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CAPA

1
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS

CÂMARA TÉCNICA

EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM:

manual de perguntas e respostas

2ª edição revisada e ampliada

BELO HORIZONTE-MG
2020

2
2020, Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a
fonte.

Exercício da enfermagem: manual de perguntas e respostas, 2ª edição


revisada e ampliada

Disponível em: http://www.corenmg.gov.br

REVISÃO 2020:
Andréia Oliveira de Paula Murta
Octávia Maria Silva Gomes Lycarião

COLABORAÇÃO:
Débora Martins Silva
Rayssa Ayres Carvalho

REVISÃO DE TEXTO
Eduardo Eustáquio Chaves Durães Júnior
(MG 05149 JP)

Ficha Catalográfica

C755e Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais.


Exercício da enfermagem: manual de perguntas e respostas /
Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais. – 2. ed. -- Belo
Horizonte: Coren-MG, 2020.
121 p. il. color

1. Exercício da enfermagem – dúvidas frequentes – perguntas e


respostas.
Elaborada pela Bibliotecária Meissane Andressa da Costa Leão - CRB6/2353

3
SEDE:

Rua da Bahia, 916 – 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 9º, 10º, 11º, 12º e 13º andares
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PLENÁRIO DO COREN-MG (2018-2020)

DIRETORIA DO COREN-MG:
Presidente: Carla Prado Silva
Vice-Presidente: Lisandra Caixeta de Aquino
Primeiro-Secretário: Érico Pereira Barbosa
Segundo-Secretário: Gustavo Adolfo Arantes
Primeira-Tesoureira: Vânia da Conceição Castro Gonçalves Ferreira
Segunda-Tesoureira: Vanda Lúcia Martins

DEMAIS MEMBROS EFETIVOS DO PLENÁRIO:


Christiane Mendes Viana
Elânia dos Santos Pereira
Ernandes Rodrigues Moraes
Fernanda Fagundes Azevedo Sindeaux
Iranice dos Santos
Jarbas Vieira de Oliveira
Karina Porfírio Coelho
Lucielena Maria de Souza Garcia Soares
Maria Eudes Vieira

SUPLENTES:
Alan Almeida Rocha
Cláudio Luís de Souza Santos
Enoch Dias Pereira
Elônio Stefaneli Gomes
Gilberto Gonçalves de Lima
Gilson Donizetti dos Santos
Jaime Bernardes Bueno Júnior
Kássia Juvêncio
Linda de Souza Leite Miranda Lima
Lívia Cozer Montenegro
Maria Magaly Aguiar Cândido
Mateus Oliveira Marcelino
Simone Cruz de Melo
Valdecir Aparecido Luiz
Valéria Aparecida dos Santos Rodrigues

COMITÊ PERMANENTE DE CONTROLE INTERNO


Elânia dos Santos Pereira
Iranice dos Santos
Jarbas Vieira de Oliveira

DELEGADAS REGIONAIS
Efetiva: Carla Prado Silva
Suplente: Lisandra Caixeta de Aquino

5
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 13

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14

2 ÁREA TEMÁTICA: GERAL ............................................................................... 15


1) O que o Coren faz por nós? ............................................................................. 15
2) Por que o Coren cobra anuidade? ................................................................... 17
3) Por que o Piso Salarial da Enfermagem e a redução da Jornada de Trabalho
para 30 horas Semanais não foram instituídos em Minas Gerais? Qual o papel do
Coren-MG? .......................................................................................................... 18
4) Quais atividades são privativas do Enfermeiro? .............................................. 19
5) Quais atividades são proibidas ao profissional de Enfermagem? .................... 21
6) É competência do profissional de Enfermagem a realização de atividades
administrativas (recepção; abertura de consultório, separar prontuário, dentre
outras)? ................................................................................................................ 22
7) Enfermeiro pode atuar como Técnico de Enfermagem? .................................. 22
8) Técnico de Enfermagem pode fazer especialização? E tem carteirinha de
especialista? ........................................................................................................ 23
9) O hospital tem que ter um Enfermeiro apenas para o Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar (SCIH)? Ou pode ser o mesmo enfermeiro da assistência? 23
10) O Enfermeiro que assume o SCIH deve ter alguma gratificação? ................. 24
11) Em quais comissões são obrigatórias a presença do Enfermeiro?................ 24
12) Qual a validade das carteiras profissionais? .................................................. 25
13) O profissional de Enfermagem deve registrar as suas especializações? ...... 25
14) É obrigatório o uso do carimbo? .................................................................... 26
15) Quem pode emitir atestado de comparecimento? ......................................... 26
16) Profissionais de Enfermagem militares devem possuir inscrição no Coren? . 27
17) O Enfermeiro pode atuar em consultório particular? ...................................... 27
18) O gerente da unidade pode fazer a escala dos profissionais de Enfermagem,
inclusive férias? ................................................................................................... 27

6
3 ÁREA TEMÁTICA: RESPONSABILIDADE TÉCNICA...................................... 29
19) O que é Enfermeiro Responsável Técnico ou Enfermeiro RT? Para que serve
a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)? .............................................. 29
20) Ao solicitar ART para o PGRSS o Enfermeiro se responsabilizará pela
assistência também ou apenas pelo PGRSS? .................................................... 30
21) Somente o Enfermeiro pode gerenciar o PGRSS ou outros profissionais
também podem? .................................................................................................. 30
22) O Enfermeiro RT pode trabalhar com a jornada de 12x36 horas?................. 31
23) O Enfermeiro RT deve receber alguma gratificação por assumir a função? .. 31

4 ÁREA TEMÁTICA: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ...................................... 32


24) O Enfermeiro pode prescrever medicamentos?............................................. 32
25) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Benzetacil nas
Unidades Básicas de Saúde? .............................................................................. 32
26) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Noripurum nas
Unidades Básicas de Saúde? .............................................................................. 33
27) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Ceftriaxona nas
Unidades Básicas de Saúde? .............................................................................. 33
28) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de metotrexate nas
Unidades Básicas de Saúde? .............................................................................. 34
29) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de medicamentos
injetáveis na atenção primária? ........................................................................... 34
30) Compete ao profissional de nível médio realizar atividades na ausência do
Enfermeiro? ......................................................................................................... 34
31) Compete ao profissional de Enfermagem a realização de testes rápidos?.... 35
32) Compete ao Enfermeiro a prescrição de curativos e coberturas? ................. 35
33) O Enfermeiro pode solicitar exames? ............................................................ 35
34) O Enfermeiro da Atenção Primária pode realizar toque retal e pedir exame de
PSA? .................................................................................................................... 36
35) Compete ao profissional de Enfermagem fazer retirada de bicho de pé? ..... 36
36) Compete aos profissionais de Enfermagem do hospital buscar pacientes em
via pública? .......................................................................................................... 37
5 ÁREA TEMÁTICA: CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO ................ 38
7
37) O Enfermeiro Responsável Técnico do Centro Cirúrgico e Central de Material
Esterilizado (CME) pode dividir as atribuições nos dois setores durante a mesma
jornada de trabalho? ............................................................................................ 38
38) O teste biológico nas Centrais de Materiais Esterilizados pode ser realizado
por Técnicos e Auxiliares de Enfermagem ou é privativo do Enfermeiro
responsável pelo setor? ....................................................................................... 38
39) Quais são os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para uso
em Centrais de Materiais Esterilizados (CME)? ................................................... 38
40) Quais são as atividades que podem ser desenvolvidas pelo Atendente de
Enfermagem no Centro de Material e Esterilização (CME)?................................ 39

6 ÁREA TEMÁTICA: GERENCIAL E ASSISTENCIAL ........................................ 40


41) A quem compete a coleta de sangue por punção arterial na Enfermagem?.. 40
42) A quem compete a realização do procedimento de sondagem gástrica ou
entérica? .............................................................................................................. 40
43) A quem compete a realização da lavagem gástrica? ..................................... 40
44) Há obrigatoriedade de realizar raios-x após a sondagem gástrica e entérica?
A quem compete solicitar os raios-x e avaliar o posicionamento? ....................... 40
45) A quem compete a realização do procedimento de sondagem vesical de
demora e de alívio?.............................................................................................. 41
46) Profissional de Enfermagem de nível médio pode realizar diálise peritoneal?
............................................................................................................................. 42
47) A quem compete a administração de nutrição parenteral? ............................ 42
48) Profissionais de Enfermagem podem administrar medicamentos previamente
diluídos por outros profissionais? ......................................................................... 42
49) Quais as atribuições da equipe de Enfermagem na sondagem gástrica? ..... 43
50) A quem compete o transporte de macas ou cadeira de rodas? ..................... 43
51) Compete ao profissional de Enfermagem a realização do aprazamento de
prescrições médicas? .......................................................................................... 45
52) Compete ao profissional de Enfermagem montar respirador? ....................... 46
53) O Enfermeiro pode fazer remanejamentos? .................................................. 46

8
54) Posso ser remanejado para um setor que nunca atuei, por um dia ou
definitivamente? Posso me recusar a ir? ............................................................. 47
55) O que deve ser anotado no livro de intercorrências do setor? O livro é
obrigatório? .......................................................................................................... 47
56) O profissional de Enfermagem pode realizar curativo em membro com calha
gessada, colocar e retirar calha gessada?........................................................... 48
57) Quais profissionais de Enfermagem podem realizar o cateterismo intermitente
limpo (CIL)? ......................................................................................................... 49
58) O Auxiliar de Enfermagem pode atuar no setor de hemodiálise? .................. 51
59) Os profissionais de Enfermagem podem atuar em laboratório e realizar o
processamento de amostras ou essa função é privativa do Bioquímico? ............ 51

7 ÁREA TEMÁTICA: ENFERMAGEM DO TRABALHO ...................................... 54


60) Competência da equipe de Enfermagem em realizar os exames de
audiometria, eletroencefalograma e eletrocardiograma em clínica de medicina do
trabalho: ............................................................................................................... 54
61) Há restrições quanto ao uso de esmaltes de unhas pela equipe de
Enfermagem? ...................................................................................................... 54
62) Compete aos profissionais de Enfermagem do Serviço de Saúde e Medicina
do Trabalho (SESMT) prestar assistência aos casos agudos?............................ 55

8 ÁREA TEMÁTICA: EDUCAÇÃO....................................................................... 56


63) O Coren fiscaliza estágio? ............................................................................. 56
64) O que é o estágio? ......................................................................................... 56
65) O que é estágio obrigatório? .......................................................................... 56
66) Professor precisa ter registro no Coren-MG? E o professor que atua apenas
em sala de aula, precisa ter registro no Coren-MG? ........................................... 57
67) É necessário ter concluído a disciplina de semiologia para fazer estágio extra-
curricular? ............................................................................................................ 58
68) Considerando a suspensão judicial da Resolução Cofen nº. 441/2013, qual o
aparato legal em vigor?........................................................................................ 58
69) Qual a orientação do Coren-MG para as instituições de ensino? .................. 58
9
70) Qual a Carga Horária mínima para estágios de Cursos em Técnico de
Enfermagem? ...................................................................................................... 60
71) As atividades de extensão, monitorias e iniciação científica na educação
superior desenvolvidas pelo estudante podem ser equiparadas ao estágio? ...... 60
72) O estágio deve ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador e pelo
supervisor? .......................................................................................................... 60
73) Qual o papel do professor orientador da instituição de ensino? .................... 61
74) O supervisor pode orientar até quantos estagiários? ..................................... 61
75) O Enfermeiro pode exercer as atividades de preceptor de estágio no horário
de serviço na instituição de saúde? ..................................................................... 61
76) Quais são as obrigações legais das instituições de ensino em relação aos
seus educandos em estágio? .............................................................................. 61
77) Quais são as principais obrigações da parte concedente na relação de
estágio? ............................................................................................................... 62
78) A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de
ensino e a parte concedente dispensa a celebração do Termo de Compromisso
de Estágio? .......................................................................................................... 62
79) O Enfermeiro do serviço pode supervisionar estágio de Enfermagem durante
seu horário de trabalho na instituição? Ele pode acumular as funções de
enfermeiro supervisor do serviço e de enfermeiro supervisor de estágio? .......... 62
80) O Enfermeiro pode desenvolver a função de preceptor? ............................... 63
81) Punção venosa, sondagem e outros procedimentos entre os próprios alunos
podem ser adotados pela instituição de ensino? ................................................. 64
82) Qual o posicionamento do Coren e Cofen frente aos cursos de educação à
distância (EAD)? .................................................................................................. 64
83) O Enfermeiro pode lecionar no Curso de Cuidador de Idosos? ..................... 65

9 ÁREA TEMÁTICA: ESTÉTICA .......................................................................... 66


84) O Enfermeiro está respaldado para atuar na área de estética?..................... 66
85) O botox então está permitido ou proibido? .................................................... 67

10 ÁREA TEMÁTICA: ESTOMATERAPIA .......................................................... 68


10
86) Quais as coberturas podem ser prescritas pelo Enfermeiro? ........................ 68
87) O Enfermeiro pode prescrever sulfadiazina de prata? ................................... 68
88) O Enfermeiro pode prescrever colagenase com cloranfenicol? ..................... 69
89) Qual o papel do Técnico de Enfermagem e do Auxiliar de Enfermagem no
cuidado às feridas? .............................................................................................. 69

11 ÁREA TEMÁTICA: NEONATOLOGIA ............................................................ 71


90) O Enfermeiro pode instalar cateter epicutâneo? ............................................ 71

12 ÁREA TEMÁTICA: ONCOLOGIA ................................................................... 72


91) A quem compete a administração de quimioterápicos? ................................. 72

13 ÁREA TEMÁTICA: PROCESSO DE ENFERMAGEM (PE) ............................ 73


92) É obrigatória a implementação do Processo de Enfermagem (PE) em toda
instituição hospitalar?........................................................................................... 73
93) Sistemas de Classificação de Pacientes podem ser utilizados para determinar
quais pacientes devem ser assistidos via Processo de Enfermagem? ................ 73
94) O Enfermeiro pode realizar a prescrição de cuidados sem antes realizar o
diagnóstico de Enfermagem? .............................................................................. 74
95) Há legislação que defina a periodicidade para realização da evolução de
Enfermagem pelo enfermeiro?............................................................................. 75
96) É obrigatória a evolução de enfermagem pelo Enfermeiro, Técnico e Auxiliar
de Enfermagem? ................................................................................................. 75
97) A prescrição de Enfermagem possui legalidade? O Técnico e o Auxiliar de
Enfermagem têm a obrigatoriedade de executar e checar a intervenção de
enfermagem prescrita? ........................................................................................ 76

14 ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE MENTAL ............................................................. 78


98) A contenção mecânica pode ser feita sem a prescrição médica e sem a
supervisão direta do Enfermeiro? ........................................................................ 78
11
99) A equipe de Enfermagem pode manter a prescrição médica por tempo
indeterminado e inclusive transcrever esta prescrição?....................................... 78

15 ÁREA TEMÁTICA: TERAPIA INTENSIVA ...................................................... 80


100) O Enfermeiro pode utilizar a máscara laríngea? Ou é legal a utilização da
máscara laríngea pelo profissional Enfermeiro? .................................................. 80
101) O Técnico de Enfermagem pode realizar aspiração traqueal? .................... 80

16 ÁREA TEMÁTICA: URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .......................................... 83


102) É competência dos profissionais de Enfermagem realizar a montagem,
conferência e reposição de medicamentos e materiais dos carrinhos de
emergência? ........................................................................................................ 83
103) Compete à Enfermagem chamar o médico ou outros profissionais no
descanso para atendimento de paciente? ........................................................... 84
104) Qual a competência dos profissionais de Enfermagem na Triagem,
Acolhimento e Classificação de Risco? ............................................................... 85
105) Compete ao Enfermeiro dispensar pacientes na classificação de risco?..... 86
106) Qual profissional de saúde pode utilizar o desfibrilador dentro de um
ambiente hospitalar. Qual profissional pode realizar a rápida desfibrilização no
paciente? ............................................................................................................. 86
107) O Enfermeiro tem respaldo para realizar a desfibrilação com o desfibrilador
manual, sem a autorização da equipe médica? ................................................... 87
108) Técnicos e Auxiliares de Enfermagem podem ministrar curso de primeiros
socorros? ............................................................................................................. 88

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 89

APÊNDICE ......................................................................................................... 103

12
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

APRESENTAÇÃO

A Enfermagem é um campo de trabalho bastante rico e diversificado, o que


faz com que surjam diversas dúvidas quanto à atuação do profissional em cada uma
das inúmeras áreas ofertadas no mercado. Com a finalidade de esclarecer os
questionamentos mais comuns e frequentes dos profissionais, é que elaboramos o
presente manual.
A opção pelo modelo de “Perguntas e Respostas” deve-se à ideia de facilitar
o manuseio e consulta do material, além de servir para chamar a atenção do
profissional de Enfermagem para os principais pontos que cercam cada tema aqui
abordado. No entanto, embora o viés prático seja a prioridade, em momento algum
desconsideramos as referências teóricas pertinentes ao exercício da profissão,
tendo em vista a complexidade de cada área.
O trabalho que resultou no “Perguntas e Respostas” tornou-se possível com a
colaboração de enfermeiros fiscais e conselheiros do Coren-MG, bem como de
acadêmicos de Enfermagem, cujos nomes estão citados na página anterior, os quais
gentilmente foram cedidos para compor a equipe técnica responsável pela
elaboração desta tarefa.
Estamos certos de que o presente manual será útil a todos os profissionais de
Enfermagem, já que será capaz de fornecer a eles subsídios para uma atuação cada
vez melhor e mais eficaz da profissão.

Enfermeira Carla Prado Silva


Presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG)

13
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

1 INTRODUÇÃO

A Câmara Técnica do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais


compõe o Departamento de Fiscalização do Coren-MG e desta forma, mantém
contato frequente com os profissionais de enfermagem de diversas áreas de
atuação, além de atender a situações advindas dos processos da Unidade de
Fiscalização, da Unidade de Processo Ético e até mesmo de órgãos externos ao
Conselho, quando estas envolvem o exercício profissional da enfermagem.
Diante do atendimento realizado aos profissionais, setores e órgãos, tornou-
se possível elencar as principais dúvidas então recebidas pela Câmara Técnica do
Coren-MG e organizá-las no formato de Perguntas e Respostas Frequentes, ligadas
ao exercício profissional da enfermagem. Trata-se da segunda edição deste Manual,
que foi organizado de acordo com as áreas temáticas existentes na Câmara
Técnica, relacionadas aos assuntos abordados. A primeira área temática foi
nominada “Área Temática: Geral” e aborda dúvidas relacionadas à atuação e
funcionamento do Conselho Regional de Enfermagem e ao próprio exercício
profissional, aplicadas a qualquer área de atuação em que o profissional esteja
inserido. As demais áreas tratam de atividades específicas, que compõem o amplo
campo de atuação das categorias profissionais da enfermagem.
Objetivou-se apresentar aos profissionais de enfermagem um material
acessível, de fácil consulta e que obedece ao rigor técnico, científico, ético e legal
das informações.
Os profissionais de Enfermagem podem ainda acessar, através do site do
Coren-MG, todos os Pareceres Técnicos elaborados e publicados por esta Câmara
Técnica. Os profissionais devem buscar conhecimento cada vez mais aprofundado
sobre as normativas que regulam e orientam seu exercício profissional.
Este Manual, assim como todos os pareceres, estão sujeitos a atualizações,
de acordo a publicação de novas legislações que interferem no exercício profissional
de Enfermagem, assim como o surgimento de novas áreas de atuação.

Câmara Técnica do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais

14
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

2 ÁREA TEMÁTICA: GERAL

1) O que o Coren faz por nós?

O Coren-MG realiza as atribuições que lhe são conferidas por lei, no caso, a
Lei Federal n° 5.905/73. A título de facilitar o entendimento, tais atribuições serão
descritas em linguagem não jurídica. Nesse sentido, o Coren-MG realiza:

Quadro 1 - Atribuições do Conselho Regional de Enfermagem

ATIVIDADES POR QUE ISSO É IMPORTANTE?

Para evitar o exercício ilegal da profissão e também


que o paciente seja colocado em risco ao receber
Registro e cadastro dos profissionais de assistência prestada por pessoas leigas, além de
Enfermagem impedir que pessoas sem formação ocupem cargos
e funções que você, profissional que estudou
Enfermagem, poderia estar ocupando.
Para garantir que o exercício da Enfermagem esteja
em conformidade com a Lei nº 7.498/86 e o Decreto
nº 94.406/87, exigindo presença do profissional
Enfermeiro onde são realizadas atividades de
Fiscalização do exercício profissional
Enfermagem e durante todo o período de
funcionamento dos serviços de saúde. Para evitar
que os profissionais de nível médio coloquem a si
mesmos e aos pacientes em risco, ao atuarem sem
as condições previstas em lei.
Para evitar que os profissionais de Enfermagem
exerçam atividades privativas de outras profissões
colocando a si próprios e ao paciente em risco.
Fiscalização do exercício profissional: Quando identificado, o profissional é notificado
atividades ilegais como forma de alerta e também para que tenha um
documento formal do Conselho, impedindo-o de
realizar determinado procedimento para apresentar
na instituição em que trabalha, dando-lhe respaldo
na recusa.
Para evitar que profissionais de nível médio da
Enfermagem exerçam atividades privativas do
Enfermeiro, para as quais não possuem respaldo
Fiscalização do exercício profissional:
legal, colocando o paciente e ele próprio em risco.
atividades privativas do Enfermeiro
Para evitar que profissionais de nível médio
ocupem cargos e exerçam atribuições de
Enfermeiro.

15
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Para diagnosticar o dimensionamento inadequado


de pessoal de Enfermagem. Para exigir que o
Enfermeiro Responsável Técnico (RT) realize o
cálculo conforme as normativas vigentes. Para
garantir que os pacientes estejam em condições de
assistência adequadas. Quando verificado quadro
Fiscalização do exercício
de pessoal de Enfermagem insuficiente ou
profissional: quadro de pessoal de
inexistência de Enfermeiro, o Coren-MG notifica a
Enfermagem
instituição para se adequar à legislação e, caso
haja descumprimento, de acordo com cada caso,
pode representar ao Ministério Público ou ajuizar
uma Ação Civil Pública contra a instituição, cuja
solução dependerá de decisão judicial após a
conclusão da instrução processual e não tem prazo
definido em lei para encerramento.
Para verificar a existência de Enfermeiro
Fiscalização do exercício responsável pelo serviço de Enfermagem, evitando
profissional: Certidão de Responsabilidade que profissionais de outras categorias realizem
Técnica (CRT) escalas de Enfermagem e deleguem atividades
sem possuir formação em Enfermagem, colocando
os profissionais e os pacientes em risco.
Para garantir que os profissionais de Enfermagem
possuam documentos que respaldem o seu
Fiscalização do exercício profissional:
exercício, através de Protocolos, Procedimentos
documentos de Enfermagem
Operacionais Padrão (POPs), Manual de Normas e
Rotinas, Regimento do Serviço de Enfermagem,
dentre outros.
Os Registros e Anotações de Enfermagem são o
principal meio de respaldo dos profissionais de
Enfermagem quanto aos procedimentos que são
Fiscalização do exercício profissional: realizados nos pacientes. Além disso, é direito do
Registros e Anotações de Enfermagem paciente ter toda a sua assistência registrada em
prontuário. Desta forma, o Coren-MG fiscaliza e
orienta os profissionais quanto à forma adequada
de registro e anotação, respaldando os profissionais
nas esferas ética, cível e criminal.
Para garantir que o exercício da Enfermagem esteja
Fiscalização do exercício profissional: fundamentado cientificamente, valorizando a
Processo de Enfermagem profissão e trazendo qualidade para a assistência
ao paciente.

Para julgar os casos em que os profissionais de


Enfermagem tenham infringido o Código de Ética
dos Profissionais de Enfermagem e/ou
Processos Ético-Disciplinares normatizações do Sistema Cofen/
Conselhos Regionais de Enfermagem, a fim de
garantir que sejam julgados por seus pares,
proporcionando assim um julgamento justo.

16
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Para orientar os profissionais de Enfermagem e a


sociedade em geral sobre as competências técnico-
Câmara Técnica: respostas às dúvidas e
científicas, éticas e legais destes, conforme a
emissão de pareceres e outros documentos
função que cada um desempenha: Enfermeiro,
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem
Fonte: Elaborado pelos autores.

2) Por que o Coren cobra anuidade?

Segundo a Constituição, é livre o exercício de qualquer ofício, trabalho ou


profissão, nos termos da lei. Assim, em um primeiro momento, qualquer pessoa
pode exercer qualquer ofício de forma livre. Ocorre que algumas atividades são
especiais, pois geram grave risco para a sociedade caso sejam exercidas sem a
qualidade técnica necessária.
Nestes casos, a lei estabelece critérios para o exercício desta profissão que é
socialmente perigosa, normalmente exigindo formação específica, submetendo o
profissional a regras de fiscalização ética e profissional e avaliações de aptidão.
Para garantir que esta profissão seja útil para a sociedade e exercida com a
qualidade necessária, a lei também cria um órgão fiscalizador para os profissionais.
Este órgão é o Conselho Profissional que, no caso da Enfermagem, é o Conselho
Federal de Enfermagem e os Conselhos Regionais de Enfermagem.
Este Conselho tem o objetivo de fiscalizar o exercício da profissão, garantir
que somente pessoas habilitadas possam exercê-la, assegurar as prerrogativas
profissionais e punir desvios éticos. Portanto, o Conselho existe para dar suporte e
segurança para o bom profissional, aqueles cumpridores dos seus deveres e que
atuam de forma ética, defendendo-o dos maus profissionais e garantindo que o
mercado de trabalho seja acessível somente àquelas pessoas efetivamente
qualificadas para esta importante função.
Da mesma forma, o Conselho serve para defender a própria sociedade, que é
leiga, e precisa confiar que o profissional a ela submetido através do desempenho
de suas atividades está sendo fiscalizado por um órgão técnico apto a garantir que
somente os realmente habilitados e éticos têm autorização para prestar atendimento
à população. E toda esta estrutura de fiscalização, a garantia de prerrogativas,
suporte e intervenção ética, bem como a garantia de defesa da sociedade são

17
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

custeadas exclusivamente pelas anuidades pagas pelos profissionais vinculados ao


Conselho.
As anuidades são a única fonte de arrecadação e custeio do Conselho e têm
o objetivo de manter a estrutura administrativa necessária para que o órgão exerça
suas funções e garanta o exercício profissional adequado. Juridicamente, a
anuidade é um tributo denominado Contribuição de Interesse de Categorias
Profissionais. E é de interesse da categoria dos bons profissionais, pois a
contribuição existe para que estes tenham suporte e segurança para o exercício da
profissão de forma ética e sem violação de suas prerrogativas.

Quadro 2 - Anuidade de alguns conselhos de classe brasileiros

CONSELHO VALOR DA ANUIDADE 2020/2019

OAB/MG – Advogados R$997,30 (2020)


OAB/MG – Estagiário R$464,00 (2020)
MEDICINA R$ 772,00 (2020)
R$543,08 (superior) -(2019)
FARMÁCIA
R$271,53 (médio)- (2019)
MEDICINA VETERINÁRIA R$ 526,73 (2020)
ODONTOLOGIA R$503,52 - (2019)
FISIOTERAPIA E TERAPIA
R$492,00 - (2019)
OCUPACIONAL
R$376,96 (Enfermeiros) (2020)
R$358,10 (Obstetrizes/Obstetras) (2020)
ENFERMAGEM
R$207,04 (Técnicos de Enfermagem) (2020)
R$178,47 (Auxiliares de Enfermagem) (2020)
Fonte: Elaborada pelos autores

3) Por que o Piso Salarial da Enfermagem e a redução da Jornada de Trabalho


para 30 horas Semanais não foram instituídos em Minas Gerais? Qual o
papel do Coren-MG?

A implantação de direitos que impactam na sociedade e no exercício de


profissões no Brasil precisa ser instituída através de Leis e/ou Convenções e/ou

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Acordos Coletivos. No momento, há diversos projetos de lei que pretendem instituir


direitos como as 30 horas e o piso salarial digno para a Enfermagem em Minas
Gerais e no Brasil.
É preciso que a categoria exerça sua influência sobre representantes eleitos
para a Câmara dos Deputados, para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais e
para as Câmaras Municipais, de forma a exigir que os projetos de lei se tornem leis
de fato e assim exigíveis para todos os empregadores. Por isso a importância do
amadurecimento político da Enfermagem, pois é fundamental que os profissionais
tenham consciência eleitoral e que elejam candidatos comprometidos com as
causas da categoria.
O Coren-MG tem o papel de fiscalizar o cumprimento das leis. Assim,
enquanto as leis não são aprovadas pelos deputados estaduais, federais e
vereadores, o órgão apoia e incentiva todas as iniciativas de mobilização da
categoria.
Precisamos, dentro desta perspectiva de ampliação dos direitos da categoria,
fortalecer os sindicatos, que são os meios legais coletivos para a luta, implantação e
garantia de direitos trabalhistas.

4) Quais atividades são privativas do Enfermeiro?

Segundo a Lei Federal nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº


94.406/87, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, o
Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe:
I - Privativamente:
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da
instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de
unidade de Enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas
atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses
serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos
serviços da assistência de Enfermagem;
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de
Enfermagem;
e) consulta de Enfermagem;
f) prescrição da assistência de Enfermagem;
g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam
conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões
imediatas. (BRASIL, 1986).

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Essas são as atividades privativas determinadas por lei, no entanto, alguns


trechos não são totalmente claros, como, por exemplo: “cuidados de maior
complexidade técnica”. Que cuidados seriam esses? Somente o Conselho Federal
de Enfermagem pode determinar aos profissionais de Enfermagem outras
orientações ou restrições.
Desta forma, também são consideradas atividades privativas do Enfermeiro:
• punção arterial – Resolução Cofen nº 390/2011;
• acesso venoso umbilical – Resolução Cofen nº 388/2011;
• sondagem vesical – Resolução Cofen nº 450/2013;
• sondagem nasoentérica para fins de nutrição – Resolução Cofen nº
453/2014;
• aspiração de vias aéreas de pacientes graves, submetidos à intubação
orotraqueal ou traqueostomia ou não submetidos à respiração artificial,
em unidades de emergência, de internação intensiva, semi-intensiva ou
intermediária, ou demais unidades da assistência – Resolução Cofen
nº 557/2017;
• administração de quimioterápicos – Resolução Cofen nº 569/2018 (vide
pág. 37);
• classificação de riscos – Resolução Cofen nº 423/2012;
• receber prescrição médica à distância – Resolução Cofen nº 487/2015;
• atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Inter-Hospitalar em Aeronaves de
asa fixa e rotativa – Resolução Cofen n° 551/2017;
• enucleação do globo ocular e planejar, executar, coordenar,
supervisionar e avaliar os procedimentos de enfermagem prestados
tanto ao doador como ao receptor, bem como a assistência no
perioperatório no processo de doação de órgãos e tecidos para
transplante– Resolução Cofen n°611/2019;
• sondagem oro/nasoenteral – Resolução Cofen n° 619/2019;
• montagem, testagem e instalação de aparelhos de ventilação mecânica
invasiva e não-invasiva em pacientes adultos, pediátricos e neonatos.
Monitorização, checagem de alarmes, ajuste inicial e o manejo dos
parâmetros – Resolução Cofen n° 639/2020.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

5) Quais atividades são proibidas ao profissional de Enfermagem?

As atividades proibidas aos profissionais de Enfermagem são aquelas


consideradas privativas de outras profissões por força de lei. Resoluções de outros
conselhos são normativas infralegais e não devem ser seguidas pelos profissionais
de Enfermagem. O Cofen determina o que é proibido ao profissional de Enfermagem
realizar:
• Sutura – Resolução Cofen nº 278/2003 (exceto em casos de urgência e
de episiorrafia, quando se trata de Enfermeiro Obstetra);
• Auxílio a procedimentos cirúrgicos (diferente de instrumentação
cirúrgica) – Resolução Cofen nº 280/2003;
• Procedimentos relativos à imobilização ortopédica – Resolução Cofen
nº 422/2012 (exceto se possuir curso de especialização em
imobilização ortopédica)
• Empregar contenção mecânica com propósito de disciplina, punição e
coerção, ou por conveniência – Resolução Cofen n° 427/2012;
• Trabalhar em regime de sobreaviso (exceto para cobertura eventual de
escala que tenha profissional) – Resolução Cofen nº 438/2012;
• Aos Auxiliares de Enfermagem é vedado atuar em terapia nutricional;
Resolução Cofen n° 453/2014;
• Cumprimento de prescrição médica à distância e a execução da
prescrição médica fora da validade – Resolução Cofen n°487/2015;
• Vedações relacionadas à exposição em mídia – Resolução Cofen
554/2017;
• Procedimentos estéticos invasivos privativos do médico.

Há ainda a Nota Técnica Cofen, de 15 de outubro de 2014, desaconselhando


a realização de trabalho voluntário, exceto quando se tratar de questões
humanitárias.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

6) É competência do profissional de Enfermagem a realização de atividades


administrativas (recepção; abertura de consultório, separar prontuário, dentre
outras)?

Via de regra, o que não é proibido é permitido. Essas atividades são


atribuições de menor complexidade técnica, que podem ser realizadas por qualquer
pessoa, por não exigirem formação ou habilitação específica. Desta forma, podem
sim ser realizadas pela Enfermagem, caso designadas administrativamente pela
instituição.
Cabe à instituição garantir que a assistência ao paciente não seja prejudicada
em detrimento da realização das atividades administrativas, garantindo um
dimensionamento de pessoal adequado. Importante que o Enfermeiro Responsável
Técnico ou Enfermeiro responsável pelo serviço faça o cálculo de dimensionamento
de pessoal considerando a realização dessas atividades administrativas, quando
efetivadas, tendo em vista os sítios funcionais. O Coren-MG publicou, recentemente,
o parecer técnico da Câmara Técnica gerencial assistencial nº 9 de 2020 sobre
Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de Enfermagem em
realizar atividades administrativas. O documento está disponível para acesso por
meio do link: https://www.corenmg.gov.br/servicos/pareceres-tecnicos/.
Em casos de desvio de função, o Coren-MG recomenda que o profissional
acione as instâncias trabalhistas a fim de verificar a sua legalidade.

7) Enfermeiro pode atuar como Técnico de Enfermagem?

Segundo a Lei nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que


dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, o Técnico de
Enfermagem é o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem
(TE).
Ao TE cabe executar as atividades de Enfermagem, excetuadas as privativas
de Enfermeiro e de Obstetrizes ou Enfermeiros Obstetras. O TE executa todas as
atividades que lhe cabem, podendo executar as atividades dos Auxiliares de
Enfermagem (AE).

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

O Enfermeiro pode executar todas as atividades de assistência de


Enfermagem e até é possível entender que quem pode mais, pode menos.
Entretanto, o Cofen, através do Parecer Normativo nº 03/2017, conclui que:
apesar do Enfermeiro possuir formação acadêmica superior, ou seja, mais
exigente e, desta forma, poder realizar atividades de Enfermagem na
formação acadêmica menos exigente, não poderá, esse, ocupar o cargo de
uma categoria inferior, quando não detentor do diploma ou certificado para
tal, bem como a ausência do registro no Conselho Regional de Enfermagem
de sua jurisdição.

Enfermeiro ocupando vaga de TE ou AE sem ter o registro nessas categorias


configuraria concorrência desleal.
O parecer do Cofen está disponível em: http://www.cofen.gov.br/parecer-
normativo-no-0032017_51061.html. Acesso em: 16 nov. 2020.

8) Técnico de Enfermagem pode fazer especialização? E tem carteirinha de


especialista?

Sim, os cursos de especialização para Técnico de Enfermagem e Auxiliar de


Enfermagem deverão ter, no mínimo, 300 (trezentas) horas, o equivalente a 25% da
carga mínima indicada no Catálogo Nacional de Cursos de Nível Técnico para a
habilitação profissional a que se vincula, de acordo com a Resolução CNE/CEB nº
06/2012.
O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem, detentores de
certificado de Especialização, devem, obrigatoriamente, registrá-lo no Conselho
Regional de Enfermagem de sua jurisdição.
A Resolução Cofen n° 609/2019, atualiza, no âmbito do Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, os procedimentos para registro de
especialização técnica de nível médio em Enfermagem concedida aos Técnicos de
Enfermagem e aos Auxiliares de Enfermagem.

9) O hospital tem que ter um Enfermeiro apenas para o Serviço de Controle de


Infecção Hospitalar (SCIH)? Ou pode ser o mesmo enfermeiro da assistência?

Conforme a Portaria MS n° 2616, de 12 de maio de 1998:

23
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível


superior da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste
número, com carga horária diária mínima de 6 (seis) horas para o
enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais (BRASIL, 1998).

Para instituições com mais de 200 leitos, a carga horária diária dos membros
executores deverá ser calculada na base da proporcionalidade de leitos indicados.
Portanto, para que o enfermeiro do SCIH assuma também a assistência, isto
deverá ocorrer além da carga horária necessária para executar as atividades no
serviço de controle de infecção, o que, na prática, torna-se inviável.

10) O Enfermeiro que assume o SCIH deve ter alguma gratificação?

Não compete ao Conselho Profissional definir sobre gratificação ou


remuneração dos profissionais de Enfermagem. Comumente, há um salário
diferenciado, uma vez que o Enfermeiro possui uma formação diferenciada e
atribuições que englobam toda uma instituição de saúde. Mas trata-se de uma
decisão administrativa baseada na política de recursos humanos do serviço.

11) Em quais comissões são obrigatórias a presença do Enfermeiro?

O Manual do Enfermeiro Responsável pelo Serviço de Enfermagem traz a


lista de comissões que são obrigatórias aos serviços de saúde:
• Comissão de Óbitos;
• Comissão de Revisão de Prontuários;
• Comissão de Ética em Enfermagem (Resolução Cofen nº 593/2018);
• Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (Portaria nº 2.616, de 12
de maio de 1998);
• Comissão de Farmácia Terapêutica (Portaria nº 4.283, de 30 de
dezembro de 2010).
• A Comissão de Óbitos e a Comissão de Revisão de Prontuários não
possuem resolução ou portaria que exijam a presença do enfermeiro.
Entretanto, a Lei do Exercício Profissional define como privativo do
Enfermeiro “parecer sobre matéria de enfermagem”. Desta forma,
como ambas as comissões envolvem questões inerentes à

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Enfermagem, acaba se tornando imperativo que um Enfermeiro delas


participe.

12) Qual a validade das carteiras profissionais?

O Conselho Federal de Enfermagem, por meio de sua Resolução nº


475/2015, determinou que as carteiras de identidade profissional com data de
emissão até 31 de dezembro de 2010 deveriam ser substituídas em 2016 (qualquer
modelo de carteira de todas as categorias).
O prazo de validade da carteira por 5 anos está definido na Resolução Cofen
nº 448/2013 (no Manual de Normas Administrativas).
CAPITULO I Art. 2º – A carteira profissional de identidade terá validade de
05 (cinco) anos, contados a partir da data de sua emissão, devendo o
profissional renová-la antes do fim desse período, sob pena de responder
nos termos da legislação vigente. (COFEN, 2013).

Link de acesso ao manual de normas: http://www.cofen.gov.br/wp-


content/uploads/2013/12/MANUAL-448.pdf

13) O profissional de Enfermagem deve registrar as suas especializações?

Conforme a Resolução Cofen nº 581/2018, o Enfermeiro deverá,


obrigatoriamente, promover o registro de seus títulos de pós-graduação, sendo tal
tarefa isenta do pagamento das taxas de inscrição e carteira. A Resolução traz ainda
um anexo contendo a lista de especialidades do Enfermeiro, para fins de registro.
Importante ressaltar que, conforme o art. 2º desta Resolução:
é vedado aos Enfermeiros a veiculação, divulgação e anúncio de títulos de
pós-graduação lato sensu e stricto sensu que não estejam devidamente
registrados no Conselho Federal de Enfermagem. (Cofen, 2018).

Desta forma, o Enfermeiro que ocupa cargo em que seja obrigatória a


especialização ou que tenha carimbo com título de especialista que não possui ou
que ainda não concluiu está sujeito às medidas cabíveis pela fiscalização e processo
ético.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

14) É obrigatório o uso do carimbo?

Segundo o parágrafo 1º do artigo 35 do Código de Ética dos Profissionais de


Enfermagem (Resolução Cofen nº 564/2017), é facultativo o uso de carimbo
contendo nome completo, número e categoria de inscrição no Coren, devendo
constar a assinatura ou rubrica do profissional. Importante esclarecer que, ao abrir
mão do uso do carimbo, o profissional deve apor nome completo e/ou nome social,
ambos legíveis, número e categoria de inscrição no Conselho Regional de
Enfermagem, assinatura ou rubrica nos documentos, quando no exercício
profissional. Assim sendo, o carimbo facilita o trabalho.
No entanto, a Resolução Cofen n° 545/2017 define que:
Art. 5º É obrigatório o uso do carimbo, pelo profissional de Enfermagem nos
seguintes casos:
I – em recibos relativos à percepção de honorários, vencimentos e salários
decorrentes do exercício profissional;
II – em requerimentos ou quaisquer petições dirigidas às autoridades da
Autarquia e às autoridades em geral, em função do exercício de atividades
profissionais; e,
III – em todo documento firmado, quando do exercício profissional, em
cumprimento ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
(COFEN, 2017).

Portanto, nos casos supracitados, o uso do carimbo é obrigatório.


Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura deverá ser certificada,
conforme legislação vigente.

15) Quem pode emitir atestado de comparecimento?

Atestado de comparecimento é diferente de atestado médico. No âmbito da


equipe de Enfermagem tanto o Enfermeiro quanto o Técnico ou Auxiliar de
Enfermagem podem emitir declaração de comparecimento de paciente em serviço
de saúde. Nesse sentido, compete às gerências de Enfermagem das instituições de
saúde desenvolver protocolos de acordo com as características de suas rotinas
internas, devidamente aprovadas pela Diretória Técnica da Unidade. Contudo, deve-
se atentar para as rotinas da instituição. Em algumas, somente o Enfermeiro pode
emiti-lo.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

16) Profissionais de Enfermagem militares devem possuir inscrição no Coren?

Sim. A Lei nº 7.498/86, que regulamenta a profissão de Enfermagem, prevê


como pré-requisito para o exercício profissional a inscrição no Conselho com
jurisdição na área onde ocorre o exercício. Além disso, o Ministério da Defesa
informou ao Conselho Federal de Enfermagem, por meio do Ofício nº 2.983/2011,
que os comandos militares entendem como obrigatória a inscrição, no conselho, dos
funcionários civis e militares de Enfermagem que atuam em suas organizações.

17) O Enfermeiro pode atuar em consultório particular?

Sim, o Enfermeiro também é um profissional liberal com autonomia para


atuação e tem respaldo na Resolução Cofen nº 568/2018 alterada pela Resolução
Cofen nº 606/2019, que aprova o Regulamento dos Consultórios de Enfermagem e
Clínicas de Enfermagem. Os Enfermeiros, quando da atuação em Consultórios e
Clínicas de Enfermagem, poderão realizar as atividades e competências
regulamentadas pela Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, pelo Decreto nº 94.406,
de 08 de junho de 1987, e pelas Resoluções do Conselho Federal de Enfermagem.

18) O gerente da unidade pode fazer a escala dos profissionais de


Enfermagem, inclusive férias?

Conforme Lei Federal n° 7.498/86, ao enfermeiro incumbe, privativamente


a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da
instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de
enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades
técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos
serviços da assistência de enfermagem. (BRASIL, 1986).

Portanto, somente o Enfermeiro pode realizar a escala dos profissionais de


enfermagem, organizar escala de férias, folgas e outras.
Além disso, a Resolução Cofen n° 509/2016 delega ao Enfermeiro
responsável pelo serviço de enfermagem as atribuições de:
VIII – Organizar o Serviço de Enfermagem utilizando-se de instrumentos
administrativos como regimento interno, normas e rotinas, protocolos,
procedimentos operacionais padrão e outros;
27
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

XII – Zelar pelo cumprimento das atividades privativas da Enfermagem;


XVI – Assegurar que a prestação da assistência de enfermagem a
pacientes graves seja realizada somente pelo Enfermeiro e Técnico de
Enfermagem, conforme Lei nº 7.498/86 e o Decreto nº 94.406/87;
XX – Comunicar ao Coren quando impedido de cumprir o Código de Ética
dos Profissionais de Enfermagem, a legislação do Exercício Profissional,
atos normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem,
comprovando documentalmente ou na forma testemunhal, elementos que
indiquem as causas e/ou os responsáveis pelo impedimento. (COFEN,
2016).

Desta forma, caso o Enfermeiro esteja encontrando impedimento em realizar


a sua função, o fato deve ser comunicado ao Coren-MG para as providências
cabíveis. O profissional leigo que estiver realizando atividades privativas de
Enfermeiro está em exercício ilegal da profissão.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

3 ÁREA TEMÁTICA: RESPONSABILIDADE TÉCNICA

19) O que é Enfermeiro Responsável Técnico ou Enfermeiro RT? Para que


serve a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)?

Segundo a Lei nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que


dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, são privativas do
Enfermeiro as seguintes atividades:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da
instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade
de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas
atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses
serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos
serviços da assistência de enfermagem. (BRASIL, 1987; BRASIL,1986).

Considerando o disposto, o Cofen, por meio da Resolução nº 509/2016,


define que o Enfermeiro Responsável Técnico (RT) é o profissional responsável por
realizar essas funções e a quem é concedida a Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART), através de um documento chamado Certidão de Responsabilidade
Técnica (CRT).
Nesta Resolução, o Cofen determina 23 atribuições ao Enfermeiro
Responsável Técnico, fazendo dele o elo entre os profissionais de Enfermagem e a
fiscalização do exercício profissional. São atribuições do RT, por exemplo, a
realização do cálculo de pessoal de Enfermagem (dimensionamento); a elaboração
do Regimento do Serviço de Enfermagem; Manual de Normas e Rotinas; a
implantação da SAE; dentre outros. Para todas as suas atividades, o RT conta com
o auxílio da fiscalização do Coren-MG na orientação de como fazer.
No ano de 2020, o Coren-MG publicou o Manual do Enfermeiro Responsável
pelo Serviço de Enfermagem. Por meio deste material é possível obter informações
sobre as atribuições dos RTs e como exercer a função, assuntos que são de suma
importância para o exercício profissional da Enfermagem. O manual se encontra
disponível no link: https://www.corenmg.gov.br/wp-content/uploads/2020/06/Manual-
do-Enfermeiro-Responsavel-pelo-Servico-de-Enfermagem-2020.pdf. Acesso em: 16
nov. 2020.

29
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Desta forma, a figura do Enfermeiro Responsável Técnico é extremamente


importante para o serviço e para os demais profissionais de Enfermagem, pois é ele
quem atua de forma macro no serviço de Enfermagem, diagnosticando as
necessidades e buscando as melhorias necessárias.

20) Ao solicitar ART para o PGRSS o Enfermeiro se responsabilizará pela


assistência também ou apenas pelo PGRSS?

A Resolução Cofen n° 509/2016 define que para a solicitação da Anotação de


Responsabilidade Técnica deverá ser especificada a motivação da ART:
a) Gestão Assistencial: refere-se ao gerenciamento das ações de
Enfermagem nos cuidados diretos ao indivíduo, família e/ou coletividade seja na
área hospitalar, ambulatorial ou da promoção e prevenção de saúde, devendo ser
especificada na CRT e podendo ser setorizada;
b) Gestão de Área Técnica: corresponde às ações do Enfermeiro que não
configuram cuidado assistencial direto, devendo ser especificadas na CRT, tais
como: Programas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde,
Programas de Limpeza e Higienização, Auditoria, Equipamentos, Materiais e
Insumos médico-hospitalares, Consultoria;
c) Gestão de Ensino: refere-se à Coordenação de Curso de Graduação em
Enfermagem bem como do Ensino Médio Profissionalizante.
Desta forma, o Enfermeiro poderá formalizar uma CRT pela motivação
assistencial e outra CRT pela gestão de área técnica (PGRSS), desde que haja
compatibilidade de horário entre as duas atividades.

21) Somente o Enfermeiro pode gerenciar o PGRSS ou outros profissionais


também podem?

A Resolução Cofen n° 303/2005 habilita o Enfermeiro para assumir a


Responsabilidade Técnica do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de
Saúde.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária emitiu a Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC) n° 222/2018, que não exige formação para assumir a

30
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

responsabilidade pelo Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde,


portanto há que se verificar cada categoria profissional.

22) O Enfermeiro RT pode trabalhar com a jornada de 12x36 horas?

A Resolução Cofen n° 509/2016 define que “a jornada de trabalho não poderá


ser inferior a 20 (vinte) horas semanais para qualquer instituição”. Portanto, não há
limitações quanto à jornada de trabalho.
Entretanto, o Coren-MG entende ser ideal que o Enfermeiro RT seja diarista e
exclusivo para a função de responsável técnico a fim de cumprir com suas
atribuições em sua plenitude. O enfermeiro plantonista acabará ficando limitado
quanto ao conhecimento dos processos de trabalho como um todo, o que poderá vir
a prejudicar tanto o seu desempenho quanto a organização do serviço. A Resolução
Cofen n° 509/2016 diz que o Enfermeiro RT possui 23 atribuições, além das
preconizadas pelo gestor.

23) O Enfermeiro RT deve receber alguma gratificação por assumir a função?

Não compete ao Conselho Profissional definir sobre gratificação ou


remuneração dos profissionais de Enfermagem.
Entretanto, entende-se a função de responsável técnico como um cargo de
grande responsabilidade, sendo bastante comum e justo haver uma gratificação. O
cargo de RT é almejado pelos Enfermeiros por possibilitar gerenciar todos os
processos de trabalhos da Enfermagem. Para exercê-lo, é preciso assumir uma
posição de liderança, envolvendo habilidades de planejamento, organização,
negociação, interface com outros setores e outros coordenadores, trabalho em
equipe, além de conhecimento aprofundado em várias áreas da instituição
(legislação, logística, segurança do paciente, farmácia, custos, por exemplo), dentre
outras competências. A gratificação torna-se um incentivo para que um Enfermeiro
gestor aceite tamanha responsabilidade. Cabe lembrar que o Enfermeiro RT possui
23 atribuições definidas na Resolução Cofen n° 509/2016, além das estipuladas pelo
gestor.

31
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

4 ÁREA TEMÁTICA: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

24) O Enfermeiro pode prescrever medicamentos?

A Lei nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que dispõe


sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, traz em seu art. 11, inciso II,
alínea “c”, que, como integrante da equipe de saúde, cabe ao Enfermeiro a
“prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em
rotina aprovada pela instituição de saúde.”
A Portaria do Ministério da Saúde nº 2.436/2017, que aprova a Política
Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a
organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS),
descreve como atribuição do Enfermeiro a realização de consulta de Enfermagem,
procedimentos, bem como solicitação de exames complementares, prescrição de
medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do
Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão.
Sendo assim, o Enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, mediante
consulta de Enfermagem, pode prescrever medicamentos desde que estejam
discriminados nos programas de saúde pública e nas Rotinas/Protocolos aprovados
pela instituição de saúde.

25) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Benzetacil nas


Unidades Básicas de Saúde?

Segundo a Nota Técnica COFEN/ CTLN nº. 3 de 2017, “a Penicilina


Benzatina pode ser administrada por profissionais de Enfermagem no âmbito das
Unidades Básicas de Saúde, mediante prescrição médica ou de Enfermagem”. Além
disso, a mesma Nota Técnica esclarece que:
os enfermeiros podem prescrever Penicilina Benzatina, conforme os
protocolos do Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais, Secretarias
Municipais, Distrito Federal ou em rotina aprovada pela instituição de saúde.
(COFEN, 2017)

32
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Vale ainda ressaltar que a ausência do médico na Unidade Básica de Saúde


não configura motivo para não realização da administração oportuna da Penicilina
Bezantina por profissionais de Enfermagem.
Link da Nota Técnica disponível em: http://www.cofen.gov.br/wp-
content/uploads/2017/06/NOTA-T%C3%89CNICA-CO-FEN-CTLN-N%C2%B0-03-
2017.pdf. Acesso em: 16 nov. 2020.

26) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Noripurum


nas Unidades Básicas de Saúde?

Segundo o Parecer Técnico Coren-MG n° 06/2020 sobre Competência


técnico-científica, ética e legal da equipe de Enfermagem para aplicação de
Sacarato de Hidróxido Férrico (Noripurum) parenteral na atenção primária, a
administração do Sacarato de Hidróxido Férrico (Noripurum) não exige técnicas
especiais que diferencie das já aplicadas em outras modalidades de administração
de medicamentos realizadas pela equipe de Enfermagem. Portanto, os profissionais
de Enfermagem: Enfermeiro, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem possuem
competência técnico-científica, ética e legal para administração endovenosa em
Unidades Básicas de Saúde e nos domicílios, mediante prescrição médica, sob a
supervisão do Enfermeiro. Para o atendimento das raras reações anafiláticas, a
unidade deverá seguir o protocolo de atendimento de urgência do município.

27) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Ceftriaxona


nas Unidades Básicas de Saúde?

A administração da ceftriaxona não exige técnicas especiais que diferencie


das já aplicadas em outras modalidades de administração de medicamentos
realizadas pela equipe de Enfermagem. Assim, Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos
de Enfermagem possuem competência técnico-científica, ética e legal para
administração intramuscular em Unidades Básicas de Saúde, mediante prescrição
médica, sob a supervisão do Enfermeiro. Para o atendimento das raras reações
anafiláticas, a unidade deverá seguir o protocolo de atendimento de urgência do
município, que fica responsável por garantir as condições necessárias para a

33
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

assistência segura ao usuário, inclusive treinamento dos profissionais de


Enfermagem e fluxo de atendimento às urgências.

28) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de metotrexate


nas Unidades Básicas de Saúde?

Entende-se que o serviço de atenção básica não é específico apenas para o


atendimento a usuários com tratamentos em uso de medicações antineoplásicas e
que provavelmente não dispõe de estrutura física adequada para a prestação deste
serviço.
Sugere-se que sejam avaliados junto ao município prestadores de serviços
credenciados para o armazenamento e preparo adequado à medicação, conforme
recomendações legais.
A administração deve ser exclusiva do profissional Enfermeiro capacitado e
treinado em local apropriado, em uso de EPIs, conforme recomendado. E o seu
descarte deve atender à RDC n°. 306/2004 e às recomendações legais específicas
de cada munícipio, aprovadas após 2004. Não compete aos profissionais Técnicos e
Auxiliares de Enfermagem a administração de antineoplásicos.

29) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de medicamentos


injetáveis na atenção primária?

Não há impedimento ético ou legal para que sejam realizadas medicações


injetáveis pelos profissionais de Enfermagem na atenção primária, desde que haja
fluxo definido para o atendimento às eventuais urgências e os profissionais estejam
capacitados.

30) Compete ao profissional de nível médio realizar atividades na ausência do


Enfermeiro?

Segundo o Parecer Técnico Coren-MG CTAB nº 7/2020, os Técnicos e


Auxiliares de Enfermagem possuem competência técnico-científica, ética e legal
para atuar nas unidades de saúde e integrar a Estratégia Saúde da Família, mesmo

34
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

na ausência temporária de curta duração do Enfermeiro, e para exercer suas


atividades, desde que o Enfermeiro tenha cumprido suas obrigações legais de
planejamento e Sistematização da Assistência de Enfermagem, tendo em vista a
organização de protocolos, procedimentos e rotinas, que devem pautar-se no uso
das melhores evidências em saúde. No caso da ausência temporária de longa
duração, como licenças, férias, entre outros, o gestor deve garantir a programação
de substituição ou cobertura do serviço por outros Enfermeiros, preservando assim a
assistência de Enfermagem segura à população.

31) Compete ao profissional de Enfermagem a realização de testes rápidos?

Segundo o Parecer Técnico Coren-MG CTAG nº 19/2020, os profissionais


Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem possuem competência técnico-
científica, ética e legal para a realização dos testes rápidos, sendo as fases de
aconselhamento e laudo realizadas privativamente pelo Enfermeiro. Também os
Enfermeiros autônomos e aqueles que atuam em consultórios e clínicas estão aptos
a realizar testes rápidos.

32) Compete ao Enfermeiro a prescrição de curativos e coberturas?

De acordo com o Parecer Técnico Coren-MG EF nº 2/2020, o Enfermeiro


possui competência técnico-científica, ética e legal para prescrever coberturas,
mesmo que contenham medicamentos, para o tratamento de feridas, respaldado
pela sua formação profissional e legislação do exercício profissional, em qualquer
nível de atuação, seja em instituições públicas ou privadas, clínicas e/ou consultórios
de Enfermagem e no atendimento. Ao Técnico e Auxiliar de Enfermagem competem
aplicá-las, quando houver prescrição do Enfermeiro e sob a sua supervisão,
cabendo ao este a realização de curativos de maior complexidade.

33) O Enfermeiro pode solicitar exames?

35
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Sim, de acordo com a Resolução nº 195/ 97, Artigo 1º: “O Enfermeiro pode
solicitar exames de rotina e complementares quando no exercício de suas atividades
profissionais”. Inclui-se aqui a solicitação de swab e de testes rápidos.
Além desta resolução, temos a Portaria nº 2.436/2017 do Ministério da Saúde,
no Capítulo “Das Atribuições - Específicas do Enfermeiro”, inciso II, segundo a qual

são atribuições do enfermeiro: Realizar consulta de enfermagem,


procedimentos, solicitar exames complementares, prescrever medicações
conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras normativas
técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito
Federal, observadas as disposições legais da profissão. (BRASIL, 2017).

34) O Enfermeiro da Atenção Primária pode realizar toque retal e pedir exame
de PSA?

O Enfermeiro é o profissional competente para realizar toque


retal, mediante protocolo. Técnicos e Auxiliares de Enfermagem podem ajudar na
realização do procedimento, prestar orientações ao paciente, identificar pacientes do
grupo de risco e fazer o encaminhamento destes para o médico ou enfermeiro e
desenvolver ações educativas, sob supervisão do Enfermeiro.

35) Compete ao profissional de Enfermagem fazer retirada de bicho de pé?

Segundo o Parecer Técnico do Coren-MG CTGA nº 17/2020, os profissionais


Enfermeiro, Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem possuem
competência técnico-científica, ética e legal para efetuarem a retirada de larvas de
miíase e de tunga penetrans, de acordo com os diversos níveis de atenção à saúde,
respeitando as especificidades e limites de cada categoria.

Quadro 3 - Competência dos profissionais de Enfermagem em procedimentos relacionados à retirada


de Tunga penetrans (bicho de pé) e miíase

PROCEDIMENTO COMPETÊNCIA

Consulta de Enfermagem Enfermeiro

Avaliação e tomada de decisão Enfermeiro

36
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Encaminhamento para setor especializado ou


para avaliação médica para uso de Enfermeiro
antibioticoterapia, se necessário
Retirada da Tunga Penetrans (bicho de pé) e Enfermeiro e Técnico de Enfermagem e Auxiliar
miíase de Enfermagem
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem e Auxiliar
Limpeza da área afetada, curativo
de Enfermagem
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem e Auxiliar
Avaliação da situação vacinal
de Enfermagem
Educação em Saúde. Orientações para
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem e Auxiliar
autocuidado, utilização de calçado apropriado,
de Enfermagem
higiene pessoal e domiciliar
Fonte: COREN-MG, 2020.

36) Compete aos profissionais de Enfermagem do hospital buscar pacientes


em via pública?

Segundo Parecer Técnico do Coren-MG AB nº 4/2020, o atendimento de


urgência e emergência em ambiente externo à UBS não deve ser prestado pelos
profissionais de Enfermagem que atuam neste serviço como rotina ou fluxo
preestabelecido, uma vez que a Atenção Básica não se destina a este fim. Existem
componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências vocacionados e
capacitados para tal finalidade, o que contribui para que o atendimento à população
seja o mais adequado e resolutivo, não comprometendo, assim, as demais
atividades desenvolvidas na UBS, principalmente aquelas voltadas às ações de
promoção à saúde e prevenção de doenças e agravos. Não há impedimento, porém,
para que, em situação adversa, os profissionais de Enfermagem realizem o primeiro
atendimento até o acionamento e a chegada do socorro adequado.

37
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

5 ÁREA TEMÁTICA: CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

37) O Enfermeiro Responsável Técnico do Centro Cirúrgico e Central de


Material Esterilizado (CME) pode dividir as atribuições nos dois setores
durante a mesma jornada de trabalho?

A Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 15/2012 dispõe sobre a


exigência do Responsável exclusivo pela CME durante a jornada de trabalho.
Conforme art. 28 da RDC nº 15/2012, a CME e a empresa processadora
devem contar com um Profissional Responsável de nível superior para a
coordenação de todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos
para a saúde, de acordo com competências profissionais definidas em legislação
específica. Parágrafo único. O responsável pelo CME Classe II deve atuar
exclusivamente nesta unidade durante sua jornada de trabalho.
É importante que o Enfermeiro Responsável Técnico realize o cálculo de
Dimensionamento de pessoal corretamente. Os casos divergentes da RDC nº 15/
2012 deverão ser discutidos com a fiscalização.

38) O teste biológico nas Centrais de Materiais Esterilizados pode ser realizado
por Técnicos e Auxiliares de Enfermagem ou é privativo do Enfermeiro
responsável pelo setor?

Não há impedimento para que o Técnico e/ou o Auxiliar de Enfermagem


realize o teste biológico, desde que capacitado, sob supervisão e orientação do
Enfermeiro, conforme disposto na Lei nº 7.498/86 e Decreto nº 94.406/87.

39) Quais são os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para


uso em Centrais de Materiais Esterilizados (CME)?

De acordo com a RDC nº 15/2012, os Equipamentos de Proteção Individual


(EPI) indicados para as áreas sujas da CME incluem óculos de proteção, máscara,
luvas grossas de borracha antiderrapante, avental impermeável de manga longa,
protetor auricular, quando necessário, calçado fechado impermeável.

38
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Para as áreas limpas incluem: máscara, luvas, protetor auricular, se


necessário, e calçado fechado.
Nas áreas com risco de aerossolização devem ser utilizados EPI para
aerossóis: máscara do tipo PFF2 ou N95, gorro, capote impermeável e luvas
adequadas ao procedimento.
SAIBA MAIS: O uso de EPI, na área de expurgo, destinada à limpeza dos
instrumentais, é necessário para minimizar o risco de contato direto da pele e
mucosas do profissional com qualquer material contaminado e com os produtos
químicos inerentes ao processo. Nos setores de preparo, dobradura, esterilização e
guarda (estes setores integram a área limpa da CME), também faz-se necessário
que o profissional faça uso de EPI, para evitar a disseminação de microrganismos
para os materiais após o preparo. Escalar um mesmo profissional para mais de um
setor, nas diferentes áreas da CME durante o seu turno de trabalho, mesmo com o
uso do EPI específico para o setor e cuidados de higiene adequada na troca dos
EPIs, é uma conduta que evidencia um risco para a contaminação, pela circulação
entre áreas suja e limpa. Além disto, a segurança e o conforto do trabalhador não
são garantidos, o que potencializa o risco de contaminação cruzada, podendo
transformar o EPI em equipamento de disseminação coletiva (EDC) de
contaminação em decorrência da má utilização deste.

40) Quais são as atividades que podem ser desenvolvidas pelo Atendente de
Enfermagem no Centro de Material e Esterilização (CME)?

O Atendente de Enfermagem não está habilitado para desenvolver atividades


técnicas dentro da CME. Ao Atendente de Enfermagem compete buscar, receber,
conferir, distribuir e/ou guardar o material proveniente do centro de material,
conforme determina a Resolução Cofen nº 186/1995.
Segundo a Lei 7.489/86, regulamentada pelo Decreto 94.406/87, diz que, no
Artigo 11, item “IV”, subitem “b”, cabe ao Auxiliar de Enfermagem “zelar pela limpeza
e ordem do material, de equipamentos e de dependências de unidades de saúde”.
Portanto, não caberia esta função ao Atendente de Enfermagem.

39
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

6 ÁREA TEMÁTICA: GERENCIAL E ASSISTENCIAL

41) A quem compete a coleta de sangue por punção arterial na Enfermagem?

Conforme a Resolução Cofen nº 390/2011, que “Normatiza a execução, pelo


enfermeiro, da punção arterial tanto para fins de gasometria como para
monitorização de pressão arterial invasiva”, na equipe de Enfermagem, a punção
arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização da pressão arterial
invasiva é um procedimento privativo do Enfermeiro.
O Enfermeiro deve estar dotado dos conhecimentos, competências e
habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento, atentando para a
capacitação contínua.

42) A quem compete a realização do procedimento de sondagem gástrica ou


entérica?

A Resolução Cofen n° 619/2019, que normatiza a atuação da Equipe de


Enfermagem na Sondagem Oro/ Nasogástrica e Nasoentérica, define a atividade
como privativa do Enfermeiro.

43) A quem compete a realização da lavagem gástrica?

Conforme a Resolução Cofen n°619/2019 e o Parecer Técnico Coren-MG n°


07/2019, a inserção de sonda gástrica para fins de lavagem é de competência do
Enfermeiro. O parecer está disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2019_7_7.pdf. Acesso em:
16 nov. 2020.

44) Há obrigatoriedade de realizar raios-x após a sondagem gástrica e


entérica? A quem compete solicitar os raios-x e avaliar o posicionamento?

A Resolução Cofen n° 453/2014 estabelece que há obrigatoriedade em


realizar o exame radiológico após a sondagem entérica para confirmação da

40
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

localização da sonda. Compete ao Enfermeiro solicitar e dar o encaminhamento ao


paciente para realizar o exame, avaliar o exame radiológico e liberar o início da
dieta.
Recomendamos que os procedimentos realizados pela Enfermagem estejam
sob protocolo aprovado pelo Responsável Técnico da Enfermagem e pela diretoria
técnica da instituição.
O Coren-MG publicou o Parecer Técnico da Câmara Técnica Gerencial
Assistencial nº. 8 de 2020 sobre Competência técnico-científica, ética e legal do
Enfermeiro na solicitação e análise de exames de raios-x após sondagem enteral
para fins de nutrição. O documento está disponível para acesso por meio do link:
https://www.corenmg.gov.br/servicos/pareceres-tecnicos/. Acesso em: 16 nov. 2020.

45) A quem compete a realização do procedimento de sondagem vesical de


demora e de alívio?

O profissional de Enfermagem habilitado a realizar o procedimento de


inserção da sonda é o Enfermeiro. Esta condição privativa está legislada pela
Resolução Cofen n° 450/2013, que normatiza o procedimento de Sondagem Vesical
e se fundamenta na condição de ser esta um procedimento invasivo e que envolve
riscos ao paciente, que está sujeito a infecções do trato urinário e/ou a trauma
uretral ou vesical.
Requer cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica,
conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas e, por
essas razões, no âmbito da equipe de Enfermagem, a inserção de cateter vesical é
privativa do Enfermeiro, que deve imprimir rigor técnico-científico ao procedimento.
Ao Técnico de Enfermagem, observadas as disposições legais da profissão,
compete a realização de atividades prescritas pelo Enfermeiro no planejamento da
assistência, a exemplo de monitoração e registro das queixas do paciente, das
condições do sistema de drenagem, do débito urinário; manutenção de técnica limpa
durante o manuseio do sistema de drenagem, coleta de urina para exames;
monitoração do balanço hídrico, ingestão e eliminação de líquidos; sob supervisão e
orientação do Enfermeiro.

41
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Conclui-se que o cateterismo urinário é atividade privativa do Enfermeiro,


cabendo ao Técnico de Enfermagem preparar materiais e insumos necessários,
propiciar o ambiente privado, monitorizar e posicionar o paciente, organizar o
ambiente ao término do procedimento, além da manutenção e a retirada do cateter,
conforme prescrição médica.
O Cateterismo Intermitente Livre (CIL) pode ser realizado pelo próprio
paciente ou cuidador em domicílio. Considerando o caso do paciente que realiza CIL
que esteja hospitalizado ou institucionalizado, o procedimento deverá ser realizado
pelo Enfermeiro, conforme Resolução Cofen n° 450/2013.

46) Profissional de Enfermagem de nível médio pode realizar diálise


peritoneal?

Não há impedimento para que o Técnico de Enfermagem realize a diálise


peritoneal, uma vez que é um procedimento mais simples e com menos riscos que a
diálise convencional. A Resolução Cofen n° 609/2019 destaca a Enfermagem em
Diálise Peritoneal como uma área de especialização técnica de nível médio em
Enfermagem, atividade portanto concedida aos Técnicos de Enfermagem e aos
Auxiliares de Enfermagem. Ressalta-se que profissionais de Enfermagem de nível
médio devem ser supervisionados pelo Enfermeiro, conforme Lei n° 7.498/86.

47) A quem compete a administração de nutrição parenteral?

A Resolução Cofen n° 453/2014 atribui ao Enfermeiro a administração da


Nutrição Parenteral.

48) Profissionais de Enfermagem podem administrar medicamentos


previamente diluídos por outros profissionais?

O Coren-MG é favorável à continuidade na administração de medicamentos


previamente reconstituídos por outros profissionais de Enfermagem, desde que
atendidas as recomendações referendadas no Código de Ética de Enfermagem, Lei
do Exercício Profissional da Enfermagem e seu Decreto Regulamentador, RDC n°
42
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

45 da ANVISA, e protocolos institucionais baseados nas recomendações do


fabricante quanto à estabilidade físico-química e microbiológica das drogas,
corroborando com o Parecer do Cofen nº 13/2015.

49) Quais as atribuições da equipe de Enfermagem na sondagem gástrica?

Conforme Resolução Cofen nº 453/2014, o procedimento de sondagem


gástrica, independente da indicação, no âmbito da equipe de Enfermagem, é da
competência do Enfermeiro, cabendo a toda equipe o cuidado contínuo na
manipulação e manutenção do dispositivo.
A sondagem gástrica é atividade privativa do Enfermeiro, cabendo ao Técnico
de Enfermagem preparar materiais e insumos necessários, propiciar o ambiente
privado, monitorizar e posicionar o paciente, organizar o ambiente ao término do
procedimento, além da manutenção e a retirada da sonda gástrica, conforme
prescrição médica.

50) A quem compete o transporte de macas ou cadeira de rodas?

A Resolução Cofen nº 588/2018 dispõe em seu anexo, Item 2.2.1, que “Não
compete aos profissionais de Enfermagem a condução do meio (maca e/ou cadeira
de rodas) em que o paciente está sendo transportado.” Este trecho da norma já
constava na Resolução Cofen nº 376/2011, conforme se observa a seguir: Art. 3º
“Não compete aos profissionais de Enfermagem a condução do meio (maca ou
cadeira de rodas) em que o paciente está sendo transportado.” E ''Parágrafo Único.
As providências relacionadas a pessoal de apoio (maqueiro) responsável pela
atividade a que se refere o caput deste artigo não são de responsabilidade da
Enfermagem.''
Portanto, não consta alteração da orientação que já era repassada há nove
anos. No entanto, acredita-se que com a grande utilização das mídias sociais na
atualidade foram divulgadas informações incoerentes quanto a este trecho, o que é
necessário esclarecer:
O que ocorre na Resolução Cofen nº 588/2018 é uma recomendação e não
uma proibição.

43
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Em primeiro lugar, há que ressaltar que a condução da maca ou cadeira de


rodas é considerada uma atividade de menor complexidade técnica, desta forma,
poderia ser realizada por qualquer profissional, incluindo a Enfermagem. Finalizada
uma análise à luz da legislação vigente, esta atividade não é descrita em nenhuma
regulamentação profissional, não constituindo, portanto, atividade privativa de
qualquer profissão.
Em segundo lugar, tudo o que não é proibido é permitido. Desta forma, não
havendo menção clara na referida resolução de que o ato seja proibido, o
profissional de Enfermagem pode sim realizá-lo.
Importante atentar que a referida Resolução ainda dispõe, em seu art. 3º, que
“O transporte do paciente hospitalizado faz parte das competências da equipe de
enfermagem, devendo os serviços de saúde assegurar as condições necessárias
para atuação do profissional responsável pela condução do meio”. É comum as
instituições de saúde possuírem um setor de transportes apenas para a realização
destas atividades, a fim de não sobrecarregar os profissionais da assistência direta
ao paciente, composto por profissionais de Enfermagem. Esses profissionais
também poderão manter suas atividades normalmente. Trata-se de um ato
discricionário da administração do serviço e o Cofen ou o Coren-MG não possuem
competência para disciplinar sobre a criação ou extinção de cargos, incluído aqui o
cargo de maqueiro, uma vez que “maqueiro” não é uma profissão.
O importante é que o Enfermeiro RT (ou enfermeiro responsável pelo serviço)
realize o dimensionamento da equipe de Enfermagem, considerando quais
atribuições ela possui e garantindo que a assistência ao paciente mantenha-se
segura e nos níveis de segurança desejáveis, também durante o transporte.
Cabe ainda complementar que o Coren-MG, desde a Resolução Cofen nº
376/2011, nunca considerou a realização de condução de maca ou cadeira de rodas
pela equipe de Enfermagem com um ato irregular, tampouco notificou qualquer
profissional, pois de fato não o é.
Consulte também o Manual de orientação quanto à competência técnico
científica, ética e legal da equipe de enfermagem nas diversas modalidades de
transporte em saúde. Este manual dispõe sobre as diversas modalidades de
transporte, está publicado no site e pode ser acessado por meio do link
https://www.corenmg.gov.br/manuais/. Acesso em: 16 nov. 2020.

44
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

51) Compete ao profissional de Enfermagem a realização do aprazamento de


prescrições médicas?

A prescrição de medicamentos envolve determinar o medicamento, o horário,


a dose e a via de administração. Desta forma, entende-se que o aprazamento da
prescrição deve ser realizado pelo profissional prescritor, uma vez que este deve
conhecer o medicamento, sua forma de absorção, além de conhecer as demais
drogas prescritas para o paciente e garantir a segurança assistencial, sem
interações medicamentosas que possam anular ou potencializar o efeito de alguns
medicamentos.
A conciliação medicamentosa é importante, principalmente em pacientes
polimedicados, a fim de se garantir que não haja interação entre os medicamentos.
Além disso, a farmácia clínica é indicada para garantir que os medicamentos sejam
administrados no melhor horário, de forma a melhorar a absorção e o efeito
desejado destes. A interface entre o prescrito e a farmácia clínica é um fator que
garante a segurança do paciente.
Entretanto, é comum as instituições possuírem horários padronizados para
administração de medicamentos (de 4/4 horas, 6/6 horas, 8/8 horas e de 12/12
horas) e atribuírem aos profissionais de Enfermagem a função de anotar esses
horários na prescrição médica. Considerando não haver impedimento legal,
resolução ou parecer normativo do Cofen sobre a matéria e que, conforme Lei
Federal n° 7.498/86, compete ao Enfermeiro a organização dos serviços de
enfermagem e das atividades técnicas e auxiliares, atribui-se ao Enfermeiro a
responsabilidade pelo aprazamento. O Enfermeiro deve avaliar sua competência
técnico-científica para a realização do procedimento, podendo recusar-se a fazê-lo,
caso se sinta inseguro.
Ressalta-se ainda que o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem,
aprovado pela Resolução Cofen n° 564/2017, traz como proibições aos profissionais
de Enfermagem:
Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer indicação, ação da droga,
via de administração e potenciais riscos, respeitados os graus de formação
do profissional. [...]
Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de qualquer natureza que
comprometam a segurança da pessoa. (COFEN, 2017).

45
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

52) Compete ao profissional de Enfermagem montar respirador?

A Resolução Cofen nº 639/2020 dispõe que:


Art. 1º No âmbito da equipe de enfermagem, é competência do Enfermeiro a
montagem, testagem e instalação de aparelhos de ventilação mecânica
invasiva e não-invasiva em pacientes adultos, pediátricos e neonatos. Art.
2° No contexto do processo de Enfermagem, é competência do Enfermeiro
a monitorização, a checagem de alarmes, o ajuste inicial e o manejo dos
parâmetros da ventilação mecânica tanto na estratégia invasiva quanto não-
invasiva. §1° O ajuste inicial e manejo dos parâmetros da ventilação
mecânica de que trata o artigo 2º desta resolução devem ocorrer sob
coordenação médica. (COFEN, 2020).

Portanto, o Cofen define que entre os profissionais de Enfermagem (Auxiliar


de Enfermagem, Técnico de Enfermagem e Enfermeiro), o Enfermeiro deve
responsabilizar-se por esta atividade. Destaca-se, porém, que a montagem de
respirador não é atividade privativa de nenhuma profissão, nem do Enfermeiro,
devendo a instituição definir o melhor fluxo para que as atividades ocorram em prol
do paciente e visando sua segurança.

53) O Enfermeiro pode fazer remanejamentos?

O Enfermeiro tem autonomia e competência técnico-científica, ética e legal


para realização do remanejamento da equipe de Enfermagem. Os profissionais
Técnicos e Auxiliares de Enfermagem devem acatar o remanejamento realizado pelo
enfermeiro, como forma de garantia da continuidade da assistência.
A fim de garantir uma assistência livre de danos, o profissional remanejado
deverá ser acompanhado e supervisionado pelo Enfermeiro. Caso o profissional
remanejado seja também Enfermeiro, deverá ser acompanhado e avaliado por um
profissional da mesma categoria. Deverão ser feitas intervenções de educação
permanente para permitir que o profissional realize suas atividades plenamente e
com segurança. É importante que seja avaliado constantemente por meio de
exames de desempenho individuais.
O Enfermeiro deve utilizar um Sistema de Classificação da complexidade dos
pacientes para garantir que os remanejamentos ocorram com segurança
assistencial.

46
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

54) Posso ser remanejado para um setor que nunca atuei, por um dia ou
definitivamente? Posso me recusar a ir?

Não há impedimentos para que os profissionais sejam remanejados para


setores que nunca tenham atuado antes, desde que realizem as atividades que
possuam segurança e sejam gradativamente capacitados até que estejam aptos a
assumir todas as responsabilidades necessárias.
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem garante aos profissionais
o direito de recusar a realização de procedimentos para os quais não possuam
segurança. Por isso, os profissionais devem avaliar sua competência técnico-
científica e comunicar ao Enfermeiro caso haja algum procedimento que nunca
tenham realizado ou sobre o qual tenham dúvidas. As recusas devem estar muito
bem fundamentadas, como forma de evitar eventuais processos éticos.
Diante de recusas não-justificadas, o Enfermeiro pode avaliar aplicação de
medidas disciplinares administrativas, conforme definido pela instituição, e de forma
individualizada, se couber e houver necessidade.

55) O que deve ser anotado no livro de intercorrências do setor? O livro é


obrigatório?

Para outros fins de registros de Enfermagem que não diretamente


relacionados à assistência ao paciente, o serviço de Enfermagem deve instituir o
Livro Administrativo, cujo objetivo é registrar o nome completo dos profissionais
presentes no setor, as possíveis trocas de plantão, anormalidades e intercorrências
que influenciem no transcorrer do plantão e ou coloquem em risco a assistência, a
segurança do paciente, do profissional e da instituição. É altamente recomendado
que seja instituído o livro administrativo em todas as unidades da instituição, a fim de
que a informação entre coordenação e profissionais e entre profissionais de plantões
diferentes seja facilitada e formalizada.
O livro administrativo deve conter um termo de abertura na primeira página, a
data de início e de encerramento, número de páginas e o objetivo a que se destinam
os registros. O livro deve ter um termo de encerramento na última página. As
páginas numeradas não podem ser destacadas. Não se deve pular linhas ou deixar

47
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

espaços em branco. Se o livro for padronizado para comunicação entre a equipe e


de conhecimento de todos, por meio de rotina institucional, não é obrigatória a
assinatura ou ciência da leitura, pois pressupõe-se que todos devem ler o que foi
escrito. As anotações devem ser formais, sem citar apelidos, desprovidos de
assuntos alheios à instituição e à assistência, não conter desenhos ou outros
aspectos decorativos.
Os livros administrativos podem conter dados de produtividade do
atendimento e ou procedimentos de Enfermagem realizados para fins estatísticos,
servir de meio de comunicação entre equipes, registrar falta ou escassez de
insumos e para registrar a conferência de alguns itens, como equipamentos e
drogas.
A passagem de plantão em livro administrativo pode ser adotada pelas
instituições, desde que as informações relacionadas aos pacientes também
estejam descritas no prontuário, uma vez que os livros não substituem a
obrigatoriedade de se anotar em prontuário.
Os profissionais de Enfermagem que realizam anotações apenas em livros
administrativos (e não em prontuário) devem estar cientes de que, na prática, é
muito difícil localizar as informações de um único paciente nestes livros, pois é
necessário lembrar em que dia ele foi ao serviço, por exemplo. E ainda ter a garantia
de que a instituição guardou o livro. Ao passo que, no prontuário, todas as
informações podem ser encontradas em um único local, sendo obrigatória a
retenção por um período de 20 anos.

56) O profissional de Enfermagem pode realizar curativo em membro com


calha gessada, colocar e retirar calha gessada?

O Decreto nº 94.406 de 1987, que regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de 1986,


dispõe em seu Artº. 11 as competências do Auxiliar de Enfermagem: "executar
tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de
Enfermagem." Portanto, entende-se que, desde que o profissional seja capacitado
para fazer a retirada do gesso, e que esta se dê após avaliação e prescrição médica,
não existe impedimentos para que os profissionais de Enfermagem devidamente
capacitados efetivem o procedimento.

48
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

A retirada de calha gessada não se caracteriza como um procedimento de


imobilização. Uma vez que seja avaliada e prescrita pelo médico, pode ser retirada
pelo profissional de Enfermagem da mesma forma que se dá com a retirada de
curativo, de pontos ou de cateter central. A mesma colocação se aplica à retirada de
gesso.
Entretanto, a colocação do gesso ou da tala gessada não pode ser realizada,
pois caracteriza procedimento de imobilização. A resolução Cofen nº 422, de 4 de
abril de 2012, dispõe, conforme Art. 1º, que “a assistência de enfermagem em
Ortopedia e os procedimentos relativos à imobilização ortopédica poderão ser
executados por profissionais de Enfermagem devidamente capacitados".
Parágrafo único. A capacitação a que se refere o caput deste artigo será
comprovada mediante apresentação ou registro, no Conselho Regional de
Enfermagem da jurisdição a que pertence o profissional de Enfermagem, de
certificado emitido por Instituição de Ensino, especialmente credenciada
pelo Ministério da Educação ou concedido por Sociedades, Associações ou
Colégios de Especialistas, da Enfermagem ou de outras áreas do
conhecimento, atendido o disposto nas Resoluções Cofen nº. 581/2018 e
609/2019. (COFEN, 2012).

Portanto, outros cuidados ortopédicos, mais complexos, devem ser realizados


apenas pelos profissionais de Enfermagem que tenham feito curso de
especialização que o capacite a efetivá-los.

57) Quais profissionais de Enfermagem podem realizar o cateterismo


intermitente limpo (CIL)?

O cateterismo intermitente é uma variação do cateterismo de alívio, pois será


realizado em intervalos de tempos regulares a fim de permitir o esvaziamento vesical
periódico em situações de retenção urinária crônica. É o tratamento de escolha para
pacientes com disfunção do trato urinário inferior de origem neurológica (bexiga
neurogênica) que apresentam urina residual, com as finalidades de promover o
completo esvaziamento vesical e a continência urinária, preservar o trato urinário
superior, prevenir e controlar as infecções urinárias e melhorar a qualidade de vida.
De acordo com a Resolução Cofen nº 450/ 2013:
A sondagem vesical é um procedimento invasivo e que envolve riscos ao
paciente, que está sujeito a infecções do trato urinário e/ou a trauma uretral
ou vesical. Requer cuidados de Enfermagem de maior complexidade
técnica, conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões
imediatas e, por essas razões, no âmbito da equipe de Enfermagem, a
49
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

inserção de cateter vesical é privativa do Enfermeiro, que deve imprimir rigor


técnico-científico ao procedimento. Ao Técnico de Enfermagem, observadas
as disposições legais da profissão, compete a realização de atividades
prescritas pelo Enfermeiro no planejamento da assistência, a exemplo de
monitoração e registro das queixas do paciente, das condições do sistema
de drenagem, do débito urinário; manutenção de técnica limpa durante o
manuseio do sistema de drenagem, coleta de urina para exames;
monitoração do balanço hídrico ingestão e eliminação de líquidos; sob
supervisão e orientação do Enfermeiro.

Além disso, o Parecer Técnico Coren-MG nº 7, de 27 de novembro de 2017,


conclui que:
o Cateterismo Urinário é atividade privativa do Enfermeiro, cabendo ao
Técnico e ao Auxiliar de Enfermagem preparar materiais e insumos
necessários, proporcionar o ambiente privado, monitorar e posicionar o
paciente, organizar o ambiente ao término do procedimento, além da
manutenção e retirada do cateter vesical de demora, conforme prescrição
médica.

Portanto, o Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem devem


recusar-se a realizar este procedimento, pois o Código de Ética do Profissional de
Enfermagem, Resolução nº. 564 de 2017, em seu art. 62, diz que os profissionais de
Enfermagem são PROIBIDOS de “executar atividades que não sejam de sua
competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao
profissional, à pessoa, à família e à coletividade.''
Nos casos de descumprimento do art. 62, a pena de Suspensão do Exercício
Profissional é aplicável.
O Código de Ética do Profissional de Enfermagem diz, ainda, conforme art.
22, que é DIREITO do profissional ''recusar-se a executar atividades que não sejam
de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança
ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade.'' (COFEN, 2017).
Ao Enfermeiro, por sua vez, é PROIBIDO: ''Art. 91 Delegar atividades
privativas do (a) Enfermeiro (a) a outro membro da equipe de Enfermagem, exceto
nos casos de emergência.'' (COFEN, 2017).
No domicílio, o procedimento pode ser realizado pelo cuidador ou pelo próprio
paciente, mas quando este se hospitalizado nas Instituições de Longa Permanência
para Idosos (ILPI), a microbiota do ambiente é diferente daquela que existe no
ambiente domiciliar, pois o cuidador atende mais de um paciente, o que pode
favorecer a contaminação. O paciente institucionalizado com necessidade de
esvaziamento de bexiga, mesmo que residual, tem necessidade de cuidados de

50
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

enfermagem, que devem ser realizados por profissional legalmente habilitado, no


caso, o Enfermeiro.

58) O Auxiliar de Enfermagem pode atuar no setor de hemodiálise?

A Lei Federal n° 7498/86 e o Decreto 94.406/87 não restringem a atuação do


Auxiliar de Enfermagem quanto ao setor/ unidade, mas quanto à natureza da ação.
A assistência a pacientes graves e com risco de vida deve ser realizada pelo
Enfermeiro, que pode ser assistido pelo Técnico de Enfermagem. E as atividades
de maior complexidade técnica devem ser realizadas pelo Enfermeiro. No entanto, a
legislação do exercício profissional não cita quais são essas atividades mais
complexas, cabendo ao Sistema Conselho Federal de Enfermagem/ Conselhos
Regionais de Enfermagem emitir resolução/ parecer, além de disciplinar sobre cada
atividade. Logicamente que nos setores que tenham em sua natureza assistir
pacientes mais graves ou com complexidade técnica maior (CTI, por exemplo), é
pontuado que a assistência seja prestada por Enfermeiro, podendo ser assistido
pelo Técnico de Enfermagem.
O Coren-MG entende que não há impedimento para que o Auxiliar de
Enfermagem atue na hemodiálise, desde que não realize assistência direta ao
paciente grave, com risco de vida, nem as atividades complexas citadas nas
resoluções do Cofen. Isto, tendo em vista não haver qualquer impedimento legal
para tal atividade e levando em conta que Cofen não disciplinou sobre o assunto em
Resolução/Parecer Normativo, nem o Coren-MG possui ainda parecer opinando
acerca do tema, considerando também o momento de pandemia que estamos
vivendo e a própria experiência que possui o profissional AE.

59) Os profissionais de Enfermagem podem atuar em laboratório e realizar o


processamento de amostras ou essa função é privativa do Bioquímico?

O Decreto nº 94.406 de 1987, que regulamenta a Lei nº 7.498 de 1986,


dispõe em seu art. 11º que é de competência do Auxiliar de Enfermagem, "colher
material para exames laboratoriais". Portanto, se é de competência dos auxiliares, a

51
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

coleta de material para exames laboratoriais também pode ser realizada por
Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem.
A atividade de processamento destes materiais não é privativa de nenhuma
profissional, tendo em vista a verificação realizada nas leis de outras profissões, tais
como a Lei nº 6686 de 11 de setembro de 1979, que trata da regulamentação do
exercício profissional em análises clínicas dos profissionais biomédicos; Lei nº 7.135
de 26 de outubro de 1983, sobre o exercício de analise clinico-laboratorial, o Decreto
nº 85.878, de 7 de abril de 1981, que regula a profissão de farmacêutico e a
Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 296 de 25 de julho de 1996, que
normatiza o exercício das análises clinicas pelo farmacêutico bioquímico.
Também não há nenhuma Resolução do Conselho Federal de Enfermagem
(Cofen) ou Parecer Normativo proibindo a atividade aos profissionais de
Enfermagem. Desta forma, o que não proibido, é permitido.
A Resolução Cofen n° 629/2020, que “Aprova e Atualiza a Norma Técnica que
dispõe sobre a Atuação de Enfermeiro e de Técnico de Enfermagem em
Hemoterapia”, estipula que compete ao Enfermeiro:
16. Atuar no manuseio de equipamentos específicos de Hemoterapia como
Aférese e Recuperação Intraoperatória de Sangue em procedimentos
terapêuticos e de coleta de sangue total e células para transplante; [...]
(COFEN, 2020).

E conceitua aférese como:


Aférese: Termo derivado de uma palavra grega que significa “separar ou
retirar”. Consiste na retirada do sangue total do indivíduo, seja ele doador
ou paciente, separação dos componentes sanguíneos por meio de
centrifugação ou filtração, retenção do componente desejado numa bolsa e
retorno dos demais componentes ou outras soluções. Na aférese
terapêutica ocorre a remoção de determinado hemocomponente, com
finalidade terapêutica, com retorno dos hemocomponentes remanescentes
à corrente sanguínea do paciente. (COFEN, 2020, grifo nosso).

Portanto, considera-se que é admitida a participação dos profissionais de


Enfermagem nos processos de separação dos componentes sanguíneos, desde que
devidamente capacitados.
Importante ressaltar também que para qualquer atividade que seja realizada
por profissionais de Enfermagem é necessário haver dimensionamento adequado
para não comprometer a assistência de Enfermagem, para não colocar em risco a
integridade de seus pacientes, proporcionando assim uma assistência livre de
sobrecarga de funções e de danos decorrentes de imperícia, negligência ou

52
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

imprudência. Portanto, conclui-se que esta atividade poderia ser designada a


Enfermeiro específico do laboratório, desde que este possua capacitação.
A Resolução Cofen nº. 564 de 2017, que aprova o novo Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem, dispõe:
CAP.I - DOS DIREITOS:
Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua
competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam
segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade.
CAP.II - DOS DEVERES:
Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica,
científica e legalmente apto para o desempenho seguro para si e para
outrem.
CAP. III - DAS PROIBIÇÕES:
Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua competência técnica,
científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à
pessoa, à família e à coletividade. (COFEN, 2017).

Portanto, conclui-se que, até o momento, não há impedimento legal para que
esta atividade seja designada a um Enfermeiro, desde que este possua capacitação
adequada e obedeça ao disposto na Resolução Cofen n°. 564/2017.
Informa-se que esta Câmara Técnica avaliará este questionamento para
elaboração de um Parecer Técnico sobre o assunto.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

7 ÁREA TEMÁTICA: ENFERMAGEM DO TRABALHO

60) Competência da equipe de Enfermagem em realizar os exames de


audiometria, eletroencefalograma e eletrocardiograma em clínica de medicina
do trabalho:

Os exames ocupacionais - Eletrocardiograma (ECG) e Eletroencefalograma


(EEG) - podem ser realizados por profissionais de Enfermagem e como não são
privativos e/ou atividades exclusivas da Enfermagem, também podem ser
executados por outro profissional, desde que devidamente capacitado, garantindo a
eficácia do exame, e com treinamento específico para execução de cada um dos
procedimentos, com protocolo bem descrito e aprovado pela diretoria da instituição.
Encontram-se publicados no site do Coren-MG os pareceres da Câmara
Técnica Gerencial Assistencial nº 2 de 2020, sobre Competência técnico-científica,
ética e legal dos profissionais de Enfermagem na realização e leitura de
Eletrocardiograma (ECG) e nº. 25 de 2020, sobre Competência técnico-científica,
ética e legal dos profissionais de Enfermagem na realização Eletroencefalograma
(EEG). Os pareceres podem ser acessados através do link
https://www.corenmg.gov.br/servicos/pareceres-tecnicos/. Acesso em: 16 nov. 2020.
Não compete ao profissional de Enfermagem o laudo de exames. Quanto ao
exame de Audiometria, este é função do Fonoaudiólogo e do médico. Considerando,
o Parecer CFM nº 12/2010 e Parecer do CFF nº 3/1998, conclui-se que a
audiometria é de competência do médico otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo.

61) Há restrições quanto ao uso de esmaltes de unhas pela equipe de


Enfermagem?

Não cabe ao Sistema Cofen/ Conselhos Regionais de Enfermagem disciplinar


sobre isso. Cabe ao serviço normatizar interna e administrativamente a proibição ou
não de esmaltes, devendo constar no manual de orientações aos empregados
(Regimento ou POP). Caso o gestor proíba o uso de esmaltes, os profissionais
devem seguir a orientação.
54
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

A NR 32, que trata sobre Segurança e Saúde no Trabalho em


Estabelecimentos de Saúde, em seu item 32.2 - Riscos Biológicos - e subitem
32.2.4.5, dispõe que o empregador deve vedar o uso de adornos, entre outros. A
Norma não especifica que o uso de esmalte ou sua cor deva ser proibido, mas é
preciso haver cuidados com as unhas no ambiente de trabalho.

62) Compete aos profissionais de Enfermagem do Serviço de Saúde e Medicina


do Trabalho (SESMT) prestar assistência aos casos agudos?

Conforme o Parecer Técnico n° 1, de 19 de novembro de 2019, da área


temática Urgência e Emergência, o Serviço Especializado em Segurança e Medicina
do Trabalho (SESMT) não possui natureza de serviço de atendimento pré-hospitalar,
embora possa realizá-lo mediante decisão administrativa do gestor, nos casos em
que o socorro aos seus próprios funcionários possa demorar, em se tratando de
localidades remotas, por exemplo. As instituições que oferecem os serviços de
atendimento pré-hospitalar móvel devem atender obrigatoriamente às exigências
legais dispostas na Portaria MS nº 2.048/02 (BRASIL, 2002), tais como regulação
médica, gravação dos chamados, grade de referência pactuada e formação dos
profissionais, dentre outras.
Os profissionais de Enfermagem possuem competência para realizar
atendimento inicial em casos de urgência e emergência, suporte básico de vida,
respeitadas as competências inerentes a cada categoria profissional, e considerando
dimensionamento adequado para tal. O Enfermeiro é o profissional competente para
assistência ao paciente grave e com risco de vida, podendo o Técnico de
Enfermagem auxiliá-lo (BRASIL, 1986). O Auxiliar de Enfermagem não possui
respaldo para atendimento ao paciente grave e com risco de vida. Não compete aos
profissionais de Enfermagem realizar regulação do transporte pré-hospitalar, embora
possam participar junto ao médico das Centrais de Regulação.

55
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

8 ÁREA TEMÁTICA: EDUCAÇÃO

63) O Coren fiscaliza estágio?

Não, o Coren não possui autonomia para fiscalizar ou disciplinar acerca de


estágio. Essa atribuição é da área da educação, especificamente do Ministério da
Educação (MEC) e Secretarias de Educação. Porém, muitas dúvidas são
encaminhadas ao Conselho e este Manual é mais uma importante contribuição do
Coren-MG para consolidar a formação no que tange ao estágio de qualidade nos
cursos da área de Enfermagem em Minas Gerais, esclarecendo e orientando os
profissionais e interessados sobre aspectos relevantes da legislação. O objetivo é
fazer que o estágio seja, efetivamente, um processo de aprendizagem na formação
de profissionais de Enfermagem, contribuindo também para estimular a inovação
nas instituições de ensino. As regras reforçam a responsabilidade das empresas,
das instituições de ensino, dos agentes de integração e dos estudantes, para que o
estágio seja, de fato, um ato educativo.

64) O que é o estágio?

A Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, define o estágio como o ato


educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo do estudante. O estágio integra o itinerário
formativo do educando e faz parte do projeto pedagógico do curso.

65) O que é estágio obrigatório?

É o estágio definido como pré-requisito no projeto pedagógico do curso para


aprovação e obtenção do diploma (§1º do art. 2º da Lei nº 11.788/2008).

56
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

66) Professor precisa ter registro no Coren-MG? E o professor que atua apenas
em sala de aula, precisa ter registro no Coren-MG?

O Coren-MG entende que sim, considerando os argumentos a seguir:


• O exercício profissional é direito fundamental consagrado no inciso XIII,
artigo 5º, da Constituição de 1988. Este trabalho analisa a natureza jurídica das
entidades criadas para fiscalização do exercício de profissões técnicas e liberais no
Brasil.
• As atividades profissionais, no Brasil, são subordinadas ao poder de
fiscalização de Conselhos de Classe. Tais funções desempenhadas por essas
entidades – que possuem natureza jurídica de autarquias federais em regime
especial - consistem no exercício típico do Poder de Polícia que se destina, no caso,
a controlar, acompanhar e fiscalizar o comportamento dos profissionais, nas
respectivas áreas de formação técnico-acadêmica, a bem do interesse público.
Assim, o profissional que pretenda exercer seu mister deverá antes requerer a
inscrição nos quadros do correspondente Conselho de Classe.
• A Enfermagem é dividida em categorias profissionais regulamentadas
em lei, tendo suas respectivas atividades igualmente descritas na legislação, por
meio do Decreto-Lei nº 94.406/1987. Tal decreto determina as atividades privativas
de cada profissão e prevê o exercício do magistério nas disciplinas de formação
profissional, de nível superior ou médio, pelos Enfermeiros.
• A Lei Federal nº 7.498/1986 estabelece que o livre exercício da
Enfermagem, em todo o território nacional, somente é permitido aos profissionais
inscritos no Conselho Regional e portadores de Carteira Profissional, podendo assim
os Enfermeiros exercerem livremente a atividade docência, nas respectivas áreas.
Cabe ainda ressaltar que não será por se tornar professor que o profissional deixará
ser Enfermeiro, pois no ensino de suas disciplinas os professores, via de regra,
também agem como efetivos profissionais. Necessitam os Enfermeiros de registro
perante o Conselho Regional para exercer o magistério, estando,
consequentemente, sujeitos ao pagamento de anuidade.
• O registro nas entidades federais de classe é um pré-requisito para a
admissão de aprovados nas seleções públicas municipais, estaduais e privadas para
o magistério. Para lecionar é preciso ter formação e, para comprovar que é formado,
57
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

o profissional independente da área deve ser registrado, submeter-se ao código de


ética profissional que preserva a segurança da sociedade para receber um serviço
de qualidade, livre de erros.

67) É necessário ter concluído a disciplina de semiologia para fazer estágio


extra-curricular?

Caso a atividade do estágio envolva cuidados diretos ao paciente, é


recomendado que o estudante tenha concluído a disciplina de semiologia para
ingressar no estágio extracurricular, pois isso garantirá mais segurança.
Caso o estágio envolva somente atividades burocráticas da Enfermagem, não
há impedimento para que se inicie o estágio em qualquer período da formação. O
empregador possui autonomia para definir a partir de qual período os estagiários
poderão ingressar na sua instituição.

68) Considerando a suspensão judicial da Resolução Cofen nº. 441/2013, qual


o aparato legal em vigor?

A Lei do Estágio, Lei Federal n° 11.788/2008, está em vigor.


Embora a Resolução Cofen n° 441/2013 esteja suspensa judicialmente, o
Coren-MG não recomenda aos Enfermeiros do serviço de saúde que exerçam
simultaneamente (dentro do mesmo horário de trabalho) a função de enfermeiro
(assistencial, supervisor ou outra nomenclatura utilizada pelo serviço) e a função de
supervisor de estágio (preceptor ou outra nomenclatura utilizada pelo serviço), pois o
acúmulo de atividades pode acarretar em erros e infringir a segurança do paciente.

69) Qual a orientação do Coren-MG para as instituições de ensino?

A Enfermagem segue regramento próprio, consubstanciado na Lei do


Exercício Profissional (Lei nº 7.498/1986) e seu Decreto regulamentador (Decreto nº
94.406/1987), além do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE).
Neste sentido, a Enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e

58
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

reabilitação da saúde humana, com autonomia e em consonância com os preceitos


éticos e legais, desde a formação do futuro profissional.
O regramento legal para o Estágio está previsto na Lei nº. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, conforme:
TÍTULO I
Da Educação
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade
civil e nas manifestações culturais.
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à
prática social. (BRASIL, 1996).

E na Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, conforme:


Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de
educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da
educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos.
§ 1º O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o
itinerário formativo do educando.
§ 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade
profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento
do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
Art. 2º O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme
determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de
ensino e do projeto pedagógico do curso.
§ 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja
carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.
§ 2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional,
acrescida à carga horária regular e obrigatória.
§ 3º As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na
educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser
equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do
curso.
Art. 3º O estágio, tanto na hipótese do § 1º do art. 2º desta Lei quanto na
prevista no § 2º do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de
qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: I – matrícula e
frequência regular do educando em curso de educação superior, de
educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos
finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de
jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;
II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte
concedente do estágio e a instituição de ensino;
§ 1º O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter
acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino
e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios
referidos no inciso IV, do caput do art. 7º desta Lei e por menção de
aprovação final.

59
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

70) Qual a Carga Horária mínima para estágios de Cursos em Técnico de


Enfermagem?

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), por meio do parecer do


conselheiro federal Gilvan Brolini, estabeleceu carga horária mínima para estágios
supervisionados em cursos técnicos de Enfermagem. A decisão busca formalizar,
junto aos Conselhos Regionais e Conselhos Estaduais de Educação, a carga horária
mínima de 400 horas para o estágio curricular obrigatório desses cursos em todo
país.
Segundo o parecer, a recomendação se deve à ausência de normativo que
estabeleça a carga horária mínima exigida de estágio supervisionado para a
formação de técnicos. O curso Técnico de Enfermagem possui, atualmente, a carga
horária de 1.200 horas de componentes teóricos, sendo que a carga horária de
estágio supervisionado obrigatório deverá ser acrescida a esta.

71) As atividades de extensão, monitorias e iniciação científica na educação


superior desenvolvidas pelo estudante podem ser equiparadas ao estágio?

Sim. As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na


educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas
ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do curso (§ 3º do art. 2º da
Lei nº 11.788/2008).

72) O estágio deve ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador e


pelo supervisor?

Sim. O estágio como ato educativo escolar supervisionado deve ter


acompanhamento efetivo pelo professor orientador e pelo supervisor, comprovado
por vistos nos relatórios de atividades (em prazo não superior a seis meses) e por
menção de aprovação final (§ 1º do art. 3º da Lei 11.788/2008).

60
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

73) Qual o papel do professor orientador da instituição de ensino?

O professor orientador deve ser da área desenvolvida no estágio e


responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário (inciso
III, art. 7º da Lei 11.788/2008).

74) O supervisor pode orientar até quantos estagiários?

O supervisor do estágio pode orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários


simultaneamente (inciso III, do art. 9º da Lei 11.788/2008)

75) O Enfermeiro pode exercer as atividades de preceptor de estágio no


horário de serviço na instituição de saúde?

O Coren-MG entende que executar a atividade de assistência e preceptoria


de estágio de forma simultânea seja incompatível, pois está em desacordo com as
boas práticas de segurança do exercício profissional da Enfermagem no controle de
riscos de segurança do paciente e da equipe de saúde.

76) Quais são as obrigações legais das instituições de ensino em relação aos
seus educandos em estágio?

Conforme a Lei nº 11.788/2008:


I. celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu
representante ou assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente
incapaz, e com a parte concedente, indicando as condições de adequação
do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da
formação escolar do estudante e ao horário e calendário escolar;
II. avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua
adequação à formação cultural e profissional do educando;
III. indicar professor orientador da área a ser desenvolvida no estágio
como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do
estagiário;
IV. exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior
a seis meses, de relatório das atividades, do qual deverá constar visto do
orientador da instituição de ensino e do supervisor da parte concedente;
V. zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o
estagiário para outro local, em caso de descumprimento de suas normas;

61
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

VI. elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos


estágios de seus educandos;
VII. comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo,
as datas de realização de avaliações escolares ou acadêmicas. (BRASIL,
2008).

77) Quais são as principais obrigações da parte concedente na relação de


estágio?

Conforme a Lei nº 11.788/2008:


I. celebrar Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o
educando, zelando por seu cumprimento;
II. ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao
educando atividades de aprendizagem social, profissional e cultural,
observando o estabelecido na legislação relacionada à saúde e segurança
no trabalho;
III. indicar funcionário do quadro de pessoal, com formação ou
experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do
estagiário, para orientar e supervisionar até dez estagiários
simultaneamente;
IV. contratar, em favor do estagiário, seguro contra acidentes pessoais,
cuja apólice seja compatível com valores de mercado, conforme fique
estabelecido no termo de compromisso;
V. por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de
realização do estágio com indicação resumida das atividades
desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
VI. manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a
relação de estágio;
VII. enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis)
meses, relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário. (BRASIL,
2008).

78) A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de


ensino e a parte concedente dispensa a celebração do Termo de Compromisso
de Estágio?

Não. A celebração de convênio de concessão de estágio, entre a instituição


de ensino e a parte concedente, não dispensa a celebração do Termo de
Compromisso de Estágio (parágrafo único do art. 8º da Lei 11.788/2008).

79) O Enfermeiro do serviço pode supervisionar estágio de Enfermagem


durante seu horário de trabalho na instituição? Ele pode acumular as funções
de enfermeiro supervisor do serviço e de enfermeiro supervisor de estágio?

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Segundo a Lei nº 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes, no


capitulo I - da definição, classificação e relações de estágio, em seu artigo 2º, está
disposto que o estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme
determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do
projeto pedagógico do curso.
Do ponto de vista do acompanhamento pelo Enfermeiro no estágio não
obrigatório, a instituição concedente é a responsável pela oferta e operacionalização
das atividades, sendo necessária a instituição de ensino validar o plano de
atividades que serão desenvolvidas durante os estágios.
Quanto ao estágio obrigatório, o Sistema Cofen/Conselhos Regionais de
Enfermagem, sob o ponto de vista técnico, entende não ser possível a realização
concomitante de tais atividades, pois acaba por sobrecarregar o profissional e põe
em risco a assistência ao paciente. Neste sentido, foi publicada a Resolução Cofen
nº 441/2013. Contudo, foi interposto um agravo de instrumento questionando o texto
da referida Resolução e o juiz federal Clodomir Sebastião Reis determinou ao Cofen
que se abstenha de praticar qualquer ato contra a acumulação de funções.
Assim sendo, embora institucionalmente o Sistema Cofen/Conselhos
Regionais de Enfermagem entenda não ser adequada a acumulação de atividades,
está impedido, por força das decisões citadas, de adotar medidas contrárias. Até
que eventualmente seja reformada a decisão, não há norma legal no sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem que proíba a acumulação objeto da
consulta.
Ressaltamos que o acúmulo de cargos concomitantes não deve ser visto
apenas sob a ótica do Sistema Cofen/Conselhos Regionais, mas também à luz da
legislação ou órgãos reguladores, tais como o Estatuto dos Servidores, ou no caso
de empresas privadas, as especificações da CLT (Consolidação das Leis
Trabalhistas) e demais normas que tratam sobre o assunto, como, por exemplo, o
Regulamento Interno da instituição. É preciso atentar-se para as questões
trabalhistas e previdenciárias que envolvem o caso.

80) O Enfermeiro pode desenvolver a função de preceptor?

63
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

O Enfermeiro poderá exercer a função de preceptor, desde que sejam


atendidas as condições referidas pela Secretaria de Educação Superior – Comissão
Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde - Resolução CNRMS nº. 2, de 13
de abril de 2012, e o desenvolvimento das competências no processo ensino-
aprendizagem.
Conforme disposto no art. 13 da Resolução CNRMS nº 2/2012, a função de
preceptor caracteriza-se por supervisão direta das atividades práticas realizadas
pelos residentes nos serviços de saúde onde se desenvolve o programa, exercida
por profissional vinculado à instituição formadora ou executora, com formação
mínima de especialista.

81) Punção venosa, sondagem e outros procedimentos entre os próprios


alunos podem ser adotados pela instituição de ensino?

O ensino de semiotécnica inclui vários procedimentos previstos na assistência


de Enfermagem e deve ser pautado no aprendizado do aluno.
O treinamento de punção venosa, sondagens e outros procedimentos, se
realizados entre pares, devem estar em consonância com o Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem, onde se afirma em seus Princípios Fundamentais
que: “A formação do aluno não deve ser pautada apenas em desenvolvimento de
habilidades procedimentais, mas envolver estratégias que possam abranger os
aspectos humanísticos e existenciais do ser humano.”
De acordo com o Parecer Normativo Cofen nº 004/ 2012, o emprego de
procedimentos invasivos entre pares deve estar previamente acordado com a
instituição de ensino. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) deverá
ser assinado pelo aluno. O treinamento entre pares somente poderá ocorrer sob
supervisão de docente Enfermeiro.

82) Qual o posicionamento do Coren e Cofen frente aos cursos de educação à


distância (EAD)?

A Lei nº. 5.905/1973 dispõe que compete ao Coren disciplinar e fiscalizar o


exercício profissional da Enfermagem, não sendo atribuição desta Autarquia a

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

interferência direta em ritos institucionais e em práticas adotadas pelas instituições


de ensino.
Embora não seja atribuição do Coren a fiscalização de Cursos de Formação
profissional, o posicionamento do Sistema Cofen / Coren está em consonância com
os Conselhos Profissionais da Saúde no sentido de não serem contra a
incorporação das novas tecnologias na educação, desde que contribuam com a
qualidade da formação, o que não é o caso do ensino à distância.
O Decreto nº. 9.235, de 15 de dezembro de 2017, diz que:
Art. 41. A oferta de cursos de graduação em Direito, Medicina, Odontologia,
Psicologia e Enfermagem, inclusive em universidades e centros
universitários, depende de autorização do Ministério da Educação, após
prévia manifestação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil e do Conselho Nacional de Saúde. [...]
Art. 51. O reconhecimento de cursos de graduação em Direito, Medicina,
Odontologia, Psicologia e Enfermagem será submetido à manifestação, em
caráter opinativo, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil,
no caso de curso de Direito, e do Conselho Nacional de Saúde, nos cursos
de Medicina, Odontologia, Psicologia e Enfermagem. (BRASIL, 2017).

Em Carta Aberta sobre o ensino à distância, disponível no link:


http://www.cofen.gov.br/forum-dos-conselhos-federais-da-area-da-saude-divulgam-
carta-contra-ead_55383.html, pode-se compreender claramente o posicionamento
do Conselho.

83) O Enfermeiro pode lecionar no Curso de Cuidador de Idosos?

Segundo a Resolução Cofen n°. 582/ 2018, em seu art. 1º:


É vedado ao Enfermeiro o ensino de práticas de Enfermagem que exija
aplicação de conhecimentos técnico-científicos, tanto em aulas teóricas
como em atividades de estágio e em atividades de formação de Cuidador
de Idosos.

E de acordo com o Parecer nº 149/2018, CTLN/COFEN é vedado ao


Enfermeiro ministrar aulas, estágios ou atividades relacionadas à profissão de
Enfermagem.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
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9 ÁREA TEMÁTICA: ESTÉTICA

84) O Enfermeiro está respaldado para atuar na área de estética?

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) publicou, em 21 de fevereiro de


2020, a Resolução Cofen nº. 626/2020, que regulamenta a atuação dos Enfermeiros
especialistas em estética. Decisões judiciais suspenderam provisoriamente a
regulamentação (Resolução Cofen n° 529/2106), mas a vitória parcial do Cofen nas
ações civis públicas 0020776-45.2017.4.01.3400 e 0804210-12.2017.4.05.8400
movidas por entidades médicas assegurou o direito de atuação dos profissionais.
Após as decisões judiciais, ficou expressamente proibida a realização dos
procedimentos: micropuntura, laserterapia, depilação a laser, criolipólise,
escleroterapia, intradermoterapia / mesoterapia, prescrição de nutracêuticos /
nutricosméticos e peelings.
A Resolução do Cofen nº. 626/2020 dispõe no parágrafo 2º, do artigo 1º, que
o Enfermeiro habilitado nos termos do artigo 4º da Resolução Cofen nº 529/2016,
poderá ''Realizar as demais atividades de Enfermagem estética não relacionadas à
prática de atos médicos previstos na Lei 12.842/2013''. A Lei do ato médico define
que a indicação e a execução dos procedimentos invasivos são privativos do
médico, sendo definidos como privativos aqueles em que ocorre “invasão dos
orifícios naturais do corpo, atingindo órgãos internos”. Desta forma, estes
procedimentos também são proibidos ao enfermeiro esteta.
As demais atividades da estética são permitidas ao enfermeiro
especialista, desde que ele siga os preceitos do Processo de Enfermagem. A
Resolução busca trazer segurança jurídica ao profissional Enfermeiro. Espera-se
que em breve se restabeleça o escopo das práticas. O Cofen está tomando as
medidas judiciais cabíveis para restabelecer a integralidade dos procedimentos
realizados por enfermeiros especialistas em estética. Acompanhe as atualizações
em www.cofen.gov.br e www.corenmg.gov.br.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

85) O botox então está permitido ou proibido?

O botox não está expressamente proibido e não constitui “invasão dos


orifícios naturais do corpo, atingindo órgãos internos”. Portanto, não há impedimento
legal, até o momento, para realização pelos Enfermeiros Estetas.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

10 ÁREA TEMÁTICA: ESTOMATERAPIA

86) Quais as coberturas podem ser prescritas pelo Enfermeiro?

A Lei do Exercício Profissional nº 7.498/86 e o Decreto nº 94.406/87


respaldam o Enfermeiro a prescrever medicamentos. O Enfermeiro tem respaldo
legal para prescrever coberturas interativas para o tratamento de lesão cutânea,
amparado na Resolução Cofen nº 567/2018 e na Deliberação Coren-MG nº 65/00.
A Resolução Cofen nº 567/2018, que “regulamenta a atuação da equipe de
enfermagem no cuidado aos pacientes com feridas”, explicita na alínea c, que deve-
se “prescrever medicamentos e coberturas utilizados na prevenção e cuidado às
pessoas com feridas, estabelecidas em Programas de Saúde e/ou Protocolos
Institucionais”.
Entretanto, faz-se necessário que o profissional adquira conhecimento e
mantenha-se sempre atualizado. É importante ter domínio das coberturas interativas
quanto à sua composição, indicação, manuseio e durabilidade, pois cada produto
tem sua particularidade e especificidade.
Segundo o Parecer Técnico Coren-MG EF nº 2/2020, o Enfermeiro possui
competência técnico-científica, ética e legal para prescrever coberturas, mesmo que
contenham medicamentos, para o tratamento de feridas, respaldado pela sua
formação profissional e legislação do exercício profissional, em qualquer nível de
atuação, seja em instituições públicas ou privadas, clínicas e/ou consultórios de
enfermagem e no atendimento.

87) O Enfermeiro pode prescrever sulfadiazina de prata?

O Enfermeiro pode prescrever a sulfadiazina de prata, conforme disposto na


Lei do Exercício Profissional nº 7.498/86 e na Resolução Cofen nº 567/2018.
A Lei nº 7498/86 dispõe em seu art. 11, inciso II, alínea “c”, que cabe ao
enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, a prescrição de medicamentos
estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição
de saúde.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

A Resolução Cofen nº 567/2018 que “regulamenta a atuação da equipe de


enfermagem no cuidado aos pacientes com feridas” explicita no item I –
Regulamentação da atuação do Enfermeiro no cuidado aos pacientes com feridas,
letra c, a seguinte determinação “prescrever medicamentos e coberturas utilizados
na prevenção e cuidado às pessoas com feridas, estabelecidas em Programas de
Saúde ou Protocolos Institucionais.”
Por se tratar de antibiótico tópico, o paciente não conseguirá comprar o
produto em farmácias com a prescrição do Enfermeiro.

88) O Enfermeiro pode prescrever colagenase com cloranfenicol?

Conforme Resolução Cofen nº 567/2018, que regulamenta a competência da


equipe de Enfermagem no cuidado às feridas, item I, letra e, compete ao Enfermeiro
no Cuidado às Feridas, “executar o desbridamento autolítico, instrumental, mecânico
e enzimático”. Assim, o Enfermeiro tem respaldo legal para prescrever produtos
enzimáticos na formulação de gel, creme ou pomada.
A colagenase é um produto na formulação de creme indicada para
desbridamento de lesões com predomínio de tecido necrótico. Entretanto, o
Enfermeiro não deve prescrever a colagenase associada com cloranfenicol, por se
tratar de antibiótico tópico.

89) Qual o papel do Técnico de Enfermagem e do Auxiliar de Enfermagem no


cuidado às feridas?

De acordo com a Resolução nº 567/2018, compete ao Técnico de


Enfermagem, no cuidado aos pacientes com feridas:
a) Realizar curativo nas feridas sob prescrição e supervisão do
Enfermeiro.
b) Auxiliar o Enfermeiro nos curativos.
c) Informar à pessoa quanto aos procedimentos realizados e aos
cuidados com a ferida, enquanto componente da equipe de Enfermagem.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

d) Registrar no prontuário do paciente as características da ferida,


procedimentos executados, bem como as queixas apresentadas e/ou qualquer
anormalidade, comunicando ao Enfermeiro as intercorrências.
a) Manter-se atualizado, participando de programas de educação
permanente.
De acordo com a Resolução nº 567/2018, compete ao Auxiliar de
Enfermagem, no cuidado aos pacientes com feridas:
a) Executar ações prescritas pelo Enfermeiro, de acordo com sua
competência técnica e legal.
b) Auxiliar o Enfermeiro nos curativos.
c) Manter-se atualizado, participando de programas de educação permanente.
A avaliação da ferida e definição do tipo de cobertura adequada é
competência do Enfermeiro.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

11 ÁREA TEMÁTICA: NEONATOLOGIA

90) O Enfermeiro pode instalar cateter epicutâneo?

A Resolução Cofen nº 258/2001 legitima e disciplina a Inserção de Cateter


Periférico Central (PICC) pelos Enfermeiros e dispõe em seu art. 1º que “É lícito ao
Enfermeiro, a Inserção de Cateter Periférico Central” e, em seu art. 2º, que o
“Enfermeiro para o desempenho de tal atividade, deverá ter se submetido a
qualificação e/ou capacitação profissional”.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
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12 ÁREA TEMÁTICA: ONCOLOGIA

91) A quem compete a administração de quimioterápicos?

A Resolução Cofen n° 569/2018 assume como competência privativa do


enfermeiro “Ministrar quimioterápico antineoplásico, conforme farmacocinética da
droga e protocolo terapêutico; (NR)”.
Entende-se que o Técnico de Enfermagem pode puncionar o acesso venoso,
administrar medicamentos pré-quimioterapia (soluções básicas) e anti-eméticos,
aferir dados vitais antes, durante a após o procedimento, orientar o paciente/
acompanhante, desligar e retirar o quimioterápico, dentre outras atividades, desde
que supervisionado pelo Enfermeiro.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
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13 ÁREA TEMÁTICA: PROCESSO DE ENFERMAGEM (PE)

92) É obrigatória a implementação do Processo de Enfermagem (PE) em toda


instituição hospitalar?

É obrigatória a realização do Processo de Enfermagem no atendimento a


todos os pacientes que recebem o cuidado do Enfermeiro, de acordo com a
Resolução Cofen nº 358/2009, em “art. 1º - O Processo de Enfermagem deve ser
realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou
privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.”

93) Sistemas de Classificação de Pacientes podem ser utilizados para


determinar quais pacientes devem ser assistidos via Processo de
Enfermagem?

Os Sistemas de Classificação de Pacientes (SCP) têm como finalidade definir


o grau de dependência do paciente em relação à equipe de Enfermagem. Trata-se
de ferramentas utilizadas para estipular o número de horas de cuidados de
Enfermagem, de acordo com a complexidade assistencial do paciente, sendo um
dos fatores necessários para subsidiar o dimensionamento do quadro de
profissionais de Enfermagem.
Contudo, erroneamente, alguns serviços de saúde têm utilizado a SCP como
um sistema de classificação para seleção de pacientes a serem assistidos via
Processo de Enfermagem, considerando elegíveis pacientes de cuidados intensivos
e de alta complexidade.
De acordo com a Resolução Cofen nº 358/2009, o processo de Enfermagem
é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e
a documentação da prática profissional. Assim, deve ser implementado, de modo
deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que
ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
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94) O Enfermeiro pode realizar a prescrição de cuidados sem antes realizar o


diagnóstico de Enfermagem?

De acordo com a Resolução Cofen n° 358/2009, art. 2º, as cinco etapas do


Processo de Enfermagem são inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes. A
etapa de construção do diagnóstico de enfermagem é a base para a seleção das
ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados.
Portanto, a definição de diagnósticos de Enfermagem precede a prescrição de
cuidados pelo Enfermeiro.
Recentemente, o Coren-MG publicou o Parecer da Câmara Técnica de
Sistematização da Assistência de Enfermagem nº 1 de 2020 sobre competência
técnico-científica, ética e legal do Enfermeiro para prescrever cuidados de
Enfermagem. O parecer pode ser acessado através do
link:https://www.corenmg.gov.br/servicos/pareceres-tecnicos/

SAIBA MAIS:

A etapa de levantamento diagnóstico é uma das mais complexas, causando


muitas divergências durante a sua realização. Muitos enfermeiros têm deixado de
fazer o diagnóstico de Enfermagem e com isso passam a fragmentar os cuidados,
comprometendo todas as demais fases do Processo de Enfermagem. A escolha de
intervenções eficientes pelo enfermeiro baseia-se em fatores relacionados (fator
causal) e características definidoras (sinais e sintomas) dos diagnósticos de
Enfermagem. Sempre que possível, as intervenções devem ser direcionadas para os
fatores relacionados ou etiológicos.
Porém, quando os fatores causais do diagnóstico não podem ser resolvidos
pela intervenção de Enfermagem, as prescrições de cuidados devem ser
direcionadas ao controle dos sintomas (características definidoras). É importante
ressaltar que nem todas as ações realizadas pela equipe de Enfermagem são
baseadas nos diagnósticos de Enfermagem. A equipe de Enfermagem também atua
no cumprimento de prescrições descritas por diagnósticos médicos e executa ações
estabelecidas em protocolos organizacionais.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
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95) Há legislação que defina a periodicidade para realização da evolução de


Enfermagem pelo enfermeiro?

A legislação que refere à periodicidade de realização da evolução de


Enfermagem é a Resolução Cofen nº 514/2016, no contexto de ambientes de
internação. A evolução deve ser realizada referindo-se às últimas 24 horas, baseada
nas respostas diante das intervenções preestabelecidas por meio da prescrição de
Enfermagem, bem como quanto aos protocolos em que o paciente está inserido,
mantido ou excluído.
Deve ser refeita, em parte ou totalmente, na vigência de alteração no estado
do paciente, com o horário de sua alteração. Deve apresentar um resumo sucinto
dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24
horas subsequentes. Portanto, conclui-se que, no contexto da unidade de internação
ou ambiente de institucionalização, a evolução de Enfermagem deve ser realizada a
cada 24 horas. Nos demais contextos de assistência, a exemplo de serviços
ambulatoriais, não há definição legal que institua a periodicidade da evolução de
Enfermagem. Recomenda-se ao Enfermeiro registrar todas as intervenções
executadas com o paciente, realizando a evolução de Enfermagem nas situações
em que ocorrer a consulta de enfermagem ou alteração do quadro clínico do
paciente com consequente alteração no plano de cuidados.

96) É obrigatória a evolução de enfermagem pelo Enfermeiro, Técnico e


Auxiliar de Enfermagem?

De acordo com a Resolução Cofen nº 514/2016, “evolução de enfermagem” é


registro privativo do enfermeiro e é um dos componentes do Processo de
Enfermagem, portanto, obrigatória a sua realização (Resolução Cofen nº 358/2009).
Já a “Anotação de Enfermagem” deve ser elaborada por toda a equipe de
enfermagem e refere-se a todos os cuidados prestados pela enfermagem, sinais e
sintomas identificados por meio de observação ou relato do paciente, intercorrências
e respostas dos pacientes às ações realizadas. As anotações de enfermagem
devem ser realizadas com dados pontuais, em ordem cronológica, com
obrigatoriedade para todos profissionais de Enfermagem.
75
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
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SAIBA MAIS:

Para realizar a evolução de enfermagem, o enfermeiro deve reunir dados


sobre as condições do paciente ou família para, mediante análise, emitir um
julgamento; mudanças para piora ou melhora do quadro, manutenção das situações
ou surgimento de novos problemas (Resolução Cofen nº 514/2016).
De acordo com o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem
(Resolução Cofen nº 564/2017), é responsabilidade e dever:
Art. 36 Registrar no prontuário e em outros documentos as informações
inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar, de forma clara, objetiva,
cronológica, legível, completa e sem rasuras.
Art. 37 Documentar formalmente as etapas do processo de Enfermagem,
em consonância com sua competência legal. (COFEN, 2017).

De acordo com a Resolução Cofen nº 429/2012, que dispõe sobre o registro


das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos próprios
da enfermagem, independente do meio de suporte – tradicional ou eletrônico:
Art. 1 - É responsabilidade e dever dos profissionais da Enfermagem
registrar, no prontuário do paciente e em outros documentos próprios da
área, seja em meio de suporte tradicional (papel) ou eletrônico, as
informações inerentes ao processo de cuidar e ao gerenciamento dos
processos de trabalho, necessárias para assegurar a continuidade e a
qualidade da assistência.
Art. 2 - Relativo ao processo de cuidar, e em atenção ao disposto na
Resolução Cofen nº 358/2009, deve ser registrado no prontuário do
paciente:
a) um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou
coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença;
b) os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da pessoa,
família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e
doença;
c) as ações ou intervenções de enfermagem realizadas face aos
diagnósticos de enfermagem identificados;
d) os resultados alcançados como consequência das ações ou
intervenções de enfermagem realizadas. (COFEN, 2012).

97) A prescrição de Enfermagem possui legalidade? O Técnico e o Auxiliar de


Enfermagem têm a obrigatoriedade de executar e checar a intervenção de
enfermagem prescrita?

É obrigatória a elaboração da prescrição de enfermagem pelo Enfermeiro,


bem como a execução e checagem das intervenções prescritas pelos profissionais
de Enfermagem. O não cumprimento pode implicar em Processo Ético por
descumprimento do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2014_12_001.pdf. Acesso
em: 16 nov. 2020.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
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14 ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE MENTAL

98) A contenção mecânica pode ser feita sem a prescrição médica e sem a
supervisão direta do Enfermeiro?

A contenção pode ser indicada pelo Enfermeiro, desde que esteja descrita em
protocolo institucional.
Diante do exposto, é importante que o Enfermeiro registre no prontuário do
paciente o motivo que o levou a tomar esta decisão. A Resolução Cofen nº
427/2012, que normatiza os procedimentos da enfermagem no emprego de
contenção mecânica de pacientes, estabelece que:
Art. 1º - Os profissionais da Enfermagem, excetuando-se as situações de
urgência e emergência, somente poderão empregar a contenção mecânica
do paciente sob supervisão direta do Enfermeiro e, preferencialmente, em
conformidade com protocolos estabelecidos pelas instituições de saúde,
públicas ou privadas, a que estejam vinculados.
Art. 2º - A contenção mecânica de paciente será empregada quando for o
único meio disponível para prevenir dano imediato ou iminente ao paciente
ou aos demais.
Parágrafo único. Em nenhum caso, a contenção mecânica de paciente será
prolongada além do período estritamente necessário para o fim previsto no
caput deste artigo. (COFEN, 2012).

Espera-se que nos serviços substitutivos com os CAPS (Centro de Atenção


Psicossocial), a contenção mecânica seja um ato da equipe e não de um único
profissional. É importante que as equipes possam discutir os casos e em conjunto
encontrarem as melhores condutas para cada paciente, pois o momento de uma
contenção é de tensão para o paciente e para a equipe como um todo e deve ser
indicada dentro do contexto do tratamento do caso.

99) A equipe de Enfermagem pode manter a prescrição médica por tempo


indeterminado e inclusive transcrever esta prescrição?

De acordo com o art. 3º da Resolução Cofen nº 487/2015, é vedado aos


profissionais de Enfermagem a execução de prescrição médica fora da validade.
Nos serviços hospitalares, as prescrições têm validade de 24 horas. Sabe-se
que em serviços abertos de tratamento de pacientes com transtornos mentais, como
os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), as prescrições de uso interno

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

geralmente têm validade com tempo maior. Nestes casos, o tempo de validade deve
constar em protocolo da unidade/instituição.
Em caso de atendimento ambulatorial, de acordo com Portaria nº 344/1998, a
validade da receita de psicotrópicos é de 30 dias, caso o médico não especifique na
prescrição a data de validade.
Findada a validade da prescrição, o profissional de enfermagem deve
informar ao médico assistente (responsável pelo diagnóstico, tratamento e
acompanhamento do paciente) e, caso este não esteja presente, ao médico
plantonista. Na ausência destes, o profissional de Enfermagem deverá comunicar ao
responsável pelo corpo clínico do serviço de saúde para que tome as providências
cabíveis.
Os profissionais de Enfermagem deverão relatar por escrito o fato ocorrido,
bem como as providências adotadas.
A Resolução Cofen 564/2017 (Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem), no Capítulo III, que trata Das Proibições, em seu Art. 80, veda a
execução de prescrições e procedimentos de qualquer natureza que comprometam
a segurança da pessoa.
Segundo o Parecer Técnico Coren-MG CTGA nº 26/2020, os profissionais de
Enfermagem não possuem competência técnico-científica, ética e legal para realizar
a renovação de receitas e para fazer a transcrição de receitas de medicamentos. O
enfermeiro possui respaldo legal para realização de consulta de enfermagem,
prescrição de cuidados e prescrição de medicamentos previamente estabelecidos
em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde.
Desta forma, se os serviços de saúde necessitam aumentar o acesso dos usuários,
ressalta-se a necessidade de constar em protocolos municipais/ institucionais a
prescrição de medicamentos por enfermeiros, conforme previsto em Lei federal n°
7.498/86.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

15 ÁREA TEMÁTICA: TERAPIA INTENSIVA

100) O Enfermeiro pode utilizar a máscara laríngea? Ou é legal a utilização da


máscara laríngea pelo profissional Enfermeiro?

Esclarecemos que a inserção da máscara laríngea é um procedimento que


requer qualificação e treinamento, sendo que o Enfermeiro que se dispõe a realizá-
lo, deve ter comprovada na sua formação a habilidade para tal, através de cursos e
programas de treinamentos voltados para esse fim, além de treinamento teórico e de
habilidades práticas, e preferencialmente, o amparo institucional, como por exemplo,
a previsão desta prática em protocolos de serviço.

SAIBA MAIS:

O Cofen emitiu Parecer nº 01/2015 sobre a legalidade do uso da máscara


laríngea pelo enfermeiro, que pode ser acessado no endereço eletrônico:
http://www.cofen.gov.br/parecer-no-012015cofencomite-excelencia-renovacao-
inovacao-e-seguranca-do-cuidar_37797.html. O Coren-MG também elaborou o
Parecer Técnico da Câmara Técnica de Urgência e Emergência nº 3 de 2020 sobre
Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de Enfermagem na
inserção da máscara laríngea. O parecer pode ser acessado por meio do link
https://www.corenmg.gov.br/servicos/pareceres-tecnicos/.

101) O Técnico de Enfermagem pode realizar aspiração traqueal?

O Cofen, por meio da Resolução nº 557/2017, normatizou a atuação da


equipe de enfermagem no procedimento de aspiração de vias aéreas e estabeleceu
que os pacientes graves, submetidos à intubação orotraqueal ou traqueostomia, em
unidades de emergência, de internação intensiva, semi intensivas ou intermediárias,
ou demais unidades da assistência, deverão ter suas vias aéreas privativamente
aspiradas por profissional Enfermeiro, conforme dispõe a Lei do Exercício
Profissional da Enfermagem.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

O Coren-MG possui o Parecer Técnico CTGA.01.2019 sobre o assunto


disponível no link: https://www. corenmg.gov.br/pareceres-técnicos.

SAIBA MAIS:

Os pacientes atendidos em Unidades de Emergência, Salas de Estabilização


de Emergência, ou demais unidades da assistência, considerados graves, mesmo
que não estando em respiração artificial, deverão ser aspirados pelo profissional
Enfermeiro, exceto em situação de emergência, conforme dispõe a Lei do Exercício
Profissional de Enfermagem e Código de Ética do Profissional de Enfermagem –
CEPE.
Os pacientes em unidades de repouso/observação, unidades de internação e
em atendimento domiciliar, considerados não graves, poderão ter esse
procedimento realizado por Técnico de Enfermagem, desde que avaliado e prescrito
pelo Enfermeiro, como parte integrante do Processo de Enfermagem.
Os pacientes crônicos, em uso de traqueostomia de longa permanência ou
definitiva em ambiente hospitalar, de forma ambulatorial ou atendimento domiciliar,
poderão ter suas vias aéreas aspiradas pelo Técnico de Enfermagem, desde que
devidamente avaliado e prescrito pelo Enfermeiro, como parte integrante do
Processo de Enfermagem.
Nas hipóteses em que os pacientes podem ser aspirados pelo Técnico de
Enfermagem, deverá ser elaborado protocolo institucional prevendo a observação de
sinais e sintomas do padrão respiratório durante o procedimento, para comunicação
imediata ao Enfermeiro.
Vale ressaltar que, segundo o Decreto nº 94.406/87, em seu art. 10, o Técnico
de Enfermagem exerce atividades auxiliares, de nível médio técnico, cabendo-lhe
assistir ao Enfermeiro na prestação de cuidados diretos de enfermagem a pacientes
em estado grave (Inciso I alínea b).
Dessa forma, entendemos que o Técnico de Enfermagem deve auxiliar o
Enfermeiro no cuidado de aspiração traqueal dentro do ambiente de terapia
intensiva, através do preparo dos materiais e equipamentos necessários, além de
desprezar secreções oriundas do procedimento, orientar o paciente, se cabível,
dentre outras atividades auxiliares.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Caso tenha interesse, segue link para acesso à Resolução Cofen nº 557/2017
para conhecimento e análise na íntegra: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-
05572017_54939.html. Acesso em: 16 nov. 2020.

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2ª edição revisada e ampliada

16 ÁREA TEMÁTICA: URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

102) É competência dos profissionais de Enfermagem realizar a montagem,


conferência e reposição de medicamentos e materiais dos carrinhos de
emergência?

Os profissionais de Enfermagem possuem competência técnico-científica,


ética e legal para executar o processo de abastecimento dos medicamentos e
materiais e de teste do funcionamento dos equipamentos do CRCP (inclusive bala
de O2 e laringoscópios, por exemplo), conforme protocolo estabelecido, validado
pelas autoridades institucionais, e mediante registro e assinatura das ações
desempenhadas.
Os profissionais de Enfermagem não podem ser os responsáveis pelo
inventário. O controle das datas de validade das medicações e a elaboração do
inventário são atividades executadas pela farmácia do serviço de saúde. Ao
utilizarem o CRCP os profissionais de Enfermagem podem conferir quais
medicamentos e materiais foram utilizados e posteriormente realizar sua reposição.
Além disso, antes do uso, os profissionais podem conferir a validade das
medicações.
Reitera-se que para o êxito no resultado à assistência ao paciente faz-se
necessário dimensionamento adequado, padronização do CRCP e capacitação dos
envolvidos no manejo deste.
Caso a instituição opte em realizar o processo de conferência do CRCP pelo
setor de farmácia, fica esse setor responsável pela qualidade e eficácia dos atos que
envolvem esse procedimento e a enfermagem responsável pela comunicação ao
respectivo setor sobre a abertura e uso do carrinho, bem como a notificação de
possíveis não-conformidades identificadas.
Quanto às competências do profissional Técnico de Enfermagem, o Decreto
94.406/ 1987, que regulamenta a Lei 7.498/ 1986, dispõe que:
Art. 10 – O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível
médio técnico, atribuídas à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe:
I – assistir ao Enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades
de assistência de Enfermagem;

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

b) na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado


grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em
programas de vigilância epidemiológica;
d) na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser
causados a pacientes durante a assistência de saúde;
f) na execução dos programas referidos nas letras ”i” e ”o” do item II do Art.
8º.
II – executar atividades de assistência de Enfermagem, excetuadas as
privativas do Enfermeiro e as referidas no Art. 9º deste Decreto:
III – integrar a equipe de saúde. (BRASIL, 1987).

O mesmo decreto ainda afirma que as atividades realizadas por Técnico e


Auxiliares de Enfermagem somente poderão ser exercidas sob supervisão,
orientação e direção de Enfermeiro.
Portanto, para que o profissional Técnico de Enfermagem auxilie o Médico
durante uma Parada Cardiorrespiratória, ele deve estar sendo supervisionado,
orientado e dirigido por um Enfermeiro.
A Câmara Técnica do Coren-MG publicou em 2020 o Parecer Técnico CTGA
nº 31, sobre a Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de
Enfermagem na conferência e reposição de medicamentos do Carrinho de
emergência ou Carrinho de Ressuscitação Cardiopulmonar (CRCP).

103) Compete à Enfermagem chamar o médico ou outros profissionais no


descanso para atendimento de paciente?

O Parecer Técnico do Coren-MG CTGA nº 4/2020, sobre Competência


técnico-científica, ética e legal dos profissionais de Enfermagem em acionar outras
categorias profissionais no descanso para prestar assistência à pacientes, dispõe
que: do ponto de vista ético legal, vale destacar que não há obrigatoriedade do
Enfermeiro, Técnico ou Auxiliar de Enfermagem acionarem outros profissionais para
atendimento a pacientes, estando estes em espera, observação, internação, terapia
intensiva ou qualquer outro setor da instituição. A legislação do exercício profissional
dispõe unicamente sobre a assistência de enfermagem.
Considerando o aspecto técnico-científico, o ato de chamar outro profissional
no descanso pode ser realizado por qualquer pessoa, visto que é uma atividade
administrativa. Ao mesmo tempo, os profissionais de Enfermagem não podem

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

colocar o paciente em risco e comprometer as atividades assistenciais se


ausentando para realizar uma função administrativa, sendo que já é obrigação de
todos os profissionais da equipe estarem a posto para prestarem a assistência que
lhes cabe.
Portanto, não há nenhuma legislação que disponha sobre ser função dos
profissionais de Enfermagem acionar outros profissionais no descanso para
prestarem assistência aos pacientes. Ressalta-se que os cuidados de Enfermagem
somente podem ser prestados pelos profissionais de enfermagem, ao passo que
atividades administrativas podem ser realizadas por qualquer pessoa. Em situações
de urgência e emergência em que houver risco iminente de morte, a
responsabilidade de comunicar ao médico torna-se de todos os profissionais de
saúde envolvidos na assistência ao paciente, inclusive dos profissionais de
Enfermagem.

104) Qual a competência dos profissionais de Enfermagem na Triagem,


Acolhimento e Classificação de Risco?

No ano de 2020, o Coren-MG publicou o Manual de Acolhimento, Triagem e


Classificação de Riscos: manual de orientações sobre Competência técnico-
cientifica, ética e legal dos profissionais de enfermagem na Triagem, Acolhimento e
Classificação de Risco.
O manual define que:

Quadro 4 - Definição da competência dos profissionais de Enfermagem na Triagem, Acolhimento e


Classificação de Risco

ATIVIDADE COMPETÊNCIA
Enfermeiro, Técnico de Enfermagem e Auxiliares
Acolhimento de Enfermagem
Enfermeiro;
Auxiliar e Técnico de Enfermagem podem
Classificação de Risco/Triagem
auxiliar o enfermeiro na aferição de dados e
condução do paciente,
Fonte: Coren-MG, 2020a.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

O manual se encontra disponível no link


https://www.corenmg.gov.br/manuais/.

105) Compete ao Enfermeiro dispensar pacientes na classificação de risco?

O Coren-MG emitiu Parecer Técnico sobre o tema em questão - PT Nº


01/2016, que dispõe sobre o “Dimensionamento da Equipe de Enfermagem e
impossibilidade da dispensa de pacientes na Classificação de Risco dos serviços de
urgência e emergência.” O referido Parecer pode ser acessado por meio do link:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2016_6_1.pdf.

106) Qual profissional de saúde pode utilizar o desfibrilador dentro de um


ambiente hospitalar. Qual profissional pode realizar a rápida desfibrilização no
paciente?

No que tange ao questionamento sobre a realização da desfibrilação, são


necessários alguns esclarecimentos.
A desfibrilação feita através do Desfibrilador Externo Automático (DEA) pode
ser realizada por qualquer profissional de saúde devidamente capacitado para tal e
até mesmo por leigos, uma vez que se trata de um aparelho portátil, capaz de
reconhecer a Taquicardia Ventricular (TV) e a Fibrilação Ventricular (FV), que são os
ritmos chocáveis presentes na Parada Cardiorrespiratória (PCR). Nessas situações,
o aparelho recomendará a desfibrilação e carregará automaticamente, cabendo ao
profissional que o manuseia o disparo do choque, certificando-se de que todos
estejam afastados do paciente.
Vale ressaltar que os desfibriladores manuais, comumente utilizados no
ambiente intra-hospitalar, possuem em sua configuração o modo DEA, de forma a
garantir a desfibrilação precoce, nas situações nas quais a equipe não esteja
capacitada para reconhecer ritmo, o uso de desfibriladores não seja frequente ou
mesmo em que o médico não esteja presente. Dessa forma, a desfibrilação com o
uso de DEA pode ser compreendida com uma manobra de Suporte Básico de Vida
(SBV), uma vez que garante rápido acesso à desfibrilação.

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

Orientamos que o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem,


aprovado pela Resolução Cofen nº 564/2017, estabelece como responsabilidade e
dever do profissional, no art. 22. “Recusar-se a executar atividades que não sejam
de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança
ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade” e art. 59 “Somente aceitar
encargos ou atribuições quando se julgar técnica, científica e legalmente apto para o
desempenho seguro para si e para outrem”. Dessa forma, sugerimos que sejam
realizados treinamentos com vistas a capacitar a equipe de enfermagem quanto ao
manuseio adequado do DEA e do desfibrilador manual no modo DEA.
Já o uso do desfibrilador manual sem o modo DEA deve ser considerado com
uma manobra de Suporte Avançado de Vida (SAV), uma vez que demanda a análise
e interpretação do ritmo e seleção da carga adequada para a desfibrilação, de
acordo com modelo do aparelho (monofásico ou bifásico). Essas ações são
privativas do médico que deve, portanto, indicar e prescrever a carga elétrica.

107) O Enfermeiro tem respaldo para realizar a desfibrilação com o


desfibrilador manual, sem a autorização da equipe médica?

O uso do desfibrilador manual deve ser considerado com uma manobra de


Suporte Avançado de Vida (SAV), uma vez que demanda a análise e interpretação
do ritmo e seleção da carga adequada para a desfibrilação, de acordo com modelo
do aparelho (monofásico ou bifásico). Tratam-se, portanto, de ações privativas do
médico, que deve indicar e prescrever a carga elétrica.
Já a desfibrilação realizada através do Desfibrilador Externo Automático
(DEA) pode ser realizada por qualquer profissional de saúde para tal e até mesmo
por leigos, uma vez que se trata de um aparelho portátil, capaz de reconhecer a
Taquicardia Ventricular (TV) e a Fibrilação Ventricular (FV), que são os ritmos
chocáveis presentes na Parada Cardiorrespiratória (PCR). Nessas situações, o
aparelho recomendará a desfibrilação e carregará automaticamente, cabendo ao
profissional que o manuseia o disparo do choque, certificando-se de que todos
estejam afastados do paciente.
Vale ressaltar que os desfibriladores manuais, comumente utilizados no
ambiente intra-hospitalar, possuem em sua configuração o modo DEA, de forma a

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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas
2ª edição revisada e ampliada

garantir a desfibrilação precoce, nas situações nas quais a equipe não esteja
capacitada para reconhecer ritmo, o uso de desfibriladores não seja frequente, ou
mesmo nas situações em que o médico não esteja presente. Dessa forma, a
desfibrilação com o uso de DEA pode ser compreendida com uma manobra de
Suporte Básico de Vida (SBV), uma vez que garante rápido acesso à desfibrilação.
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, aprovado pela
Resolução Cofen nº 564/2017, estabelece no art. 22, que o profissional de
Enfermagem deve “recusar-se a executar atividades que não sejam de sua
competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao
profissional, à pessoa, à família e à coletividade”, e que deve, conforme art. 59,
“somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica, científica e
legalmente apto para o desempenho seguro para si e para outrem”. Desta forma,
sugerimos que sejam realizados treinamentos com vistas a capacitar a equipe de
Enfermagem quanto ao manuseio adequado do DEA e do desfibrilador manual no
modo DEA.

108) Técnicos e Auxiliares de Enfermagem podem ministrar curso de primeiros


socorros?

Os cursos livres de primeiros socorros podem ser ministrados por qualquer


pessoa com conhecimento na área. Já os cursos em serviço, como treinamento e
educação continuada dentro de uma instituição, devem ser ministrados pelo
Enfermeiro ou sob supervisão deste, pois as atividades dos Auxiliares e Técnicos de
Enfermagem somente poderão ser exercidas sob supervisão, orientação e direção
do Enfermeiro, conforme Lei 7.498/86 e Decreto 94.406/87.
O Coren-MG emitiu o parecer técnico da Câmara Técnica de urgência e
emergência nº 1 de 2020, sobre Competência técnico-científica, ética e legal dos
profissionais de Enfermagem em ministrar cursos de primeiros socorros e fornecer
certificado de participação. Acesse o parecer no link:
https://www.corenmg.gov.br/servicos/pareceres-tecnicos/.

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REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da Diretoria


Colegiada nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de
Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.
Brasília, DF: Anvisa, 2018. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/RDC_222_2018_.pdf/c5d3081
d-b331-4626-8448-c9aa426ec410. Acesso em: 26 ago. 2020.

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de saúde. Brasília, DF: Anvisa, 2004. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0306_07_12_2004.pdf/95e
ac678-d441-4033-a5ab-f0276d56aaa6. Acesso em: 26 ago. 2020.

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sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e
dá outras providências. Brasília, DF: Anvisa, 2012. Disponível em:
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/rdc-15-
de-15-de-marco-de-2012. Acesso em: 26 ago. 2020.

______. Resolução da Diretoria Colegiada nº 45, de 12 de março de 2003. Dispõe


sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Utilização das Soluções
Parenterais (SP) em Serviços de Saúde. Brasília, DF: Anvisa, 2003. Disponível em:
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/resoluc
ao-rdc-n-45-de-12-de-marco-de-2003. Acesso em: 26 ago. 2020.

BRASIL. [Constituição de 1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil


de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em:
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em: 26 ago. 2020.

BRASIL. Decreto n° 94.406, de 8 de junho de 1987. Regulamenta a Lei nº 7.498, de


25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem, e dá outras
providências. Presidência da República, Brasília, DF, 1986. Disponível em:
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das funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação
superior e dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação no sistema
federal de ensino. Brasília, DF: Presidência da República, 2017.Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9235.htm.
Acesso em: 26 ago. 2020.

BRASIL. Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973. Dispõe sobre a criação dos


Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem e dá outras providências. Brasília,
DF: Presidência da Republica, 1973.Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5905.htm. Acesso em: 26 ago. 2020.
BRASIL. Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de
estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho –
89
CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei no 9.394,
de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977,
e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei nº 9.394, de
20 de dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida Provisória nº 2.164-41, de 24 de
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BRASIL. Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013. Dispõe sobre o exercício da


Medicina. Brasília, DF: Presidência da República, 2013. Disponível em:
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Presidência da República, Brasília, DF, 1973. Disponível
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BRASIL. Lei nº 6.686, de 11 de setembro de 1979. Dispõe sobre o exercício da


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Nível Médio. Brasília, DF: MEC, 2012. Disponível em:
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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.048, de 2 de agosto de 2019. Renova a


Qualificação da Unidade de Suporte Básico (USB) do Município de Santa Teresinha
(PB), destinada ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192)
pertencente à Central de Regulação das Urgências Regional de Patos (PB).
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-2.048-de-2-de-agosto-de-2019-
208800708?inheritRedirect=true&redirect=%2Fweb%2Fguest%2Fsearch%3FqSearc
h%3DPORTARIA%2520N%25C2%25BA%25202.048%252C%2520DE%25202%25
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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova


a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e
normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família
(ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2011. Disponível em:
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Aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento
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março de 2018. Dispõe sobre a atuação dos profissionais de enfermagem em
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Nota técnica, de 15 de outubro de


2014. Apresenta posição do Cofen acerca do trabalho voluntário exercido por
profissional de Enfermagem à guisa de adquirir experiência. Brasília, DF: Cofen,
2014. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/nota-tecnica-do-cofen-esclarece-
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Câmara Técnica de Legislação e


Normas. Nota Técnica nº 03, de 14 de junho 2017. Importância da administração
da penicilina benzatina nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Sistema Único de
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content/uploads/2017/06/NOTA-T%C3%89CNICA-COFEN-CTLN-N%C2%B0-03-
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Parecer nº 1, de 7 de julho de 2015.


Participação do enfermeiro nos procedimentos de hemodinâmica, mais
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Disponível em: http://www.cofen.gov.br/parecer-normativo-no-0012015_35209.html.
Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Parecer Normativo nº 3, de 20 de


abril de 2017. Admissão de Enfermeiro em vaga de Técnico de Enfermagem.
Brasília, DF: Cofen, 2017. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/parecer-
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Parecer Normativo nº 4, de 18 de


julho de 2017. Normas sobre quais cadeiras são privativas para enfermeiros lecionar
nas escolas de nível médio e superior. Brasília, DF: Cofen, 2017. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/parecer-normativo-no-0042017_53606.html. Acesso em: 26
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 303, de 23 de junho de


2005. Dispõe sobre a autorização para o enfermeiro assumir a coordenação como
responsável técnico do plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde –
pgrss. Brasília, DF: Cofen, 2005. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 185, de 18 de fevereiro


de 1997. Dispõe sobre a solicitação de exames de rotina e complementares por
enfermeiro. Rio de Janeiro: Cofen, 1997. Disponível em:

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http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-1951997_4252.html. Acesso em: 26 ago.
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 258, de 12 de julho de


2001. Inserção de cateter periférico central pelos enfermeiros. Rio de Janeiro:
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 278, de 16 de junho de


2003. Dispõe sobre sutura efetuada por profissional de enfermagem. Brasília, DF:
Cofen, 2003. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 280, de 16 de junho de


2003. Dispõe sobre a proibição de Profissional de Enfermagem em auxiliar
procedimentos cirúrgicos. Brasília, DF: Cofen, 2003. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-
2802003_4316.html#:~:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20proibi%C3%A7%C3
%A3o%20de%20Profissional%20de%20Enfermagem%20em%20auxiliar%20proced
imentos%20cir%C3%BArgicos.&text=CONSIDERANDO%20v%C3%A1rios%20ques
tionamentos%20de%20Profissionais,Reuni%C3%A3o%20Ordin%C3%A1ria%20do
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 358, de 15 de outubro


de 2009. Dispõe sobre a sistematização da assistência de enfermagem e a
implementação do processo de enfermagem em ambientes, públicos ou privados,
em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem, e dá outras providências.
Brasília, DF: Cofen, 2009. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-
3582009_4384.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 376, 24 de março de


2011. Dispõe sobre a participação da equipe de enfermagem no processo de
transporte de pacientes em ambiente interno aos serviços de saúde. Brasília, DF:
Cofen, 2011. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-
3762011_6599.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 388, 18 de outubro de


2011. Normatiza a execução, pelo enfermeiro, do acesso venoso, via cateterismo
umbilical. Brasília, DF: Cofen, 2011. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-
cofen-n-3882011_8021.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 422, de 4 de abril de


2012. Normatiza a atuação dos profissionais de enfermagem nos cuidados
ortopédicos e procedimentos de imobilização ortopédica. Brasília, DF: Cofen, 2012.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-4222012_8955.html. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 423, de 9 de abril de


2012. Normatiza, no Âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de
Enfermagem, a Participação do Enfermeiro na Atividade de Classificação de Riscos.
93
Brasília, DF: Cofen, 2012. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-
4232012_8956.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 427, de 7 de maio de


2012. Normatiza os procedimentos da enfermagem no emprego de contenção
mecânica de pacientes. Brasília, DF: Cofen, 2012. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-4272012_9146.html. Acesso em: 26 ago.
2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 429, de 30 de maio de


2012. Dispõe sobre o registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e
em outros documentos próprios da enfermagem, independente do meio de suporte -
tradicional ou eletrônico. Brasília, DF: Cofen, 2012. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-4292012_9263.html. Acesso em: 26 ago.
2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 438, de 7 de novembro


de 2012. Dispõe sobre a proibição do regime de sobreaviso para enfermeiro
assistencial. Brasília, DF: Cofen, 2012. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-4382012_17407.html. Acesso em: 26
ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 441, de 15 de maio de


2013. Dispõe sobre participação do Enfermeiro na supervisão de atividade prática e
estágio supervisionado de estudantes dos diferentes níveis da formação profissional
de Enfermagem. Brasília, DF: Cofen, 2013. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-4412013_19664.html. Acesso em: 26
ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 450, de 11 de dezembro


de 2013. Normatiza o procedimento de Sondagem Vesical no âmbito do Sistema
Cofen / Conselhos Regionais de Enfermagem. Brasília, DF: Cofen, 2013. Disponível
em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-04502013-4_23266.html. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 453, 16 de janeiro de


2014. Aprova a Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de
Enfermagem em Terapia Nutricional. Brasília, DF: Cofen, 2014. Disponível em:
Acesso em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-04532014_23430.html. 26
ago. 2020. Acesso em: 17 nov. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 475, de 19 de março de


2015. Prorroga o prazo de validade das carteiras de identidade profissional do
Sistema Conselho Federal de Enfermagem/Conselhos Regionais de Enfermagem
emitidas até 31/12/2010 e estabelece critérios para sua renovação, e dá outras
providências; Brasília, DF: Cofen, 2015. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-04752015_30207.html. Acesso em: 26
ago. 2020.

94
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 487, de 25 de agosto de
2015. Veda aos profissionais de Enfermagem o cumprimento da prescrição médica
à distância e a execução da prescrição médica fora da validade. Brasília, DF: Cofen,
2015. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-
4872015_33939.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 509, de 15 de março de


2016. Atualiza a norma técnica para Anotação de Responsabilidade Técnica pelo
Serviço de Enfermagem e define as atribuições do enfermeiro Responsável Técnico.
Brasília, DF: Cofen, 2016. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-
no-05092016-2_39205.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 514, de 5 de maio de


2016. Aprova o guia de recomendações para os registros de enfermagem no
prontuário do paciente, com a finalidade de nortear os profissionais de enfermagem.
Brasília, DF: Cofen, 2016. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-
no-05142016_41295.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 545, de 9 de maio de


2017. Atualiza a norma que dispõe sobre a forma de anotação e o uso do número
de inscrição pelos profissionais de enfermagem. Brasília, DF: Cofen, 2017.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05452017_52030.html.
Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 551, de 26 de maio de


2017. Normatiza a atuação do Enfermeiro no atendimento Pré-Hospitalar Móvel e
InterHospitalar em Veículo Aéreo. Brasília, DF: Cofen, 2017. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05512017_52662.html. Acesso em: 26
ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 554, de 17 de julho de


2017. Estabelece os critérios norteadores das práticas de uso e de comportamento
dos profissionais de enfermagem, em meio de comunicação de massa: na mídia
impressa, em peças publicitárias, de mobiliário urbano e nas mídias sociais. Brasília,
DF: Cofen, 2017. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-
05542017_53838.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 557, de 23 de agosto de


2017. Aprova, no âmbito da Equipe de Enfermagem, o procedimento de Aspiração
de Vias Aéreas, conforme o descrito na presente norma. Brasília, DF: Cofen, 2017.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05572017_54939.html.
Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 564, de 6 de novembro


de 2017. Aprova o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Brasília,
DF: Cofen, 2017. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-
5642017_59145.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 567, de 29 de janeiro de


2018. Aprova o Regulamento da atuação da Equipe de Enfermagem no Cuidado
95
aos pacientes com feridas. Brasília, DF: Cofen, 2018. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofenno-567-2018_60340.html. Acesso em: 26
ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 569, de 19 de fevereiro


de 2018. Aprova o Regulamento Técnico da Atuação dos Profissionais de
Enfermagem em Quimioterapia Antineoplásica. Brasília, DF: Cofen, 2018.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-0569-2018_60766.html.
Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº. 569, de 19 de fevereiro


de 2018. Aprova o Regulamento Técnico da Atuação dos Profissionais de
Enfermagem em Quimioterapia Antineoplásica, nos termos do anexo desta
Resolução. Brasília, DF: Cofen, 2018. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-0569-2018_60766.html. Acesso em: 26
ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 581, de 11 de julho de


2018. Atualiza, no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem,
os procedimentos para Registro de Títulos de Pós-Graduação Lato e Stricto Sensu
concedido a Enfermeiros e aprova a lista das especialidades. Brasília, DF: Cofen,
2018. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-581-
2018_64383.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 582, de 17 de julho de


2018. Veda a participação do Enfermeiro no ensino de práticas de Enfermagem que
exija aplicação de conhecimentos técnico-científicos em atividades de formação de
Cuidador de Idosos. Brasília, DF: Cofen, 2018. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-582-2018_64391.html. Acesso em: 26
ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 588, de 3 de outubro de


2018. Atualiza e normatiza a atuação da equipe de Enfermagem no processo de
transporte de pacientes em ambiente interno aos serviços de saúde. Brasília, DF:
Cofen, 2018. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-588-
2018_66039.html#:~:text=Bras%C3%ADlia%2C%203%20de%20outubro%20de%20
2018.&text=Estabelecer%20normas%20para%20a%20atua%C3%A7%C3%A3o,qua
lidade%20nos%20servi%C3%A7os%20de%20sa%C3%BAde. Acesso em: 26 ago.
2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 593, de 5 de novembro


de 2018. Normatiza, no âmbito dos Conselhos Regionais de Enfermagem, a criação
e funcionamento das Comissões de Ética de Enfermagem nas Instituições de saúde
com Serviço de Enfermagem. Brasília, DF: Cofen, 2018. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-593-
2018_66530.html#:~:text=CONSIDERANDO%20a%20delibera%C3%A7%C3%A3o
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 606, de 5 de abril de


2019. Inclui na Resolução Cofen n° 568, de 9 de fevereiro de 2018, Anexos
96
contendo modelo de Requerimento de Cadastro de Consultório e de Clínicas de
Enfermagem e modelo de Registro de Consultório e de Clínicas de Enfermagem, no
âmbito dos Conselhos Regionais de Enfermagem. Brasília, DF: Cofen, 2019.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-606-2019_70088.html.
Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 609, de 1º de julho de


2019. Atualiza, no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem,
os procedimentos para registro de especialização técnica de nível médio em
Enfermagem concedida aos Técnicos de Enfermagem e aos Auxiliares de
Enfermagem. Brasília, DF: Cofen, 2019. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-609-
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a,e%20aos%20Auxiliares%20de%20Enfermagem. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 611, 30 de julho de


2019. Atualiza a normatização referente à atuação da Equipe de Enfermagem no
processo de doação de órgãos e tecidos para transplante, e dá outras providências.
Brasília, DF: Cofen, 2019. Disponível em: Acesso em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-611-
2019_72858.html#:~:text=Atualiza%20a%20normatiza%C3%A7%C3%A3o%20refer
ente%20%C3%A0,transplante%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%
AAncias. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 619, de 4 de novembro


de 2019. Normatiza a atuação da Equipe de Enfermagem na Sondagem
Oro/Nasogástrica e Nasoentérica.Brasília, DF: Cofen, 2019. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-619-
2019_75874.html#:~:text=Normatiza%20a%20atua%C3%A7%C3%A3o%20da%20E
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Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 626, de 20 de fevereiro


de 2020. Altera a Resolução Cofen nº 529, de 9 de novembro de 2016, que trata da
atuação do Enfermeiro na área da Estética, e dá outras providências. Brasília, DF:
Cofen, 2020. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-626-
2020_77398.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 639, de 6 de maio de


2020. Dispõe sobre as competências do Enfermeiro no cuidado aos pacientes em
ventilação mecânica no ambiente extra e intra-hospitalar. Brasília, DF: Cofen, 2019.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-639-2020_79633.html.
Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 448, de 5 de novembro


de 2013. Aprova e adota o Manual de Procedimentos Administrativos para Registro
e Inscrição Profissional de Enfermagem, na forma do regulamento anexo, a ser
utilizado pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais. Brasília, DF: Cofen, 2013.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-04482013-
3_23054.html. Acesso em: 26 ago. 2020.
97
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 390, de 18 de outubro
de 2011. Normatiza a execução, pelo enfermeiro, da punção arterial tanto para fins
de gasometria como para monitorização de pressão arterial invasiva. Brasília, DF:
Cofen, 2011. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 629, de 9 de março de


2020. Aprova e Atualiza a Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação de
Enfermeiro e de Técnico de Enfermagem em Hemoterapia. Brasília, DF: Cofen,
2020. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-629-
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CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Câmara Técnica de Legislação e


Normas. Parecer nº 13, de 25 de maio de 2015. Legislação profissional: “Preparo
de medicamentos por um profissional de enfermagem e a respectiva administração
de medicamento por outro”. Brasília, Cofen, 2015. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/parecer-no-
0132015cofenctln_54431.html#:~:text=EMENTA%3A%20LEGISLA%C3%87%C3%8
3O%20PROFISSIONAL%3A%20%E2%80%9CPREPARO,que%20preconiza%20a
%20legisla%C3%A7%C3%A3o%20vigente. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Ministério da Defesa confirma ao


Cofen que exige registro profissional. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/ministerio-da-defesa-confirma-ao-cofen-que-exige-registro-
profissional_6553.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº 568, de 6 de dezembro de


2012. Dá nova redação aos artigos 1º ao 6º da Resolução/CFF nº 492, de 26 de
novembro de 2008, que regulamenta o exercício profissional nos serviços de
atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde,
de natureza pública ou privada. Brasília, DF: CFF, 2013. Disponível em:
https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/568. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº 296, de 25 de julho de 1996.


Normatiza o exercício das análises clínicas pelo farmacêutico bioquímico. Brasília,
DF: CFF, 1996. Disponível em:
https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/296.pdf. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Parecer nº 21, de 12 de agosto de 2010. O


médico devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina está apto ao
exercício legal da medicina, em qualquer de seus ramos; no entanto, só é lícito o
anúncio de especialidade médica àquele que registrou seu titulo de especialista no
Conselho. Brasília, DF: CFM, 2010. Disponível em: Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Deliberação nº


65, de 22 de maio de 2000. Dispõe sobre as competências dos profissionais de
Enfermagem na prevenção e tratamento das lesões cutâneas. Belo Horizonte:
Coren-MG, 2000. Disponível em:

98
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/legislacoes/docs/doc_legis_5.pdf.
Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


de Atenção Básica. Parecer nº 06, de 22 de julho de 2020. Competência técnico-
científica, ética e legal da equipe de Enfermagem para aplicação de Sacarato de
Hidróxido Férrico (Noripurum) parenteral na Atenção Primária. Belo Horizonte:
Cofen-MG, 2020. Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_1_6.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


de Atenção Básica. Parecer nº 4, de 21 de maio de 2020. Competência técnico-
científica, ética e legal da equipe de enfermagem da Atenção Básica (AB) deixar a
Unidade Básica de Saúde (UBS) para o atendimento aos usuários em via pública.
Belo Horizonte: Coren-MG, 2020. Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_1_4.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


de Urgência e Emergência. Parecer nº 01, de 19 de fevereiro de 2020.
Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de enfermagem em
ministrar cursos de primeiros socorros e fornecer certificado de participação.
Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_6_1.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


de Urgência e Emergência. Parecer nº 1, de 6 de março de 2020.
Dimensionamento da Equipe de Enfermagem e impossibilidade da dispensa de
pacientes na Classificação de Risco dos serviços de urgência e emergência. Belo
Horizonte: Coren-MG, 2020. Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2016_6_1.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


de Urgência e Emergência. Parecer nº 3, de 19 de fevereiro de 2020. Competência
da equipe de enfermagem na inserção da máscara laríngea. Belo Horizonte: Coren-
MG, 2020. Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_6_3.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


Gerencial de Sistematização da Assistência em Enfermagem. Parecer nº 1, de 25
de junho de 2020. Competência técnico-científica, ética e legal do enfermeiro para
prescrever cuidados de enfermagem. Belo Horizonte: Coren-MG, 2020. Disponível
em: https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_12_1.pdf.
Acesso em: 26 ago. 2020.

99
CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica
Gerencial e Assistencial. Parecer nº 08, de 11 de março de 2020. Competência
técnico-científica, ética e legal do Enfermeiro na solicitação e análise de exames de
raios-x após sondagem enteral para fins de nutrição. Belo Horizonte: Coren-MG,
2020. Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_7_8.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


Gerencial e Assistencial. Parecer nº 1, de 24 de setembro de 2019. Ementa:
Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de enfermagem nos
procedimentos de manutenção e troca da cânula de traqueostomia. Belo Horizonte:
Coren-MG, 219. Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2019_7_1.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


Gerencial e Assistencial. Parecer nº 17, de 21 de maio de 2020. Competência
técnico-científica, ética e legal dos profissionais de enfermagem nos procedimentos
para retirada de Miíase e Tunga penetrans. Belo Horizonte: Coren-MG, 2020.
Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_7_17.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


Gerencial e Assistencial. Parecer nº 19, de 21 de maio de 2020. Competência
técnico-científica, ética e legal dos profissionais de enfermagem na realização de
testes rápidos e leitura dos resultados. Belo Horizonte: Coren-MG, 2020. Disponível
em: https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_7_19.pdf.
Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


Gerencial e Assistencial. Parecer nº 2, de 19 de fevereiro de 2020. Competência
técnico-científica, ética e legal dos profissionais de enfermagem na realização e
leitura de Eletrocardiograma (ECG). Belo Horizonte: Coren-MG, 2020. Disponível
em: https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_7_2.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


Gerencial e Assistencial. Parecer nº 26, de 22 de julho de 2020. Competência
técnico-científica, ética e legal dos profissionais de enfermagem na renovação e
transcrição de receitas de medicamentos. Belo Horizonte: Coren-MG, 2020.
Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_7_26.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


Gerencial e Assistencial. Parecer nº 31, de 15 de julho de 2020. Competência
técnico-científica, ética e legal dos profissionais de enfermagem na conferência e
reposição de medicamentos do Carrinho de emergência ou Carrinho de
100
Ressuscitação Cardiopulmonar (CRCP). Belo Horizonte: Coren-MG, 2020.
Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_7_31.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


Gerencial e Assistencial. Parecer nº 4, de 19 de fevereiro de 2020. Competência
técnico-científica, ética e legal dos profissionais de enfermagem em acionar outras
categorias profissionais no descanso para prestar assistência à pacientes. Belo
Horizonte: Coren-MG, 2020. Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_7_4.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


Gerencial e Assistencial. Parecer nº 7, de 27 de novembro de 2017. Competência e
atribuições do enfermeiro, do técnico e do auxiliar de enfermagem no cateterismo
urinário/vesical, seja de alívio intermitente ou de demora. Belo Horizonte: Coren-
MG, 2017. Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2017_7_7.pdf. Acesso em:
26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


Gerencial e Assistencial. Parecer nº 7, de 22 de agosto de 2019. Competência
técnico-científica ética e legal da equipe de enfermagem na inserção de sonda
gástrica para fins de lavagem. Belo Horizonte: Coren-MG, 2019. Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2019_7_7.pdf. Acesso
em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara Técnica


Gerencial e Assistencial. Parecer nº 9, de 11 de março de 2020. Competência
técnico-científica, ética e legal dos profissionais de enfermagem em realizar
atividades administrativas. Belo Horizonte: Coren-MG, 2020. Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_7_9.pdf. Acesso em:
26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Manual de


acolhimento, triagem e classificação de riscos: manual de orientações sobre
competência técnico-cientifica, ética e legal dos profissionais de enfermagem na
triagem, acolhimento e classificação de risco. Belo Horizonte: Coren-MG, 2020a.
Disponível em: https://www.corenmg.gov.br/manuais/. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Manual de


transporte: manual de orientações sobre a competência técnico-científica e ético-
legal dos profissionais de enfermagem nas diversas modalidades de transporte em
saúde. Belo Horizonte: Coren-MG, 2020. Disponível em:
https://www.corenmg.gov.br/manuais/.Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Manual do


enfermeiro responsável pelo serviço de enfermagem. Belo Horizonte: Coren-
MG, 2020. Disponível em: https://www.corenmg.gov.br/wp-
101
content/uploads/2020/06/Manual-do-Enfermeiro-Responsavel-pelo-Servico-de-
Enfermagem-2020.pdf. Acesso em: 26 ago. 2020.

CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Parecer


CT.EF.02, de 25 de junho de 2020. Competência técnico-científica, ética e legal dos
profissionais de enfermagem acerca do curativo de espuma de poliuretano
hidrofílico com ibuprofeno ou outras coberturas que contenham medicamentos para
tratamento de feridas. Belo Horizonte: Coren-MG, 2020. Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_3_2.pdf. Acesso em:
26 ago. 2020.

______. Parecer nº 7, de 25 de junho de 2020. Competência técnico-científica, ética


e legal de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem para exercerem atividades
inerentes à Estratégia Saúde da Família na ausência temporária do Enfermeiro.
Belo Horizonte: Coren-MG, 2020. Disponível em:
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2020_1_7.pdf. Acesso em:
26 ago. 2020.

102
APÊNDICE
APÊNDICE A – Lista de pareceres vigentes Coren-MG

LISTA DE PARECERES TÉCNICOS VIGENTES - COREN-MG

ATENÇÃO BÁSICA

Número e ano
Ementa
de publicação

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


1/2020 Enfermagem na realização da prova do laço e notificação
compulsória da dengue

Competência técnico-científica, ética e legal do Enfermeiro em


2/2020 supervisionar profissionais das equipes de Atenção Básica
pertencentes a categorias distintas da Enfermagem.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


4/2020 Enfermagem da Atenção Básica (AB) deixar a Unidade Básica de
Saúde (UBS) para o atendimento aos usuários em via pública.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


5/2020 Enfermagem no registro de produção realizada por outros
profissionais da Atenção Básica.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


6/2020 Enfermagem para aplicação de Sacarato de Hidróxido Férrico
(Noripurum) parenteral na Atenção Primária

Competência técnico-científica, ética e legal de Técnicos e


7/2020 Auxiliares de Enfermagem para exercerem atividades inerentes à
Estratégia Saúde da Família na ausência temporária do Enfermeiro

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


8/2020
Enfermagem para o tratamento de Vaginoses Bacterianas

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


9/2020 Enfermagem na realização do teste de triagem neonatal (Teste do
pezinho).

103
Competência técnico-científica, ética e legal do enfermeiro em
10/2020 encaminhar a lâmina do preventivo para análise em laboratório
particular.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


11/2020
enfermagem para confecção de Cartão Nacional de Saúde.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


12/2020 Enfermagem no exame de toque retal e solicitação de Antígeno
Prostático Específico (PSA).

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


13/2020
Enfermagem na prescrição de chás e fitoterápicos.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


14/2020
enfermagem para a retirada de suturas de feridas cirúrgicas.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


15/2020 enfermagem das equipes de Saúde da Família na realização de
atendimentos no Sistema Prisional do território.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


16/2020 Enfermagem na administração de Metotrexato em Unidade Básica
de Saúde.

Dispõe sobre a realização de classificação de risco odontológica


17/2020 pelos enfermeiros da Atenção Primária à Saúde no município de
Belo Horizonte, Minas Gerais.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


1/2019 Enfermagem na emissão de comprovante de residência por
Enfermeiro, em unidade básica de saúde de Brumadinho – MG.

Prescrição de medicamentos nicotínicos pelos Enfermeiros na


3/2017
Atenção Primária à Saúde.

Atribuições da equipe de Enfermagem no que tange à confecção


16/2017
do Cartão Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS).

104
Participação da equipe de Enfermagem das unidades prisionais no
17/2017
Conselho Disciplinar.

Guarda e entrega de medicamentos e outros produtos


18/2017 farmacêuticos pela Equipe de Enfermagem em Unidades
Prisionais.

Competência técnica, ética e legal da equipe de Enfermagem na


entrega de medicamentos nos pavilhões, celas ou carceragens aos
71/2016
presos ou às pessoas privadas de liberdade do sistema prisional e
socioeducativo. Não obrigatoriedade pela equipe de Enfermagem.

Competência dos profissionais de Enfermagem na realização de


“pré-consulta” (aferição de pressão arterial, glicemia capilar, dados
75/2016
antropométricos antes da consulta médica e/ou da consulta de
enfermagem) nas Unidades Básicas de Saúde

77/2016 Legalidade da prescrição de Fitoterápicos e Chás pelo Enfermeiro

CUIDADOS PALIATIVOS

Competência Técnico-científica, ética e legal da equipe de


1/2019
Enfermagem na realização de hipodermóclise.

Dimensionamento de Pessoal

Recomendações do Conselho Regional de Minas Gerais sobre a


5/2020 publicação “ Orientações para avaliação da vigilância sanitária de
novos leitos de Covid-19, de 07 de abril de 2020.

Consequências do subdimensionamento de pessoal de


6/2020 Enfermagem para a qualidade e segurança da assistência ao
paciente.

EDUCAÇÃO

Análise da progressão de Carreira do Enfermeiro da Prefeitura


1/2020
Municipal de Belo Horizonte, mediante apresentação de
certificação de graduação em outro Curso Superior não previsto

105
em Portaria específica.

Aconselhamento sobre a profissionalização de aluna com


1/2016 diminuição ou perda de acuidade e percepção auditiva nas
atividades práticas do ensino de graduação.

Trata da possibilidade de acompanhamento de alunos do curso de


2/2016 graduação em Eem atividades de disciplina curricular por
profissional não enfermeiro.

ENFERMAGEM DO TRABALHO

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


3/2020 Enfermagem na elaboração e assinatura de Análise Ergonômica
do Trabalho-AET e de laudo ergonômico.

ENFERMAGEM FORENSE

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


1/2020 Enfermagem atuarem como Auxiliar de Necropsia no Instituto de
Medicina Legal ou outros.

ESTUDOS SOBRE FERIDAS

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


1/2020 Enfermagem nos procedimentos de aplicação e retirada de bota de
Unna.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


Enfermagem acerca do curativo de espuma de poliuretano
2/2020
hidrofílico com ibuprofeno ou outras coberturas que contenham
medicamentos para tratamento de feridas.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


3/2020
Enfermagem na Prescrição do hypergel manipulado.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


4/2020
enfermagem na coleta de materiais de lesões cutâneas.

106
Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de
5/2020 enfermagem no procedimento de desbridamento
cirúrgico/instrumental de feridas.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


6/2020
enfermagem na assistência ao paciente gastrostomizado.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


7/2020 enfermagem nos procedimentos de tratamento de lesões cutâneas
com oxigenoterapia hiperbárica.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


8/2020
Enfermagem na sondagem de cistostomia.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


Enfermagem para realização de tratamento de lesões cutâneas em
1/2019
domicílio de forma autônoma, prescrição de coberturas e
solicitação de exames.

1/2017 Atuação da equipe de Enfermagem na fototerapia do tipo PUVA.

Competência do profissional Enfermeiro na realização de


2/2017
laserterapia em mucosite oral.

Competência da equipe de Enfermagem na assistência ao


paciente em uso de drenos abdominais, localizados na cavidade
3/2017
peritoneal e em vias biliares. Aprovado na 128ª Reunião de
Diretoria e 21º Reunião Extraordinária do Plenário.

GERENCIAL E ASSISTENCIAL

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


1/2020 Enfermagem nos procedimentos de inserção, manutenção e
retirada do PICC.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


2/2020
Enfermagem na realização e leitura de Eletrocardiograma (ECG).

107
Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de
3/2020
Enfermagem nos cuidados ao paciente com o Cateter Peridural.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


4/2020 Enfermagem em acionar outras categorias profissionais no
descanso para prestar assistência à pacientes.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


5/2020
Enfermagem na atuação em consultórios de Odontologia.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


6/2020 Enfermagem na Prescrição de Salinização de Cateter Venoso
Periférico

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


7/2020 Enfermagem em serviços de saúde na ausência do profissional
médico.

Competência técnico-científica, ética e legal do Enfermeiro na


8/2020 solicitação e análise de exames de raios-x após sondagem enteral
para fins de nutrição.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


9/2020
Enfermagem em realizar atividades administrativas.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


10/2020 Enfermagem nos cuidados ao paciente em uso do Balão Intraórtico
(BIA).

Competência técnica científica, ética e legal da equipe de


11/2020
Enfermagem em administrar pulsoterapia.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


12/2020 Enfermagem na operação de elevadores em situações de
emergência que envolve evacuação de instalações hospitalares.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


13/2020 Enfermagem na punção e heparinização do cateter totalmente
implantado.

108
Competência técnico-científica, ética e legal dos enfermeiros
14/2020 dimensionarem a equipe de Enfermagem para carga horária
semanal de 30 horas.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


15/2020
Enfermagem em realizar o exame de densitometria óssea.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


16/2020 Enfermagem na instalação de cânula orofaríngea (cânula de
Guedel).

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


17/2020 Enfermagem nos procedimentos para retirada de Miíase e Tunga
penetrans

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


18/2020 Enfermagem na operacionalização do SUSFácil - Sistema
Estadual de Regulação Assistencial do Estado de Minas Gerais.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


19/2020 Enfermagem na realização de testes rápidos e leitura dos
resultados.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


20/2020
Enfermagem na realização de ginástica laboral.

Competência técnico-científica, ética e legal do profissional de


21/2020 nível médio de Enfermagem ministrar atividades de educação em
saúde à população e capacitação a profissionais.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


22/2020
Enfermagem nos procedimentos de implante capilar.

Competência técnico-científica, ética e legal do profissional de


Enfermagem de nível médio recorrer ao prontuário para verificar
23/2020
checagens e registros de enfermagem que justifiquem a cobrança
de materiais e procedimentos.

24/2020 Competência técnico científica, ética e legal do enfermeiro do


bloco cirúrgico em supervisionar os instrumentadores externos ao
109
serviço.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


25/2020
Enfermagem na realização Eletroencefalograma (EEG)

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


26/2020 Enfermagem na renovação e transcrição de receitas de
medicamentos.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


27/2020
Enfermagem no cuidado do paciente de alta dependência.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


28/2020 Enfermagem sobre os cuidados com banho de pacientes do sexo
oposto, sejam eles psiquiátricos ou não.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


29/2020 Enfermagem nos procedimentos de estimulação digital perianal e
retirada manual de fecaloma.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


30/2020 Enfermagem na realização do teste do reflexo vermelho, ou teste
de Bruckner, ou teste do olhinho.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


Enfermagem na conferência e reposição de medicamentos,
31/2020
materiais do carrinho de emergência ou carrinho de ressuscitação
cardiopulmonar (CRCP).

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


32/2020 Enfermagem nos procedimentos de preparo e do envase de
almotolias.

Competência técnico-científica, ética e legal do Enfermeiro no


33/2020
remanejamento dos profissionais de Enfermagem.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


34/2020 Enfermagem quanto à administração de medicações fornecidas
por familiares a pacientes internados.

110
Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de
35/2020 Enfermagem quanto aos registros de enfermagem no prontuário do
paciente e em livros administrativos das instituições de saúde.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


36/2020 Enfermagem na realização da "Pré consulta" e consulta de
enfermagem.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


37/2020
Enfermagem em relação à alta de pacientes.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


38/2020
Enfermagem para coleta de aspirado traqueal.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


39/2020 Enfermagem nos procedimentos de Ventilação Mecânica Não
Invasiva.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


Enfermagem na elaboração, revisão e validação de procedimentos
40/2020 operacionais padrão (POP) e outros documentos relacionados ao
gerenciamento dos processos de trabalho do serviço de
Enfermagem.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


41/2020 Enfermagem nos procedimentos de dupla checagem na
administração de medicamentos.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


42/2020
Enfermagem na retirada de eletrodo de marcapasso temporário.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


43/2020
Enfermagem nos procedimentos de Drenagem Linfática.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


44/2020 Enfermagem nos procedimentos de profilaxia de conjuntivite
neonatal.

45/2020 Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


enfermagem participarem das equipes de Código Azul ou Time de
111
Resposta rápida ou outras nomenclaturas.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


46/2020
enfermagem nos procedimentos de prescrição de Florais de Bach.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


47/2020
enfermagem nos procedimentos de tração cutânea.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


enfermagem nos procedimentos de retirada de gesso, retirada de
48/2020
calha gessada, realização de curativos, colocação de gesso e
colocação de calha gessada.

Competência técnico científica, ética e legal dos profissionais de


49/2020 enfermagem na colocação de placa eletrocirúrgica (placa de
cautério).

Competência técnico científica, ética e legal dos profissionais de


50/2020 enfermagem auxiliarem na realização de procedimentos
anestésicos.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


51/2020
enfermagem no uso de ultrassom como recurso clínico.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


52/2020
enfermagem nos procedimentos de tapotagem.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


53/2020 enfermagem manutenção e retirada dos cateteres venosos
centrais.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


54/2020
enfermagem no procedimento de Espirometria.

Competência técnico-científica, ética e legal do enfermeiro em


55/2020 dimensionar os profissionais de enfermagem para o trabalho
exclusivo em setores com risco de contaminação.

56/2020
Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de

112
enfermagem na realização do teste de Snellen.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


Enfermagem na utilização de siglas e ou abreviações textuais no
57/2020
prontuário do paciente e em outros documentos do serviço de
Enfermagem.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


58/2020 Enfermagem nos procedimentos de drenagem, manutenção e
retirada de Derivação Ventricular Externa (DVE).

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


enfermagem na execução de exames imunohematológicos,
59/2020 fracionamento de hemocomponentes, hemotransfusão e execução
de treinamentos relacionados ao ciclo do sangue em hemocentros,
agências transfusionais e serviços de assistência em hemoterapia.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


60/2020 Enfermagem quanto à recusa em assumir o plantão/escala ou no
abandono de plantão.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


enfermagem na realização da Tomografia de Coerência Óptica
61/2020
(OCT) e na prescrição e administração de colírios de dilatação da
pupila.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


62/2020
Enfermagem na limpeza e desinfecção de ambulâncias.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


63/2020
Enfermagem na realização da ausculta pulmonar e exame físico.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


64/2020 Enfermagem quanto ao desvio de qualidade de material médico-
hospitalar.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


1/2018 Enfermagem na perfuração de lóbulo auricular de recém-nascidos
e adultos.

113
Atuação dos profissionais de Enfermagem em "clínicas do sono",
1/2017
especificamente em exames de polissonografia.

Atuação e competência dos profissionais de Enfermagem na


2/2017 execução de exames imonuhematológicos e fracionamento de
hemocomponentes em hemocentros.

Participação do profissional de Enfermagem durante o


3/2017 procedimento de endoscopia digestiva alta, colonoscopia,
broncoscopia, na colocação e retirada de Balão Intragástrico.

Transcrição de prescrição médica para meio eletrônico por


4/2017
profissional de Enfermagem.

Competência e atribuições do enfermeiro, do técnico e do auxiliar


7/2017 de enfermagem no cateterismo urinário/vesical, seja de alívio
intermitente ou de demora.

Solicitação de exames laboratoriais por enfermeiro nos protocolos


1/2016
gerenciados de seps.

Competência legal para o Enfermeiro assinar laudos de Teste


3/2016
Rápido de Glicemia

Competência dos profissionais de Enfermagem em realizar


6/2016
lavagem esofágica utilizando sonda de Fouchet.

Competência dos profissionais de Enfermagem em manusear


10/2016 equipamentos de Raio-X, tomografia e ressonância magnética
para realização de exames de imagens.

Aspectos éticos, técnicos e legais do remanejamento em


11/2016
Enfermagem

12/2016 Aspectos éticos, técnicos e legais do abandono de plantão.

15/2016 Tração cutânea por profissionais de Enfermagem.

114
Legalidade da equipe de Enfermagem realizar antissepsia da pele
16/2014
da pessoa a ser submetida antes do ato cirúrgico.

Competência do técnico de enfermagem em realizar o teste de


11/2016
Snellen e o teste do Sussurro.

Consulta sobre a competência do enfermeiro em realizar os


seguintes procedimentos: extubação; ventilação mecânica não
16/2013
invasiva; retirada de dreno de tórax e retirada de Derivação
Ventricular Externa

Transferência da higienização de leitos dos profissionais de


17/2013
Enfermagem para os profissionais de higienização.

37/2013 Competência do Enfermeiro em solicitar swab.

Forma de checagem pela equipe de Enfermagem de prescrição


42/2013 médica na administração de um mesmo medicamento em
bolsas\frascos separados no mesmo horário.

45/2013 Legalidade da atuação do enfermeiro na equoterapia.

Procedimento de colocação de faixa de Esmarch pelo técnico de


20/2012
enfermagem

Competência técnica do Enfermeiro na troca de sondas de


44/2012
gastrostomia, jejunostomia e cistostomia.

21/2010 Atuação do enfermeiro no campo da perícia em Enfermagem.

Utilização de caneta vermelha para registros de Enfermagem em


60/2010
prontuário e anotação de dados em livro relatório de enfermagem

Autorização legal para realização dos procedimentos de punção


154/2010
venosa femoral e intra-óssea pelo enfermeiro.

173/2010
Atuação do enfermeiro da Secretaria Municipal de Saúde em

115
atividade de supervisão de convênio hospitalar.

Realização de teste alérgico por técnicos de enfermagem em


49/2009
dermatologia.

Competência do auxiliar de enfermagem para acompanhar o


148/2009
médico em consultório na elaboração e digitação de laudo médico.

Orientação quanto à atuação do enfermeiro na área de auditoria do


32/2007
SUS, em possuir o curso de especialização em auditoria.

Legitimidade de vistoria por parte de enfermeiras auditoras no


41/2007
departamento de farmácia do Hospital.

47/2007 Retirada de dreno de penrose pelo enfermeiro.

Competência técnica do enfermeiro para desobstruir sonda vesical


62/2007
em paciente em pós-operatório de RTU.

OBSTETRÍCIA

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


1/2020 Enfermagem na realização do teste de triagem neonatal para
Cardiopatia Congênita (Teste do coraçãozinho).

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


2/2020 Enfermagem na destinação da placenta mediante requisição da
puérpera.

Competência técnico-científica, ética e legal dos enfermeiros na


3/2020
assistência de pré-natal à gestante de alto risco

Competência técnico-científica, ética e legal do Auxiliar de


4/2020
Enfermagem no Bloco Obstétrico.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


5/2020
Enfermagem na utilização da Válvula de Doyen.

116
Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de
Enfermagem na utilização da ferramenta da ultrassonografia na
1/2019 consulta de enfermagem em saúde das mulheres e na capacitação
de enfermeiros obstétricos para a utilização desta ferramenta
tecnológica.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


1/2018 Enfermagem na realização de auscuta dos batimentos cardiofetais
em gestantes.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


2/2018
Enfermagem na realização do exame de cardiotocografia.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


3/2018 Enfermagem na realização na Manobra de Kristeller durante o
trabalho de parto e parto.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


4/2018
Enfermagem na realização de massagem uterina após o parto.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


5/2018 Enfermagem na assistência ao parto domiciliar planejado e seu
acesso à Declaração de Nascido Vivo (DNV).

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


6/2018 Enfermagem na realização do toque vaginal nos serviços de
atenção à saúde das mulheres gestantes.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


7/2018 Enfermagem na assistência ao recém-nascido dentro do Bloco
Obstétrico.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


8/2018 Enfermagem nas ações de saúde para prevenção do câncer do
colo do útero e das mamas.

Consultórios de Enfermagem para assistência à saúde da mulher e


3/2017
da criança.

117
SÁUDE MENTAL

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


1/2020 Enfermagem nos procedimentos de Acolhimento em Saúde
Mental.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


2/2020 Enfermagem na administração de Haldol Decanoato na ausência
do médico.

Assistência de enfermagem em serviços de Saúde Mental com


1/2017 base territorial e que ofereçam a modalidade de hospitalidade
noturna (CAPS III) - Necessidade do profissional Enfermeiro

Antecipação de medicação pela enfermagem por meio de


2/2017 solicitação verbal de profissional de nível superior e legitimidade e
advertência verbal.

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Competência técnico-científica, ética e legal do enfermeiro para


1/2020
prescrever cuidados de Enfermagem.

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


1/2020 Enfermagem em ministrar cursos de primeiros socorros e fornecer
certificado de participação.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


2/2020
Enfermagem no procedimento de punção intraóssea.

Competência da equipe de Enfermagem na inserção da máscara


3/2020
laríngea

Competência técnico-científica, ética e legal do Enfermeiro tripular


4/2020
a Unidade de Saúde Básica (USB) ou tripular a USA na condição
de USB, na ausência do médico da Unidade de Suporte Avançado

118
(USA).

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


5/2020 enfermagem nas ações durante o uso do Desfibrilador Externo
Automático (DEA) e Desfibrilador/Cardioversor Manual.

Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de


Enfermagem de UBS, ambulatórios e serviços de Atenção à Saúde
1/2019
do Trabalhador em prestação de socorro em ambiente externo ao
local de trabalho.

Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de


Enfermagem na administração de solução de glicose hipertônica,
2/2019
ou outros medicamentos, mediante protocolo do serviço pré-
hospitalar (transporte primário).

Dimensionamento da Equipe de Enfermagem e impossibilidade da


1/2016 dispensa de pacientes na Classificação de Risco dos serviços de
urgência e emergência.

77/2010 Classificação de risco na ausência do médico clínico e pediatra.

Como se programa e insere a rotulagem de frascos de


38/2008
medicamentos para atendimentos de emergência

CONTROLE DE DOCUMENTOS

VERSÃO DATA DA PUBLICAÇÃO ALTERAÇÕES REALIZADAS


01 2019 -
02 2020 Inclusão ou atualização das questões: nº 1,
nº 2, nº 4, nº 5, nº 6, nº 8, nº 9, nº 10, nº 11,
nº 14, nº 17, nº 18, nº 19, nº 20, nº 21, nº 22,
nº 23, nº 25, nº 26, nº 27, nº 28, nº 29, nº 30,
nº 31, nº 32, nº 34, nº 35, nº 38, nº 42, nº 43,
nº 45, nº 46, nº 49, nº 50, nº 51, nº 52, nº 53,
nº 54, nº 56, nº 58, nº 59, nº 60 , nº 62 , nº
82, nº 83, nº 84, nº 85, nº 86, nº 91, nº 94, nº
99, nº 100, nº 102, nº 103, nº 104, nº 108.

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