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12/11/2022 09:13 Resumo - Ensino da gramática. Opressão? Liberdade?

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Thais Trindade 30/06/2019

O paradoxo do ensino de língua portuguesa

(/ensino-da-gramatica-opressao- O livro Ensino de Gramática. Liberdade? Opressão? de Evanildo Bechara, professor e gramático
liberdade-22675ed24604.html) brasileiro, lançado pela primeira vez em 1985 é voltado para professores, estudantes de letras e
indivíduos interessados em se aprofundar na problemática do ensino de língua portuguesa.

O livro esmiúça em capítulos curtos as opiniões do autor, que com base em estudos gramaticais e da
Ensino da gramática. Linguística, argumenta e propõe medidas que considera necessárias para uma mudança positiva no
Opressão? Liberdade? ensino do português nas escolas brasileiras. No entanto, o leitor dos dias de hoje ao se deparar tais
Série Princípios argumentos pode se espantar com os termos encontrados, pois, caso leitor seja superficialmente
Evanildo Bechara
entendido sobre os avanços das pesquisas linguísticas, conclui que muito do que o autor escreve, já
está defasado.

Já no primeiro capítulo do livro, Bechara explicita o que nomeia de crise do idioma, proferindo

Nenhuma oferta encontrada acusações do que seria um despreparo dos professores da educação básica, e que estes estariam
privilegiando a oralidade, levando os educandos a não desenvolverem todo o saber linguístico que,
ISBN-13: 9788508107322
em sua opinião, é construído se debruçando sobre grandes nomes, modelos do bem dizer, e do bem
ISBN-10: 8508107323
falar, em geral grandes nomes da literatura de língua portuguesa. Ainda sobre o assunto, o autor diz
Ano: 2006 / Páginas: 77
que a falta de conhecimento dos alunos de um modelo tradicional da língua seria causado pelo
Idioma: português
ensino de uma língua coloquial e de uma “língua popular”.

Editora: Ática
Comparando a fala do autor com os estudos da linguística atuais, se tem o entendimento de que não
se trata de privilegiar a língua oral, mas sim ter a percepção de que o falante nativo de português
brasileiro tem conhecimento sobre a sua língua materna. Sabe-se que a língua oral se difere da
 escrita e que isto nada tem a ver com informalidade, mas sim com o fato de serem dois gêneros
diferentes de texto (oral e escrito) e que a questão de informalidade existe tanto em um como em
Adicionar outro, isto é, textos escritos e falados podem ter diferentes níveis de formalidade/informalidade,
dependendo da circunstância comunicativa.

Ainda sobre o assunto, a variação linguística nos mostra que mesmo na escrita culta do português

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existe variação, não se limitando apenas a classes mais populares.

 (/login/facebook/) Outra informação relevante é que a gramática tradicional que o autor sugere como centro dos
estudos nas escolas é um modelo derivado de uma variedade do português europeu do século XIX,
Sinopse (/livro/22675ED24604- que se já na década de 80 se distanciava até da escrita culta brasileira, em 2019 há muito mais
estruturas, sintáticas, morfologias que simplesmente desapareceram. Isso ocorre porque, por mais
ensino-da-gramatica-opressao-
que os tradicionalistas almejem que um modelo específico se estabeleça, e excluem quem “desvia” e
liberdade) os estigmatiza como indivíduos que não sabem a própria língua, a língua é viva e está sempre em
mudança. Nesse sentido, pode se retardar a mudança, mas a comunidade linguística é quem
Edições promove modelos específicos e não os gramáticos. .

(/livro/edicoes/22675/edicao:24604) Contudo, os comentários de Bechara não se limitam aos que não teriam domínio de uma língua mais
3
elevada, incluso os professores de português, como o autor deixa claro, mas também põe em
cheque a capacidade dos alunos de compreenderem assuntos científicos mais complexos
Vídeos (/livro/video/ensino-da-
relacionados à Linguística. Desta maneira, se instaura um paradoxo criado por Bechara, isto é, por
um lado o autor deixa explícito que o ensino de Língua Portuguesa não deveria ser restrito às listas
gramatica-opressao- para memorização, por outro, restringe e minimiza a competência dos educandos ao apontar que “as
liberdade/22675/edicao:24604) novidades da língua são coisas que apenas os mestres são capazes de entender” ou ainda, “(...)
0 com um excesso de adubo científico definham em vez de se desenvolverem”. As alusões hoje nos
soam das mais absurdas, mas infelizmente ainda há profissionais que insistem em tratar os alunos
Grupos como receptáculos vazios a serem preenchidos por conteúdos que apenas pessoas elevadas (os
professores) são capazes de entender.

(/livro/grupos/22675/edicao:24604)
A posição tomada por Bechara não é a mais adequada, pois, a identificação poderia justamente ser
1 fomentada por um olhar mais científico da língua, ou seja, explicitando que estudos da Linguística
são tão ciência como matemática, química ou física. Uma das estratégias que poderia ser adotada é
de propostas de atividades elaboradas com finalidade de insurgir no aprendiz a curiosidade
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Resenhas investigativa inerente a todos os seres humanos.
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autor, BecharaISBN...
escreva argumentos nos soam insensatos,
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aspectos positivos do livro é a Entrar (/login/)


sugestão do autor de que os alunos sejam poliglotas em sua própria língua, isto é, que aprendam
3
diferentes variantes e conhecimentos lingüísticos e que também compreendam e se adequem às
situações sociocomunicativas diversas, teoria defendida ainda hoje por pesquisadores da linguística.
Leitores
Outro aspecto a ser destacado é a posição do autor de que todos os alunos têm direito a ter acesso
(/livro/leitores/leram/22675/edicao:24604) à norma de prestígio, com esse comentário, Bechara critica professores que se limitam a ensinar
496 apenas uma modalidade da língua próxima a dos alunos, os impossibilitando de conhecer a norma
culta.

Similares Apesar dos posicionamentos polêmicos, é compreensível que o autor defenda tais ideias, em razão
(/livro/similares/22675/edicao:24604)
do contexto histórico, além disso, ao se debruçar sobre a problemática Bechara contribuiu para um
importante diálogo tornando-o mais fecundo entre os demais estudiosos da área.

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Leia online (PDF) (/livro/pdf/ensino-


da-gramatica-opressao-
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liberdade/livro:22675/edicao:24604)
ChrisGally 05/03/2016

O ensino da gramática normativa da língua portuguesa oprime ou liberta?

Esta obra, citada em quase todos os trabalhos acadêmicos que tratam do ensino da língua materna
no Brasil, nos traz ponderações de um filólogo acerca da liberdade que o conhecimento da língua
funcional dá ao falante, transformando-o em um poliglota em sua própria língua; e ao mesmo tempo,
acerca da opressão representada pelo modelo fechado de língua padrão como uma única maneira
de o falante se expressar.

Mas, não se enganem vocês com essa ideia de o nosso filólogo defender a adequação da linguagem
dependendo da situação, o respeito às variações linguísticas em nosso território (ele as reconhece e
diz respeitá-las) ou a educação linguística (no conceito atual) nas aulas de português. Na verdade,
ele defende veementemente a língua culta em sua modalidade escrita como o objeto privilegiado de
aprendizagem. Aqui e ali, ele vai criticando as aulas nas universidades que só se preocupam com as
teorias linguísticas; os professores não aptos ao ensino de gramática não só por desconhecerem-na,
mas por privilegiarem a oralidade e o coloquialismo; os alunos que não são levados a lerem os
clássicos, só tendo acesso a crônicas; e os livros didáticos cheios de ilustrações, que mais se
parecem almanaques de tão coloridos que são.

É uma obra que, por ser escrita em meados da década 1980, mostra as inquietudes típicas de quem
atravessa um momento em que se conjugam algumas crises do idioma, apontadas pelo próprio
autor: de ordem institucional, porque a sociedade privilegia a língua popular em detrimento da língua
culta; de ordem universitária, pois a linguística ainda não estava delimitada e, por isso, suas teorias
ainda buscavam métodos e objetos; e de ordem escolar, uma vez que o professor desprezava a
gramática normativa e, assim, não permitindo que seu aluno tivesse acesso à língua padrão culta,
necessária para desenvolver seu potencial idiomático.

Ao que parece, os problemas apontados ainda são tema de discussões – e olhe que já se passaram
cerca de 30 anos da publicação desta obra. Mesmo tendo discutido sobre os aspectos negativos do
ensino da gramática normativa, quando privilegia apenas as análises lógicas (João Ribeiro e
Bechara são radicalmente contrários a essa prática), por que ainda insistimos em ensinar a
classificação, por exemplo das orações em períodos compostos? Por que ainda insistimos em fazer
análise morfológica e sintática? Eu sempre me ponho a perguntar...

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