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↬ Tradução: Lorelai

↬ Revisão Inicial: Sibele


↬ Revisão Final: Ana Cláudia
↬ Leitura: Cris
↬ Conferência: Lorel West
↬ Formatação: Thame
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Alerta Cowboy Sexy

Tendo nascido e crescido em Mason Creek, convivi com


cowboys durante toda a minha vida.

Os fazendeiros fazem parte da cena de Montana.

Mas suas atitudes arrogantes me fazem correr na direção


oposta.

Até Bo Christianson chegar à cidade.

Sua capacidade de laçar gado não é a única coisa que me


cativa.

Como todos os outros, tenho certeza de que ele é apenas mais


um rostinho bonito.

Exceto seu carisma


Este é para todos aqueles que adoram romances de cidade pequena.

As Montanhas de Mason Creek


“Um quarto sem livros é como um corpo sem alma.”

— MARCUS TULLIUS CICERO


Capítulo 1
EVVIE

A CARRANCA NÃO ERA nada comparada ao estranho que me olhava no


espelho. Para me animar, mostrei a língua. Não funcionou. Os últimos seis
meses tinham causado estragos no meu corpo. Nenhuma das minhas roupas
cabia e eu não tinha dinheiro para comprar um guarda-roupa novo inteiro, então
eu alternava entre os poucos itens que funcionavam e os tamanhos grandes que
eu havia comprado.

Se eu não conseguisse controlar os doces que estava consumindo, eu os


deixaria em breve também. Minha mãe, com seu jeito intrusivo, ficava me
perguntando se eu precisava de aconselhamento. Ela não estava comprando o
fato de que eu não podia ficar longe dos doces no trabalho. Esse era o problema.
Os assados me arruinaram e tudo o que tentei não funcionou. Eu até comecei
a correr, o que acabou sendo desastroso. Eu torci um tornozelo e distendi todos
os músculos do meu corpo. Não, obrigado. Prefiro ser grande do que suportar
essa dor novamente.

Depois de um longo gemido, fechei meu jeans e coloquei o tênis. Era hora
de ir trabalhar.

Java Jitters estava pegando fogo esta manhã. Estávamos sempre ocupados
das sete às nove, mas hoje foi uma loucura. Eu estava operando as duas
máquinas de café enquanto Poppy estava entregando os pedidos de comida.
Tínhamos três outros funcionários e ainda estávamos ocupados.

— Eles estão vendendo ingressos ou algo assim? — Eu perguntei a Poppy.

— Eu não sei, mas algo está acontecendo.

Um dos homens na fila disse: — Você não sabe?

— Sabe o que? — Olhei para ele enquanto colocava dois lattes no balcão.

— Eles estão fazendo um show de viagens aqui hoje.

— Você quer dizer como daquele canal de viagens?


— Sim.

— Oh, não. Poppy, você ouviu isso?

— Ouviu o que?

Eu disse a ela o que o homem disse.

— Você está brincando, certo?

— Não. — Fiz um gesto por cima do ombro, dizendo: — Ele acabou de


me dizer.

— Merda. — Ela murmurou. — Isso significa que seremos invadidos por


franquias e turistas depois que as pessoas assistirem.

— Caramba, eu não tinha pensado nisso. Jessie não vai gostar disso. —
Jessie e Poppy eram donas do Java Jitters. Jessie foi quem começou o negócio.

— Nem Emma. — Disse Poppy.

Emma era dona de um bar chamado Pony Up e odiava franquias. É por


isso que ela e Jessie abriram seus negócios aqui. Mason Creek estava desprovido
de franquias até agora.

Gritei alguns nomes para os cafés com leite que fiz e fiz dezenas de outros.
O que era sobre café com leite, afinal? Eu amava as bebidas especiais aqui, mas
os cafés com leite eram apenas cafés chiques com creme. Minhas preferências
eram entre os macchiatos de caramelo ou os mochas. Agora, essas eram as
verdadeiras especialidades e os culpados que aumentavam minha circunferência
recém-descoberta.

Quando a correria acabou, já passava das dez e todos precisávamos de


uma pausa. Peguei um café com chocolate e dois muffins de mirtilo, dos poucos
que sobraram. Poppy tinha colocado mais no forno porque as pessoas
compravam isso o dia todo, não apenas para o café da manhã. Eles eram os
melhores absolutos.

Eu tinha acabado de me sentar quando a campainha da porta tocou. Olhei


para cima para ver um cara alto de cabelos escuros com um chapéu de cowboy
empoleirado na cabeça. Ele usava jeans desbotado e uma camisa apertada,
mostrando seus bíceps. Ótimo, simplesmente ótimo. Eu conhecia o tipo dele.
Cowboys não valiam o tempo que levavam para dizer a palavra. Na minha
experiência, eles eram todos arrogantes e pensavam que andavam sobre a água.
Não, eles definitivamente não eram Jesus no meu livro. A maioria deles eram
idiotas com I maiúsculo.

Andei atrás do balcão, já que a maioria dos outros estava fazendo uma
pequena pausa, e perguntei: — Posso ajudá-lo?

Como eu esperava, seus olhos percorreram meu corpo de cima a baixo,


examinando minha paisagem pessoal. Então os cantos de sua boca se curvaram.

— Parece que você derramou alguma coisa ali. — Ele apontou para a
direita acima de um dos meus seios. Claro, ele perceberia isso.

— Sim, tivemos uma manhã ocupada, e eu estava fazendo um monte de


café com leite. Eu não presto atenção no que eu derramo. Então, o que vai ser?

— Café, preto e um sanduíche de bacon, ovo e queijo.

— Sente-se e eu vou levar para você. — Voltei para a cozinha para fazer
o pedido a uma das meninas, e então servi sua xícara de café.

Quando o entreguei, ele perguntou: — Esta é a única cafeteria da cidade?

— Claro que é.

— Eu sou novo aqui, então pensei em perguntar.

— Imaginei. — Eu realmente não queria conversar com esse cara.

— Ah? Como você sabia?

— Porque se você fosse um verdadeiro Mason Creeker, você não teria


feito essa pergunta.

— Entendi. E você é? — Ele me olhou com curiosidade.

— Eu sou o que?

— Uma verdadeira Mason Creeker?

— Claro que sou. Nascida e criada aqui.

— Ótimo. Você pode me dizer onde posso encontrar trabalho por aqui?
— Deixe-me adivinhar. Você é um cowboy e quer trabalhar em um
rancho.

— Isso mesmo, de certa forma. — Ele tirou o chapéu.

O que diabos isso significava? — O rancho Roman Wilde é o maior. Esse


seria o seu melhor lugar para começar. Se eles não precisam de ninguém, eles
podem recomendar outro rancho.

— Obrigado. Bom café, a propósito. — Ele ergueu a xícara.

— É por isso que o Java Jitters é conhecido. Isso e seus muffins.

— Muffins, hein? — Ele riu.

Eu não sabia o que era tão engraçado nisso até que me virei e fui embora.
Foi quando ele disse: — Eu concordo.

Virei-me e perguntei: — Desculpe-me?

— Com o que você disse sobre os muffins. Você realmente tem o melhor
que eu já vi.

Revirei os olhos. Essa tinha que ser a pior cantada que eu já tinha ouvido.
Além disso, eu não tinha mais muffins. Eu tinha pães. — Sério? Você realmente
disse isso?

— Eu disse. Você... não importa.

— Uh-huh. É melhor não dizer nada neste momento. — Fui para a


cozinha, deixando meu café e muffins na mesa. O gosto por eles azedou depois
de seu comentário estúpido.

Empurrei a porta com tanta força que quase bati na bunda de Poppy.

— Minha nossa, mulher! O que você tem em tal agitação? — Ela


perguntou.

— Aquele cliente cowboy estúpido lá fora. Ele teve a coragem de


comentar sobre meus muffins e não sobre os que você come.
Ela rachou. — Ouça, pegue-os quando puder. Quando você chegar à
minha idade, esses tipos de comentários desaparecem. — Ela deu um tapinha
no bumbum.

— Primeiro, você notou a minha ultimamente? E por que os cowboys


sempre pensam que são as coisas mais gostosas do mundo?

— Talvez por que eles são? — Ela deu de ombros. Poppy carregava o
sanduíche de café da manhã em suas mãos. — Você quer entregar isso, ou eu
devo?

— Seja minha convidada.

Ela desapareceu, mas voltou minutos depois, abanando-se. — Garota,


esse cara é… atraente!

— Eu não percebi.

Suas sobrancelhas subiram para o teto. — O quê? Como você pode ser
tão imune?

— Porque eu odeio cowboys. Todos eles pensam que são presentes de


Deus.

Poppy balançou a cabeça. — Isso é porque a maioria deles são. Músculos


por dias que eu poderia simplesmente... oh, esqueça. Você já tem sua escolha
de homens, então você não pode apreciar o que está na sua frente.

— Isso não é verdade! Eu tive alguns antes disso. — Eu acariciei meus


quadris. — Mas não recentemente. Eu só não quero um homem que pensa que
ele é tudo isso e mais um pouco.

Poppy estalou a língua. — Abra os olhos, Evvie. Aquele lá fora é. Você


reclama da falta de homens nesta pequena cidade, mas lá fora está um Adonis
que você está ignorando.

Ela não entendia. Eu estive com aqueles idiotas toda a minha vida e me
recusava a participar de ser mais um entalhe em seus elegantes cintos ocidentais
com suas iniciais gravadas no couro e enormes fivelas de prata. Não, isso não
era meu negócio.
Eu joguei meus braços para cima. — Tudo bem, eu vou tomar meu café,
mas quando eu disser que avisei, você não tem permissão para dizer nada de
volta para mim.

Meu café havia esfriado, então peguei a xícara, joguei fora o conteúdo e
enchi de novo. Então eu me sentei novamente. O Sr. Cowboy disse: — Por que
você não se senta comigo?

— Obrigada, mas eu vou ficar aqui.

Então ele fez a coisa mais irritante de todas. Ele pegou o que restava de
seu sanduíche junto com seu café e foi até minha mesa. — Isso funciona bem
também. Meu nome é Bo. Bo Christianson. Qual é o seu?
Capítulo 2
BO

SEUS OLHOS BRILHARAM quando me sentei em sua mesa. Estendi minha


mão enquanto me apresentava. Por um minuto, eu não achei que ela fosse
retribuir. Então ela disse: — Oi, eu sou Evvie. — Ela apertou minha mão, mas
a soltou imediatamente, como se eu tivesse piolhos.

Rindo, eu disse: — Não se preocupe. Eu lavo muito minhas mãos. Eu


também não tenho nenhuma doença contagiosa.

— Bom saber. — Seu tom era um pouco salgado. Eu não sabia como a
havia ofendido, então fui descobrir.

— Eu fiz algo para te chatear?

— Sério?

— Sim, eu gostaria de saber.

Ela me olhou como se suspeitasse que eu estava tramando algo. — Tudo


bem. Esse comentário que você fez sobre meus muffins. Isso não foi
exatamente lisonjeiro.

— Certo. Desculpe por isso, mas você tem uns muffins excelentes. — Eu
disse, tentando não rir.

Ela bateu no meu braço. — Isso não é engraçado. Você não pode sair por
aí dizendo às mulheres que elas têm muffins bons.

— Por que não? Eu só faço isso quando é a verdade. — Estava ficando


extremamente difícil não rir.

— Mas isso não importa. É sexista.

— Oh rapaz, aqui vamos nós. As mulheres não deveriam ser tão tensas
com um elogio.
Ela se inclinou para trás e cruzou os braços. Claro, eu a estava provocando.
Eu sabia que era sexista, mas queria ver a reação dela.

— Ouça aqui, amigo. Um elogio é quando um homem diz a uma mulher


que ela está bonita, ou gosta de seu cabelo ou óculos ou algo assim. Dizer a ela
que ela tem muffins bonitos não é um elogio. — Ela empurrou os óculos no
nariz.

— Por que não?

— E se eu te disser que você tem uma ótima salsicha?

Eu tinha acabado de tomar um gole do meu café e acabei engasgando com


ele. Depois que engoli, eu uivei de tanto rir. — Oh, Deus, isso é ótimo. Na
verdade, eu ficaria honrado.

— Claro que você ficaria, sua bunda... — Ela cobriu a boca com a mão.

— Vamos lá. Tudo bem se você quiser dizer bunda. Já ouvi pior.

— Eu não posso acreditar em você! — Ela bufou, então fez beicinho.

— O quê? Você sabe como todos os homens são imaturos sobre coisas
assim. Por que você não pode simplesmente seguir o fluxo?

— Porque o fluxo é como lidar com um adolescente. Eu pensei que


quando cheguei aos meus vinte anos, tudo isso ficaria para trás.

— Deixe-me dar uma dica. Os homens nunca crescem. Nós adoramos


nos divertir.

— Bo, você já pensou que pode haver diferentes maneiras de se divertir?

Eu balancei minhas sobrancelhas. — Agora você está falando.

— E é exatamente por isso que eu evito cowboys. Vocês todos são


exatamente iguais. Eu acho que viver nesses barracões destrói suas células
cerebrais.

Resolvi seguir essa linha de pensamento. Ela não precisava saber que eu
nunca tinha passado uma noite em um barracão e a razão pela qual eu estava
em Mason Creek não era para conseguir um emprego. Era para ver se comprar
um rancho era viável.
— Você provavelmente está certa. As conversas que tivemos. — Eu sorrio
como se estivesse me lembrando.

Ela franziu a testa. — Eu não quero saber.

— Então, Evvie, há um bom lugar para jantar na cidade?

Sua carranca desapareceu. — Sim! Existem alguns ótimos lugares. Eu


recomendaria o Wren's Café ou o Pony Up. O primeiro é um verdadeiro café
com comida imbatível e o segundo é um bar, mas eles servem a melhor comida
de bar que você já comeu.

— Ótimo! Vá jantar comigo esta noite.

— O quê?

— Por favor, saia para jantar comigo. Não conheço ninguém na cidade e
prometo me comportar.

Seu olhar se estreitou e ela mordeu o lábio enquanto me inspecionava. —


Tudo bem, mas sob uma condição. Você não faz comentários sexistas a noite
toda. Sem comentários sobre muffins.

Minha mão disparou quando eu disse: — Negócio fechado.

Ela pegou e nós balançamos.

— Onde devo buscá-la? — Eu perguntei.

— Você não vai. Eu te encontro no Pony Up.

Ela era esperta. Não era sábio me deixar buscá-la, já que ela não sabia nada
sobre mim. — Tudo bem. Que horas?

— Sete.

Levantei-me e disse: — Estou ansioso para esta noite então. Vejo você às
sete, Evvie.

Tirei o chapéu e saí. Minha próxima parada seria o rancho Roman Wilde.
Meu interesse não era o emprego. Eu queria falar com o proprietário sobre o
potencial de outro rancho na área. A fazenda Roman Wilde era bem conhecida
em Montana e em todo o Oeste. Eu só pedi a ela para me fazer parecer legítimo.
Uma vez no caminhão, eu pesquisei o rancho e descobri sua localização.
Quando cheguei, fiquei impressionado com o seu tamanho. A terra era vasta e
aninhada nas montanhas. Era extremamente pitoresco.

Não demorou muito para alguém se aproximar de mim assim que saí da
minha caminhonete.

— Posso ajudar?

— Sim, estou procurando por Wilder James.

— Deixe-me buscá-lo para você.

Alguns minutos depois, uma voz perguntou: — Você está me


procurando?

— Se você é Wilder James, sim.

— O primeiro e único.

— Ótimo. Eu sou Bo Christianson e estou me mudando para esta área do


Texas.

— Texas. Não recebemos muitos fazendeiros na área de Mason Creek do


Texas. Você está interessado em trabalhar?

— Considere-me um quebrador de moldes. Estou interessado em


comprar terras e começar um rancho próprio. No entanto, antes de fazer
qualquer coisa do tipo, quero ter certeza de que não vou pisar no calo de
ninguém. Portanto, vim conversar com você.

— Eu aprecio isso. Venha ao meu escritório e podemos conversar.

Eu o segui até uma estrutura parecida com um celeiro, só que era tudo
menos isso. Dentro havia escritórios e o que eu presumi ser o barracão dos
fazendeiros.

Nós nos sentamos e ele perguntou: — Então, o que especificamente você


está pensando em fazer?

— Quero criar um pouco de gado e cordeiro. Se tudo der certo, posso


adicionar bisões mais tarde.
— Isso é realmente diversificado. Você é competente nessas áreas? — Ele
perguntou.

— Espero que sim. Eu tenho experiência com todos os três. As ovelhas


que eu tenho menos, e é por isso que eu traria alguns forasteiros. Aqui está a
coisa. Eu não estou tentando infringir os negócios de ninguém. Estou
procurando um lugar que me permitirá fazer minhas coisas sem interferir nas
de ninguém. Minha pesquisa me trouxe aqui.

— Acho que você escolheu um ótimo lugar. Ninguém cria ovelhas para
vender e todo mundo vende cavalos, então isso não será um problema. — Disse
Wilder.

Eu sorri. Eu esperava que ele dissesse isso. — O gado que eu quero criar
seria Wagyu, então eu não competiria com ninguém.

— Esse é um mercado completamente diferente. Acho que é um ótimo


nicho e que ninguém tem por aqui.

— O bisão seria o último que eu apresentaria. Se as coisas correrem bem,


esse seria meu próximo empreendimento.

— Bo, eu acho que seu rancho vai se sair bem. Você estaria lidando com
coisas que ninguém mais faz.

— Isso é o que eu esperava ouvir. Agora eu preciso de terra. Tem alguma


recomendação?

Ele puxou um bloco adesivo e escreveu um número. — Aqui. Ligue para


Grady Jackson. Ele é dono da empresa imobiliária local. Se alguém pode
encontrar o que você precisa, é Grady.

Levantei-me, dizendo: — Obrigado, cara.

— A qualquer momento. E boa sorte.

Depois de voltar para minha caminhonete, liguei para Grady. Ele me pediu
para encontrá-lo em seu escritório, que ficava na cidade. Quando cheguei, ele
já tinha propriedades puxadas.

Eu gostei do som de tudo que ele encontrou, então o próximo passo era
vê-las.
A primeira que vimos foi apenas terra. Era uma bela propriedade, mas não
tinha prédios. Seguimos para a próxima e a seguinte. Foi a quarta que despertou
meu interesse. Tinha muito terreno - mais de mil - e também uma bela casa, um
enorme celeiro e um barracão.

— Isto é perfeito.

— É. A pessoa que construiu não era um fazendeiro. Ele gostou da ideia,


mas nunca a colocou em uso. Ele aluga o lugar ocasionalmente e só o visita de
vez em quando.

O interior da casa também estava perfeito. Tinha muito espaço - quatro


quartos, todos com suíte. A cozinha era moderna e não precisava de atualização.
E o melhor de tudo era a vista. O proprietário construiu a casa estrategicamente
para capturar a vista em todos os cômodos.

— Eu quero fazer uma oferta nesta.

— Ótimo. Eu odeio dizer a você, mas ele vem com um preço alto. O
proprietário também não vai negociar.

— Tudo bem. Esta é a única.

— Então vamos assinar o contrato.

Quando chegamos a parte do financiamento, ele perguntou sobre isso.

— É uma compra em dinheiro.

— Bo, esta é uma propriedade de cinco milhões de dólares. Tem certeza?

— Claro, tenho certeza. Mandarei os fundos para o advogado de


fechamento com alguns dias de antecedência.

— Excelente. Vou ligar para o vendedor então.

— Eu adoraria fechar o mais rápido possível. Quero colocar esta operação


em funcionamento.

— Vou avisá-lo e foi um prazer fazer negócios com você.

— Obrigado, Grady. Ah, outra coisa. Existe um bom lugar para ficar na
cidade?
Ele recomendou uma pousada local, então essa foi minha próxima parada.
Assim que fiz o check-in, fui para o meu quarto fazer algumas ligações. A
primeira foi para um dos gerentes do rancho do Texas.

— Jack, eu encontrei. O lugar perfeito. Vou deixar você saber quando eu


fechar, mas este será um ótimo lugar para o cordeiro e Wagyu. Depois que eu
colocar isso em funcionamento, também estou pensando em adicionar bisões
mais tarde.

— Quando você me quer aí?

— Depois do fechamento. Vou precisar contratar alguém para ajudar a


administrar o lugar, e você terá que treiná-lo.

— Entendi, chefe. Tem certeza que não vai sentir falta do Texas?

Eu pensei sobre isso. Minha família era super próxima, às vezes muito
próxima, e foi por isso que decidi por esse empreendimento. Papai também
achou uma ótima ideia.

— Não, eu vou ficar bem. A paisagem aqui é magnífica. — Pensei em


Evvie quando mencionei isso. Ela era certamente um ponto brilhante em
Mason Creek.

— E aqueles invernos frios?

— Acho que vou ter que encontrar alguém para me manter aquecido.

— Chefe, eu não acho que você terá um problema com isso.

— Falamos mais tarde.

Era hora de tomar banho e se preparar para conhecer Evvie. Eu esperava


que algumas bebidas a soltassem. Eu tinha essa ideia de que ela era engraçada
quando queria ser.
Capítulo 3
EVVIE

PONY UP ESTAVA LOTADO. Tive a sorte de conseguir uma mesa, mas


depois olhei em volta para ver se Bo estava aqui. Ele não estava, então eu sentei
e esperei. Alguém veio anotar meu pedido.

Eu sentia falta de ver Emma aqui, mas desde que ela teve o bebê, seu
horário de trabalho mudou. Eu não podia culpá-la. Quem queria ser bartender
quando tinha um bebê em casa?

— Você está esperando por mim? — Uma voz profunda perguntou.

Olhei para cima para ver Bo parado ali. Ele estava sem chapéu e eu sem
palavras. Eu fui capaz de dar uma boa olhada no rosto do homem sem aquele
chapéu estúpido e bom Deus, o homem era atraente. Exatamente como Poppy
disse. Cabelos escuros e bagunçados cobriam sua cabeça e combinavam com
seus olhos escuros, que tinham cílios tão longos que eu os invejava. Seu
bronzeado enfatizava ainda mais sua bela aparência. Quando ele sorriu, tive
vontade de me abanar.

— Você está bem aí?

— Quente. Sim. Tudo bem. Ok. — Que diabos! Eu soava como a idiota
da aldeia.

— Ótimo. Vejo que você já pediu.

— Huh?

Ele apontou seu longo dedo indicador para minha cerveja e uma imagem
imunda do que aquele dedo poderia fazer comigo surgiu na minha cabeça. Eu
tossi. Então peguei minha cerveja e bebi.

— Vá com calma nisso.

— Desculpe, eu estava com sede. — Então um arroto explodiu de mim


antes que eu pudesse pará-lo. Meus olhos quase seguiram. Isso pode ficar pior?
— Parece que você está no barracão há muito tempo. — Disse ele.

— Eu nunca...

— Evvie, eu estava brincando. Mas aquele arroto foi impressionante.

— Desculpe, eu não costumo beber cerveja.

— Aqui está um conselho. Não engula rápido. É um pouco gasoso.

Eu dei a ele um olhar azedo. — Obrigada.

Ele sorriu e o vestiu perfeitamente. — Bem, você é quem arrotou.

— Podemos mudar de assunto?

— Claro. Adivinha o quê?

— O que?

— Eu consegui um emprego.

Eu sorri. — Isso é ótimo! É no rancho Wilde?

— Não exatamente. — Ele olhou incisivamente para mim. Eu me


perguntei por quê.

— Então onde?

— Eu comprei a propriedade Davidson.

Eu tinha acabado de tomar um gole da minha cerveja e engasguei com ela.


Então eu gaguejei e tossi uma tempestade. Ele deu um tapinha nas minhas
costas em seu caminho para oferecer ajuda. Quando consegui falar de novo,
perguntei: — Você o quê?

— Eu comprei a propriedade Davidson. Você conhece?

Como eu não poderia? Todos ao redor de Mason Creek conheciam. O


proprietário ausente pensou que ele queria ser um fazendeiro, mas depois
mudou de ideia. — Mas... como? Aquele lugar é enorme.

— Será perfeito para minhas operações de cordeiro, Wagyu e bisão.

— Espere, você vai criar tudo isso?


— Sim. Minha família está no ramo de pecuária no oeste do Texas.
Decidimos nos ramificar um pouco e foi assim que acabei aqui.

Meu cérebro cambaleou com essa informação. — Mas eu pensei que você
fosse apenas um cowboy.

— Sou. Também sou dono. Isso não muda as coisas. Ainda sou bom com
as mãos. — Ele piscou.

Eu bati no braço dele. — Pare. Seja sério um minuto. Como você é capaz
de fazer isso?

— Tudo o que é preciso é dinheiro.

— Ah, isso é tudo? — Eu perguntei como se fosse ignorante. Que


espertinho.

— Sim. E espero que, em um mês ou menos, eu seja o dono do rancho


Montana Christianson. Você tem que vir vê-lo.

Todos na cidade sempre falavam sobre aquele lugar. Como o proprietário


não morava aqui, ninguém nunca viu o interior, exceto o pessoal do setor
imobiliário e o construtor.

— Eu adoraria. Esse lugar tem sido o assunto de Mason Creek desde que
foi construído.

— Isso é o que Grady disse. De qualquer forma, eu conversei com Wilder


James para ter certeza antes de entrar neste empreendimento que eu não estava
pisando no calo de ninguém. Vi o local, sabia que era exatamente o que
precisávamos para nossa operação.

Eu me inclinei um pouco para trás. — Uau, estou impressionada.

— Por que?

— Porque você não é apenas um estranho que quer entrar aqui e assumir
tudo.

— Oh, diabos, não. Eu nunca faria isso.

Isso deu a ele pontos enormes no meu livro. — Isso me deixa feliz.
Tivemos estranhos vindo e tentando, mas eles geralmente não duravam muito.
— Eu odeio pessoas egoístas. Isso é o que eles são.

— Pare.

— O que?

— Você está sendo muito legal agora. Estou começando a gostar de você.
— Eu não estava apenas dizendo isso a ele também.

Bo soltou uma risada alta. — Esse é o meu plano, Evvie... — Ele arrastou
a frase e percebi que ele não sabia meu sobrenome enquanto olhava para mim.

— Collins. Evvie Collins.

— Então Evvie Collins, o que você recomenda comer aqui?

— O frango frito. É o melhor do mundo inteiro.

Quando o garçom veio, ele pediu uma cerveja, eu pedi uma bebida de
vodka, e nós dois pedimos o frango frito. Ele pediu batatas fritas e eu pedi uma
batata assada.

— Sem batatas fritas? — Ele perguntou.

— Gosto mais assada.

Quando nossa comida chegou, estava muito quente. Bo foi dar uma
mordida em seu frango, mas eu o avisei que estava escaldando.

— Estou bem com isso. — Ele deu uma mordida e depois pegou sua
cerveja.

— Eu te disse.

— Acho que queimei minha língua.

— Hmm, isso é muito ruim. — As coisas que aquela língua poderia ter
feito comigo.

Ele bebeu o resto de sua cerveja e fez sinal para o garçom. Ele pediu outro
e um copo de gelo. Quando o gelo chegou, ele enfiou a língua no copo.

— O que você está fazendo? — Eu queria saber.


— Tentando sentir minha língua novamente. Gelo ajuda com queimadura,
você sabe.

— Isso é ruim?

— Não. Eu só queria sua simpatia.

— Eu beijaria para torná-lo melhor, mas isso não seria apropriado.

— Evvie, isso seria muito apropriado.

— Não aqui, não seria. Agora coma seu jantar. — Eu o repreendi.

— Você é divertida.

— Eu sou? — Eu não tinha feito nada para ele dizer isso.

— Sim. Eu gosto de provocar você.

Eu olhei para ele enquanto mordia seu frango e o mastigava. Sua boca era
o que as mulheres de todo o mundo morreriam. Isso pode ser um exagero, mas
ainda assim. Este homem era sexo em botas.

— O que achou? — Eu perguntei.

— É realmente ótimo.

Eu finalmente dei uma mordida no meu.

— Mas eu tive coisas que têm um gosto melhor.

— Como o quê?

Seu olhar me prendeu, e ele disse: — Eu não posso te dizer, mas eu posso
te mostrar. Mais tarde.

Engoli meu frango, que se transformou em um bloco de madeira. Sério?


Ele realmente disse isso?

— Oh. — Essa foi a única palavra que me veio à mente. Eu era tão
espirituosa. Jesus, ele ia pensar que eu realmente era uma idiota.

— Eu tenho uma ideia.

— O que pode ser? — Eu perguntei.


— Por que não vamos para sua casa depois do jantar?

— Isso soa maravilhoso. Meus pais adorariam conhecê-lo.

Chegou a hora de ele ficar chocado, e eu alcancei meu objetivo e muito


mais.
Capítulo 4
BO

OS PAIS DELA? Ela morava com os pais? Bem, foda-me.

— Eu, uh, não sabia que você morava com seus pais.

— Nem todos nós podemos comprar um rancho extenso. Eu trabalho em


uma cafeteria. Sim, as gorjetas são ótimas, mas estou longe de ser rica.

— Eu não quis dizer isso. Dinheiro não é importante para mim. —


Honestamente, não era quando se tratava de escolher meus amigos.

— Ah, vamos lá, Bo. O dinheiro é importante para todos. Por que você
veio para Mason Creek? O resultado final é que você tem dinheiro.

Ela estava certa, mas eu não tinha me expressado corretamente. — Deixe-


me reformular. Dinheiro não é importante para mim no que diz respeito aos
meus amigos. Eu não faço amigos por causa do que está em suas contas
bancárias. Eu me torno amigo de alguém porque eu gosto dele.

Ela assentiu enquanto seus olhos me perfuravam. — Ok, porque se você


está procurando uma herdeira para namorar, eu não sou essa garota.

— Herdeira? Eu não conheço nenhuma herdeira.

Ela zombou. — Nem mesmo na grande República do Texas?

— Nem mesmo lá. Sim, há fazendeiros com filhas, mas elas não são
chamadas de herdeiras que eu saiba. Você está pensando no programa de TV
Dallas.

— Minha mãe assistiu a esse programa. Mas não, eu estava falando sério.
Achei que pessoas com dinheiro chamavam suas filhas de herdeiras.

— De onde eu venho, nós os chamamos de filhos e filhas. Somos na


maioria velhos simples que por acaso se saíram bem financeiramente. E devo
acrescentar que também estamos envolvidos em muitas instituições de caridade.
— Hmm, eu gosto do som disso. Qual é o seu favorito?

— Caridade?

Ela assentiu.

— Eu tenho três. Eu doo para a sociedade humanitária local, para o abrigo


infantil e para o hospital nacional para crianças com câncer.

— Uau, estou impressionada.

— Você não deveria estar. Eu faço isso porque sou capaz e acho que
aqueles em particular precisam mais de ajuda. Seria ótimo se as pessoas não
maltratassem seus animais e se todas as crianças tivessem um ótimo lar. Seria
maravilhoso ver todos os cânceres infantis curados?

— Eu concordo cem por cento com você. Eu tive uma prima distante que
faleceu de um câncer raro quando ela tinha sete anos. Eu não a conhecia, mas
lembro da minha família falando sobre como foi terrível.

— É. As crianças devem ser poupadas disso, e eu gostaria de ver isso


acontecendo na minha vida.

Ela sorriu, largo e lindamente. Era um raio de sol iluminando o bar escuro.
Tudo no meu corpo chamou a atenção, incluindo aquele apêndice abaixo do
convés. Não era bom para um primeiro encontro. Eu estava apenas começando
a fazê-la se aquecer comigo. A última coisa que eu precisava era tirar aquele
idiota de que só estou aqui por uma coisa.

— Você acabou de marcar pontos nisso. Eu amo que você esteja


interessado nos menos afortunados.

— Fomos criados por pais muito generosos.

— Quantos irmãos?

— Um irmão e uma irmã. Meu irmão está cuidando do forte no Texas e


minha irmã... ela provavelmente estará aqui em breve, tentando redecorar a
casa.

— Ela é uma decoradora, então?


Olhei para o teto. — Oh, cara, nunca. Seus gostos são super chiques e os
meus são super simples. Não concordamos em nada quanto a isso, mas ela é
uma boa pessoa.

— Você é o mais velho?

— Não, ela é. Eu sou o filho do meio.

— Eu tenho um irmãozinho. Eu sou a mais velha por sete anos. Ele está
tentando entender as coisas, mas meus pais continuam dando a ele mais corda.
Como a mais velha, eu não recebi nenhuma corda. Um pequeno pedaço de
barbante, talvez. Eles me disseram que se eu não quisesse ir para a faculdade
teria que trabalhar. Eu odiava a escola, mas tentei honestamente. Depois de um
ano, eu parei. Foi um desperdício de dinheiro. Isso foi quando chegou a hora
de descobrir as coisas. Trabalhei no varejo, depois como garçonete, mas depois
Jessie voltou para a cidade e abriu o Java Jitters. Agarrei a oportunidade de
trabalhar para ela. Ela é incrível e eu adoro isso. O único problema é que agora
eu realmente não sei o que quero fazer.

— Se você gosta tanto do seu trabalho, por que mudar?

Ela me enviou um olhar que me fez pensar que ganhei o prêmio de idiota
do ano.

— Você honestamente acha que eu quero viver com meus pais para
sempre?

— Ah, certo.

— Sim, é o completo oposto de diversão. — Ela levantou um dedo. —


No entanto, isso me permitiu economizar um bocado de dinheiro. Eu pago
aluguel, mas é mais barato do que se eu tivesse minha própria casa. Agora, não
ria disso.

— Do quê?

Ela tomou um gole de sua bebida e depois lambeu os lábios carnudos e


rosados. Era impossível tirar meu olhar deles. — Eu estive pensando em ir para
a escola de comércio.

— Hum?
Ela estalou os dedos na frente dos meus olhos. — Ei, preste atenção.

Droga, ela me pegou. — Eu estou. Você está pensando em ir para a escola


de comércio.

Seus olhos se arregalaram enquanto ela sorria. — Sim, já pensei em ser


eletricista ou soldador.

Esta mulher era mais brilhante do que a maioria. — Eu acho isso brilhante.
Poucas mulheres escolhem esses caminhos e você provavelmente se tornaria
um sucesso rápido.

— Fiz uma tonelada de pesquisas e é isso que continuo descobrindo. Eu


amo todo esse trabalho e arte em ferro, então soldar seria divertido. E a
eletricidade me assusta, então eu queria aprender sobre isso de qualquer
maneira.

— Espere. Você tem medo de eletricidade, mas está pensando em ser


eletricista?

— Sim.

— Evvie, isso não faz sentido. — Talvez ela não fosse tão brilhante, afinal.

Ela gaguejou uma risada. — Parece maluco, mas acho que se eu entender,
talvez não seja tão intimidante. É como voar. Se você tem medo, aprenda sobre
isso.

Havia uma lógica sólida por trás do que ela disse. — Isso faz sentido
quando você coloca dessa forma. Já que você tem interesse em ambos, então
por que não fazer os dois?

— Hmm, eu não sei. Vou ter que checar as aulas.

— Se eles não interferem um no outro na agenda, não consigo imaginar


por que você não poderia. Então você pode fazer o que ama.

Ela tamborilou os dedos na mesa. — Hmm. Não tenho certeza se seria


capaz de lidar com isso e trabalhar também. Não quero pedir ajuda aos meus
pais. Eles foram gentis o suficiente quando eu era mais jovem, mas não tinham
a menor ideia. Além disso, quero forjar meu próprio caminho.
Eu estava de volta a admirá-la. — Tenho certeza que você vai descobrir.
Sem pensar, responda a esta pergunta. Se você não pode fazer as duas coisas, o
que você prefere fazer?

— Soldagem.

— Aí está sua resposta. Vá em frente. Se você for realmente criativa,


poderá vender sua arte em qualquer lugar.

Uma risada borbulhante saiu dela. — Não se precipite. Eu posso ser


péssima nisso.

— Você não vai saber se não tentar.

Terminamos nossa refeição e bebidas. Então uma banda começou a tocar


e eu a convidei para dançar.

— Posso te perguntar uma coisa? — Ela perguntou.

— Claro.

— Por que você está aqui comigo?

Essa era uma pergunta estranha. — Porque eu gosto de você.

— Não mesmo.

— O que você quer dizer?

— Você poderia ter qualquer mulher nesta cidade. Por que eu?

— Porque não você?

Ela gemeu. — Você não entende?

— Entendo o que?

— Olhe para mim.

— Eu olhei e gosto do que vejo.

— Você realmente gosta ou isso é alguma piada? — Ela perguntou.

Alguma piada? — Você acha que eu te convidei para sair por causa de uma
piada? — Isso me irritou. — Eu não sei qual tem sido sua experiência com os
homens, mas posso garantir que não, nem nunca convidaria alguém para uma
brincadeira. Isso é cruel e não é minha natureza.

Ela suspirou. — É só que...

— É o que?

— Meu tamanho. — Ela praticamente gritou.

— Seu tamanho? — Adorava mulheres curvilíneas, então eu não estava


seguindo.

— Eu sou grande.

Por que as mulheres acham que precisam ser palitos de dente? — Evvie,
você pode ter um problema com seu corpo, mas eu com certeza não tenho.

Sua cabeça caiu e ela murmurou: — São os muffins.

— O quê?

— Os muffins.

— Você ainda está brava com esse comentário que eu fiz?

— Não, não aqueles muffins. Os muffins de verdade. No Java Jitters.

— Você pode explicar, por favor? — Eu estava completamente perdido.

— Eu não consigo parar de comê-los e agora estou... estou grande.

— Grande? Acho que você está perfeita. — Ela era perfeita.

— Pare de me provocar!

— Eu não estou, juro.

Ela finalmente olhou para mim em vez de seu colo. — Você jura?

— Sim. Eu gosto de você do jeito que é. Eu odeio mulheres magras.

— Você odeia?

— Claro que sim. — Eu balancei minhas sobrancelhas. — Agora, você


gostaria de dançar?
— Sim, eu adoraria.

Saímos para dançar a música lenta que estava tocando, mas um minuto
depois de chegarmos à pista de dança, a música terminou e uma rápida
começou. Eu observei os quadris de Evvie enquanto ela os balançava ao ritmo,
e eu queria colocar minhas mãos lá e sentir sua pele sob meus dedos. Uma dança
levou à seguinte até que eu consegui meu desejo. Outra música lenta começou
e eu a puxei contra mim enquanto deslizava minhas mãos sob a bainha de sua
camisa. Eu fui até a cintura dela e fiz círculos em suas costas enquanto
balançamos ao ritmo da música. Ela cheirava a lavanda e eu queria que ela
ficasse comigo assim para sempre.

Apenas a música terminou, e ela se afastou. — Hum, eu preciso ir. Eu


tenho que estar no trabalho às seis e meia.

— Claro. Deixe-me pagar e eu vou acompanhá-la até o seu carro.

Fiz sinal para a nossa conta e uma vez que foi pago, partimos. O carro dela
estava estacionado na segunda fila. Quando chegamos lá, ela destrancou a porta
e a abriu. Minha mão alcançou a dela e eu a puxei em meus braços.

— Evvie, eu me diverti muito esta noite. Eu, uh, adoraria fazer isso de
novo.

— Eu também.

Seus lábios estavam a centímetros dos meus, então eu abaixei minha


cabeça para um beijo rápido. Eu levaria meu tempo com ela. Ela veria que
minhas ações não eram nada além de honrosas. Quando a soltei, ela sorriu.

— Vejo você mais tarde, Bo.

Fechei a porta e a observei partir. Inferno, sim, ela me veria. Eu faria uma
visita a Java Jitters por volta das dez amanhã com flores na mão.
Capítulo 5
EVVIE

POPPY ESTAVA na minha frente, estalando os dedos. — Olá, Evvie. Tire


sua cabeça das nuvens. A multidão do almoço está aqui, e eu preciso de você.

— Certo. Desculpe.

— Rapaz, você deve ter tido uma noite com o temido cowboy. — Ela
brincou.

— Ah, ele não é tão ruim, afinal. — Bo apareceu às dez carregando um


lindo buquê de flores recém-colhidas. Eu tive que pedir emprestado um vaso
do escritório de Jessie, pois nenhuma de nós, exceto ela, tinha flores aqui.

— Suspeito que não, já que este lugar cheira a uma funerária e não a um
café mais.

— Oh não, pare.

— Você sabe que estou brincando. — Disse Poppy. — Mas é um belo


buquê que ele trouxe.

— Eu sei. — Fiquei tão chocada quanto ela. Ninguém nunca tinha me


dado flores assim antes.

Já havia uma fila se formando na frente, então fui ajudar as outras meninas.
A correria da hora do almoço era tão ruim quanto a nossa da manhã. Fizemos
muitos pedidos de sanduíches enquanto Poppy fazia sua salada de frango
matadora. A loja também servia muitas outras opções, como peru, tacos, quiche
e outras coisas. Tudo aqui era delicioso.

Uma vez que a multidão diminuiu, fui para os fundos para pegar meu
próprio sanduíche. Meu favorito era o de salada de frango em um croissant,
mas eu substituí o pão de trigo hoje.

Poppy percebeu e uma de suas sobrancelhas se ergueu.

— Sim, estou tentando ser mais saudável.


— Isso tem alguma coisa a ver com aquele cowboy bonitão?

— Eu não sei. Ele disse que gosta de mim do jeito que sou.

— Como deveria. Você está ótima para mim. — Ela me entregou uma
porção de batatas fritas. — Aqui.

— Obrigada. Você é uma grande ajuda para a minha saúde.

— Garota, olhe para mim. Você acha que eu não como nada além de
comida saudável? — Ela deu um tapinha em seus quadris e eu ri.

— Se você não fosse uma cozinheira tão incrível, talvez eu fosse muito
mais magra.

Ela jogou uma toalha na grande estação de trabalho de aço inoxidável. —


E então você nunca teria chamado a atenção daquele cowboy sexy.

Mordi um pedaço do meu sanduíche enquanto pensava nisso. Ela pode


estar certa. Eu ainda estava um pouco desconfortável sobre por que Bo estava
interessado em mim. Se ele disse a verdade ontem à noite, então foi ótimo. Se
não, eu estava ferrada. A única maneira de descobrir era o tempo. Isso me
contaria tudo.

— Por quê tão quieta? — Perguntou Poppy. — Geralmente, você está


conversando muito sobre quem veio hoje.

Dei de ombros. — Eu não sei. Só pensando.

— Um-hmm. Não pense demais, apenas divirta-se. Quando você vai vê-
lo novamente?

— Não tenho certeza. — Isso me deixou meio desconfortável. — Seu


gerente do rancho está chegando amanhã e eles vão começar o processo de
entrevista para o seu rancho.

— Que rancho?

Eu tinha esquecido que ela não sabia que Bo havia comprado a


propriedade, então lhe contei.

Um longo assobio saiu dela. — Droga, menina, você escolheu um bom.


Qual você disse que era o sobrenome dele?
— Eu não disse, mas é Christianson.

Poppy não disse uma palavra, mas entrou no escritório de Jessie. Então
ela me chamou de lá. Quando enfiei a cabeça, ela disse: — Olha isso.

Ela moveu o monitor para que eu pudesse ler. Todos os tipos de


informações surgiram sobre o rancho que a família de Bo possuía no Texas.
Quanto mais lia, mais me perguntava por que eu.

— Jeeeeeesus. Isso é algum tipo de operação que eles têm lá. — Eu disse.
Sua família administrava o maior rancho, não apenas no Texas, mas em todo o
Sudoeste.

— Você não sabe pesquisar alguém no Google? — Ela perguntou.

— Acho que confiei nele e não senti necessidade.

— Ele é definitivamente legítimo. Honestamente, porém, estou treinando


minha filha para fazer buscas com todos.

— Mesmo em Mason Creek?

— Sim! Se ela aprender a fazer isso aqui, ela vai fazer onde quer que ela
acabe.

Isso era muito inteligente da parte dela. Talvez eu começasse a fazer isso.

Um dos baristas entrou e perguntou se deveria colocar a placa de fechado


na porta. Poppy verificou a hora e disse: — Ainda não. Espere até as três.

Java Jitters ficava aberto apenas para café da manhã e almoço. Não
tínhamos pessoal para ficar aberto até mais tarde. Era algo que tínhamos jogado
ao redor, mas não tinha mudado.

— Poppy, o que você acha de eu ir para a escola de soldagem?

— O que você soldaria?

— Estou pensando em umas coisas artísticas.

Ela assentiu lentamente, então perguntou: — Você tem alguma ideia de


coisas que gostaria de fazer?
— Sim, eu adoraria fazer arte de jardim. E se eu ficar muito boa, talvez
expanda para alguns portões decorativos.

Ela sorriu. — Parece divertido, na verdade. Aonde você iria?

— A faculdade comunitária tem aulas e então eu gostaria de ser aprendiz


de um artista.

— Faça. Seria algo diferente para você.

— Você acha que pode trabalhar com minha agenda se eu for?

— Claro. Você nem precisa perguntar.

Meu corpo cedeu de alívio. — Obrigada. Estou indo para lá agora.

Demorei um pouco para encontrar a pessoa certa na faculdade que poderia


me ajudar. Fui informada que não ensinavam a parte artística da soldagem,
apenas as aplicações industriais da mesma. No entanto, se eu fizesse algumas
aulas, aprenderia todos os diferentes tipos de soldagem. Aparentemente, eram
três. Uma vez que eu aprendesse a fazê-lo, eu poderia aprender com alguém a
parte artística. Ele imaginou que levaria menos de um ano para eu me tornar
uma soldadora adequada.

— É mais complicado do que apenas aplicar calor ao metal e depois criar


coisas é ainda mais difícil.

— Hmm. Ok, mas eu ainda quero tentar. Quando as aulas começam?

— No próximo mês, então você precisará se registrar na próxima semana


ou algo assim.

Consegui fazer isso online e quando completei toda a papelada, fui pagar
minhas taxas. Uma faísca de energia atingiu quando a excitação me atravessou.
Fazia muito tempo que eu não me empolgava com nada assim. Bem, isso e Bo.
Ele também colocou uma faísca em mim, mas a dele estava entre minhas coxas.
Capítulo 6
BO

JACK ESTARIA POUSANDO EM BREVE. Eu tinha reservado quartos de hotel


para nós dois, junto com uma pequena sala de conferências para as entrevistas
que eu tinha agendado. Parecia que havia muitos que estavam interessados no
trabalho. O problema era, eles seriam qualificados?

Começaríamos esse processo depois de amanhã. Eu queria que Jack visse


a terra e o que eu havia planejado até agora. Eu ainda não tinha fechado a
compra da propriedade, mas obtive permissão para ir até lá para fins comerciais.

O monitor indicou que o avião de Jack estava chegando, então eu esperei


na esteira de bagagens onde disse a ele que o encontraria. Quando ele apareceu,
estava com uma bagagem de mão, e ele disse que não havia despachado nada.
Seguimos para o caminhão e logo chegamos ao hotel.

— Porque aqui? — Ele perguntou.

— Mason Creek é pequeno e eu não conhecia nenhum lugar privado o


suficiente para conduzir isso. Eles também não têm nenhum hotel, além de
algumas pousadas.

— Entendi. Eu vou gostar de lá?

Jack tinha mais ou menos a minha idade, mas cresceu comigo no rancho.
Seus pais trabalhavam para os meus, então ele conhecia o negócio tão bem
quanto qualquer membro da família. O plano era que ele ficasse aqui até que as
coisas estivessem funcionando e depois entregasse as coisas para o novo cara.

— Não tenho certeza. Mas eu gostei. É uma cidadezinha legal com tudo
que você precisa. Estamos perto de algumas cidades maiores, como esta, mas
fora do caminho comum.

— Você já soa como um local depois de um curto mês.


Eu estava começando a me sentir como um também. — Ei, vamos comer
alguma coisa. Estou morrendo de fome. — Estava perto do jantar, e eu pulei o
almoço hoje.

— Parece bom. — Paramos na portaria para ver onde comer. Depois de


algumas sugestões, optamos por uma churrascaria. Eu estava curioso para ver
se a carne aqui era tão boa quanto em casa.

Fomos levados a uma mesa e nós dois pedimos costela com osso. Quando
a comida foi trazida para nós, eu sabia que seria ótimo. O bife escaldante, cozido
à perfeição, derreteu na minha boca. Até mesmo Jack estava no céu.

— Cara, isso é muuuito bom. — Disse ele.

— Eu concordo. Fico feliz em saber que a carne aqui é boa. —


Perguntamos ao garçom e nos disseram que a carne no menu era toda local.

Quando terminamos de comer, começamos a discutir os meandros do


negócio.

— Eu não posso ir ao leilão até que tenha uma data de ocupação firme.
Eu devo ouvir isso a qualquer momento.

— Bo, sabe quantas cabeças de cada você quer?

Limpei minha boca e coloquei meu guardanapo para baixo. — Quero falar
com um criador de ovelhas antes de decidir isso. Também preciso pesquisar a
carne Wagyu. Meu instinto está me dizendo para ficar pequeno nos primeiros
dois anos para poder avaliar as coisas.

— Isso é o que eu ia sugerir. Se o cordeiro não der certo, então o que você
vai fazer?

— Vai dar certo. Tudo o que li e todas as minhas pesquisas apontam para
isso. Eu também quero criar bisões. Ninguém na área faz isso e sua
popularidade cresceu. Também estou pensando seriamente em alimentar todos
os animais com capim.

— Isso é toda a raiva.

— Sabe melhor também.

— Bo, não diga isso ao seu pai.


— Oh, eu não sei. Ele pode estar interessado em ter um pouco de pasto.
— Papai sempre foi aberto a coisas novas nos negócios.

Jack recostou-se na cadeira. — Você não tem prestado atenção nele


ultimamente. A idade o deixou preso em seus caminhos.

— Não tenha medo. Eu posso desprendê-lo.

A risada profunda de Jack me atingiu. — Eu me lembro vagamente de


você dizendo algo parecido quando pegamos emprestado o caminhão dele. Ele
não foi tão receptivo na época.

Eu tive que rir também. — Isso porque nós dois tínhamos apenas treze
anos, não tínhamos carteira de motorista e dirigimos seu caminhão novinho por
todo o rancho e depois para a cidade. Foi só quando o pai de Billy Beckwith
ligou para ele para informá-lo de nossas travessuras que nós fomos pegos.

— Rapaz, ele ficou chateado. Lembra quando saímos da caminhonete e


olhamos para cima para vê-lo parado ali?

— Como eu poderia esquecer? — Sua carranca sempre tinha um jeito de


me fazer estremecer.

— Você tinha tanta certeza de que iria acalmá-lo. Nós dois ficamos de
castigo por toda a eternidade.

— Sim. Essa foi a única vez que pensei que ele usaria as mãos em mim,
mas ele nunca o fez.

— Provavelmente porque não fizemos um arranhão em seu amado


caminhão.

— Isso e ele tinha um caminhão limpo até eu sair para a faculdade. —


Lembrei-me de esfregar aquele caminhão duas vezes por semana como parte
do pagamento por nossa transgressão.

— Nós com certeza mantivemos essa coisa intocada, não é?

— Tive que manter ou nunca teria ouvido o final disso.

— Os bons e velhos tempos. — Jack murmurou.

— O que há de errado com hoje? — Eu o olhei com curiosidade.


— As coisas eram mais simples naquela época. Sem preocupações.

— Você não deveria se preocupar agora.

— Eu não me preocuparia se não tivesse uma esposa.

Tive a sensação de que as coisas não estavam tão boas. — Ei, cara, o que
está acontecendo?

Ele respirou fundo. — Mia e eu não estamos nos dando muito bem. Não
concordamos na maioria das coisas. Na verdade, estou feliz por estar longe.

— Cara, sinto muito. — Eu sentia muito. Eu não estava super interessado


em que ela se casasse com ele. Ela sempre teve a reputação de ser uma
garimpeira e Jack estava em um ótimo lugar no rancho. Eu tinha a sensação de
que ela estava procurando dinheiro o tempo todo.

— Tudo o que ela pode falar é quanto dinheiro nós temos. Está ficando
velho, especialmente quando ela não trabalha e gasta como se houvesse um
suprimento ilimitado.

— Tão ruim, hein?

Ele olhou para mim, e eu peguei seu olhar. Era pior do que eu pensava.
— O que você vai fazer?

— Este tempo dirá. Estou feliz por nunca termos tido filhos.

Jack era um cara legal. Ele te daria o último centavo no bolso, então se ele
estava reclamando de Mia, tinha que ser muito pior do que ele estava dizendo.

— Ei, se você quiser o emprego aqui... — Eu deixei minha voz sumir.

— Hahahaha! Seu pai iria te matar.

— Não, escute. Ele seria forçado a colocar o irmãozinho para trabalhar.


Você poderia treiná-lo.

— Bo, ele é treinado. Ele não é você.

— Sim, eu sei que ele é preguiçoso, mas se papai acender uma fogueira
embaixo dele, talvez ajude.
Jack não estava convencido, mas adoraria tê-lo ao meu lado
permanentemente. Eu até construiria para ele um lugar na propriedade em
algum lugar.

— Ouça, se eu conseguir convencer papai, você vai pensar um pouco?

— Não é apenas seu pai. É Mia também.

— Pense sobre isso e me avise. Eu vou pagar a conta e então vamos ao


bar para um bom bourbon.

— Agora isso é algo que eu posso concordar.

Eu daria um jeito de trazê-lo para cá. Ele seria perfeito para fazer este
rancho funcionar. Entre nós dois, poderíamos fazer qualquer coisa.
Capítulo 7
EVVIE

— EVELYN, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? — MAMÃE PERGUNTOU.

Eu estava no computador lendo sobre soldagem.

— Eu me inscrevi para aulas de soldagem na faculdade comunitária, então


estava apenas fazendo uma pequena pesquisa.

— Aulas de soldagem? Meu Deus, o que você vai fazer com isso?

Mamãe era antiquada. Ela queria que eu fosse para a escola e me tornasse
professora. Não havia nada de errado com isso. Na verdade, eu realmente
admirava os professores porque isso era algo que eu nunca poderia fazer.

— Vou criar arte de quintal.

— O que no mundo é arte de quintal?

— Você sabe, peças de ferro para o jardim. Como bichinhos e tal.

— E onde você pretende fazer isso? — Ela olhou para mim como um
falcão.

— No quintal. Vou comprar sucata do ferro-velho e transformá-la em


arte.

— Humph. Soa mais como lixo para mim. — Ela nunca concordava com
nada que eu quisesse fazer. — Você é exatamente como seu pai.

— Como assim?

— Ele sempre sonhava em fazer coisas malucas como essa.

Essa foi uma informação nova para mim. Talvez seja daí que veio meu
gene criativo. Talvez pudéssemos fazer arte juntos. Poderíamos ser uma equipe!

— Nem pense nisso ou em perguntar a ele. — Disse mamãe, frustrando


minhas esperanças.
— Por que não?

— Ele tem muitos hobbies inacabados. Ainda estou esperando aquelas


prateleiras que ele me prometeu anos atrás.

Mamãe não trabalhava. Por que ela não conseguia descobrir como fazê-
las? Eu não fiz essa pergunta porque não seria apreciada. Ela nunca se importou
com nenhuma das minhas ideias como eram e sugerindo isso só iria piorar as
coisas.

— Eu tenho zero hobbies, então minhas coisas não vão ficar inacabadas.
E talvez eu possa aprender a fazer prateleiras e criar algo muito legal para você.
— Eu já tinha algumas imagens surgindo na minha cabeça.

— Eu só tenho uma sugestão. Se você começar algo, termine.

— Eu vou.

— Bom, porque eu não quero o quintal cheio de restos de um projeto.

Isso era compreensível.

Esbocei algumas coisas no bloco de papel que comprei. Um era um sapo


que estava em duas pernas super altas. Outra era a prateleira que eu tinha
imaginado. As prateleiras reais eram mantidas juntas por pedaços de aço
retorcidos. Seria super legal se eu pudesse criá-lo.

Meu telefone tocou e vi que era Bo.

— Ei. — Eu respondi.

— Eu queria que você soubesse que eu estarei fora por alguns dias. Meu
gerente do rancho no Texas veio e nós vamos fazer entrevistas para essa
posição. Eu queria sua opinião, pois ele sabe tanto quanto eu.

— Parece ótimo. Onde você está?

— Em Bozeman em um hotel. Reservei uma sala de conferências para as


entrevistas.

— Oh, legal.

— Nós vamos jantar quando eu voltar.


— Parece ótimo. Oh, eu me inscrevi para a aula de soldagem.

— Você se inscreveu? Isso é ótimo!

— Sim, estou muito animada com isso. Vamos ver como fica.

— Ligo para você amanhã, deixei Jack no restaurante, então tenho que ir.

— Ok. Tenha uma boa noite.

— Você também. E Evvie?

— Sim?

— Eu sinto sua falta.

Antes que eu tivesse a chance de responder, ele encerrou a ligação. Ele


sente minha falta? Uau, isso foi uma surpresa. Uma muito legal.

Mamãe nos chamou para jantar, então fui para a sala de jantar. Papai já
estava sentado, assim como meu irmãozinho. Uma vez que mamãe e eu nos
sentamos, todos nós nos servimos. Mamãe fez bolo de carne, purê de batatas,
brócolis e pãezinhos. Seu bolo de carne era o melhor. Eu tentei fazer, mas foi
um grande fracasso. Ela tinha talento para isso.

— Evelyn, diga ao seu pai quais são seus planos.

Yeesh, fale sobre me jogar debaixo do ônibus.

— Bem, pai, eu me inscrevi para uma aula de soldagem na faculdade


comunitária.

Tanto meu pai quanto meu irmão ficaram boquiabertos para mim.

— O que no mundo, Evvie? — Papai perguntou.

— É para aprender a habilidade e depois quero criar arte. Tipo para jardins
e tal.

— Evvie, o que você vai fazer? — Meu irmão perguntou com um sorriso.

Chutei o irmãozinho por baixo da mesa. — Vocês apenas esperem para


ver. Eu vou criar todos os tipos de coisas.
— Eu não tenho certeza sobre essas coisas de arte de jardim. — Mamãe
disse enquanto passava as batatas para mim. — Você deveria voltar para a
faculdade e buscar um diploma de licenciatura. Ou até mesmo enfermagem.

— Mãe, arte de quintal está em toda parte. — Eu empilhei uma pilha de


batatas no meu prato.

— Evvie, vá com calma com isso. — Mamãe advertiu. Ela estava sempre
atrás de mim para comer menos. Seu tom me fez encolher no meu lugar.

— Deixe-a em paz, Elle. Ela é uma mulher adulta e sabe o que é saudável
e o que não é. — Papai veio em meu socorro, como sempre fazia. Só que isso
era apenas mais um motivo para eu me mudar daqui. Eu estava cansada de
mamãe me dizendo o que e quanto comer.

Em vez de fervilhar com esses comentários, eu cavei no meu bolo de


carne. — Mmm, isso está delicioso, mãe.

— Estou feliz por ter gostado.

— Eu sempre amo seu bolo de carne.

— Você parece um bolo de carne. — Disse meu irmão.

— Cale a boca, Kenny, e pare de agir como um adolescente.

— Eu sou um adolescente.

— Ah, sim. É por isso que você é tão estúpido.

— Crianças, parem. — A voz do papai explodiu. — Podemos tentar pelo


menos uma vez ter um jantar tranquilo?

— Se todo mundo parasse de implicar comigo, sim. — Eu murmurei.

— O que é isso, Evvie? — Papai perguntou.

— Nada.

— Não, diga-nos. — Ele insistiu.

Larguei minha faca e garfo e decidi contar tudo. — Vocês todos estão
constantemente implicando por causa do meu tamanho. Nenhum de vocês acha
que eu não sei qual é o meu tamanho?
Eles ficaram boquiabertos comigo. Era incomum para mim contra-atacar.

— Bem? — Eu cutuquei

Mamãe foi a primeira a falar. — Claro que sim, querida. É só que nos
preocupamos com você.

— Por quê? Estou perfeitamente feliz.

Agora era a vez do papai. — Evvie, nós só queremos que você seja
saudável.

— Eu sou e até que meu médico me diga o contrário, estou bem do jeito
que estou. — Era mentira, mas depois de um tempo, uma pessoa ficava tão
exausta com aquela conversa.

Kenny riu.

— O que é tão engraçado? — Eu perguntei.

— Você. Você é uma versão ampliada do seu antigo eu de dois anos atrás.

Esse foi um golpe abaixo da cintura. Saí do meu lugar, dei a volta na mesa
até onde meu irmão estava sentado e peguei seu prato. Então o esmaguei em
seu rosto. Meus pais ficaram tão chocados que não conseguiam falar. Confesso
que também fiquei chocada. Eu nunca tinha sido agressiva antes, mas estava
cansada da minha família minando minha confiança e me recusei a aguentar
mais.

— Pronto. Aproveite seu jantar, Kenny. — Saí da sala de jantar, fui para
o meu quarto pegar minha bolsa e saí de casa. Antes que eu percebesse, me
sentei fumegando no estacionamento do Pony Up. Então meu telefone tocou
e o nome da mamãe se iluminou.

— Oi mãe.

— Onde você está?

— Fora.

— Evvie, venha para casa para que todos possamos conversar.


— Não, mãe. Nós não vamos conversar. Serão vocês três se juntando
contra mim, e eu não posso lidar com isso agora.

— Evelyn, nós não vamos conspirar contra você.

Um suspiro escapou de mim. — Vocês acabaram de conspirar no jantar.


Eu não vou mais comer.

— Apenas venha para casa, por favor, e vamos conversar.

— Não esta noite, mãe.

— Onde você vai ficar?

— Eu tenho amigos, ou você achou que eu era uma grande perdedora?

— Claro que não. Eu me sentiria melhor se você voltasse para casa.

— Desculpe, não esta noite. Eu tenho que ir. — Terminei a ligação, mas
comecei a pensar onde ia ficar. Uma lâmpada acendeu em meu cérebro.

Liguei rapidamente para Jessie.

— Ei Evvie. E aí?

— Hum, eu odeio te perguntar isso, mas seu apartamento está ocupado?

— Não. Você precisa de um lugar para ficar?

— Você se importaria?

— Nem um pouco. Venha aqui.

— Eu preciso correr para casa para pegar algumas coisas e então estarei
lá.

— Tudo bem. Nos veremos em breve.

Agora tudo que eu tinha que fazer era entrar e sair da casa dos meus pais
sem qualquer tipo de confronto.

Entrei, mamãe e papai estavam na sala assistindo TV.

Mamãe ouviu a porta se abrir e se levantou. — Evvie. Estou tão feliz que
você voltou.
Minha mão subiu. — Eu só estou aqui para pegar algumas coisas. Eu vou
sair de novo. Depois que eu resolver as coisas, vou me mudar também.

— Sair de casa? Mas por quê? — Mamãe queria saber.

— Eu acho que você sabe a resposta para isso. — Fui para o meu quarto
e rapidamente enchi uma mochila com roupas e maquiagem, junto com minhas
outras necessidades. Levei apenas cerca de quinze minutos e terminei.

Enquanto eu caminhava em direção à porta da frente, mamãe e papai me


encontraram.

— Evelyn, por favor, não vá embora. — Papai olhou enquanto ele


implorava.

— Está na hora. Talvez eu seja mais apreciada.

— Você é apreciada. Nós amamos você. — Disse mamãe, mas não muito
convincente.

— Eu também amo vocês dois, mas às vezes sinto que ultrapassei minhas
boas-vindas. É hora de abrir minhas asas.

Tive a sensação de que papai entendeu porque ele acenou com a cabeça,
em seguida, colocou os braços em volta de mim.

— Fique segura, mas saiba que você é sempre bem-vinda aqui. E ligue
para nós para nos informar onde você está.

— Eu vou, pai. Eu amo vocês dois também.

A culpa caiu sobre mim quando entrei no meu carro. Eu estava fazendo a
coisa certa? Dei de ombros e fui embora.

Quando cheguei à casa de Jessie e Miles, estacionei no espaço ao lado da


garagem, pois o apartamento em que ficaria ficava lá em cima. Isso trouxe de
volta lembranças do meu breve caso com Miller Campbell. Eu ri disso. Eu
realmente gostava dele, mas estava claro que ele não sentia o mesmo e não
estava interessado em nada além de um amigo de foda. Preencheu uma
necessidade na época e tudo bem. Eu segui em frente e ele também. Ele agora
era casado e pai. Eu também gostava muito da esposa dele.
Esses pensamentos desapareceram quando eu saí do meu carro e fui até a
porta. Bati uma vez e a porta se abriu para revelar uma criança de oito anos em
crescimento.

— Senhorita Evvie! Estamos tão felizes por você estar aqui. — Disse
Parker. Ele agarrou minha mão e me puxou para dentro.

— Parker Carlson, é mesmo você? Você está brotando como um pé de


feijão.

— Eu sei. Olhe para os meus músculos. — Ele flexionou o braço para


revelar um caroço do tamanho de um ovo. Um ovo muito pequeno.

— Uau. Isso é impressionante.

— Ovos. Tem que comê todos os dias.

— Tenho que comê-los. — Miles gritou da cozinha.

— Tenho que comê-los todos os dias. — Parker repetiu. Esse menino era
tão adorável quanto seu pai e muito divertido estar por perto.

— Ei, eu senti falta de ver você, garoto.

— Eu também.

Jessie saiu da cozinha e disse: — Parker, deixe Evvie entrar para que ela
possa se instalar.

— Vamos, senhorita Evvie. Olhe para Henry. Ele pode andar.

Henry era o filho mais novo deles, e ele estava atirando pela casa como se
sua bunda estivesse pegando fogo. Jessie me lançou um olhar.

— Sim, eu preciso de patins para acompanhá-lo. — Disse ela.

— Mamãe, você pode pegar o meu emprestado. — Disse Parker.

— Obrigada, querido. Isso é doce de sua parte.

— Parker, venha e termine seu jantar. Oi Evvie. — Miles chamou.

— Ei, e aí?
Jessie se aproximou e perguntou: — Então, o que está acontecendo?

— É minha família. Lembra como eu disse a você que eles ficavam me


incomodando sobre o meu tamanho? Esta noite foi a proverbial palha.

— Oh, Evvie. Eu sinto muito.

— Eh, não sinta. Assim que eu puder encontrar um lugar para morar,
estarei fora de lá.

— Espere, você pode ficar aqui o tempo que quiser. Nós não usamos e
adoraríamos ter você.

— Ah, eu não poderia fazer isso.

— Por que não?

— Porque... bem, eu não sei. — Então eu ri.

— Apenas fique até você decidir o contrário. Isso me faria sentir melhor
sabendo que você não está surfando no sofá todas as noites. Ah, e Poppy me
disse que você pode ter uma nova pessoa especial em sua vida. — Suas
sobrancelhas balançaram para cima e para baixo.

Meu rosto aqueceu. Poppy não deveria ter tagarelado assim. Mas ela e
Jessie eram próximas, então eu deveria ter esperado isso.

— Talvez. É muito cedo para dizer.

— Boa sorte. Ouvi dizer que ele é sexo em um par de botas de cowboy.

— Ele é quente, isso é certo.

— Você comeu?

Pensei no jantar não comido em meus pais. — Na verdade, não.

— Então venha se juntar a nós. Temos comida suficiente para todo o


estado.

Sentei-me à mesa de jantar deles e, pela primeira vez em muito tempo,


senti-me à vontade para jantar e não ser repreendida. Bem, desta vez e da vez
com Bo.
Enquanto mastigava minha comida, Miles disse: — Então, Evvie, me fale
sobre esse seu novo homem.

Meu queixo caiu. Todo mundo na cidade já sabia? Que pergunta idiota.
Claro que eles sabiam. Esta era Mason Creek, a terra da fofoca. Nada ficava em
segredo aqui por muito tempo.
Capítulo 8
BO

DEPOIS DE DOIS DIAS DE ENTREVISTAS, eu não estava animado com as


perspectivas. Ninguém parecia entusiasmado ou bem informado sobre a criação
de cordeiros. Eles estavam principalmente em gado aqui, e isso não era uma
opção, a não ser o Wagyu.

Jack e eu estávamos no bar, e ele disse: — O que você vai fazer?

— Como eu disse outro dia, vou roubar você do papai.

Ele bebeu o resto do bourbon. — Como eu disse, boa sorte.

— Eu estou voando de volta para o Texas com você.

— O quê?

— Sim. Estou falando sério sobre isso. É hora de meu irmão começar a
dedicar seu tempo. Papai pode ensiná-lo. Inferno, ele ensinou a nós dois. Ele
também tinha alguns outros para ajudar.

— Sim, Benji e Russ estão lá. O rancho não perderia tempo com eles, com
certeza.

Benji e Russ eram trabalhadores do rancho que existiam desde que eu


conseguia me lembrar.

— Vê. Você já está na mesma página que eu. Minha única pergunta é Mia.
Como sua esposa vai reagir se você contar a ela que está se mudando para cá?

— Mia não vai gostar de deixar o Texas. Eu sei disso.

— E você?

— Estou pronto para isso. Eu gostei daqui.

— Você ainda não esteve em Mason Creek, então não decida até que você
tenha ido lá.
— Então é melhor eu ver antes de decidir.

Saímos do hotel na manhã seguinte e partimos para Mason Creek. Dei-lhe


o passeio pela cidade e depois o levei para o rancho.

Grady Jackson nos encontrou lá para que pudéssemos acessar a


propriedade. Mostrei a Jack os estábulos, o celeiro e falei sobre o que
precisávamos acrescentar.

— Vamos precisar de mais um celeiro ou dois, dependendo da quantidade


de cordeiro. Também quero construir algo para abrigar todo o equipamento. E,
finalmente, quero construir uma casa de caseiro. — Olhei para Jack quando
disse o último.

— Casa de caseiro?

— Sim. Eu já disse que quero você aqui comigo. Você poderia me dizer o
que você quer nela, e nós partiríamos daí.

Eu estava oferecendo a ele algo que não podia recusar, e ele sabia disso.

— Eu vou fazer isso sob algumas condições.

— Diga-me. — Eu disse.

— Um, seu pai está a bordo e dois, minha esposa está disposta.

— Posso trabalhar com isso. — Meu pai concordaria, o problema seria


sua esposa, Mia, sobre quem eu tinha dúvidas.

— Bo, este lugar é incrível. Eu não posso acreditar que estava à venda.

Eu também não podia. Era perfeito em todos os sentidos. — Por uma


vez, eu tive sorte.

Grady esperou por nós no portão da frente. — Ei Bo, temos uma data de
encerramento. É na próxima semana.

— Isso é ótimo. Você pode me dar os nomes de alguns empreiteiros? Vou


precisar adicionar alguns prédios aqui.

Grady rabiscou no verso de seu cartão e me entregou. — Eu acho que


você ficará satisfeito com qualquer um desses caras.
— Obrigado. Ligue-me com o local e hora de fechamento.

Jack e eu partimos para a cidade, e ele conseguiu um quarto na pousada


onde eu estava hospedado.

— Por que você não anda pela cidade e verifica as coisas? Eu preciso fazer
algumas ligações. — Sugeri.

— Parece bom. Vejo você mais tarde.

Quando ele se foi, liguei para meu pai. A princípio, ele não gostou muito
da ideia de Jack se mudar para cá. Então eu apresentei como isso tiraria Tyler,
meu irmão, de sua bunda e trabalharia no rancho.

— Agora você está falando, filho.

— Tyler é muito velho para ficar pendurado em seu salário. Ele precisa
ganhar o seu caminho.

— Concordo. Vou ter uma conversa com ele e ver como vai.

— Pai, um conselho. Não deixe que ele pense que vai estar no comando.
Ele não conhece o negócio e iria acabar com ele.

— Você está absolutamente certo, filho. Eu vou puxar Benji e Russ. Eles
vão controlá-lo.

— Meus pensamentos exatamente. Você quer que eu volte para casa para
isso?

— Nah, eu cuido disso. Eu só estava pensando em como ele precisa de


mais responsabilidade além de sua festa.

— Certo. Fechamos a venda do rancho aqui na próxima semana. Vou falar


com alguns caras da construção. Quero outro celeiro construído junto com um
anexo para todos os nossos equipamentos. Também quero ter um casa de
caseiro construída.

— Esses dólares somam, não é, filho?

Eu ri. — Eles com certeza fazem, mas eu tenho um ótimo pressentimento


sobre tudo isso.
— Bom. Eu te ligo amanhã e te conto como foi com Tyler.

— Parece bom. Até.

Minhas próximas ligações foram para as empresas de construção para me


encontrar com elas. Marquei compromissos para a manhã e tarde seguintes. Um
deles provavelmente construiu o rancho em primeiro lugar.

Jack bateu na minha porta algumas horas depois. — Entre.

Ele entrou, rindo e disse: — Isso não demorou muito.

— Eu sei, mas a cidade é legal, certo?

— É. Eu gostei.

— Papai está bom com você ficando aqui. Ele adorou a ideia de Tyler
fazendo sua parte.

— Oh, garoto. Eu adoraria ser uma mosca na parede quando eles


contarem a ele.

— Eu não. — Eu disse. — Ele não vai gostar de ter que trabalhar e acordar
cedo. Você pode imaginar?

— Inferno, não! Tyler precisava disso há muito tempo. Eu sempre me


perguntei por que seu pai nunca fez nada sobre isso antes.

Terminei de digitar e fechei meu laptop. — Foi por causa da mamãe.


Quando ela morreu, Tyler era o mais novo e levou a pior. Papai o mimou desde
então.

— Não é da minha conta, mas isso não fez nenhum favor a Tyler.

Jack estava certo. Papai e eu conversamos sobre isso alguns meses atrás.
— Papai sabe. Eu acho que isso dá a ele a saída que ele precisa para colocar
Tyler no caminho certo. Tyler não é estúpido. Ele só precisa de um empurrão
na direção certa. — Então eu enviei um olhar aguçado em sua direção.

— O que? — Ele perguntou.

— E se Mia não se mudar?


— Pensei nisso enquanto estava fora. Se ela não se mudar, teremos que
nos separar. Ela está desempregada e eu sou o ganha-pão. Esta é uma grande
oportunidade para mim. Vou ter que convencê-la disso.

— E se você não puder?

— Bo, por que todos os obstáculos?

— Ouça, Jack, eu quero você aqui. Já demos os primeiros passos e se você


decidir que não pode, então não tenho certeza do que papai vai dizer.

— Eu entendo. Mas eu realmente preciso discutir isso com minha esposa


também.

— Eu sei. Espero que ela esteja a bordo.

Jack saiu para fazer aquela ligação temida. Era por isso que eu gostava de
ser solteiro. Apenas meus pensamentos se voltaram para uma mulher sexy e
cheia de curvas chamada Evvie que capturou mais do que minha atenção.
Talvez ser solteiro não fosse mais tudo para mim.
Capítulo 9
EVVIE

EU HAVIA ME MUDADO COMPLETAMENTE para o apartamento dos Carlson


acima da garagem. O acordo era se eles precisassem do lugar por qualquer
motivo, eles me diriam. Era o lugar perfeito para mim também.

Miles concordou em me deixar fazer minha solda no pátio lateral se as


crianças não estivessem por perto. Eu estava bem com isso, já que eu não faria
isso perto deles de qualquer maneira. Era muito perigoso.

A escola tinha começado e eu tinha assistido a minha primeira semana de


aulas. Eu estava adorando. A primeira parte foi um pouco chata, pois tudo foi
explicado. Eu estava ansiosa para começar a soldagem real.

O cara ao meu lado cutucou meu cotovelo. — Você já fez isso antes?

— Nunca. Estou tão animada.

— Sobre soldagem?

— Sim! Eu quero criar arte.

— Ah, então você não vai trabalhar em uma fundição nem nada.

— Não. Eu só quero ser uma artista.

— Hmm, eu não sabia que isso era uma coisa.

Como ele poderia não saber que isso era uma coisa? Havia arte em metal
por toda parte e, para montá-la, era preciso soldar. Bem, também havia
parafusos, mas esse não era o tipo de arte que me interessava.

O instrutor estava falando sobre a diferença entre ferro e aço. Quando ele
explicou, logo soube que todo o meu trabalho seria com ferro e sucata. Era um
processo complicado, mas depois que você entendia os métodos, não parecia
tão difícil.
Depois da aula, o cara ao meu lado perguntou se eu queria tomar um café.
Eu ri.

— Desculpe, eu não posso. Eu trabalho em uma cafeteria e tenho que


trabalhar. — Minha aula era a primeira coisa da manhã, então assim que
terminava, ia para o Java Jitters. Depois trabalhava o resto do dia até fechar.
Não foi difícil já que eu só estava fazendo uma aula.

— Ok, vejo você amanhã.

— Não, amanhã é sábado.

Ele ergueu o dedo. — Uh, certo. Vejo você na segunda.

Com um aceno, eu tinha ido embora. O café estava ocupado, mas


conseguimos passar o dia.

— Como está a escola? — Poppy perguntou quando estávamos limpando.

— Bem. Estou gostando até agora, mas é apenas uma semana. Mal posso
esperar para realmente usar o equipamento de soldagem.

— Mal posso esperar para ver o que você criará.

— Espero que eu esteja bem.

— Evvie, pare com isso. Você pode fazer o que quiser. A propósito, como
está indo a vida no apartamento?

— Estou no céu. É tão bom estar sozinha. Eu amo minha família, mas já
era hora de sair de lá.

Poppy assentiu. — Hora de voar, jovem gafanhoto.

— Huh? Jovem gafanhoto? — Que diabos?

— Não importa. É de um programa de TV antigo.

— Oh. — Eu ri. Eu odiava gafanhotos. Você nunca sabia se eles iriam


pular em você ou não.

— E como está o seu cowboy sexy?

— Ele não é meu cowboy.


— Certo. Então diga isso a ele.

— O que você quer dizer?

Poppy encostou-se ao balcão. — Você é cega? Quando aquele homem


aparece aqui, seus olhos estão grudados em você.

— Eu não tinha notado. — Eu meio que tinha, mas pensei que poderia
ser minha imaginação. — Posso te perguntar uma coisa?

— Claro.

— Você acha que ele está fazendo isso para cagar e rir, ou você acha que
ele realmente gosta de mim?

Ela colocou a toalha em suas mãos para baixo. — Evvie, sua


autoconfiança foi pelo esgoto. O que está acontecendo com você?

— É só que...

— Espere... isso é sobre sua família implicando com seu tamanho? Eu


pensei que já tínhamos falado sobre isso.

— É verdade, mas não quero que meu coração seja pisoteado por uma de
suas vacas.

Poppy piscou e então gargalhou. — Suas vacas? Eu acho que você ficaria
mais preocupada com seus pés muito grandes.

— Seus pés são grandes?

Ela gemeu. Muito alto. — Garota, o que eu vou fazer com você? Você
não percebe nada?

— Bem, claro, mas eu não olho para os pés das pessoas. Pés não são minha
praia.

— Você deveria. Especialmente quando eles pertencem a um homem


muito alto com mãos grandes.

— Do que você está falando? Por que eu deveria me importar com isso?

Poppy tirou os óculos e massageou as têmporas. — O que eu vou fazer


com você? Você não conhece o velho ditado sobre as mãos de um homem?
— Quanto maior melhor?

Ela estalou os dedos. — Sim! Mas você sabe por quê?

— Não e eu sempre me perguntei sobre isso.

Poppy olhou para mim e depois riu. — Você realmente foi privada. O
tamanho da mão e do pé está relacionado ao... — Então ela apontou para o sul.

Meus olhos se arregalaram. — Você quer dizer... — Eu cobri minha boca,


então minha risada não foi tão desagradável. — Como eu não sabia disso?

Poppy apenas balançou a cabeça. — Você precisa sair mais.

— Talvez sim. E aqui eu pensando que era mundana no que diz respeito
aos homens. — Eu gostava de fazer sexo e não era inibida a esse respeito, mas
não sabia todas essas coisas divertidas sobre anatomia. — Ei, você sabe alguma
coisa sobre o emoji de berinjela?

— Evvie, acho que preciso fazer uma cartilha de gírias sexuais para você.
Isso também se refere ao homem, você sabe o quê.

Jessie saltou para a cozinha naquele momento e perguntou: — O que está


acontecendo aqui? Ouvi uma risada um minuto atrás.

— Você pode ajudar? Esta mulher aqui não sabe nada sobre sexo. —
Disse Poppy. Ela era uma fofoqueira.

Eu pulei em minha própria defesa. — Eu sei sim. Só não sei sobre todas
as gírias.

— Sim, ela não tem ideia sobre o tamanho da mão e do pé. — Poppy
circulou um dedo no ar e depois apontou para sua virilha.

— Ok, entendo. Mas deixe-me dizer uma coisa. Eu uma vez - e isso foi há
muito tempo, na faculdade - namorei um cara que tinha as mãos menores, mas
tinha um pacote bem grande. O triste foi que ele não sabia o que fazer com
isso.

Eu nunca tinha ouvido Jessie falar sobre coisas assim e fiquei atordoada
em silêncio.
— A moral desta história é que o tamanho da mão nem sempre é verdade.
— Jessie terminou.

— Ok. — Eu gritei.

— Oh, meu Deus, ela está envergonhada. — Disse Poppy.

Meu rosto estava tão quente que deve ter parecido um morango.

— Poppy, não provoque ela. Sexo é uma coisa privada. Então, Evvie, você
e CQ já fizeram isso?

— CQ? — Quem diabos era esse?

— Cowboy Quente. — Jessie explicou.

— Não!

— O quê? Depois de um mês? O que você está esperando? — Perguntou


Poppy.

— A hora certa, eu acho. Ele está sendo um cavalheiro.

Então Poppy lançou a pergunta final. — Você acha que ele é gay?

— O-o quê? Gay? Por que ele iria querer ter algo a ver comigo se fosse
gay?

— Alguns homens ficam em ambos os lados da cerca, você sabe.

— Isso não é gay, isso é bi e duvido seriamente que Bo seja. — Mas então
por que ele não tentou nada comigo? Talvez ele realmente não estivesse
excitado pelo meu corpo.

— Lá vai ela de novo, pensando que não é digna. — Poppy olhou para
mim com os braços cruzados.

— Eu não estou. — Eu neguei.

— Não dê ouvidos a Poppy. Você sempre pode perguntar a ele se quiser


saber a resposta. — Disse Jessie.

— Talvez eu pergunte. — Ou talvez não. Quão estranho seria isso? Ei,


Bo, você é gay ou bissexual? Acho que vou passar essa.
Exceto que naquela noite quando nos encontramos no Pony Up. Eu
estava nervosa por causa daquela conversa no trabalho, então bebi rapidamente.
Depois da minha quarta, sim, quarta cerveja, cuspi a temida pergunta.

— Ei Bo, posso te perguntar uma coisa?

— Claro.

— Você é gay ou bissexual?

Sua cabeça inclinou para mim até que seus olhos escuros inquietantes
pousaram nos meus. Eles perfuraram através de mim, e eu quase rastejei para
debaixo da mesa.

— O que te deu essa ideia?

— Uh, er, eu não sei.

— Sim, você sabe, Evvie. Diga-me.

— Sim, bem, você não tentou nada comigo ainda. Você disse que estava
atraído por mim. Então, se não é minha figura completa, eu me perguntei se era
outra coisa.

Então sua boca se abriu em um enorme sorriso enquanto ele começou a


rir pra caramba. Quando o homem finalmente conseguiu respirar novamente,
ele disse: — Não, não sou gay ou bi. Sou estritamente heterossexual.

— Ah, tudo bem. Legal, bom saber. Eu meio que imaginei, mas pensei em
perguntar, porque, bem... — Eu finalmente joguei minhas mãos no ar. O que
mais havia para acrescentar para me fazer parecer mais idiota?
Capítulo 10
BO

EVVIE me perguntando se eu era gay foi a coisa mais engraçada de todas.


Só quando pensei sobre isso, pude ver por que ela pode ter chegado a essa
conclusão. Talvez fosse hora de fazer algo sobre isso.

— Agora que você não está morando em casa, você gostaria de vir para
casa comigo esta noite?

— Oh, er... eu, uh... — Ela gaguejou.

— Você não quer? Eu meio que tive a impressão de que você estava
interessada em mim dessa maneira.

— Estou! Sim, de fato, estou. Realmente.

Ela estava bêbada? Ela estava agindo estranho. — Então qual é o


problema?

Seus olhos perfuraram em mim por um breve momento, em seguida,


focaram em suas mãos que se torceram juntas sobre a mesa.

— Evvie, você pode me dizer qualquer coisa.

— Bem, merda, eu não esperava que você me convidasse. Minhas pernas


estão peludas, e já faz um tempo desde que eu encerei o porão.

O que ela estava dizendo? — Você tem pernas peludas?

Ela assentiu. — E outras coisas. Você sabe. — Ela gesticulou com o


polegar.

— Ah, isso. Não estou muito preocupado com isso. — Eu queria rir, mas
não queria assustá-la nem nada.

— Mas você tem um colega de quarto também.


— Não esta semana. Jack teve que voltar para o Texas e cuidar de algumas
coisas. Ele não estará de volta até a próxima semana. — Eu balancei minhas
sobrancelhas para que ela soubesse que eu estava falando sério.

— Tudo bem então.

— Eu vou dirigir.

— Não, eu quero levar meu carro também. Eu tenho que voltar para casa
de manhã para pegar minhas coisas para a aula.

— Você não está dirigindo. Você bebeu mais de quatro cervejas. Não é
seguro.

Eu não ia discutir este ponto. Se ela ficasse atrás do volante e algo


acontecesse, eu nunca me perdoaria.

— Verdade. Ok, eu vou com você então, mas você terá que me trazer de
volta pela manhã.

— Que bom que você vê do meu jeito, e tudo bem. — Peguei sua mão e
nos levantamos de nossos assentos. Fomos ao bar para pagar a conta e então
saímos pela porta.

Eu a ajudei a entrar na caminhonete, pois ela estava bem acima do chão, e


eu não queria que ela caísse.

— Obrigada. Este caminhão é gigantesco.

— É perfeito para o rancho. — Eu disse quando entrei. — Estou


constantemente carregando coisas e também tenho que puxar o trailer, e é por
isso que tenho o maior.

— Você gosta de ser um rancheiro?

Eu bufei. — Atualmente, me sinto como se estivesse em hiato. Tudo é um


jogo de espera. Estamos esperando a construção do novo celeiro, junto com o
anexo. Eles apenas começaram, pois tivemos que esperar até depois que eu
fechei o contrato. Não posso comprar nenhum animal até terminar a estrutura.

— Eles não podem ficar do lado de fora?

— Sim, mas eu também preciso de instalações internas.


— Você vai manter todas essas ovelhas em um celeiro?

— Sim, quando necessário e no inverno, alguns precisarão de abrigo. No


Texas, não temos que nos preocupar com isso, mas pelo que aprendi aqui, os
invernos são rigorosos, obviamente, e os animais jovens precisam de proteção.

— Você vai criá-los?

— Claro. Isso é uma coisa que eu quero focar também.

— Quando você acha que vai realmente ao leilão?

— Jack e eu queremos ir no mês que vem. Até lá, teremos uma data de
conclusão das estruturas e o tempo estará bom até o início do outono. Primeiro
vamos comprar ovelhas e gado Wagyu.

— Quantas pessoas você terá que contratar?

— Vamos começar com cinco e ver como isso funciona. O barracão está
terminado. Eu pedi para eles converterem parte do celeiro original em um
dormitório para que haja espaço extra para dormir, se necessário. A cozinha
ainda não está pronta.

Entramos na estrada que levava ao rancho. Assim que chegamos em casa,


eu a ajudei a sair da caminhonete.

— Eu amo tanto este lugar. É lindo aqui. — Disse ela, e eu adorei que ela
adorasse.

— É. Montana é realmente outra coisa.

— Eu não saberia porque nunca morei em outro lugar.

Olhei para ela e ela tinha uma expressão sonhadora. — Garota de sorte.
Você vive no país de Deus.

— Eu sei.

— Posso pegar algo para você beber?

— Eu adoraria um pouco de água.

Eu preenchi seu pedido e lhe entreguei o copo. Sentamos juntos no sofá


da sala e liguei a TV. Ainda era cedo, então imaginei que poderíamos assistir a
um filme, mas ela se inclinou e me beijou. Eu não estava esperando isso, mas
fiquei feliz que ela fez.

— Um filme ou o quarto? — Eu perguntei.

— Se você prometer não rir de mim, o quarto.

— Evvie, eu nunca vou rir de você.

— Oh, sim, você vai. Apenas espere.

— Que tal isso? Eu prometo não rir de você esta noite.

Ela estendeu o dedo mindinho para um juramento de mindinho. Foi tão


fofo que tive que abraçá-la.

— Você é adorável.

— Oh, pare. Eu vou ficar com a cabeça grande.

— Uh, desculpe. Eu sou o único com a cabeça grande.

Ela franziu a testa até que percebeu o que eu quis dizer. Então sua risada
encheu a sala.

— Ei, você sabia que o emoji de berinjela se refere à salsicha de um


homem?

— Salsicha? É assim que você chama o apêndice masculino? — Mordi os


lábios para não rir.

— Salsicha, pipi, pinto.

— Pipi? Eu prefiro pinto. Ou, melhor ainda, pau.

— Certo, mas você sabia sobre a coisa da berinjela?

— Sim. Não sabe todo mundo?

Sua boca fez uma forma estranha quando ela balançou a cabeça. — Acabei
de descobrir isso hoje.

— Bem, então, que tal eu esconder minha berinjela no seu jardim?

— Ooh, eu gosto do som disso.


Eu a puxei pela mão pelo corredor até o meu quarto. Ela já tinha visto isso
antes, mas foi antes de eu mudar minhas coisas.

— É enorme. — Ela ficou lá com admiração.

— Mas você nem viu ainda. — Eu ri.

— Ah, você. Pare. Estou falando do quarto.

— Hmm. Então espere até ver minha berinjela. — Haha.

Ela me encarou, e seus dedos alcançaram a cintura do meu jeans. Quando


ela abriu o zíper, eu me libertei quando fui comandar esta noite. Eu estava
ostentando bastante rigidez, e ela engasgou quando viu.

— Eu tentei avisá-la. — Eu disse em tom de brincadeira.

— Assustou-me a forma como saltou para mim assim.

— O quê? Achou que ia se libertar e perseguir você?

— Eu não sei. Eu não esperava que isso fosse aparecer para mim. É como
um Jack-in-the-box da vida real.

— É uma berinjela bastante talentosa. Estou trabalhando para ensiná-la a


dançar também.

— Dançar? Oh, pare. — Ela riu. — Posso brincar com isso?

— Claro. Ele é muito amigável e não morde.

Ela caiu de joelhos e começou a lamber meu pau. Sua boca era o paraíso
quando ela me chupou e deslizou meu pau para dentro e para fora. Eu não
estava preparado para isso e tive que me conter para não gozar.

— Evvie, pare, ou eu vou gozar.

Ela se afastou e olhou para mim com seus grandes olhos verdes. A mulher
era uma beleza absoluta.

— Há algo de errado com isso?

— Sim! Eu quero foder você em vez disso. — Eu a puxei para cima e


beijei sua boca perversa. Quando eu tirei sua camisa, ela enrijeceu.
— O que foi?

— Podemos desligar as luzes?

— Claro. Mas saiba de uma coisa. Você é linda e desligar as luzes não vai
mudar isso.

Desliguei o interruptor e a encontrei na escuridão. O resto de suas roupas


caiu com a velocidade da luz, assim como a minha. Quando eu a tinha na cama,
eu abri suas coxas e coloquei minha boca em seu monte.

— Sinto muito por não ter depilado aí embaixo.

— Pare de se preocupar com as coisas. Deite-se e relaxe.

Ela ficou quieta por um momento, talvez dois, mas então perguntou: —
Está tudo bem aí embaixo?

— Você é perfeita, mas deveria estar gostando disso e não se preocupando


com sua aparência. — Eu parei minhas ministrações e perguntei: — Evvie, qual
é a sua posição favorita?

— Pônei reverso.

— Excelente.

Deitei de costas e fiz com que ela me montasse. — Eu amo isso também.
Agora não pare até que você goze.

Os globos de sua bunda deliciosa brilharam ao luar, e eu agarrei cada um,


afundando meus dedos na carne macia. Eu queria transar com ela até não
aguentar mais, e ela também não. Ela era quente e sedosa, e sua boceta estava
apertada contra mim enquanto ela se empalava.

Os sons que ela emitiu me deixaram saber que ela estava bem, então eu
balancei meus quadris, empurrando profundamente. Ela estabeleceu o ritmo e
usou o dedo para ajudar. Não demorou muito para que eu a sentisse apertando
meu pau com seu orgasmo. Eu soltei então, o que tirou todo o meu
autocontrole.

— Venha aqui. Eu quero chupar seus peitos.


Ela se afastou de mim e deitou ao meu lado. Se sua bunda era linda, seus
seios eram perfeitos. Eu os agarrei e comecei a brincar com seus mamilos.
Quando sua respiração acelerou, eu deslizei para baixo entre suas coxas e
comecei a chupar seu clitóris. Seu corpo inteiro estremeceu, mas eu não parei.
Eu queria outro clímax dela e fui premiado com isso.

— Agora que sabe que estou confortável com o estado dos pelos do seu
corpo, você está satisfeita?

— Siiim. — Ela respirou.

— Há alguma coisa que você quer que eu faça?

— Eu quero tudo. Mas eu quero que você me foda de novo.

— Então, você gostou da berinjela, hein?

— Adorei a berinjela. Quem diria que eu seria tão fã do vegetal roxo?


Capítulo 11
EVVIE

CARAMBA, o homem estava pegando fogo! Quero dizer, ele tinha


resistência e meu Deus, ele era forte! Eu sabia que ia ser uma noite longa e louca
quando ele me pegou e me jogou contra a parede. Qualquer homem que
pudesse me segurar por tanto tempo tinha meu voto. E pensar que ele nunca
teve que fazer uma pausa. Impressionante. Não só isso, mas ele também era um
amante extremamente habilidoso. Havia apenas um outro homem com quem
eu dormi que era tão habilidoso e ele permanecerá sem nome.

— Eu vou ser inútil amanhã. Isso se eu puder andar.

Sua risada profunda atingiu um acorde direto no meu núcleo. Eu me


contorci de excitação. Como isso era possível? Perdi a conta do número de
orgasmos que o homem me deu.

Ele acariciou meu pescoço e sussurrou: — Vire.

Obviamente, obedeci. Eu não ia perder nada que esse homem quisesse


fazer comigo.

Ele pairou sobre minhas costas, pressionando beijos leves, começando no


meu pescoço e depois ao longo da minha coluna. Eu tremi quando arrepios
estouraram. Seu braço serpenteou debaixo de mim, e ele levantou meus quadris.

— Eu amo sua bunda.

Estou feliz que ele amou já que eu certamente não amava.

Ele massageou minhas bochechas enquanto seu dedo mergulhava dentro


de mim. Eu estava molhada. Realmente molhada. Mas então eu vacilei quando
ele tocou minha porta dos fundos. Eu nunca tive ação lá atrás, então isso me
surpreendeu.

— Você está bem com isso? — Ele perguntou.

— Eu não sei. É território estrangeiro.


— Mmm-ok. — Ele não parou, mas continuou circulando lá atrás. Em
seguida, sua boca desceu em mim, a língua perfurando dentro enquanto ele
sacudia meu clitóris. Eu descansei em meus cotovelos enquanto minha
excitação aumentava. Foi muito. Eu não sabia o que estava me excitando mais.
Quando ele deslizou um dedo na minha porta dos fundos, eu instantaneamente
gozei em sua língua.

— Eu sabia que você gostaria disso.

— Como? — Eu perguntei.

— Você é muito sensível a tudo.

Essa era a verdade. A razão era que ele sabia o que estava fazendo ao sul
da fronteira. Finalmente adormecemos, e eu não queria saber que horas eram.
A manhã chegaria rápido demais.

O alarme disparou muito antes de eu querer acordar.

— Grrr, isso é muito cedo. — Eu resmunguei.

— Desculpe. Tenho uma reunião com os empreiteiros esta manhã às sete


e meia. Fique na cama, se quiser.

— Que horas são?

— Seis.

— Você pode me acordar em uma hora?

— Claro.

A cama se moveu quando ele se levantou. Como ele pode ser tão animado?
Tudo o que eu queria era ficar aqui o dia todo. Fechei os olhos, mas senti algo
fazendo cócegas no meu nariz.

— Hora de acordar, dorminhoca.

— Nããão. — Meu protesto não foi ouvido enquanto ele continuava


fazendo cócegas. Então ele acariciou meu pescoço e meus gemidos de protesto
se transformaram em gemidos de prazer.

— Que horas é a sua aula?


— Nove e então eu tenho que trabalhar.

— Venha depois. Prometo fazer valer a pena.

— Eu não posso. Eu tenho que trabalhar no meu projeto esta tarde. —


Eu estava progredindo na borboleta que estava criando.

— Que tal depois de terminar?

Não era possível recusá-lo.

— Ok.

— Ótimo. Eu vou cozinhar para você.

— Você sabe cozinhar?

— Bem, sim. Eu não sou nenhum chefe de forma alguma, mas sou muito
bom na grelha.

Isso era bom, pois eu era horrível com a grelha. Eu era muito boa na
cozinha, o que significava que formaríamos um bom par.

— É um plano então. — Eu empurrei as cobertas e antes que eu tivesse a


chance de ficar de pé, ele atacou meus mamilos. — Hum, se você continuar
assim, vai ter que acabar comigo.

— Você quer dizer assim? — Ele agarrou minhas coxas e as levantou,


expondo minha boceta. Então sua boca estava em mim. Bo era insaciável, e eu
não me importei nem um pouco.

Um orgasmo inesquecível depois, e eu estava me vestindo. De alguma


forma, eu tinha esquecido que não estava depilada enquanto ele fazia suas
coisas, mas o pensamento me atingiu como um trem de carga. Eu respirei
fundo.

— O que há de errado?

— Nada.

— Vamos, Evvie. Depois de tudo que fizemos ontem à noite, você vai me
segurar?

— Tudo bem. Você viu minha... nua. — E eu apontei para minha virilha.
— E?

— Você viu isso agora.

— Explique isso, por favor, porque eu vi muito durante a noite também.

— É verdade, mas o quarto agora está brilhando com a luz do sol. Ontem
à noite estava escuro.

— Oh, pelo amor de Deus. Você pararia de ser tão paranoica? Eu amo
sua boceta. É quente pra caralho. Você pode raspar ou não. Eu honestamente
não me importo. A única coisa que me importa é foder você e fazer você gozar.

Um tijolo gigantesco se alojou em minha garganta. Depois de engolir, eu


disse: — Bem, tudo bem então. Bom saber. Estou feliz que goste porque você
tem um pau incrível.

— Aleluia. Agora vá para a escola. — Ele bateu na minha bunda.

Eu ri até a porta, mas depois lembrei que não tinha carro. — Uh, Bo, você
pode me levar para Pony Up?

Ele deu um tapa na testa. — Droga! Esqueci. Vamos e vou adiar a reunião
por trinta minutos.

Entramos em seu caminhão e ele fez a ligação. Não era tão longe até o
bar, e ele parou ao lado do meu carro, pois era o único no estacionamento.

— Tenha um ótimo dia, muffin, e vejo você mais tarde. — Então ele me
beijou. Senhor, eu odiei deixá-lo.

Quando cheguei em casa, entrei no chuveiro e descobri o quão bem fodida


eu realmente estava. Eu estava deliciosamente dolorida entre minhas coxas.

Com um sorriso gigante no rosto, me vesti e fui para a escola. Meu café
da manhã habitual não me atraiu esta manhã. Nuvem de amor era muito melhor
. Exceto por uma coisa, eu não conseguia manter o foco.

Durante a aula, eu literalmente larguei a tocha enquanto trabalhava em


uma peça que deveríamos soldar. Ficou tudo bem porque nada destrutivo
aconteceu, mas isso me forçou a tirar minha mente da sarjeta do sexo e me
concentrar no que eu estava fazendo.
— Você está bem? — Perguntou o instrutor.

— Sim, obrigada. Estou bem.

— Tome cuidado.

— Eu vou.

— Oh, eu queria te dizer isso outro dia. Você está interessada em arte,
certo? — Ele perguntou.

— Isso mesmo.

— Eu posso ter alguém de quem você possa ser aprendiz.

Baixei a tocha. Minha viseira já havia sido levantada, mas agora eu removi
o capacete.

— Sério?

Ele sorriu. Ele era um homem mais velho, mais ou menos da idade do
meu pai. Além das coisas chatas sobre aplicativos, eu gostava dele como
professor.

— Sim. Ela é uma soldadora certificada, mas faz soldagem ornamental há


cerca de quinze anos. Ela é bastante conhecida nos círculos de soldagem.

— Fantástico.

— Antes de você sair, lembre-me de lhe dar o cartão dela. Eu contei a ela
sobre você e ela está disposta a aceita-la.

Isso era quase bom demais para ser verdade. — Obrigada. Você não tem
ideia do quanto eu aprecio isso.

Depois que a aula acabou, aproximei-me dele e ele me deu o cartão. O


nome dela era Tiffany Davidson. Eu estava além de animada.

Quando cheguei ao Java Jitters, contei a Poppy sobre isso.

— E se ela quiser que você vá todos os dias?

— Vou dizer a ela que não posso porque tenho um emprego. Espero
poder trabalhar com ela um dia por semana, mas vou ver.
Então Poppy me deu o olhar.

— O que?

— Você está brilhando hoje.

— Eu estou?

— Sim, como se algo importante tivesse acontecido. — Ela bateu um


dedo em sua bochecha. — Hmm, eu me pergunto o que poderia ser.

— Eu não faço ideia.

— Pare com isso, Evvie. Eu sei que você fez aquilo. Você e seu CQ
fizeram o sujo.

— Eu não posso acreditar em você.

— Eu? Não sou eu que faço coisas maliciosas. Então? Como foi?

No começo, eu apertei meus lábios, mas depois eu não aguentei. — Foi


absurdamente glorioso!

— Uau. Ele deve realmente ser alguma coisa.

— Sua berinjela é mágica. Como se talvez as fadas tenham polvilhado um


pouco de pó de fada nela.

Poppy ficou boquiaberta para mim por um segundo, mas depois soltou
uma gargalhada.
Capítulo 12
BO

EVVIE ERA QUENTE. Manter o foco foi um problema hoje. Imagens de


coisas que fizemos continuamente surgiam na minha cabeça, me dando tesão
que eu não precisava ou queria no momento.

A reunião com os empreiteiros correu bem. As coisas estavam adiantadas,


o que era incomum. Eles riram muito quando eu mencionei isso.

— Aqui é Mason Creek, então tentamos manter um cronograma apertado.

— E eu aprecio isso. — Eu respondi.

Revisamos todos os planos e, até agora, não havia nenhum contratempo.

— Você estará pronto para abrigar animais em algumas semanas.

— Isso é ótimo. Estou planejando ir a um leilão assim que meu gerente


retornar.

— O momento parece ótimo.

Esses caras eram fáceis de trabalhar. Eu estava gostando cada vez mais de
Mason Creek.

Voltei para casa e no caminho liguei para Jack.

— Ei, quando você vai trazer sua bunda de volta aqui? Tudo estará pronto
em algumas semanas e nós podemos ir ao leilão de cordeiros.

— Sim, eu ia te ligar. Mia não quer ir e está me dando problemas.

Porra, eu tive um mau pressentimento sobre isso. — O que ela está


falando?

— Que ela não quer viver no meio de uma cidadezinha.

— Jack, você deu a notícia para ela que viver no rancho do Texas não é
exatamente Dallas?
— Você conhece Mia. Aqui embaixo ela pensa que é abelha rainha. Lá em
cima ela não vai ser ninguém.

Isso soava como a Mia que eu conhecia e não gostava. Como Jack acabou
com ela era um mistério para mim.

— Então, qual é o seu próximo passo? — Eu perguntei.

— Vou tentar convencê-la a ir. Honestamente, ela não tem escolha. Mia é
uma mulher mantida e se ela quiser manter esse status, terá que se mudar.
Resposta é óbvia.

— Jack, você e eu somos melhores amigos desde que éramos crianças. Eu


olho para você como um irmão. Então, eu vou te fazer a grande pergunta aqui.
Você a ama?

Ele zombou. — Eu gostaria de saber. Eu não sinto falta dela


incomodando quando estou fora, mas eu sinto esse estranho nível de culpa por
querer acabar com nosso casamento.

— Isso é compreensível. Você é um cara pé no chão. Você fez um voto e


quer cumpri-lo. Vocês dois pensaram em aconselhamento?

— Claro, mas ela não vai. Diz que não há nada de errado com ela, só eu.

Isso sooava como Mia. Ela sempre se colocou em um pedestal e ninguém


mais alcançaria seu nível.

— Hmm, eu não sei o que dizer sobre isso.

— Eu sei. Ela é uma cadela egoísta. Pronto. Está fora.

— Cara, eu sinto muito.

— Eu também. Ela colocou uma boa fachada até que o 'eu aceito' foi dito.
Depois disso, tudo deu errado.

— Existe alguma chance de salvar o que vocês dois tiveram?

— Bo, nós nunca tivemos nada. Antes de nos casarmos, o sexo era bom,
mas depois, nada.
— Olha, eu apoio você, não importa qual seja sua decisão. Isso é algo que
apenas vocês dois podem descobrir.

— Verdade. Acho que sei para que lado estou me inclinando, e vou ter
que pagar um inferno quando a merda bater no ventilador.

— Antes de fazer qualquer coisa, vá ao papai e pegue o nome e o número


do nosso advogado. Você precisa de conselhos antes de fazer qualquer coisa e
se ele não puder dar, ele conhecerá alguém que pode.

— Obrigado, cara. Eu aprecio isso. Eu te ligo assim que tiver uma data de
retorno.

— Boa sorte.

Eu odiava isso por Jack. Ele era um cara sólido e não merecia isso.

Sentei-me na casa, trabalhando e fazendo um inventário das coisas que


precisava para o celeiro e o leilão. Jack e seu dilema repetidamente
interromperam meu foco. O que deu errado? Seus sentidos de aranha eram tão
estranhos sobre Mia que ele perdeu tudo isso ou ela era apenas uma ótima atriz?
Isso deveria me deixar nervoso sobre um relacionamento com Evvie? Ela era
tão honesta e inocente. Eu não senti um osso enganoso em seu corpo e o
engraçado é que, se ela tinha algo em sua mente, ela era tão fácil de ler. Aquela
garota não poderia mentir se quisesse.

Como se ela lesse minha mente, meu telefone tocou e era ela.

— Ei, muffin.

— Ei berinjela. Adivinha o quê?

Eu ri com sua referência de berinjela. — O que?

— Meu instrutor de soldagem encontrou alguém que está disposto a me


deixar fazer um estágio com ela.

— Isso é ótimo, Evvie. Estou em êxtase por você. Eu sabia que você
poderia conseguir algo assim.

— Acabei de falar com ela, e ela vai me deixar trabalhar com ela um dia
por semana para que eu ainda possa trabalhar no Java Jitters. Depois que me
formar, vou trabalhar de manhã. Ela é uma artista respeitável em Montana e
vende obras de arte por toda parte.

— Isso é impressionante! Quando você começa?

— Na próxima semana. Estou tão animada, mas também nervosa.

— Por que?

— E se eu estragar tudo e ela me odiar?

— Ok, vamos trabalhar em sua autoconfiança.

— Você parece Poppy no trabalho.

— É verdade. Você é capaz de fazer qualquer coisa desde que esteja


disposta a se esforçar.

— Ok, chefe.

— Falando nisso, quando você chega aqui?

— Em algumas horas. Por quê?

— Eu quero mandar em você, é por isso.

Ela riu ao telefone. — E eu vou deixar.

— Ótimo, vejo você mais tarde.

Terminei o trabalho e fui preparar o jantar. Eu planejava fazer frango


marsala. Agora estava pronto, tudo que eu tinha que fazer era assar.

Então fui para o quarto e preparei tudo para nossas escapadas sexuais.
Puxei uma cadeira e preparei as coisas.

A essa altura, ouvi o carro dela parar na frente da casa. Ela entrou com um
sorriso.

— Como está o projeto? — Eu perguntei. Ela estava trabalhando em uma


borboleta.
— Muito bom. Estou quase terminando as asas e quando terminar, vou
começar as antenas. Mal posso esperar para fazer isso. Quero fazer pequenas
curvas nas pontas.

Sua felicidade brilhava em sua expressão. Ela sorriu quando puxou uma
foto em seu telefone. As asas da borboleta eram fantásticas... muito melhores
do que eu esperava.

— Eu amei! O que acontece com isso depois que sua aula terminar?

— Não faço ideia. Eu pensei que se pudesse ficar com ela, eu daria para
Jessie já que eles foram tão legais comigo.

— Você acha que pode fazer uma marca para mim?

— Hmm, eu não sei. Isso é mais como ferreiro, mas eu posso tentar. Você
tem um projeto em mente?

— Nada ainda. Eu quero algo que se misture com a nossa marca do Texas,
mas um pouco diferente. — Mostrei a ela a estrela com os chifres compridos
que usamos.

— Hmm. E se nós casarmos o símbolo de Montana com o Texas?

— Mostre-me, por favor.

Entramos na cozinha, onde um bloco de papel estava sobre o balcão.


Observei enquanto ela desenhava um M irregular para imitar as montanhas de
Montana e depois desenhava um T com uma estrela imposta no meio. — Algo
assim. Obviamente, precisa ser refinado, mas você entendeu.

— Eu adorei. Quanto mais simples melhor. Talvez coloque o T dentro da


estrela.

— Isso poderia funcionar também. — Ela rabiscou no papel, e eu gostei


do resultado.

— Se essa coisa de soldagem não der certo, talvez você possa ser uma
criadora de marca.

— Ha. Espero que essa coisa de soldagem funcione. Estou adorando até
agora.
— O que você decidiu sobre a coisa do eletricista?

Sua risada me deu a minha resposta antes de suas palavras.

— Sim, isso é um sonho. Eu amo demais essas coisas de soldagem e quero


dedicar meu tempo a isso. Perseguir a coisa do eletricista não parece mais muito
atraente para mim. E... é tudo por sua causa.

— Eu?

— Sim, você é o único que me fez essa pergunta incisiva e soldagem foi a
resposta.

Eu tinha esquecido disso. — Certo. Estou feliz que tenha dado certo
então.

— Não tão rápido. Ainda tenho um longo caminho a percorrer.

— Você vai chegar lá. Tenho grande confiança em você.

— Você se importa se eu tomar um banho? Eu estive correndo o dia todo


e adoraria me lavar.

— Claro. Sirva-se. Você sabe onde está tudo. — Eu planejava encontrá-la


no quarto quando ela terminasse.

Passou um pouco e voltei lá, parei e sentei na cadeira enquanto esperava.


Ela saiu do banheiro com uma toalha enrolada em volta dela.

— Ooh, você me assustou, sentado aí.

— Largue a toalha, Evvie.

A toalha caiu no chão quando ela a soltou. Levantei-me e disse-lhe para se


sentar. Fechei as cortinas para escurecer o quarto, pois queria que ela se sentisse
confortável sabendo como se sentia em relação ao seu corpo.

Uma vez que ela estava sentada, eu me ajoelhei na frente dela e abri suas
pernas. Observei sua boca formar um O, então beijei sua boca antes de começar.
Então voltei minha atenção para o que estava entre suas pernas. Eu segurei uma
risada quando vi o quão suave ela era. Meus dedos abriram seus lábios enquanto
minha língua procurava seu clitóris. Ela gemeu enquanto eu trabalhava ao redor
dela.
Suas mãos agarraram minha cabeça e me puxaram para mais perto. Depois
que eu inseri meu dedo nela, ela gozou. Quando seus espasmos cessaram, eu a
levantei e a empalei no meu pau duro. Eu estava prestes a gozar e eu precisava
dela em volta de mim. Seus seios incríveis me olharam nos olhos, então eu
acariciei seus mamilos enquanto empurrava dentro dela. Então eu abri as
bochechas de sua bunda para que eu pudesse deslizar um dedo nela. Eu mal
comecei antes que ela gemesse outro clímax e isso foi o máximo que consegui
segurar. Disparei minha carga e quando o fiz, ouvi alguém chamando meu
nome.

— Que diabos!

— Bo? Você está aqui?

— Merda, essa é minha irmã!

— O que ela está fazendo aqui?

— Não sei.

Então gritei: — Estou aqui. Dê-me um minuto.

Peguei a toalha no chão e joguei em Evvie. — Cubra-se.

A porta do quarto se abriu quando minha irmã gritou: — Surpresa!


Capítulo 13
EVVIE

SURPRESA, inferno. Era mais como pânico. Eu me escondi atrás da toalha,


recém fodida, e Bo ficou ali, nu como no dia em que nasceu.

— Oh Deus, desculpe. — Ela se virou.

— Ginny, eu disse para me dar um minuto.

— Está bem, está bem. — Ela correu para fora do quarto. Mas o que eu
tinha visto me fez rastejar para dentro da minha concha e fechá-la. Alta, morena,
com pernas que demoravam dias, ela era deslumbrante. Ela estava com uma
calça jeans apertada que parecia outra camada de pele e uma camisa enorme
com apenas a frente dobrada. Seus pés estavam envoltos em botas de cowboy,
mas super chiques, do tipo que eu nunca poderia comprar.

— Ei, você está bem? — A voz de Bo me tirou do transe de Ginny.

— Não, estou mortificada.

— Ela também. Por que não nos vestimos e vamos falar com ela?

— Precisamos? Eu posso ficar aqui a noite toda. — Eu disse.

Ele pegou minha mão. — Não, você não pode. Eu quero que você a
conheça. Ela é uma ótima pessoa. Você vai gostar dela.

Eu duvidei. Ela não parecia o tipo de garota com quem eu sairia. Mas isso
é justo da minha parte? Eu nem a tinha conhecido ainda.

— Ok, mas eu nunca fiquei tão envergonhada. Isso vai ser super estranho.

Nós nos vestimos e fomos para a sala onde Ginny sentou e esperou. Ela
pulou quando nos viu.

— Ginny, esta é minha namorada, Evvie. Evvie, conheça minha irmã


intrometida, Ginny.
— Vocês, eu sinto muito. Eu não tinha ideia. — Ginny se emocionou.

— Ouça, da próxima vez, por favor, bata. — Disse Bo.

Ginny se iluminou. Ignorando a parte sobre bater, ela disse: — Sua


namorada? Bem, eu vou. — Então eu estava envolta em seus braços enquanto
ela me abraçava. — Estou tão feliz em conhecê-la. Você não tem ideia. Este
meu irmão precisava de uma namorada.

— Ginny, por favor. Você pode não falar sobre o quanto eu preciso de
uma namorada? Eu não tenho vinte anos.

— Não, eu quero ouvir. — Eu protestei.

Ginny sorriu. — Como eu estava dizendo, eu tenho orado para Deus


enviar uma namorada para meu irmão por anos. E aqui está você. — Ela olhou
para o teto e disse: — Obrigada, Deus.

Eu gargalhei. — Você é tão engraçada. Bo me disse que você é decoradora.

— Eu sou! É por isso que estou aqui.

— Devagar, mana. Eu gosto deste lugar do jeito que está.

— O que só significa que você vai adorar ainda mais quando eu terminar.

— Nada extravagante. — Bo gritou. Ginny e eu ficamos na sala enquanto


Bo foi para a cozinha.

Ginny piscou para mim. — Evvie pode me ajudar, mas não você.

— Ohhh, eu não acho que você quer minha ajuda. Eu sou inútil em
decoração.

— Shh, eu só estava brincando. Minha decoração o deixa louco e eu acho


hilário.

Oooh, ela era uma sorrateira. Eu estava gostando dela cada vez mais.

— Então, me diga, Evvie, você é daqui?

— Nascida e criada em Mason Creek.


De repente, Ginny gritou. — Ei, Bo, você tem algum vinho decente neste
lugar? — Para uma mulher tão pequena, ela com certeza tinha uma voz alta.
Explodiu por toda a sala, e ela me assustou pra caramba. Para alguém que
parecia tão adequada, ela com certeza me enganou.

— Espere, estou indo. — Ele gritou. Ele veio em nossa direção com uma
garrafa de vinho e três taças. Ele colocou tudo na mesa de café e depois serviu
uma taça para cada um.

Olhei para Ginny enquanto ela tomava um gole. — Mmm, isso é muito
bom.

Bo sorriu. — Que bom que você aprova.

Eu não sabia absolutamente nada sobre vinho, mas sorri. Estava muito
saboroso. Eu geralmente bebia vodka e ocasionalmente cerveja, mas repensaria
essa escolha.

Bo sentou ao meu lado e perguntou: — Por que diabos você não me disse
que estava vindo? Eu teria pego você no aeroporto.

— Foi uma decisão de momento. Estava morrendo de vontade de sair,


mas tenho estado muito ocupada.

— O que, você tem mais de um cliente agora? — Bo riu.

— Sim, eu sei, seu idiota. Mas eu também estou namorando alguém agora.

— Sério? Papai não mencionou isso.

Eu adorava ver os dois conversando. Era óbvio que eles se adoravam.

— Sim, sobre isso. Ele realmente não gosta de Luke, então eu não
mencionei nós.

Bo tomou um gole de vinho novamente, mas senti sua perna tensa contra
a minha. — Por quê? Esse Luke fez alguma coisa?

Ginny suspirou. — Eu não sei, Bo. Ele disse que Luke tinha se metido em
encrenca por alguma coisa, mas não deu detalhes. Então, sendo eu, tive que
perguntar a Luke. Luke disse que não sabia do que papai estava falando. Nada
além de ótimo para mim. Só não sei o que fazer.
Bo esticou a perna. Eu me perguntei se seus músculos estavam ficando
doloridos porque ele estava muito tenso. Isso foi idiota. Ele estava acostumado
a trabalhar aqueles músculos fazendo qualquer trabalho no rancho.

— Quer que eu pergunte? Papai me conta tudo.

Inclinando-se para frente em sua cadeira, ela perguntou: — Você acha que
ele contaria?

— Definitivamente. Ele sabe que você está aqui?

— Sim. Eu também estou aqui para lhe contar sobre a situação de Jack.

— Jack? Eu falo com ele todos os dias. O que houve?

— Acho que ele vai dizer a Mia que quer o divórcio.

— Certo. — Bo franziu a testa. — Eu estava esperando que ele pudesse


resolver as coisas.

— Você estava? Puxa, ela é tão má com ele. Eu não ficaria se fosse ele. Eu
a ouço fofocando por toda a cidade. Ela o repreende porque ele não possui seu
próprio rancho e não tem coragem de comprar um.

— Ginny, você sabe que Jack é como um irmão para mim. Eu não quero
fofocar sobre o casamento dele.

Ginny assentiu. — Eu não queria, é só que eu não quero que você fique
chocado quando ele te contar. Mas eu estou um pouco preocupada. Mia não
vai sair com uma despedida amigável. Ela vai arrastar isso. Apenas observe.

Bo não tinha perdido a carranca que ele usava. — Espero que não. Jack é
um cara centrado. Ele vai ser justo com ela, mas se ela tentar arrastar isso, ele
vai usar nossos advogados e então pode ficar desagradável.

Do nada, Ginny perguntou: — Jack já traiu Mia?

A mandíbula de Bo caiu. Eu também fiquei chocada. — Ginny, por que


diabos você me pergunta isso?

— Eu sei que você ama Jack, mas os rumores na cidade são de que sim.
Eu só quero saber se posso acabar com isso.
Bo se levantou e começou a andar. Ele estava com raiva e eu nunca tinha
visto esse lado dele.

— Ginny, eu não posso explicar cada segundo do tempo de Jack, mas


quando estou perto dele, ele nunca traiu Mia. Jack não é esse cara. E se as
pessoas acreditam no que Mia está dizendo, então que pena. Eu perguntaria a
ela onde está a prova.

Ginny fez a pergunta que estava na ponta da minha língua. — Ele diria a
você se tivesse?

— Nós compartilhamos quase tudo, mas não posso dizer com certeza.
Não consigo imaginar Jack fazendo isso.

— Nem eu. — Ginny concordou. — Ela provavelmente está tentando


tirar os holofotes dela ou colocar as pessoas do lado dela. Eu vou fazê-la calar
a boca então, mas você deve avisar Jack.

Bo estendeu a mão. — E ela? Você acha que ela o traiu? Jack tem saído
muito.

Ginny zombou da pergunta dele. — Eu não colocaria nada além dela.


Você sabe que eu sempre detestei aquela mulher. Ainda bem que eles nunca
tiveram filhos.

— Verdade. Agora, que tal conversarmos sobre outras coisas e pararmos


de chatear Evvie.

Eu rapidamente respondi: — Ah, vocês dois podem falar sobre o que


quiserem. Vocês provavelmente precisam se atualizar.

Bo sorriu em agradecimento, mas então perguntou a Ginny: — Diga-me.


Como está o papai? Ele sempre faz uma boa fachada ao telefone, mas como ele
está mesmo?

Um sorriso secreto apareceu nela. — Ele está muito bem.

— Ok, o que você está segurando?

— Nada. Oh, exceto que papai pode ter uma nova pessoa especial?

— O quê e quem?
Ginny riu e eu pensei como tudo naquela mulher era perfeito. Sua risada
soou como um sino tocando. O meu parecia um porco bufando. Meu Deus, se
eu me concentrasse nisso por muito tempo, eu poderia ficar deprimida.

— Você pode não conhecê-la, mas o nome dela é Bette Jordan.

Os olhos de Bo se arregalaram. — É a mãe de Jamie Jordan?

— Sim! Você conhece Jaimie?

— Nós éramos amigos no ensino médio, não muito próximos, mas sim.

— E? — Ginny perguntou.

— Naquela época, ele parecia ser um bom cara, mas isso já faz um tempo.

— Evidentemente, o marido/pai morreu de ataque cardíaco cerca de oito


ou nove anos atrás.

— Isso é ruim.

— É, mas ela realmente não namorou ninguém desde então. Parece que
ela é como papai nesse aspecto.

Bo virou-se para mim para explicar. — Nossa mãe faleceu quando ainda
éramos crianças. Meu pai não namorou ninguém, até onde sabemos, desde que
mamãe morreu. Sempre nos perguntamos se ele iria ou não.

Ginny assentiu. — Sim, nós sempre quisemos que ele fizesse isso, mas eu
perguntei a ele uma vez e ele disse que nunca haveria alguém como nossa mãe.

Bo não respondeu, então eu perguntei: — Como você se sente sobre isso?


— Eu me perguntava como ficaria se minha mãe ou meu pai tivessem morrido.

— Eu estou ótimo com isso. Eu nunca quis que ele ficasse sozinho. —
Respondeu Bo.

— Sim, o mesmo aqui. Papai é tão legal. Qualquer um teria sorte de tê-lo
e por que ele deveria ficar sozinho?

Esses dois estavam bem com isso, então me fez pensar por que ele esperou
tanto. — Talvez ele tenha procurado alguém, mas nunca teve sorte.
— Talvez, mas estou feliz que ele esteja com alguém agora. Posso
mencionar isso a ele? — Perguntou Bo.

— Espere um pouco e veja se ele te conta. Eu não quero que ele fique
desconfortável com isso.

— Faz sentido. — Então ele se levantou novamente e foi para a cozinha.

Ginny gritou, — O que você está cozinhando aí? Cheira bem!

— Frango Marsala.

Meu estômago roncou naquele momento, e Ginny riu. — É melhor você


alimentar sua mulher. Ela está morrendo de fome aqui e eu também.

Eu me encolhi inicialmente, mas ela não estava fazendo um comentário


sobre o meu tamanho, apenas que eu estava com fome. Verifiquei a hora e
ofeguei.

— O que há de errado? — Ginny perguntou.

— Já passa das oito. — Apontei para o meu relógio.

— Eu sei. É por isso que estamos morrendo de fome. Ele deveria ter te
alimentado antes...

A frase sumiu quando ela balançou as sobrancelhas. Eu não conseguia


parar de rir. — Sim, e eu vou dar a ele um tempo difícil sobre isso.

Bo gritou então que o jantar estava pronto. Fomos para a cozinha, e ele
tinha tudo arrumado na ilha, junto com os lugares arrumados.

— Uau, você está ficando muito chique na velhice. — Ginny disse.

— Pare de revelar meus segredos. Eu queria fazer Evvie pensar que eu


fazia isso todas as noites, e você estragou tudo. — Ele deu uma cotovelada nela
para dar ênfase.

— Ei, sou sua irmã, então eu posso te provocar quando quiser.

Estávamos finalmente sentados com Bo entre nós meninas. Eu dei minha


primeira mordida, e estava positivamente delicioso.

— Você cozinhou isso? — Eu perguntei.


— Tipo isso.

Ginny cuspiu uma risada. — Tipo isso? O que isso significa?

— Isso significa que ele provavelmente pegou no Wren's Café. Estou


certa?

— Na verdade, não. — Disse ele.

Ginny parecia confusa. — Então, onde entra esse tipo de coisa?

— Eu preparei tudo mais cedo, então só tive que colocar no forno. — O


sorriso que ele exibia era perverso.
Capítulo 14
BO

EVVIE SAIU de manhã cedo antes mesmo de minha irmã acordar. Ficamos
acordados até tarde, graças ao bloqueio de Ginny.

Eu estava tomando café, olhando para o meu laptop quando Ginny entrou
no meu escritório.

— Eu realmente gosto de Evvie. Vocês dois são perfeitos juntos. Ela é


adorável.

— Obrigado, mana. Eu penso o mesmo.

— O quão sério vocês dois estão?

— Eu não sei. Não estamos juntos há muito tempo.

— Humph. Mais do que qualquer outra mulher que você namorou.

Dei de ombros. — Pode ser.

— Para que conste, você tem minha aprovação. Estou super empolgada
por ela com esse material de soldagem.

— Sério? Ela vai criar uma marca para o rancho aqui. Olhe. — Entreguei
a ela os esboços que Evvie havia criado.

— Oooh, eu amei. Eu gosto de como ela incorporou as montanhas.

— Achei muito criativo.

— Então, me diga quais são seus planos para hoje.

Eu a olhei. — Trabalho. Tenho algumas coisas para cuidar.

— Ótimo. Ótimo. Onde estão as lojas de design por aqui? Eu tenho


algumas ideias que quero passar para você.

— Ginny, eu amo este lugar. Você não precisa fazer nada nele.
Sua mão cortou o ar. — Só estou pensando em algumas cores de tinta
frescas e uma mudança nas bancadas da cozinha.

— O que há de errado com as bancadas? Elas são de granito.

Ela pegou o telefone e folheou alguma coisa. — Veja isso.

Tirei-o da mão dela e olhei para uma cozinha na qual não tinha interesse.

— Viu como aquela bancada ilumina tudo?

Ela estava certa.

— E olhe para isso. — Ela pegou seu telefone de volta, rolou novamente,
e o entregou. — Eu estava pensando neste cinza-azulado muito claro.

Era muito mais bonito do que o bronzeado profundo das paredes aqui.

— Seria muito mais brilhante, e você não teria que mudar a mobília.

— Tudo bem. Corra com isso. — Eu disse, sabendo que ficaria ótimo.

— Eu prometo que você não vai se arrepender. Onde estão as lojas de


design e tintas por aqui?

Eu não estava em Mason Creek há tempo suficiente para saber, então


liguei para minha empreiteira e anotei alguns lugares para ela.

— Aqui está. — Entreguei a ela o pedaço de papel com as informações.

Depois que ela saiu para fazer compras, liguei para Jack. Preocupava-me
que ele pudesse estar passando por um momento difícil.

Ele atendeu no terceiro toque. — Ei cara, eu ia ligar para você em um


minuto.

— Bom. Eu queria verificar as coisas com você.

— Tyler está indo bem, para minha surpresa. Ele parece disposto a
aprender e trabalhar.

— Espere. Você acabou de me dizer que meu irmão preguiçoso estava


trabalhando?
Jack riu. — Você pode acreditar? Ele me disse que se sentia
completamente sem rumo antes disso.

— Hmm. Talvez seja por isso que ele não se envolveu.

— Talvez sim, mas as coisas estão indo bem.

— Isso é uma ótima notícia. Eu estava honestamente preocupado com


papai, mas você me fez sentir muito melhor. E as coisas com Mia? Como está
indo?

Jack suspirou ao telefone. — Não está. Ela não está sendo útil em nada.
Se eu me mudar, ela não virá e isso vai acabar com nosso casamento. Ela está
falando em todos os lugares, dizendo às pessoas que eu a traí, o que é pura
besteira. Mas eu não sei. Nem me importo neste momento. Se é isso que ela
quer dizer, então que seja.

— Você chamou os advogados?

— Sim, e desculpe.

Aqui estava ele, passando por toda essa porcaria, e se desculpando. —


Cara, nenhum pedido de desculpas é necessário. Eu é que sinto muito... sinto
muito por você ter que lidar com isso.

— Obrigado. Você não tem ideia do quanto eu aprecio isso.

Antes de encerrar a ligação, eu disse a ele para fazer o que fosse necessário
para facilitar as coisas para ele.

Fiquei surpreso quando Jack ligou de volta naquela tarde. Ele me ligou
para me informar que Mia já tinha visto um advogado e pediu o divórcio. Ela
estava indo para tudo, o que era risível.

— Bem, ela não pode pegar sua casa porque não está em seu nome. Ela
não pode pegar sua caminhonete, porque também não está em seu nome. —
Ambos foram fornecidos como parte de seu pacote de compensação e titulados
em nome do rancho. — Então, o que ela está procurando?

Uma risada triste saiu dele. — Ela quer cem por cento das minhas
economias... 401 mil, ou seja, tudo.
— Isso é um absurdo. Vocês dois não estão casados há tanto tempo... o
que, três anos?

— Ela alega que é uma compensação por todos os dias que passou sozinha
devido às minhas viagens.

Minha mão bateu na mesa. — O quê? Dez dias por ano quando vamos ao
leilão e agora isso? Ela é louca, Jack.

— Você não sabe a metade disso. Eu tenho coisas que eu poderia te dizer
que vão fazer você se perguntar onde meu cérebro foi quando me casei com
ela.

— Você não terá que se preocupar com isso por muito mais tempo. E eu
preciso de sua bunda de volta aqui, então você não estará perto dela.

— Como estão as coisas com você? Ainda vendo Evvie?

— Sim, e eu ia tirar vantagem de você ter ido embora e fazer com que ela
ficasse aqui, mas Ginny apareceu ontem à noite.

Sua risada explodiu em meu ouvido. — Deixe Ginny interromper seus


planos.

Juntei-me à risada. — Não foi a primeira vez também. Eu juro, seu timing
é sempre terrível. O bom é que ela amou Evvie. Isso é uma coisa a menos que
eu tenho que me preocupar.

— Isso é ótimo. Evvie seria difícil não gostar, no entanto.

— Sim. — Um brilho quente se espalhou por mim. Eu estava grato que


ele gostava dela também. — Ela é ótima. Elas se divertiram juntas ontem à
noite.

— Eu posso ver como elas ficariam. Ginny também é doce, você só a vê


como sua irmã.

Dei de ombros, mesmo que ele não pudesse ver. — Então, qual você acha
que será sua linha do tempo, para não mudar de assunto.

— Bo, não sei. Vai depender do que os advogados disserem. Liguei para
eles mais cedo e marquei uma reunião para amanhã.
— Bom, bom. Deixe-me saber quando você precisar que a mudança seja
organizada. Eu vou mandar o papai cuidar disso.

— Obrigado, cara. Eu gostaria de pegar o próximo vôo, mas faz mais


sentido finalizar tudo enquanto estou aqui. Isso pode me poupar uma viagem
de volta.

— Nesse caso, provavelmente irei ao leilão assim que puder para pegar as
ovelhas e os carneiros. Quero falar com os criadores de lá para obter
informações de quantas ovelhas preciso.

— Chegarei assim que for viável.

Terminamos a ligação, e eu estava grato por não ser eu que estava


passando por um divórcio. Mia nunca esteve no topo da minha lista de pessoas,
mas eu estava interessado no que os advogados tinham a dizer. Eles eram os
únicos que poderiam acabar com sua ganância.
Capítulo 15
EVVIE

A IRMÃ DE BO ficou dez dias. Durante esse tempo, nos unimos como cola.
Quando ela foi embora, eu tinha feito uma amiga íntima e sua partida me deixou
com um buraco por dentro.

— Sinto falta de Ginny. — Eu disse a Bo. — Ela é tão animada e


espirituosa. Eu gostaria que ela se mudasse para cá.

Bo olhou para mim e disse: — Se ela se mudasse para cá, não teríamos
paz.

— O que você quer dizer?

Ele me puxou para seu colo e explicou. — Não teríamos tempo para isso.
— Então seus lábios bateram nos meus em um beijo acalorado. No momento
em que ele se afastou, eu estava montada em seus quadris e praticamente
secando o coitado.

— Eu entendo o que você quer dizer. — Eu ofeguei. Saí da minha calça


jeans, pulei de volta em seu colo e abri o zíper de sua calça.

— Uau, sexy, eu preciso de um preservativo.

— Não, você não precisa. Estou tomando pílula.

— Segurança em primeiro lugar. Nunca estive com ninguém sem


proteção.

— Eu não posso dizer o mesmo. No entanto, foi apenas uma pessoa, e


nós dois estávamos seguros.

— Tem certeza?

— Positivo. — Eu não queria dizer a ele que tinha sido o médico local.

Meus dedos terminaram de abrir seu jeans e ele saltou, duro e pronto. —
Parece que seu amigo aqui está esperando por mim.
— Ele está esperando desde a última vez que estivemos juntos.

Eu levantei meus quadris e afundei todo o caminho em seu pau. Fazer


sexo com Bo era ter todas as suas fantasias sexuais realizadas. Eu sempre tinha
garantido pelo menos dois orgasmos.

— Mmm, você é tão apertada e lisa. — Ele agarrou minha bunda ampla e
apertou. Ele era um amante total porque não conseguia manter suas mãos longe
de mim quando transamos.

Meus gemidos de prazer tornaram-se cada vez mais altos enquanto nos
empurrávamos um contra o outro. Então seu polegar procurou meu clitóris e
todas as apostas foram canceladas. Eu tinha uma boa ideia do que estava por
vir, atrás de mim. Ele deslizou seu dedo mindinho na minha porta dos fundos
e eu gozei como um foguete.

— Sim, sim. — Eu gritei.

Então ele me apertou com força enquanto gemia. Eu adorava quando ele
fazia isso, seus gemidos eram as coisas mais sensuais que eu já ouvi.

Sentamos juntos, nossa respiração acelerada. Quando me acalmei,


perguntei: — Você tem uma obsessão pela minha bunda, não é?

— Pode apostar que sim. É redonda, como dois pêssegos em que quero
afundar meus dentes.

— Você quer morder minha bunda?

— Mmm-hmm. Eu quero fazer todo tipo de coisa na sua bunda. Nós


chegaremos lá no tempo. Passos de bebê, muffin.

Ele estava me chamando de muffin desde que eu confessei ter comido


demais. Eu tinha cortado desde que comecei a escola e fiquei feliz em notar que
minhas calças não estavam tão apertadas.

— Passos de bebê?

— Uh-huh. Começamos com isso. — Ele ergueu o dedo mindinho. — E


gradualmente chegaremos a isso. — Ele empurrou contra mim.

— E depois?
— Espere para ver. Você obviamente gosta do dedo, então eu imagino
que você vai gostar do meu pau também.

— Eu não sei. Seu pau é muito maior que seu dedo mindinho.

Ele riu. — Sim, felizmente. Eu não gostaria de ter um dedo mindinho.

— Eu não gostaria também. Eu gosto do seu do jeito que está.

Ele me beijou então, longo e lento. — Eu tenho uma ideia. Vamos jantar.

— Você cozinhando?

— Eu posso se você quiser, ou podemos sair.

— Vamos ficar em casa. — Eu não queria me arrumar e ir a lugar nenhum.

Acabamos na cozinha, eventualmente, e ele tirou alguns bifes da geladeira.

— Eu vou grelhar isso e deixar você lidar com as batatas.

— Combinado. — Eu descasquei as batatas e as coloquei no micro-ondas


para dar uma pré-cozida. Quando o cronômetro tocou, eu as embrulhei em
papel alumínio e joguei no forno quente. Então eu peguei demoramalguns
ingredientes de salada da geladeira e fiz uma salada.

— Vou cozinhá-los quando as batatas estiverem prontas, pois não


demora muito.

Ele nos serviu duas taças de vinho tinto, e nos sentamos na ilha, bebendo.

Seu telefone tocou e ele disse: — É Jack. Eu preciso atender.

— Jack, como foi?

Ouvi a voz de Jack, mas não consegui entender o que ele disse.

— Bom. Eu sabia que ela nunca teria uma chance. Quanto tempo vai
demorar a mediação?

Ele ficou quieto e então disse: — Que bom que eles conseguiram agendar.
E sim, eles são eficientes. Apenas me mantenha informado então.
Depois que ele terminou sua ligação, ele me contou o que estava
acontecendo com Jack e seu divórcio.

— Oh, isso é horrível. A esposa dele parece uma víbora gananciosa.

— Tudo o que posso dizer é que assim que eles se casaram, ela parou de
trabalhar e só queria gastar o dinheiro dele.

— Eu odeio dizer isso, mas às vezes o divórcio é necessário. Parece que


ele vai ficar melhor sem ela.

— Eu concordo. Uma vez que vier para cá e seguir com sua vida, ele vai
ser muito mais feliz. Eu tinha a sensação de que as coisas não estavam ótimas,
mas ele nunca discutia sobre ela.

Eu circulei um dedo ao redor do topo da minha taça de vinho. — Às


vezes, as pessoas não gostam de discutir o lado desagradável de suas vidas. Por
exemplo, eu nunca falei sobre minha mãe e como ela sempre me faz sentir mal.
É embaraçoso porque as mães deveriam ser as maiores amigas de suas filhas.

Ele pegou minha mão livre e deu um beijo no meu pulso. — Não se
envergonhe por isso. Nem todo mundo vive em um mundo idílico.

— É verdade, mas é terrível quando é sua própria mãe fazendo isso. Fiquei
tão feliz em sair de lá.

— Evvie, você quer ter filhos?

— Claro, um dia. E eu juro nunca os tratar do jeito que minha mãe me


tratou. Ela era ótima, desde que eu fizesse o que ela queria e parecesse bem para
ela. Quando eu ganhei peso foi quando ela constantemente pegou no meu pé.

Isso me incomodava tanto que eu não queria sair do meu quarto. Eu a


evitei a todo custo. — Era como se ela não soubesse que eu tinha um espelho
e podia ver por mim mesma.

— Não se preocupe com o que ela diz. Eu acho que você é perfeita do
jeito que é. — Ele me beijou para dar ênfase.

— Obrigada. — Eu ainda era tímida com elogios, já que não tinha


ninguém para me dar eles há algum tempo.
Fui verificar as batatas. Quando lhes dei um leve aperto, elas estavam
macias, então anunciei: — Taters está pronto.

Logo estávamos sentados à mesa de jantar, comendo um delicioso jantar.


— Esses bifes são incríveis.

— Sim? Eu os comprei no Sal's. Eu amo aquele lugar. A seleção de carnes


e tudo o mais é excelente.

— Você sabe, eu já comprei lá antes para minha mãe, mas não


recentemente.

— Da próxima vez, você pode ir comigo.

Terminamos o jantar e eu o ajudei a limpar. Foi super fácil já que ele


grelhava do lado de fora, e as batatas não sujavam nada.

— Adoro esse tipo de jantar em que quase não há nada para limpar. —
Disse ele.

Então ele fez uma pergunta. — Ei, vou ao leilão para comprar algumas
ovelhas e um carneiro. Quer ir comigo?
Capítulo 16
BO

EVVIE CONCORDOU em participar do leilão comigo. Viajamos para uma


cidade a algumas horas de distância na noite anterior e nos hospedamos em um
hotel. Nós não saímos até o final da tarde, pois ela tinha que trabalhar depois
da aula. Ela foi dispensada da aula por alguns dias, então já estaríamos em casa.

O leilão começou às nove da manhã, e eu estava disposto a gastar altos


dólares com minhas ovelhas. Eu queria o melhor para começar o rancho. Eu
não compraria o gado até que Jack chegasse.

Eu tinha falado com alguns criadores de ovelhas para aumentar minha


base de conhecimento. Isso, junto com toda a pesquisa que fiz, me deixou
confiante de que seria capaz de reconhecer uma boa ovelha e carneiro.

— Deixe a licitação começar antes de você entrar. Os fazendeiros de lá


terão uma boa noção do que é estoque de primeira linha e do que não é. — Um
fazendeiro me disse. Então foi isso que eu fiz.

Com certeza, quando os animais foram exibidos, um por um, as pessoas


experientes sabiam quando dar lances ou não.

A quarta ovelha foi a vencedora. A licitação começou e eu pacientemente


sentei até que diminuiu um pouco. Então eu adicionei minha oferta. Evvie
sorriu e segurou minha mão.

Isso era muito parecido com um leilão de gado, então eu estava


confortável com o processo. A manhã passou e vimos um grande número de
ovelhas. Nós também os verificamos antes do leilão. Havia um período de uma
hora que eles permitiam, mas tinha que ser concluído antes que o primeiro
animal fosse apresentado.

Eu finalmente tive minhas cinco ovelhas e então os carneiros saíram.


Como eu queria o melhor, pois estava comprando apenas um, esperei até ver o
que mais me interessava. Como esperado, os lances foram altos e rápidos. Mais
uma vez, esperei, mas pulei quando o leiloeiro anunciou: — Dou-lhe uma...
Aumentei substancialmente a oferta, o que me rendeu muitos olhares. Eu
não relaxei até que a compra foi anunciada.

Levantamos e fomos pagar. Tinha sido um longo dia, então eu queria sair
daqui e relaxar. Uma vez que o pagamento foi feito, combinamos de buscá-los
pela manhã. Depois, fomos comer alguma coisa.

— Estou morrendo de fome. — Eu disse.

— Eu também.

— O que você quer?

— Tudo menos fast food. — Evvie fez uma careta. Ela odiava fast-food.

— Por que a aversão a isso? — Eu perguntei.

— Mason Creek não tem nenhum fast-food, então eu não cresci comendo.
Eu nunca desenvolvi um paladar para isso, suponho.

— Isso é bom. Não dando a todos os lugares de fast-food uma má


reputação, mas a maioria deles não é tão saudável.

Ela riu e deu um tapinha na barriga. — Sim, bem, não é por isso que eu
não como eles. Eu só não acho que eles sejam tão bons, especialmente quando
você tem o Wren's Café e o Pony Up por perto. Sem mencionar, Java Jitters. A
comida deles é difícil de derrotar.

Ela estava certa. Eu tinha comido em todos os três e fast food não se
comparava a nenhum deles.

Chegamos a um restaurante local que tinha ótimas críticas online. Quando


entramos, uma garçonete gritou: — Sente-se em qualquer lugar.

Eu balancei a cabeça e levei Evvie para uma cabine vazia.

— Este lugar é muito legal. — Disse ela.

— É uma espécie de retrocesso aos anos sessenta, não é?

— Sim. Olhe para lá. — Ela apontou para a parede. — É uma verdadeira
jukebox ao vivo. Quão legal é isso?
Foi muito legal. Não havia mais muitos desses lugares por aí. E não era
um restaurante novo que foi montado para parecer velho. Este lugar estava
aberto há anos.

— O que eu posso trazer para vocês dois beberem? — Uma garçonete


perguntou enquanto nos entregava os menus.

— Eu quero água, por favor. — Disse Evvie.

— Eu vou tomar uma coca.

Verificamos o menu e tinha um especial diário de frango frito, purê de


batatas, feijão verde, além de uma sobremesa. — Acho que vou ter o especial
diário. — Eu disse.

— Isso soa delicioso. Acho que quero um sanduíche de clube.

A garçonete voltou com nossas bebidas, e nós lhe demos nosso pedido.

— Deve estar pronto, pessoal. — Disse ela.

Evvie disse depois que ela se foi: — Ela me lembra minha mãe com seus
óculos e penteado.

Era um daqueles penteados na altura do queixo e ela usava óculos de aro


dourado.

— Eu gostaria de conhecer seus pais um dia.

— Urrgh. Tem certeza? Eles vão te fazer todo tipo de pergunta que você
possa imaginar.

— Tenho certeza e adoraria que você conhecesse meu pai. Assim que o
rancho estiver funcionando, ele vai voar até aqui para dar uma olhada.

— Ótimo! Eu vou conhecê-lo então. Eu queria te perguntar, o que está


acontecendo com suas novas bancadas de cozinha e pintura?

— Nada que eu saiba. Ginny encomendou as bancadas, e minha equipe


de construção vai instalá-las quando chegarem. Eles também vão fazer a
pintura.
Seus olhos brilharam. — Vai ficar fabuloso. Ginny me mandou fotos do
que ela escolheu.

Eu a encarei. — Você pode compartilhá-los comigo já que minha irmã


nunca pensou em me mostrar? Isso é o que eu ganho por permitir que ela
assuma o controle.

Evvie gargalhou. — Ginny é meio assim, então você deveria ter esperado.

— O mínimo que ela poderia ter feito era me mostrar uma foto. — Eu
verifiquei o que Evvie segurava e fiquei muito satisfeito. — Isso vai ficar muito
bom.

— Muito bom? Vai ser fantástico.

Nossa comida chegou, e estava ótima. Evvie elogiou seu sanduíche e meu
frango foi um dos melhores que já comi.

— Talvez pudéssemos vir aqui para o café da manhã amanhã. — Sugeri.

— Estou dentro. Espero que tenham boas panquecas.

Terminamos e fomos para o hotel. Uma vez lá, liguei para Jack e meu pai,
contando a eles sobre minhas compras. — Eu vou buscá-los de manhã, então
eles estarão no rancho amanhã.

Papai ficou satisfeito. — Envie-me algumas fotos quando você as tiver lá.

Evvie estava dormindo profundamente quando minhas ligações


terminaram. Ela estava enrolada de lado, então eu movi seu cabelo e beijei seu
pescoço. Não a acordou, mas ela fez pequenos ruídos de miado como um
gatinho.

Eu a beijei novamente, porque estava excitado só de olhar para ela. Ela


piscou abrindo os olhos e sorriu. — Ei, desculpe, eu desmaiei.

— Está tudo bem. Mas agora você realmente vai acordar. — Tirei seu
jeans e calcinha e olhei para sua boceta nua. Minha boca trabalhou nela,
lambendo e lambendo até que ela chegasse ao clímax.

Então eu a levantei de joelhos e a penetrei pelas costas. Sua bunda brilhava


enquanto eu massageava os globos perfeitos. Quando pensei que ela estava
chegando perto de gozar, dei um tapa em uma de suas bochechas. Admirei o
tom rosa pálido depois. Então eu levemente massageei e bati novamente. Seus
músculos internos apertaram meu pau em um orgasmo emocionante. Eu teria
que explorar mais essa surra.

— Não pare. Eu quero mais. — Ela gemeu.

Eu bombeei nela mais forte e mais rápido, adicionando um tapa de vez


em quando. Quando seu próximo orgasmo atingiu, eu perdi o controle e
experimentei o meu próprio. Eu não podia imaginar o sexo com outra pessoa
tão perfeita.
Capítulo 17
EVVIE

EU ANDAVA nas nuvens quando flutuava para o trabalho. Participar do


leilão com Bo foi ótimo. Eu aprendi muito sobre o que ele procurava em
ovelhas e também foi um grande passo em nosso relacionamento. Ele se abriu
sobre o negócio da pecuária – não que ele não tivesse discutido isso comigo
antes. Só que essa viagem foi mais intensa, pois ele me contou coisas pessoais
sobre as finanças. Eu sabia que a quantidade de dinheiro que os fazendeiros
podiam ganhar era alta, mas a renda de seu rancho no Texas era astronômica.
Os planos de Bo para a extensão de Montana eram agressivos. Ele acreditava
que poderia trazer este lugar para produzir o que o outro rancho fazia. Se
conseguisse, sua renda dobraria. Meu cérebro tinha dificuldade em lidar com
esse tipo de dinheiro.

— Alguém parece feliz hoje. — Poppy comentou quando entrei na


cozinha. — Como foi a viagem?

— Ótima! E aprendi muito sobre animais também. O que procurar ao


comprá-los. Foi muito interessante.

— Hmm, parece que alguém está feliz com a direção de seu


relacionamento.

Um calor se espalhou por mim enquanto eu pensava em todo o sexo que


tivemos. Bo era um especialista quando se tratava de coisas sensuais. Quando
ele deu um tapa na minha bunda, eu não esperava ficar tão excitada.

— Limpe esses pensamentos impertinentes e reabasteça os muffins, por


favor. — Disse Poppy com uma risada.

Peguei a bandeja que ela estendeu para mim e saí da cozinha para fazer o
que ela pediu. Minha cabeça estava totalmente cheia de pensamentos
impertinentes. Eu precisava limpá-los ou teria um problema aqui.

Quando a caixa de pastelaria foi carregada, voltei para a cozinha. — Tudo


feito.
— Isso também, por favor. — Ela me entregou uma bandeja de biscoitos
de aveia com gotas de chocolate. Hum. Eu não tinha um desses em semanas.

Devolvi a bandeja vazia e voltei para me certificar de que não havia mais
nada que precisasse ser reabastecido. Tínhamos um enxame de clientes no
momento, então assumi minhas funções de barista enquanto criava misturas de
café. A pressa diminuiu um pouco e foi quando Jessie entrou, carregando o
pequeno Henry.

— Bom dia. — Ela gritou enquanto se dirigia direto para a cozinha.

Seguindo-a, fui ver a criancinha. — Ooh, posso segurá-lo?

Jessie o entregou. — Seja minha convidada.

Henry deu um tapinha na minha bochecha e se contorceu. — Ele é tão


forte!

— Diga-me sobre isso. É uma luta para colocar a fralda porque ele torce
e gira muito. Ele é bem agitado! — Disse Jessie.

— E muito fofo também. — Eu esfreguei seu cabelo macio e ele riu. Suas
bochechas rechonchudas me fizeram querer plantar beijos sobre eles. — Ele
pode comer um biscoito?

— Metade. Esse garoto comeria o dia todo se você deixasse.

Eu disse a Henry: — Você quer um biscoito?

Ele sorriu e eu dei uma gargalhada. Seus dentes estavam um pouco tortos,
os dois da frente sendo separados. Deus, ele era adorável.

Peguei um biscoito e o quebrei em pedaços, entregando-lhe um. Ele


tentou enfiar tudo na boca, mas eu o impedi. — Morda.

Ele acenou com a cabeça, dizendo: — Morda.

Então o pequeno inseto mordeu, apenas para pegar uma parte do meu
dedo.

— Ai! — Eu gritei, ao que ele riu.


— Mais. — Dei-lhe outro pedaço, certificando-me de que meus dedos
estavam fora do caminho.

— Jessie, ele é muito fofo. Ele deveria ser ilegal.

Jessie riu. — Você diz isso agora, mas fique perto dele quando ele não
conseguir o que quer. Oof, esse garoto tem um temperamento.

Fiz cócegas no queixo de Henry. — Você não tem um temperamento, não


é? — Ele gorgolejou uma resposta que eu não consegui traduzir.

— Adivinhem, senhoras? — Jessie perguntou.

— O que? — Poppy respondeu.

— Nós vamos ter outro pacote de alegria. — Jessie deu um tapinha na


barriga. — Estou grávida de novo.

— Woo-hoo! — Eu pulei e girei ao redor. — Você vai ter um irmãozinho


ou irmãzinha. — Eu disse a Henry. Ele olhou para mim como se eu fosse uma
maluca.

— Quando? — Perguntou Poppy.

— Estou com doze semanas, então em cerca de seis meses.

— Parabéns. — Poppy a abraçou. — Você foi feita para a maternidade.

— Uh, não tenho tanta certeza sobre isso, mas eu não poderia estar mais
feliz. Miles está rezando para uma menina equilibrar a casa. Eu honestamente
não me importo. Meus meninos são preciosos, e eu os adoro.

— Você ouviu isso, Henry? Sua mãe te adora. — Eu beijei o topo de sua
cabeça.

Então Jessie disse: — Vamos contratar uma babá em tempo integral para
ajudar. A que temos agora não pode trabalhar em tempo integral, então estou
caçando. Gostaria de preencher a conta, deixem-me saber.

Então ela pegou Henry de mim e foi para seu escritório.

— Ok, senhora, tire esse olhar sonhador do seu rosto. — Disse Poppy,
me cutucando no braço. — Temos trabalho a fazer, e seu dia chegará.
— Você acha? Eu nunca pensei em ter meus próprios filhos.

Poppy colocou as mãos nos quadris e disse: — Você não pode me


enganar. Seu cowboy gostoso tem sua cabeça nas nuvens, então fazê-los seria
fácil. E você mudou desde que o viu.

— Mudei? Como?

— Por um lado, você está feliz. Você não fica obcecada com as coisas
como costumava fazer.

Isso era verdade o suficiente. Bo me fez ver as coisas de maneiras


diferentes.

— Você está certa. Estou mais feliz. Mas a escola tem muito a ver com
isso. Não estou tão sem rumo como antes.

— Isso não é tudo. Você tem esse brilho sobre si. Você é uma mulher
apaixonada.

Minha cabeça virou na direção de Poppy. Apaixonada?

— Você não pode me enganar. Eu sei como é o amor. Jessie tinha esse
mesmo olhar sobre ela quando se apaixonou por Miles.

Fiquei em silêncio enquanto cada pensamento imaginável rolava sobre


mim. Apaixonada? Eu? E se Bo não sentisse o mesmo? Eu nunca realmente
amei um homem antes, então este era um novo território para mim.

— Pare de se preocupar. Eu posso ver essas suas linhas de expressão. Ele


é louco por você. É muito óbvio pelo jeito que ele te olha.

— Mas e se ele parar de se sentir assim? O que eu faria?

— Caramba, garota, você está colocando a carroça na frente dos bois.


Você precisa relaxar e aproveitar seu tempo com ele. Se seu relacionamento
continuar a aprofundar, então você não tem nada com que se preocupar.

Poppy estava certa, só que de repente eu tive essa sensação de mau


presságio sobre mim. Nós acabamos de ter os melhores dias juntos, então por
que eu me sentia assim?
Como se sentisse minha angústia, Bo entrou no café. Ouvi a campainha
tocar e olhei pela janela da porta da cozinha.

— Oh, Deus, ele está aqui agora.

— Corra. Vá dar o almoço dele. E limpe essas linhas de expressão. Ele vai
pensar que você está com raiva.

Quando voltei para o restaurante, ele disse: — Aí está minha dama


especial. Exatamente a pessoa que eu queria ver.

Um sorriso se formou no meu rosto. — Eu acabei de deixar você algumas


horas atrás.

— Isso é muito tempo. Eu preciso de um beijo.

Eu o encontrei e ele me deu um rápido. — E aí?

— Estou com fome e preciso do meu sanduíche favorito.

— Sente-se e logo sairá.

Relatei a Poppy que precisava de uma salada de frango em um croissant.


Então eu lhe preparei uma bebida.

— Como está indo hoje? — Ele perguntou. — Sua aula estava bem depois
de perder uns dias?

— Sim! Foi bem. Meu instrutor quer que eu termine meu projeto para que
ele possa levá-lo para a pessoa com quem vou fazer o estágio. Estou animada
com isso.

— Você vai ser fabulosa. — Então ele agarrou meu pulso e me puxou
para seu colo.

— Bo! — Tentei repreendê-lo, mas ele cortou minhas palavras com a


boca.

— Eu senti sua falta. Quando você saiu esta manhã, aquela cama ficou
muito vazia e fria sem você.

— Eu também senti sua falta. Agora me deixe ir para que as pessoas não
falem.
— Eu não me importo se eles falam.

— Eu sim, especialmente porque estamos no trabalho. Eu vou pegar seu


almoço. Deve estar pronto agora.

Eu pulei do colo dele e fui para a cozinha.

— Veja, eu te disse. — Disse Poppy.

— Eu sei, mas ele estava muito ganancioso para o trabalho.

— Pare de ser tão tensa e aproveite. Ele estava apenas sendo brincalhão.

Talvez ela estivesse certa. Bo nunca faria nada para prejudicar meu
trabalho.

Peguei seu prato que estava cheio de salada de batata e seu croissant. Então
eu levei para ele.

— Obrigado, muffin.

— Ha. Por nada.

— Eu amo sua bunda. Estava perfeita ontem à noite, toda rosada de


apanhar.

— Bo Christianson! Comporte-se!

Ele sorriu e então deu uma mordida em seu sanduíche. — Mmm, isso é
gostoso, mas não tão gostoso quanto você.

— O que há com você hoje?

— Nada. Só estou sentindo falta da minha mulher.

Isso me fez sorrir. — Sentindo falta da sua mulher, hein?

— Ah, sim, e mal posso esperar para ela chegar em casa.

— Você não tem ovelhas para cuidar?

— Nah, elas estão pastando e felizes.

— Você está entediado?


— Por que eu estaria entediado? — Ele perguntou.

— Porque você está agindo de forma diferente.

— Não é verdade. Estou apenas feliz. — Então ele mastigou seu


sanduíche. — Você pode sentar enquanto eu como?

— Só até um cliente entrar.

Então a campainha tocou, me dizendo que estava de volta ao trabalho. —


Desculpe.

Eu me movi atrás do balcão e peguei o pedido. Era uma mulher com dois
filhos. Eu a conhecia, mas não conseguia lembrar seu primeiro nome.

— Eu quero um mochaccino e dois chocolates quentes.

Java Jitters fazia o melhor chocolate quente. Mesmo durante os meses de


verão, vendíamos uma tonelada dele.

— Saindo.

Rapidamente fiz as bebidas e ela pagou. Então voltei para Bo. Seu prato
estava polido e limpo. — Você deve estar com fome.

— Ainda estou com fome, mas não de comida. — Ele piscou para mim.

— Hum, isso vai ter que esperar.

— Eu sei, mas há uma parte da minha anatomia que não está feliz com
isso.

— Você vai sobreviver.

— Evvie, eu não quero sobreviver. Eu quero fazer sexo quente com você.

Graças a Deus ele sussurrou isso. Eu estava mortificada.

— Bo, você tem que parar de dizer coisas assim em público.

— Ninguém pode ouvir. Está tudo bem.

— Ok, então, por favor, pare de dizer essas coisas quando você entrar
aqui. Isso me deixa desconfortável.
O sorriso em seu rosto desapareceu. — Eu realmente sinto muito. Eu
estava apenas brincando. Eu prometo que não vai acontecer de novo. Aqui.

— Obrigada. — Eu não tinha certeza por que ele ficou tão descarado
comigo. Foi um pouco estranho. Ou talvez eu estivesse apenas exagerando. Eu
nunca tive um homem falando assim comigo em público.

Ele se levantou e me entregou uma nota de cinquenta dólares.

— Para que isso?

— Você é uma garçonete, não é? É uma gorjeta.

— Você não tem que fazer isso. — Essa gorjeta me deixou ainda mais
desconfortável.

— Apenas pegue isso. — Ele foi sincero. Eu aceitaria por enquanto, mas
devolveria a ele quando chegasse à casa dele.

— Obrigada.

— Vejo você mais tarde esta tarde.

— Sim, você irá.

Poppy riu quando contei a ela sobre a gorjeta. Ela viu de forma diferente
do que eu. Mas eu ainda estava planejando devolver.

Quando voltei para o meu apartamento, peguei minhas coisas para a noite
e cheguei a casa de Bo, já era quase seis. Tinha sido um dia cheio e eu estava
exausta.

Entrei em sua casa, meus braços cheios, mas parei quando não vi nada
além de velas acesas em todos os lugares. Estava lindo e muito romântico.

Então ele caminhou em minha direção e esvaziou meus braços, colocando


minhas coisas no console na entrada. A próxima coisa que eu sabia, ele estava
me beijando. Realmente me beijando. Soprando minha mente, me beijando.
Minhas mãos rastejaram ao redor de seu pescoço, e ele me levantou em seus
braços.

Ele me carregou para a toca, onde um enorme cobertor de pele estava no


chão. Então ele tirou minhas roupas. Eu finalmente notei que ele estava nu,
exceto por seu jeans. Aqueles caíram no minuto em que eu os descompactei.
Seu pau saltou para frente, pronto para mim. Só que eu tinha algo diferente em
mente. Eu caí de joelhos e o levei em minha boca. Então eu fiz todas as coisas
extravagantes que ele amava até que ele me fez parar. Eu não queria e disse isso
a ele.

— Eu sei. — Disse ele. — Mas eu realmente quero acabar com você.

— Bem, então, suponho que você deveria.

Ele se deitou e me puxou para cima dele, deslizando dentro de mim quase
ao mesmo tempo. Sentei-me completamente e montei-o com força. Ele brincou
com meus mamilos, puxando-os e uma mão se moveu para o meu clitóris. Eu
gozei rápido e forte, ao que ele respondeu na mesma moeda. Senti seu pau se
contorcendo dentro de mim.

Quando a tempestade de sexo passou, eu caí em cima dele. — Mmm. —


Eu disse, tomando um de seus mamilos em minha boca. Ele gemeu quando eu
o chupei e depois o sacudi com a minha língua.

— Sim, isso mesmo. — Disse ele. Eu me revezava com cada um deles,


alternando para frente e para trás. Ele apertou sua pélvis contra mim e começou
a balançar suavemente. Ele tinha uma semi ereção então não estava
completamente duro. Isso foi bom. Isso foi muito bom, especialmente quando
ele se apoiou em mim.

— Sente-se na minha cara. Agora.

Eu me aproximei até que sua língua encontrou minha protuberância. Ele


soprou em mim e então fez sua mágica. Não demorou muito para que eu tivesse
o orgasmo número dois. Isso aconteceu quando ele colocou um dedo no meu
traseiro. O que foi que me fez gozar tão rápido assim?

A próxima coisa que eu sabia, eu estava de costas, ele por cima enquanto
me beijava.

— Você tem um gosto tão bom.

— Hum, parte disso é você.

— Ok, então nós dois temos um gosto bom. — Ele afastou meu cabelo
do meu rosto. — More comigo.
Não era uma pergunta nem uma ordem, apenas uma simples declaração.
E fui pega de surpresa. Eu não tinha previsto isso.
Capítulo 18
BO

QUANDO EVVIE NÃO RESPONDEU, fiquei surpreso. — Eu te choquei?

— Sim! Eu não sei o que dizer.

— Essa parte é fácil. Apenas diga sim.

Ela se apoiou nos cotovelos e olhou fixamente para mim. — Não nos
conhecemos há muito tempo.

— Já se passaram mais do que alguns meses e isso é o suficiente para eu


saber que você é meu amor.

— Seu amor?

Eu circulei um dedo ao redor de seu ombro. — Sim, meu amor, minha


única, minha. Eu te amo, Evvie.

Seus olhos se arregalaram e ela engoliu em seco. Eu corri um dedo em sua


garganta.

— Não se preocupe, eu não vou te machucar. É por isso que eu quero


você comigo sempre.

— Você tem certeza?

— Ah, tenho certeza. Eu não teria perguntado se não tivesse.

Ela ficou quieta, então eu acrescentei: — Você não precisa responder


agora. Pense nisso. Você está tão ocupada e achei que também seria mais fácil
para você. Com os novos prédios que estou adicionando, eu poderia pedir para
eles criarem um espaço para você fazer seus projetos de soldagem também. E
só para você saber, não estou tentando suborná-la com isso. Eu realmente
quero você aqui.

— Você tem certeza? E você não precisa adicionar um espaço de solda


para mim.
— Evvie, eu não teria perguntado se não tivesse certeza.

Foi quando seu sorriso iluminou a sala. — Ok, então. Mas... você tem que
conhecer meus pais primeiro.

— Tudo bem para mim. Convide-os aqui. Ligue para eles agora.

— Agora?

— Sim, eu quero que isso avance. Estou livre qualquer noite.

Ela se levantou e pegou seu telefone. Quando ela voltou, ela ligou e
colocou no viva-voz.

— Oi, mãe.

— Bem, olá, Evelyn. Eu não tinha certeza se você ligaria.

— Mãe, você é quem me insultou, então, realmente, você deveria ter sido
a única a ligar. No entanto, eu não liguei para isso. Eu queria convidá-la para
jantar na casa do meu namorado. Está na hora de você o conhece-lo.

— Namorado? Você tem namorado?

— Sim, mamãe. Você e papai podem vir?

— Tenho certeza que podemos. Espero que ele seja um homem de


recursos. — Evvie revirou os olhos com esse comentário.

— O que isso importa, desde que ele seja bom para mim?

— Evvie, você é tão jovem e ingênua. Um dia você vai entender.

— Que tal quinta-feira à noite?

— Quinta-feira está bem.

— Ótimo. Venha por volta das seis e meia. Aqui está o endereço.

— Vejo você então.

Fiquei um pouco chocado com a mãe dela. — Sua mãe não percebe o
quão inteligente você é?

— Não me faça começar com ela.


— Tudo bem. Reservarei o julgamento até depois do nosso pequeno
jantar.

***

ERA fácil ver como Evvie estava nervosa com esse jantar simples. Fiz o
meu melhor para tranquilizá-la, só que falhei.

— É apenas um jantar. Podemos sugerir que eles saiam depois porque


essa é a nossa hora de fazer amor.

— Bo! Pare de brincar.

— Você acha que isso foi uma piada? — Eu sorri, em seguida, puxei-a em
meus braços. — Eu prometo estar no meu melhor comportamento.

— Por favor, e não brinque sobre nós. Você não conhece minha mãe.

— Eu prometo.

A campainha tocou um pouco mais tarde e seus pais estavam na varanda.


Evvie os trouxe para dentro, apresentando-nos. Sua mãe não conseguia tirar os
olhos do interior da casa. Fiquei feliz por tê-lo pintado e as bancadas refeitas.

Falei com o pai dela e o levei para a sala enquanto Evvie e sua mãe foram
para a cozinha pegar algo para beber.

Eu queria bisbilhotar, mas o pai dela ficava tagarelando sobre pecuária,


sobre a qual ele não sabia nada.

— Este lugar vai precisar de muita manutenção. Espero que você tenha
os meios. — Disse ele.

— Minha família está no ramo da pecuária há três gerações. Nossa


principal fazenda fica no Texas, onde criamos gado. Este é apenas um ramo de
nossas operações.

Isso o acalmou. Ele não perguntou mais nada.

As mulheres entraram e a mãe de Evvie disse: — Evvie, parece que você


perdeu alguns daqueles quilos terríveis que estava carregando.
— Quilos terríveis? — Eu perguntei, já ficando chateado. — Eu acho que
Evvie é perfeita do jeito que está e eu preferiria que ela não perdesse nenhum
peso. As mulheres não foram feitas para ser figuras de palito. — Eu disse,
olhando para ela incisivamente.

Evvie sorriu quando sua mãe ficou boquiaberta. — Bem, eu discordo.

— Então acho que vamos concordar em discordar. Além disso, no que


diz respeito a Evvie, minha opinião sobre ela é a única que me importa. —
Ajudei Evvie a entregar as bebidas. Sem álcool esta noite, apenas água e chá.
Aproximei-me de Evvie e coloquei meu braço em volta dela. Então todos nós
nos sentamos.

— Fale-me sobre você, Bo. — Disse sua mãe.

Eu concordei, dando a ela minha curta história de vida.

— Bem, isso não é legal?

O que eu poderia dizer sobre isso? A mãe dela parecia uma intrometida
que provavelmente falaria sobre mim por toda a cidade. Era importante para
Evvie que eu causasse uma boa impressão.

— Sim, senhora.

— E Evvie, ele tem boas maneiras também.

Eu queria dar-lhe o olhar fedorento, mas não o fiz. Parecia que agora ela
sabia que eu tinha dinheiro, ela era toda sobre mim. Fiquei agradecido quando
chegou a hora de colocar os bifes. Evvie já tinha feito a salada e as batatas
estavam no forno.

Ao sair da sala, Evvie perguntou se poderia ajudar. Seus olhos me


imploraram para dizer sim.

— Sim, eu preciso de algumas mãos extras aqui.

Ela me seguiu enquanto levávamos a carne para cozinhar.

— Eu sinto muito. Mamãe é super intrometida.

— Não é isso que me incomoda. Ela age como se você não tivesse
cérebro.
— Urrgh, isso me deixa louca. Ela também não perguntou nada sobre
minha aula de soldagem.

— Eu vou cuidar disso. — Eu decidi que iria colocá-la em evidência.

Estávamos sentados e prontos para comer. Evvie pulou e perguntou: —


Mamãe ou papai, algum de vocês gostaria de fazer a bênção?

— Seu pai vai.

Seu pai fez uma breve oração e todos nós comemos em nossas refeições.

Enquanto todos comiam, eu disse: — Evvie está indo muito bem com sua
soldagem. Você deveria ver alguns de seus desenhos. E ela até conseguiu um
estágio com uma artista famosa.

— Quem poderia ser? Eu não sabia que soldar era uma arte. — Disse sua
mãe com uma expressão azeda.

— Mãe, eu te disse que meu objetivo era criar arte de jardim, mas você
zombou.

— Esse é um mercado gigantesco e basicamente inexplorado aqui. —


Acrescentei. — Evvie tem a oportunidade de ganhar uma boa quantia, sem falar
que ela também pode se tornar famosa.

— É assim mesmo?

— Sim, senhora. Estou incentivando-a o máximo que posso. Ela já


desenhou a marca que vou usar. Estamos apenas esperando que ela seja
finalizada.

— Olhe para isso. Nossa Evvie é uma artista.

Evvie suspirou. — Mãe, eu sempre quis fazer isso, mas você me disse que
minhas ideias eram péssimas. Você é a única que pensa isso, a propósito.

O nariz da Sra. Collins subiu no ar.

— Querida, você está inventando isso. Eu nunca faria isso ou


desencorajaria você de forma alguma.
— Mãe, isso não é exatamente verdade. Você nunca apoiou nenhuma ideia
minha.

Estava claro como o dia que Evvie estava dizendo a verdade. Ela viveu
assim por muito tempo, mas não mais. Eu elogiaria cada uma de suas realizações
a cada chance que eu tivesse.

— Este bife está delicioso. — Disse a Sra. Collins, mudando de assunto.

— Sal's é o melhor da cidade, eu descobri.

— Sim, eles são. — Bem, olhe para isso. Ela finalmente concordou em
algo.

Evvie trouxe para casa um bolo de Java Jitters para a sobremesa. Quando
tiramos a mesa, eu carreguei os pratos e ela o bolo. A Sra. Collins disse: —
Evvie, querida, espero que você não esteja comendo nada disso. — Que porra!
Eu lidaria com isso.

— Ah, sim, ela está e eu estou dando a ela o maior pedaço que vai caber
em seu prato. — Tirei a faca da mão da minha garota e cortei o bolo. Fiel à
minha palavra, o pedaço de Evvie foi gigantesco. A Sra. Collins quase perdeu
os olhos. Sua expressão era tão cômica, eu tive que morder meu lábio para não
rir.

Enquanto isso, Evvie olhava para seu pedaço de bolo. — Há algo de


errado com isso, querida?

Ela balançou a cabeça e deu uma mordida tímida. — Como está? — Eu


perguntei.

— Mmm. Muito bom. — Ela limpou os lábios com um guardanapo para


tirar as migalhas. Eu queria lambê-los para ela.

Comecei a cortar pedaços para todos os outros, garantindo que fossem


grandes também. Isso foi intencional, pois eu queria ver se a Sra. Collins
comeria o dela. Como eu suspeitava, ela o cutucou como um pássaro. Não é à
toa que ela era tão magra.

— Este bolo está delicioso. — Disse o Sr. Collins, lambendo os lábios. —


Eu poderia comer esse glacê o dia todo. — Então ele olhou para sua esposa e
perguntou: — Por que você nunca traz para casa sobremesas como esta?
Ela fez uma careta. — Porque não são saudáveis.

— Embora isso possa ser verdade, é sempre bom se permitir de vez em


quando. — Eu disse, vendo se ela discordaria de mim. Ela não discordou.

— Sim, exatamente. Você nunca faz sobremesas ou outras coisas não


saudáveis que são agradáveis de comer, além do seu frango frito. E mesmo
assim, você só faz um pedaço para cada pessoa. É tão bom, eu poderia comer
quatro. — O Sr. Collins olhou para sua esposa.

— E é exatamente por isso que não faço mais. Faz mal ao colesterol e ao
coração.

— Oh, vamos lá, Elle, não é tão ruim se você só se entrega de vez em
quando, como Bo disse.

Ela fez um ruído rouco, mas não respondeu.

— Posso pegar alguma coisa para alguém? — Evvie perguntou.

Ninguém precisava de nada, mas eu suspeitava que ela queria escapar da


sala. Eu disse: — Eu adoraria mais água, por favor.

Ela voou para fora de sua cadeira e quando ela se foi, ouvi um bufo vindo
da cozinha. Quase engasguei com meu bolo. Estávamos realmente dando uma
chance a Elle.

Evvie voltou com minha água e agradeci.

Depois que a sobremesa terminou, a Sra. Collins deu um pulo e disse com
firmeza: — Temos que ir agora. Obrigada pelo jantar.

— Mas Elle, deixe-me terminar meu bolo.

— Você já teve o suficiente. — Ela o repreendeu como uma criança. Eu


queria dar a essa mulher um pedaço da minha mente, mas mantive minha boca
fechada.

Parecia que o Sr. Collins não era de discutir com ela, então ele
relutantemente se levantou e sorriu para sua filha. — Evelyn, isso foi adorável.
Obrigado por nos convidar para jantar. — Então ele se virou para mim e disse:
— E Bo, foi um prazer conhecê-lo. — Seu sorriso genuíno alcançou seus olhos
enquanto eles se enrugavam.
— E você também, senhor. Por favor, volte novamente. — Evvie e eu os
acompanhamos até a porta. Seu pai beijou sua bochecha enquanto sua mãe foi
direto para o carro.

Quando eles se foram, Evvie olhou para mim e depois deu uma
gargalhada. — Oh, meu Deus! Aquele pedaço de bolo quase a jogou sobre a
borda.

— Eu sei. É certo que foi um dos meus melhores momentos.

— O meu também. Até o papai estava do nosso lado. Eu nunca a vi sair


de qualquer lugar tão rápido. Mas o pobre papai provavelmente está levando
uma bronca agora.

— Tudo bem. Ele precisa desenvolver uma espinha dorsal e deixá-la ter
isso. E só para constar, se você ficar tão magra quanto sua mãe, eu vou te chutar
nas calças.

— Eu prefiro que você dê um tapa na minha bunda algumas vezes. — O


sorriso que ela usava me fez rir.

— Desculpe, muffin, não haveria nenhuma bunda para bater. Sua mãe
parece desnutrida.

— Ela está sempre em algum novo regime alimentar. Eu não sei como ela
aguenta.

— Provavelmente é por isso que ela tem uma disposição tão azeda. Ela
está morrendo de fome.

Evvie concordou e fomos para a sala de jantar para limpar a mesa. Quando
a cozinha estava limpa, eu disse: — Agora, aquele tapa na bunda. Leve sua
bunda linda para o quarto.

Eu a ouvi gritando. — Woo-hoo. — Por todo o corredor.


Capítulo 19
EVVIE

FOI a sensação mais maravilhosa ter Bo me defendendo ontem à noite no


jantar. Eu ainda estava cambaleando de alegria por causa disso. Minha mãe sem
dúvida estaria me ligando hoje para me dizer como ela desaprovou.

Sorri durante toda a aula e depois quando cheguei ao trabalho.

— Ooh, alguém deve ter tido uma noite divertida. — Disse Poppy.

Quando eu disse o que aconteceu, ela gargalhou. — Isso não tem preço.
Eu não sabia que sua mãe era tão dura.

— Sim, você sabe. Ela está sempre me dizendo o quão gorda eu sou.

— Eu sei, mas eu não sabia que ela era tão rigorosa sobre comer.

— Come como um pássaro e me deixa maluca. Nem todo mundo pode


viver assim.

Poppy deu um tapinha em sua barriga. — Claro que não posso. Eles não
serão um pacote de seis na minha vida. Eu terei meu barril de pônei para
sempre.

— Barril de pônei? Isso é hilário. — Eu bufei uma risada. — Eu amei.

Nossa hora de almoço habitual finalmente terminou, então eu pude pegar


um sanduíche. Eu sentei comendo quando Jessie entrou. Ela sempre trazia uma
dose de sol com ela. Ela parou na minha mesa e disse: — Adivinha quem está
grávida?

— Você?

— Bem, sim. Mas quem mais?

— Nenhuma pista.
— Mariah. Ela e eu faremos isso juntas. — Mariah era a esposa do parceiro
do marido de Jessie. Eu a conheci no café e porque ela e Jessie eram amigas
próximas. Foi um pouco estranho porque eu namorei Miller, com quem Mariah
agora estava casada. Miller e eu tivemos uma aventura muito sexual quando ele
se mudou para cá. Eu tinha muitas esperanças, mas ele me disse no início do
nosso suposto relacionamento que não queria amarras. Eu meio que me
apaixonei por ele, mas logo descobri que ele não tinha as mesmas intenções.
Foi minha culpa porque ele foi honesto desde o início. Mas foi o destino,
porque ele não podia se comparar a Bo, aos meus olhos.

— Isso é ótimo. Agora você terá alguém com quem passar por isso.

— Exatamente. — Disse ela. Ela deu um tapinha na barriga e disse: — É


muito melhor ter alguém que receba suas reclamações. Você sabe, a miséria
adora companhia.

— Oh, vamos lá. Você quase nunca reclamou quando estava grávida de
Henry.

Poppy saiu da cozinha e quando nos viu, veio e sentou-se conosco.

— Poppy, adivinhe? Mariah também está grávida.

Poppy sorriu. — Isso é ótimo. Talvez você tenha uma menina e ela tenha
um menino e eles vão crescer e se casar.

— Você pode imaginar? Isso seria tão divertido.

Seria. Duas melhores amigas casando seus filhos seria incrível. — Vocês
duas se divertiriam muito planejando o casamento. — Eu disse.

— Sim, mas não vamos nos precipitar. Temos que dar à luz primeiro e
depois não ser casamenteiras detestáveis.

Poppy e eu rimos disso. Jessie nunca poderia ser desagradável. Ela era
muito gentil.

Então Jessie se levantou e anunciou: — Tenho que fazer algumas contas.


Estarei no escritório.

Quando ela desapareceu atrás da porta de vaivém, Poppy disse: — Ela é


adorável, mesmo quando está grávida.
— Ela é. Eu não posso imaginar ser tão bonita.

Poppy fez uma careta. — Lá está você de novo. Você pensa muito pouco
de si mesma. Olhe no espelho, gafanhoto, e você encontrará beleza na sua
frente.

— Nem perto, mas obrigada pelas palavras doces. — Eu dei um tapinha


na mão dela. — Você é a melhor, Poppy.

— Ah, pare. Minha cabeça já está crescendo.

Quando ela se foi, pensei na pequena família que tínhamos aqui. Todo
mundo era tão carinhoso, e todos nos dávamos bem. Odiaria largar esse
emprego porque eu adorava isso aqui. Talvez se minha soldagem decolasse, eu
ainda pudesse encontrar tempo para trabalhar aqui.

A campainha tocou e eu olhei para cima para ver quem entrou. Falando
do diabo, era Mariah. Falando em bonito. Ela era deslumbrante.

— Ei. — Eu disse.

— Ei. Jessie está aqui?

— Sim, ela está em seu escritório. Você pode entrar.

Ela sorriu e segurando sua mão estava sua filha, Claire.

— Meu Deus, olha o quão grande você está ficando. — Eu disse a ela. —
Você está quase toda crescida.

— Isso é o que mamãe diz, mas eu ainda sou pequena porque estou na
pré-escola. Serei grande quando for para o jardim de infância.

Eu escondi meu sorriso atrás da minha mão. — Uau, jardim de infância.


Isso vai ser tão legal!

Ela assentiu, enviando seus cachos voando para todos os lados.

Mariah riu. — Estará aqui antes que percebamos. — Então ela continuou
para trás para ver Jessie.

De repente, uma onda de desejo agudo de ter um bebê me atingiu. Nossa,


de onde veio isso? Eu nunca tinha experimentado isso antes. Ver a adorável
Claire deve ter feito um estrago em mim. Eu me pergunto como Bo se sentia
em relação às crianças. Nós não tínhamos discutido isso ainda.

Eu ainda estava comendo meu sanduíche quando outra pessoa entrou.


Olhei para cima para ver Miller parado no balcão.

— Ei. — Eu disse. — Como você está?

— Bem. Mariah está aqui? — Ele foi rápido em perguntar.

— Sim, ela está no escritório de Jessie. Entre se quiser.

Ele assentiu e entrou correndo. Eu me perguntei o que era aquilo.

Nem mesmo alguns minutos se passaram antes que Mariah, Miller e Claire
praticamente saíssem correndo do lugar. O que diabos estava acontecendo?
Eles nem se despediram. Resolvi perguntar a Jessie, então fui para o escritório.

Era minúsculo, pois só ela e mais uma pessoa cabiam dentro. Poppy estava
lá também, então eu coloquei minha cabeça e perguntei: — Está tudo bem?

Jessie suspirou. — O pequeno deles está com febre e a babá tentou


mandar uma mensagem para Mariah, mas ela não respondeu. É por isso que ela
ligou para Miller. Ele teve que voltar correndo para o consultório e Mariah
queria correr para casa para ver se o bebê estava bem.

— Ahh, entendo. Achei estranho o jeito que eles saíram daqui apressados.
Espero que esteja tudo bem.

— Tenho certeza que está. Ele provavelmente está com dentes nascendo
ou pegou um pequeno vírus.

Mais tarde, Mariah ligou para Jessie para dizer que ela havia lhe dado
Tylenol e a febre baixou.

— Isso acontece muito? — Eu perguntei.

— Eh, não realmente. As crianças são muito resistentes, mas a babá deles
estava sendo diligente, suponho.

Eu pensei sobre isso por um tempo. Se eu tivesse um bebê, eu


enlouqueceria totalmente se ele ou ela ficasse doente. Eu não saberia o que
fazer. Minha mãe não ajudaria muito. Eu teria que ligar para Poppy ou Jessie.
Mais uma vez, isso me lembrou o quanto este lugar significava para mim. As
pessoas aqui eram melhores do que a família. Meu pai tentava, mas minha mãe
era tão valentona com ele, que dava ordens para ele como uma louca. Não sei
como o homem aguentava.

Isso foi tudo em que pensei enquanto dirigia até a casa de Bo. Quando
cheguei lá, ele já estava em casa.

— Ei. — Ele disse, me cumprimentando com um beijo.

— Você está interessado em ter filhos? — Eu soltei.

A princípio, ele fez uma careta. Então ele pareceu confuso. Finalmente,
ele disse: — Eu nunca pensei muito nisso.
Capítulo 20
BO

EVVIE me pegou de surpresa com sua pergunta. Isso significava que ela
queria filhos ou não?

— Como você se sente sobre eles? — Eu perguntei.

— Eu não tinha pensado muito nisso até hoje. Jessie está grávida de novo.

— Isso é ótimo. Ela está animada?

— Com certeza. Mariah também está grávida.

— E Mariah é...?

— Desculpe. Essa é uma das amigas mais próximas de Jessie. Ela veio a
loja hoje também.

Agora eu sabia de onde isso estava vindo. — Então, você não sabe se os
quer?

— Acho que quero. Minha mãe era uma mãe tão distante, espero não ser
assim.

Coloquei as mãos em seus ombros. — Eu posso te prometer uma coisa.


Você nunca será como aquela mulher. Você não tem isso em você.

— Você não pode saber disso.

— Evvie, eu posso. Eu vejo como você é perto dos outros, e você é gentil
e atenciosa. Sua mãe não é você e você não está nem perto de ser ela.

— Espero que não. Se nós tivermos filhos, quero ser uma mãe amorosa.

— Nós? Você está pensando em ter meu bebê?

Seus olhos se arregalaram e sua boca formou um O. Sua expressão era tão
cômica, eu tive que beijá-la novamente.
— Está tudo bem se você estiver. Eu não estou ofendido ou
desencorajado pelo pensamento.

Senti seu corpo relaxar quando eu disse as palavras.

— Eu só não quero que você pense que estou pulando as etapas aqui. Nós
nem sequer moramos oficialmente juntos.

— E sobre isso. Quando você acha que quer finalizar esse acordo?

— Você jura que não acha que é muito cedo?

Eu corri um dedo por sua bochecha. — Pergunta a mulher que acabou de


dizer que queria meu bebê.

Ela socou meu peito de brincadeira. — Eu nunca disse isso.

— Não, mas você deu a entender. Isso é o suficiente para mim. — Passei
um dedo em seu seio. — Eu acho que seria divertido fazer bebês com você.

— Você acha?

— Absolutamente! Nós nos divertimos entre os lençóis, então por que


não?

— Eu sou meio antiquada desse jeito. Antes mesmo de começarmos com


isso, eu gostaria de me casar.

— Claro. Eu não consideraria isso de outra forma, a menos que você


tivesse um ops.

— Isso não deveria acontecer comigo tomando pílula.

— Muffin, eu sou grato por isso. Não há mais capas de chuva para o Sr.
Grande.

— O quê?

— Chega de capas de chuva.

— Não isso. Como você chamou seu pênis?

Acariciei seu pescoço e disse: — Sr. Grande.


— Ok, eu não vou negar isso.

— Porque é a verdade.

Sua cabeça girava para frente e para trás. — Não, porque eu amo seu pênis.

— Se é assim, então me mostre.

Não precisou de mais nada e ela estava de joelhos me chupando. Quando


tentei dizer a ela para parar, ela se recusou. Eu gozei com um gemido enquanto
ela engolia cada gota do meu orgasmo.

— Mmm. — Ela disse, lambendo os lábios.

— Não me diga. Tem gosto de frango.

Ela gargalhou sua diversão com a minha piadinha enquanto eu a puxei


para seus pés, e então enfiei o Sr. Grande de volta no meu jeans.

Fomos para a cozinha, onde servi uma taça de vinho para nós dois.

— O que há para o jantar esta noite? — Ela perguntou.

Eu tinha algumas ideias. — Primeiro, tomamos banho juntos. Depois


brincamos na cama. Depois, trarei algo especial em uma bandeja.

Ela colocou a mão no meu braço e disse: — Vamos fazer isso.

Coloquei água na banheira e ela acrescentou as bolhas. Então ficamos nus


e entramos. Seu corpo brilhava enquanto sua linda pele estava encharcada de
água. Eu ensaboei a esponja e lavei suas costas. Quando a girei, seus mamilos
estavam duros como pedra, me implorando para chupá-los. Eu fiz exatamente
isso enquanto ela gemia. Então alcancei abaixo da superfície e encontrei seu
monte.

Suas mãos estavam em meus ombros quando eu a levantei no meu colo.


Eu amei como ela se esfregou em mim, deslizando para frente e para trás, para
frente e para trás.

Quando ela me implorou para fodê-la, eu a levantei novamente e a


posicionei. Ela afundou no meu pau, sua boceta me engolindo inteiramente.
Agora foi minha vez de gemer.
— Você é tão apertada. Eu amo isso.

Seus seios deliciosos apontaram para mim, então eu levantei um para


acariciar seu mamilo com minha língua. Eu segurei os globos de sua bunda e
bombeei dentro e fora. Encontrando a porta dos fundos, deslizei o dedo
mindinho para dentro e para fora até que ela gozou. Ela gritou meu nome e
finalmente parou.

Então eu a girei e nos deslizei em direção à torneira de água. — Incline-se


para trás. — Ela o fez e eu levantei suas pernas e abri seus lábios inferiores. A
água correu sobre ela e ela quase pulou no meu colo. Aumentei meu aperto
enquanto a balançava de um lado para o outro. Seu orgasmo bateu e ela gozou
e gozou. Quando passou, ela estava mole em meus braços.

— Jesus, o que foi isso?

— Eu acho que você gozou.

— Dã. — Disse ela. — Foi espetacular.

— Então você deveria fazer isso com mais frequência.

Ela virou a cabeça para pegar meu olhar. — Eu acho que talvez eu faça.

Nós dois dormimos profundamente naquela noite depois de uma intensa


sessão de sexo. De manhã, perguntei: — Você sabe?

— Sabe o que?

— Quando você vai morar oficialmente comigo?

— Hmm talvez.

— Diga, muffin.

— Quando a escola terminar.

— Isso é muito longe e então você estará super ocupada com o estágio.

Ela ficou na ponta dos pés e disse: — Estou honrada que você me queira
aqui. Você não percebeu que já estou ocupada com o estágio?

Eu tinha, mas minha reação mal-humorada obteve os resultados que eu


queria. — Sim, mas eu preciso de você aqui.
— Precisa?

— Sim, preciso. Vai além do desejo.

— Então vamos marcar uma data?

— Marcar uma data? Nós nem estamos noivos ainda.

Ela se dobrou de tanto rir. — Eu quis dizer para a mudança, seu bobão.

Então seus lábios estavam nos meus. Depois de um beijo longo e sexy, ela
se afastou e disse: — Você é adorável.

Isso me fez mais feliz do que eu jamais poderia ter imaginado. — Prepare-
se para esta noite.

— Mmm, parece interessante.

— Será muito mais do que interessante. — Eu dei um tapa na bunda dela


enquanto ela saía pela porta.

Evvie abriu um buraco direto no meu coração e se mudou. Ela atualmente


ocupava metade dele, e eu me perguntei quando deveria contar a ela. A ideia de
ser rejeitado não caiu bem, mas se ela estava planejando se mudar, talvez se
sentisse da mesma forma. Se ela não sentisse, eu não tinha ideia do que faria.
Capítulo 21
EVVIE

A VIDA COM BO era melhor do que qualquer coisa que eu poderia ter
pedido. Ele era o homem mais gentil e amoroso. Meu coração era dele, envolto
em um enorme laço. Mas ele sentia o mesmo? Ele disse que me amava, mas seu
amor era tão profundo quanto o meu? O amor era um novo empreendimento
para mim. Havia caras com quem namorei, mas nunca tinha chegado tão longe,
e nunca senti a química com eles como senti com Bo. Mesmo Miller não havia
evocado nada perto disso em mim. Houve um breve momento em que imaginei
que ele poderia ter sido meu. Isso foi antes de Bo, o cowboy sexy, que entrou
na minha vida.

Na época, eu não queria nada com ele, mas graças a Deus ele persistiu.
Nunca fui mais feliz do que agora.

A mudança para sua casa foi fácil. Tudo cabia no meu carro quando saí do
pequeno apartamento de Jessie e Miles. Eu só tinha roupas e itens pessoais.

Na noite em que me mudei, eu o surpreendi. Nós conversamos sobre isso,


mas eu nunca lhe dei uma data certa. Quando apareci com o carro cheio, ele
jogou os braços em volta de mim, me levantou no ar e nos girou. Eu estava
tonta de amor e risos quando ele me colocou no chão.

— Estou emocionado que você tenha voltado a si. — Ele disse antes de
me beijar.

— Você estava certo, mas eu precisava ter todas as minhas coisas


organizadas. Terminei a aula e agora me sinto livre.

— Você ainda tem suas horas de estágio?

— Sim! Vou trabalhar quatro horas por dia com ela. Ela me disse que tudo
que eu criar pode ser vendido em sua loja. Estou tão animada para começar.
Tenho tantas ideias, não me aguento.

Depois que meu carro foi descarregado e minhas coisas guardadas, Bo


pegou minha mão e disse: — Venha. Tenho que lhe mostrar uma coisa.
Caminhamos para fora e ele me levou para uma de suas novas
dependências. Lá dentro, estava vazio, mas ele continuou andando até chegar a
uma porta. Quando ele abriu, eu engasguei. Eu estava olhando para uma oficina
de soldagem novinha em folha, completa com todos os equipamentos que eu
poderia sonhar em ter.

— Oh, oh. — Foi tudo que eu consegui tirar da minha presença chocada.
Corri para dentro e inspecionei tudo. Era irreal. — Me belisque, por favor, para
que eu saiba que não estou sonhando.

— Você não está sonhando, muffin. É todo seu. Eu não queria que você
visse até que estivesse morando comigo.

— Bo, não poderia ser mais perfeito. Obrigada. — Eu joguei meus braços
ao redor dele para um abraço, mas se transformou em muito mais. Antes de
terminarmos, ele tinha me fodido em cada centímetro possível da sala. Já
passava das nove quando ele fechou a porta atrás de nós, e eu estava
deliciosamente dolorida entre as minhas coxas.

— Quem diria que uma mesa de desenho poderia ser tão útil. — Eu disse,
cutucando-o com o cotovelo.

— Isso e muitas outras coisas.

Fomos direto para a cozinha para saciar nossa fome – aquela que não
alimentamos antes.

— Gostei da escada. Foi muito... útil. — Ele me colocou em um dos


degraus e depois lambeu minha boceta até que eu gritei seu nome.

— Altura perfeita para certas coisas. — Acrescentou.

Fizemos sanduíches e adicionamos algumas batatas fritas aos nossos


pratos para o jantar. Bo engoliu o dele em segundos e fez outro. Eu também
terminei meu prato, mas um sanduíche foi o suficiente para mim.

Depois que comemos, fomos dormir. Eu estava exausta do treino de sexo


e tinha que estar na oficina da artista às oito.

De manhã, carreguei o carro com o equipamento que imaginei que


precisaria e dirigi para meu primeiro dia oficial.
Tiffany Davidson me recebeu com um sorriso. Ela era tão agradável, e o
tempo que passei com ela provou que seria uma experiência positiva. — Bom
dia, Evvie. Estou tão animada para começar com você por mais de uma hora
de cada vez.

— Nem perto de como estou animada. Eu realmente não posso agradecer


o suficiente por fazer isso.

Ela se inclinou contra uma das mesas de trabalho e disse: — Eu não faria
isso com qualquer um. Até agora, seu trabalho tem sido excelente. Vejo uma
grande promessa em você. Alguns ajustes e você estará lá. E realmente, mal
posso esperar para ver você voar.

Trabalhamos por quatro horas ininterruptas e fiquei surpresa ao ver como


o tempo passou rápido. Eu estava fazendo arte de quintal, como eu chamava.
Esta peça era um gafanhoto fofo que eu queria dar para Poppy. Ela se divertiria
com isso, já que me chamava de gafanhoto ocasionalmente. Então eu queria
fazer uma xícara de café grande para Jessie.

Soldei as pernas do meu gafanhoto nas juntas e depois tive que criar o
corpo. Eu trouxe alguns pedaços de metal, mas Tiffany me ofereceu algumas
outras peças para usar. — Você deveria tentar pulverizar isso quando terminar
para dar um tom verde. Eu vou te mostrar como fazer isso também.

— Isso seria ótimo! Verde é melhor para o meu pequeno inseto.

Ela riu. — Seu inseto não é exatamente pequeno.

— Sim, mas ele vai ser tão fofo.

Levei uma semana para completá-lo e quando ficou pronto, eu estava


apaixonada.

— Você tem alguma ideia de quanto dinheiro pode conseguir por isso?

— Não, mas posso fazer mais. Cada um será mais fácil desde que descobri
esse processo.

— Perfeito. Vamos fazer um para a loja. As pessoas vão pedir essa peça.
Você pode conseguir trezentos a quatrocentos por cada.
— Você está brincando. — Eu não tinha ideia de que poderia valer tanto.
Eu tinha calculado cerca de cem.

— Nem um pouco. Essas coisas estão em demanda. As pessoas adoram


colocar insetos fofos em seus quintais. Apenas espere. Eu sei que você tem
outras ideias que quer tentar, mas você deve fazer várias delas, mudando uma
coisa em cada. Como a cor dos olhos ou a boca, ou talvez a antena.

O que acabei de fazer estava sorrindo, mas eu poderia criar alguns com
sorrisos patetas. Eu disse a Tiffany e ela concordou.

— Mas meu próximo projeto é uma xícara de café divertida. Então eu


posso passar para mais gafanhotos.

Saí da Tiffany e fui para Java Jitters para trabalhar no meu turno. Quando
estacionei, lutei para tirar o gafanhoto do banco de trás. As pessoas na praça da
cidade viram e várias se ofereceram para ajudar. Quando repararam no meu
pequeno, perguntaram onde o comprei.

— Eu fiz. Ele é fofo, certo?

— Sim! Você pode me fazer um?

— Claro. Venha para o Java Jitters e você pode me dar suas informações.
Eles custam trezentos. Tudo bem?

— Tudo bem. Eu realmente amei isso, e ele ficará perfeito no meu jardim
de flores.

Entramos e todos se viraram para ver o que estávamos carregando. Nós o


colocamos no chão, fora do caminho. As pessoas começaram a perguntar sobre
isso e antes que eu percebesse, já tinha recebido dez pedidos. Foi uma coisa boa
que Bo abriu uma oficina para mim. Eu precisava pegar o metal que Tiffany
usou para fazer meus gafanhotos.

Quando Poppy descobriu que eu tinha feito isso para ele, chorou. — Isso
é tão adorável. Um gafanhoto do meu gafanhoto! — Ele me apertou em um
abraço apertado.

— Exatamente. É para agradecer a você por me aturar todos esses anos.

— Bobagem. Você é uma alegria estar por perto.


Contei a ela sobre meus planos de fazer uma xícara de café para Jessie.

— Ela vai adorar.

— Espero que sim.

No final do meu turno, eu estava cansada. Tinha sido uma semana


ocupada para mim, então fui para casa para relaxar. Bo estava sempre pronto
para me servir, mas eu não queria que ele pensasse que tinha que fazer isso o
tempo todo. Pela primeira vez, eu iria servi-lo.

— Aqui está o seu vinho, minha senhora.

— Obrigada, gentil senhor. — Eu ri quando ele se curvou.

— Estou tão orgulhoso de você.

— De mim? Porquê?

Bo sentou ao meu lado e pegou minha mão. — Porque você viu algo que
queria e foi atrás.

— Você quer dizer você?

— Claro! Não! Refiro-me à sua soldagem. Você vai ser famosa. Eu só sei
disso.

— Ninguém nunca me disse que estava orgulhoso de mim, então obrigada


por isso.

Ele pegou meus ombros e me virou um pouco para encará-lo. — Evvie,


eu quero que você esqueça todas aquelas coisas ruins que sua mãe plantou em
seu cérebro. A faculdade pode não ter sido para você, mas você trabalha duro
e se descobriu. Isso é muito mais do que muitas pessoas podem dizer, mesmo
aqueles com um diploma universitário.

Soltei um suspiro feliz. — Demorei um pouco, mas encontrei minha


vocação.

— Mal posso esperar para ver o rosto da sua mãe quando você for famosa.

— Eu não iria tão longe. Fama não significa nada para mim. Eu só quero
amar o que faço.
Ele ficou em silêncio, ainda me segurando. Então seus olhos encontraram
os meus e ele disse: — Eu tenho que te dizer uma coisa.

— Ok.

— Você sabe que eu te amo, certo? É mais do que isso. Estou loucamente,
profundamente apaixonado por você.

Uau, isso foi além de maravilhoso. Apenas minha mandíbula se abriu, e eu


olhei, mas nada saiu da minha boca. O que diabos havia de errado comigo?
Capítulo 22
BO

EVVIE FICOU BOQUIABERTA para mim quando eu disse quão profundos


eram meus sentimentos por ela. Então ela não disse nada, deixando-me
acreditar que eu tinha sido muito precipitado em minha decisão de contar. E
agora? Juntei meus pensamentos confusos e soltei: — Você não precisa dizer
nada. Eu só queria que você soubesse.

Sua mão tocou minha bochecha e ela finalmente sorriu. — Eu, uh, você
me pegou de surpresa, é tudo.

— Sim, eu tenho uma maneira de fazer isso.

— Você é tão...

Meu telefone tocou, interrompendo este momento especial.

— Vá em frente. — Eu insisti.

— Você não precisa atender?

— Não, eu vou ligar de volta quem quer que seja.

Sua garganta balançou enquanto ela engolia. Então, depois de uma


inspiração profunda, ela disse: — Você é tão romântico e bom para mim. Eu
pensei em como este momento seria, mas nada nunca sai como planejado.

O que diabos isso significava? Eu não tinha certeza de como responder,


então disse: — Eu sei. Isso significa que uma surpresa pode ser uma coisa boa.
— Coxo pra caralho, mas nada mais veio à mente.

— Bo, você é uma pessoa muito especial.

Aqui vem. Eu sabia que ela ia dizer que ainda não estava lá.

— Eu nunca estive com alguém que me trata como você. Eu refleti sobre
isso tantas vezes, não posso nem começar a dizer. No entanto, eu quero que
você saiba que eu também te amo, mais do que posso explicar adequadamente.
Eu estava esperando pelo... estou feliz que você se sinta assim, mas ainda
não me sinto. Só que não foi isso que ela disse. Quando a compreensão bateu,
meu coração disparou pela sala.

— Você pode dizer isso de novo?

— Eu estou loucamente apaixonada por você. Eu pensei em te contar


antes, mas não queria te assustar.

Eu ri. Como uma risada profunda. — Você não tem ideia de quantas vezes
eu quis te dizer. Eu penso em você o tempo todo e durante o dia, eu, uh, tenho
que me aliviar.

— Aliviar-se?

— Sim, você sabe. — Apontei um dedo para o meu pau.

— Oh! — Seu rosto brilhava rosa, e era adorável.

— O quê? Você não achava que eu fazia isso?

— Hum, não. Eu só não esperava que você me contasse. — Então um


olhar astuto veio sobre ela. — Posso assistir algum dia?

— Claro, mas só se você retribuir o favor.

— Ah, eu não...

— Então você pode começar.

— Não, não é isso que eu... quero dizer, eu faço, mas não tenho certeza
se posso com você assistindo.

— Eu observo você o tempo todo quando te faço gozar. Qual seria a


diferença?

Seu rosto passou de rosa para vermelho brilhante. Duas manchas em suas
bochechas se iluminaram. — Há uma grande diferença. Isso é tão... pessoal.

— É, mas não muito pessoal para mim. Além disso, agora você me deixou
intrigado.

Seus olhos dispararam para a mesa onde estavam nossas taças de vinho.
Ela pegou a dela e engoliu o conteúdo.
— Você fica tão nervosa que precisa de vinho para falar sobre isso?

— Um-hum.

— Então precisamos remediar isso. — Eu me levantei e estendi minha


mão.

— Agora? — Sua voz guinchou a palavra.

— Oh, sim.

A mão que ela colocou na minha tremeu. Era medo ou excitação? Eu logo
descobriria.

Ela me seguiu até o quarto, mas eu tinha a sensação de que se eu soltasse


sua mão, ela fugiria.

Eu a levei de costas para a cama e quando ela não pôde ir mais longe, eu
puxei para baixo suas calças e calcinha. — Suba a bordo, muffin.

Ela subiu e estendeu a mão para si mesma. Eu parei sua mão e coloquei
minha boca lá em vez disso. Ela não deve ter sido muito relutante porque ela já
estava molhada. Minha língua encontrou seu lugar e o sacudiu incessantemente.
Ela apertou meus ombros e então eu parei.

— Por favor, não pare. — Suas súplicas quase me fizeram reconsiderar,


mas então pensei melhor.

— Não. Eu quero ver você terminar.

— Urrgh. — Seus dedos abriram seus próprios lábios e ela se esfregou até
gozar. Então ela disse: — Não é tão satisfatório quanto quando você faz isso.

Evvie estava certa. Eu poderia me aliviar bem, mas ainda não seria tão
bom quanto quando transamos. — Palavras mais verdadeiras nunca foram
ditas. É alívio e não satisfação.

— Sim! Agora foda-me com força. Eu preciso sentir você por dentro.

Isso foi fácil de cumprir. Eu me despi e pairei sobre ela por um segundo
antes de empurrar para dentro.
— Toda vez que transamos, parece a primeira. Você está apertada e
molhada. Como veludo por dentro.

— Pare de falar e comece a foder.

— Sim, senhora. — Eu empurrei, sentando-me todo o caminho. Então


eu comecei devagar, mas peguei o ritmo até que seus músculos internos
agarraram meu pau e o secaram.

Deitamos juntos enquanto nossa respiração voltava ao normal.

— Isso foi gostoso. — Disse ela.

— De fato foi.

Sua boca era muito tentadora para ignorar, então meus lábios tocaram os
dela, levemente, e então nos beijamos apaixonadamente.

— Você é o sonho de todo homem, Evvie.

— Eu não quero ser o sonho de todo homem... eu só quero ser o seu.

— Você é. Agora e para sempre.

Nós caímos no sono. Ao acordar, percebemos que não tínhamos comido.


— Estou morrendo de fome. — Eu disse.

— Isso faz de nós dois. Vamos procurar algo para comer.

Enquanto comíamos algumas sobras de chili, eu disse: — Precisamos


parar de fazer disso um hábito.

— Por quê? É divertido.

Ela estava certa. Era divertido. — Tudo com você é divertido.

— Pare! Minha cabeça está ficando grande.

— Ei, essa é a minha linha.

Viver com Evvie era divertido. Isso soou tão brega e juvenil, mas era
verdade. Eu gostava de estar com ela de todas as maneiras possíveis.
Meu telefone tocou novamente, então fui procurá-lo. Eu tinha deixado no
outro quarto. Era minha irmã ligando.

— Ei. — Eu respondi.

— Ei. Onde você estava? Liguei e deixei uma mensagem, mas você não
ligou de volta.

— Oh, desculpe, Ginny. Meu telefone estava no outro quarto. — Tipo de


verdade em todos os aspectos.

— Estou indo para a cidade.

— Quando?

— Agora. Aluguei um carro no aeroporto e estou a caminho.

— Quando você estará aqui? E um pequeno aviso pode ter sido bom.

— Tentei te avisar antes. Liguei várias vezes, mas você nunca atendeu.

— Hmm. Não me lembro de ter recebido uma mensagem sua. Mas não
importa. Vamos. Estamos aqui.

— Evvie também?

— Sim. Ela veio morar comigo.

— Fantástico. Vejo você em breve.

Virei-me para Evvie e disse: — Ginny está vindo para cá.

— Então é melhor eu colocar algumas roupas. — Ela usava uma camisa


grande minha sem nada por baixo.

— Venha aqui.

Quando ela ficou na minha frente, eu me ajoelhei e enterrei meu rosto em


seu monte. — Eu adoro isso.

— É melhor você terminar o que começou.

— Mais tarde. Não temos tempo agora.


Ela rosnou algo quando saiu da cozinha. Não muito depois, o carro de
Ginny parou na frente da casa. Quando abri a porta, não era apenas para ver
minha irmã ali, mas uma de suas amigas estava com ela.

— Ei vocês duas. Hope, é bom ver você. — Ela jogou os braços em volta
de mim e me beijou na boca. Fiquei tão chocado que fiquei congelado no lugar.

Foi exatamente quando Ginny disse. — Evvie.

Empurrei Hope para longe para ver Evvie olhando para nós. Ginny correu
para abraçá-la, mas seu olhar não estava feliz quando ela olhou para mim.
Capítulo 23
EVVIE

O QUE DIABOS ESTAVA ACONTECENDO? Eu ando até o hall de entrada e


lá está meu namorado, que acabou de declarar seu amor por mim, beijando
outra mulher.

— Evvie, esta é minha amiga, Hope. Hope esta é Evvie, a namorada de


Bo.

Hope me olhou de cima a baixo e disse um breve olá antes de focar toda
sua atenção em Bo novamente.

— Entrem, senhoras. — Disse Bo. — Vocês comeram? Temos algumas


sobras aqui.

— Nós comemos na cidade antes de sairmos. Eu queria inspecionar os


toques finais em sua casa e depois olhar a de Jack para ver como está indo.

Ginny havia projetado a casa de Jack e estava sendo construída agora. Ela
escolheu tudo, então eu suponho que queria ver o progresso.

Fomos para a sala para nos sentar, mas quando eu estava me preparando
para sentar ao lado de Bo, Hope se moveu e sentou do outro lado. Eu fiz uma
careta, então me sentei em uma das cadeiras. Isso foi além de estranho. Ginny
queria os dois juntos? Parecia estranho que ela trouxesse essa mulher com ela.

Hope jorrou sobre Bo, exclamando repetidamente como ela estava


animada por ele no novo rancho. Eu queria vomitar no colo dela. Toda vez que
eu tentava dizer alguma coisa, ela me cortava.

Então Bo entrou no meu negócio de soldagem, contando a eles quanto


progresso eu fiz.

— Você cria insetos? — Hope perguntou. O desdém cobriu cada uma de


suas palavras.
— Bem, sim. É arte de jardim e eles são super fofos. Atualmente estou
fazendo gafanhotos, mas quero adicionar joaninhas e abelhas.

— Que... excitante. — Hope disse amargamente. O desdém cobriu suas


feições.

Eu não ia deixá-la me impedir. — É. Bo foi gentil o suficiente para criar


um estúdio para mim aqui. Eu posso trabalhar todo conteúdo do meu coração.

— É assim mesmo? — Hope perguntou. Ela estava vestida com jeans


chiques, botas de cowboy chiques e carregava uma bolsa de grife. Ela também
estava coberta de joias de aparência cara. Ela estava totalmente fora do meu
alcance. Meu jeans veio do Walmart e minhas botas foram compradas em uma
loja de consignação local. Eu não tinha joias, exceto bijuterias, e minha bolsa
nada mais era do que uma bolsa de tecido.

O que mais me irritou foi Bo. Ele ficou sentado ali, aparentemente alheio
a ela. Como ele pôde fazer isso? Eu estava afundando na miséria enquanto os
observava.

Os três conversaram muito, com Hope se certificando de que eu sabia que


ela era parte do mundo do Texas, e eu não. Eu me senti com cerca de seis
centímetros de altura. Algumas horas se passaram antes que eu não aguentasse
mais.

De pé, eu disse: — Eu preciso ir para a cama. A manhã vai chegar cedo


demais, e eu tenho um dia cheio amanhã. — Olhei incisivamente para Bo.

— Sim, você deve. Vá em frente e eu estarei lá em breve.

Vá em frente? Ele estava me deixando ir para a cama sozinha? Ele nunca


tinha feito isso antes. Eu esperava que a dor não aparecesse no meu rosto
quando saí da sala.

Fiquei tão perplexa que não sabia se chorava ou ignorava. Fervi até
adormecer.

Meu alarme tocou na hora de sempre, mas quando olhei em volta, notei
que Bo não estava na cama. Seu lado não tinha sido mexido.
Tomei meu banho, como de costume, depois saí para ver o que estava
acontecendo. Bo e Hope estavam dormindo no sofá. Ginny não estava em lugar
algum.

— Bom dia. — Eu anunciei.

Os olhos de Bo se abriram e quando ele me viu, e depois Hope, ele pulou.

— Bom dia. — Disse Hope, espreguiçando-se. — Espero que não


tenhamos incomodado você ontem à noite. Nós nos atualizamos sobre o que
estava acontecendo um com o outro. — Ela parecia um gato.

— Uh, sim. — Bo concordou.

— Legal. Bem, eu tenho que ir. Vejo vocês mais tarde.

Fui até a porta da frente, mas Bo me parou. Eu não queria ter essa
conversa na frente daquela outra mulher, então eu disse: — Estou atrasada.

Ele olhou para mim, um olhar confuso sobre ele. Como ele pode estar
confuso?

Fui até o meu carro e ele me seguiu. — Desculpe, eu nunca fui para a cama
na noite passada. — Disse ele timidamente.

— Eu percebi. No entanto, parecia que você não sentiu muita falta. —


Entrei no meu carro e liguei.

— Você está com raiva?

Eu ofereci meu sorriso mais sarcástico. — O que te deu essa ideia? —


Então eu acelerei. Ele sabia que eu estava chateada, e com razão. Como ele
pode?

Quando cheguei ao estúdio, Tiffany notou que algo estava errado.

— É só uma dor de cabeça. Desculpe, estou tão mal-humorada hoje.

— Eu odeio dores de cabeça. Você tem certeza que quer trabalhar?

— Sim, isso é o que eu amo, então talvez isso tire minha mente disso.

Acendi a tocha e comecei a trabalhar. Eu estava tão chateada que


completei um gafanhoto inteiro naquela manhã.
— Uau. Olhe para isso! — Tiffany andou em volta da minha criação e a
inspecionou. — Você deve ter mais dores de cabeça se elas aumentarem tanto
sua produção.

Eu ri disso. A raiva tinha me alimentado, e eu estava feliz com os


resultados.

A caminho do Java Jitters, o telefone tocou e era Bo. Normalmente, eu


aproveitaria a chance de falar com ele, mas não agora. Ignorei a ligação e deixei
cair na caixa postal.

Poppy sentiu meu humor imediatamente. — Desista. O que está


acontecendo com você?

Soltei um gemido alto. — É Bo.

— O que ele fez?

Expliquei a situação.

— Pode ter sido tudo inocente, você sabe. Velha amiga, blá, blá, blá.

— Se foi tão inocente, então por que ele não foi para a cama?

— Talvez ele tenha apenas adormecido. Evvie, dê ao homem o benefício


da dúvida. Veja como ele foi bom para você.

Poppy provavelmente estava certa. Provavelmente era inocente e apenas


parecia ruim. Afinal, o homem havia declarado seu amor por mim na noite
passada. Eu precisava não ser tão sensível sobre as coisas.

— Você está certa. Foi apenas um erro inocente.

— Estou feliz que você está indo com isso. A propósito, eu coloquei o
gafanhoto no meu jardim ao lado do meu canteiro de flores. É tão adorável e
todos os meus vizinhos queriam saber onde eu consegui.

UAU! De repente, fiquei super empolgada com o meu negócio, o que me


fez pensar no estúdio/sala de trabalho que Bo havia criado para mim. Ele nunca
faria algo assim se não levasse a sério o nosso relacionamento. Era uma loucura
como eu duvidava de mim e dele. Eu estava mudando de marcha e não deixaria
Hope chegar até mim. Bo era firmemente meu e de mais ninguém.
Esses pensamentos flutuaram como fumaça depois de ficar em casa por
um tempo. As únicas coisas que Hope queria discutir eram os bons e velhos
tempos.

Bo, você se lembra quando fizemos isso? Bo, você se lembra daquela vez que fomos ao
lago? Bo, lembra quando fomos ao baile juntos?

Toda vez que ela lhe fazia uma pergunta, seus olhos perfuravam meus
olhos. Eu me forcei a não me contorcer, mas era muito difícil.

Depois de ouvir os bons e velhos tempos por muito tempo, levantei-me


de um salto e pedi licença. Não parei até chegar à sala de trabalho. A tocha
estava sobre a mesa, então eu a acendi e trabalhei em meus projetos. Eu estava
fazendo dez gafanhotos para atender meus pedidos. Todas as pernas estavam
montadas, mas precisavam de um toque final de soldagem. Coloquei o capacete
na minha cabeça e abaixei a viseira. Minha raiva mais uma vez alimentou meu
trabalho e em pouco tempo, todas as pernas estavam prontas.

— Ei, você está bem? Você mal disse uma palavra para mim hoje. — Bo
estava lá, me observando. Eu não o tinha ouvido entrar por causa do capacete
e da tocha.

— Tudo bem. Eu estou bem. — Eu rebati.

— Você não soa como bem.

Se ele queria saber a verdade, eu decidi entregá-la a ele. — O que


exatamente há entre você e Hope? Ela se apega a cada palavra sua e me deixa
desconfortável.

— Não, não é assim. Ela é uma velha amiga e nós fomos para o ensino
médio juntos.

— É por isso que você dormiu com ela na noite passada?

Eu o havia chocado e continuaria com mais choque e espanto.

— Dormi com ela?

— Sim, é assim que eu chamo quando duas pessoas passam a noite juntas.

— Nós não...
Eu o parei com meu gesto de braço. — Sério? Não vá lá. Eu vi vocês dois
com meus próprios olhos e até tive que acordar vocês.

— Evvie, você tem que saber que não foi assim.

Eu sabia, no fundo, mas já estava muito longe para parar. — Como eu


posso saber disso? Ela está flertando com você de forma escandalosa desde que
chegou. Não tenho ideia do que aconteceu aqui hoje enquanto eu estava
trabalhando.

Bo franziu a testa, depois fez uma careta. — Porra nenhuma aconteceu


hoje. Por que você está agindo assim?

— Abra seus olhos e ouvidos. Você não está vendo ou ouvindo o que eu
estou.

— Então me diga. — Ele estava com raiva agora também. Bom, porque
eu estava pronta para dizer a ele para trazer isso pra caralho.

— Você me diz que me ama e uma hora depois você não presta nem um
pouco de atenção em mim. É tudo por conta dela.

— Não. Isso não é verdade!

— É. Pense nisso. E a cereja do bolo foi você não ir para a cama a noite
toda. O que eu deveria pensar?

— Não é isso, eu juro.

Ele foi tão enfático, eu dei um passo para trás e inalei. Minha respiração
purificadora me permitiu pensar com mais clareza. — Você entende porque eu
me sinto assim. Vire-se e pense como você se sentiria.

Ele assentiu com a cabeça. — Eu entendo, mas não pensei nisso dessa
maneira. Eu conheço Hope desde a primeira ou segunda série. Então ela e
Ginny se tornaram amigas, mas é isso. Eu nunca tive nenhum interesse
romântico por ela.

— É uma pena que ela não sinta o mesmo. Eu nunca vou gostar dessa
mulher. Ela está intencionalmente tentando se colocar entre nós.

Seus pés engoliram a distância entre nós. Então seus braços estavam ao
meu redor enquanto ele me abraçava. — Sinto muito. Eu nunca quero que
ninguém, não importa quem seja, fique entre nós. Eu te amo e sempre vou te
amar. Ninguém vai mudar isso.

As lágrimas rolaram pelo meu rosto quando eu assenti. — Me desculpe,


também, por duvidar de você. Eu sou muito sensível.

Seu dedo indicador inclinou meu queixo para cima e então ele me beijou.
Como de costume, um único beijo enviou desejo rugindo em minhas veias. Não
demorou muito para nos encontrarmos no chão, como dois adolescentes.
Hormônios eram insanos assim.

Minha pélvis se inclinou para acomodá-lo enquanto ele mergulhava


profundamente em mim. Uma lufada de ar deixou meus pulmões e eu o
encontrei estocada por estocada. Meus mamilos doíam por seu toque, e eu
queria sua boca em mim. O problema era que não tínhamos nos despido
completamente, então eu ainda usava minha camisa e sutiã.

— Meus mamilos. — Eu bufei.

Ele parou e perguntou: — O quê?

— Chupe meus mamilos.

Minha camisa subiu e ele puxou meu sutiã para baixo, me expondo ao ar
frio. Quando sua boca travou em um, eu gemi e levantei meus quadris. Ele
retomou seus movimentos abaixo da cintura e logo eu estava chegando ao
clímax.

Quando ele me sentiu apertando-o, ele me seguiu até o orgasmo. Então


seus olhos encontraram os meus e nos beijamos.

Ficamos nos braços um do outro por um tempo, até que ouvimos a porta
se abrir e Ginny gritar: — Onde diabos vocês estão?

Ele se encolheu ao som de sua voz, mas comecei a rir. Uma grande e
calorosa gargalhada.

— De novo não. — Ginny disse.

Então outra voz se juntou à de Ginny e disse: — Bem, isso não é


aconchegante?
Minha primeira inclinação foi gritar: — Isso mesmo, vadia, ele é meu! —
Mas não fiz. Eu só continuei a rir enquanto Bo balançava a cabeça e arrumava
minha roupa. Tenho certeza de que sua linda bunda era visível para todos, o
que só me fez rir ainda mais.

— Estamos muito além de sermos acolhedores, como você pode ver. —


Eu disse.

— Pare de olhar, Hope. — Eu ouvi Ginny dizer. E então: — Vamos,


vamos deixá-los em paz.

Quando o som da porta se fechando nos atingiu, Bo disse: — Nunca


temos paz quando minha irmã está aqui.

— Oh, eu não sei sobre isso. Eu acabei de ter uma peça incrível. — Ele
finalmente se juntou a mim na risada enquanto rolamos no chão.
Capítulo 24
BO

AO LONGO DOS PRÓXIMOS dias, prestei mais atenção em como Hope se


comportava comigo. Evvie estava certa. Ela flertava escandalosamente sempre
que Evvie estava por perto. Resolvi contar isso para minha irmã. Se ela pudesse
dizer a Hope para parar, isso poderia tornar as coisas mais fáceis para todos
nós.

Ginny estava na cozinha quando eu disse: — Ei, posso dar uma


palavrinha? Em particular?

— Claro.

Ela me seguiu até o quarto onde eu disse: — Você pode pedir a Hope para
parar de flertar?

— Eu sei, e sinto muito. Se eu soubesse o quão ridícula ela se comportaria,


nunca a teria trazido aqui. Honestamente, Bo, eu não tinha ideia de que ela tinha
uma queda por você.

— O mesmo aqui, mas é muito desconfortável para Evvie e para mim


também.

— Entendo. Vou dizer a ela para parar. Ah, e você vem conosco hoje,
certo?

— Se você insiste. — Elas estavam fazendo uma expedição de compras


para a casa de Jack. Precisava de piso e bancadas. Ela também queria procurar
móveis.

— Eu insisto. Esta é sua casa. Mesmo que Jack vá morar lá, você é o dono.
Eu quero sua aprovação.

Pareceu-me estranho. — Por que agora? Você nunca quis isso antes.

Ela deu de ombros. — Talvez seja porque eu finalmente estou vendo as


coisas do seu jeito.
— Tudo bem. A que horas você quer sair?

— Dez?

Combinamos de partir então. Evvie já tinha ido embora. Eu tinha a


sensação de que ia ser um longo dia.

Ginny tinha compromissos com alguns fornecedores, então fomos lá


primeiro. Foi fácil para mim concordar com suas escolhas. Ela finalmente
recebeu o memorando de que eu não estava em sintonia com alguns de seus
gostos extravagantes. Desta vez, ela o manteve simples, mas elegante.

As bancadas eram fáceis, pois suas escolhas eram relativamente simples.


Eu concordei com essa ideia, então, quando os estilos mudassem, ainda seria
atraente. Ela também escolheu ladrilhos combinando para backsplashes que
eram legais.

Para o piso eu tinha uma preferência aqui e era madeira. Ginny tentou me
convencer a ir com o novo vinil de luxo e depois de olhar para eles, eu
concordei. Eles eram muito bonitos e vinham em uma grande variedade de
cores. Se acabássemos não gostando deles no caminho, poderíamos trocá-los
por madeiras de lei. O custo foi fácil no talão de cheques também.

Quando terminamos com isso, fomos para os móveis. Mason Creek não
oferecia muito, então fomos para a cidade grande. Era aqui que eu queria sair.
Ginny e Hope se emocionaram com essa peça e aquela. Francamente, eu não
dava a mínima desde que fosse confortável e apoiasse minhas costas.

Demorou algumas horas antes de eu colocar o pé no chão e dizer à minha


irmã para tomar sua decisão. Eu estava mal-humorado e com fome. E estar com
fome não era bom para mim ou para elas.

Ginny olhou para mim por um segundo. Então seu dedo apareceu e ela
anunciou: — O vencedor está ali.

Voltamos para o sofá secional que ela havia escolhido, e eu o aprovei. Ela
tinha algumas cadeiras em mente para complementá-lo, então ela as adicionou
à nossa compra.

— Agora precisamos de mesas, luminárias, mesa de jantar e banquetas.

Eu gemi e ela me ouviu alto e claro.


— Ok, irmão, vamos agora. Não quero sentir o peso do seu
temperamento.

Entramos no carro e fomos para Mason Creek.

— Onde estamos indo? — Ginny perguntou.

— Almoçar. Estou morrendo de fome.

— Eu também. — Disse Hope do banco de trás.

Estacionei na praça da cidade e quando saímos do carro, fui para Java


Jitters. Antes mesmo de eu dar dez passos naquela direção, Ginny gritou: —
Espere, eu quero parar aqui.

— Oh, irmã. — Eu murmurei. — Não pode esperar até depois do


almoço?

— Não! Vamos. — Ela abriu a porta da loja e desapareceu lá dentro. Eu


poderia ir para o café ou segui-la. Eu a segui obedientemente. Afinal, ela estava
me fazendo um favor escolhendo todas essas coisas.

— Este lugar é incrível. — Disse ela.

— Que bom que você gostou. Agora, o que está procurando? — Eu


perguntei.

— Ei, Ginny, dê uma olhada nessas pinturas. — Disse Hope.

Ginny foi encontrá-la, então eu fui junto. As pinturas eram lindas. Eram
abstratos, mas pareciam representar a cordilheira aqui.

— Oooh, são fantásticas. — Minha irmã exclamou.

— Eu realmente gosto deles também. — Acrescentei. — As cores são


exatamente o que eu preciso.

Ginny foi procurar o dono da loja para perguntar mais sobre elas. Foi-lhe
dito que foram feitas por um artista local especializado em cenas de montanha.
— Estas são algumas, também temos outras lá. — Ela nos levou para outro set
que eram verdadeiras cenas de montanha. Mais uma vez, as cores eram
brilhantes e atraentes.
— Eu amo todos elas. Ginny, o que você acha? — Eu perguntei.

— Eu concordo. Nós vamos levá-los.

O dono da loja perguntou: — Quais?

— Todas. — Ginny disse.

— Você tem certeza? Elas não são baratas.

— Temos certeza. Não calcule ainda. Ainda não terminei.

A loja era muito maior do que parecia de frente. Mais uma vez, segui minha
irmã enquanto ela andava, verificando tudo. Acabou por escolher três
candeeiros e até encontrou uma mesinha de canto que adorou.

— Nós terminamos. Se tudo isso não couber no carro, nós voltaremos.


— Ginny disse.

O proprietário somou as compras e fiquei agradavelmente surpreso com


o pouco custo de tudo. Eu achava que as pinturas seriam altas, mas acabaram
sendo uma pechincha, na minha opinião.

Eu as carreguei para o caminhão, uma por uma, e coloquei na parte de


trás. Compramos um total de seis, cada uma parecida com a outra, mas
diferentes o suficiente para fazer a compra valer a pena.

Depois que as pinturas foram carregadas, trouxe os candeeiros e depois a


mesa de canto. Por sorte, o caminhão tinha uma tampa na parte de trás para
proteger tudo.

— Agora podemos ir comer? — Verifiquei meu relógio para ter certeza


de que o Java Jitters ainda estava aberto.

— Claro, vamos.

Hope deslizou seu braço em volta do meu. Tentei afastá-lo, mas a mulher
tinha um aperto mortal em mim. Ela olhou para cima e piscou. Ginny deveria
ter falado com ela sobre isso. Eu me perguntei se ela tinha ou não.

Caminhamos e estávamos do outro lado da rua do café quando Hope


parou de repente. — Você se lembra da noite do baile? Quando levamos sua
caminhonete para aquela festa?
Eu me lembrava bem. Ela tentou transar comigo, mas eu recusei. Então
ela fez beicinho o resto da noite.

— Eu lembro.

— Eu sempre me arrependo de você não ser o meu primeiro. — Então a


mulher ficou na ponta dos pés e me beijou.

Minhas tentativas de removê-la não foram bem sucedidas até que eu


coloquei alguma força por trás disso.

— Hope, você tem que saber que eu estou apaixonado por Evvie. Isso
não é um comportamento aceitável. Você tem que parar de flertar comigo.

Seus olhos se arregalaram e ela agiu magoada. — Eu realmente sinto


muito, Bo. Eu só pensei...

Eu a cortei. — Não há como pensar nisso. Evvie e eu estamos


apaixonados e não há nada aqui para você. — Bati no lugar sobre meu coração.
— Meu coração pertence a ela e sempre pertencerá.

Seu beicinho não desapareceu. Se ela soubesse o quão horrível isso a fazia
parecer, ela teria limpado do rosto.
Capítulo 25
EVVIE

POPPY ESTAVA atrás do balcão quando olhou pela janela. — Ei Evvie, não
é Bo lá fora?

Eu me virei para procurá-lo, mas o que vi fez meu estômago apertar com
tanta força que eu queria vomitar. Lá estava ele, com o braço daquela prostituta
sobre ele, e então ela o beijou!

Essa visão me fez correr direto para a cozinha. Foi uma coisa boa porque
alguns minutos depois, ouvi a voz dele.

Ele estava sozinho quando entrou na parte de trás da loja.

— Ei. — Ele disse com um sorriso.

— Eu não posso falar com você agora.

— O que aconteceu?

— Bo, bancar o burro não combina com você. — Eu tinha certeza que
ele viu as lágrimas em meu rosto. Eu as afastei enquanto falava.

— Ok, você a viu me beijar, certo?

— Certo, mas eu não vi você empurrá-la para longe.

— Então você não assistiu todo o intercâmbio. Eu a empurrei, então disse


a ela que meu coração pertencia a você.

Eu não tinha certeza se poderia lidar com isso agora. Uma vez, talvez. Mas
duas vezes foi demais para o meu eu inseguro lidar.

— Bo, você pode simplesmente ir embora? Eu não posso lidar com isso
agora.

— Ir embora? Eu não fiz nada de errado.

— Talvez em seus olhos, mas não nos meus.


Ele suspirou e saiu. Fiquei surpresa que ele não ficou e discutiu, mas não
importa. Eu precisava envolver minha cabeça em torno disso.

Se eu ia ficar com ele permanentemente, então tinha que descobrir como


lidar com essas situações. A cozinha foi onde eu fiquei até saber que eles tinham
ido embora. Poppy veio me avisar.

— Eu sei que você está chateada, mas você saiu antes da cena terminar
quando ele empurrou aquela mulher. Eu fiquei lá e vi, Evvie.

— Tudo bem, mas eu tenho que descobrir isso sem me fazer de boba.
Você sabe como eu tenho pouca auto-estima. Essa mulher é tudo que eu não
sou. Você olhou para ela?

— Sim, e eu discordo. Você é tudo o que ela não é. Ela é de plástico, uma
farsa, e Bo sabe disso. Por que você acha que ele quer você? Você é a coisa real,
garota. Você só precisa abrir os olhos.

— Ela o conhece desde sempre.

— Exatamente, e durante todo esse tempo, ele nunca namorou com ela,
certo?

— Até onde sei. — Por que isso foi tão difícil para mim aceitar. Eu era
uma perdedora?

Poppy pegou minha mão e me puxou para uma pequena mesa que
tínhamos nos fundos. Ela cruzou os braços e disse: — Sente-se.

Puxei a cadeira e me sentei nela.

— Ele já lhe disse como se sente?

— Sim.

— E? — Ela esperou pela minha resposta.

— Ele me disse que me ama e sempre me amará.

— Bem, aí está. Um homem não diria isso a menos que estivesse falando
sério.
— Isso não é verdade. Um cara me disse isso, roubou minha virgindade e
depois foi embora.

— Evvie, quantos anos ele tinha?

— Foi quando estávamos no ensino médio. Foi horrível.

— Bo não é um adolescente e ele poderia ter qualquer mulher que ele


quisesse. Sério, Cowboy Quente é tudo isso. Mas você é a pessoa que ele
escolheu. Por que você não consegue colocar isso na sua cabeça dura?

— Porque eu não sou esbelta e sexy.

Ela riu. No meu momento de necessidade, Poppy riu de mim. — Você


pode não ter um metro e oitenta de altura, mas tenho certeza de que Bo pensa
que você é sexy como o inferno.

Isso era verdade. Ele me dizia o tempo todo o quão sexy eu era.

— Estou certa? — Ela perguntou.

— Sim. — Eu admiti relutantemente. — Eu sou uma perdedora. Por que


não posso aceitar isso e não ser essa garota chorona?

— Eu vou te dizer por quê. Aquela sua mãe martelou esses pensamentos
em sua cabeça e eles ainda estão lá. Você tem que desaprender e seguir em
frente.

— Como?

— Há apenas uma maneira que eu conheço, e isso é através de


aconselhamento.

Poppy estava certa, como sempre. Quando alguém, especialmente sua


mãe, lhe dizia coisas assim repetidamente, e fazia um grande problema com
isso, você não saia ileso. Suas palavras foram armas e ela me atingiu onde eu
estava mais vulnerável.

Eu balancei a cabeça para sua sugestão. — Conhece alguém?

— Não, mas tenho certeza que Jessie sim.


Peguei meu telefone e mandei uma mensagem para ela, perguntando se ela
conhecia algum bom terapeuta. Ela respondeu de volta dizendo que encontraria
um o mais rápido possível.

Fiel às suas palavras, recebi outro texto me dando alguns nomes com
números de telefone.

— Uau, isso foi rápido. — Eu disse. — Jessie enviou alguns nomes.

Liguei para a primeira, que era uma mulher, e marquei uma consulta. Ela
teve um cancelamento para o dia seguinte, então eu peguei.

— Espero que isso funcione porque eu odeio me sentir tão inadequada.

Poppy deu um tapinha no meu ombro. — Vai, e você vai ficar muito
melhor por isso. Agora você precisa fazer outra ligação para um certo cowboy
gostoso.

Mais uma vez, ela estava certa. Liguei e ele atendeu na hora.

— Evvie, você está bem?

— Sim, estou ligando para me desculpar. Desculpe por me comportar


dessa maneira. Quero lhe dizer uma coisa. Marquei uma consulta com um
terapeuta sobre como minha auto-estima está baixa. É para amanhã e espero
que isso ajude.

— Estou feliz que você vá. Você é uma mulher tão incrível. Eu só queria
que você acreditasse em mim.

— Eu desejo o mesmo. Estarei em casa mais tarde, mas não posso


prometer ser amigável com Hope.

— Eu vou defendê-la, não importa o quê.

Terminamos nossa conversa e eu disse a mim mesma várias vezes o quão


sortuda eu era por tê-lo em minha vida.

***

NA ENTRADA respirei fundo enquanto olhava para a porta da frente. Todo


mundo estava aqui já que todos os carros estavam estacionados na garagem.
Não era justo que eu estivesse relutante em entrar. Aquela mulher estava
hospedada aqui, e eu queria dar um soco na cara dela, mesmo não acreditando
em violência. Isso era ridículo e eu precisava cultivar algumas gônadas.

Hora de entrar e enfrentar a diaba. Peguei minhas coisas e me apontei para


a porta. Quando entrei, vi o covil do foyer. Todos os três estavam lá, mas
quando Bo me notou, ele se levantou e correu. Seus braços envolveram minha
cintura e ele me beijou. — Ei, eu senti sua falta hoje.

— Também senti sua falta. — Eu sorri um pouco hesitante para ele e


então disse: — Há algo que eu preciso fazer.

— Claro.

Passando por ele, marchei para a toca e fiquei na frente de Hope. Ela olhou
para cima e impediu que sua taça de vinho alcançasse seus lábios. — Olá,
Evelyn.

— Eu quero dizer uma coisa para você. Como você se atreve a entrar em
nossa casa e depois fazer avanços no meu namorado. Ninguém nunca lhe
ensinou boas maneiras? Você é a pessoa mais malcomportada que eu já conheci.
Possivelmente acha que Bo quer alguma coisa com você, além de ser um amigo?
Se ele quisesse você, não acha que ele teria revelado suas intenções anos atrás?
Se você é tão cega, sugiro que veja um oftalmologista. E mais uma coisa. Esta
é a última vez que você vai ficar aqui. Você não é mais bem-vinda nesta casa.
— Eu me virei para Ginny e disse: — Eu adoro você, como você sabe, mas sua
escolha de amigas é questionável. Eu gostaria que você a levasse para a cidade
e lhe arranjasse um quarto em um hotel local. Eu não quero olhar mais para o
rosto dela. — Terminei com um sorriso maroto.

— Você quer que eu vá embora? — O grande manequim perguntou.

— Você está brincando, certo? Claro, eu quero que você vá embora. Você
não fez nada além de me insultar desde que chegou. Você não é bem-vinda aqui
e nunca mais deixe seu rosto escurecer nossa porta novamente.

Bo estava atrás de mim, pegando minha mão. — Ginny, você a ouviu.


Deixe Hope em algum lugar. Há uma pousada na cidade para onde você pode
levá-la, mas você é bem-vinda aqui a qualquer hora.

Ginny se levantou e disse: — Vamos, Hope, você precisa fazer as malas.


Hope pulou de pé e gritou: — Você está me chutando para fora? Bo? Você
vai deixar essa caipira me jogar na rua.

A mão de Bo apertou mais a minha. — Já chega, Hope. Você não tem o


direito de dizer essas coisas. Evvie está certa. Você a insultou, e eu não vou
tolerar isso. Evvie e eu vamos nos casar um dia, e um insulto a ela é um insulto
a mim.

A boca de Hope se torceu em um sorriso de escárnio desagradável, o que


não lhe fez nenhum favor. — Eu não posso acreditar em você. Eu te conheço
desde...

— Eu sei exatamente há quanto tempo nos conhecemos. No entanto, isso


não lhe dá o direito de insultar a mulher que eu amo, aquela que compartilha
minha casa. Agora vá embora.

Ela bufou para o quarto que ocupava, e Ginny a seguiu. Apenas Ginny se
virou e nos deu um olhar engraçado. Ela sabia como Hope se comportou mal.
Fiquei feliz por não ter que ajudá-la a fazer as malas.

Bo e eu estávamos na cozinha quando Ginny voltou, puxando uma mala


atrás dela.

— Nós estamos indo. Eu sinto muito, Evvie. Eu nunca soube o quanto


ela queria meu irmão, e foi um grande erro trazê-la aqui. Eu vou com ela e
estamos voando para casa amanhã. Nossas passagens de avião estão compradas.

— Obrigado, mana. — Disse Bo. — Você sabe que é bem-vinda de volta


a qualquer momento.

— Sim, Ginny, por favor, volte logo. Sinto muito também que sua amiga
seja tão má e conivente.

Ginny se inclinou e disse. — Verifique o quarto dela depois que sairmos,


caso ela tenha estragado alguma coisa com seu mau humor. Se sim, eu vou me
certificar de que ela pague por tudo.

Abracei Ginny e enquanto nos abraçamos, ela disse: — Mal posso esperar
pelo casamento.

Bo nos ouviu e disse: — Nem eu. — Então ele balançou as sobrancelhas.


Capítulo 26
EVVIE

O CASAMENTO? Ele estava falando sério? Eu só recentemente me mudei


com ele.

Depois que Ginny e sua amiga víbora foram embora, eu perguntei: —


Você está falando sério sobre se casar?

Ele olhou e seu olhar era inquietante. — Eu estou. Você não está na
mesma página?

Minha garganta bloqueou e eu engoli para limpá-la. — Eu suponho... só


que você me pegou desprevenida. — Minha gagueira chamou sua atenção.

— Você sabe, eu não estou falando agora. Podemos esperar um mês ou


dois.

Eu engasguei, mas então ele rachou. — Estou brincando. Não sobre o


casamento, mas sobre o próximo mês. Podemos fazer isso quando você quiser.
Você é minha única... a pessoa com quem quero passar o resto da minha vida.
Eu estou cem por cento sério. Só há uma coisa em você que me perturba e é o
quão insegura você é sobre si mesma. No entanto, eu pretendo mudar isso.
Você merece o melhor e eu vou ver você conseguir.

— Como eu tive tanta sorte de ter você na minha vida? Apenas pense... se
você não tivesse entrado no Java Jitters, nós não estaríamos aqui agora.

— Podemos dizer aos nossos filhos que nos conhecemos tomando café.

Peguei suas mãos e fiquei na ponta dos pés para beijá-lo. Ele era tão doce.
Talvez muito doce às vezes, então isso me fez pensar.

— Você nunca fica com raiva?

Sua testa franziu. — Claro. Por que você pergunta?

— Eu nunca vi esse seu lado. Você é sempre tão equilibrado que me fez
pensar.
— Pergunte a Ginny. Ela pode te dizer. Até onde sei, você não me deu
nenhuma razão para ficar bravo com você.

Eu ri. — Nosso dia está chegando, tenho certeza.

Ele agarrou minha bunda e apertou. — Só se você perder essa bunda.


Então eu vou ficar puto com você.

— Oof, você e minha bunda. O que há com isso?

— Se pudesse ver a mesma coisa que eu vejo, você não teria que perguntar.

Então ele me arrastou, não chutando e gritando, porém, para o quarto para
que ele pudesse agarrar minha bunda quando ela estivesse nua. Depois,
tomamos banho juntos e conseguimos ficar sem água quente. Não era um
banho normal. Ele me fodeu sem sentido lá, mas nós dois estávamos
completamente limpos depois.

— Estou morrendo de fome. — Anunciei. — O que tem para o jantar?

— Vamos sair.

Isso soou bem para mim, então nos vestimos e fomos para o Wren's Café.
Eu amava o lugar e ele também.

Estávamos sentados perto da janela, e ainda estava claro, então


observávamos as pessoas enquanto esperávamos pela nossa comida.

A garçonete trouxe dois pratos para nós, e o vapor subiu de ambos.

— Cuidado, isso acabou de sair do forno. — Ela avisou.

— Obrigado. Parece delicioso. — Eu disse.

Mergulhei meu garfo no empadão de frango, e realmente estava


escaldante. — Eu preciso deixar esfriar um pouco.

— O mesmo aqui. O meu ainda está borbulhando sob a crosta.

Nós dois pedimos a mesma coisa. Ele disse que se eu não pudesse comer
tudo, ele terminaria o meu. Bo tinha um apetite muito grande, mas essa porção
era enorme. Eu geralmente só comia metade e levava o resto para casa para
almoçar no dia seguinte. Só que eu não teria nenhuma sobra esta noite. Ele
comeria tudo, mas para mim estava tudo bem.

Enquanto esperávamos esfriar, vi meus pais entrarem.

— Olha quem acabou de entrar. — Eu disse.

Bo se virou e os viu. Acenei mesmo sabendo que minha mãe era a última
pessoa que eu queria ver.

— Mãe, aqui.

Sua expressão instantaneamente azedou quando ela me viu. Eu fui uma


grande decepção para ela?

— Olá, Evelyn. — Ela apenas inclinou a cabeça para Bo.

Meu pai se juntou a ela e nos cumprimentou. Ele estava com seu jeito
amigável de sempre.

— O que te traz ao Wren's? — Eu perguntei.

— Estivemos limpando seu quarto. Se há alguma coisa que você quer,


venha buscar logo, ou vai para caridade.

— Querida, você não precisa ser tão dura sobre isso. — Disse papai. —
Evvie, há algumas coisas que você pode estar interessada. Você pode parar e
dar uma olhada?

— Claro, mas não consigo lembrar o que eu poderia querer.

— Lembranças. — Disse papai. — Bo, como vai o rancho?

— Ótimo! As coisas estão caminhando em um bom ritmo. — Disse Bo.

— Isso é ótimo. Às vezes a construção não sai exatamente como o


planejado, mas estou feliz que a sua esteja no prazo.

— Eu também estou.

Mamãe puxou a manga de papai e disse: — Vamos. Vamos pegar uma


mesa antes que o lugar encha.

Olhei para Bo, e ele assentiu. — Por que você não se senta com a gente?
— Ah, não podemos. Nós nem pedimos, e vocês já têm sua comida. —
Disse mamãe.

— Ok, como você quiser.

— Evvie, pare na nossa mesa antes de sair.

— Eu vou, pai.

Bo acrescentou: — Aproveite seu jantar.

Quando eles estavam fora do alcance da voz, Bo perguntou: — O


temperamento de sua mãe sempre foi tão azedo?

— Sim, e não tenho ideia do porquê. Ela é a pessoa mais infeliz e crítica
que eu conheço.

Ele tocou meu braço. — Estou feliz que você não herdou esse traço de
personalidade dela.

Olhei para o teto. — Deixe-me dizer, eu costumava rezar para não ficar
assim.

— Suas orações foram atendidas.

— Não. Minhas orações foram atendidas quando você entrou na minha


vida e insistiu em nós sairmos. Se você não tivesse feito isso, bem, você sabe o
final.

— É a minha vez de te dizer uma coisa. A primeira vez que te vi, eu sabia
que você era a única.

— De jeito nenhum. — Eu não acreditava em amor à primeira vista, mas


aparentemente Bo sim. — Você fala sério?

— Sim. Você estava tão adorável, sentada lá. Então, quando você virou
sua atitude picante quando eu vim para sentar em sua mesa, eu estava todo
dentro. Eu amei esse seu lado. Você não aguentou comigo. Então agora eu
tenho uma pergunta. Você já pensou em usar esse seu lado para lidar com sua
mãe?
As rodas do meu cérebro giraram. Ele fez uma ótima pergunta e quando
eu pensei sobre isso, eu não sei por que esse lado de mim recuava quando eu
estava perto dela. Eu tinha uma espinha dorsal. Por que não a usar?

— Não, e eu não sei por quê.

— Quando você deu a Hope um pedaço de sua mente, eu pensei sobre


isso também. Você se levantou para ela e não recuou. Eu sei que há uma Evvie
forte com uma espinha feita de aço dentro de você. Eu imploro que você puxe
e use-a com mais frequência.

Bo estava certo. Eu precisava fazer isso perto da minha mãe. Por todo o
inferno que ela me fez passar e me fez duvidar de mim mesma, ela precisava ser
colocada em seu lugar. Respeitosamente, porém, já que eu não gostaria de
machucar meu pai.

— Vou discutir isso com meu terapeuta e ver qual é o melhor curso de
ação.

Bo assentiu. — Essa é uma ideia estelar. Agora devemos comer, pois estará
frio se não comermos.

O empadão de frango não estava frio. Estava a temperatura perfeita e Bo


limpou seu prato, assim como o meu.

Na saída, paramos para conversar com meus pais. Mamãe não disse uma
palavra, mas papai sim. Ele estava interessado em meu novo empreendimento
e eu o atualizei. Então saímos com a promessa de visitar em breve. Essa
promessa foi cumprida mais cedo do que eu esperava.
Capítulo 27
BO

DEPOIS DE PENSAR MUITO, decidi fazer uma visita ao pai de Evvie. Eu


queria pegá-lo de manhã, então saí logo depois de Evvie no dia seguinte.

Estacionei o SUV na frente de sua casa e esperei que ele saísse. Quando
ele o fez, eu entrei em ação.

— Sr. Collins. — Eu disse, oferecendo-lhe minha mão.

— Oh, oi Bo. Eu não estava esperando você hoje.

— Eu sei. Você pode poupar alguns minutos?

Ele consultou o relógio e disse: — Apenas dois. O que é?

— Primeiro e mais importante, quero pedir sua permissão para me casar


com sua filha.

Suas sobrancelhas se ergueram diretamente para o céu. Então um sorriso


genuíno se esticou em seu rosto. — Uau, eu não estava esperando isso.

— De onde eu venho, é uma exigência.

— Você a ama? — Ele perguntou.

— Sim, senhor, mais do que qualquer coisa.

— Você vai tratá-la bem e apreciá-la?

— Absolutamente. Ela é o mundo para mim.

— Então eu não vejo por que não. Evvie sabe que você está fazendo isso?

— Não. Nós conversamos sobre casamento, mas eu não perguntei


oficialmente. Eu queria presenteá-la com um anel primeiro.

Ele agarrou meu ombro. — Minha filha é meu coração. A mãe dela e eu
temos muitos problemas, um deles, é ela.
— Essa é outra razão pela qual estou aqui. Por que a Sra. Collins é tão
horrível para Evvie?

— Porque Evvie nunca fez o que ela queria. Minha esposa queria que
Evvie fosse para a faculdade e fosse professora, mas minha filha não queria
nada com isso. Ela não tinha interesse na faculdade, então minha esposa e eu
trocamos muitas palavras sobre isso. Acho que Elle nunca perdoou Evvie.

— Mas, senhor, isso é ridículo. Evvie está indo tão bem com sua nova
carreira e ela está feliz.

— Concordo, mas não está à altura dos padrões de Elle, sejam eles quais
forem. Não sou um homem de grandes recursos. Meus pais me disseram para
ser sempre honesto e trabalhar duro. Foi o que fiz a minha vida inteira e acredito
que dei um lar decente, não extravagante, para ela e as crianças. No entanto,
Elle nunca ficou satisfeita. Acho que é porque ela nunca foi para a faculdade e
ainda está com raiva disso.

Eu não poderia imaginar ter um relacionamento assim com minha mãe.


— Minha mãe morreu quando eu era jovem. Eu daria qualquer coisa para tê-la
de volta. Eu gostaria que a Sra. Collins pudesse ver o que ela está perdendo.

— Filho, eu também. Talvez este casamento ajude. Estou disposto a pagar


por tudo.

— Não, isso não é necessário. Nós nem discutimos o que queremos.

O Sr. Collins consultou o relógio novamente. — Desculpe, mas eu tenho


que ir. Se eu não for, vou me atrasar para o trabalho. Depois que você perguntar
a Evvie, peça para ela lhe dar meu número e podemos nos encontrar para
almoçar algum dia.

Eu rapidamente peguei meu telefone. — Qual é seu número?

Ele cuspiu e eu mandei uma mensagem para ele. — Agora temos um do


outro. Eu ligo para você em breve para lhe dar uma atualização.

— Eu apreciaria isso. Tenha um bom dia.

Nós seguimos nossos caminhos separados, e eu fui para o café para uma
xícara com um muffin. Quando eu estava lá, puxei Poppy de lado. — Posso
confiar em você para manter um segredo?
Ela deu de ombros. — Contanto que não machuque ninguém, então sim.

— Vou pedir oficialmente a Evvie em casamento. A razão pela qual estou


lhe dizendo é que preciso de alguns conselhos sobre onde procurar um anel.

Eu mal falei a última frase antes que ela jogasse os braços em volta de mim
e me abraçasse. — Você é um bom homem, Bo, e estou emocionada com isso.
Evvie é como uma filha para mim, e eu a adoro.

— É por isso que estou perguntando a você. Ela fala sobre você sem parar,
então eu sabia que me enviaria na direção certa.

Não demorou muito para eu devorar meu muffin e café e lá fui ver Ryder
King, na King's Jewelers.

Infelizmente, quando cheguei lá, eles ainda não estavam abertos. Eu tinha
uma hora de sobra, então voltei para Java Jitters.

Poppy me viu entrar e franziu a testa. — O que aconteceu?

— Nada. Eles ainda não estão abertos.

Ela verificou a hora e assentiu. — Eu não pensei nisso, mas sim, eles não
estariam. É muito cedo. Quer outra xícara? — Ela perguntou.

— Por que não? — Entreguei a ela meu copo de papelão vazio e ela o
encheu novamente. — Hey, eu posso perguntar algo a você?

— Claro.

— Evvie já falou sobre a mãe dela?

Poppy revirou os olhos. — Nem me fale dessa mulher.

Expliquei sobre minha visita ao pai dela e como Poppy era tão próxima de
Evvie, compartilhei o que ele disse.

— No que me diz respeito, essa mulher pode se ferrar. Ela deu a Evvie
um complexo sobre seu tamanho e eu adoraria dar a ela um pedaço da minha
mente.
— Estou trabalhando nisso. O tamanho dela. Quero dizer, estou tentando
convencê-la de que ela é perfeita. Eu a amo do jeito que ela é, e não me importo
com o tamanho dela. Estou progredindo, embora lentamente.

Poppy bateu no meu braço. — Estou tão feliz que você está fazendo isso.
Ela é linda por dentro e por fora. Pena que sua mãe não pode ver isso.

Eu concordei. — Certo? Ela não tem ideia da mulher incrível que Evvie é
e eu sou o cara de sorte que a pegou. Ei, você quer ir comigo olhar os anéis?

Os olhos de Poppy brilharam. — Eu adoraria. Deixe-me colocar meu


trabalho em dia e poderei sair daqui em minutos.

— Ok. — Ela correu de volta para a cozinha enquanto eu me sentava e


tomava o café. Meu telefone tocou e era Jack.

— Ei, cara, como está tudo? — Eu perguntei.

— Ugh. Mia é um pé no saco. Por que você me deixou casar com ela?

— Se você se lembra, você nunca perguntou minha opinião.

— Sim, não esfregue isso na minha cara.

— Nunca! — Eu não faria isso com ninguém, muito menos com Jack.
Isso não é o que alguém faz se seu melhor amigo está se divorciando.

— A boa notícia é que estou quase terminando com ela. O advogado tem
sido o melhor. Obrigado por me enviar em seu caminho.

— Eu tenho boas notícias para você também. Sua casa está quase pronta.
Ginny estava aqui e escolheu o que você vai precisar.

— Isso é o que ela disse, e eu ouvi sobre o que Hope fez.

— Sim, ela não é mais bem-vinda aqui.

— Eu não culpo você. Eu deveria te dizer que ela está correndo a boca
solta por aqui, dizendo a todos que você está vivendo com uma garota gorda.

— O QUE?
— Você ouviu. Eu coloco isso para descansar, porém, quando alguém
pergunta. Hope é uma vadia. Eu acho que ela finalmente entendeu que você
não está interessado nela.

— Merda. Eu nunca me interessei por ela além de amizade.

— Isso não é o que ela pensou. De qualquer forma, ela sabe agora e bom
para você.

— Graças a Evvie. Você deveria ter ouvido ela enfrentar Hope. Foi
realmente algo.

— Acho que vocês dois estão se dando bem.

— Claro que sim. Ela se mudou.

— Uau. Você está apaixonado. Você nunca consideraria isso a menos que
estivesse.

— E você está certo. Não mudando de assunto, mas quando você acha
que pode vir para cá?

Jack riu. — Certo. Esse foi o ponto desta ligação. Estou chegando em
duas semanas. O advogado me garantiu que ele terá tudo assinado, selado e
entregue até lá. Vou ter que voltar para a data do tribunal, mas é isso.

— Isso é ótimo. Então estarei pronto para você. Prepare-se para muito
trabalho.

Poppy finalmente veio me buscar, e nós caminhamos até a joalheria do


King. Como já passava das dez, eles estavam abertos.

Um homem nos cumprimentou quando entramos e Poppy me


apresentou.

— Ryder, conheça Bo Christianson. Ele está procurando um anel para sua


dama especial.

Ryder estendeu a mão e eu a apertei. — Você veio ao lugar certo. Que tipo
de anel você está procurando?

— Noivado.
— Legal! Quem é a mulher de sorte e antes que você diga o nome dela, eu
nunca conto a ninguém sobre homens em uma busca de anel.

Eu ri. Isso era bom, pois eu não gostaria que Evvie descobrisse por outra
pessoa que eu estava caçando anéis. — Evvie. Evvie Collins.

Ryder sorriu. — Isso é fantástico. Eu não conheço Evvie muito bem, mas
ela é sempre tão amigável quando eu entro em Java Jitters.

Essa era a minha Evvie. Super simpática e disposta a ajudar. Exceto


cowboys. Eu ri para mim mesmo.

— Por aqui.

Ryder apontou alguns anéis, mas antes que ele chegasse muito longe, eu
disse: — Maior. Eu quero um diamante grande.

— Ok, quão grande você está pensando?

Verifiquei a exibição deles e apontei para um que era maior que os outros.
— Quão grande é isso?

Ele o pegou e o virou. — É um quilate e meio.

— Então dois quilates, pelo menos.

Ele assentiu e disse: — Venha por aqui, então.

Caminhamos até outra vitrine e dentro havia diamantes consideravelmente


maiores. — Nós podemos fazer o que você quiser, então, se você gostar da
pedra, podemos redefini-la.

Meu olhar pousou na pedra perfeita. — Aquele ali. — Eu o direcionei, e


ele o tirou, então o entregou para mim. — Fale-me sobre este.

— É um dos melhores que temos aqui. Tem menos de três quilates e a


qualidade é excelente. — Então ele começou a explicar a qualidade e a diferença
entre um VVS1 e outros. Logo, eu me afastei. Tudo o que eu queria saber era
se a qualidade do diamante era boa. Ele estava apenas fazendo seu trabalho,
mas eu não estava interessado.

— Eu aceito. — Interrompi sua educação sobre diamantes.


— Excelente compra. Quer saber o preço?

— Nah, apenas me mostre algumas outras configurações, pois esta não


funciona para mim.

Ele concordou. — Sim, o diamante é muito grande para isso. Posso


mostrar alguns ou podemos desenhar o que você quer.

— Poppy, o que você acha? Você conhece Evvie. Ela quer simples ou
chique?

Poppy usava essa expressão sonhadora. — Oh, uau. Bem, isso é... eu não
tenho palavras para esse diamante. — Ela pressionou a mão no peito.

— Você conhece o gosto de Evvie em joias, certo?

— Ela gosta de coisas incomuns.

Eu pensei por um minuto e então perguntei: — Você pode criar uma


banda que tenha pequenos M's em cada lado da pedra grande e depois inserir
pequenos diamantes nos M's?

Ryder pegou um pedaço de papel e disse: — Mostre-me.

Peguei a caneta dele e comecei a esboçar o que estava na minha cabeça.


— Tenha em mente que eu não sou um artista.

— Tudo bem. Eu só preciso de um começo.

Eu dei a ele o que estava na minha cabeça. — Vê os minúsculos M's de


cada lado? Eu gostaria de pequenos diamantes nesse formato.

Ryder pegou a caneta e o papel e fez alguns ajustes. — Assim?

— Sim. Exatamente. Poppy, o que você acha?

— Acho que ela vai adorar. Gosto que a banda seja mais larga para
suportar a montagem.

Ryder parecia satisfeito. — Mais algumas perguntas. Ouro ou platina? E


quando você precisa?

— Sem pressa e não tenho certeza da cor. Poppy?


— Ouro. Vai adicionar um tom rico aos diamantes e Evvie adora ouro.

— É ouro. — Anunciei.

Antes de sairmos, dei a Ryder todas as minhas informações e providenciei


que o dinheiro fosse transferido para sua loja. No caminho de volta para Java
Jitters, Poppy disse: — Você vai fazer aquela garota muito feliz.

— Sabe de uma coisa, Poppy? Eu não quero que o anel seja a única coisa
que a faça feliz. Eu quero dar a ela a melhor vida de todas. — E era a verdade.
Evvie merecia o mundo, e eu faria o meu melhor para dar a ela.
Capítulo 28
EVVIE

JACK CHEGARIA MAIS TARDE hoje e a empolgação de Bo por ver seu


melhor amigo novamente estava no teto. Ele correu esta manhã como um
garotinho que estava indo comprar um brinquedo novo.

— Como soa o Wren's para o jantar? — Ele perguntou.

— Pedir ou comer lá?

— Pensei em pegar algo mais cedo, então quando Jack chegar aqui, não
temos sair.

— Essa é uma ótima ideia! — Falar com Jack deveria ser sua prioridade.
— Deixe que eu pego o jantar, estou fora mesmo, dessa maneira você não tem
que ir à cidade.

— Tem certeza?

— Absolutamente. Estarei em casa por volta das três. A que horas ele
chegará aqui?

— Não tenho certeza, mas sei que deve ser antes disso. Mal posso esperar
para mostrar a ele o lugar.

Eu estava tão feliz por Bo. Ele trabalhou duro nas últimas semanas
preparando a casa de Jack, e parecia incrível. Tinha três quartos com banheiros
privativos e uma ampla área de estar aberta para a cozinha. Tudo que Ginny
havia selecionado era lindo. Era claro e arejado, mas tinha uma tremenda vista
da janela da sala de estar.

Bo o tinha completamente mobiliado, então estava pronto para morar. A


única coisa que Jack precisava fazer era abrir suas malas e colocar suas coisas.

Eu coloquei meus braços em volta da cintura de Bo. Ele era tão alto,
chegar até o pescoço exigia o movimento na ponta dos pés.

— Ele vai adorar sua nova casa.


— Espero que sim, porque se ele não gostar, estará preso a ela.

— Eu ficaria feliz em ficar presa a algo assim.

Ele passou a mão pelo meu cabelo, que eu tinha deixado solto hoje. —
Você não gosta do nosso lugar? Podemos mudá-lo se você quiser. — Ele foi
rápido em dizer.

— Eu amo nosso lugar. Eu também gosto da casa nova. Ambas são lindas.

— Ok, mas se você quiser fazer alterações, fique à vontade.

Por que eu iria querer mudar alguma coisa aqui? O lugar era lindo. — Eu
não quero, então estamos bem. Eu tenho que ir.

Ele se abaixou para que pudéssemos nos beijar, e eu fui trabalhar no meu
estágio.

Eu estava nisso há quase três meses, e só tinha mais três antes que
terminasse. Eu adorava ir ao estúdio dela. Até agora, tinha sido o maior
aprendizado da minha vida. Ela me ensinou as melhores técnicas para criar
designs intrincados e era tão intrigante que eu perdia a noção do tempo todos
os dias. As quatro horas voavam, como fizeram hoje.

— Vejo você na segunda-feira. — Ela disse enquanto eu acenava um


adeus. Então eu fui para Java Jitters. Eu ainda amava meu trabalho lá também.
Ver a família Jitters todos os dias era um impulso para mim.

Quando entrei, Poppy estava sorrindo, como sempre.

— Como foi esta manhã?

Peguei meu avental e o coloquei. — Poppy, eu adoro isso. Cada dia fica
melhor e melhor. Mal posso esperar até poder abrir uma loja em algum lugar.

— Sabe, se você ama o que faz, não vai trabalhar um dia sequer na vida.

Essa era a verdade, porque nada na minha vida parecia trabalho.

— Eu nunca soube disso até chegar aqui. — Peguei um muffin na parte


de trás e vi seu sorriso crescer. — O que? — Eu perguntei com a boca cheia da
melhor mistura de mirtilo do mundo.
— Estou feliz que você ainda está comendo meus muffins.

Apoiei uma mão no meu quadril. — Por que não comeria? Eu amo essas
coisas.

— Oh, eu não sei, mas quando as pessoas começam a namorar alguém


novo, às vezes seus hábitos alimentares mudam.

Enfiei o resto do muffin na boca e depois tomei um gole da minha bebida


favorita. — Não se preocupe com isso. Bo teria um ataque se eu perdesse peso.

— Sério?

— Sim, e eu acho que ele é louco. Mas eu pretendo agradar aquele homem.

— Tenho certeza que sim! — Ela piscou.

— Poppy, tire sua mente da sarjeta. Eu só quero que ele seja feliz comigo.

— Como ele não pôde? Você é a melhor.

Dei-lhe um grande abraço e agradeci. — Você sempre teve fé em mim.

— Alguém tinha que ter já que você não tinha.

Ela estava certa. Eu tinha sido uma coisinha estúpida antes de Bo. Ele
trouxe confiança para a minha vida, e eu adorei.

— Algum plano para este fim de semana? — Ela perguntou.

— Sim! Jack está voltando e deve chegar aqui hoje.

— Isso é ótimo. Espero que você se divirta. Eu tenho que voltar a


cozinhar.

— Vá, eu preciso ir para frente também.

O lugar não estava muito ocupado no momento, mas havia pessoas


entrando de vez em quando. Ao fechar, eu tinha terminado todas as minhas
tarefas, então estava pronta para sair.

— Vejo todos vocês na segunda-feira.


Minha próxima parada foi no Wren. Eu pegaria um grande lote de sua
caçarola de frango especial. Bo adorava e Jack também. Comemos antes de ele
partir de volta ao Texas.

Parei na frente da casa e a caminhonete de Jack já estava estacionada lá.


Seria ótimo tê-lo de volta.

Os homens estavam na sala conversando quando entrei.

— Evvie! Como você está? — Jack perguntou, pulando de seu assento.

— Sente-se. Deixe-me deixar isso na cozinha e eu voltarei.

Coloquei a caçarola na geladeira e depois me juntei aos caras. Jack logo foi
pego nas aventuras de Evvie.

— Estou impressionado. Você vai ser famosa um dia. — Disse ele.

— Eu não sei sobre isso, mas realmente amo o que estou fazendo. O que
você achou da casa?

— O fator uau realmente me pegou. Eu não poderia imaginar que seria


tão grandiosa.

Bo riu. — Não é grande, apenas confortável.

— Eu posso chamá-lo do que quiser e é definitivamente grande para mim.

— Ginny foi ótima. — Acrescentei.

— Ela certamente foi. — Jack concordou.

— Como está, uh, todo o resto? — Eu não queria sair direto e perguntar
a ele sobre seu divórcio, então evitei o assunto.

— Se você está falando sobre meu divórcio, então as coisas estão


caminhando. E você não precisa evitar o assunto. Mia é a maior dor na minha
bunda, mas chegamos no limite, e ela finalmente está concordando sobre quem
fica com o quê. Estou feliz por não termos estado casados por muito tempo, e
eu não adquiri muita coisa durante esses anos, pois ela gastou cada centavo que
eu ganhei. Então, nenhuma pensão alimentícia ou muita coisa para ela. Nós só
precisamos dividir nossas poucas posses.
Felizmente, eu disse: — Que ótimo, espero que você acabe com isso
rapidamente. Acho que Bo lhe contou sobre a visita de Hope?

— Ele não precisava. Hope me contou quando eu encontrei ela e Ginny.

— Eca, sinto muito por isso. Ela é a pessoa mais nojenta que eu já conheci.

— Eu não posso discutir com isso.

O jantar foi agradável e, algumas horas depois, dei boa noite a eles, pois
estava cansada do longo dia. Eu não tinha certeza exatamente que horas eram
quando Bo veio para a cama, mas ele passou o braço em volta de mim, e eu caí
de volta no sono.

Quando acordei, o quarto cheirava a bacon. Olhei ao redor e vi que Bo já


estava de pé. Depois de escovar os dentes e lavar o rosto, entrei na cozinha,
onde os dois homens estavam sentados no balcão, tomando café da manhã.

Bo pulou de pé quando me viu.

— Não se levante. Eu vou me servir.

— Há muito de tudo na gaveta de aquecimento.

— O cheiro é fantástico. — Servi uma xícara de café e sentei-me com eles.

— Vou levar Jack ao redor do rancho hoje. Você quer vir?

— Se você não se importa, eu vou ficar aqui. Eu quero terminar aquele


meu projeto. Você sabe, a tropa de gafanhotos que eu tenho trabalhado?

— Claro. Não vamos demorar muito.

— Jack, você se acomodou? — Eu perguntei.

— Sim e o lugar é muito espaçoso. Minhas coisas só ocuparam uma


pequena parte do enorme armário. — Ele riu. — Esta casa é muito maior do
que aquela em que eu morava no rancho do Texas.

— Não se esqueça, a do Texas foi construído na década de 1940, então as


coisas eram menores naquela época.

— Muito menor se isso for uma indicação.


— Estou feliz que você gostou. — Acrescentei. — Mas seria difícil não
gostar.

Os dois homens comeram e depois foram embora. Isso me deu muito


tempo para brincar na oficina.

Meus gafanhotos estavam quase prontos, então dei os retoques finais. Eles
estariam preenchendo os pedidos que eu tinha recebido. Uma vez que eu
terminei, me afastei e os admirei. Eu não podia acreditar o quão fofos eles eram.
Então voltei para a casa principal para tomar banho.

Enquanto lavava o cabelo, ouvi a porta se abrir, mas tinha xampu no rosto.
— Bo?

Quando seus lábios correram um rastro pelo meu pescoço, eu sabia que
era ele. Não demorou muito para ele me levantar, me segurar contra a parede e
empurrar seu pau duro em mim.

Cruzei meus tornozelos ao redor de sua cintura enquanto seu ritmo


aumentava.

— Eu senti falta disso. — Ele disse perto do meu ouvido.

— Eu também. — Eu alcancei entre minhas coxas e meu dedo circulou


meu clitóris. Com isso adicionado à mistura, não demorou muito para que eu
alcançasse o orgasmo que perseguia.

Bo seguiu logo depois e quando ele saiu, apontou o chuveiro na minha


direção. A água morna caiu sobre mim, e foi uma delícia. Ele teve o cuidado de
garantir que eu estivesse limpa novamente e, em seguida, pegou a toalha que eu
tinha deixado. Eu adorava quando ele me envolvia em uma. Ele era tão doce
enquanto secava minha pele, que ainda formigava com seu toque.

— Eu te amo, Ev.

— Eu também te amo. — Eu me perguntei se ele ainda queria se casar,


mas deixaria essa pergunta para outro dia.
Capítulo 29
BO

— JACK VOLTOU para sua nova caverna.

Evvie riu disso. — Eu não chamaria seu lugar de caverna. É muito


brilhante e iluminado.

— Estou feliz que ele adorou.

Ela deu um beijo no meu peito. — Eu sabia que ele iria. Qualquer um
seria um tolo se não o fizesse.

Olhei para ela, parada ali nua com o cabelo molhado escorrendo pelas
costas. — Você é linda. — Então, um pensamento interessante surgiu na minha
cabeça. Eu tinha planejado pedi-la em casamento em breve, e ao falar com
Poppy, ela mencionou uma ponte na cidade. — Ei, você conhece uma ponte
aqui que um homem construiu para sua esposa há muito tempo?

— Sim! Eu posso te levar se você quiser. Muitas pessoas fazem piquenique


lá e muitas pessoas foram pedidas em casamento também.

— Eu adoraria conhecer.

— Nós podemos ir amanhã, se você quiser.

No dia seguinte, preparamos um piquenique e partimos. Evvie me indicou


onde eu precisava estacionar, e então partimos em direção a este lugar especial.
Havia algumas pessoas pontilhando a paisagem, mas não estava nem um pouco
lotada.

— Que tal arrumarmos nosso piquenique aqui e depois caminharmos até


a ponte? — Ela perguntou. Ela estava vestida com jeans e um top branco de
renda que mostrava seus ombros, aqueles que eu adorava beijar.

— Parece bom. — Estendi o cobertor e então colocamos a cesta em cima.

— Preparada? — Eu lhe ofereci minha mão, que ela aceitou. Lá fomos


nós para a breve caminhada. Era tão bonito quanto eu tinha ouvido. A ponte
de madeira atravessava um riacho e o homem que a construiu deve ter
realmente amado sua esposa.

— Isso não é maravilhoso? — Ela perguntou. — E romântico?

— É muito charmoso. E romântico. — O anel abriu um buraco no meu


bolso e tudo o que eu queria fazer era cair de joelhos e implorar para ela dizer
sim. Só que eu não fiz isso. Fizemos nosso caminho até o topo do pequeno
arco na ponte, e ela se apoiou no parapeito.

— Nós costumávamos vir aqui à noite quando eu estava no ensino médio.

Eu ri porque também tínhamos um ponto de encontro favorito no ensino


médio, mas não era tão bonito quanto isso. — Havia álcool envolvido?

— Havia! Mas tínhamos que ser super sorrateiros, pois não éramos as
únicas pessoas aqui e não queríamos ter problemas com nossos pais.

— Diga-me, oh sorrateira, como você conseguiu o álcool aqui então?

— Nós enchíamos garrafas vazias de refrigerante. Ninguém nunca


suspeitava. Alguns dos garotos se esgueiravam para a floresta e fumavam
maconha.

— E você não?

— Não. Eu não participava.

Eu estava surpreso. — Você nunca fumou maconha?

Ela olhou para mim e uma pitada de malícia brilhou em seus olhos. — Eu
não disse isso. Só disse que não fazia isso com os meninos.

— Ahh, entendo. Você era uma fumante de maconha no armário.

Ela me cutucou com o cotovelo. — Eu era. Eu não queria que ninguém


além da minha melhor amiga na época soubesse.

— Por que não?

— Há quanto tempo você está aqui agora?

— Já faz um ano.
— E você não conheceu as gêmeas Jackson. Elas são fofoqueiras
extraordinárias e conseguem descobrir tudo sobre todos. Eu não queria estar
no radar delas nunca.

— As gêmeas Jackson, hein?

Ela segurou minha mão. — Sim. E acredite em mim, elas sabem tudo
sobre sua compra do rancho. Elas têm conversado sobre isso desde então. Elas
até sabem que eu fui morar com você porque toda vez que entram em Java
Jitters, querem saber como meu namorado cowboy sexy é.

Uma gargalhada alta saiu de mim. Todos por perto se viraram para olhar.
— Seu namorado cowboy sexy, hein?

— Sim! Esse é o seu apelido na cidade.

Fiquei em silêncio quando um pensamento surgiu. — Então que tal


darmos a eles algo para fofocar?

— O que você quer dizer?

Foi quando me ajoelhei, tirei o anel do bolso e perguntei: — Evvie Collins,


você me daria a maior honra e se casaria comigo? Você é a pessoa da minha
vida, e não consigo me imaginar sem você meu lado para sempre.

Suas mãos foram direto para o rosto enquanto ela olhava. — Oh, meu
Deus. Sim! Quero dizer, isso é real? — Seus olhos correram ao redor para ver...
bem, eu não tinha certeza do que ela procurava.

— Não poderia ser mais real. Me dê sua mão.

Seu braço se endireitou quando ela me ofereceu sua mão, na qual eu


coloquei o anel. — Espero que seja do tamanho certo. Se não, podemos
consertá-lo.

Sua mandíbula caiu aberta enquanto ela olhava para sua mão.

Por um momento, pensei que ela não gostou do anel. Então ela balbuciou:
— Meu Deus, essa coisa é enorme.

— Isso é o que ele disse. — Eu ri.

— Sério, Bo, é uma pedra enorme.


— Você não gosta?

— Não. Quero dizer, sim! Eu adorei. Mas é enorme.

— Nada além do melhor para você. Eu o projetei especialmente com o M


porque é onde nos conhecemos e onde vamos morar.

Então ela jogou os braços em volta de mim, sem jeito, já que eu ainda
estava de joelhos. Ela acabou sentada na outra perna enquanto nos beijávamos.
E beijávamos. E beijávamos.

Então ouvimos os aplausos. Nos separamos para ver várias pessoas nos
observando. Um por um, eles ofereceram seus parabéns.

Enquanto caminhávamos de volta para o nosso local de piquenique, ela


não parava de olhar para sua mão.

— Olha! Olha o brilho! — Seu rosto brilhava de felicidade e meu coração


batia de alegria.

Eu a ajudei a se sentar no cobertor e depois me juntei a ela. Nós dois


tiramos a comida da cesta e começamos a comer nossos sanduíches de salada
de frango, salada de batata, maçãs e biscoitos de chocolate. O melhor de Evvie
era que ela dominava a arte da salada de frango, graças a Poppy.

— Quando?

— Quando o que? — Eu perguntei de volta.

— Quando devemos nos casar?

— Estou pronto agora, mas vou deixar isso para você.

Ela se inclinou e beijou minha bochecha. — Eu quero ir falar com minha


mãe. A terapia me ajudou muito. Eu te contei sobre a carta?

— Que carta?

— Minha terapeuta sugeriu que eu escrevesse uma carta para minha mãe,
explicando todos os meus sentimentos. Ela disse que eu não precisava enviar,
mas poderia, se quisesse, e assim por diante. A eliminação daqueles sentimentos
não necessariamente os faria ir embora, mas eu veria exatamente como ela me
afetou. Eu fiz isso e agora quero entregá-la a ela.
Que ideia fabulosa. Isso me fez pensar como sua mãe iria tratá-la depois.
— Quer que eu vá com você?

— Obrigada por oferecer, mas isso é algo que eu preciso fazer sozinha.

Eu entendi completamente e disse isso a ela. — Apenas lembre-se, eu


estarei esperando por você em casa quando terminar.

— Eu te amo, Bo Christianson.

— Bom, porque eu também te amo.


Capítulo 30
EVVIE

NO DOMINGO À TARDE, fui ver minha mãe. Papai estava lá, então fiquei
feliz em contar a eles sobre nosso noivado.

— Aquele homem pediu que você se casasse com ele? — Mamãe parecia
chocada.

— Sim, e eu aceitei. Veja? — Estendi minha mão com a enorme pedra


sobre ela.

Os lábios da mamãe se apertaram quando ela disse: — Hmm. Você não


acha isso um pouco frívolo?

— Bo projetou especialmente para mim, então não, eu não acho. Eu amei.

Papai veio conferir. — Uau! Que lindo, Ev!

— Eu sei. Estou tão animada.

Papai sentou ao meu lado no sofá. — Eu quero que você saiba de uma
coisa. Bo é um homem especial. Você sabia que ele veio aqui para pedir sua
mão?

Eu não sabia disso, mas parecia algo que ele faria. — Não, mas esse é Bo.
Ele é um cavalheiro.

Mamãe se levantou e gritou: — Aquele homem veio aqui para perguntar


isso e você não me disse?

— Sim, Elle, ele veio, e eu não vi razão para te dizer porque você
geralmente não se importa com o que acontece com nossa filha.

— Isso não é verdade.

— Mãe, desacelere um segundo. Eu quero falar sobre nós.

— Sobre nós? O que há para falar? — Ela perguntou em um huff.


— Bastante. — Era hora de desnudar minha alma, por assim dizer, e eu
fiz. Tudo saiu da minha boca na velocidade da luz, e eu até contei a ela sobre
minha terapia. Quando terminei, terminei com: — Acabei de lhe contar muito,
mas também quero que você fique com isso. — Tirei a carta da minha bolsa.
— Depois que você ler, podemos conversar. Você sabe como me encontrar.

Então eu disse ao papai: — Obrigada, papai. — E o abracei. Ele foi


impedido por minha mãe, então eu não queria colocá-lo em um emaranhado
maior com ela do que ele já estava.

Bo estava lá quando cheguei em casa. Depois de uma longa rodada de


lágrimas, expliquei tudo.

— Eu não entendo por que ela me odeia tanto e é tão amarga comigo.

— Muffin, às vezes as coisas não podem ser explicadas, mas estou tão
orgulhoso de você por enfrentá-la. Espero que ela se recupere depois de ler a
carta.

— Duvido, mas se não, então não há nada mais que eu possa fazer, exceto
seguir em frente.

Bo me abraçou e me segurou até que todas as lágrimas sumissem. Ele era


tão gentil, e seu apoio significava o mundo para mim.

— Ei, eu tenho uma ideia. — Seus olhos brilharam.

Ele me deixou curiosa. — O que?

— Você conhece aquele bebedouro incrível perto daqui? Vamos nadar


pelados.

Havia vários bebedouros por aqui, então eu o questionei sobre isso.

— Não pergunte. Vamos logo.

Ele jogou algumas toalhas enormes no SUV e lá fomos nós. Eu segui suas
voltas e reviravoltas e não conseguia descobrir para onde estávamos indo.
Quando finalmente paramos, eu ainda estava confusa.

— Temos que andar o resto do caminho. — Disse ele.


Cerca de um quarto de milha acima do caminho, a vista se abriu para uma
cachoeira com uma piscina azul abaixo dela.

— Eu nunca estive aqui. — Eu disse com admiração.

— Bom, então estou feliz que sou eu quem está mostrando para você.
Vamos. — Ele trancou seus dedos com os meus e lá fomos nós. Havia pedras
em um lado da piscina onde ele colocou as toalhas. Então anunciou: — O
último a entrar é um ovo podre.

Bo estava nu no que pareceu segundos enquanto eu olhava para ele. Ele


mergulhou de uma das rochas e subiu cuspindo. — Depressa, seu ovo podre.
Você vai ficar aí o dia todo?

O convite foi feito, então eu me despi e segui sua liderança. A água estava
fria, mas não gelada como poderia estar em algumas das piscinas e riachos das
montanhas. Nadei até ele, e ele me puxou. Ele estava sentado em uma pedra
que ficava abaixo da superfície da água. Quando me colocou em seu colo, senti
seu pau duro espetando a bochecha da minha bunda.

Seus dedos me encontraram e começaram a tocar. Bo tinha esse dom de


saber o que eu queria e quando. Logo eu estava ofegando em um clímax. Ele
me virou para encará-lo e eu posicionei minhas pernas para escarranchá-lo. Eu
o guiei para dentro e ele empurrou sua pélvis contra mim. Meu clitóris
excessivamente sensível estava novamente em ação por seu movimento.
Inclinei meus quadris para obter a melhor estimulação enquanto ele puxava e
beliscava meus mamilos. Isso me levou mais perto da borda, mas quando seus
dedos me abriram e sacudiram meu clitóris, eu chamei seu nome. Minha boceta
apertou em torno de seu pau e então foi uma queda livre na terra do orgasmo.

Ele me seguiu e nossos corações batiam como tambores do Congo.

— Acabamos de correr uma maratona? — Eu perguntei.

Sua risada profunda atingiu meu ouvido e me deu arrepios. Sim, isso foi o
suficiente com meu cowboy sexy.

— Você tem os mamilos mais sexys. Olhe para eles.

Eu pessoalmente não os achava sexy. No entanto, eles com certeza


responderam ao seu toque.
— Eu prefiro olhar para os seus mamilos do que para os meus.

Hahaha! — Eu não sei por quê.

— Porque você tem um corpo super sexy. É por isso. E eu adoro quando
seus mamilos ficam duros também.

— Hmm. É mesmo?

Eu o levantei para me virar e dar-lhe muitos beijos. Ele aceitou de bom


grado. Depois de uma sessão intensa de nós nos beijando e eu chupando seus
mamilos, estávamos de novo, transando como coelhos. Desta vez eu o encarei
enquanto pulava em seu colo. Foi pura diversão.

Quando terminamos dessa vez, ele me empurrou na água e nadamos até a


cachoeira. Foi glorioso.

— Você sabe se muitas pessoas vêm aqui?

— Eu não posso dizer, mas com certeza nós viemos. — Ele soltou uma
risada de sua pequena piada.

— Oh, comediante você. — Eu belisquei sua bunda.

— Você está pronto para sair?

Eu verifiquei meus dedos. — Sim. Estou me transformando em uma


passa.

Nadamos para o lado oposto e saímos da água. Estava super frio sair, mas
Bo enrolou a toalha em volta de mim antes de cuidar da sua. Nos secamos e
nos vestimos. No caminho de volta para o carro, conversamos sobre o
casamento.

— Você se importaria com algo pequeno? — Eu perguntei.

— Nem um pouco. Eu gostaria de levá-la para o Texas, no entanto, para


conhecer o resto da minha família.

— Isso seria legal.

— Eles podem querer nos dar uma festa lá depois, se estiver tudo bem.

— Eu adoraria.
A caminho de casa, Bo ligou para o pai para contar as novidades. Ele
estava em êxtase. — Parabéns, filho. — Disse ele. O telefone estava no viva-
voz quando Bo disse a seu pai.

— Mocinha, mal posso esperar para conhecer aquela que finalmente


convenceu meu filho a se casar.

— Estou animada para conhecê-lo também. — Eu respondi.

Então Bo explicou sobre a nossa ida para o Texas.

— Espere, ainda não. Eu quero ir até ai para ver o que você fez com o
lugar, então por que eu, seu irmão e sua irmã não fazemos a viagem? Podemos
conversar sobre seus planos de casamento.

— Parece ótimo, pai. Apenas deixe-nos saber quando você está vindo.

Depois que a ligação terminou, eu disse: — Estou animada para conhecer


seu pai.

— Você vai amá-lo. Ele é o melhor.

Mais tarde naquela tarde, meu telefone tocou e fiquei surpresa ao ver que
era minha mãe.

— Evelyn, eu gostaria de falar com você.

— Estou aqui, mãe.

— Não por telefone, mas pessoalmente.

— Ok, venha. Você sabe onde me encontrar. — Cansei de me curvar à


vontade dela.

— Tudo bem. Estarei aí em breve.

Corri para contar a Bo. — Ela está mesmo vindo aqui.

— Talvez este seja o começo de sua mudança.

Pfft. — Eu não vou segurar minha respiração.


Meus pés devoraram o chão enquanto eu andava até ela chegar. A
ansiedade disparou em minhas veias. Por que eu estava tão nervosa? Se ela
queria mudar, tudo bem. Se não, eu tinha Bo e papai.

Eu me sentei em uma das janelas da frente e espiei para ver a chegada dela.
Quando vi o carro dela entrar, respirei fundo e me acalmei. Então meus pés
instáveis me levaram até a porta.

— Oi, mãe. Entre. — Eu acenei para ela passar, e ela foi direto para a sala.

Bo estava lá e ela perguntou: — Você se importa se tivermos algum tempo


a sós?

Ele me encarou até que eu assenti. Então ele foi embora.

Ela nem se sentou. A primeira coisa que saiu de sua boca foi: — Eu li sua
carta.

— Ok.

— Eu preciso me desculpar. Por anos, tudo que eu queria era que você
tivesse uma vida melhor que a minha.

Isso me confundiu. — O que há de errado com sua vida?

— Evelyn, você nunca conheceu seus avós, mas eles já foram ricos. No
entanto, meu pai fez um investimento terrível e perdemos tudo. Foi muito
difícil para eles, e minha mãe morreu alguns anos depois. Papai conseguiu
sobreviver. Ganhar a vida, mas nunca como antes. Quando me casei com seu
pai, foi com a esperança de que ele pudesse me dar o estilo de vida em que
nasci, mas não era para ser. Foi quando decidi que queria que você tivesse isso
pra si mesma. Foi por isso que eu insisti tanto para você ir para a faculdade e
rezei todos os dias para que você mudasse de ideia. Eu estava errada. Essa era
sua decisão, e a felicidade de todos vem de coisas diferentes. Precisou da sua
carta para abrir essa minha cabeça dura e me fazer ver isso.

Sua confissão foi surpreendente. — Mãe, você ama o papai?

— Claro que eu amo.

— Então faça o melhor disso e siga em frente. Papai é o melhor e deu a


você tudo o que pode. Nem sempre é sobre dinheiro. É sobre amor, carinho e
estar com as pessoas certas. Bo tem dinheiro, mas honestamente, eu não me
importo com isso. O que me importa é que ele é amoroso e atencioso e faria
qualquer coisa por mim como eu faria por ele.

— Como você conseguiu ser tão inteligente?

— Não é ser inteligente. É estar com as pessoas que você ama e que
também o amam. Deixe o papai saber como você se sente.

Ela sorriu e foi a primeira vez que me lembro dela fazendo isso em eras.
Isso a fez parecer anos mais jovem. — Nós conversamos por um longo tempo
depois que você partiu. Garota, ele me deixou ficar com ele. Seu pai me mimou,
Evelyn. Ele me deixou escapar com minha atitude horrível em relação a você.
Foi minha culpa, mas ele deveria ter batido o pé no chão. Suponho que, à sua
maneira, ele tentou. Mas não foi suficientemente severo para esta mulher
teimosa.

— Estou feliz que vocês conversaram. Eu quero que você e papai tenham
a felicidade que eu encontrei.

— Nós temos. Eu também quero que você saiba que o tamanho não
importa.

Um pensamento impertinente me atingiu, e eu respondi: — Isso é o que


ele disse.

Os olhos de mamãe cresceram, então ela gargalhou com alegria. — Isso é


como três polegadas é igual a um pé.

— Mãe! Você realmente fez uma piada.

— Claro que sim, e há mais de onde isso veio. Eu tenho senso de humor,
você sabe.

Sinceramente, eu não sabia até agora. Então surgiu uma ideia. — Por que
você e papai não jantam conosco?

— Tem certeza?

— Tenho. Eu adoraria que vocês viessem.

Seus braços me envolveram e mais uma vez, foi um gesto que eu não
conseguia lembrar. Eu a abracei de volta, independentemente.
— Eu vou sair agora. Quando devemos voltar?

Depois de verificar a hora, eu disse: — Volte às seis.

Quando contei a Bo, ele ficou emocionado. — Evvie, estou tão feliz por
você. Espero que ela realmente tenha mudado.

— Eu acho que ela mudou ou está tentando o seu melhor.

Meus pais voltaram mais tarde naquela noite. Bo e eu havíamos preparado


o jantar com antecedência para que pudéssemos passar um tempo com eles. A
felicidade de papai brilhou, iluminando seu sorriso. Nos abraçamos e eu
agradeci.

— Você não tem que me agradecer. Foi a carta que fez isso.

— Não, pai, você nunca desistiu de mim, então eu preciso te agradecer.

— Você é minha filha. Eu nunca desistiria de você, nem em um milhão


de anos.

Durante o jantar, Bo disse a eles que sua família estava vindo e que todos
nós deveríamos jantar aqui juntos. — Eu adoraria que vocês os conhecessem,
e então podemos começar nossos planos de casamento.

Mamãe estava feliz que ela seria incluída nisso. — Que maravilhoso. Mal
posso esperar para conhecer sua família.

Ao todo, foi um dia fabuloso, e nada jamais iria estourar minha bolha feliz.
Capítulo 31
EVVIE
DOIS MESES DEPOIS

— QUERIDA, VOCÊ ESTÁ ABSOLUTAMENTE DESLUMBRANTE. — Mamãe


enxugou os olhos com um lenço.

Mariah Campbell tinha feito minha maquiagem e cabelo. Ela sabia sobre
Miller e eu. Achei que seria estranho, mas não foi. Eu estava tão apaixonada por
Bo que Miller nunca passou pela minha cabeça. Mariah foi ótima ao colocar
flores no meu penteado.

— Você está linda. — Disse ela.

— Isso é por sua causa. Eu não posso fazer muito com maquiagem e
cabelo... é melhor esquecer.

— E é por isso que você me tem.

Poppy e Jessie entraram na sala então. Poppy começou a chorar.

— Tão ruim? — Eu perguntei.

— Não, tão bom.

Estávamos na minha oficina, onde me preparei para caminhar até o altar


para cumprimentar Bo. O casamento seria lá fora no rancho, no quintal. Jessie
veio em socorro com sua ajuda no planejamento. Ela alinhou o fornecedor, o
confeiteiro, a banda, até mesmo o planejador. Ela era brilhante. Mamãe estava
feliz por não ter que fazer nada disso.

O quintal era uma terra de fantasia, iluminado por luzes de fadas em todos
os lugares. Deve haver um milhão delas. As árvores brilhavam junto com a
tenda que havia sido montada para a recepção depois. Foi um sonho que
ganhou vida.

A planejadora do casamento entrou e perguntou: — Você está pronta?


Olhei para Poppy e Jessie, e elas assentiram. — Mamãe?

— Pronta como sempre.

— Então vamos.

— Espere! — Mariah chamou. — Eu preciso de uma foto para o meu


álbum de noivas.

Ela me acompanhou até a parede e se afastou. Eu tive que virar de um


lado para o outro, mas ela foi rápida sobre isso. — Ok, vá embora.

Mamãe e eu ficamos de mãos dadas até chegarmos a entrada. Tivemos que


dar a volta na lateral e ir na frente para evitar a multidão. Eu usava tênis fofos
que combinavam com meu vestido. Poppy e Jessie foram comprar vestidos
comigo, e eu levei mamãe também. Ela chorou quando experimentei os três
vestidos que amei.

Eu tinha ficado com aquele com as costas ilusórias, o que fazia o vestido
parecer sem costas. Tinha um decote em V profundo, que era costurado com a
renda ilusão, então era bem discreto, mas não parecia. O resto do vestido era
de seda branca e fluía ao meu redor como uma nuvem. Eu seria uma princesa
por um dia.

Quando entramos na casa. Papai nos esperava e um olhar dele o fez chorar
também.

— Caramba, vocês todos têm que parar com isso. Vocês vão me fazer
chorar e eu não quero estragar meu trabalho de maquiagem.

— Desculpe, querida, mas eu nunca imaginei minha filha tão


deslumbrante.

— Obrigada, pai.

Então a organizadora do casamento fez sinal para mamãe ir. A música


tocou e ela saiu para o deck maciço e então desceu os degraus. Depois Jessie,
então Poppy a seguiu.

Finalmente chegou a minha vez e papai colocou minha mão em seu braço
e fizemos a jornada pelo corredor.
Bo estava no final, esperando por mim. Seu irmão e Jack eram seus
padrinhos. Eu queria convidar Ginny para ser dama de honra, mas Bo colocou
o pé no chão. Portanto, Ginny era uma dama de honra honorária. Ela entregou
os programas para os convidados quando eles chegaram.

Bo sorriu quando me viu, e notei como ele enxugou os olhos. Não outro
choro.

Quando papai e eu o alcançamos, ele estendeu a mão e papai me entregou.


Eu beijei a bochecha do papai antes que ele se sentasse.

Então nós dois encaramos o pregador, de mãos dadas. Nossos votos eram
simples, apenas os básicos. Mas prometemos nosso amor um ao outro com
orgulho e alegria. Quando o pregador nos anunciou como marido e mulher, Bo
se inclinou e disse: — Minha pessoa, não apenas minha esposa. Eu te amo, Ev,
com todo o meu ser. — Seus lábios pousaram nos meus, e não foi um mero
beijo. Bo foi com tudo. A multidão aplaudiu e finalmente nos separamos.

— Ufa, estou feliz por termos conseguido passar sem eu cair.

Bo perguntou: — Não é por isso que você usou esses tênis?

— Essa é uma razão, mas eu fico nervosa andando na frente das pessoas.
A outra é para conforto.

Ele pegou meu braço, me aconchegou na dobra do seu, e nós caminhamos


pelo corredor, acenando para todos.

O pai de Bo foi o primeiro a me abraçar. — Bem-vinda à família, Sra.


Christianson.

— Obrigada! Estou tão feliz por fazer parte disso!

A noite em que jantamos a família de Bo e a minha acabou sendo uma


noite maravilhosa. Nossos pais se deram bem e todos nós nos divertimos muito.
Eu amava seu pai e estava feliz por ser sua nora.

Ginny correu e tudo o que ouvi foi seu woo-hoo no meu ouvido. —
Finalmente tenho uma irmã. — Gritou ela. Então nós duas nos abraçamos.

Cumprimentamos todos os convidados na entrada da barraca e Bo me


levou para a pista de dança.
— Você se lembra da primeira vez que dançamos?

— Você quer dizer em Pony Up? — Eu perguntei.

— Isso. Depois que eu vi você ir embora naquela noite, eu disse a mim


mesmo que um dia ia me casar com você, e estou feliz que nosso dia tenha
chegado.

— Você disse?

— Sim. E você é minha noiva perfeita.

— Uma noiva perfeita para um cowboy perfeito. Acho que não há nada
melhor do que isso.

Ele olhou para mim, sorrindo. — Precisamos brindar a isso.

Brindamos a muitas coisas naquela noite, mas eu estava mais agradecida


pelo homem ao meu lado. Ninguém jamais poderia me fazer mais feliz.

FIM
Agradecimentos
Obrigada a todos os amantes de Mason Creek por aí. Esta série foi a coisa
mais divertida de escrever, e não posso agradecer o suficiente a todos os leitores.
Eu digo que nomeamos uma pequena cidade depois disso e todos vão morar
lá!

Obrigada a todos os autores incríveis desta série. A visão que ganhou vida
é muito mais do que eu jamais sonhei e vocês são os únicos que tornaram isso
possível.

Por fim, gostaria de agradecer a todos os leitores que estiveram comigo


todos esses anos. Sua dedicação me surpreende e eu não estaria fazendo isso
sem você.

Deus abençoe todos vocês!

xx

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