Fronteiras Ampliadas

de um Território em
Conformação
O Livro-reportagem
no Brasil
- Mercado editorial latino-americano não
apresenta o mesmo nível de maturidade do
que é produzido na América do Norte e na
Europa Ocidental, por exemplo.

- A editoria ainda não despertou tanto interesse

no campo acadêmico e é escassa de estudos.

- Apesar da qualidade, o livro-reportagem deve

ser impulsionado à um patamar superior ao que
se apresenta atualmente.
Livro-reportagem X
outros livros
Livro reportagem como um subsistema híbrido,
ligado tanto sistema jornalismo quanto ao
sistema editoração, porém segue moldes
técnicos jornalísticos

O livro reportagem é escrito por um jornalista

pois o jornalismo desempenha a tarefa de
informar e orientar – função aparente/função
subjacente
Livro-reportagem X
outros livros
-Conteúdo – livro-reportagem deve trabalhar
com objetos reais

Tratamento – tem caráter jornalístico em toda

sua forma

Função – pode ser simplesmente informar,

orientar e explicar ou exercer
uma abordagem em diversos ângulos sobre o
assunto
Quanto à finalidade
Preenche os vazios da mídia periódica e
tradicional
Pode abranger o jornalismo opinativo,
investigativo, diversional, entre outros
Utilização dos recursos da literatura e/ou
cinema
Pode abordar fatos não abrangidos pelos
periódicos por questões comerciais ou
editoriais
 Narrativas
delimitadas
1 Fato Nuclear / Situação: acontecimento em
por
suas unidades básicas; quando, onde, como,
quem está envolvido e porquê
dimensões de
2 Espaço geográfico ou ambiente imediato:
tempo e de
descrição de traços do meio físico ou mental que
cercam o fato
espaço
3 Intensidade: indica a ressonância emocional
que o fato desperta; efeitos repercussões, etc

4 Espaço psicológico extra; comoção derivada

“Ingredientes” para
o que está mal
explicado

1. Contexto
2. Antecedentes
3. Suporte especializado
4. Projeção
5. Perfil (humanização)
6. Abordagem multiangular
Conceito de livro-reportagem no
campo acadêmico

Sistema híbrido de informação com ligações

fundamentais com o jornalismo e secundárias
editoriais. É um subsistema do jornalismo que tem a
função de informar de maneira aprofundada temas que
vão desde ocorrências factuais à ocorrências sociais,
figuras humanas, ideias e situações.
Quanto à profundidade da
informação:

Notícia

Reportagem

Grande reportagem

Livro-reportagem
 Uma proposta de
classificação
● LR-perfil: procura evidenciar o lado humano de uma personalidade de interesse do público. Variante: LR
Biografia
● LR-depoimento: relato de acontecimento relevante de acordo com um envolvido ou testemunha.
● LR-depoimento:
Posse ser escritorelato de acontecimento
pelo participante ou comrelevante
a ajuda dedeprofissional.
acordo com um envolvido ou testemunha.
Posse ser escrito pelo participante ou com a ajuda de profissional.
● LR-retrato: é parecido com o livro-perfil, mas focaliza uma região geográfica, um setor da
sociedade, um segmento de atividade econômica.
● LR-ciência: seu propósito é a divulgação científica geralmente em torno de um tema específico.
● LR-ambiente: visa interesses ambientalistas e ecológicos podendo apresentar postura crítica,
combativa ou de conscientização.
● LR-história: foca um tema do passado recente ou algo mais distante. Tem origem em temas
históricos.
● LR-nova consciência: foca em temas de novas correntes comportamentais, sociais, culturais,
econômicas e religiosas que surgem em várias partes do mundo.
● LR-retrato: é parecido com o livro-perfil, mas focaliza uma região geográfica, um setor da sociedade, um
segmento de atividade econômica.
● LR-ciência: seu propósito é a divulgação científica geralmente em torno de um tema específico.
● LR-ambiente: visa interesses ambientalistas e ecológicos podendo apresentar postura crítica, combativa ou
de conscientização.
● LR-história: foca um tema do passado recente ou algo mais distante. Tem origem em temas históricos.
● LR-nova consciência: foca em temas de novas correntes comportamentais, sociais, culturais, econômicas e
religiosas que surgem em várias partes do mundo.
Uma proposta de
classificação

● LR-instantâneo: debruça-se sobre um fato recém-concluído, cujos contornos finais já podem ser
identificados. Livro-flash e livro-reportagem da história imediata.
Uma proposta de
classificação

● LR-atualidade: também aborda um tema atual, mas ainda sem um desfecho.

Uma proposta de
classificação

● LR-antologia: reúne reportagens agrupadas sob os mais variados critérios.

Uma proposta de
classificação

● LR-denúncia: tem propósito investigativo. Apela para o clamor contra as injustiças, contra os
desmandos do governo, os abusos das entidades privadas ou as incorreções de segmentos da
sociedade, focalizando casos marcados pelo escândalo
● LR-ensaio: possui uma postura mais evidenciada do autor e de suas opiniões sobre o tema
● LR-viagem: utiliza de uma viagem para retratar vários aspectos do local. Tem preocupação com a
pesquisa, coleta de dados e exame de conflitos
Cap.2 - Procedimentos
da Extensão
Extensão pela pauta

● Necessidade constante de atualização dos meios

acaba atrapalhando uma apuração aprofundada
e um texto primoroso, o que compromete a
qualidade da notícia
● A pauta do LR deve localizar os conflitos e
transcendê-los, identificar causas e efeitos
● Amplia atualidade e periodicidade para atingir
universalidade, se tornar clássico
● Liberdade temática: variedade de temas que
são abordados pela imprensa de forma
superficial ou nem são abordados.

Liberdade
Liberdade…
● Liberdade de angulação: autor tem presença
expressiva para direcionar o assunto.

Liberdade
Liberdade…
● Liberdade de fontes: fuga de fontes
legitimadas e repetitivas, possibilidade de dar
voz a outras

Liberdade
Liberdade…
● Liberdade temporal: permite um relato
contemporâneo que fuja da instantaneidade do
jornalismo

Liberdade
Liberdade…
● Liberdade de eixo de abordagem: o
livro-reportagem não gira em torno do
acontecimento, da factualidade

Liberdade
Liberdade…
● Liberdade de propósito: permite maior
aprofundamento

Liberdade
Liberdade…
Cap.2 - Procedimentos
da Extensão
A Complementação pela Captação
No jornalismo em profundidade, captar o real exige mais que
seguir fielmente uma pauta previamente elaborada. Nesse
sentido, a produção da pauta serve como um esboço para as
múltiplas abordagens e descobertas que podem ocorrer no
processo de captação.
A objetividade, no entanto, se torna um mito, um instrumento
para privilegiar a subjetividade, tendo em vista que os
mecanismos de captação do real são condicionados por uma
série de fatores pessoais - do repórter, sua formação, sua
cosmovisão - e conjunturais - da empresa jornalística, seu
escopo ideológico, seus comprometimentos - que limitam a
compreensão do mundo.
Tipos de Captação:

● Entrevistas de compreensão - Em busca do

aprofundamento, as entrevistas são utilizadas como
formas de expressão, permitindo certo diálogo, e o
crescimento do contato do entrevistador e
entrevistado.
Tipos de Captação:

● Histórias de vida - utilizada em forma de entrevista ou

depoimento para realçar o aspecto de humanização
que se busca nas reportagens em profundidade.
Tipos de Captação:

● Observação participante - permite o mergulho e

envolvimento total do jornalista nos próprios
acontecimentos e situações dos personagens, de
forma a retratar a realidade com mais intensidade,
vivacidade e presença.

*O New Journalism, como outras correntes de

contracultura, trouxe uma proposta de imersão total do
repórter na realidade. A intenção é acompanhar as
fontes, viver o seu mundo, se imergir totalmente na
situação, para assim, poder contá-la. Nesse sentido, o
New Journalism acrescentou a subjetividade do
repórter à objetividade do jornalismo, trazendo mais
verdade à produção.
Tipos de Captação:

● Memória - resgate de riquezas psicológicas e sociais,

uma reconstrução feita pelo narrador para melhor
compreensão da realidade.
Tipos de Captação:

● Documentação - coleta de dados em fontes

registradas de conhecimento, para promover o poder
de sustentação.
Tipos de Captação:
● Visão pluridimensional simultânea - incorporação de
óticas modernas abrangentes para observar a
realidade em uma dimensão ampliada.

“quando a ciência avança para horizontes mais sutis de

percepção, por que o jornalismo deveria permanecer
restrito a um campo de visão míope, em termos
modernos?”
Descrição do rosto
https://melhorcomsaude.com.br/forma-do-seu-rosto-diz-personalidade/
 Visualizar o personagem

Por mais que o escritor possa dar uma personalidade forte ao seu personagem, aproximando-o ao máximo da
realidade, o leitor necessita visualizar essa “pessoa”, formar uma imagem concreta em sua cabeça a respeito
de quem está lendo. Por isso é tão importante caprichar na descrição da aparência.

Não existe ordem específica sobre partes do corpo ou aspectos descrever primeiro, mas o autor pode
começar por algo que ache marcante ou necessário naquele momento, como “olhos cor de violeta”, “lábios
carnudos e rosados”, “um rosto pálido e olhos com olheiras profundas”... Comece pelo que você quer que o leitor
visualize primeiro.

recurso muito utilizado e que torna a parte da descrição menos maçante — uma vez que muitos leitores não têm lá
muita paciência para isso — é assimilar um aspecto físico com um psicológico. Por exemplo: Lisa possuía
olhos doces e sinceros, de um tom de castanho suave, que poderia se assemelhar ao mogno. Suas sobrancelhas
eram finas e bem desenhadas, curvadas, representando sua personalidade sempre curiosa e indagadora.
 Algumas características

Formato do rosto (oval, redondo, quadrado, fino, rechonchudo...);

Redondo, quadrado, oval, coração, oblongo ou diamante, são os principais tipos de rosto que existem para
caracterizar as diferentes formas, e cada um deles apresenta o seu próprio formato e características específicas:

Estrutura óssea do rosto (maxilares, maçãs do rosto, queixo...) ;

Descrição dos olhos (cor, formato, tamanho...);

Sobrancelhas (arqueadas, retas, cheias, finas, bem feitas...);

Nariz (fino, aquilino, grande, reto, torto...);

Lábios (cheios, finos, curvados, sensuais, rosados...);

Cabelos (cor, tamanho, liso, ondulado, cacheado, calvo, careca...);

Pescoço (elegante, longo, grosso...);

Estrutura corporal (atlético, baixo, alto, gordo, magro, esguio, musculoso...);

 Outras características

postura,
linguagem corporal,
forma de andar,
forma de gesticular,
como se veste,
óculos,
barba,
cicatrizes...

Você pode “brincar” com a aparência de seu personagem para que ele possa ser
visualizado com mais facilidade...
Descrição do rosto