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CEREZUELA, David Roselló.

Planejamento e Avaliação de Projetos Culturais: da ideia à


ação. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2015. 240 p. Tradução Marcela Ferreira Zaccari

CAPÍTULO 1 - PLANEJAMENTO
“Um projeto cultural é uma sequência ordenada de decisões sobre tarefas e recursos,
encaminhadas para alcançar certos objetivos em determinadas condições”.
Na área cultural, planejar é um exercício de prospecção.
3 critérios metodológicos básicos para elaborar um projeto
Projeto como ferramenta guia na concepção e aplicação concreta do trabalho.
Não existe modelo definitivo de projeto cultural, tudo varia de acordo com as especificidades
da ideia/equipe/espaço, etc.
Embora não seja escrito de forma linear, o projeto cultural deve ser um documento lógico,
coerente e organizado.
Definições terminológicas
Plano: conjunto de diretrizes que indicam prioridades e orientam uma vontade de
intervenção, traçado a longo e médio prazo. Associado ao nível estratégico de planejamento.
Programa: conjunto de projetos que compartilham uma orientação em comum, isto é,
seguem o mesmo plano.
Projeto: unidade mínima de atuação, fechado em si mesma.

Plano > Programa > Projeto


Diferentes níveis de um projeto
1. A ideia
1. primeiro rascunho
1. pré-projeto
1. projeto a implementar (manual de trabalho da equipe)
1. projeto realizado
O documento base do projeto cultural, aquele que é mais completo, zela para que as
diferentes fases sejam coerentes entre si e estabeleçam os mínimos detalhes para a
execução. No entanto, é recomendável que existam versões adaptadas do projeto para
atender a diferentes públicos e propósitos, como: projeto para patrocinadores, para os meios
de comunicação, entidades...
Por que fazer o planejamento de projetos culturais
 Otimizar recursos para conseguir máximos resultados
 Orientar desde o princípio as ações da equipe
 Romper velhos esquemas de planejamento
 Fazer um processo de reflexão e renovações de ideias
 Estabelecer prioridades, critérios e atitudes comuns
 Generalizar práticas de acompanhamento e controle
 Dispor de um documento escrito para apresentar
 Dispor de um documento que perdura
 Facilitar a participação da equipe
 Estimular e unir os profissionais
 Mostrar o método de trabalho para novos integrantes da equipe
 Mobilizar diversos agentes num projeto comum
 Seriedade e profissionalismo
Requisitos de um bom projeto cultural
1) Permitir a tomada de decisões – ter um texto claro e conciso que guia a equipe
2) Ter visão de conjunto – analisando o contexto em que se insere
3) Ser coerente nas suas fases
4) Ser fruto de um processo anterior e origem de outro posterior
5) Ter uma perspectiva a longo prazo
6) Ter uma duração definida (ainda que se trate de um processo contínuo)
7) Ser realista e coerente com o contexto
8) Ter um forte componente de originalidade e renovação
9) Estar aberto à participação de outros agentes
10) Conhecer os pressupostos ideológicos que nos guiam
11) Estabelecer um cronograma
Principais dificuldades no planejamento de projetos culturais
a) Achar que é “perda de tempo” elaborar um projeto
b) Achar que o planejamento de projetos é só para quem tem recursos
c) Falta de estruturação leva a busca por formatos homogeneizantes
d) Complexo de missionário/descobridor
e) Projetos que vão de nada a lugar nenhum
f) Projetos demandados pela direção institucional
g) Importação e/ou exportação de projetos
h) Ambição de abarcar toda a população como público
i) A pessoa que sustenta sozinha o projeto
j) Querer ser a solução para os problemas do mundo
k) Falta da cultura da documentação na área de projetos culturais
l) Culto ao ativismo
m) Culto ao improviso
n) Pouca avaliação de impacto
o) Muita aparência, pouco planejamento
p) Regime de escassez
q) Achar que a participação da equipe (e até a expansão dela) não é interessante

CAPÍTULO 2 – ESQUEMA PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS


Utilidade de um esquema básico para elaboração de projetos culturais
Visão global do projeto, mais difícil esquecer algum elemento, compartilhamento com a
equipe envolvida, facilidade na escrita e leitura, facilita a elaboração crescente e cumulativa
Esquema
Título
Apresentação – situa o leitor, destacando a oportunidade e o interesse do projeto e os
elementos que o fazem especial e diferente.
Breve resumo
1. Base contextual do projeto – o que devemos conhecer antes de tomar qualquer decisão
a. Finalidade
b. Dinâmica territorial
c. Enquadramento no contexto de outras políticas
d. Origem e antecedentes
e. Análise interna da organização gestora

 Diagnóstico

2. Definição do projeto – exposição de propostas concretas que definem o projeto.


a. Destinatários
b. Objetivos e previsão de avaliação
c. Conteúdos
d. Estratégias
e. Atividades
f. Modelo de gestão
3. Produção do projeto – desenvolve todos os passos necessários para colocar a proposta em
prática
a. Planejamento da produção
b. Estrutura organizacional e de recursos humanos
c. Comunicação
d. Requisitos Técnicos e infraestruturais
e. Fatores jurídicos
f. Gestão econômica e financeira
g. Outros fatores

 Processo de avaliação

Bibliografia (se necessária)


Método das perguntas ajuda a dar forma ao projeto
O que? tema, título e conteúdo
Por quê? Justificativa que fundamenta o projeto
Para quê? Finalidade e objetivos
Quem? Organização gestora
Para quem? Público destinatário
Como? Estratégias e atividades
Quando? Tempo de realização
Onde? Lugar de realização
Com quê? Gestão de recursos
Quanto? Orçamento

CAPÍTULO 3 – DETALHAMENTO DAS FASES DO ESQUEMA


PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS
Base contextual do projeto
Análise do contexto em que se vai intervir, a fim de fazer propostas coerentes com a
globalidade do entorno, que podem ser delimitados em duas dimensões:
 Entorno geral: fatores amplos que afetam não só aquele projeto específico
 Entorno específico: fatores que afetam diretamente o projeto
Informações, dados, estatísticas, documentos, estudos, informes, análises, mapas, planos,
imagens, opiniões de especialistas e usuários, percepções e valorações constituem elementos
contextuais. Isto é, a contextualização não deve se ater somente a uma descrição da
realidade, mas também numa análise e posicionamento por parte da equipe.
a. Finalidade
Definição da finalidade do projeto
 Sua importância geral no macroentorno contemporâneo
 Características, necessidade, demanda ou problemática que o projeto
pretende cobrir
Justificativa e argumentação do projeto
 Tipo Jurídico: finalidade corresponde a um imperativo legal
 Tipo ideológico: ideias e conceitos guiam a finalidade do projeto
 Tipo histórico: fatos históricos avalizam o projeto
 Tipo político-pragmático: finalidade como consequência de uma política
ou programa cultural
 Tipo sociológico: conceitos e situações justificam a intervenção

Documentos de referência
 Lei, declaração, convenção ou documento programático;
 Políticas culturais e atuações de outras realidades territoriais;
 Estudos sociológicos, de mentalidade, hábitos e consumo;
 Estudos de opinião, níveis de sensibilização social.
Verbos de ação: fomentar, difundir, potencializar, estimular, facilitar, favorecer,
impulsionar, promover, conscientizar...

b. Dinâmica territorial
Características gerais do entorno territorial
Descrição geral
 Tipo de entorno (estado, município, região, bairro...)
 Características determinantes do território (localização, extensão, limites...)
 Distribuição territorial da população
 Redes de transporte internas e externas
Dados demográficos
Número de habitantes, procedência da população, saldo migratório atual,
previsão de evolução da população
Dados sociológicos
Minorias, normas e valores dominantes, níveis de instrução, dados eleitorais
Indicadores econômicos
 Distribuição da população e produção por setores econômicos
 Nível de renda per capita
 Taxa de desemprego
Dados culturais
 Inventário de entidades culturais
 Mapa de equipamentos culturais
 Nível de oferta cultural
 Níveis de consumo de lazer e cultura
 Impacto dos meios de comunicação locais e gerais
Grau de centralização e relação com o próprio entorno
Centralismo e posicionamento administrativo econômico, cultural, etc.;
repercussão sobre a dinâmica territorial e cultural
Relações com outros territórios
 Relações administrativas, econômicas/laborais, culturais.

Análise da dinâmica território/cultura


Grau de identidade cultural do quadro territorial
Fenômenos destacados no território que influem no processo de identificação
 Patrimônio
 Acontecimentos culturais (festivais, festas...)
 Turismo
 Emigração/imigração
Desequilíbrios existentes no desenvolvimento cultural territorial
 de equipamentos, de oferta e divulgação, de consumo e demanda, de
produção, ação e formação
Situação atual em relação a referenciais históricos recentes
Relação entre políticas culturais e desenvolvimento econômico
Métodos para realizar a análise da dinâmica territorial:
a. Consulta a censos, padrões e outros dados da população
b. Leitura de publicações existentes
c. Enquete
d. Consulta pública aberta
e. Entrevista individual
f. Grupos de discussão
g. Grupos de especialistas
h. Observação

Método FOFA/SWOT para análise de dinâmica territorial em relação ao projeto cultural


Análise interna da organização gestora do projeto
 Forças: aspectos em que a equipe está bem preparada para realizar
 Fraquezas: aspectos em que a equipe não está bem preparada para realizar
Análise externa, do entorno
 Ameaças: variáveis que, se não tratadas adequadamente, podem comprometer o
projeto
 Oportunidades: elementos existentes no presente e futuro que podem resultar numa
vantagem ou estímulo ao projeto
A comunicação do projeto cultural
= Conjunto de medidas adotadas para transmitir a mensagem ao conjunto do entorno.
Três vertentes da comunicação:
1) A imagem ou identidade corporativa: os traços que caracterizam o projeto diante da
sociedade. Podem ser tangíveis ou intangíveis
2) Relações: contatos permanentes estabelecidos de maneira direta com o entorno
(externas) e na organização (internas)
3) Divulgação: transmitir ao públicos quais atividades serão realizadas e incentivá-los a
participar.
Roteiro da comunicação do projeto cultural
Definição da imagem do projeto para o público, a instituição e os meios de
comunicação e quais mecanismos irão fomentar essa imagem.
Relações com o entorno do projeto
 Comunicação permanente estabelecida com os componentes da equipe
 Comunicação com outras áreas da instituição
 Comunicação com o público
Relações com os formadores de opinião
Relações com os meios de comunicação
Relações com os patrocinadores
Relações com outras instituições culturais com conteúdos parecidos
Relações com a concorrência
Plano de divulgação
 Identificação do público
 Mensagem que se quer transmitir
 Tipos de canal de divulgação usado e a quantidade de cada tipo
 Locais apropriados para divulgação
 Cronograma de divulgação
 Previsão do método de avaliação do impacto da divulgação
 Orçamento da divulgação

Requisitos técnicos e infraestruturais


 Descrição da Infraestruturas necessárias em diferentes momentos do projeto
(espaços, mobiliário, instalações, equipamentos, material técnico próprio das
atividades, material administrativo)
 Planimetria dos espaços principais
 Regime de aquisição (próprio, aluguel, compra, empréstimo, permuta...)
 Previsão de mobilidade, adaptabilidade e polivalência
 Previsão de manutenção (responsabilização, localização e cronograma)
 Métodos de controle das infraestruturas e equipamentos técnicos
 Previsão da avaliação de funcionamento dos requisitos técnicos
 Orçamento total de fatores de infraestrutura e técnicos

CAPÍTULO 4 – AVALIAÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS


Avaliação (= valoração) presente de forma transversal na maioria das fases de um projeto,
não só no final. Possibilidade de realizar uma avaliação prévia e, principalmente, avaliação
intermediária e ao final do projeto.
Existem diferentes modelos de avaliação de projetos. O mais usado é a avaliação por
objetivos (determinados previamente no planejamento do projeto); outro modelo popular é
a avaliação livre de objetivos, focada nas causas e consequências do projeto.
Definição de avaliação: “Processo pelo qual se valora a trajetória e os resultados de um
projeto cultural” (p.203). A avaliação não é “um fim em si, mas um instrumento a serviço do
projeto” (p. 205).
Níveis de avaliação:
1) Os objetivos foram cumpridos?
2) Até que ponto o projeto foi bem definido?
3) O processo de produção foi o melhor?
4) Quais modificações fariam com que o projeto fosse melhor?
Perguntas disparadoras:
1) Por que avaliar um projeto cultural?
a. Melhorar aquele projeto e/ou suas futuras edições, realizando modificações
no planejamento/execução.
b. Justificar a continuidade da proposta em novos projetos ou decidir o
término daquele projeto.
c. Tomar decisões institucionais acerca da equipe envolvida.
2) Porque não avaliar um projeto cultural?
a. O objetivo do projeto é unicamente a realização da atividade (ação pela
ação).
b. Não há tempo para realizar a avaliação, as outras etapas são mais
importantes.
c. A percepção de êxito ou não dos gestores é o bastante para avaliar o
projeto.
d. Não há confiança e/ou conhecimento no método de avaliação.
e. Temor pelos resultados obtidos no processo de avaliação e as
consequências dele para a equipe e a instituição.
f. Satisfatórios ou não, os resultados da avaliação terão pouco impacto no
futuro do projeto.
g. Parece difícil estabelecer uma lógica entre os resultados da avaliação e as
intervenções da equipe.
h. Avaliação vista como um processo externo à equipe e a realização do
projeto, usada para valorá-la. Os resultados não são considerados no
desenvolvimento do trabalho da equipe.
i. Falta de exigência e valorização da avaliação.
As vantagens da avaliação de projetos culturais
 Garantir o cumprimento dos objetivos
 Melhorar o projeto
 Comparar diferentes projetos
 Renovar e inovar os projetos
 Gerar novas ideias
 Ilustrar os sucessos obtidos
 Definir início e fim de etapas
 Valorizar a equipe envolvida
 Propiciar o debate no interior da equipe
 Demonstrar interesse pelo resultado de consultas ao público
 Facilitar a consulta futura ao projeto
O que se avalia?
Contexto: o ponto de partida do projeto estava correto?
Objetivos: em que medida os resultados foram alcançados? E quais foram os resultados não
esperados? (definir indicadores quantitativos e qualitativos previamente)
Definição: as decisões tomadas ao longo do projeto foram as mais adequadas? Ou os
resultados seriam melhores com estratégias e ações diferentes das implementadas?
Processo: houve eficiência na realização das etapas, estratégias e ações implementadas em
relação aos objetivos desejados?
Finalidade: qual foi o impacto/a repercussão do projeto? Ele foi capaz de contribuir para um
programa ou plano mais amplo?
Quem realiza a avaliação?
Depende do objetivo da avaliação. Ela pode ser realizada pela própria equipe, numa
avaliação interna, ou por terceiros (posicionados hierarquicamente ou não em relação à
equipe), realizando um controle externo.
Quando se realiza a avaliação?
Ao longo de todas as fases do projeto, aplicando simultaneamente dois pontos de vista
complementares:
Avaliação contínua: serve para detectar disfunções, fazer o acompanhamento do estado do
projeto. O imediatismo é a principal característica desta avaliação, que permite a realização
de ajustes e modificações à medida em que os problemas são detectados.
Avaliação final: efetuada ao final do projeto, onde se obtém informações em detalhes (ainda
que estejam defasadas) sobre o todo do projeto. Em geral, não é possível fazer modificações
no projeto atual, somente em futuras edições dele.
Projetos mais longos também podem contar com avaliações intermediárias, feitas
periodicamente, em formato de relatório.
Avaliação quantitativa x avaliação qualitativa
A avaliação quantitativa foca em tudo o que pode ser medido através de dados
padronizados e estruturados para coletar dados. Já a avaliação qualitativa foca na percepção
geral sobre um tema, sendo mais sensível a opiniões e atitudes. Raramente a qualitativa é
usada como único sistema de avaliação, sendo usada para complementar a avaliação
quantitativa.
Fases da avaliação:
Planejamento: escolha do modelo de avaliação, elaboração de indicadores e sistema de
medição.
Descritiva: coleta, ordenação e sistematização das informações.
Comparativa ou valorativa: análise e comparação dos dados obtidos a partir dos parâmetros
previamente estabelecidos (que, em muitos casos, são os objetivos específicos do projeto).
Processo: estudo das causas das mudanças produzidas no projeto (se houver).
Divulgação: comunicação interna e/ou externa dos resultados da avaliação.
Tomada de decisões: realização de mudanças na orientação do projeto em face aos
resultados.
Métodos gerais de avaliação:
Avaliação experimental: comparação entre o contexto em que se interveio e outros onde
não se atuou. Para isso, é necessário conhecer muito bem os fatores presentes e que podem
impactar a avaliação. Em projetos culturais, tende a ser pouco útil para avaliações de curto
prazo.
Avaliação reflexiva: comparação de um contexto antes e depois da intervenção do projeto, o
que permite acompanhar a sua evolução. Costuma ser o método mais utilizado de avaliação
de projetos culturais. É realizada em ao menos duas ocasiões: a primeira para determinar os
objetivos do projeto e a segunda para comprovar se eles foram atingidos.
Avaliação transversal: comparação entre diferentes contextos em que houve uma
intervenção do projeto de maneira igual ou parecida.
Avaliação de opinião: análise de especialistas, sem comparação de dados concretos.

Importante: é recomendado o uso combinado de métodos, nenhum deles é excludente!


Critérios de avaliação:
Eficácia: comprovação de que os objetivos foram alcançados. É o critério mais importante
em uma avaliação pois é o que tem maior peso, ainda que seja possível tirar vários
resultados positivos em outros critérios.
Eficiência: relação entre o alcançar dos objetivos e os recursos utilizados (humanos, de
infraestrutura, de tempo e econômicos).
Impacto: avaliar a finalidade do projeto. Costuma ser usado como critério na avaliação de
um conjunto de projetos.
Equidade: capacidade do projeto em distribuir os resultados de forma equitativa e justa
entre a população beneficiária.
Sensibilidade: satisfação das necessidades ou demandas da população beneficiária. Em
geral, parte da opinião do público.
Sustentabilidade: capacidade do projeto em manter seus sucessos ao longo do tempo, assim
pode-se chamar esse critério de permanência.
Como avaliar?
Na fase de valoração do projeto, pode-se empregar uma análise FOFA, que leva em
consideração as Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças do que é desenvolvido.
Instrumentos de avaliação:
Registro: censos, estatísticas existentes, atas de reunião, documentos internos, relatórios,
etc. gerados pela própria equipe ou por terceiros que ajudam a obter informações
quantitativas e qualitativas.
Medições: contagem de pessoas, vendas de ingresso, receitas e despesas, isto é,
informações puramente quantitativas.
Pesquisas: de opinião, de satisfação, de hábitos, etc., realizadas com o público através de
uma amostragem ou na sua totalidade. Pode gerar resultados quantitativos ou qualitativos.
Importante determinar se as respostas serão fechadas ou abertas.
Entrevista pessoal: opinião de pessoas escolhidas por sua capacidade de visão sobre o tema.
Grupos de discussão ou entrevistas em grupo: opinião, posicionamento ou informações de
uma comunidade, partindo de seleção aleatória ou com variáveis controladas.
Observação estruturada ou não-estruturada: depende da capacidade de percepção e do
ponto de vista de quem a realiza, ajudando a entender situações em que somente a
observação direta pode trazer respostas. Costuma ser usada de forma complementar a
outros métodos e tem um processo de análise complexo.
Indicadores
Informam sobre uma situação ou resultado a partir da comparação com um valor conhecido
usado como referência. Em suma, o indicador guia a avaliação. Cada tipo de projeto e
conteúdo de avaliação requer indicadores específicos, que podem ser: de contexto, de
resultado, de processo e de impacto.
Sejam quais forem, os indicadores devem ser:
 Determinados antes da produção do projeto
 Ligados aos objetivos específicos e aos conteúdos do projeto
 Objetivos, neutros e não interpretáveis
 Medíveis de maneira simples
 Confiáveis
 Sensíveis à pequenas variações de contexto
 Duráveis no tempo
 Comparáveis com outros projetos
 Comprováveis por terceiros
 Acessíveis de acordo com os recursos disponíveis.

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