento da dívida.
NÃO É CABÍVEL O MANDADO DE SEGURANÇA PARA IMPUGNAR DECISÃO QUE REJEITA O PEDIDO DE
REMIÇÃO DE DÍVIDA APRESENTADO PELA EXECUTADA APÓS A ASSINATURA DO AUTO DE
ARREMATAÇÃO (Informativo nº 232 do TST – 2021)
Não é cabível o mandado de segurança para impugnar decisão que rejeita o pedido de
remição de dívida apresentado pela executada após a assinatura do auto de
arrematação. O direito subjetivo à remição apenas se convalida se exercido antes da
alienação dos bens penhorados (art. 926 do CPC), revelando-se preclusos os
requerimentos formulados após a assinatura do auto de arrematação, salvo se
vinculados à existência de vício processual para o próprio exercício do direito à
remição (art. 903, caput e § 1º, I, do CPC).
É ÔNUS DO EXEQUENTE A PROVA DE QUE O IMÓVEL NÃO CONSTITUI BEM DE FAMÍLIA (Informativo
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Não é a parte que deseja ser beneficiada com a impenhorabilidade sobre o bem de
família que deve provar que o bem é seu único imóvel, produzindo prova negativa de
que possua outros bens. Pelo contrário, é o exequente que deve demonstrar que o
imóvel que deseja executar não constitui bem de família, possuindo o executado
outros bens.
A PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NÃO SE APLICA AOS PROCESSOS CUJA EXECUÇÃO FOI INICIADA EM
DATA ANTERIOR AO INÍCIO DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017 (Informativo nº 242 do TST – 2021)
HAVENDO MAIS DE UMA PENHORA SOBRE O MESMO IMÓVEL, PREVALECE A DO CREDOR QUE
PRIMEIRO LAVROU O AUTO DE PENHORA EM SUA EXECUÇÃO, POUCO IMPORTANTO QUEM FOI O
PRIMEIRO A FAZER O REGISTRO NA MATRÍCULA DO IMÓVEL EM CARTÓRIO (Informativo nº 248 do
TST – 2021)
“Para os casos de penhoras que recaem sobre o mesmo imóvel, tem preferência
aquele credor que primeiro tiver lavrado o auto de penhora em sua execução, pouco
importando quem foi o primeiro a fazer o registro na matrícula do imóvel do cartório.
Na espécie, os agravados, nos autos da ação n° 0082200- 98.1995.5.02.0021, que
tramitou perante a 21ª Vara do Trabalho de São Paulo, efetivaram a penhora em
4/7/2002 e registraram-na em 30/12/2003, sem que fosse providenciado o registro
imobiliário do título. Em outro do processo de n° 0249000- 82.1991.5.02.0013, que
tramitou perante a 13ª Vara Trabalhista de São Paulo, a ora autora logrou, em
24/4/2008, em leilão judicial, arrematar o imóvel descrito e caracterizado na Matrícula
84.717, do 3° Registro de Imóveis de São Paulo e, em consequência, foi devidamente
imitida na posse do imóvel arrematado. A autora, para transferir a propriedade do
imóvel, providenciou o registro da competente carta de arrematação, em 10/8/2009.
Tem-se, portanto, que a penhora do imóvel foi efetivada em momento anterior à
anotação, o que denota que a penhora dos ora réus sobre o bem tem preferência,
conforme preceitua o art. 797 do CPC. Com efeito, fazendo o cotejo entre a previsão
do código de processo civil, da lei de registros públicos e do código civil, o Superior
Tribunal de Justiça decidiu que a regra contida no CPC, em seu artigo 797, deve
prevalecer, estando claro que terá preferência o credor que primeiro tiver lavrado o
auto de penhora em sua execução, independentemente de quem foi o primeiro a fazer
o registro na matrícula, em cartório.”
TIFICAÇÃO DO CRÉDITO TRABALHISTA, APÓS O QUE DEVERÁ O CREDOR HABILITAR SEU CRÉDITO NO
JUÍZO UNIVERSAL (Informativo nº 241 do TST – 2021)
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“1.1. A competência da Justiça do Trabalho para executar créditos contra a massa fali-
da ou contra empresa em recuperação judicial estende-se até a sua individualização e
quantificação, momento após o qual cabe ao credor habilitá-lo no Juízo Universal. 1.2.
Assim, tratando-se de execução de empresa em processo de recuperação judicial,
eventual decisão sobre liberação dos depósitos recursais em favor do exequente, ain-
da que tais depósitos tenham sido realizados antes do deferimento do pedido de recu-
peração judicial, insere-se na competência da Justiça Universal e não da Justiça do Tra-
balho. Precedentes da SBDI-2.”
“Afronta o princípio do devido processo legal (art. 5º, LV, da CF) a decisão que, com o
objetivo de garantir o pagamento de débitos trabalhistas de empresa executada no
feito primitivo, determina o bloqueio de valores pertencentes a terceiro não
integrante do processo originário, decorrentes de contrato de prestação de serviços
firmado com a executada, os quais constituem objeto de ação de cobrança em trâmite
na Justiça Comum. A penhora de crédito em poder de terceiro deve restringir-se à
determinação para que os valores sejam postos à disposição do juízo, caso venha
cumprir a obrigação e, assim, esteja habilitado ao seu recebimento, não cabendo a
execução direta do contrato entre terceiros pelo juiz a manu militari.”
TST-ROT-80559-26.2020.5.07.0000, SBDI-II, rel. Min. Luiz José Dezena da Silva, julgado em 19/4/2022,
Informativo 253.
PROCESSO COLETIVO
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TST-RO-240-16.2017.5.20.0000, SDC, rel. Min. Mauricio Godinho Delgado, red. p/ acórdão Min. Aloysio
Corrêa da Veiga, 09/03/2020, Informativo 216.
Decidiu o TST que o dissídio coletivo não é via adequada para buscar a suspensão de
atividades presenciais durante a pandemia de COVID-19, além de que o não
cumprimento de eventuais liminares concedidas durante esse processo, por ser ele
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nulo, não pode gerar efeitos entre as partes, como o pagamento de multas, dando-se à
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ROT-10443-06.2020.5.03.0000, SDC, rel. Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho, 20/9/2021, Informativo
244.
TST-RO-1000037-04.2018.5.02.00009, SDC, rel. Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho, red. p/ o
acórdão Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, 22/2/2021, Informativo 232.
trabalhadores, pelas seguintes razões: a) o custo que terá com elaboração de cálculos,
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sujeito, em caso de eventual não desconto e repasse das aludidas contribuições, com
encargo de multa, juros e correção monetária, além de gastos com advogados para
possível defesa, tendo em vista que os descontos de trabalhadores não associados são
considerados inconstitucionais pelo STF; c) a necessidade de se dar cumprimento aos
precedentes vinculantes do STF sobre esta matéria, que se tornariam inócuos se não
reconhecida legitimidade recursal das entidades sindicais patronais.
Tais razões justificam-se, ainda, pelo fato de que os sindicatos dos trabalhadores,
beneficiários das contribuições sobre os empregados não associados, não irão
recorrer; tampouco o MPT, que se manifesta contrariamente à limitação contributiva
aos associados; ou mesmo os próprios trabalhadores, se considerada a relação custo
benefício dessa demanda. Deste modo, para evitar lesão à garantia constitucional de
acesso à justiça, faz-se patente reconhecer o interesse recursal dos sindicatos
patronais.
TST-RO-1004102-76.2017.5.02.0000, SDC, red. p/ acórdão Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho,
12/4/2021, Informativo 235.
TST-RO-1000037-04.2018.5.02.00009, SDC, rel. Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho, red. p/ o
acórdão Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, 22/2/2021, Informativo 232.
NÃO SE APLICA A TAXA REFERENCIAL (TR) COMO ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA DE DÉBITOS
TRABALHISTAS (Informativo nº 1043 do STF – 2021) – Novidade!
Tese fixada:
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II - A fim de garantir segurança jurídica e isonomia na aplicação desta tese, devem ser
observados os marcos para modulação dos efeitos da decisão fixados no julgamento
conjunto da ADI 5.867, ADI 6.021, ADC 58 e ADC 59, como segue: (i) são reputados
válidos e não ensejarão qualquer rediscussão, em ação em curso ou em nova
demanda, incluindo ação rescisória, todos os pagamentos realizados utilizando a TR
(IPCA-E ou qualquer outro índice), no tempo e modo oportunos (de forma extrajudicial
ou judicial, inclusive depósitos judiciais) e os juros de mora de 1% ao mês, assim como
devem ser mantidas e executadas as sentenças transitadas em julgado que
expressamente adotaram, na sua fundamentação ou no dispositivo, a TR (ou o IPCA-E)
e os juros de mora de 1% ao mês; (ii) os processos em curso que estejam sobrestados
na fase de conhecimento, independentemente de estarem com ou sem sentença,
inclusive na fase recursal, devem ter aplicação, de forma retroativa, da taxa Selic (juros
e correção monetária), sob pena de alegação futura de inexigibilidade de título judicial
fundado em interpretação contrária ao posicionamento do STF (art. 525, §§ 12 e 14,
ou art. 535, §§ 5º e 7º, do CPC e (iii) os parâmetros fixados neste julgamento aplicam-
se aos processos, ainda que transitados em julgado, em que a sentença não tenha
consignado manifestação expressa quanto aos índices de correção monetária e taxa de
juros (omissão expressa ou simples consideração de seguir os critérios legais).”
RE 1269353/DF, relator Min. Luiz Fux, julgamento finalizado no Plenário Virtual em 17.12.2021,
Informativo 1043.
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“Por não se tratar de recurso, mas sim de medida administrativa sui generis, derivada
da natureza da atuação ininterrupta da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho e
sem relação direta com o processo de origem, a correição parcial não se submete a
interrupção nem a suspensão de prazos previstas no art. 897-A, § 3º, da CLT (oposição
de embargos de declaração) e nos arts. 192 do RITST e 775-A, da CLT (recesso forense
e férias coletivas), respectivamente. Nesse contexto, a apresentação de correição
parcial, após o prazo de 5 dias previsto no art. 17, caput, do RICGJT, torna intempestiva
a medida e impõe o seu indeferimento. E, uma vez declarada a intempestividade da
correição parcial, essa precede em relação ao exame de ausência superveniente de
interesse capaz de ensejar a perda de objeto.”
A AUSÊNCIA DE INTERVENÇÃO DO MPT NAS AÇÕES COLETIVAS EM QUE O SINDICATO FIGURA COMO
SUBSTITUTO PROCESSUAL, QUANDO NÃO EVIDENCIADA A OCORRÊNCIA DE PREJUÍZO, NÃO É APTA,
POR SI SÓ, A GERAR NULIDADE POR AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO MPT (Informativo nº 255 do TST –
2021) – Novidade!
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