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DIREITO
ADMINISTRATIVO

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ROTEIRO DE ESTUDO

PRINCIPAIS ARTIGOS
Essa seleção de artigos foi feita para que você possa iniciar o estudo com a leitura
dos artigos mais relevantes sobre o assunto e, ainda, para que você saiba o que
priorizar em futuras revisões sobre o tema.
Art. 4º do decreto 200/67;
Art. 6º da Lei 11.107/2005;
Arts. 173 e 174 da CF;
Art. 30 da CF;
Art. 22, II a V, IX a XII, XVI e XII da CF;
Art. 37, XIX, da CF.

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
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Disciplina: Direito Administrativo
Assuntos: Conceitos Iniciais do Direito

Administrativo

CONTEÚDO JURÍDICO
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Material revisado e atualizado em 02/10/2023

PDFIGT!
DIREITO ADMINISTRATIVO
ORIGEM, CONCEITOS E FONTES DO DIREITO
ADMINISTRATIVO
INTRODUÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO 3
ORIGEM DO DIREITO ADMINISTRATIVO 3
CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 3
CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 5
SISTEMAS ADMINISTRATIVOS 8
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 9
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR EM DIREITO ADMINISTRATIVO 10
RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR 11
CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO 12

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INTRODUÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO

ORIGEM DO DIREITO
ADMINISTRATIVO
● Como apontado de forma praticamente uníssona pela doutrina, o
Direito Administrativo surge com a consagração dos ideais liberais da
Revolução Francesa de 1789 e o surgimento do Estado de Direito.
● As limitações ao poder estatal e a proteção dos cidadãos podem ser
justificados, segundo Rafael de Oliveira, por três conquistas
revolucionárias:

o Princípio da legalidade;
o Princípio da separação de poderes;
o Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

● A partir destes marcos, a França criou tribunais administrativos com a


finalidade precípua de decidir os conflitos envolvendo a Administração
Pública e os particulares, excluindo-os da análise do Poder Judiciário.
● Surge então o contencioso administrativo francês, sistema que funda o
Direito Administrativo e que iremos rever posteriormente.
● No mais, considera-se como um dos marcos do surgimento do Direito
Administrativo o Conselho de Estado Francês, que, a partir de 1872,
passou a proferir decisões soberanas sobre questões administrativas,
insuscetíveis de revisão pelo Poder Judiciário.
● Por fim, outro marco fundamental para a origem do Direito
Administrativo é o “Arret Blanco”.

CONCEITO DE DIREITO
ADMINISTRATIVO
● Importante conhecer a conceituação conforme cada um dos critérios
apresentados pela doutrina, apesar de não haver uniformidade, senão
vejamos: P

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● Critério Legalista ou Exegético – restringem o estudo do Direito


Administrativo, ao conceituá-los, às leis e normas administrativas,
excluindo a doutrina, costumes e princípios gerais do direto de sua
abrangência.
● Critério do Poder Executivo - o Direito Administrativo se restringiria a
estudar os atos editados pelo Poder Executivo, desconsiderando os
demais poderes;
● Critério do Serviço Público – vários doutrinadores conceituam este
critério, contudo, é importante conhecer o entendimento da Maria
Sylvia Zanella Di Pietro, visto que considera inadequado tal critério: “na
realidade, qualquer que seja o sentido que se atribua à expressão
serviço público, ela não serve para definir o objeto do Direito
Administrativo. Pelo conceito de uns ultrapassa o seu objeto e, pelo
conceito de outros, deixa de lado matérias a ele pertinentes”.
● Critério Finalístico ou Teleológico – define o direito administrativo
como o sistema dos princípios que regulam a atividade do Estado para
o cumprimento de seus fins.
● Critério das Relações Jurídicas – segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro:
“há ainda os que consideram o Direito Administrativo como o conjunto
de normas que regem as relações entre a Administração e os
administrados”. Esse critério revelou-se inaceitável, porque outros
ramos do direito, também têm por objeto relações dessa natureza.
Ademais, essa perspectiva reduz o direito administrativo, ignorando a
atividade que a Administração exerce e os bens de que ela utiliza.
● Critério Negativista ou Residual - o Direito Administrativo teria por
objeto todas as atividades estatais que não fossem legislativas ou
jurisdicionais.
● Critério da Administração Pública – Por fim, chegamos ao critério da
Administração Pública, que, embora também possa sofrer algumas
críticas, é adotado por nomes de peso da doutrina nacional, como: Hely
Lopes Meirelles, Celso Antônio Bandeira de Mello e Marçal Justen Filho P

(ver abaixo). á

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CONCEITO DE DIREITO

ADMINISTRATIVO
Administração Pública com letra maiúscula significa a estrutura
administrativa, ou seja, representa o conjunto de órgãos, entidades e
agentes que exercem a função administrativa e representa o sentido
subjetivo da palavra. Por outro lado, a mesma expressão grafada com
letras minúsculas significa a atividade administrativa e é utilizada para
representar o sentido objetivo da palavra.

Administr Sentido Entes e


ação subjetivo, órgãos
Pública orgânico ou administrat

Conc

administr Sentido objetivo,


ação material ou Funções
pública funcional

● A função administrativa é atividade subordinada à lei (infralegal) e que


tem por finalidade a satisfação das necessidades coletivas através de
atos concretos (interdição de um comércio ou o asfaltamento de uma
rua, por exemplo). A função política (ou função de governo), por sua
vez, está pautada diretamente no texto constitucional, caracterizando-
se pela independência e discricionariedade (decretação de intervenção
federal ou edição de medidas provisórias, por exemplo).
● Bastante atenção com este detalhe: nem sempre a administração
pública é objeto do direito administrativo. Somente a administração
pública em sentido estrito é objeto do direito administrativo porque ela
se restringe às funções administrativas. Porém, em sentido amplo, a
administração pública é objeto também do direito constitucional
porque envolve as funções governamentais.
● Administração Pública em Sentido Subjetivo – fazem parte da
Administração Pública todos os órgãos das pessoas jurídicas políticas P

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(União, Estados, Municípios e Distrito Federal), além da Administração


indireta.
● Portanto, é correto definir Administração Pública, em sentido subjetivo,
como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui
o exercício da função administrativa do Estado.
● O art. 4º do decreto 200/67 dispõe sobre a organização da
Administração Pública Federal:

Art. 4° A Administração Federal compreende:

- A Administração Direta, que se constitui dos


serviços integrados na estrutura administrativa da
Presidência da República e dos Ministérios.

- A Administração Indireta, que compreende as


seguintes categorias de entidades, dotadas de
personalidade jurídica própria:

Autarquias;

Empresas Públicas;

Sociedades de Economia Mista.

fundações públicas.

● Atualmente, também compõem a Administração Indireta os consórcios


públicos com personalidade jurídica de Direito Público.

Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade


jurídica:

– de direito público, no caso de constituir associação


pública, mediante a vigência das leis de ratificação do
protocolo de intenções;
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– de direito privado, mediante o atendimento dos
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requisitos da legislação civil.

§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica


de direito público integra a administração indireta de
todos os entes da Federação consorciados.

● Administração Pública em Sentido Objetivo – abrange as atividades


exercidas pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes incumbidos de
atender concretamente às necessidades coletivas; corresponde à
função administrativa, atribuída preferencialmente aos órgãos do Poder
Executivo.
● A administração pública abrange as atividades finalísticas de fomento,
polícia administrativa, serviço público e intervenção.
● No caso de intervenção confira os dispositivos constitucionais
pertinentes:

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta


Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

(...)

Art. 174. Como agente normativo e regulador da


atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei,
as funções de fiscalização, incentivo e planejamento,
sendo este determinante para o setor público e
indicativo para o setor privado.

● A administração pública em sentido objetivo tem as seguintes


características:
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o é uma atividade concreta, no sentido de que põe em execução a vontade
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do Estado contida na lei;


o a sua finalidade é a satisfação direta e imediata dos fins do Estado;
o o seu regime jurídico é predominantemente de direito público, embora
possa também submeter-se a regime de direito privado, parcialmente
derrogado por normas de direito público.

● Administração Pública em Sentido Operacional - A administração


pública pode significar o “quem faz” (sentido formal), o “o que se faz”
(sentido material) e o “ato de fazer” (sentido operacional).

SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
● Contencioso Administrativo: também conhecido como “sistema
francês” ou “sistema da dualidade de jurisdição”, a principal
característica desse sistema é que os ordenamentos jurídicos que o
adotam conferem a determinadas decisões administrativas a natureza
de coisa julgada oponível ao próprio Poder Judiciário.
● Assim, o sistema consagra duas ordens de jurisdição ordinária ou
comum - exercida pelo Judiciário sobre os atos dos particulares em geral
- e administrativa - exercida por juízes e Tribunais administrativos, que
tem na cúpula o denominado Conselho de Estado, dotado de forte
independência em relação ao Poder Executivo.
● Jurisdição una: no ordenamento jurídico brasileiro, apenas o Poder
Judiciário possui a prerrogativa de proferir decisões com definitividade
(com força de coisa julgada material), por isso se fala em jurisdição
única.
● Portanto, fique especialmente atento com a expressão coisa julgada
administrativa, ela “significa tão somente que determinado assunto
decidido na via administrativa não mais poderá sofrer alteração nessa
mesma via administrativa, embora possa sê-lo na via judicial” (José dos
Santos Carvalho Filho).

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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

(...)

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder


Judiciário lesão ou ameaça a direito;

FONTES DO DIREITO
ADMINISTRATIVO
● Fontes Escritas e não Escritas
● Leis (Juridicidade);
● Tratados Internacionais;
● Doutrina;
● Jurisprudência;
● Exemplo da importância da jurisprudência no direito administrativo:

Segundo o STF, na falta de lei específica (lembre-se que a lei


é a fonte principal do Direito Administrativo), pode o
judiciário, em sede do mandado de injunção, determinar que
se aplique a Lei 7.783/89 à greve no serviço público, enquanto
a omissão não for devidamente regulamentada por lei própria
para os servidores públicos civis (STF. MI 708, Relator(a): Min.
GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 25/10/2007).

Em outras palavras, como não há lei para o caso específico de


greve de servidores públicos, a jurisprudência do citado
Mandado de Injunção 708 servirá como fonte do Direito
Administrativo, determinando a aplicação da lei de greve dos
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empregados privados para os servidores públicos.
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● Costumes;
● Precedentes Administrativos.

COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR


EM DIREITO ADMINISTRATIVO
● Em regra, todos os entes federativos (União, Estados, Municípios e
Distrito Federal) detêm competência para legislar em Direito
Administrativo. A União, Estados e Distrito Federal podem legislar
concorrentemente (art. 24 da CF/88) e os municípios, possuem
competência suplementar (art. 30 da CF/88).

Art. 30. Compete aos Municípios:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

● Há também hipóteses de competência privativa da União. São os casos


previstos no art. 22 da CF/88.
● Veja as competências privativas pertinentes ao Direito Administrativo:

Art. 22. Compete privativamente à União legislar

sobre: (...)

- desapropriação;

- requisições civis e militares, em caso de iminente


perigo e em tempo de guerra;

- águas, energia, informática, telecomunicações e


radiodifusão;

- serviço postal;

- diretrizes da política nacional de transportes; P

- regime dos portos, navegação lacustre, á


fluvial,
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marítima, aérea e aeroespacial;

- normas gerais de organização, efetivos, material


bélico, garantias, convocação e mobilização das
polícias militares e corpos de bombeiros militares;

- competência da polícia federal e das polícias


rodoviária e ferroviária federais;

- atividades nucleares de qualquer natureza;

– normas gerais de licitação e contratação, em todas


as modalidades, para as administrações públicas
diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no
art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades
de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;

RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR


● O Direito Administrativo é disciplinado quase que totalmente por meio
de lei ordinária, promulgada pelo parlamento da entidade federativa
competente para legislar a matéria objeto da lei. Desse modo, é possível
a edição de Medida Provisória sobre quase todos os temas de Direito
Administrativo, desde que, é claro, sejam observadas as vedações do
art. 62, § 1º, da CF/88.
● Todavia, há casos excepcionais e expressamente previstos na
constituição, em que se exige a edição de lei complementar para regular
temas de direito administrativo. Serve de exemplo a extensão da idade
da aposentadoria compulsória para 75 anos, como estabelecido pela
Emenda Constitucional 88/2005 (PEC da bengala).
● Outro exemplo de excepcionalidade quanto a exigência de lei
complementar é a referente à definição das áreas de atuação das P
fundações governamentais: á

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Art. 37. A administração pública direta e indireta de


qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

XIX – somente por lei específica poderá ser criada


autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir
as áreas de sua atuação;

CONSTITUCIONALIZAÇÃO
DO DIREITO ADMINISTRATIVO
● Rafael Oliveira aponta quatro importantes mudanças que a
constitucionalização trouxe para o Direito Administrativo:

o a redefinição da ideia de supremacia do interesse público sobre o


privado e a ascensão do princípio da ponderação de direitos
fundamentais;
o a superação da concepção do princípio da legalidade como vinculação
positiva do administrador à lei e a consagração da vinculação direta à
Constituição;
o a possibilidade de controle judicial da discricionariedade a partir dos
princípios constitucionais, deixando-se de lado o paradigma da
insindicabilidade do mérito administrativo;
o a releitura da legitimidade democrática da Administração, com a
previsão de instrumentos de participação dos cidadãos na tomada de
decisões administrativas (consensualidade na Administração). P

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