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DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA E MINAS

TRABALHO DE FIM DE CURSO DE CIÊNCIAS GEOLÓGICAS

AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL DA


EXPLORAÇÃO DE GABRO COMO ROCHA
ORNAMENTAL NA COMUNA DA QUIHITA
MUNICÍPIO DA CHIBIA PELA EMPRESA RUPSIL &
FILHOS, LDA

Apresentado por:
ARMANDO TCHILOYA

LUBANGO, 2022
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA E MINAS

AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL DA


EXPLORAÇÃO DE GABRO COMO ROCHA
ORNAMENTAL NA COMUNA DA QUIHITA
MUNICÍPIO DA CHIBIA PELA EMPRESA RUPSIL &
FILHOS, LDA

ARMANDO TCHILOYA

Trabalho de Fim Curso para obtenção


de grau de Licenciado em CIÊNCIAS
GEOLÓGICAS

Orientador: MSc. ALMEIDA KUNDILA

LUBANGO, 2022

II
UNIVERSIDADE MANDUME YA NDEMUFAYO
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DA HUILA
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA E MINAS

ARMANDO TCHILOYA, estudante do 5º ano, curso de Ciências Geológicas, solícita a


admissão da apresentação do Projecto de Fim do Curso intitulado: Avaliação do impacto
ambiental da exploração de gabro como rocha ornamental na comuna da Quihita Município
da Chibia pela empresa Rupsil & Filhos, Lda.
Em reunião do Conselho Científico do Departamento de Geologia e Minas, realizou-se a
apresentação e avaliação do trabalho de Licenciatura do estudante, Armando Tchiloya e
chegou-se as seguintes conclusões.
O Projecto de investigação apresentado, Avaliação do impacto ambiental da exploração de
gabro como rocha ornamental na comuna da Quihita Município da Chibia pela empresa
Rupsil & Filhos, Lda.
Não ________ Sim ________ reúne as condições para realizar as investigações
correspondentes à defesa do TCC.

Lubango, Fevereiro de 2022.

Assinatura Professores (Rubrica) do júri Rúbrica


_________________________________
_________________________________
_________________________________
A chefe do Departamento

_____________________
Aida Alice Júnior, MSc.

III
Dedicatória

Dedico este, trabalho ao meu Padrinho, Amigo e Mestre Domingos Chilala “ Pai Nosso” ( in
memoria) por todo apoio a mim prestado enquanto vivente.

IV
Agradecimentos

Primeiramente agradeço ao meu Deus e Pai pela presença constante em minha vida, e por me
ter abençoado com diversas pessoas, que com sua contribuição generosa tornaram possível a
concretização deste trabalho.

Agradeço a base de tudo, minha família, especialmente minha querida mãe e aos meus irmãos
que tudo fizeram para a minha formação académica.

Aos meu orientadores eng. Almeida kundila, Eng. Celestino e Sr. Rui Silva da Empresa
RUPSIL E FILHOS Ltda pela disponibilidade, paciência e todo apoio Prestado para a
elaboração deste trabalho.

Aos meus queridos Tios pelo apoio incansável, paciência e pela disponibilidade em me ajudar
ao longo da minha carreira estudantil e a concluir trabalho.

A minha namorada Laurinda Moço, pela grande ajuda, e pela companhia durante todo
tempo.

Aos meus Amigos do Oceano de Amor, a NEW LIFE, MPC, Heróis de Azul e a todos os
meus amigos e irmãos na fé.

Aos meus colegas da Geologia, pela oportunidade de convivência e aprendizado que tive com
cada um, durante o período da formação, especialmente a mãe Cesaltina Mouzinho, e Andre
Puvo pela ajuda na formatação do trabalho, sem esquecer os meus compadres Felizardo
Chipilica e Ladslau Chonguela que além de colegas, tornaram-se amigos e irmãos para mim
e fizeram deste período, uma época especial que serão lembrados para sempre com imenso
carinho.

A direcções da pedreira RUPSIL E FILHOS Ltda por disponibilizarem o seu pessoal suas e
informações ligadas a área ambiental e social para a análise das amostras, especialmente ao
sr. Rui Silva.

A direcção do I.P.H, especialmente a todos os professores do departamento de Geologia e


minas.

Eternamente grato, e que Deus vos possa abençoar!

V
Resumo

Este trabalho faz referência a uma avaliação sociao- ambiental sobre a exploração do gabro como
rocha ornamental na comuna da Quihita município da Chibia. Esters impactos vêm ocorrendo de
forma iregular e consiste em diversos problemas que afligem a região como um todo causando
imensas cicatrizes no meio ambiente e aumentando o desafio da recuperação ambiental. Diante da
situação Avaliar os factores que estão na base do impacto ambiental resultante da exploração do
gabro como rocha ornamental na comuna da Quihita junto a empresa RUPSIL & FILHOS Ltda,
consiste no objectivo geral deste trabalho. Analisar o impacto ambiental da exploração do gabro
como rocha ornamental na comunidade da Quihita município da Chibia; Identificar Factores que
contribuem para degradação do ambiente e saúde da comunidade local, a auferir o nível de
preocupação sobre o impacto da actividade de exploração de gabro na Quihita. Por fim fornecer
conteúdos e procedimentos para criação de um plano sustentável com vista a contribuir na
diminuição do impacto ambiental da exploração de gabro na comunidade da Quihita, município da
Chibia. Constituem as tarefas a serem realizadas durante o trabalho. Tratando- se de uma pesquisa
qualitativa descritiva e estudo de caso, foi elaborado um questionário de10 perguntas e uma
entrevista estruturada para obtenção dos dados aplicados a trabalhadores da mineradora . mostramos
ainda através de imagens o estado de degradação da área ocasionados pela exploração do minério. E
através de um plano de recuperação ambiental foram taçadas as estratégias para recuperação da área
de exploração.

Palavras-chave: Impacto ambiental, extração, recursos naturais, mineração, gabro,


desenvolvimento sustentável, recursos naturais.

VI
Abstract

The work refers to a social-environmental assessment on the exploitation of the gabbro as an


ornamental rock in the community of Quihita municipality of Chibia. These impacts have
been occurring in an irregular way and consists of several problems that afflict the region as a
whole causing immense scars in the environment and increasing the challenge of
environmental recovery. Given the situation, the factors that underpoverall state the
environmental impact resulting from the exploitation of gabbro as an ornamental rock in the
quihita commune with RUPSIL & FILHOS LTDA, is the general objective of this work.
Analyze the environmental impact of gabbro exploration as ornamental rock in the
community of Quihita municipality of Chibia; Identify factors contributing to environmental
degradation and local community health, to assess the level of concern about the impact of
gabbro ing activity in Quihita. Finally, provide content and procedures for the creation of a
sustainable plan to contribute to reducing the environmental impact of the exploitation of the
gabro in the community of Quihita, municipality of Chibia. They are the tasks to be
performed during the work. In the case of a descriptive qualitative research and case study, a
questionnaire of 10 questions and a structured interview were elaborated to obtain the data
applied to mining workers. we also show through images the state of degradation of the area
caused by the exploration of the ore. And through an environmental recovery plan, strategies
for the recovery of the exploration area were developed.

Keywords: Environmental impact, extraction, natural resources, mining, gabbro, sustainable


development, natural resources.

VII
Índice

Dedicatória................................................................................................................................IV

Agradecimentos.........................................................................................................................V

Resumo.....................................................................................................................................VI

Abstract...................................................................................................................................VII

Lista de Tabelas........................................................................................................................XI

Lista de Abreviaturas...............................................................................................................XII

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1

Apresentação do Problema.........................................................................................................2

Hipótese......................................................................................................................................2

Objecto de estudo........................................................................................................................2

Objectivos de Investigação.........................................................................................................2

Objectivo Geral...........................................................................................................................2

Objectivos Específicos................................................................................................................2

Métodos da Investigação.............................................................................................................3

Justificativa.................................................................................................................................4

Estrutura da Monografia.............................................................................................................5

CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................6

CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................7

1.1. Aspectos históricos da mineração........................................................................................7

1.2. Aspectos fundamentais a serem valorizados na investigação..............................................7

1.3. Importância e caracterização da actividade de mineração...................................................8

1.4. A mineração e o meio ambiente...........................................................................................9

1.5. Histórico de exploração de Gabro “granito negro” Província da Huila, município da


Chibia………..............................................................................................................................9

1.6. Legislação ambiental para mineração em Angola.............................................................11

VIII
CAPÍTULO II- MATERIAL E MÉTODOS............................................................................14

CAPÍTULO II: MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................15

2.1. Caracterização da área de estudo.......................................................................................15

2.2. Localização e acesso..........................................................................................................15

2.2.1. Clima……………...........................................................................................................17

2.2.2. População........................................................................................................................17

2.2.3. Relevo….........................................................................................................................18

2.2.4. Vegetação........................................................................................................................18

2.3. Geologia Local...................................................................................................................18

2.4. Procedimentos utilizados na elaboração do trabalho.........................................................20

2.5. Processo de extracção do granito na área de estudo..........................................................21

Plano de lavra a céu aberto.......................................................................................................22

Instalações auxiliares................................................................................................................26

Abastecimento de água.............................................................................................................27

Fornecimento de energia...........................................................................................................27

CAPÍTULO III- ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS........................................29

DADOS E ANÁLISE DA PESQUISA OBTIDAS ATRAVES DAS ENTREVISTAS..........30

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE PESQUISA.................................................31

CONCLUSÕES E SUGESTÕES.............................................................................................39

CONCLUSÃO..........................................................................................................................40

SUGESTIÕES..........................................................................................................................42

Bibliografia...............................................................................................................................43

ANEXOS..................................................................................................................................47

IX
Índice de Figuras

Figura 1- Titulo da figura……………………………………………………………...….......10

Figura 2- Mapa de Localização da área da pedreira ………………........................................16

Figura 3- Planta de demarcação da pedreira e areas de exploraçao ……………….................17

Figura 4- Extracto do mapa geológico da província da Huíla realçando a área em estudo…..19

Figura 5- Mapa geológico da zona de estudo………………………………………………...20

Figura 1- Perfil de uma exploração em media encosta e com pisos descendente……………22

Figura 7 - Terminologia utilizada numa pedreira a céu aberto……………………………….25

Figura 2 - Esquema das fases da exploração…………………………………………………25

Figura 9 -3 Esquema escombrera de vértice


livre……………………………………………..26

Figura 10 - Desmoronamento das rochas no território explorado……………………………31

Figura 11 - Área de trafego dos transportes da mineração…………………………………...31

Figura 12: Área devastada pelo homem através da exploração do terreno…………………..32

Figura 14: Deposição de material estéril……………………………………………………..34

Figura 15: Homens trabalhando sem equipamento de segurança……………………………34

Figura 16: Área reservada aos blocos extraídos pela mineração e ponto de transporte………35

X
Lista de Tabelas

Tabela 1 - Coordenadas geográficas da área de estudo

XI
Lista de Abreviaturas
Abreviatura Significado

EIA………………………………...Estudos de Impacto Ambiental


DR………………………………….Diário da republica
DS…………...…………………….. Desenvolvimento sutentavel
AIA………………………………....Avaliação de Impacto Ambiental
INE………………………………….Instituto Nacional de Estatística

XII
INTRODUÇÃO

XIII
INTRODUÇÃO

Ao longo de muitas décadas a extracção mineral (Pedreiras, lavras e mineradoras),


têm se firmado como uma actividade que, além de gerar empregos e ser fonte extra
de renda para pequenos proprietários rurais, sobretudo nas localidades onde não há
desenvolvimento ou perspectivas de melhoria social, também é uma actividade que
causa enormes impactos ambientais, muitos destes irreversíveis.

Reflectir sobre os riscos associados à actividade mineira (externos e internos, riscos


para a saúde e acidentes de trabalho) não pode ser visto de modo algum com
alarmismo, mas sim como uma atitude de consciencialização das populações, das
entidades municipais e estatais responsáveis pela gestão do risco, assim como das
próprias empresas mineiras.

De acordo com Barros (2011), “O binómio desenvolvimento e meio ambiente é um


princípio conflitante, pois, enquanto um preconiza o crescimento e o bem-estar
económico, o outro tem por objectivo a preservação e a conservação da natureza”.

A Sociedade moderna precisa se conscientizar que o desenvolvimento não deve


mais ocorrer de forma a prejudicar os recursos naturais, sem a devida recuperação
dos mesmos, ou seja, desviar a exaustão destes recursos evitando dessa forma a
permanência de vida no planeta. Os impactos ambientais decorrentes das
actividades humanas prejudicam a si mesmo, como todas as formas de vida
existentes na Terra.

A exploração mineral em si, já é uma actividade não sustentável, ou seja, o que foi
extraído nunca mais será reposto, e existem procedimentos que têm que ser
utilizados para minimizar o impacto ambiental da actividade, como cobertura
vegetal, preservação de cursos d'água e da paisagem cénica, manutenção da flora e
da fauna da região, controle sobre poluição sonora e disposição de rejeitos, etc.

Inserida neste contexto, encontra-se a área de estudo focalizada neste trabalho,


localizada na comuna da Quihita município da Chibia a aproximadamente 36.30
km da sede municipal na estrada que liga a fronteira com a Namíbia. O estudo foi
realizado junto a pedreira pertencente a empresa de exploração mineiura RUPSIL
& FILHOS, LDA.

1
((ACC), Associação Construindo Comunidades, 2019) em Janeiro 2019 de organizou
uma conferência sobre o impacto da actividade mineira e a responsabilidade social
e corporativa das empresas em várias comunidades dos municípios da Chibia e dos
Gambos, contactou quatro das empresas de exploração mineira sediadas no
município da Chibia , e tomaram conhecimentos que em duas delas, entre 30 a 34
trabalhadores, apenas um é membro da comunidade local. “Isto contraria
claramente aquilo que está estipulado no artigo décimo sexto e 93.º do código
mineiro”, disseram. Outra empresa informou a ACC que tem estado a distribuir
água para as comunidades, mas a associação garante que a água distribuída é
impropria para o consumo “porque vão à busca dessa água no rio Caculuvale”.

Apresentação do Problema
Buscar questões que serão alvo da resolução alcançada com o desenvolvimento da
investigação, o presente trabalho procura responder o seguinte problema:

Como minimizar o impacto ambiental da exploração de granito como rocha ornamental


na comuna da Quihita município da Chibia?

Hipótese

A consciencialização da comunidade, empreendedores, bem como das autoridades com


relação aos impactos ambientais ligados a exploração de granito na comuna da Quihita
poderá reduzir os impactos ambientais resultantes da extracção de granito e assegurar o
cumprimento do desafio sustentável.

Objecto de estudo

Impacto ambiental da exploração de granito como rocha ornamental na comuna da


Quihita município da Chibia.

Objectivos de Investigação
Objectivo Geral

Avaliar os factores que estão na base do impacto ambiental resultante da exploração do


granito como rocha ornamental na comuna da Quihita junto a empresa RUPSIL &
FILHOS, LDA no município da Chibia.

2
Objectivos Específicos

 Analisar o impacto ambiental da exploração do granito como rocha ornamental na


comunidade da Quihita município da Chibia;

 Identificar Factores que contribuem para degradação do ambiente e saúde da


comunidade local
 Interagir com os trabalhadores da pedreira RUPSIL E FILHOS LDA bem como as
autoridades fiscalizadoras de modo a auferir o nível de preocupação sobre o
impacto da actividade de exploração de gabro na Quihita.
 Fornecer conteúdos e procedimentos para criação de um plano sustentável com
vista a contribuir na diminuição do impacto ambiental da exploração de gabro na
comunidade da Quihita, município da Chibia.

Métodos da Investigação

De modos a guiar a nossa investigação e alcançar os objectivos preconizados,


servirmo-nos da seguinte metodologia:

Quanto a sua natureza a metodologia de pesquisa é aplicada, porque objectiva gerar


conhecimentos para aplicação prática e dirigidos a solução de problemas
específicos. E a pesquisa é descritiva, prática e teórica porque foi usada para esta
pesquisa a colecta de dados e tem como enfoque qualitativo porque recorre
fundamentalmente na interpretação do fenómeno em estudo, fez-se consultas em
livros, páginas de web, sites e artigos científicos, para extrair as conclusões de
estudos.

 Métodos Teóricos
Método de análise síntese: permitiu analisar e sintetizar as teorias existentes sobre
a temática escolhida, do modo que o trabalho de fim de curso tenha maior
credibilidade científica.

Hipotético-dedutivo: serviu para formulação de uma hipótese que permitiu a


dedução das conclusões e a elaboração de componentes principais dos fenômenos
investigados.

3
 Métodos Empíricos

Método observacional: usou-se deste, para avaliar a situação actual da área de


estudo, conhecer da realidade do cumprimento dos processos de extracção de
granito e os factores que estão na base do impacto ambiental resultante da
exploração do granito como rocha ornamental na comuna da Quihita.

Inquérito: serviu para recolha de informações relativas aos trabalhadores da empresa


RUPSIL & FILHOS, LDA, o que contribuiu para uma maior compreensão sobre a área de
estudo.
Entrevista: este método ajudou-nos, na recolha de informações adicionais para enriquecer
o trabalho e poder ter dados reais tanto da pedreira como da área em estudo. Esta foi
realisada ao responsável da empresa RUPSIL & FILHOS, LDA para verificar as
características, os processos de exploração e os impactos negativos.

Justificativa

A escolha do tema foi motivada pelo reconhecimento particular da área a partir do


qual foram observadas a intervenção humana com fins de exploração mineira o que
por consequência leva a degradação ambiental quando aliada a ausência de
preocupação quanto ao reaproveitamento dentro das normas ambientais acauteladas
pelo código mineiro.

Como académico quero por intermédio de investigações e estudos contínuos


incentivar conscientização da comuindade dos empreendedores de que é
perfeitamente possível o desenvolvimento da mineração dentro de um conceito de
sustentabilidade onde o mínimo de agressão ao ecossistema e o melhor
aproveitamento dos recursos minerais são a base para prevenir futuras penalizações
dos órgãos competentes, melhorar seu desempenho ambiental gerar empregos e
fonte extra de renda sobretudo nas localidades onde não há desenvolvimento ou
perspectivas de melhoria social e, garantir um meio ambiente ecologicamente
equilibrado para todos.

Instrumento de recolha de dados


 Livros;
 Teses e dissertações;
 Bibliografia geológica local (mapas, notícias explicativas, relatórios);

4
 Mapas topográficos, lápis, caneta, caderno e máquina fotográfica;
 Enciclopédia gerais e especializados;
 Sites especializados.

Estrutura da Monografia

Este trabalho está estruturado em 3 capítulos, estando a frase prévia destinada à


introdução, onde se inclui o problema, objectivos (geral e específicos),
metodologias, justificativa e apresentação da estrutura do tema proposto.

No primeiro capítulo FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA aborda-se a revisão de


literatura com conceitos básicos dos temas: Aspectos históricos da mineração,
importância e caracterização da actividade de mineração, a mineração e o meio
ambiente, histórico de exploração de Gabro “granito negro” na província da Huila
município da Chibia, legislação ambiental para mineração em Angola e conceitos
fundamentais a ser valorizados na investigação.

No segundo capítulo, MATERIAIS E MÉTODOS, foi feita a caracterização da


área de estudo onde também são apresentados os procedimentos que foram
seguidos para a elaboração deste trabalho.

No terceiro capítulo ANÁLISE E DISCUSSÃO são apresentados a análise e


interpretação dos dados, através dos resultados obtidos na pesquisa

No final apresentamos, CONCLUSÕES do trabalho, bem como as SUGESTÕES,


BIBLIOGRAFIAS e ANEXOS.

5
6
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

6
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. Aspectos históricos da mineração

Os primeiros mineiros datam provavelmente de 300 000 anos a.C e ocupavam;se


sobre tudo da obtenç]ao de silex e cherte para a fabricação de utensílios e armas de
pedras. As suas pedreiras ecortas levaram a criação primeiro de gelerias e mais
tarde de poço e finalmente as primeiras explorações subterrâneas durante o
neolítico, que para Tommasi (1994) “ marcas da actividade mineral neolítica são
ainda visiveis até hoje na região de Norfolk, Inglaterra e norte da França atingiam
os 90 metros de profundidade. A partir daí a humanidade passou a dirigir a sua
atenção também para os minéiros metálicos, inicialmente os metais eram apenas
apreciados como pedras ornamentais.

Por volta de 40 000 a.C. era extraída hematite, no atual Essuatíni, para utilização
em pinturas rituais. Entre 7000 a.C. e 4000 a.C. desenvolveu-se a metalurgia do
cobre até à produção de ligas com características variáveis de fusão, dureza e
flexibilidade. A tecnologia pirometalúrgica apareceu pela primeira vez no Médio
oriente por volta de 6000 a.C, (WIKIPÉDIA A Enciclopédia Livre, 2011).

1.2. Aspectos fundamentais a serem valorizados na investigação

Os recursos minerais são bens esgotáveis e não renováveis. Por esse fato, tendem a
escassez à medida que se desenvolve a sua exploração. Antes de discutirmos mais
detalhadamente a questão ambiental é necessário, segundo Ricardo (2010), algumas
definições técnicas muito utilizadas na área de mineração:

Mina: é a jazida mineral em fase da lavra, abrangendo a própria jazida e as


instalações de extracção, beneficiamento e apoio.

Mineral: é toda substância natural formada por processos inorgânicos e que possui
composição química definida.

Minério: mineral ou associação de minerais que pode, sob condições económicas


favoráveis ser utilizado como matéria prima para a extracção de um ou mais metais.

Escombros: terra ou rochas inútil, procedentes de jazidas em exploração ou


desmonte. (DICIONÁRIO DE MINERALOGIA E GEOLOGIA ILUSTRADO Pag
73).

7
Gabro: rocha que pertence a uma família de rochas ígneas, halocristalinas,
faneríticas, básicas e com granulação grossa. É essencialmente composta por
plagioclásio, cálcio, augita e olivina, podendo ter minerais acessórios, como a
apatita, a magnetita e alimenita. (DICIONÁRIO DE MINERALOGIA E
GEOLOGIA ILUSTRADO Pag 90).

Desenvolvimento Sustentavel(DS): Desenvolvimento Sustentável é o


desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração actual, sem
comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações”.

Plagióclase: é uma importante série de tectossilicatos da família dos


feldspatos(DICIONÁRIO DE MINERALOGIA E GEOLOGIA ILUSTRADO Pag
149)

Olivinas: silicato natural de magnésio de ferro (MgFe)2SiO4- que compreende a


série isomorfas de faialitas. É um dos minerais essências dos basaltos, peridotios, e
dos gabros(DICIONÁRIO DE MINERALOGIA E GEOLOGIA ILUSTRADO Pag
136).

1.3. Importância e caracterização da actividade de mineração

A Mineração é um termo que abrange os processos, actividades e industrias cujo


objectivo é a extração de substâncias minerais e apartir de depósitos ou massa
minerais. Podem incluir-se aqui a exploração de petróleo e gás natural e até de
água. Como actividade industrial, a mineração é indispensável para a manutenção
do nivel de vida e avanço das sociedades modernas, desde os metais ás cerâmicas e
ao betão, dos combustiveis aos plásticos, equipamentos eletricos e eletrónicos,
cablagens, computadores, cosméticos, passando pelas estradas e outras viasde
comunicação e muitos outros produtos e materiais que se utiliza na industria ou que
se desfruta todos os dias, tudo têm origem na actividade da mineração. Pode-se
dizer sem dúvidas que sem a mineração a civilização moderna, da qual se conhece
hoje, pura e simplesmente não existiria.

A imagem um tanto negativa desta actividade diante da sociedade em geral, sobre


tudo nas ultimas décadas, deve-se aos profundos impactos que ela pode ter no
ambiente (sobretudo os negativos) e que têm sido a causa de numerosos acidentes
ao longo dos tempos. Por último, não se pode esquecer que a capacidade do setor
mineral em forncer á sociedade os materiais que esta necessita não é infinita, pois

8
muitos dos recursos minerais explorados são, pelo contrário, bastante finito,
(WIKIPÉDIA A Enciclopédia Livre, 2011).

Esses factores fazem com que haja muitas perdas não apenas pelo tempo que uma
pedreira pode ficar paralisada por conta de problemas com a fiscalização ambiental
(além das multas e da burocracia), mas, principalmente, pelo desperdiço de tempo e
dinheiro com operações de corte perdidas e baixa qualidade dos blocos obtidos
nessas condições.

Desse modo um setor que tradicionalmente visa atender ao mercado externo, perde,
e muito, da sua competitividade. João Baptista Filho & Aline Theophilo Silva
(1998).

1.4. A mineração e o meio ambiente

A mineraçao constitui um setor fundamental para a economia de Angola e da


Provincia da Huila, por sua vastaa aplicação, seria inviavel pensar numa sociedade
actuaal e futura sem a aactividade minero-industrial. Como um dos sectores básicos
da economia a mineração pode contribuir decisivamente para o bem-estar e
melhoria da qualidade de vida das presentes e futuras gerações desde que haja uma
actuação pautada nos preceitos de desenvolvimento sustentavel (DS).

A exploração dos recursos minerais com sustentabilidade é um grande desafio para


as empresas, para o governo e para a sociedaade. É preciso que se busque
continuamente a melhoria na conciliação das actividades de mineração com as
questões socioambientais, tanto para a sustentabilidade dos recursos ambientais,
garantia do bem-estar econômico e social das comunidades atuais e futuras, bem
como para propria sustentabilidade do sector da mineração.

A participação activa do empreendimento de mineração na construção de


desenvolvimento sutentavel de um território é exigencia cada vez maior da
sociedade. Essa participação deve resultar em conservaação e recuparação
ambiental, e no fortalecimento e desenvolvimento socioeconômico, com legados
positivos para as diversas esferas: econômica, social e ambiental, gerando valor
para as partes interessadas actuais e para as futuras gerações. É fundamental que
continuamente sejam traçadas e implementadas estratégias que permital aliar o
desenvolvimento econômico e social advindos da mineração, a menor geração de

9
impactos aos recursos socioambientais resultando no efetivo desenvolvimento
sustentavel.

1.5. Histórico de exploração de Gabro “granito negro” Província da Huila,


município da Chibia
Obs: este subtitulo inteiro não tem citacões, e o primeiro capítulo é constituido
por ideias dos outros autores. Preste muita atenção nesse ponto.

Angola é um País particularmente rico em recursos minerais. Todavia, parte


importante do potencial de extracção está por confirmar, científica e
empiricamente. Com efeito, sendo certa a presença de múltiplos minerais valiosos
no território Angolano, está por comprovar a viabilidade da exploração das
ocorrências registadas ao longo do tempo. Por outro lado, o deficit de
conhecimento geológico do País, agravado pela quase total ausência de
investigação prospectiva desde a independência, fomentam ampla especulação
sobre a viabilidade económico-financeira da exploração de muitos dos recursos
minerais presentes em Angola.

Neste sentido, o conhecimento da realidade geológica de Angola é fortemente


datado do período colonial.

O sector de rochas ornamentais inscreve-se nas medidas da reindustrialização do


país, por ser uma actividade maioritariamente exportadora estimulando o
desenvolvimento económico e industrial. Em 2017, existiam em Angola doze
fábricas de corte, polimento e beneficiação de rochas ornamentais, verificando a
presença de cinco na província da Huíla, três na província do Namibe, duas em
Luanda, uma em Benguela e outra no Zaire (Macauhub, 2017). Para o quinquénio
2012/2016, o sector de rochas ornamentais que compreende o granito, mármore,
quartzito, anortosito e calcário apresentou uma produção de 215 500 m3
(Macauhub, 2017). Os recursos em rochas ornamentais em Angola são
consideráveis nas Províncias da Huíla e Namibe (Figura 4), pelo que, a evolução
deste sector não se apresenta separada do desenvolvimento económico das mesmas
províncias.

Figura nº 1 - Localização das províncias do Namibe e Huíla, nas quais se


localizam importantes recursos em rochas ornamentais em Angola.

10
Figura 1: Titulo da figura
Fonte: autor (ano)

A Província da Huila regista 15 empresas de média de dimensão e 2 grandes empresas de


extracção e transformação de granitos negros. Recentemente, foi registada a primeira
extracção de granito azul, numa mina próxima da Chibia.
As rochas ornamentais constituem uma importante riqueza na província da Huíla dado que
apresentam reservas de vários milhares de milhões de metros cúbicos dos denominados
“granitos negros”, de exploração relativamente acessível e cuja aceitação no mercado
mundial de rochas ornamentais tem sido considerável, de tal modo que a procura é
claramente superior às possibilidades de extração, e tendo como concorrentes a nível
mundial, a África do Sul, Zimbabué e Moçambique.
A exploração de rochas ornamentais assume-se como uma atividade económica de
interesse considerável, desde que sejam ultrapassadas algumas dificuldades,
designadamente as acessibilidades (recorde-se que o setor depende de modo de transporte
das rochas ornamentais).
As grandes jazidas do designado “granito negro” situam-se na parte Sul da Província da
Huíla, em particular no município da Chibia.

1.6. Legislação ambiental para mineração em Angola

Em Angola, a mineração e prevenção do ambiente é regida por diploma próprio, a


Lei nº 31/11 de 23 de Setembro - Código Mineiro (DR, 2011). O licenciamento das
áreas de exploração deve ser feito de acordo com a constituição por meio da
execução de requerimentos dirigidos ao órgão de tutela, o Ministério dos Recursos

11
Minerais e dos Petróleos. De acordo com a lei nº31/11 de 23 de Setembro - Código
Mineiro (DR, 2011) este direito é conferido após a aprovação do contracto de
investimento e emissão dos seguintes títulos:

 Título de Prospecção: reconhecimento, prospecção, pesquisa e avaliação de


recursos minerais.
 Título de Exploração: exploração de recursos minerais.
 Alvará Mineiro: a prospecção ou exploração de recursos minerais aplicáveis à
construção civil como areia, argila, brita, burgau, solos.
 Senha Mineira: exploração artesanal de diamantes.

Com relação à questão ambiental, na constituição está posta a importância da


sustentabilidade ambiental para a forma de atuação do sector industrial no país.

Esta lei constitui a base para formulação de normas e padrões e formação de


instituições correlatas para a futura melhoria do meio ambiente doméstico. Ela
define os conceitos de protecção e preservação, melhor qualidade de vida, uso
racional dos recursos naturais nacionais e os direitos de benefício. A lei consiste de:
1. Organização do regulamento ambiental; 2. Gestão ambiental de protecção; 3.
Direitos e deveres da população; 4. Responsabilidade, violação e permissão; 5.
Inspecção Ambiental; 6. Tratamento Final. Além disso, “Participação do Cidadão”
(Artigo 8); “ONGs” (Artigo 9); “Auscultação Pública” (Artigo 10); “Implantação
de Infra-Estruturas” (Artigo 15); e “Avaliação de Impacto Ambiental” (Artigo 16)
constitui os artigos desta Lei.

A lei ambiental acarreta em si as seguintes diretrizes básicas:

 Atingir na sua plenitude um desenvolvimento sustentável em todos os aspectos das


condições de vida no país.
 Manter o equilíbrio entre a satisfação das necessidades básicas do cidadão e a
capacidade natural de resposta.
 Garantia do mínimo possível impacto das acções necessárias para o
desenvolvimento dos pais, pela implementação, ordem territorial correcta e
aplicação de técnicas e tecnologias adequadas.
 Prestar mais atenção a qualidade ambiental urbana através de aplicação eficiente de
administração local e municipal.

12
 Constituir, consolidar e fortalecer uma rede, ambiental protegida, de modo a
assegurar a manutenção da biodiversidade, usando aquelas áreas para educação
ambiental.
 Promover a aplicação de pesquisa e estudo cientifico em todos os domínios da
ecologia, usando a capacidade nacional, principalmente das universidades e
institutos de pesquisa.
 Promover a aplicação de normas de qualidade ambiental em todos os serviços e
sectores produtivos, com base em normas internacionais adaptadas a realidade do
país.
 Assegurar a participação dos cidadãos, que impliquem o desequilíbrio social e
ambiental.
 Promover de acordo com outros sectores da vida nacional, a defesa do consumidor.
 Estabelecer regras aplicáveis e de clareza em defesa do nosso património natural,
cultural, e social.
 Proceder com reconstrução de áreas degradadas no território nacional.
 Articular acções de defesa ambiental e incrementar ou aumentar a qualidade de
vida das populações regionais.

13
CAPÍTULO II- MATERIAL E MÉTODOS

14
CAPÍTULO II: MATERIAL E MÉTODOS

2.1. Caracterização da área de estudo

O Município da Chibia, com uma superfície de 5.281, 2 km², está localizado no


sudeste da Província da Huíla, a 42 Km da cidade do Lubango, a capital
Provincial. Possui uma população total de 206.506 habitantes, sendo a sua
densidade populacional de 26,6 habitantes por km². A sua população é
maioritariamente composta pelo grupo etnolinguístico Nhaneka – Humbe,
integrando também outros pequenos grupos de Umbundo, Nganguela,
Tchokwes, Vátuas, Kuissis, Koisans e a raça mista, de origem portuguesa.

A população do município dedica-se maioritariamente à actividade agro-


pecuária, à pequena indústria de carácter artesanal e ao comércio informal. A
actividade agro-pecuária constitui a base produtiva do Município, sendo que,
nos últimos anos, a indústria mineira de exploração do Gabro começou a
destacar-se na actividade económica do Município. A pesca fluvial é praticada
de forma artesanal e o artesanato cultural e o comércio informal são outras
actividades com importância socioeconómica para a vida do Município.

Situa-se entre os paralelos 15 e 12, altitude sul 14º 11” 33”858, longitude 13º
41” 02”264 e numa altitude média de 1.484m, o município é subdividido em
quatro comunas e um sector, a saber: Comuna de Kapunda-Kavilongo, Comuna
da Quihita, Comuna do Jau e a Comuna Sede.

O município é limitado a Norte pelo município do Lubango, a Sul com o


município dos Gambos, a Este com o Município de Quipungo e a Oeste com os
municípios da Humpata e Virei, (província do Namibe).

2.2. Localização e acesso

A pedreira situa-se na província da Huila, na Comuna da Quihita, município da


Chibia o acesso é efectuado pela estrada que liga os municípios do Lubango,
Chibia e Quihita, a distância entre a pedreira e a cidade do Lubango é
aproximadamente 72 km sendo cerca de 64 km de estrada asfaltada e 8 km de
picadas. O acesso a pedreira pode ser feito a partir da estrada principal de Chibia
para Quihita.

15
Figura 2 -.Mapa de Localização da área da pedreira
Fonte: autor (ano)

A pedreira está delimitada pelas seguintes coordenadas geográficas:

Tabela 2 - Coordenadas geográficas da área de estudo

P LATITUDE LONGITUDE
O
N
T
O

15° 26ʹ 38ʹʹ 13° 49ʹ 29ʹʹ


A

15° 26ʹ 38ʹʹ 13° 49ʹ 46ʹʹ


B

16
15° 26ʹ 49ʹʹ 13° 49ʹ 45ʹʹ
C

15° 26ʹ 49ʹʹ 13° 49ʹ 30ʹʹ


D

Dentro dos limites da concessão, diferenciam-se quatro zonas de exploração,


estas quatro zonas foram escolhidas em função da qualidade do gabro
anortosítico e das possibilidades do beneficio económico que presentam.

Actualmente encontra-se em actividade a denominada Fase 1, e está projectada a


médio prazo para começar a produzir e confirmar a viabilidade económica das
Fases 2, 3 e 4.

Figura 3 - Planta de demarcação da pedreira e areas de exploraçao.


Fonte: autor (ano)

2.2.1. Clima

O município da Chibia é caracterizado por clima Oceânico ou Tropical, apesar


do seu carácter tropical, as temperaturas não são muito elevadas. Segundo os
dados do Serviço Meteorológico de Angola, a média anual é de 18,6 °C e a
precipitação total anual está acima dos 900mm. A estação chuvosa decorre de
Outubro a Abril, com temperaturas máximas médias que variam entre os 25°C e
a média das mínimas de 12,5°C. Já a estação seca vai de Maio a Setembro, com
as médias das máximas um pouco abaixo dos 25ºC, que aumentam
paulatinamente até atingir os cerca de 28°C em Setembro e Outubro, mas as

17
médias das temperaturas mínimas são muito baixas, em Junho e Julho podendo
atingir uma temperatura inferior a 10 °C. (Tyilianga J. F., 2017)

2.2.2. População

A sua população é maioritariamente composta pelo grupo etnolinguístico


Nhaneka – Humbe, integrando também outros pequenos grupos de Umbundo,
Nganguela, Tchokwes, Vátuas, Kuissis, Koisans e a raça mista, de origem
portuguesa.

A população do município dedica-se maioritariamente à actividade agro-


pecuária, à pequena indústria de carácter artesanal e ao comércio informal. A
actividade agro-pecuária constitui a base produtiva do Município, sendo que, nos
últimos anos, a indústria mineira de exploração do Granito Negro começou a
destacar-se na actividade económica do Município. A pesca fluvial é praticada
de forma artesanal e o artesanato cultural e o comércio informal são outras
actividades com importância socioeconómica para a vida do Município.

2.2.3. Relevo

O relevo na região em estudo apresenta dois aspectos morfológicos destintos,


sendo a primeira a fazer parte do planalto da Huíla. O planalto principal, mais
elevado a ocidente no sopé da chela ou no rebordo da escapa a sul desta
elevação, diminui de altitude no sentido sul e sudeste.

Na área em estudo forma uma superfície pouco regular recortado por vales
amplos de entalhe remontante e perturbada por relevos residuais de granito,
dioritos, pórfiros ainda imponentes diques de noritos a norte e por aglomerados
de blocos de gabros a sul. É uma área de baixa altitude cercada por outras de
altitude relativamente elevada. Em termos altimétricos podemos obter dados que
estiveram na ordem dos 1470 metros, sendo os pontos mais baixos avaliados na
ordem dos 1260 metros. Sendo a geomorfologia formada principalmente por
rochas do complexo Gabro Anortositico e rochas graníticas, tendo como maior
altitude que ronda aos (1800 m). IGEO-geologia da região do Lubango, sw de
Angola (Evolução no contexto do cratão do Congo).

2.2.4. Vegetação

18
A vegetação desta região adquire, de acordo com Diniz, C.A. (1973),
características de mato cerrado, passando a ter representação continuada e
assumindo especto fisionómico “Balcedo” leccionado com tipos climáticos
secos e sob influência de solos delgados por ocorrência de materiais laterálicos
ou de estrato rochoso a pouca profundidade, ou ainda à característica textura
ligeira, que torna o meio ainda mais ressequido.

Nesta localidade, há uma altitude de 1899 m, e nas coordenadas geográficas de


15°.18'.17" de latitude Sul e 13°.50'.59" de longitude Este, entre as comunas de
Chaungo e Quihita, ocorre uma vegetação essencialmente arbórea dominada por
Acácia álbida.

De acordo a Gossweiler, J. (1953), esta árvore habita na zona fitossociologia de


Adansónia digitata, conforme foi verificado no local. Também pode ser
encontrada, segundo o mesmo autor, na Serra da Chela e acantonada em ravinas
no litoral de Benguela.

2.3. Geologia Local

Todo o território da Huíla está localizado no maciço continental (Escudo de


Angola), onde se podem ainda distinguir o soco fundamental (e as rochas
eruptivas antigas) e as formações sedimentares continentais. Os terrenos antigos
ocupam cerca de dois terços da área da Província (o Norte e o Ocidente), sendo
principalmente constituídos por terrenos agnostozóicos «Complexo de base»,
«Sistema do Oendolongo», «Granitos, granodioritos e quartzodioritos, Noritos,
gabros e peridotitos» e «Sistema do Bembe») e por terrenos paleozóicos (Rochas
eruptivas pós Sistema do Bembe, antepérmicas), apoiando-se, em geral, a leste
daqueles. Encravados em terrenos antigos, aparecem alguns afloramentos de
rochas eruptivas mesocenozóicas (principalmente doleritos e basaltos). As
formações sedimentares continentais são constituídas por arenitos ferruginosos,
silicificados e calcários, recobertos por mantos de areias de origem eólica
(Recente, Pleistocénico e Kalahari superior).

19
Figura 4- Extracto do mapa geológico da província da Huíla realçando a área em estudo
Fonte: autor (ano)

Segundo a carta geológica da República de Angola, associada aos dados de


campo, verificou-se que na zona aonde está inserida a pedreira da Rupsil &
Filhos afloram rochas ígneas com características de anortositos. As mesmas
fazem parte do grande complexo gabro-anortosito do Cunene que é composto
por intrusões básicas de idades do Proterozóico inferior. A este complexo
pertencem as rochas básicas e ultrabásicas, assim como intrusões satélites que
ocorrem no norte e oeste do complexo tal como se pode observar no mapa
geológico do município da Chibia.

Figura 5- Mapa geológico da zona de estudo


Fonte: autor (ano)

20
2.4. Procedimentos utilizados na elaboração do trabalho
 Métodos para recolha de dados

a) Observação: Reconhecimento no terreno com pequenos percursos feitos a pé, com


objectivo de interagir com os moradores das zonas, registar a localização, identificar
as áreas afectadas negativamente pela exploração obtenção de dados Geológicos e
geomorfologicos. Através de registro por meio de imagens fotográficas onde se
podem observar os problemas ambientais encontrados na área de estudo.

b) Inquérito por Entrevista: Optamos por esta via, tendendo a diversidade da amostra,
no que respeita ao nível de literacia. Foram aplicados 15 questionários
direccionados aos trabalhadores da empresa RUPSIL E FILHOS, um total de 15
trabalhadores em áreas diferentes de trabalho.

Neste inquérito foram analisados, aspectos sobre, o tempo de trabalho na mina, saúde e
segurança no trabalho, bem como, o grau de satisfação dos funcionários em trabalhar na
mina de gabro pertencente a empresa RUPSIL E FILHOS.

Efectuamos também uma entrevista estruturada com a direcção da empresa, e a


Direcção Provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado no departamento de
Geologia e Minas que obedeceu ao funcionamento do anexo 02.

c) Análise documental: Para além de investigações anteriores, realizadas em área


paralelas a nossa, consultamos também documentos oficiais da empresa, IGO-região
Lubango e do Departamento de Geologia e Minas da Direcção Provincial para o
Desenvolvimento Económico e integrado

 Métodos para o tratamento de dados


a) Análise Estatística: Alguns dados provenientes dos inquéritos mereceram uma
estruturação com recurso a escalas de medida, para tal recorremos a
procedimentos da estatística descritiva.
b) Análise de Conteúdo: De modos a examinar e efectuar inferências sobre o
significado de todas as informações recolhidas, fizemo-nos valer de uma análise
minuciosa dos dados, cruzando as diferentes fontes registadas.
c) Sistémico estrutural: Foram utilizados na estruturação do trabalho, durante a
escrita da redacção.
2.5. Processo de extracção do granito na área de estudo

Frente de exploração activa e actual

21
Trata-se de um batólito constituído por anortositos ou o seu termo económico
“Granito Negro” que é uma rocha ígnea constituída essencialmente por
plagioclásio mais de 90% (anortita, labradorita ou bytownita), com pequenas
quantidades de piroxénios e olivinas. Possui uma estrutura compacta, textura
fanerítica onde o tamanho dos cristais são médios a grosso, apresenta acidez
básica.

Os anortositos são rochas compactas isto é, apresentam baixa porosidade e


permeabilidade e alta resistência a compressão, a dureza e tenacidade ou por
outras palavras a sua maior ou menor dificuldade de corte ou polimento.
Apresentam resistência mecânica ao uso de tracção e a ruptura essas, são
algumas propriedades essenciais para o seu aproveitamento como rocha
ornamental.

Propriedade como a estabilidade química, a homogeneidade e a compacidade


combinam para conferir a esta rocha uma boa resistência aos agentes físicos,
atmosféricos e também agentes químicos.

A génese desta rocha está associada ao processo magmático denominado


diferenciação magmática do tipo cristalização fraccionada ou ainda
diferenciação gravítica onde minerais em uma massa magmática depositam-se
no fundo desta em função das suas densidades ou pesos. A frente de exploração
activa e actual apresenta as seguintes coordenadas geográficas: 15° 26ʹ 38ʹʹ de
latitude e 13° 49ʹ 46ʹʹ de longitude e uma cota ou elevação de 1.450 metros em
relação ao nível do mar.

Plano de lavra a céu aberto

O posicionamento do início da lavra foi baseado na área onde se verificou maior


incidência de melhores afloramentos.

A lavra consiste na exploração de Gabro, sendo o método de exploração a céu


aberto, constituída por escavações tridimensionais por piso.

Descrição do esquema e método de mineração

Dadas as características do terreno onde se situa a pedreira da Rupsil & Filhos, a


exploração classifica-se como uma pedreira sem encosta sobre um terreno plano.

22
Em geral, as pedreiras situadas em terrenos com um relevo plano são,
explorações que, em termos gerais, são trabalhadas em media em função da sua
qualidade.

Neste casos a extracção inicia-se pelos níveis superiores, o que implica que a
frente activa entre no interior do maciço aumentando progressivamente a
profundidade e o número de pisos, mantendo até ao final da exploração um
caracter temporal.

Uma situação a ter em conta, não menos importante, é o investimento na


pedreira e o quanto custa alcançar os pisos baixos, porque com um menor
investimento inicial em acessos, é a opção em que a encosta se desenvolve desde
as cotas mais altas, mediante profundidade vertical e avanço horizontal dos pisos
e da área inferior de acordo com a intersecção com a inclinação natural do
terreno (Fig. 6), sendo este o método utilizado pela Rupsil para explorar a
pedreira.

Figura 4. Perfil de uma exploração em media encosta e com pisos descendente


Fonte: autor (ano)

Devido ás dimensões da pedreira em estudo, requer a exploração em três níveis,


por escalão, cujas as características são descritas nos seguintes anexos.

Entende se por método mineiro a sequência temporal e de espaço com que se


leva a cabo a divisão e extracção dos volumes de rocha interessantes e estéreis
associados, segundo a ordem hierárquica funcional que depende
fundamentalmente as características da jazida e do terreno original.

23
Conforme o avanço da tecnologia, os responsáveis de produção foram
adaptando- se aos diferentes métodos mineiros aproveitando as características
especificas das rochas com o objectivo de proceder a uma extracção mais célere.

O grau de fracturação e a sua distribuição numa pequena escala (na rocha) e a


grande escala (na sua formação) das suas características particulares, são
factores que condicionam tanto a escolha do método de exploração como a
tecnologia a utilizar no arranque dos trabalhos. Por este motivo, os métodos
variam da jazida e em particular, do tamanho dos blocos extraídos, estas fases
variam de acordo com cada tipo de pedreira. Nesta pedreira em particular o
sentido de avanço da extracção é no sentido de cima para baixo. No entanto
existem explorações nas quais esses avanços podem ser distinto devido á
morfologia da jazida e do relevo do terreno. Assim, em alguns casos, o avanço é
sempre lateral, aumentando o número de pisos conforme a topografia do terreno
e sua inclinação.

No momento de projectar uma pedreira a céu aberto, devem ter em conta quatros
grupos de parâmetros:

Geométricos: Em função da estrutura e morfologia da jazida, tendo em conta o


terreno, limites de propriedade, etc.

Geotécnicos: Dependem dos ângulos máximos estáveis dos taludes em cada um


dos domínios estruturais em que se divida a jazida.

Operativos: Dimensões necessárias para que as máquinas afectas ao trabalho,


possam movimentar se nas condições de eficiência e segurança: Alturas de piso,
largura de berma e pistas, e largura de fundo, etc.

Meio Ambientais: Aquelas que não permitem a visualização imediata dos


espaços ou escombreiras, e que facilitam a restauração dos terrenos ou a redução
de certos impactos ambientais.

Os principais parâmetros geométricos que configuram o plano de exploração a


céu aberto são:

Piso: é um modelo de escala compreendido entre dois níveis que constituem a


fatia que se explora, do estéril ou rocha útil, e que é objecto de escavação desde
um ponto do espaço até a uma posição final preestabelecida.

24
Altura do Piso: é a distância vertical entre dois níveis, o que é desde o pé do piso
até há parte mais alta do mesmo.

Talude do Piso: é o ângulo delimitado entre a linha horizontal e a linha de


máxima pendente da cara do Piso.

Talude de trabalho: é o ângulo determinado pelos pés dos pisos entre os quais se
encontra algum das tarefas ou plataformas de trabalho. É sim, uma tarefa
previsional da escavação.

Pistas: são as estruturas viárias dentro de uma exploração através das quais se
carregam os blocos comerciais e o estéril, ou se efectuam os movimentos das
equipas e serviços entre os diferentes pontos da mesma.

Limites finais da pedreira: são aquelas situações de espaço até às que chegam às
escavações. O limite horizontal determina o fundo final da exploração, e os
limites laterais dos taludes finais da mesma.

Os limites em profundidade de uma pedreira estão condicionados,


fundamentalmente, pela geologia da jazida e por aspectos económicos derivados
dos custos de extracção do estéril para um determinado valor da rocha útil
explorada. A definição de tais limites vê se também influenciada por motivos de
estabilidade dos taludes, pelo agravamento das características geomecânicas do
maciço ao aumentar a profundidade e as tensões produzidas na rocha ao criar
uma abertura, inclusivamente pelas dimensões mínima do espaço de trabalho
que é necessário para as máquinas.

Bermas: são as plataformas horizontais existentes nos limites da exploração


sobre os taludes finais, que ajudam a melhorar a estabilidade de um talude e as
suas condições de segurança. O intervalo das bermas e sua largura, assim como
o ângulo do talude, estabelecem- se por condicionantes geotécnicos e de
segurança, em algumas ocasiões, por considerações operativas utilizam- se como
pista de transporte.

Talude final da exploração: é o ângulo do talude estável delimitado pela


horizontal e a linha que une o pé do banco inferior e a cabeça do superior.

25
Figura 7 - Terminologia utilizada numa pedreira a céu aberto
Fonte: autor (ano)

A vida” de uma exploração é composta por diversas fases, desde que se iniciam
as operações de prospecção e pesquisa até ao abandono da exploração e
recuperação paisagística, desenvolvendo-se de acordo com o seguinte esquema:

Figura 5 - Esquema das fases da exploração


Fonte: autor (ano)

Os volumes de estéreis normalmente são muito grandes, chegando a representar


em alguns casos 80% do material movido. Estes materiais estéreis comportam se
de forma diferente comparado a um maciço rochoso em que se parte já de uma
estabilidade natural e se pretende mante la, pois nas escombreiras onde se
depositam, não tem coesão, e trata se de criar estruturas estáveis e seguras.
Relativamente á existência de solos, devem ser sempre conservados para sua
posterior utilização com a restauração de terrenos.

No caso da pedreira em estudo, a escombreira situa-se a poucos metros da área


de exploração, para minimizar os gastos de transporte. Situa-se numa zona da
concessão na qual não se prevê actividade extractiva a longo prazo, como se
pode observar na seguinte imagem:

26
 De todos os tipos de plano para as escombreiras, na pedreira utiliza-se o sistema
denominado vértice livre, este sistema de deposição de estéreis consiste em
verter por gravidade e directamente a carga de material não aproveitável, visto
que devido á natureza dos escombros existe um risco mínimo de rolamento dos
materiais vertidos;
 O talude coincide com o ângulo de armazenagem do material, e produzem se
algumas segregações de maior tamanhos.

Devemos destacar que este é o sistema mais utilizado.

Figura 9 -6 Esquema escombrera de vértice livre


Fonte: autor (ano)

Instalações auxiliares

Existem na área envolvente a de exploração instalações que servem de apoio as


actividades que são desenvolvidas na pedreira, e outras que vêm a ser
projectadas, nomeadamente:

 Base de vida: localizada na área de concessão da pedreira, erguida com intuito


de apoiar as actividades e os indivíduos que colaboram para a mesma. Esta é
caracterizada por contentores metálicas e estruturas metalizadas utilizadas para
acabamentos, cimento utilizado para o pavimento, e troncos e capim utilizados
para vedação e para o telhado exterior.
A área dos colaboradores conta com um (1) quarto, um compartimento para
instalação de seis (6) acomodações e três (3) WC
Para além destas acomodações, existe uma cozinha que serve de apoio as
actividades da pedreira quando esta está em funcionamento.
 Oficina mecânica: suportada por blocos de granito explorados da pedreira e
estruturas metalizadas para acabamentos, é o local onde são efectuadas as
manutenções dos equipamentos por técnicos da empresa.

27
 Área de armazenamento de material e maquinaria: estruturada por quatro
contentores metálicos, serve de apoio a área de oficina mecânica no
armazenamento de maquinaria e material utilizado para a manutenção dos
equipamentos, e também para armazenamento de demais materiais tidos como
relevantes.
 Escritório: Caracterizado por contentores metalizados, serve de apoio para os
serviços administrativos afectos ao funcionamento da pedreira.

Abastecimento de água

A água para consumo humano (beber e cozinhar) é proveniente de uma empresa


de industrialização de água – Água de Tundavala. A estimativa de compra é de
180 a 200 litros de água por semana (garrafas de 1,5 litros). A água para higiene
é captada de furo com estimativa de 150 a 200 metros de profundidade. Esta
água é captada do furo, encaminhada para um tanque onde é tratada com cloro e
posteriormente encaminhada para distribuição. O tanque de armazenamento é
superficial e tem uma capacidade de 3.000 litros.

A água utilizada para os serviços da pedreira é proveniente de uma cacimba


localizada a uma distância da área de concessão para exploração de 1 Km,
aproximadamente. Esta água é transportada por camião próprio em tanques, e
posteriormente armazenada em um tanque, também superficial, de 4.000 litros.
Quando a meteorologia o permite, armazena-se no nível inferior da pedreira as
águas provenientes das chuvas, para trabalhos da pedreira.

Fornecimento de energia

A energia eléctrica é fornecida unicamente por geradores, uma vez que não
existem ligações para fornecimento de energia da rede pública. Existem dois
geradores para fornecimento de energia: um gerador de apoio aos trabalhos da
pedreira e outro de apoio as instalações da pedreira.

O combustível para abastecimento dos geradores e maquinaria é fornecido por


uma empresa de distribuição (Sonangol), e em alternativa recorre-se a bombas de
abastecimento. Este combustível é armazenado em dois tanques a superfície, de 60.000
litros e 30.000 litros.

A manutenção dos geradores é feita pela própria empresa, na área de oficina


mecânica, e os óleos resultantes da manutenção são armazenados em tanques de
28
205 litros, para posteriormente ser recolhidos e tratados por uma empresa
autorizada.

29
CAPÍTULO III- ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

30
DADOS E ANÁLISE DA PESQUISA OBTIDAS ATRAVES DAS ENTREVISTAS

Conforme os dados da pesquisa, as informações obtidas foram de grande importância para


o desdobramento do trabalho em relação à exploração do Gabro “granito negro” no
municipio da Chibia. Pois através dos questionários foi realizada a analise das informações
obtidas com os 34 operários, que pelas respostas são vários profissionais como: 5%
auxiliar de máquina, 2% auxiliares de mecanica, 5%canteiro, 3% carregador de produção,
46% marteleiro, 1% mecanico, 5% motorista, 30% operadores de máquina, 2% guarda,
conforme mostra o fráfico a abaixo 01.

Quanto a escolaridade, o facto é que nesta área não são exigidas nem um tipo de
qualificação e conhecimento de estudo a não ser experiência na área de mineração. Na
questão referente ao tempo de trabalho na empresa 60% responderam 2 anos; e 40% 1 ano;

A grande maioria trabalha neste ramo por necessidade, por não haver outras condições de
trabalho na região, e por isso não exercem uma outra actividade alem da mineração. Foi
observado ainda que as vantagens dessa profissão é o salário fixo com carteira assinada, ou
seja ao direitos e trabalho por produção que são oferecidos a estes trabalhadores.

Quando questionados sobre os problemas de suade, a grande maioria, ou seja, 90%


responderam que não têm nada a reclamar, enquanto que apenas 10% afirma que sentem
dor de caabeça, tosse e estresse. Em fim o grau de satisfação em trabalhar na mineração foi
considerado bom, pela maioria das respostas, mesmo sabendo dos riscos que estão
correndo para a saúde, afirmam que continuariam trabalhando nesse setor, e se por acaso
isto vir acontecer largariam imediatamente o trabalho para cuidar da saúde.

31
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE PESQUISA

Impacto Ambientais Ocasionados pela Exploração do Gabro na área de Pesquisa

Através dos dados obtidos pela pesquisa directa, observou-se através de imagens
fotográficas. Que os problemas ambientais encontrados na área da mineração pela retirada
de Gabro, Caminham para um grau elevado. O processo de exploração é visto de vários
ângulos, uma ação que impacta a paisagem no que se refere ao estado em que se encontra
actualmente a área.

Figura 10 - Desmoronamento das rochas no território explorado


Fonte: Autor (2021)

Figura 11 - Área de trafego dos transportes da mineração


Fonte: Autor (2021)

Qualquer actividade mineira compronmete a estabilidade do ecossistema onde é


desenvolvida, necessitando permanentemente que se ponha em prática medidas de controle
32
e monitoramento do meio ambiente, tornando-se imprescindivel que se tenha consciência
da importância das actividades a serem desenvolvidas de forma racional, de maneira que
não se pratique impactos ambientais relevantes que afetam a harmonia do meio ambiente,
conforme a área objecto da pesquisa ou seja região da Quihita.

Figura 12: Área devastada pelo homem através da exploração do terreno


Fonte: Autor (2021)

Figura 13: Consequências que a exploração do mineiro trás para o meio ambiente.
Fonte: Autor (2021)

Em entrevista, feita ao responsável da pedreira frisou sobre a importância de harmonizar


desde o inicio actividade de produção, as acções relacionadas à recuperação do meio
ambiente. Nos forneceu informações relativas a pedreira e plano de desenvolvimento
sustentável da pedreira.

Junto da Departamento de Geologia e Minas da Direcção Provincial para o


Desenvolvimento Económico e integrado obtivemos em entrevista informações ligadas a

33
fiscalização de impostos, direitos da comunidade e acompanhamento dos deveres das
empresas no que respeita a preservação ambiental. No qual garantiu-nos em entrevista o
Chefe do departamento dos recursos minerais que:

“ Tem sido feito o acompanhamento dos cumprimentos dos deveres das empresas com
relação ao pagamento de impostos de acordo com o código Mineiro artigo 69 do decreto
presidencial 189/16 de 30 de Março; afiam ainda que preservação ambiental tem sido um
dos focos principais durante as fiscalizações feitas durante as visitações as pedreiras.
Acrescentou ainda que de acordo com a lei o município beneficia-se de 5% da produção da
pedreira. Que por gestão sectorial municipal têm sido encaminhados na execução de obras
cooperativas socias, construção de escolas, captação de água, e terraplanagem das vias de
acesso.”

A actividade de extracção de Gabro ocorrida na pedreira, conjuntamente com os dados


recolhidos no estudo geológico realizado permite ter um conhecimento aproximado a
quantidade expectável de resíduos mineiros. Estes resíduos são essencialmente constituídos
por terra e rocha alterada, resultante da selecção das frentes de desmonte e das operações
de britagem, e armazenagem na escombreira descrita anteriormente.

É de salientar que todos os resíduos mencionados poderão ser aplicados na recuperação


paisagística da pedreira, concretamente no enchimento e modelação da área explorada.

Relativamente aos resíduos não mineiros gerados pela actividade, estes serão
acondicionados na pedreira em recipientes e locais apropriados, até que sejam recolhidos e
encaminhados para tratamento.

Muitas vezes o normal desenvolvimento da actividade produtiva fica comprometida,


devido a escassa disponibilidade de espaço principalmente em áreas em que a poeira é
excessiva. Razão pela qual na RUPSIL E FILHOS adoptou-se o método de escombreiras
de vértice livre em volta da mina para colocação do material estéril

Actualmente as companhias mineiras são obrigadas a cumprir normas ambientais, de


encerramento e funcionamento bastante restritas, de forma a assegurar que a área afectada
pela exploração mineira regressa à sua condição inicial, ou próxima da inicial e em alguns
casos até melhor que a inicial. Alguns métodos de exploração antiquados tiveram (e
continuam a ter), em países com fraca regulamentação, efeitos devastadores no ambiente e

34
na saúde pública. Pode ocorrer contaminação química grave do solo nas áreas afectadas, a
qual pode ser ampliada e disseminada por exemplo pela água, criando situações de
contaminação acriana maciça.( Wikipédia, 2011).

Figura 14: Deposição de material estéril


Fonte: Autor (2021)

Figura 15: Homens trabalhando sem equipamento de segurança


Fonte: Autor (2021)

35
Outros problemas ambientais possíveis são a erosão, subsidência, abandono de resíduos
perigosos, perda de biodiversidade e contaminação de aquíferos e cursos de água. No
entanto, as explorações mineiras modernas têm práticas que diminuíram significativamente
a ocorrência destes problemas, sendo alvo de constantes apurações ambientais.

Figura 16: Área reservada aos blocos extraídos pela mineração e ponto de transporte.

Fonte: Autor (2021)

36
CONCLUSÕES E SUGESTÕES

39
CONCLUSÃO

Mediante as observações in loco, imagens fotograficas e analise da pesquisa sobre a


exploração do Gabro no municipio da Chibia comuna da Quihita, esta mostrou uma
realidade concreta do impacto ambiental existente na região.

Esta pesquisa de certa forma tornou-se intermédiaria dos problemas, factos estes
que através do estudo de campo pode-se constatar a degradação de solo e cobertura
vegetal pela extração do Gabro com afinalidade de processo de rocha ornamental.

O planejamento e gerenciamento socioambientalista devem estar ligados as


ploiticas ambientais das empresas, pautadas em objectivose metas para contribuição
efetivaao Desenvolvimento Sustentavel.

Com isso a conscientização na exploração deste tipo de actividade torna-se um


facto importante.

Diante do exposto foi aplicado um questionário aos trabalhadores da mineração,


com intuito de analizar as condições de trabalho, saúde, remuneração e problemas
ambientais. Verificou-se que através deste recurso os trabalhadores da mina
encontram-se com um grau de esclarecimento baixo em relação aos riscos que esta
actividade possa ocasionar a sua saúde como também ao meio ambiente. Isto
porque os mesmos não têm outro meio de sobrevivencia a não ser a pedreira, o
único meio de garantir um salario fixo

Os resultados obitidos com esta pesquisa foram de grande importância para o


desdobramento do trabalho de conclusão do diagnóstico ambiental, diante dos
problemas ambientais encontrados na região a volta da Pedreira RUPSIL E
FILHOS LDA.

40
SUGESTIÕES

O conhecimento gerado através desta pesquisa visa contribuir para a melhoria da qualidade
de vida dos trabalhadores da pedreira RUPSIL E FILHOS LDA, a comunidade na zona
envolvente e preservar o meio ambiente, por isso sugerimos:

1. Maior contolo das actividades de exploraҫão a qual pode causar grandes danos à
natureza.
2. Vigor no compromisso com o meio ambiente, e a sociedade através de aplicação
de medidas mitigadoras como as previstas no plano de sustentábilidade e
minimização dos os impactos ambientais da exploraçao de gabro na comunidade
da zona da Quihita municipo da Chibia em anexo neste trabalho.

3. A empresa RUPSIL E FILHOS LDA que após o fechamento da pedreira possam


estudar a possibilidades de outras funçoes a zona de mineração como: Conservação
e educação ambiental(unidade de conservação); lazer e turismo( teatro, museu,
parques;); Urbanização (condominios residenciais); outras actividades económicas
(instalação de industrias, agriicultura, pecuária) entre outros.
As autoridades ambientais locais, e ao ISPH, a realização de programas de
educação ambiental e desenvolvimento sustentável.
4. Ao governo local a implementação de programas socias e ambientais que visam
intensificar a parceria entre as comunidades locais das áreas de influências dos
impactos ambientais e os agentes empreendedores.
5. Que o ministério do ambiente intensifique a fiscalização para garantir o
cumprimento das normas e regulamentos ambientais principalmente em locais onde
se encontram minas paralisadas ou em fase de fechamento, ajudando a seleccionar
alternativas que se aplique ao território do ponto de vista físico, bióticos, e
socioeconómicos.

42
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integrado a engenharia Civil. Lisboa.

46
ANEXOS
UNIVERSIDADE MANDUME YA NDEMUFAYO

INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO DA HUILA

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA E MINAS

ANEXO: QUESTIONÁRIO

MODELO DE QUESTIONÁRIO APLICADO AOS TRABALHADORES DA


MINERADORA
Fonte: (BARROS, 2004) e (SOUZA, 2011). Adaptado por Barreto (2011).
Este questionário tem por finalidade construir o trabalho de Conclusão do Curso de
Licenciatura em Geologia pela Universidade Mandume Andemofayo(UMN) no IPH. Com
proposito meranente académico. A sua resposta é de grande importância para a pesquisa
Da Avaliação ambiental, referente à extração de Gabro na zona da Quihita no municipio
da Chibia.

Desde já agradecemos a colaboração dos entrevistados.

Função:______________________________________________________________

Escolaridade:________________________________________

Renda mensal ( opcional):________________________________

1 – Há quanto tempo trabalha nesta mineração?

R:_______________________________________________

2 – O que fez você trabalhar no ramo da mineração?

R:_______________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3 – Você tem outro trabalho além da Mina?

( ) sim ( ) não

4 – Em caso de resposta positiva, qual?


R:_______________________________________________________________________
___________________________________________________________________

5 – Quais as vantagens de trabalhar na mina?

_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________

6 – Em que tipo de sistema de trabalho você se encaixa?

a) ( ) trabalho por produção b) ( ) cooperativa do c) ( )nenhum das alternativas

7 – Por que optou por este sistema de trabalho?

_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________

8 – Com relação à saúde humana, você percebe algum tipo de agressão causada por esta

mineração?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

9 – Que tipo de agressão você percebe no que diz respeito a sua saúde?

a) ( ) Irritação nas mucosas do aparelho respiratório b) ( ) Tosse

c) ( ) Mal-estar geral d) ( ) Irritações oculares e) ( ) Dor de cabeça

f) ( ) Outros.
Especifique:_______________________________________________________________
___________________________________________________________________

10 – Qual o grau de satisfação em trabalhar nesta mineradora?

_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
INSTITUTO POLITECNICO DA HUILA

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA E MINAS

ANEXO: ENTREVISTA
Esta entrevista tem por finalidade construir o trabalho de Conclusão do Curso de
Licenciatura em Geologia pela Universidade Mandume Andemofayo(UMN) no IPH. Com
proposito meranente académico. A sua resposta é de grande importância para a pesquisa
Da Avaliação ambiental, referente à extração do Gabro na zona da Quihita no municipio
da Chibia.
Desde já agradecemos a colaboração dos entrevistados.

SECÇÕES DA ENTREVISTA APLICADA A COMUNIDADE QUE HABITA AO


REDOR DAS ZONAS DE ACTIVIDADE DE EXPLORAÇÃO MINEIRA E
AUTORIDADES
MODELOS DE ENTREVISTA: entrevista formar e entrevista focalizada
FONTE: Seltiz (1965) apud Lakatos e Marconi (2002, p. 93)
Designe da entrevista
População nº:_______ Amostra nº: _______
1- Descobrir se as pessoas têm conhecimento sobre os riscos associados a exploração
mineira e preservação ambiantal.
2- Conhecer o que actitudes e actividades têm sido empregues com vista a minimizar
os impactos causados pela exploraçao do Gabro na área
3- Nota alguma dificiência da saude da comunidade que advem da presença da
actividade de mineração local?
4- Conhece alguma alteração no ecossistema ou paisagem que possa ter sido resultado
da actividade miradora?
5- Quais soluções sugeres para minimização do impacto socio ambiental local?
PLANO DE EXAUSTÃO AMBIENTAL
O plano de exaustão da frente de lavra constitui-se um plano de longo prazo, cuja
elaboração se faz com objectivos de encerrar a reserva tecnicamente lavrável, determinar o
estéril a ser removido e consequentemente a relação estéril/minério para determinação dos
limites de encerramento, impedindo-se assim a construção de obras permanentes dentro
dos limites da lavra e vias de acesso alocadas em áreas inadequadas. Portanto, este plano
procura evidenciar a configuração nãos provável para a frente de lavra ao final da sua vida
útil, ou seja, quando exaurida a sua reserva lavrável.

A técnica mais usada consiste em se determinar os limites e lavra em cada nível de


operação e através do posicionamento adequado destes níveis, estabelecer a configuração
procurada.

RISCOS AMBIENTAIS E MEDIDAS DE CONTROLO


De acordo com a legislação ambiental em vigor, consideram-se os agentes físicos,
químicos, biológicos, económicos, mecânicos e organizacionais existentes nos ambientes
de trabalho que em função de sua natureza ou intensidade e tempo de exposição sejam
capazes de causar danos ao trabalhador.

As medidas de prevenção e controlo destes riscos visam oferecer boas condições de


higiene, segurança e saúde dos operadores através da antecipação, reconhecimento,
avaliação e consequente eliminação ou controlo da ocorrência dos riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração
protecção do ambiente e dos recursos naturais.

No âmbito da mineração, segmento de extracção de granito, os riscos ambientais presentes


são relativos as emissões de poeiras, gases, ruídos posturas incorrectas no manuseio de
ferramentas e transporte manual de materiais, excessiva exposição a raios solares, jornadas
de trabalho muito fortes com tarefas que exigem bastante esforço físico dos trabalhadores,
resíduos produzidos na frente de lavra e presença de animais nas proximidades.

1.1. GESTÃO DE RUÍDOS E POEIRAS


No que respeita a emissão de poeiras gerada pela circulação de veículos, estas serão
reduzidas através das regas a efectuar nos dias secos e ventosos. Na fase de pós-
encerramento, dado o revestimento vegetal proposto para toda a área dos terrenos da mina
e a ausência da actividade industrial de extracção, não são de prever quaisquer problemas
ao nível de emissão de poeiras.

No que se refere a emissão de ruídos, podem ser realizadas manutenção preventiva nos
veiculos e maquinas nas oficinas; na fase de pós-encerramento, prevê-se a eliminação das
actuais fontes de ruído, de formas que o ambiente sonoro e de eventuais vibrações sejam
impecerptíveis.

1.2. GESTÃO DE RESÍDUOS


Quando concluídos todos os trabalhos de exploração e modelação, será efectuada uma
vistoria de modo a garantir que todos os resíduos existentes na mina foram totalmente
expedidos para locais adequados. Caso seja detectada a presença de algum resíduo dentro
da área, serão tomadas de imediato as medidas necessárias para os remover.

GESTÃO DA FLORA E FAUNA TERRESTRE


Acompanhamento das ações de supressão de vegetação, conduzindo e/ou transferindo os
animais que se apresentarem incapazes de se deslocar; Garantir a preservação dos
ambientes de vegetação nativa existente no entorno da área do empreendimento; Criação
de área de conservação; Monitorar a fauna avaliando o número de espécies, abundância e
distribuição das comunidades com enfase para espécies ameaçadas de extinção.

TEMAS DE SEGURANÇA.
A existência de actividades na fase de encerramento motiva a necessidade de implementar
medidas de prevenção contra acidentes. O mesmo se passa pelo facto de se ter realizado
escavações que podem motivar a queda de pessoas, animais ou equipamentos.

Neste contexto será importante identificar os riscos e as principais medidas de prevenção a


adoptar para combater acidentes durante a fase de encerramento e pós encerramento,
definir a sinalização a aplicar, os meios de emergência e de primeiros socorros que deverão
existir, bem como as instalações sociais necessárias para os trabalhadores durante esta fase.

OBS: é importante que na etapa de pós fechamento seja alcançada uma condição de
estabilidade da área, em termos físicos, químicos e biológicos, de forma que o uso futuro
seja viável, e sustentável.

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