Ao enunciar acerca de conceitos éticos comumente se mencionam os bons costumes e
o agir corretamente. Contudo, um dos dilemas da era pós-moderna é a dualidade entre ação de interesse comunitário e a de interesse individual. Como definição, a ética consiste nas normas e regras sociais definidas pela cultura daquela sociedade. Nota-se que, com uma sociedade cada vez mais individualista, os impulsos de quem a integra tendem a ser voltados unicamente para si. Como exemplo disso, o filme “O Abutre” conta a história de um cinegrafista de mídia marrom que altera as cenas dos crimes de modo a deixá-las mais trágicas, a fim de ascender no ramo e enriquecer. Assim, o maniqueísmo estabelecido por uma ordem cristã antes disposta, não mais se encaixa na sociedade. De modo que o bem e o mal são conceitos relativos quando pautados nos dilemas cotidianos, bem como os atos visando recompensas e glorificações. Neste aspecto, o Imperativo Categórico, desenvolvido pelo filósofo Immanuel Kant, implica na ação pelo dever, ou seja, exercícios sociais que são feitos em função da razão, visando um bem coletivo e sem que haja um retorno desse ato. (eita lele citar Kant é covardia rsrs) Contudo, a lógica das redes sociais torna esse raciocínio contraproducente. Hodiernamente, as postagens e o conteúdo produzido consistem na glorificação dos atos e, como consequência, o endeusamento dos seus responsáveis. Haja vista a ascensão de influenciadores digitais, essas ações tomam proporções dantescas e são compartilhadas por milhares de pessoas. Logo, cabe aos espectadores o estudo acerca das atitudes desses indivíduos e a ponderação sobre as reais intenções delas, uma vez que as ações que visam promoção de marcas, costumes, estilos de vida e certas ideologias podem ser nocivas ao comunitário. Portanto, é preciso desencantar-se do ético como uma virtude e torná-lo palpável às reais intenções do mundo pós-moderno (amei!). Nota-se que a autopromoção e a ação em benefício próprio são atitudes comumente presentes no cotidiano, por conseguinte é fundamental entender a área cinza de um mundo não-maniqueísta que trata a ética como uma obrigação moral e muito carente no mundo real e digital. Assim, com o exercício da ética kantiana, é possível reconhecer as reais intenções de quem nos cerca e também de quem nos influencia, a fim de que se possa ficar atento aos “abutres” sociais que suprimem a ética comunitária com intuito de ascenderem na vida. Conteúdo perfeitíssimo, citações e argumentação! Preste atenção quando usa palavras femininas e logo depois usa termos masculinos referentes a elas. 9,0