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80 horas Diretrizes para o

Rastreamento do Câncer
do Colo de Útero
Com certificado Deborah Elayna de Sousa
online
Nogueira
Este material é parte integrante do curso online “Diretrizes para o Rastreamento do
Câncer do Colo de Útero” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº
9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material
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Diretrizes para o
Rastreamento do Câncer
do Colo de Útero
Com certificado
online Deborah Elayna de Sousa
Nogueira
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SUMÁRIO

REDE DE ATENÇÃO AO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO ...................................... 4


1.1 HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO À MULHER ............................................... 5
LINHA DE CUIDADO PARA O CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
............................................................................................................................................... 7
2.1 LINHA DE CUIDADO PARA O RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO
DE ÚTERO........................................................................................................................ 7
2.2 A ATENÇÃO SECUNDÁRIA À SAÚDE ATENÇÃO ........................................ 9
2.3 ATENÇÃO TERCIÁRIA À SAÚDE ..................................................................... 9
2.4 SISTEMA DE APOIO E DIAGNÓSTICO (SADT) ................................................. 10
2.5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO .............................................................................. 10
2.6 SISTEMA DE REGULAÇÃO .................................................................................. 10
CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO .................................................... 12
3.1 O COLO DO ÚTERO ............................................................................................... 12
3.2 CÂNCER DO COLO DO ÚTERO ........................................................................... 13
3.3 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO ............... 14
3.4 PREVENÇÃO PRIMÁRIA ....................................................................................... 14
3.4.1 Preservativo masculino ....................................................................................... 18
DIRETRIZES PARA O RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO20
4.1 ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ......................................................................... 21
4.2 ATENÇÃO SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA............................................................ 21
4.3 RECOMENDAÇÕES PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ..................... 22
4.3.1 Periodicidade ...................................................................................................... 23
4.3.2 Recomendações .................................................................................................. 23
4.3.3 Adequabilidade da amostra ................................................................................ 24
4.4 DETECÇÃO PRECOCE ........................................................................................... 26
4.4.1 Rastreio de lesões precursoras do câncer do colo do útero ................................ 26
EXAME CITOPATOLÓGICO........................................................................................ 29
5.1 COLETA DO MATERIAL PARA O EXAME CITOPATOLÓGICO DO COLO DO
ÚTERO ............................................................................................................................ 29
5.1.2 Técnica de coleta do exame preventivo .............................................................. 29
5.2 ESPAÇO FÍSICO.................................................................................................. 30
5.1 MATERIAL PARA COLETA DO EXAME CITOPATOLÓGICO .................. 31
5.3 ETAPAS DO ATENDIMENTO PRÉVIAS À COLETA ......................................... 35
5.4 COLETA DO EXAME CITOPATOLÓGICO.......................................................... 36
PROMOÇÃO DA SAÚDE ................................................................................................ 40
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 42
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 45
Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

01
REDE DE ATENÇÃO AO CÂNCER DE COLO
DE ÚTERO

O câncer do colo do útero atualmente é um relevante problema de saúde pública, por se tratar
do terceiro tipo de câncer mais prevalente em mulheres (SILVA, 2020).

Portanto, faz-se necessário medidas de prevenção como a vacinação, triagem,


realização do exame de Papanicolau e tratamento.

Conforme Brasil (2013), a Atenção Básica (AB) ou Atenção Primária à Saúde (APS)
é realizada em todo o País, de forma descentralizada, próxima ao usuário, sua família, seu
território e suas condições de vida. As unidades básicas de saúde (UBS), onde trabalham as
equipes de Saúde da Família (ESF) ou de Atenção Básica tradicional (EAB), composta pela
equipe multiprofissional: médico, enfermeiro, técnico de Enfermagem, agente comunitário
de saúde, técnico de higiene dental, são a principal porta de entrada do sistema e o ponto de
contato preferencial do usuário.

O trabalho deve ser desenvolvido sob a ótica em que a ESF é o primeiro contato do
usuário com o sistema de saúde. Significa que os profissionais devem estar preparados para
acolher essa cliente e atendê-la de forma eficaz e humanizada, de acordo com a realidade de
sua família e suas condições sócio-econômico-culturais, devendo ser estabelecido um
diagnóstico embasando a elaboração de um plano de ação objetivando atingir as metas
esperadas e para compor os principais indicadores de saúde.

Considerando a alta incidência e a mortalidade relacionadas ao câncer de colo de


útero, é responsabilidade dos gestores e dos profissionais de saúde realizar ações de controle
dessa doença e que possibilite a integralidade do cuidado, aliando as ações de detecção
precoce com a garantia de acesso a procedimentos diagnósticos e terapêuticos em tempo
oportuno e com qualidade (BRASIL, 2013).

Com relação à detecção precoce, a maior parte dessas ações


também ocorre na atenção básica. Tanto as ações de rastreamento,
que consistem em realizar sistematicamente testes ou exames em

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Unidade 1 – Rede de atenção ao Câncer de Colo de Útero

pessoas sadias, quanto as ações de diagnóstico precoce, que


consistem em captar precocemente alguém que já tem sintomas ou
alterações no exame físico, devem ser realizadas no cotidiano das
equipes (BRASIL, 2013).

No raio de ação estabelecido para a ESF insere-se a assistência às mulheres, numa


visão de proporcionar o devido acompanhamento e de fornecer as orientações necessárias
para adquirir ou manter a qualidade de vida. É neste cenário que se ressalta a importância
das ações educativas incentivando o rastreamento do câncer de colo de útero, através da
triagem das mulheres com idade entre 25 e 64 anos, capaz de proporcionar a prevenção dessa
doença.

As abordagens educativas devem estar presentes no processo de trabalho das equipes.

É fundamental a disseminação da informação adequada por parte do estudante de


Enfermagem sobre a importância da realização do exame citopatológico e da sua
periodicidade, bem como dos sinais de alerta que podem significar câncer, buscando orientar
à mulher sobre os sintomas da doença, em uma linguagem acessível à sua compreensão.

De acordo com Brasil (2013), após o recebimento de um exame "positivo", cabe a


AB realizar o acompanhamento dessa usuária, encaminhar ao serviço de referência para
confirmação diagnóstica e realização do tratamento. Nesse processo, é fundamental a
avaliação da usuária, avaliar a compreensão que a mesma tem sobre sua doença e estimular
a adesão ao tratamento, acesso à contrarreferência, quando o serviço especializado realizar
a alta dessa usuária. Logo, após a alta, a usuária demanda cuidados especiais, principalmente
na periodicidade de acompanhamento.

O controle do câncer do colo de útero depende de uma atenção básica qualificada e


organizada, integrada com os demais níveis de atenção. Atuando no intuito de combater essa
doença e diminuir a mortalidade, através das ações articuladas entre os níveis de atenção:
primária, secundária e terciária, propiciando melhor qualidade de vida à mulher em suas
fases de adolescência, adulta e idosa.

1.1 HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO À MULHER


Humanização na saúde significa a valorização da qualidade técnica e ética do cuidado, aliada
ao reconhecimento dos direitos da usuária, de sua subjetividade e referências culturais,
garantindo respeito às questões de gênero, etnia, raça, situação econômica, orientação
sexual, e a grupos populacionais como indígenas, trabalhadores, quilombolas, ribeirinhos,
assentados e população em situação de rua (BRASIL, 2013).

A concretude dessa política se dá por meio de seus dispositivos –


tecnologias, ferramentas e modos de operar. Entre esses se destaca
o “acolhimento”, que se caracteriza como um modo de operar os
processos de trabalho em saúde de forma a dar atenção a todos(as)
que procuram os serviços de saúde, ouvindo suas necessidades –

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

escuta qualificada – e assumindo no serviço uma postura capaz de


acolher, escutar e pactuar respostas mais adequadas com os(as)
usuários(as). O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma
postura ética, não pressupõe hora ou um profissional específico
para fazê-lo, implica compartilhamento de saberes, necessidades,
possibilidades, angústias e invenções.

Os enfermeiros são capazes de suprir igualitariamente o acolhimento às mulheres


com alterações no exame citopatológico e conduzir o acompanhamento e tratamento junto
ao Programa de Prevenção de Câncer de Colo de Útero na Estratégia Saúde da Família- ESF.

Ressalta-se a importância do atendimento humanizado por parte


dos profissionais que realizam o acolhimento das mulheres, que não
devem ser julgadas como sujeitos sociais passivos, uma vez que
possuem valores singulares e têm poder de decisão sobre seus
respectivos corpos (KUREBAYASHI, 2020).

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Unidade 2 – Linha d e Cuidado para o Controle do Câncer de Colo de Útero

02
LINHA DE CUIDADO PARA O CONTROLE
DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

2.1 LINHA DE CUIDADO PARA O RASTREAMENTO DO CÂNCER


DE COLO DE ÚTERO
Conforme Brasil (2013), a Linha de Cuidado do Câncer do Colo do Útero tem a finalidade
de assegurar à mulher o acesso humanizado e integral às ações e aos serviços qualificados
para promover a prevenção do câncer do colo do útero, acesso ao rastreamento das lesões
precursoras, ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado, qualificado e em tempo
oportuno. Será organizada a partir de algumas diretrizes, entre elas:

Prevenção e detecção precoce

• Fortalecer e ampliar o acesso às informações sobre o câncer do colo do útero para


todas as mulheres, ressaltando que o câncer do colo do útero é prevenível pela
detecção e pelo tratamento das lesões precursoras que antecedem, em muitos anos, o
câncer.

• Estruturar os serviços de saúde para rastrear todas as mulheres de 25 a 64 anos a cada


três anos, além de atender todas as mulheres que apresentam sinais de alerta.

• Acompanhar e tratar todas as mulheres positivas, segundo as Diretrizes Brasileiras


para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero

• Programa Nacional de Qualidade da Citologia

• Garantia de citologias de alto padrão.

• Garantir referência para cito e histopatologia.

Acesso à confirmação diagnóstica

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

• Garantia do acesso ao tratamento adequado da lesão precursora em tempo oportuno.

• Definir e pactuar que a unidade de referência deve realizar todos os procedimentos:


colposcopia, biópsia, EZT e utilizar o método “ver e tratar”.

• Implantar centros qualificadores de ginecologistas para atuarem na unidade de


referência para diagnóstico e tratamento da lesão precursora.

Tratamento adequado e em tempo oportuno

• Definir e pactuar serviços terciários para procedimentos especializados, como


conização, quimioterapia e radioterapia.

• Garantir que todas as mulheres iniciem seu tratamento o mais breve possível.

• Permitir que as mulheres com câncer do colo de útero sejam acompanhadas por uma
equipe multidisciplinar especializada.

• Garantir que toda mulher com câncer do colo de útero receba cuidados em um
ambiente hospitalar que acolha suas expectativas e respeite sua autonomia, dignidade
e confidencialidade.

• Garantir que todo hospital que trata câncer do colo do útero tenha Registro Hospitalar
de Câncer em atividade.

• Garantir que toda mulher com câncer do colo do útero tenha direito aos cuidados
paliativos para o adequado controle dos sintomas e suporte social, espiritual e
psicológico.

Segundo o Ministério da Saúde, o ideal é uma cobertura de 80% da população alvo,


ou seja, as mulheres com idade entre 25 e 64 anos, o que garante o diagnóstico e tratamento
adequados dos casos alterados, com a possível redução em até 60% das taxas de incidência
da doença (SILVA, 2020).

O maior desafio à concretização do rastreamento do câncer de colo de útero é a


adesão das mulheres para a realização periódica do exame citopatológico.

Nesse aspecto, o desafio dos municípios é estabelecer estratégias com intuito de


alcançar a meta de adesão e de rastreamento.

Recomenda-se no Brasil a repetição do exame Papanicolau a cada


três anos após dois exames normais consecutivos realizados com um
intervalo de um ano, para rastreamento dos casos. A repetição
preconizada em um ano após o primeiro teste tem como principal
objetivo reduzir a possibilidade da identificação de um resultado
falso-negativo na primeira rodada do rastreamento (SILVA, 2020).

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Unidade 2 – Linha d e Cuidado para o Controle do Câncer de Colo de Útero

2.2 A ATENÇÃO SECUNDÁRIA À SAÚDE ATENÇÃO


Os serviços de atenção secundária são compostos por unidades ambulatoriais, que podem ou
não estar localizadas na estrutura de um hospital; e serviços de apoio diagnóstico e
terapêutico, responsáveis pela oferta de consultas e exames especializados. Eles devem
servir de referência para um conjunto de unidades de Atenção Básica, prestando atendimento
mediante encaminhamento. No caso do câncer do colo do útero, eles devem realizar a
colposcopia, bem como os outros procedimentos necessários para a confirmação diagnóstica
conforme o caso (BRASIL, 2013).

Portanto, a cliente que for diagnosticada com câncer de colo de útero no primeiro
nível de atenção: primária e encaminhada para a atenção secundária para confirmação
diagnóstica e realização do tratamento, recomenda-se continuar o atendimento junto à
atenção básica e realização do acompanhamento, agindo como a coordenadora do cuidado.

2.3 ATENÇÃO TERCIÁRIA À SAÚDE


A atenção terciária é composta por serviços de apoio diagnóstico e terapêutico hospitalares.
Com a atenção especializada ela constitui referência para a Atenção Básica dentro da lógica
de hierarquização e regionalização do SUS (BRASIL, 2013).

Segundo Brasil (2013), o caso da atenção ao câncer, é o nível assistencial no qual são
realizados os procedimentos cirúrgicos e de alta complexidade em oncologia: cirurgia
oncológica, radioterapia e quimioterapia, responsável pela oferta ou coordenação dos
cuidados paliativos dos pacientes com câncer, quando indicado.

Conforme Passos (2018), a Lei nº12.732/2012 mostra que o direito de iniciar o


tratamento de neoplasia maligna é de até 60 dias.

Art 2º O paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro


tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias, contados a partir do dia em que for firmado o
diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do
caso registrada em prontuário único.

1º Para efeito do cumprimento do prazo estipulado, considerar-se-á efetivamente


iniciado o primeiro tratamento da neoplasia maligna, com a realização de terapia cirúrgica
ou com o início de radioterapia ou de quimioterapia, conforme a necessidade terapêutica do
caso.

2º Os pacientes acometidos por manifestações dolorosas consequentes de neoplasia


maligna terão tratamento privilegiado e gratuito, quanto ao acesso às prescrições e
dispensação de analgésicos, opiáceos ou correlatos.

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2.4 SISTEMA DE APOIO E DIAGNÓSTICO (SADT)


É fundamental a estruturação de laboratórios de referência para citopatologia e
histopatologia para avaliação do material coletado. Os laudos devem ser liberados agilmente,
permitindo que as condutas sejam realizadas em tempo oportuno (BRASIL, 2013).

2.5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO


Conforme Brasil (2013), o sistema de Informação do Câncer (Siscan), que é a versão em
plataforma web integra os Sistemas de Informação do Câncer do Colo do Útero (Siscolo) e
do Câncer de Mama (Sismama).

São usuários do sistema as coordenações do programa de controle de câncer do colo


do útero e da mama, unidades de saúde e os prestadores de serviço que realizam os exames
citopatológico e histopatológico do colo do útero, citopatológico e histopatológico de mama
e mamografia.

Este sistema será integrado ao Cadastro Nacional de Cartão Saúde (CadSUS) e ao


Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), por isso é necessário que os dados
das unidades de saúde, dos prestadores de serviço e dos profissionais habilitados para
solicitar exames e dar laudos estejam atualizados nesse cadastro.

O sistema disponibilizará alguns relatórios gerenciais, como por exemplo, o número


de mulheres examinadas por período, possibilitando o cálculo de cobertura. As coordenações
e as unidades de saúde poderão avaliar e reorganizar suas ações de forma a utilizar mais
adequadamente os seus recursos e se estruturar para atingir um maior número de mulheres,
ampliando sua cobertura.

O sistema apresentará um módulo de rastreamento que permite convocar as mulheres


cadastradas para realizar os exames de rastreamento, segundo a periodicidade e a faixa etária
recomendadas. Assim, as localidades que se proponham a realizar o rastreamento organizado
poderão convocar as mulheres da população-alvo que não tenham realizado exame e aquelas
que estejam no período de novo exame. As unidades de saúde poderão gerenciar seus
módulos de rastreamento garantindo a oferta e a cobertura adequada, de forma a atingir, ao
longo do tempo, a redução da incidência e da mortalidade por câncer do colo do útero,
quando garantido o acesso à confirmação diagnóstica e ao tratamento nas situações
necessárias.

2.6 SISTEMA DE REGULAÇÃO


A regulação deve ser compreendida no sentido de ofertar o acesso à usuária através da
organização por nível de prioridade, pela classificação de risco, dos casos potencialmente

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mais graves, por meio da regulação de vaga à Central de Regulação de Internações, Central
de Regulação de Urgência e Emergência, Central de Regulação Ambulatorial, entre outros
desenhos possíveis nos territórios, garantindo a continuidade do atendimento através da
integralidade.

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03
CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DE
ÚTERO

3.1 O COLO DO ÚTERO


Segundo Brasil (2013), o útero é um órgão do aparelho reprodutor feminino que está situado
no abdome inferior, por trás da bexiga e na frente do reto e é dividido em corpo e colo. Essa
última parte é a porção inferior do útero e se localiza dentro do canal vaginal.

O colo do útero apresenta uma parte interna, que constitui o


chamado canal cervical ou endocérvice, que é revestido por uma
camada única de células cilíndricas produtoras de muco – epitélio
colunar simples. A parte externa, que mantém contato com a vagina,
é chamada de ectocérvice e é revestida por um tecido de várias
camadas de células planas – epitélio escamoso e estratificado. Entre
esses dois epitélios, encontra-se a junção escamocolunar (JEC), que
é uma linha que pode estar tanto na ecto como na endocérvice,
dependendo da situação hormonal da mulher. Na infância e no
período pós-menopausa, geralmente, a JEC situa-se dentro do canal
cervical. No período da menacme, fase reprodutiva da mulher,
geralmente, a JEC situa-se no nível do orifício externo ou para fora
desse – ectopia ou eversão (BRASIL, 2013).

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3.2 CÂNCER DO COLO DO ÚTERO


Conforme Passos (2018), o câncer do colo do útero inicia-se a partir de uma afecção
progressiva iniciada com transformações intraepiteliais, que pode evoluir para um processo
invasor em um período de 10 a 20 anos por meio de lesões pré-invasivas (pré-malignas), que
levam muitos anos para se desenvolver, podendo ocasionar Neoplasia Intraepitelial Cervical
(NIC).

Desordenação nas camadas mais basais


do epitélio estratificado ((1/3 proximal
NIC I da membrana) podendo levar a uma
neoplasia intraepietlial cervical de grau
I (lesões de baixo grau)
Desordenação em 2/3 proximais da
membrana podendo ocasionar
NIC II
neoplasia intraepitelial cervical de grau
II (lesões de alto grau)
Na neoplasia intraepitelial cervical de
NIC III
grau III (lesões de alto grau), o

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desarranjo é observado em todas as


camadas, sem romper a membrana
basal.

Já a NIC I, por ter maior probabilidade de regressão ou persistência do que de


progressão, não é considerada uma lesão precursora do câncer do colo do útero (BRASIL,
2013).

Mulheres jovens sexualmente ativas devem ser orientadas sobre anticoncepção,


doenças sexualmente transmissíveis e práticas de sexo seguro.

3.3 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO CÂNCER DO COLO DO


ÚTERO
Conforme afirma Passos (2018), caracteriza- se por uma doença de crescimento lento e
silencioso, por uma fase pré-clínica, sem sintomas, com transformações intraepiteliais
progressivas importantes, sendo a detecção de possíveis lesões precussoras por meio da
realização periódica do exame preventivo do colo do útero, progride lentamente, ao longo
dos anos, até atingir o estágio invasor da doença, dificultando a cura da doença, sendo os
sintomas sangramento vaginal, corrimento e dor.

No estágio invasor da doença os principais sintomas são


sangramento vaginal (espontâneo, após o coito ou esforço),
leucorreia e dor pélvica, que podem estar associados com queixas
urinárias ou intestinais nos casos mais avançados (BRASIL, 2013).

Segundo Brasil (2013), a infeccão pelo HPV apresenta-se na maioria das vezes de
forma assintomática, com lesões subclínicas (inaparentes) visíveis apenas após aplicação de
reagentes, como o ácido acético e a solução de Lugol, durante a realização da coleta do
exame preventivo de câncer de colo de útero e por meio de técnicas de magnificação
(colposcopia).

3.4 PREVENÇÃO PRIMÁRIA


Conforme afirma Brasil (2013), a prevenção primária do câncer do colo do útero está
relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV.

A transmissão da infecção pelo HPV ocorre por via sexual,


presumidamente por meio de abrasões microscópicas na mucosa ou
na pele da região anogenital. Consequentemente, o uso de
preservativos (camisinha) durante a relação sexual com penetração
protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode

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ocorrer por intermédio do contato com a pele da vulva, a região


perineal, a perianal e a bolsa escrotal (BRASIL, 2013).

Atualmente há duas vacinas aprovadas e comercialmente disponíveis no Brasil: a


bivalente, que protege contra os tipos oncogênicos 16 e 18, e a quadrivalente, que protege
contra os tipos não oncogênicos 6 e 11 e os tipos oncogênicos 16 e 18 (BRASIL, 2013).

O Ministério da Saúde incluiu a vacinação contra HPV no Calendário de Vacinação


do adolescente, sendo disponibilizada a vacina quadrivalente no Sistema Único de Saúde
para a prevenção primária do câncer de colo de útero, que diminui o risco de contágio pelo
Papiloma Vírus Humano (HPV), cânceres e verrugas vaginais,

Conforme Passos (2018), a vacina contra HPV, é a quadrivalente (06, 11, 16 e 18);

O esquema de doses: 2 doses, via intramuscular (0 e 6 meses);

Adolescentes do sexo masculino: meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias;

Adolescentes do sexo feminino: meninas de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias;

Pessoas com HIV/AIDS e imunodeprimidos, entre 9 a 26 anos (3 doses, 0, 2 e 6


meses).

Observação 1: A vacina contra HPV foi estendida às pessoas com baixa imunidade:
transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea, ou pacientes oncológicos. Indicada para
homens e mulheres de 9 a 26 anos, com 3 doses, mediante apresentação de prescrição
médica.

Observação 2: A vacina contra HPV também passou a ser administrada em homens


e mulheres de 9 a 26 anos que vivem com HIV/AIDS, com 3 doses, mediante apresentação
de prescrição médica.

Segundo a Nota Informativa do PNI nº 135/2017, recomenda-se que o intervalo entre


as doses não seja superior a 12-15 meses. No entanto, caso os adolescentes ou jovens estejam
em atraso com as doses de seu esquema de vacinação, mesmo ultrapassando o intervalo
recomendado (12-15 meses), este esquema vacinal deverá ser continuado no momento do
comparecimento à sala de imunização não devendo ser iniciado novo esquema vacinal
(PASSOS, 2018).

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

A mulher que recebe a imunização contra HPV não está liberada do exame
citopatológico, sendo considerada também a prevenção primária com o uso do preservativo
e o combate ao tabagismo (BRASIL, 2013).

Portanto, o estudante de Enfermagem desempenha função essencial no


desenvolvimento de ações de prevenção do câncer de colo de útero e quanto as orientações
sobre o uso correto dos preservativos: masculino e feminino e quanto à eficácia na prevenção
das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), como o HPV, hepatites virais e a AIDS,
possibilitando à essa mulher a promoção do autoconhecimento, autocuidado e sua relação
com a melhoria da qualidade de vida, com o desenvolvimento de sua saúde sexual e
reprodutiva.

A camisinha feminina protege a vulva (área externa da vagina) e a região escrotal


masculina, oferecendo maior proteção contra DSTs, como verrugas e feridas consequentes
de HPV e gonorreia, pois evita o contato da vagina ou do pênis com verrugas e feridas.

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Unidade 2 – Linha d e Cuidado para o Controle do Câncer de Colo de Útero

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

3.4.1 Preservativo masculino

O preservativo é fundamental para evitar uma gravidez não planejada e para prevenir-se das
Doenças Sexualmente Transmissíveis- DSTs e AIDS. Deve ser utilizado na técnica correta,
sendo recomendado o uso de um preservativo para cada relação sexual.

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Unidade 2 – Linha d e Cuidado para o Controle do Câncer de Colo de Útero

O estudante de Enfermagem deve orientar a usuária(o) do SUS sobre o uso correto


do preservativo masculino, conforme a figura abaixo:

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

04
DIRETRIZES PARA O RASTREAMENTO
DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

Segundo Brasil (2016), rastreamento é o processo de identificação de pessoas aparentemente


saudáveis que podem estar sob maior risco de contrair a doença, por meio de métodos
aplicados para o diagnóstico precoce da doença.

Diretrizes são recomendações de boas práticas resultantes do julgamento pelos


envolvidos no cuidado em situações específicas e baseado nas melhores evidências
científicas disponíveis. Também se destinam a orientar os usuários do sistema de saúde,
gestores e educadores para as melhores tomadas de decisões numa área do conhecimento,
como por exemplo no rastreamento do câncer de colo de útero, em relação às estratégias a
serem desenvolvidas, que podem ser baseadas em um planejamento estratégico à curto,
médio e longo prazo (BRASIL, 2016).

Portanto, é de grande relevância, o planejamento das ações específicas baseadas


nessas diretrizes, direcionadas à realização periódica do exame citopatológico na população
alvo de mulheres com idade entre entre 25 e 64 anos preconizada pelo Ministério da Saúde,
por meio do processo de trabalho das equipes de Estratégia de Saúde da Família bem como
a realização de busca ativa das faltosas através da parceria com o trabalho dos agentes
comunitários de saúde no intuito de prevenir a incidência do Câncer de colo do útero.

Interface entre as diretrizes de detecção precoce do câncer do colo do útero e a


organização da atenção à saúde no SUS

A organização da atenção à saúde visando garantir os direitos à atenção integral,


resolutiva, de qualidade e extensiva a todos os cidadãos, de acordo com suas necessidades,
se baseia na instituição das Regiões de Saúde. Esses espaços geográficos são constituídos
por agrupamentos de territórios ou municípios limítrofes, por meio da organização, o
planejamento e a execução das ações e serviços de saúde para o controle de doenças como o
câncer do colo do útero (BRASIL, 2016).

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Unidade 4 – Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

4.1 ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE


A Atenção Primária à Saúde (APS) apresenta-se como o eixo
estruturante do SUS e constitui-se como o primeiro nível de atenção
na Rede de Atenção à Saúde (RAS), sendo enfatizada, cada vez mais,
sua função de congregar um conjunto de ações de: promoção e
proteção à saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento,
reabilitação e manutenção da saúde nas dimensões coletiva e
individual, por meio de ações gerenciais e sanitárias participativas
e democráticas, trabalho em equipe, responsabilização sanitária e
base territorial (BRASIL, 2016).

É, assim, papel da atenção primária desenvolver ações para prevenção do câncer do


colo do útero por meio de ações de educação em saúde, imunização dos adolescentes, de
acordo com o Programa Nacional de Imunização e detecção precoce do câncer e de suas
lesões precursoras por meio de seu rastreamento através das ações articuladas junto ao
processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família- ESF (BRASIL, 2016).

Logo, o estudante de Enfermagem deverá contribuir com a Promoção à Saúde por


meio das ações educativas: individualizadas ou em grupos, de rastreamento do câncer de
colo uterino, através da realização do exame preventivo, imunização dos adolescentes com
a vacina contra HPV, por meio do trabalho em equipe junto aos profissionais de saúde da
Estratégia Saúde da Família- ESF.

4.2 ATENÇÃO SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA


Conforme afirma Brasil (2016), outros pontos de atenção para a realização de ações
especializadas (ambulatorial e hospitalar), com maiores e diferentes densidades
tecnológicas, devem ser previstos para apoiar e complementar a APS e atender as
necessidades de cuidados em saúde da população, garantindo dessa forma a integralidade da
atenção às mulheres.

Sendo assim, a cliente permanece em acompanhamento na atenção primária, visando


garantir a integralidade da atenção à saúde.

Assim, a atenção especializada é composta por unidades que podem


ou não estar localizadas na estrutura de um hospital, unidades
ambulatoriais e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico,
responsáveis pela oferta de consultas e exames especializados. No
caso do colo do útero, a unidade secundária deverá confirmar o
diagnóstico e tratar ambulatoriamente as lesões precursoras desse
câncer pela realização de colposcopias, biópsias e excisão tipo 1 e
algumas excisões do tipo 2 (BRASIL, 2016).

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

4.3 RECOMENDAÇÕES PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE


Muitas mulheres serão reencaminhadas para as unidades básicas, após diagnóstico ou
tratamento, para seguimento citológico, conforme as diretrizes de rastreamento do Câncer
de Colo de Útero. Portanto, é recomendado aos profissionais da atenção secundária e
terciária fazerem o reencaminhamento, com um resumo da história clínica, diagnóstico e
tratamentos realizados e orientando os profissionais da Atenção Primária quanto ao
seguimento e acompanhamento dessa mulher (BRAISL, 2016).

Logo, essa mulher deverá continuar sendo acompanhada pela atenção primária à
saúde, cuja função é agir como coordenadora do cuidado a atenção à saúde da mulher.

Quadro 1 – Resumo de recomendações para conduta inicial frente aos resultados


alterados de exames citopatológicos nas unidades de atenção básica.
Diagnóstico citopatológico Faixa etária
Conduta inicial
< 25 anos Repetir em 3 anos
Possivelmente não Repetir a citologia em 12
Entre 25 e 29 anos
neoplásicas (ASC- meses
Células escamosas
US) Repetir a citologia em 6
atípicas de significado ≥ 30 anos
meses
indeterminado (ASCUS)
Não se podendo Encaminhar para
afastar lesão de alto colposcopia
grau (ASC-H)
Possivelmente não
Células glandulares
neoplásicas ou não se Encaminhar para
atípicas de significado
podendo afastar lesão colposcopia
indeterminado (AGC)
de alto grau
Possivelmente não
Células atípicas de neoplásicas ou não se Encaminhar para
origem indefinida (AOI) podendo afastar lesão colposcopia
de alto grau
< 25 anos Repetir em 3 anos
Lesão de Baixo Grau
Repetir a citologia em 6
(LSIL) ≥ 25 anos
meses
Lesão de Alto Grau Encaminhar para
(HSIL) colposcopia
Lesão intraepitelial de Encaminhar para
alto grau não podendo colposcopia
excluir microinvasão
Carcinoma escamoso Encaminhar para
invasor colposcopia
Adenocarcinoma in situ Encaminhar para
(AIS) ou invasor colposcopia

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Unidade 4 – Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

4.3.1 Periodicidade

A história natural do câncer do colo do útero geralmente apresenta


um longo período de lesões precursoras, assintomáticas, curáveis
na quase totalidade dos casos quando tratadas adequadamente,
conhecidas como NIC II/III, ou lesões de alto grau, e AIS. Já a NIC
I representa a expressão citomorfológica de uma infecção
transitória produzida pelo HPV e têm alta probabilidade de
regredir, de tal forma que atualmente não é considerada como lesão
precursora do câncer do colo do útero (BRASIL, 2016).

4.3.2 Recomendações

O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas


lesões precursoras é o exame citopatológico. Os dois primeiros
exames devem ser realizados com intervalo anual e, se ambos os
resultados forem negativos, os próximos devem ser realizados a
cada 3 anos. O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para
as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual. O rastreamento
antes dos 25 anos deve ser evitado (BRASIL, 2016).

Conforme Brasil (2016), os exames periódicos de rotina para o rastreamento no


Brasil, devem seguir até os 64 anos de idade e, naquelas mulheres sem história prévia de
doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos quando essas mulheres tiverem pelo menos
dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos ou seja após dois exames
normais consecutivos realizados em um intervalo de um ano.

Tendo em vista as orientações do Ministério da Saúde, o estudante de Enfermagem


deve orientar a usuária do SUS junto ao Programa de Prevenção de câncer de colo de útero
quanto a importância da realização periódica do exame citopatológico e sua eficácia para o
rastreamento da doença.

Para mulheres com mais 64 anos de idade e que nunca se


submeteram ao exame citopatológico, deve-se realizar dois exames
com intervalo de um a três anos. Se ambos os exames forem
negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames
adicionais (BRASIL, 2016).

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

4.3.3 Adequabilidade da amostra

Conforme Brasil (2013), na atual Nomenclatura Citológica Brasileira, a adequabilidade da


amostra é definida de acordo com os termos: satisfatória ou insatisfatória para avaliação. É
considerada insatisfatória a amostra cuja leitura esteja prejudicada pelas razões por natureza
técnica e outras de amostragem celular, podendo ser assim classificada:

• Material acelular ou hipocelular (75% do esfregaço) por presença de sangue,


piócitos, artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição
celular.

Recomendações

• O exame deve ser repetido em 6 a 12 semanas com correção, quando possível, do


problema que motivou o resultado insatisfatório.

Amostra satisfatória para avaliação

Designa amostra que apresente células em quantidade representativa, bem


distribuídas, fixadas e coradas, de tal modo que sua observação permita uma conclusão
diagnóstica.

Células presentes na amostra

Podem estar presentes células representativas dos epitélios do colo do útero:

• Células escamosas.

• Células glandulares (não inclui o epitélio endometrial).

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Unidade 4 – Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

• Células metaplásicas

Corroborando com o autor, a indicação dos epitélios representados na amostra seja


informação obrigatória nos laudos citopatológicos, seu significado deixa de pertencer à
esfera de responsabilidade dos profissionais que realizam a leitura do exame. As células
glandulares podem ter origem em outros órgãos que não o colo do útero, o que nem sempre
é identificável no exame citopatológico.

A presença de células metaplásicas ou células endocervicais, representativas da


junção escamocolunar (JEC), representa um indicador da qualidade da coleta, pois dessa
forma, a coleta obtém elementos celulares representativos do local onde se situa a quase
totalidade dos cânceres do colo do útero.

É na zona de transformação que se localizam mais de 90% da zona das lesões


precursoras ou malignas do colo do útero.

Figura - Junção Escamo-Colunar (JEC), também conhecida como zona de transformação.

Segundo Brasil (2016), estudos comprovam a eficácia da coleta do exame


citopatológico com o uso da espátula de Ayre e da escova de canal aumentam em cerca de
três vezes a chance de obtenção de células endocervicais.

É importante que os profissionais de saúde atentem para essa representatividade da


JEC nos esfregaços cervicovaginais, sob pena de não propiciar à mulher todos os benefícios
da prevenção do câncer do colo do útero.

Recomendações

Esfregaços normais somente com células escamosas em mulheres


com colo do útero presente devem ser repetidos com intervalo de um

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

ano e, com dois exames normais anuais consecutivos, o intervalo


passará a ser de três anos. Para garantir boa representação celular
do epitélio do colo do útero, o exame citopatológico deve conter
amostra do canal cervical, coletada com escova apropriada (escova
endocervical), e da ectocérvice, coletada com espátula tipo ponta
longa (espátula de Ayre) (BRASIL, 2013).

Conforme Kurebayashi [et al] (2020), as diretrizes brasileiras preconizam um prazo de três
meses para o encaminhamento à unidade onde o exame citopatológico foi realizado, até a
obtenção da colposcopia por mulheres com até 20 anos de idade, com laudo de lesão
intraepitelial de alto grau (HSIL) e de colposcopia imediata para casos de Lesão Intraepitelial
de Alto Grau, não podendo excluir microinvasão ou carcinoma epidermoide invasor (ASC-
H). Por fim, recomenda-se periodicidade trienal após dois controles anuais negativos.

É importante salientar que a colposcopia não é uma ferramenta de rastreamento de câncer


do colo do útero, porém é um exame fundamental para o esclarecimento de resultados de
testes de Papanicolau anormais.

Salienta-se a importância da diretriz brasileira para rastreamento do câncer do colo


do útero, que tem como objetivo difundir recomendações baseadas em evidências para
orientar a tomada de decisões dos profissionais de saúde e promover a segurança e qualidade
do cuidado oferecido às mulheres. Assim, a assistência na Atenção Primária, realizada pelos
profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, pode interferir diretamente na eficiência,
capacidade resolutiva e uso adequado de recursos destinados aos programas e protocolos
assistenciais nos serviços de saúde pública com base nas melhores evidências científicas.

4.4 DETECÇÃO PRECOCE

4.4.1 Rastreio de lesões precursoras do câncer do colo do útero

Diretrizes

Método e cobertura

A realização periódica do exame citopatológico é a estratégia eficaz para o


rastreamento do câncer do colo do útero. Atingir alta cobertura da população alvo é o
componente mais importante no âmbito da atenção primária para que se obtenha
significativa redução da incidência e da mortalidade por câncer do colo do útero (BRASIL,
2013).

Recomendações

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Unidade 4 – Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

• O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras é


o exame citopatológico. O intervalo entre os exames deve ser de três anos, após dois
exames negativos, com intervalo anual (BRASIL, 2013).

• O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram
atividade sexual.

• Os exames devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa
idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos
últimos cinco anos.

• Para mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o exame citopatológico,
deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos forem
negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais.

Situações especiais

Gestantes

Gestantes têm o mesmo risco que não gestantes de apresentarem câncer do colo do
útero ou seus precursores.

Recomendação:

O rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de periodicidade e faixa


etária como para as demais mulheres, durante a realização de pré-natal deve sempre ser
considerada uma oportunidade para o rastreio do câncer de colo de útero (BRASIL, 2013).

Pós-menopausa

Recomendação:

As mulheres na pós-menopausa devem ser rastreadas de acordo com as orientações


para as demais mulheres. Se houver necessidade, deve-se proceder à estrogenização prévia
à realização da coleta conforme recomendação médica (BRASIL, 2013).

Histerectomizadas

Recomendação:

As mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia
de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do
rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais. Em casos de histerectomia
por lesão precursora ou câncer do colo do útero, a mulher deverá ser acompanhada de acordo
com a lesão tratada (BRASIL, 2013).

Mulheres sem história de atividade sexual

Recomendação: não há indicação para rastreamento do câncer do colo do útero e seus


precursores nesse grupo de mulheres (BRASIL, 2013).

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

Achados microbiológicos

• Lactobacillus sp.

• Cocos.

• Outros Bacilos.

São considerados achados normais, pois fazem parte da microbiota normal da vagina.
Na ausência de sinais e sintomas, a presença desses microorganismos não caracteriza
infecção que necessite tratamento (evidência alta) (BRASIL, 2016).

Recomendações:

Seguir a rotina de rastreamento citológico. A paciente com


sintomatologia, como corrimento, prurido ou odor genital anormal,
na presença de agentes patogênicos (Gardnerella/mobiluncus sp,
Trichomonas vaginalis, Candida sp) deve ser abordada e tratada
pelos profissionais de saúde através da Abordagem Sindrômica
(BRASIL, 2016).

É necessário aprimorar o programa de rastreamento e direcionar corretamente as


atipias celulares de colo de útero, visando garantir o encaminhamento e o acesso da
população-alvo para a investigação diagnóstica e tratamento das lesões precursoras, quando
indicado, o que contribuirá para o uso racional dos recursos financeiros destinados à saúde
(KUREBAYASHI, 2020).

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Unidade 5 – Exame Citopatológico

05
EXAME CITOPATOLÓGICO

5.1 COLETA DO MATERIAL PARA O EXAME CITOPATOLÓGICO


DO COLO DO ÚTERO
Conforme afirma Brasil (2013), a qualidade do exame citopatológico, através da coleta, o
acondicionamento e o transporte das amostras conduzidos de forma adequada são
fundamentais para o sucesso das ações de rastreamento. O profissional de saúde deve
assegurar-se de que está preparado para realizar todas as etapas do procedimento e realizar
uma provisão do material necessário para a realização do exame citopatológico.

A garantia de esfregaço satisfatório para avaliação oncótica


implica na presença de células em quantidade representativa, bem
distribuídas, fixadas e coradas, de tal modo que sua visualização
permita uma conclusão diagnóstica. É considerada insatisfatória a
amostra cuja leitura esteja prejudicada por material acelular ou
hipocelular (menor que 10% do esfregaço) ou pela presença
significativa de sangue, piócitos, artefatos de dessecamento,
contaminantes externos ou intensa superposição celular (maior que
75% do esfregaço) (BRASIL, 2013).

5.1.2 Técnica de coleta do exame preventivo

Recomendações prévias

Segundo Brasil (2013), a utilização de lubrificantes, espermicidas ou medicamentos


vaginais deve ser evitada por 48 horas antes da coleta, pois essas substâncias recobrem os
elementos celulares dificultando a avaliação microscópica, prejudicando a qualidade da
amostra para o exame citopatológico.

A realização de exames intravaginais, como a ultrassonografia, também deve ser


evitada nas 48 horas anteriores à coleta, pois é utilizado gel para a introdução do transdutor.

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

Embora usual, a recomendação de abstinência sexual prévia ao exame só é justificada


quando são utilizados preservativos com lubrificante ou espermicidas. Na prática a presença
de espermatozoides não compromete a avaliação microscópica.

O exame não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de sangue pode
prejudicar o diagnóstico citopatológico. Deve-se aguardar o quinto dia após o término da
menstruação.

No caso de sangramento vaginal anormal, o exame ginecológico é mandatório e a


coleta, se indicada, pode ser realizada.

Logo, o estudante de Enfermagem deve orientar as mulheres sobre essas


recomendações prévias à realização do exame preventivo, ou seja quando a mulher informar
sobre a vontade de realizar o exame, deve ser orientada quanto à essas recomendações no
intuito de garantir a eficácia da coleta do exame de Papanicolau.

5.2 ESPAÇO FÍSICO


Segundo Brasil (2013), o consultório ou sala de coleta deve ser equipado para a realização
do exame ginecológico com:

• Mesa ginecológica.

• Escada de dois degraus.

• Mesa auxiliar

• Foco de luz com cabo flexível.

• Biombo ou local reservado para troca de roupa.

• Cesto de lixo.

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Unidade 5 – Exame Citopatológico

5.1 MATERIAL PARA COLETA DO EXAME CITOPATOLÓGICO


• Espéculo de tamanhos variados, preferencialmente descartáveis; se instrumental
metálico deve ser esterilizado de acordo com as normas vigentes

• Balde com solução desincrostante em caso de instrumental não descartável

• Lâminas de vidro com extremidade fosca

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

• Espátula de Ayre

• Escova endocervical

• Par de luvas descartáveis

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Unidade 5 – Exame Citopatológico

• Pinça de Cherron

• Solução fixadora, álcool a 96% ou spray de polietilenoglicol

• Gaze

• Recipiente para acondicionamento das lâminas mais adequado para o tipo de solução
fixadora adotada pela unidade, tais como: frasco porta-lâmina, tipo tubete, ou caixa
de madeira ou plástica para transporte de lâminas

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

• Formulários de requisição do exame citopatológico

• Fita adesiva de papel para a identificação dos frascos

• Lápis grafite ou preto nº 2

• Avental ou camisola, preferencialmente descartáveis. Caso sejam reutilizáveis,


devem ser encaminhados à rouparia para lavagem, segundo rotina da unidade básica
de saúde

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Unidade 5 – Exame Citopatológico

• Lençóis, preferencialmente descartáveis. Caso sejam reutilizáveis, devem ser


encaminhados à rouparia para lavagem

5.3 ETAPAS DO ATENDIMENTO PRÉVIAS À COLETA


Identificação: checar nome, data de nascimento, endereço.

Informação: explicar o propósito do exame citopatológico e as etapas do


procedimento.

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

História clínica: perguntar a data da última menstruação; sobre o uso de métodos


anticoncepcionais, se usa hormônio/remédio para tratar a menopausa se utilizou
lubrificantes, espermicidas, medicamentos vaginais, se realizou exames intravaginais ou
teve relações sexuais com preservativos nas últimas 48 horas; a data de realização do último
exame preventivo; ocorrência de exames citopatológicos anormais anteriores, tratamentos
(radioterapia); cirurgias (histerectomia total ou parcial, se retirado cirurgicamente)
sangramentos vaginais pós-coito ou anormais; se tem ou teve algum sangramento após a
menopausa, história obstétrica.

Preenchimento dos dados completos e corretos nos formulários para requisição de


exame citopatológico do colo do útero

Preparação da lâmina: a lâmina e o frasco ou caixa de porta-lâminas que serão


utilizados para colocar o material a ser examinado devem ser preparados previamente. A
lâmina deve conter bordas lapidadas e extremidade fosca. Verificar se a lâmina está limpa e,
caso necessário, limpá-la com gaze; a lâmina deve ser identificada com as iniciais do nome
da mulher e o seu número de registro na unidade, com lápis preto nº 2 ou grafite, na
extremidade fosca, pois o uso de caneta hidrográfica ou esferográfica pode levar à perda da
identificação do material, já que essas tintas se dissolvem durante o processo de coloração
das lâminas no laboratório.

Solicitar que a mulher esvazie a bexiga e troque a roupa, em local reservado, por um
avental ou camisola.

5.4 COLETA DO EXAME CITOPATOLÓGICO


Conforme afirma Brasil (2013):

• O profissional de saúde deve lavar as mãos com água e sabão e secá-las com papel-
toalha, antes e após o atendimento,

• A mulher deve ser colocada na posição ginecológica adequada, o mais confortável


possível;

• Cubra-a com o lençol;

• Posicionar o foco de luz;

• Colocar as luvas descartáveis.

Sob boa iluminação observar atentamente os órgãos genitais externos, prestando


atenção à distribuição dos pelos, à integralidade do clitóris, do meato uretral, dos grandes e
pequenos lábios, à presença de secreções vaginais, de sinais de inflamação, de veias
varicosas e outras lesões como úlceras, fissuras, verrugas e tumorações.

Este material é parte integrante do curso online "Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero" do EAD
(www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial
36 deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29).
Unidade 5 – Exame Citopatológico

O espéculo deve ser introduzido suavemente, em posição vertical e ligeiramente


inclinado de maneira que o colo do útero fique exposto completamente, o que é
imprescindível para a realização de uma boa coleta. Iniciada a introdução fazer uma rotação
deixando-o em posição transversa, de modo que a fenda da abertura do espéculo fique na
posição horizontal. Uma vez introduzido totalmente na vagina, abrir lentamente e com
delicadeza.

Os dados da inspeção do colo do útero devem ser relatados na requisição do exame


citopatológico.

• A coleta do material deve ser realizada na ectocérvice e na endocérvice em lâmina


única.

• Para coleta na ectocérvice utiliza-se espátula de Ayre, do lado que apresenta


reentrância. Encaixar a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo,
apoiando-a firmemente, fazendo uma raspagem em movimento rotativo de 360° em
torno de todo o orifício cervical.

• Para coleta na endocérvice, utilizar a escova endocervical. Recolher o material


introduzindo a escova endocervical e fazer um movimento giratório de 360°,
percorrendo todo o contorno do orifício cervical.

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

• Estender o material sobre a lâmina de maneira delicada para a obtenção de um


esfregaço uniformemente distribuído, fino e sem destruição celular. A amostra
ectocervical deve ser disposta no sentido transversal, na metade superior da lâmina,
próximo da região fosca, previamente identificada com as iniciais da mulher e o
número do registro. O material retirado da endocérvice deve ser colocado na metade
inferior da lâmina, no sentido longitudinal.

Preparação da lâmina de esfregaço ectocervical com uma espátula de madeira


(Espátula de Ayre).
• O esfregaço obtido deve ser imediatamente fixado para evitar o dessecamento do
material. Na fixação com álcool a 96%, considerada mundialmente como a melhor
para os esfregaços citológicos, a lâmina deve ser colocada dentro do frasco com
álcool em quantidade suficiente para que todo o esfregaço seja coberto, fechar o
recipiente cuidadosamente e envolvê-lo com a requisição. Acondiciona- -se
cuidadosamente a lâmina em um porta-lâminas para o transporte ao laboratório,
lacrando-se a tampa da caixa com fita gomada.

• Fechar o espéculo não totalmente, evitando beliscar a mulher.

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Unidade 5 – Exame Citopatológico

• Retirar o espéculo delicadamente, inclinando levemente para cima, observando as


paredes vaginais.

• Retirar as luvas.

• Auxiliar a mulher a descer da mesa.

• Solicitar que ela troque de roupa.

• Informar sobre a possibilidade de um pequeno sangramento que poderá ocorrer


depois da coleta, tranquilizando-a que cessará sozinho.

• Enfatizar a importância do retorno para o resultado e se possível agendar conforme


rotina da unidade básica de saúde.

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

06
PROMOÇÃO DA SAÚDE

Em relação à prevenção primária, o estudante de enfermagem pode contribuir para a


melhoria do acesso aos serviços de saúde e à informação, junto com a equipe de Saúde da
Família, através das mudanças dos processos de trabalho por meio de um planejamento das
ações de saúde direcionadas para um aumento da realização periódica do exame
citopatológico e o controle do tabagismo ajudando a minimizar o risco de câncer do colo do
útero.

Campanhas para os exames preventivos como Outubro Rosa, são realizadas


anualmente e pode ser realizado o rastreamento do Câncer de colo de útero por meio da
ampliação da cobertura de exames citopatológicos para as mulheres com vida sexual ativa,
bem como realização de atividades educativas em salas de esperas ou rodas de conversas,
enfatizando a importância da prevenção do câncer de útero e de mama.

O estudante de Enfermagem deve realizar práticas educativas, abordando: a


importância do acompanhamento de prevenção de câncer de colo de útero e de mama, do
planejamento familiar; os direitos sexuais, sexo seguro, dupla proteção, atividades físicas e
hábitos saudáveis de vida; cessação do tabagismo. Tais práticas podem ser realizadas de
forma individual ou coletiva, por meio de grupos de mulheres, sala de espera, intervenções
comunitárias etc.

Portanto, faz- se necessário uma orientação de enfermagem de qualidade para as


mulheres em idade reprodutiva, visando à realização da citopatologia, proporcionando o
tratamento precoce e o melhor prognóstico de cura para o câncer de colo uterino.

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Unidade 4 – O Contrato de Trabalho

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

AVALIAÇÃO

Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site


www.enfermagemadistancia.com.br. Você precisa atingir um aproveitamento igual ou
superior a 60% para poder emitir o seu certificado.

1. Assinale a alternativa que apresenta o órgão do aparelho reprodutor feminino que está
situado no abdome inferior, por trás da bexiga e na frente do reto e é dividido em corpo
e colo:

a. Ovário

b. Útero

c. Vagina

d. Vulva.

2. Assinale a afirmativa que representa elementos celulares representativos do local onde


se situa a quase totalidade dos cânceres do colo do útero.

a. Células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS)

b. Células escamosas

c. JEC Junção Escamo-Colunar

d. Células glandulares.

3. Assinale a alternativa que apresenta a lesão que tem maior probabilidade de regressão e
não é considerada uma lesão precursora do câncer do colo do útero:

a. NIC I

b. NIC II

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Avaliação

c. NIC III

d. Adenocarcinoma in situ (AIS) ou invasor.

4. Assinale a alternativa que representa o esquema atual da vacina contra HPV do


calendário de imunização dos adolescentes:

a. Doses, via intramuscular (0, 1 mês e aos 6 meses)

b. Dose única, via intramuscular

c. 2 doses, via intramuscular (0 e 6 meses)

d. Doses, via intramuscular (0, 2 e 4 meses).

5. Assinale a afirmativa que representa o material utilizado para a coleta na ectocérvice, no


qual é realizado uma raspagem em movimento rotativo de 360° em torno de todo o
orifício cervical.

a. Escova endocervical

b. Espátula de Ayre

c. Espéculo vaginal

d. Pinça Cherron.

6. Assinale a afirmativa que representa o material utilizado para coleta na endocérvice, que
deve ser realizado através de um movimento giratório de 360°, percorrendo todo o
contorno do orifício cervical:

a. Gaze

b. Lâmina de vidro com extremidade fosca

c. Espátula de Ayre

d. Escova endocervical.

7. Assinale a afirmativa que apresenta o período em que o exame citopatológico não deve
ser realizado:

a. Período menstrual

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Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo de Útero

b. Período pós-menopausa

c. Durante a gestação

d. Durante a adolescência.

8. Assinale a afirmativa que representa os achados microbiológicos considerados normais,


por fazerem parte da microbiota normal da vagina:

a. Carcinoma escamoso invasor

b. Lesão de Alto Grau (HSIL)

c. Lesão de Baixo Grau (LSIL)

d. Lactobacillus sp, cocos e outros bacilos.

9. Assinale a opção que representa o intervalo de realização entre os exames citopatológicos


preconizado pelo Ministério da Saúde:

a. Três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual

b. Anualmente

c. Semestral

d. De dois em dois anos.

10. É correto afirmar que a prevenção primária de câncer de colo de útero é relacionado
principalmente à diminuição do risco de contágio pelo:

a. HIV/AIDS

b. NIC I

c. Lesão intraepitelial de baixo grau

d. Papiloma Vírus Humano (HPV).

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Referência

REFERÊNCIAS

Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda


mais o seu conhecimento.

BRASIL, Controle dos cânceres do colo do útero e da mama 2. ed. – Brasília: Editora do
Ministério da Saúde, 2013.

Brasil, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes de Silva. Diretrizes brasileiras
para o rastreamento do câncer do colo do útero Coordenação de Prevenção e Vigilância.
Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. 2. ed. rev. atual. Rio de
Janeiro: INCA, 2016.

Kurebayashi, J.M.Y. [et. al], Rastreamento das atipias celulares de colo de útero em
mulheres na Atenção Primária.v.73, Brasília: Rev. Bras. Enferm, 2020.

PASSOS, R. S., Manual de Enfermagem para concursos e residências: Saúde Pública. João
Pessoa: Editora Brasileiro & Passos, 2018.

Silva, P.N. [et. al], Ocorrência e diagnóstico do câncer de colo de útero em Barra do Garças-
MT v. 11, Rev. Científica Faema, Mato Grosso: 2020.

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