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Nos últimos quinze anos, temos presenciado uma situação no Brasil no que diz respeito à
produção de documentos governamentais destinados a regular e melhorar o ensino
fundamental e médio no país, isso gera uma nova onda de práticas de letramento, essas
mudanças no sistema educacional, criam uma situação de incerteza que desestabiliza o
professor.
Para os Estudos do Letramento, não há apenas uma forma de usar a língua escrita, mas há
múltiplas formas de usá-las, em práticas diversas que são socioculturais e historicamente
determinadas. O “modelo ideológico de letramento”, destaca aspectos socioculturais e
históricos das práticas de uso da língua escrita, levando em conta as situações sociais da
leitura e produção dos textos e os valores e as representações a ele atribuídos.
A cartilha do professor demonstra expressões que devem ser usadas para expressar opinião,
essas serão utilizadas pelos alunos, como “Eu penso que…”; propõe também algumas
expressões para a introdução de outras vozes sobre a questão, como, por exemplo “Alguns
acham que não…”
Nos textos do alunos, mostra-se a utilização de termos que indicam a posição do aluno, mas
não há evidências de acento valorativo, ou seja, não há tentativa de convencer o leitor - esses
operadores argumentativos estão no texto como evidência de que foi-se debatido a cartilha e
seu manual de escrita.
BIBLIOGRAFIA
KLEIMAN, A. Os estudos sobre letramento e a formação de professor de língua materna. In.
Linguagem em (Dis)curso - LemD, V.8, n.3, p. 487-517. set/dez 2008