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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

NÚCLEO DE SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III


EM ANÁLISES CLÍNICAS

Jadon Jorge Oliveira da Silva

Paulista
Dezembro, 2021
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU

NÚCLEO DE SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III


EM ANÁLISES CLÍNICAS

Jadon Jorge Oliveira da Silva

Relatório final de conclusão de estágio curricular em


Farmácia supervisionado III realizado pelo Discente
Jadon Jorge Oliveira da Silva apresentado como parte
das exigências curriculares do curso de Farmácia.

Paulista
Dezembro, 2021
Conteúdo
INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
2. OBJETIVOS..............................................................................................................5
2.1 OBJETIVO GERAL..............................................................................................5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................................5
3. CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO..............................................................................6
3.1. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA.......................................................................6
3.2. SUPERVISÃO DE ESTÁGIO.................................................................................7
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO...............................................7
4.1 Análise de qualidade das matérias primas (IFA)................................................8
4.1.2 Controle de Qualidade Físico-Químico do AAS Comprimido.........................10
4.1.3 Soro para reidratação..................................................................................13
4.1.4 Base de xarope............................................................................................14
4.1.5 Xarope de dipirona para diabéticos.............................................................15
4.1.6 Água boricada.............................................................................................16
4.1.7 Leite de Magnésio........................................................................................17
4.1.8 Antiácido á base de Bicarbonato e Carbonato..............................................18
4.1.9 Dissolução de formas farmacêuticas sólidas (comprimidos).........................19
4.1.11 Creme base................................................................................................22
4.1.12 Ureia 10%...................................................................................................24
4.1.13 Vaselina salicilada 5 %................................................................................25
4.1.14 Pomada para assadura...............................................................................25
4.1.15 Protetor com filtro solar inorgânico............................................................26
4.1.16 Loção capilar de minoxidil..........................................................................27
4.1.17 Preparação de álcool 70% e álcool gel........................................................28
4.1.18 Gel Base.....................................................................................................29
4.1.19 Gel crioterápico..........................................................................................30
4.1.20 Condicionador............................................................................................30
4.1.21 Sais de banho............................................................................................31
4.1.22 Sabonete cremoso......................................................................................32
4.1.23 Biscoito veterinário....................................................................................34
4.1.24 Gel pós sol..................................................................................................35
4.1.25 Gel para acne.............................................................................................36
4.1.26 Produção de metronidazol em gel..............................................................37
4.1.27 Controle de qualidade de Semissólidos ( Metronidazol à base de gel)........37
4.1.28 Produção de formulação detox e colágeno com avaliação do sistema
flavorizante..........................................................................................................39
4.1.29 Produção de óleo bifásico corporal.............................................................42
4.1.30 Produção de óleo íntimo lambível..............................................................43
4.1.31 Produção de manteiga corporal..................................................................43
4.1.32 Produção de formas farmacêuticas sólidas óvulo e supositório..................44
4.1.33 Produção de cápsulas duras e controle de qualidade físico-químico...........45
5. CONCLUSÃO:........................................................................................................49

Paulista
Dezembro, 2021
INTRODUÇÃO

A atuação do profissional farmacêutico está definitivamente ligada a diversos


ambitos na área da saúde, no qual, sua atuação e prestação de serviço tem grande
importância na complementação da promoção da saúde com participação ativa em
farmácias ou drogarias, farmácia clínica hospitalar, farmácia magistral, homeopática,
análises clínicas e toxicológicas, acupuntura, como também em áreas relacionadas com
estética.

Atentando-se ao tema análises clínicas, notamos cada vez mais a importância da


presença do farmacêutico frente a diversas obrigações relacionadas com a fiscalização e
realização de exames laboratoriais hematológicos, bioquímicos e físicos, como também
pela a prestação de informações corretas e seguras para os pacientes antes e pós
realização dos exames.

Através deste relatório tendo como propósito precípuo demonstrar parte do


aprendizado referente ao estágio realizado no laboratório de análises clínicas da
Universidade Maurício de Nassau, localizado na Av. Sen. Salgado Filho, s/n - Centro,
Paulista - PE, 53401-440, e destacar eminentemente as prerrogativas pertinentes ao
profissional farmacêutico quanto às práticas clínicas e corriqueiras do dia a dia das
clínicas de exames biológicos.

Durante o estágio, tive o privilégio e grande oportunidade de aprendizado com a


preceptor, farmacêutico e biólogo, professor Wendel Kennedy Costa, sobre diversos
temas voltados à teoria e prática para realização dos exames na área da hematologia,
urologia, coprologia, bioquímica e imunologia.
2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O estágio supervisionado III tem como intenção abordar uma perspectiva mais
próxima da realidade em relação ao mercado de trabalho, enfatizando, na prática de
análises clínicas, como também melhorar a percepção das prerrogativas do farmacêutico
em ralação à gerência de pessoas e orientações de pacientes quanto à melhor maneira de
realização dos exames laboratoriais a fim de evitar ou amenizar a ocorrência de erros e
resultados falsos-negativo ou falsos-positivo.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO


Uma das peculiaridades inerentes à prerrogativa do profissional farmacêutico é
promover atenção direta com público consumidor/paciente prestando orientações para
melhor adesão correta para o preparo de exame clínico, garantindo assim, que todas as
práticas laboratorial saiam da melhor maneira esperada, sem pontos de incertezas e
atendendo à exigências de determinada população.
3. CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO
3.1. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

NOME FANTASIA UNINASSAU


RAZÃO SOCIAL Centro Universitário Joaquim Nabuco
DESCRIÇÃO Centro Educacional
CNPJ 04.986.320/0001-13
Avenida Senador Salgado Filho S/N – Paulista Centro
ENDEREÇO NÚMERO: COMPLEMENTO: ESTABELECIMENTO
1499
BAIRRO: PAULISTA, CENTRO
CIDADE: PAULISTA ESTADO: PERNAMBUCO
CEP: 53401-440
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO
Segunda -
Terça 18h00 as 22h00
Quarta -
Quinta -
Sexta -
Sábado 13h00 as 19h00
Domingo Fechado
E-MAIL: wendeocosta@gmail.com

TELEFONE: 9698-1905
RESPONSÁVEL TECNICO: Wendeo Kennedy Costa
CRF - PE: -
AREA FÍSICA (descrição da empresa)
A UNINASSAU da cidade de Paulista localizada na Av. Senador Salgado Filho –
Paulista PE conta com um amplo espaço e boa estrutura física, tendo três blocos, sendo
o bloco A isolado composto por três andares, dois elevadores, além de diversas salas de
aulas e vários laboratórios que são utilizados para aulas práticas pelos alunos e
professores. Os blocos B e C são anexos e também contam com um amplo espaço
físico, ótima estrutura, diversas salas de aula e laboratório para a realização de aulas
práticas e estágio curricular obrigatório.

3.2. SUPERVISÃO DE ESTÁGIO

SUPERVISOR André Ricardo França do Nascimento


COREN 420593
FUNÇÃO Supervisor de Estágio
DESCRIÇÃO Enfermeiro
Rua: Professor Francisco Xavier Paes Barreto
ENDEREÇO NÚMERO: 444 COMPLEMENTO:
BAIRRO: Casa Caiada
CIDADE: Olinda ESTADO: PE
CEP: 53130 - 240
HORÁRIO DE PERMANÊNCIA DO SUPERVISOR

Segunda-feira 08 hs as 18 hs
Terça-feira 08 hs as 18 hs
Quarta-feira 08 hs as 18 hs
Quinta-feira 08 hs as 18 hs
Sexta-feira 08 hs as 18 hs
Sábado
Domingo
E-MAIL: andre.nascimento@uninassau.edu.br
TELEFONE: (81) 9-98155195
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO
Durante o período de estágio acompanhado sobre supervisão da farmacêutico e
preceptor Wndel Kennedy Costa, que apresentou toda organização referente aos
laboratórios, como também análises clínicas de urina, fezes e sangue, demonstrando as
respectivas técnicas e métodos utilizados para cada tipo de requerimento clínico, a fim
de monitorar possíveis alterações da homeostase dos sistemas biológico humano.

4.1 Análises físicas e químicas da urina (Uroanálise)


O exame de urina ou EAS ( elementos anormais do sedimento urinário) é um
dos exames mais indicados para avaliar o sistema excretor urinário e algumas frações
funcionais do sistema sanguíneo, fornecendo assim informações importantes sobre a
homeostase e possíveis patologia inerentes à esses sistemas. Esse tipo de investigação
sobre os sistemas biológicos é bastante acessível à qualquer esfera da sociedade pois
apresenta-se ser de fácil obtenção, não é invasivo, relativamente simples e de baixo
custo financeiro que complementa outros exames mais caros e burocráticos. Diante do
exposto, é necessário ter um aconselhamento preditivo para realização da coleta do
material biológico a fim de evitar resultados falsos-positivos e falsos-egativo, como por
exemplo, os cuidados higiênicos, a despreza do primeiro jato e a coleta do jato médio, e
por fim, a melhor maneira de armazenamento.

Diante disso, a avaliação química da urina por fita reativa mostra-se ser
eminente para sua utilização em relação a outros exames, pois os biomarcadores
especificados na fita somado ao histórico clínico do paciente, apresenta-se possuir
caráter revelador para um futuro diagnóstico correto e um indicativo para
monitoramento da saúde do ser humano.

Os seguintes parâmetros avaliado na pela fita reativa são:

 pH: O pH da urina pode variar entre 4,5 e 8,0. Seu monitoramento é muito
importante na vigência de uma acidose metabólica, já que quando o paciente
apresenta acidemia libera grande quantidade de íons hidrônio na urina. Esse
fator também pode ser indicativo de má conserva do material biológico, já que
bactérias podem alterar o pH da urina depois de determinado tempo.

 Densidade: Embora seja uma característica física, a densidade é também é


avaliada na fita reativa, no qual apresenta valores normais entre 1010-1030. A
contaminação por micro-organismos e o acúmulo de partes sólidas na urina
tendem a aumentar os valores de densidade.

 Hemoglobina: Produto derivado do metabolismo das hemácias, no qual sua


presença na urina pode ser indícios de algum tipo de patologia.

 Proteína: Os valores normais de proteínas na urina vão de negativos à presença


de traços <0,3g/L. Valores acima de 0,3g/L deve ser indícios de algum tipo de
lesão ou inflamação nos glomérulos renais.

 Glicose: Esse parâmetro não deve ser encontrado na urina. Quando positivo,
deve-se atentar aos valores glicêmicos, já que pode indicar alto nível de glicose
na circulação sanguínea ou mesmo presumir riscos de diabetes mellitus. Caso o
resultado seja positivo recomenda-se que repetido o teste e analise de outros
parâmetros biológicos.

 Cetonas: valores normais na urina são negativos. Caso dê positivo, deve-se


analisar todo histórico alimentar do paciente e avaliar junto aos níveis de glicose
na urina e no sangue, e ainda refazer o exame.

 Bilirrubina: Originado do metabolismo das hemácias, a presença normal de


bilirrubina deve ser negativa. Quando positivo em grande concentração, pode
indicar problemas hepáticos ou vesicular, já que esse metabólido deve ser
biotransformado em urobilina, pigmento normal encontrado na urina que dá a
coloração amarelada.

 Urobilinogênio: Resultado do metabolismo das hemácias. Quando positivo,


deve-se considerar normal. Já, quando em valores elevados, deve-se suspeitar de
anemia hemolítica, porfiria aguda e ainda agentes infecciosos.
 Nitrito: Produto originado da conversão do nitrato, realizados por bactérias. Sua
presença pode ser indícios de infecções do trato gastro intestinal alto ou baixo,
principalmente por grã negativa, já que são as maiorias das bactérias
responsáveis por essa converção.
 Esterase leucocitária: É outro parâmetro que quando positivo levanta fortes
probabilidade de uma infecção urinária, já que os leucócitos tendem a crescer na
presença de agentes infecciosos.

Observação: Cada valor padrão/normal de algum composto da fita é caracterizado


conforme o fabricante orienta.

Método químico de fita reativa.

Fitas reativas analisadas conforme diferentes tempos.

Outra característica feita no exame de urina é através de uma avaliação


macroscópica do material biológico, onde podemos analisar e ponderar sobre a cor, o
odor e o aspecto, esse final varia entre claro, turvo ou semi turvo.
Ademais, os elementos constituídos na urina eram confirmados através de
pesquisas microscópicas dos sedimentos para que se possa confirmar de fato o reflexo
do exame químico, e, ainda, elucidar vários tipos de cristais normais e patológicos
possivelmente avistados durante a pesquisa sedimentar urinária.

Resultado do EAS feito em sala de aula:

Avaliação macroscópica:

 Odor : característico;

 Cor: Amarelo claro;e

 Aspecto: Semiturvo.

Avaliação química (fita reativa): Foram analisado a leitura da fita em 4 diferentes tempo
(imediato, 5min., 10 min. e 30min.)

Imediato 5min 10min

Leucócitos- Negativo Leucócitos- Negativo Leucócitos- Negativo

Urobilinogênio- 4 Urobilinogênio- 4 Urobilinogênio- 4

Bilirrubina- Negativo Bilirrubina- Negativo Bilirrubina- Negativo

Hemoglobina- Negativo Hemoglobina- Negativo


Hemoglobina- Negativo
Nitrito- Positivo Nitrito- Negativo
Nitrito- Negativo
pH- 5,5 pH- 6
pH- 5,5
Densidade- 1020 Densidade- 1025
Densidade- 1020
Proteínas- Negativo
Proteínas- Negativo Proteínas- Negativo
Glicose- Negativo
Glicose- Negativo Glicose- Negativo
Corpos cetônicos- Negativo
Corpos cetônicos- Negativo Corpos cetônicos- Negativo

30 min
Leucócitos- Negativo
Urobilinogênio- 4
Bilirrubina- Negativo
Hemoglobina- Negativo
Nitrito- Positivo
pH- 6
Densidade- 1030
Proteínas- Negativo
Glicose- Negativo
Corpos cetônicos- Negativo

Avaliação sedimentar:

Após a Coleta, a urina passa por um processo de decantação induzida por meio da
centrifugação em 1500 a 2000 rpm durante 5 minutos, onde, por meio da gravidade,
esse processo acelera a sedimentação das partículas sólidas contida na urina. Logo em
seguida, despreza-se o sobrenadante, e com auxílio de uma pipeta volumétrica semi-
automática retira-se 20 mcL do sedimento para pôr em uma lâmina de microscópio e em
seguida cobrir com lamínula. Por fim, fazer leitura de artefatos, cristais e células nos
campos de lâmina.

Momento da centrifugação. Momento da pipetagem dos sedimento

As possíveis substâncias encontradas em urinas são elencadas a segui:


Eritrócitos: A contagem de eritrócitos no sedimento da urina é feito de maneira a
confirmar o valor positivo do teste químico da fita reativa. Em geral, considera-se
valores anormais de eritrócitos < 5 unidades por campo ou <10.000 hemácias por mL
para comprovar o diagnóstico de hematúria.

Presença de hemácias na urina


confirmada por microscopia do sedimento.

Leucócitos: Em geral, leucocitúria é considerada anormal pela contagem de <5-10


leucócitos por campo ou < 10.000 /mL.O aumento se dá pela presença de processos
infecciosos em todo trato genito-urinário.

Células epiteliais: três tipos de células são descritos: escamosas, transicionais e tubulares
renais, podendo ser detectadas em pequena quantidade na urina normal. O aumento pode
ser indícios de processos
infecciosos, lesões ou algum
tipo de carcinoma.
Células tubulares presente na urina.

Cilindros: Em geral, os cilindros da urina são formados no nefron distal, constituído de


uma matriz muco proteica ( Proteína de Tamm-Horsfall). Os cilindros ialinos são
considerados normais, mas referem à pessoas que fazem atividade física em grande
proporção, quadros febris, uso de medicações diuréticas e, em alguns casos patológicos
como doenças glomerulares e intersticiais. Os cilindros graxos são associados à
síndrome nerótica. Os cilindros hemáticos e leucocitários são interligados à nefrites,
glomerulonefrites, pielonefrites e outras infecções. Os cilindros céreos são os hialinos
que possuem mais tempo de existência.

Alguns cilindros presentes na urina

Cristais: Os cristais são achados corriqueiramente no exame sedimentar da urina.


Apresentam muitas vezes significado referente à dieta, ingestão hídrica e outros fatores
como pH, medicações ou doenças do trato urinário.

Exemplo de cristais:
Amorofos: Presente na urina ácida ou alcalina (Fosfatos amorfos);

Oxalato de Cálcio: Tem relação com dieta e acidez da urina. Aparentam-se com um
envelope. Estão presente tanto na urina normal quanto em quadros patológicos como
diabetes, hepatopatias, nefropatias, ou mesmo pela grande ingestão alimentar de ácido
ascórbico;

Fosfato de cálcio ou fosfato amorfo: tem formato de estrelas e são encontrados em


urinas alcalinas.

Uratos: São cristais de ácido úricos, geralmente se formam por ação de bactérias em
armazenamento, doenças como a gota, metabolismo desregulado dos ácido nucleicos.
Fosfato de amônio e magnésio: cristais que podem indicar infecções por bactérias
produtoras de uréases como Proteus, Pseudomonas, Klebsiella, Staphylococcus e
Mycoplasma, entre outros.

Alguns cristais como de cistina, tirosina, leucina e de colesterol pode indicar algum tipo
de patologia clínica.

Resultado da análise prática: Foram vistos apenas artefatos na análise sedimentar da


urina.
4.2 Espermograma

Esse exame é fundamentado em parâmetros qualitativos e quantitativos da


análise do fluído seminal, elucidando da melhor maneira se o paciente possui algum tipo
de esterilidade ou outras características inerentes aos gametas masculinos como o tipo
de motilidade : lateral, progressivo lento, progressivo rápido com direção específica e
ativo, com movimentação rápida e sem direção específica. Essas particularidades são
obsevadas com o auxílio da câmara de neubauer e um microscópio. Aspectos
macroscópicos também são avaliados, como volume, odor, cor, pH, viscosidade e
consistência.

Outro parâmetro discutido é a vitalidade dos espermatozoides, em que se define


pela relação entre o número de espermas vivos e mortos, contando-os de 4 a 8 campos
diferentes do microscópio. No fim, somar o total (vivos e mortos) de todos os campos e
fazer a porcentagem de cada fração.

Realização do espermograma:

Pote de coleta

Preparação da pipetagem do esperma na câmara de neubauer


Instruções e preparo:

Abstenção de ejaculação (relação sexual, masturbação e ejaculação noturna) de 2 a 7


dias ou conforme orientação médica.
Se for controle de vasectomia não é necessária a abstenção de ejaculação.
A forma de coleta do material é por masturbação, sem que haja perda do material,
diretamente no frasco estéril.
O cliente deve comparecer dentro do horário estabelecido para realizar a coleta do
material no laboratório.

Resultado:

-Espermatozoides com motilidade ativa;

- Caracteres macroscópicos característicos normais.

4.3 Exame parasitológico de fezes


O EPF é útil pra pesquisa de larvas e ovos de helmintos e cistos, trofozoitos,
oocistos de protozoários. Estes são endoparasitas que fazem do home seu hospedeiro,
causando doenças como anorexia e desnutrição e sintomas como diarreia, vômitos, dor
abdominal, gases, desconforto e obstipação. A identificação desses parasitas é feita
baseado critérios morfológicos e que pode ser afetados por vários fatores como o tipo
de amostra fecal (se apresenta com formato pastosa, líquida, formada ou semiformada).
Alguns ideais são bastante importante como o momento e a forma da coleta, se há uso
conservantes ou se o analito se encontra em conserva adequada, interferindo na pesquisa
e no resultado de pesquisa de parasitas. O Recipiente deve ser limpo e seco, com boca
larga, com vedação hermética para impedir o derrame, permitindo a preservação da
umidade. Deve ter capacidade de aproximadamente 150 ml, para que possa receber uma
amostra significativa. Deve estar livre de anti-sépticos, de agentes germicidas, de gotas
de óleo e de urina, para evitar a destruição das formas vegetativas. As fezes excretadas
no solo não devem ser usadas, pois larvas de vida livre e outros contaminantes
provenientes do solo, podem confundir o diagnóstico. Fezes obtidas de vasos sanitários
também não podem ser aproveitadas, devido ao risco de contaminação. Elas devem ser
colhidas diretamente no frasco e transferidas diretamente para o recipiente.

Sendo assim, mostra-se ser necessário que o corpo profissional esteja capacitado
para realização de tais métodos e familiarizado visualmente com os devidos parasitas.
Há várias modalidades de métodos de coleta, no qual, o que possui melhor
característica para encontrar espécimes parasitárias é de amostras múltiplas, pois, há
helmintos e protozoários que variam em relação à maneira e tempo de se multiplicar, e
aumenta as chances de encontrar algo relacionado à esses parasitas.

Elaboração da prática:

Avaliação macroscópica: É feita para analisar se há presença de sangue, detritos e


vermes adultos, como também determinar o aspecto das fezes, se líquidas, pastosas,
formadas e semiformadas.

Exame direto a fresco

Realizamos a pesquisa por exame direto a fresco, no qual é indicado para pesquisas de
trofozoitos em fezes diarreicas. Esse exame é feito por diluição de pouca quantidade de
fezes, na própria lâmina, com duas gotas de salina 0,9% e mais duas gostas de iodo
lugol para auxiliar na visualização dos parasitas.

Exame parasitológico concentrado:

Sedimentação espontânea Lutz-Hoffaman, Pons e Janer.

O primeiro método concentrado realizado foi o de sedimentação espontânea Lutz-


Hoffaman, Pons e Janer para detecção de ovos pesados de helmintos.

Procedimentos:

1. Pesar 2-5g fezes.

2. Filtrar para cálice de sedimentação, usando gaze dobrada 4 vezes e acrescentar mais
água até que o nível líquido fique a aproximadamente 2 cm da borda do cálice.

3. Deixar sedimentar, no mínimo, por 2 horas. Executar a leitura do sedimento entre


lâmina e lamínula.
O segundo método utilizado foi o de Fornol-eter ou método de Ritichie:

O método de Fornol-eter ou método de Ritichie tem a função de fixar e concentrar as


estruturas parasitárias e separá-las dos detritos e gorduras fecais.

Procedimentos:

1. Pesou-se 2g de fezes e diluiu-se em 20ml de água até dissolver.

2. Transferiu-se para dois tubos de ensaio filtrando com gazes e completou-seo volume
para 20ml de cada tubo.

2. Centrifugou-se em 2500rpm durante 1 minuto ou até decantar.

3. Depois adicionou-se 2ml de solução formalina 10%, agitou-se e deixou em repouse


por 3 minutos.

4. Adicionou-se mais 2ml de acetato de etila e agitou-se por alguns minutos.

5. Centrifugou-se por mais 1minutos em 2500 rpm.

6. Pipetar 20mcl da parte sedimentada para lâmina, corar com duas gotas de iodo lugol e
fazer a pesquisa microscópica.

Preparação da lâmina

Preparação da solução formol 10%:

Formalina 10% : CV=CV

100%. X= 10%.5ml

X= 0,5ml para 4,5ml de água.


Resultado: Não foram vistos cistos de protozoários e nem ovos e larvas de helmintos.

O terceiro método: flutuação, denominado de método de Willis.

O método de Willis consiste basicamente em pesquisar ovos pouco densos em uma


solução muito densa, normalmente usa-se cloreto de sódio saturado a 0,9%.

Procedimento:

1. Pesou-se cerca de 10g de fezes e transferiu-se para frasco borrel.

2. Adicionou-se alguns ml de solução salina 0,9% e homogeneizou até dissolver todo


material fecal.

3. Após a sedimentação, completou-se o volume do frasco até a borda, esperou-se


alguns minutos e colocou-se uma lâmina na borda do frasco para fixar os ovos leves.

4. Misturou-se com duas gotas de iodo lugol, pôs-se a lamínula e foi levado ao
microscópio para análise e pesquisa.

Resultado: Não foram encontrados ovos na amostra fecal.

Preparação do método de Willis


O quarto método: Rugai

Esse método é feito para pesquisa de larvas de strongyloides stercolares e


ancilostomídeo em fezes semi e formadas, pois fezes diarreicas e coletadas com
conservantes não são recomendadas para a utilização deste método.

Procedimento:

1. Retirar a tampa do frasco de fezes.

2. Envolver toda a borda do frasco com gazes cirúgicas.

3. Encher o cálice de água a 45ºC.

4. Pôr o frasco de fezes com gazes voltado para baixo dentro do cálice.

5. Completar o volume com água(45ºC) de maneira que preencha todo o frasco de fezes.

6. Deixar em repouso durante uma hora.

7. Analisar visualmente se houve migração de larvas para o fundo do cálice e coletar o


sedimento com uma pipeta, corar com iodo lugol e observar no microscópio.

Resultado: Não foram vistos nenhuma espécie de larvas migrando para a região menos
concentrada.

Finalização do método de Rugai


4.4 Hematologia
É a área da medicina que estuda e trata doenças relacionadas com o sistema sanguíneo,
linfático e hematopoiético. É por meio da hematologia que se pode acompanhar e
diagnosticar algum dado relativo às células do sangue ou outros fatores inerentes à
homeostase do compartimento sanguíneo como por exemplo, hemostasia, púrpura,
trombofilia e trombopenia, anemias, neoplasias como linfoma e leucemia, entre outros
compostos.

No estágio, obtivemos o conhecimento teórico e prático a respeito de


hematologia, biosegurança laboratorial, procedimentos de coleta, esfregaço e coloração
de lâminas.

Realização da coleta sanguínea


Tubos, cores e suas respectivas utilidades na área clínica.

Procedimentos da coleta:

Cada aluno coletou e doou o braço para coleta, onde o ponto de retirada foi
especificamente das veias cefálicas, cubital e basílicas localizadas na fossa cubital, entre
o braço e o antebraço.

Depois da coleta, fizemos o esfregaço do sangue na lâmina utilizando fixador e


corantes como eosina e azul de metileno, para que, posteriormente, fazer contagem de
células brancas e o estudo das morfologias dos eritrócitos.

 Contagem e morfologia dos eritrócitos de eritrócitos:

A contagem de eritrócitos é feita para confirmar o teste automatizado, e, além da


estipulação do número de células vermelhas por campo é possível também fazer uma
avaliação do formato das hemácias.
Procedimento:

Preparamos a Solução formol-eter da seguinte maneira:

-Diluímos o formol para que no final pudesse ter uma concentração de 40% em 5ml do
total de solução;

-Pesamos 3,2g de citrato de sódio em um bécker e diluímos em 40mL de água destilada;

-Depois pipetamos 1mL do Formol 40% na água com citrato de sódio diluído;e

-No final, completamos o volume para 100mL com água destilada.

Fizemos a coleta de sangue:

-Através de punção a vácuo retiramos dois tubos de sangue do braço do colaborador


para posterior contagem de eritrócitos;

Diluição do sangue com a solução formol-citrato;

- Usando um tubo de ensaio, pipetamos cerca de 1mL da Solução diluente, depois


adicionamos 20mcL do sangue recém coletado e por fim adicionamos mais 3mL do
diluente com cuidado para evitar hemólise.

Pipetagem na lâmina de neubauer:

-Retiramos cerca de 20mcL do sangue diluído e pipetamos na placa de neubauer;

-Levamos para o microscópio, focamos nas objetivas 4 e 10, e posteriormente


realizamos a contagem das hemácias de acordo com os campos da placa de neubauer.

-Por fim, obtivermos 437 hemácias distribuídas pelos 5 campos da lâmina, cada campo
contendo 16 quadrantes em que eram contados da esquerda pra direita e de cima para
baixo.
Preparação da diluição do sangue com solução formol citrato e pipetagem na lâmina de
neubauer.

Visualização das hemácias em determinados campos da lâmina de neubauer.

Resultado:

7 4 9 8
8 6 7 9
6 4 8 2
5 5 4 3
1º Campo da lâmina de neubauer
4 5 4 4 Lâmina de Neubauer
3 8 4 2
4 6 5 6
6 5 5 5
2º Campo da lâmina de neubauer

6 7 5 4
6 6 6 4
5 9 2 13
7 3 6 2
3º Campo da lâmina de neubauer

3 12 7 3
6 11 2 1
6 6 9 7
3 5 2 8
4º Campo da lâmina de neubauer

3 5 5 5
6 8 6 7
8 4 9 3
1 4 4 6
5º Campo da lâmina de neubauer

Total: 437 hemácias. X 10.000 = 437.000.

Microhematócrito:

Esse exame serva para ver a relação entre a parte sólida (células) e a parte líquida dos
sangue (plasma), mostrando se há eritrocitose ou eritropenia, ou seja, aumento e
diminuição respectivamente das células vermelhas.
Microcentrífuga.

Comparação da % das células em relação ao plasma

Resultado: Hematócrito entre 40-45%


Contagem de leucócitos e plaquetas:
Procedimentos de preparação do panótco:

- por estiraço sanguíneo utilizando lamina de microscópio;

- mergulhar 5x no fixador triarilmetano a 0,1%, depois 5x na solução de xantenos a


0,1%, e por último, mais 5x na solução de tiazinas a 0,1%.

-esperar secar.

Após a secagem, focar no microscópio utilizando as lentes objetivas de 4X, 40X e 100X
com o auxílio do óleo de imersão para facilitar a contagem de leucócitos.

Os respectivos leucócitos achados foram os segmentados (neutrófilo segmentado e


bastonete, basófilo e eosinófilo) e os não segmentados ou anucleados (monócitos e
linfócitos), esses eram contados com o auxílio de um contador de células.

Resultado da contagem em %:

Basófilos 4%

Eosinófilos 12%

Neutrófilo Bastão 3%

Neutrófilo Segmentado 22%

Linfócito 54 Leucócitos visto no microscópio

Monócito 5% Fotos para comparação das cálulas


Contador de leucócitos e micorscópio

Contagem de Plaquetas e eritrócitos por panótico:

A partir do panótico preparado realizamos a contagem de eritrócitos e plaquetas:

A contagem era feita por campo, logo, obtivemos 203 eritrócitos em um campo e
por estimativa, 2030 unidades em 10 campos.

Já as plaquetas, em 10 campos encontramos a quantidade equivalente a 170.

Comparando com a estimativa no contador eletrônico para plaquetas,


relacionamos por uma constante de 5 milhões de eritócitos, achando um valor de
418.719 plaquetas.

Tempo de tromboplatina parcial ativada:

Esse exame é solicitado principalmente antes de cirurgias para que seja avaliado o
risco do paciente sofrer hemorragias durante o procedimento cirúgico.

Procedimentos:

1. Obtenção do sangue por punção venosa em tubo de citrato de sódio (tampa azul),
tomando os devidos cuidados para não praticar hemólise;
2. Centrifugar em 3000rpm ou 1500 por 15 minutos;

3. Após a centrifugação, coletar 100mcL do plasma, esperar cerca de 3 a 5 minutos e


adicionar 100mcL de cefalina, homogeneizar suavemente e incubar por 5 minutos ;

4. Por último, adicionar 100mcL de cloreto de cálcio e misturar suavemente, manter no


banho Maria por 20segundos e depois observar se houve a formação de coágulo.

Teste de tipagem sanguínea:

A Tipagem Sanguínea é o processo de coleta e análise do sangue do paciente


para identificar a qual grupo sanguíneo ele pertence. Além de facilitar na hora do
atendimento, também é importantíssimo saber o tipo sanguíneo para doações de sangue,
transfusões, gestação e outros atendimentos médicos. O procedimento de descoberta é
rápido e indolor.

Com a amostra de sangue do paciente, o laboratório faz testes de


compatibilidade em lâminas de sangue com reagentes. Assim, podemos descobrir se o
paciente é tipo A, AB, B ou O. Anticorpos anti-A e anti-B são utilizados e determinam a
presença ou ausência de antígenos A e B em nosso sangue.

Tabela explicativa para transfusão sanguínea:


Procedimento:

1. Com uso de uma lanceta perfurar a ponta do dedo e pingar 2 gotas do sangue em uma
lâmina;

2. Em cada lâmina, identificar com o uso dos respectivos reagente- Anti- A, Anti-B,
Anti-AB, e gotejar sobre cada gota de sangue com identificação inerente;

3. Misturar o sangue com os reagentes com o auxílio de uma pontera;

4. Observar se houve a presença de aglutinação nas respectivas lâminas.

Realização da tipagem
4.5 Bioquímica clínica
Conhecida como química fisiológica, é uma ciência que tem como principal função
investigar compostos metbólicos orgânicos e inorgânicos provenientes dos fluidos
corporais humanos, e acompanhar, diagnosticar possíveis revés da saúde de um
individuo.

Essa prática também determina valores ótimos de concentração de certas substâncias,


podendo assim discernir sobre o melhor prognóstico como tratamento e mudanças de
hábitos para o paciente em casos de resultados fora da curva média padrão. Múltiplos
exames estão inseridos no campo da bioquímica clínica, tais como, avaliação de
proteínas, aminoácidos, enzimas, lipídeos, minerais, eletrólitos, aspectos bioquímicos da
hematologia, como o ferro sérico, hormônios, marcadores tumorais, líquidos orgânicos,
substâncias do sistema hepatobiliar, dentre outros analitos, que podem ser analisados
quantitativamente e/ou qualitativamente.

No momento atual, as investigações bioquímicas estão presentes em todos os


ramos da medicina e fortemente inseridos nas relações médico-paciente. Isso se deve
principalmente, as informações sobre exames e doenças que são extensamente
atualizadas, incluindo novas tecnologias como anticorpos monoclonais, reação em
cadeia da polimerase, citometria de fluxo, dentre outras técnicas modernas que
melhoram a precisão e a capacidade diagnóstica.

Procedimentos da aula prática:

Bioquímica: Ureia plasmática (plasma ou soro);

Procedimentos:

1.Preparar 5mL da solução tampão: 1mL do reagente tampão e 4mL de água destilada;

2. Preparar 5mL da solução oxidante de uso: 0,25mL do reagente Oxidante e 4,75mL de


água;

3. Preparar 5mL da uréase tamponada: 0,25mL da uréase e 4,75mL do tampão;

4. Realizar o procedimento de coleta sanguínea utilizando o tubo bioquímico da tampa


vermelha ou amarela para obtenção do soro. ( pode-se utilizar plasma para realização do
teste);

5. Centrifugar o sangue coletado por 5minutos em 1500 rpm;


6. Utilizar cerca de 0,01 mL do soro pra realização do teste de ureia listado a seguir;

Preparação para pipetagem em tubos de ensaio:

Tubo de ensaio Branco Teste Padrão

Amostra - 0,01mL soro -

Padrão - 0,01mL

Urease 1mL 1mL 1mL

1.Incubar a 37°C por 5min;

2.logo após pipetar em cada tubo de ensaio 1mL do reagente oxidante preparado;

3. Incubar a 37°C por mais 5minutos e ler a absorbância no espectrofotômetro;


Momento da incubação
Dosagem de creatinina plasmática:

Procedimentos:

1. Realizar o procedimento de coleta sanguínea utilizando o tubo bioquímico da tampa


roxa com EDTA para obtenção do plasma. (pode-se utilizar plasma para realização do
teste);

2. Centrifugar o sangue coletado por 5minutos em 1500 rpm;

3. Utilizar cerca de 0,01 mL do plasma pra realização do teste de ureia listado a seguir;

4.Pipetar na seguinte ordem os reagentes e plasma nos tubos de ensaio;

Tubo de ensaio Branco Padrão Amostra

Reagente n° 1 2mL 2mL 2mL

Água destilada 0,25mL - -

Amostra - - 0,25mL

Reagente n° 4 - 0,25mL -

Reagente n° 2 0,5mL 0,5mL 0,5mL


5.Homogeneizar os tubos e incubar no banho-Maria por 37°C durante 10minutos;

6. Ler os respectivos tubos no espectro em comprimento de onda de 500-540 nm;

7. Usar o branco para zerar a leitura;

Resultado em absorbância: A1= 0,121

Padrão: 0,262

8.Adicionar 0,1 mL do reagente n°3 no branco e na amostra e ler após 5min no mesmo
comprimento de onda.

A2= 0,063

Proceder de acordo com o seguinte cálculo:

Creatinina: (A1- A2/Padrão) x3

0,121 - 0,262/0,262 x3 = 0,66, Dentro das especificações de valores normais de


creatinina plasmática.

Dosagem para avaliações das enzimas Hepáticas TGO e TGP

As aminotransferases são marcadores enzimáticos muito úteis para avaliação e


acompanhamento de moléstias hepato-biliares como as hepatites virais (A,B e C) ou
não, cirroses, ceruloplasmina e colestases. Para tanto, a realiazação de avaliação
fidedigna a essas substâncias são feitas por intermédio de exames com reações
bioqúimicas.

Procedimentos:

1.Coleta sanguínea com tubo de heparina para análise bioquímica de marcadores


hepáticos e centrifugação para obtenção do plasma;

2. Preparação do reagente de uso NaOH:

3,2 mL do reagente + 6,8 mL de água destilada;

TGO/AST:
3. Em um tubo de ensaio adicionar 0,25mL de TGO substrato. Incubar a 37° por 2
minutos;

4.No mesmo tubo adicionar 0,05mL da amostra a ser analisada e incubar por 60minutos
a 37°C.

5. Adicionar 0,25mL do reagente de cor e esperar por 20 minutos em temperatura


ambiente;

6. Depois, adicionar 2,5 mL de NaOH de uso. Misturar e aguardar 5 minutos;

7. Ver a absorbância em 505nm com filtro verde e zerar com água destilada;

Resultado: Ab = 0,078;

Reproduzir de em gráfico em regressão linear de acordo com a absorbância e


concentração dos reagentes padrão e ver a concentração do TGO/AST;

TGP/ALT:

8. Em um tubo de ensaio adicionar 0,25mL de TGP substrato. Incubar a 37° por 2


minutos;

9. No mesmo tubo adicionar 0,05mL da amostra a ser analisada e incubar por 30


minutos a 37°C.

10. Adicionar 0,25mL do reagente de cor e esperar por 20 minutos em temperatura


ambiente;

11. Depois, adicionar 2,5 mL de NaOH de uso. Misturar e aguardar 5 minutos;

12. Ver a absorbância em 505nm com filtro verde e zerar com água destilada;

Resultado: Ab = 0,100;

Reproduzir de em gráfico em regressão linear de acordo com a absorbância e


concentração dos reagentes padrão e ver a concentração do TGP/ALT;

Dosagem de Albumina:
A albumina é uma proteína do plasma do sangue (seroalbumina), produzida
naturalmente pelo fígado, mas que também pode ser encontrada no leite (lactoalbumina)
e no ovo (ovoalbumina). Ela é responsável principalmente por manter constante os
níveis de líquido nos vasos sanguíneos, manter a viscosidade, pH e transporte de
proteínas e sais minerais no organismo.

Sua dosagem em exames bioquímicos permite uma avaliação ou


acompanhamento de doenças hepáticas ou de algum processo infecção/inflamatório
corporal, já que essa proteína é um ótimo marcador para inflamações agudas.

Procedimentos:

1. Coletar o sangue para obtenção do soro após centrifugação por 15 min a 1500rpm.

2.Proceder conforme a tabela:

Branco Teste Padrão

Reagente de cor 1mL 1mL 1mL

Amostra - 0,01mL -

Padrão - - 0,01mL

3. Por 1mL de reagente de cor nº 1 em cada um dos três tubos;

4. 0,01mL da amostra do soro apenas no tubo teste;

5. E, 0,01 mL do reagente padrão em seu referido tubo.

6. Depois de 2 a 10 minutos,determinamos a absorbância do teste e do padrão em 630


nm e zeramos com o tubo branco.

7. Resultado se dá pelo cálculo: Albumina(g/dL)= Absorb. do teste/ Abosr. Padrão X


3,8

8. Resultado: P = 0,343 e Amostra = 0,308

0,308/0,343 x3,8 = 3,4g/dL


Dosagem de proteínas totais:

As proteínas são polímeros de aminoácidos agrupados de varias formas


diferentes e que se apresentam como estruturas muito importantes para o bom
funcionamento do organismo, tomando uma variedade de formas como albumina,
anticorpos e enzimas, desempenhando funções como o combate a doenças, regulação
das funções do corpo, construção do músculo, e transporte de substâncias pelo corpo.

O acompanhamento das proteínas totais no sangue reflete o estado nutricional da


pessoa, e pode ser usada no diagnóstico de doenças renais, hepáticas e de outros
distúrbios. Se os níveis de proteínas totais estiverem alterados, devem-se fazer outros
testes para identificar qual a proteína específica que está alterada, para que possa ser
feito o diagnóstico correto.

Procedimentos:

1. Coletar o sangue para obtenção do soro após centrifugação por 15 min a 1500rpm.

2.Proceder conforme a tabela:

Branco Padrão Amostra

Amostra - - 50mcL

Padrão - 50mcL -

Biureto 2,5mL 2,5mL 2,5mL

3. Pipetar 2,5mL de biureto nos três tubos;

4. Pipetar 50mcL do padrão no tubo P;

5. Pipetar 50mcL da amostra no tubo A;

6. Homogeneizar e deixar em repouso por 10 minutos e ler a absorbância da amostra e


do padrão em 545 nm usando o zero como branco.
7. proceder o seguinte cálculo a partir dos resultados: Pt= Absorb. Amostra/ Absorb.
padrão X 4

Resultado:

P= 0,180 e A= 0,333

0,333/0,180 x 4 = 7,4g/dL

Reagentes utilizados para dosagem de Proteínas.

Dosagem de colesterol total

O exame de colesterol total se dá pela investigação das frações que compõem


esses tipos de moléculas, como por exemplo triglicerídeo, LDL, HDL e VLDL. Esse
tipo de exame também é chamado de perfil lipídico e quantifica a fração das
lipoproteínas presente no sangue. Esse tipo e exame tem a principal finalidade de
identificar e acompanhar os riscos relacionados a doenças cardiovasculares, no qual o
diagnóstico precoce pode evitar possíveis infartos e acidentes vasculares.

Valores de colesterol total acima do padrão é bem perigoso pois não apresenta
sintomas característicos, por isso, é imprescindível a realização do exame pelo menos
uma vez ao ano para pessoas com níveis normais e seriadamente, recomendado pelo
médico, para pessoas com predisposição ou que já apresentem doenças cardiovascular.
Na aula realizamos o exame de colesterol total conforme os seguintes procedimentos:

Procedimentos:

1.Coleta sanguínea com tubo sem anticoagulante da tampa vermelha para análise
bioquímica;

2. Centrifugar e utilizar o soro como amostra para as próximas etapas:

3. Separa 3 tubos de ensaio para as seguintes frações: Amostra (A), Padrão (P) e
Branco (B);

4. Adicionar 1mL do reagente em todos os tubos;

5. Adicionar 0,01mL do soro no tubo A e 0,01mL do padrão no tubo P;

6. Homogeneizar e incubar por 10 minutos a 20-25ºC ou por 5 minutos a 37ºC.

7.Medir a absorbância dos tubos A e P, mas antes zerando com o tubo B.

8. Realizar o seguinte cálculo:

Concentração= 200X Abs. Amostra/Abs. Padrão (mg/dL);

Referência para adultos < 190mg/dL

Resultado: A= 0,075 P= 0,094. 0,075/0,094 x 200 = 159,5mg/dL

Kit e preparo do teste de colesterol total


Glicose plasmática

Esse tipo de exame serve para avaliar a concentração de glicose presente no


sangue depois de um jejum de 6-8h, elucidando possíveis alterações do processo de
liberação de insulina ou resistência a mesma, podendo levar o paciente a possível
desenvolvimento de diabetes melitus tipo I ou tipo II. Essa doença é considerada crônica
e pode ser controlada com usos de medicações, reeducação alimentar e práticas de
atividade físicas.

Diante disso, é ideal o acompanhamento dos níveis glicêmicos de cada


indivíduo, onde o diagnóstico precoce pode evitar possíveis agravamento pela
quantidade de açúcar no sangue.

Na aula realizamos o exame de glicose conforme os seguintes procedimentos:

1.Coleta sanguínea com tubo com anticoagulante.

2. Centrifugar e utilizar o soro como amostra para as próximas etapas:

3. Separa 3 tubos de ensaio para as seguintes frações: Amostra (A), Padrão (P) e
Branco (B);

4. Adicionar 1mL do reagente em todos os tubos;

5. Adicionar 0,01mL do Padrão no tubo P e 0,01mL da amostra no tubo A;

6. Homogeneizar e incubar no banho-maria a 37º C durante 10 minutos.

7. Determinar a absorbância do teste e do padrão em 505nm e usar o branco para zerar;

8. Realizar o seguinte cálculo:

Concentração= 100X Abs. Amostra/Abs. Padrão (mg/dL);

Resultado: A= 0,235

P= 0,184

0,235/0,184x 200 = 127,mg/dL

Referência para glicemia em jejum: 99mg/dL


4.6 Microbiologia

Na natureza, os microrganismos encontram-se formando populações mistas. Por


outro lado, o desenvolvimento da microbiologia, assim como todos os procedimentos
laboratoriais para o diagnóstico, depende da obtenção de biomassa microbiana na forma
de populações puras, que quando desenvolvidas/crescidas em meios de cultura
denominam-se culturas puras ou axênicas. A obtenção de uma cultura pura a partir de
uma cultura mista denomina-se isolamento, conseguido através da semeadura dos
microrganismos na superfície de meios de cultura sólidos em placas de Petri, o que
permitirá a formação de colônias.

Para realizações de isolamento e crescimento é necessário utilizar meios com nutrientes


específicos ou não, somado a fatores ambientais para favorecimento do que se destina.
Diante disse temos meios com diferentes consistências:

 Sob a forma líquida (denominados de meios líquidos ou caldos): utilizados para


crescimento em massa (não promovem a formação de colônias, mas sim,
crescimento por dispersão);
 Sob a forma sólida (denominados de meios sólidos ou solidificados, obtidos
pela adição de ágar ao meio): propiciam a formação de colônias sobre ou dentro
do substrato sólido. Ideal para realização de isolamento de colônias (1,5 % a 2%
de ágar) ;
 Sob a forma semissólida (denominados de meios semissólidos, obtidos pela
adição de pequena quantidade de ágar ao meio ): para verificação de motilidade
(0,5% a 0,75% de ágar).

Quanto a função, os meios de cultura podem ser divididos em:

 Meios de transporte – meios utilizados para garantir a viabilidade dos


microrganismos que não podem ser semeados logo após a coleta e que poderiam
morrer. Ex.: RingerPras (próprio para transporte de bactérias anaeróbias);

 Meios de triagem – meios utilizados para identificação presuntiva ou separação


de bactérias em grandes grupos ou níveis taxonômicos mais amplos. Ex.
separação de bactérias de uma mesma família - Ágar tríplice açúcar ferro (TSI)
quando utilizado para triagem de bactérias da família Enterobacteriaceae;

 Meios enriquecidos – Aumentam a possibilidade de crescimento da espécie


desejada, quando a mesma se encontra em pequeno número, ou demanda
nutrientes/fatores de crescimento particulares. Adicionam-se ao meio
substâncias de enriquecimento, tais como sangue, soro, ovo, extrato de levedura,
extrato de carne, vitaminas, etc. Ex: Ágar sangue;

 Meios complexos – possuem os componentes essenciais ao crescimento da


maioria dos organismos quimioheterotróficos. A composição química exata não
é inteiramente conhecida. Exemplo: Caldo nutriente;

 Meios seletivos – inibem o desenvolvimento de determinados microrganismos,


devido à adição de substâncias inibidoras (antibióticos, sais biliares, substâncias
químicas, corantes, etc), favorecendo o crescimento dos microrganismos de
interesse. Ex. Meio Bacteroides Bile Esculina (BBE);

 Meios indicadores (ou diferenciais) – meios que revelam uma propriedade


bioquímica particular, permitindo uma identificação presuntiva. Ex.: caldo
lactose c/ vermelho neutro (indicador de fermentação da lactose);

 Meios seletivos indicadores (ou seletivo-diferenciais) – são utilizados para o


isolamento e identificação presuntiva de microrganismos. Exemplo: Ágar
MacConkey (seletivo por conter cristal violeta e sais biliares que inibem o
crescimento de bactérias Gram positivo e Gram negativo exigentes, e indicador
da fermentação da lactose evidenciada pelo vermelho neutro);

 Meios redutores – meios que servem para crescimento de bactérias anaeróbias


obrigatórias, pois possuem substâncias capazes de se combinar com o oxigênio
dissolvido, eliminando-o do meio de cultura. Ex. BHI c/L-cistina.

Procedimentos relacionados à aula prática de preparação de meios de


cultura:

1. Meio Brain Herat infusion broth: O Brain Heart Infusion (BHI – Infusão de
cérebro coração) é um meio líquido de utilização geral utilizado para cultura de
microrganismos exigentes e não exigentes, incluindo bactérias anaeróbias e aeróbias, a
partir de inúmeros materiais clínicos e não clínicos;

Pesou-se 0,555g para 15mL de água destilada. Em seguida homogeneizou-se com


bastão e colocou-se 5mL em três tubos de ensaio. Depois, fechamos o tubo com algodão
hidrofóbico e levamos à autoclave para esterilização usando temperatura de 100°C por
30minutos.
2.Meio triple sugar Iron Agar (TSI): Ágar Triplo Açúcar de Ferro (TSI Agar)
é usado para a diferenciação de bacilos entéricos gram-negativos baseados na
fermentação dos carboidratos e produção de sulfeto de hidrogênio;

Preparo: Pesou-se 0,950g para 15mL de água destilada. Em seguida homogeneizou-se


com bastão e colocou-se 5mL em três tubos de ensaio. Depois, fechamos o tubo com
algodão hidrofóbico e levamos à autoclave para esterilização usando temperatura de
100°C por 30minutos

3. Meio eosina methylene blue (BEM): O EMB é um meio para diferenciação


ligeiramente seletivo utilizado para o isolamento e diferenciação de bacilos entéricos
gram-negativos (enterobactérias e outros bastonetes gram-negativos) provenientes de
amostras clínicas;

Preparo: Pesou-se 0,560g para 15mL de água destilada. Em seguida homogeneizou-se


com bastão e colocou-se 5mL em três tubos de ensaio. Depois, fechamos o tubo com
algodão hidrofóbico e levamos à autoclave para esterilização usando temperatura de
100°C por 30minutos;

4.Meio simmons Citrate Agar (SCA): Citrato de Simmons Ágar permite avaliar a
utilização do citrato pela bactéria em análise através de seu crescimento ou através da
alcalinização do meio (mudança da coloração esverdeada original para azulada);

Preparo: Pesou-se 0,350g para 15mL de água destilada. Em seguida homogeneizou-se


com bastão e colocou-se 5mL em três tubos de ensaio. Depois, fechamos o tubo com
algodão hidrofóbico e levamos à autoclave para esterilização usando temperatura de
100°C por 30minutos.

Reagente de meios de cultura usado para preparação.


Autoclave

Técnicas de semeio e preparo de meio de cultura BHI e Maccconkey

As técnicas de semeadura mudam de acordo com o tipo do meio de cultura e


microrganismo que será cultivado. Assim, para garantir que somente o organismo de
interesse seja semeado, é necessário que ambiente de crescimento esteja totalmente
estéril.

Entre as técnicas de semeadura em microbiologia mais utilizadas, podemos citar


a de esgotamento. Nela, a suspensão contendo bactérias é espalhada de forma aleatória
em toda a placa, até que todo o material seja utilizado. Assim, é possível ter a certeza de
que haverá realmente um crescimento bem distribuído, o que garante uma boa
visualização no momento da análise.
Preparo dos meios de cultura BHI e Macconkey:

1.Pesou-se 5,2g do meio BHI e diluiu-se em 100mL de água destilada.

2. Pesou-se 5,0g do meio Macconkey e diluiu-se em 100mL de água destilada.

3.Pôr na autoclave por 15 minutos em ½ Atm.

4. Distribuir na placa de petri e esperar solidificar;

5. Semear as amostras na placa;

6. Incubar a 37°C por 24h.

Momento da pesagem dos meios BHI e macconkey

Diluído em 100mL de água destilada


Autoclavar em 120°C

Momento do semeio por esgotamento e preparação para incubar a 37°C

Coloração de Gram

O método de coloração de Gram é considerado um dos mais importantes dentro


dos laboratórios de análises clínicas e microbiologia. Em laboratórios de análises
clínicas, por exemplo, a técnica é essencial para obtenção de resultados. As bactérias
são caracterizadas como gram-positivas ou gram-negativas em semeios de fluídos
orgânicos, permitindo que o profissional do laboratório possa monitorar as infecções.

A técnica consiste basicamente em diferenciar bactérias de gram negativas das


gram positivas de acordo com a composição da parede celular, onde, esse segregamento
é útil na prática clínica, já que essas cepas são grandes causadoras de infecção em
humanos e animais.
Etapas para realização da técnica:

Visualização microscópica das colônias


Diferença na composição da parede celular

Técnicas para diagnóstico e identificação de bactérias Gram Positivas

Os principais grupos de bactérias gram positivas são as enterobacterias,


Staphylococcus, e Estreptococos. Essas classes merecem atenção especial quando se
trata de infecções causadas em humanos e animais, mesmo sendo parte da microbiota
normal desses seres vivos. Diante disso, técnicas laboratoriais são utilizadas para o
diagnóstico e identificação desses grupos de microorganismos.

Após o teste de coloração de gram a próxima etapa a ser elaborada foi os testes de
confirmação:

Foram observados o crescimento em respectivos meios:

1.Meio BHI e Muller hinton- Crescimento positivo;

2. Meio macconkey- Crescimento negativo;

3. Meio Agar sangue- presença de Beta hemólise.

A partir desses resultados conclui-se que a cepa bacteriana é de fato uma gram positiva,
restando agora realizar as seguintes etapas para diferenciação das mesmas.

Provas para confirmação de Staphylococcus:

- Prova da catalase;

- Prova de coagulase;

- Sensibilidade a novobiocina; e

- Teste em Ágar manitol.


Testes reproduzidos em aula:

Prova da catalase:

Fez-se uma coleta a partir de uma placa de petri contendo colônia usando um alça
bacteriológica e esfregou-se numa lâmina. Em seguida, pingou-se uma gota de peróxido
de hidrogênio em cima da lâmina. Logo em seguida foi observado a presença de
formação de bolhas, isso se explica pela possibilidade da cepa Staphylococcus A. de
degradar H2O2 em água e oxigênio.

Resultado da prova catalase

Prova de coagulase:

Verificar se o microrganismo possui a coagulase (ou fator aglutinante) livre e ligada,


que, reagindo com um fator plasmático, forma um complexo que atua no fibrinogênio
do plasma formando a fibrina. Quando positivo, é indicativo de Staphylococcus aureus
e, quando negativo, é indicativo de Staphylococcus coagulase.
Sensibilidade a novobiocina:

Verificar se o microrganismo é resistente à novobiocina, onde, quando há resistência ou


um halo de Formação ≤ 16 mm, é indicativo de Staphylococcus saprophyticus, e
quando o halo for maior que esse parâmetro pode indicar Staphylococcus epidermidis.

Teste em Ágar manitol:

Verificar se o microrganismo tem a capacidade de fermentar o manitol contendo 7,5%


de cloreto de sódio. Onde, a formação de halo amarelo ao redor das colônias, identifica
Staphylococcus aureus; e em meio permanece inalterado ao redor das colônias,
identifica Staphylococcus coagulase negativa.

Placa com Agar manitol


Provas para confirmação de estreptococos:

-Catalase;

-Hidrólise do Hipurato;

-Prova de CAMP;

-Hidrólise da Esculina;

-Tolerância a Caldo Salgado (NaCl 6,5%);

-Sensibilidade à Optoquina;e

-Sensibilidade à Bacitracina.

Catalase:

Quando não reage com H2O2 é indicativo de estreptococos:

Hidrólise do Hipurato:

A hidrólise do hipurato de sódio é um teste qualitativo útil para identificar bactérias


como Streptococcus agalactiae (estreptococo hemolítico βdo Grupo B), Campylobacter
jejuni,Gardnerella vaginalis, Listeria sp. e outras bactérias aeróbias.1-4A presença da
hidrolase dohipurato da enzima é visualizada através da cor púrpura formada quando o
reagente deninidrina oxida o aminoácido produzido durante a hidrólise do hipurato.

Prova de CAMP :
O teste visa a identificação de cepas de S. agalactiae (grupo B). Estas cepas produzem
o fator CAMP (Christie, Atkins e Munch-Petersen) que atua sinergicamente com a β-
hemolisina produzida pelo Staphylococcus aureus em ágar sangue.

Hidrólise da Esculina:

Esculina presente no meio é hidrolizada, formando esculetina e dextrose. A esculetina


reage com sais de ferro presentes no meio tornando-o enegrecido. Tem por finalidade
diferenciar Enterococcus spp. e Streptococcus bovis (Streptococcus do grupo D) de
Streptococcus spp.

Tolerância a Caldo Salgado (NaCl 6,5%):

Capacidade do microrganismo crescer em altas concentrações de sal. Tem por


finalidade diferenciar Enterococcus spp. de Streptococcus spp. Quando positivo, é
indicativo do grupo Enterococcus spp.
Diferença se dá pela durbidez

Sensibilidade à Optoquina

A optoquina é uma droga solúvel em água que se difunde rapidamente em meio de


cultura sólido. Para este teste, em geral, utiliza-se o disco de optoquina de 6 mm
contendo 5 µg da droga. O teste tem sensibilidade maior que 95%, sendo considerado
de baixo custo e simples de ser realizado. Quando há presença de halo ≥ 14 mm indica
que a cultura é sensível à optoquina, sendo identificado para Streptococcus pneumoniae.

Sensibilidade à Bacitracina:

O teste tem a finalidade de diferenciar S. pyogenes de outras cepas do grupo A ou de


outras espécies com colônias β-hemolíticas PYR positivas. A presença de qualquer halo
de inibição ao redor do disco é interpretado como sensibilidade a bacitracina e
indicativo de S. pyogenes.
Técnicas para diagnóstico e identificação de bactérias Gram Negativas

As Gram-negativas são classificadas pela cor que adquirem depois de


submetidas à coloração de Gram. As bactérias Gram-negativas adquirem coloração
vermelha quando se usa esse processo. As bactérias Elas também causam tipos
diferentes de infecções e tipos diferentes de antibióticos são eficazes contra elas. As
bactérias Gram-negativas podem causar muitas infecções sérias, como pneumonia,
peritonite (inflamação da membrana que reveste a cavidade abdominal), infecções do
aparelho urinário, infecções da corrente sanguínea, infecções em feridas ou campos
cirúrgicos e meningite.

Há alguns meios seletivos para preparação e incubação de meio para testes e com gram
negativas, como por exemplo:

1.Meio TSI: Meio diferencial utilizado no processo de bacilos gram negativos (BGN)
fermentadores da glicose (enterobactérias).

2.Meio citrato: O Ágar Citrato Simmons é utilizado para diferenciar os microrganismos


em um ambiente laboratorial com base na utilização de citrato. Também é útil para
identificar bactérias que têm o citrato como sua principal fonte de energia. Apesar de
sua eficácia, o Ágar Citrato Simmons não serve para diagnosticar doenças ou outras
condições em seres humanos.

3.Meio Levine: O Agar Eosina Azul de Metileno (EMB LEVINE)é um meio de cultura
para isolamento e diferenciação de enterobactérias em amostras clínicas.
Meios Levine, citrato e TSI

5. CONCLUSÃO:

As experiências vivenciadas por todo período no estágio valeu como forma de


aprendizado, servindo como norte para o estudante, pois mostra como o profissional
farmacêutico deve agir frente às suas obrigações e em diversas situações que surgem a
cada dia no âmbito da análises clínicas. É também perceptível o quanto importante é a
atuação do farmacêutico no momento pré-clínico e clinico em cada etapa laboratorial,
sempre prezando pelo seguimento e orientações das autoridades sanitárias de saúde, a
fim de proporcionar resultados satisfatórios para os clientes e equipe médica
multidisciplinar responsável pelo diagnóstico e cuidados do paciente, atenuando os
índices de resultados falsos-negativos e falsos-positivos.Ademais, percebem-se também
os desafios que não só o farmacêutico, mas todos os profissionais envolvidos tendem a
passar no momentos do diagnóstico, pois toda atenção deve estar voltada aos pacientes e
consumidores em geral.

Sem embargo, todas essas experiências tendem a somar para o desenvolvimento


do profissional farmacêutico clínico, pois o estágio supervisionado III simula o que
realmente vamos encontrar, caso optarmos, pela área farmacêutica clínica. E, diante o
exposto, cada experiência vivenciada durante o estágio possa servir de acréscimo para
aplicação da profissão em qualquer que seja a área de atuação, visando sempre o
exercício da função embasado na ética, moral e respeito mutuo por toda equipe
profissional e pelos pacientes.
REFERÊNCIAS:

ANVISA. Detecção e Identificação de Bactérias de Importância Médica, módulo V.


Outubro de 2015.

BERNARD, J.J.Manual de Hematologia.São Paulo: 3 ed. Masson do Brasil,1986.

Documento Científico. Sociedade pediatria de SP. Departamento de nefrologia. Exame


de urina e a importância de sua interpretação. 07/10/2020.

ESTEVES, S. C.; NAKAZATO, L. T. Espermograma e correlações clínicas. In:


NEVES, P.A.; NETTO JR, N.R. Infertilidade masculina. São Paulo: Atheneu, 2002.
228 p.

GIRELLO, Ana; KUHN Telma, Fundamentos de imuno-hematologia eritrocitária. São


Paulo: Senac, 2013.

LORENZI, Therezinha. Manual de hematologia: propedêutica e clínica. 2 ed. São


Paulo: Medsi, 1999

Macedo. H. W. Exame parasitológico de fezes. Universidade Federal Fluminense. 2010

NEPOMUCENO, M.F; RUGGIERO, A.C. Manual de Bioquímica: Roteiros de


Análises Bioquímicas Qualitativas e Quantitativas. Ribeirão Preto, SP: Tecmedd, 2004.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Manual de laboratório para o exame do


sêmen humano e interação esperma-muco cervical. 3 ed. São Paulo: Santos,
1994. 112 p.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Setor de Ciências Biológicas.


Departamento de Bioquímica. Bioquímica: aulas práticas. Curitiba: Scientia et Labor,
1987. 116p.
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Paulista
Julho, 2021

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