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EEMTI ESTADO DE ALAGOAS

DISCIPLINA: HISTÓRIA DAS GUERRAS

PROFESSOR: JOSÉ CARDOSO

TURMAS: 3° ANO A, B, C e D

NOÇÃO DE TEMPO CRONOLÓGICO

O tempo cronológico é o tempo dos relógios e dos calendários, que é medido em frações exatas
e constantes de tempo: um dia tem sempre 24 horas, uma hora tem sempre sessenta minutos e
um ano tem sempre 12 meses. Sua passagem não implica, necessariamente, na ocorrência de
mudanças.

O tempo cronológico começou a ser medido pelos fenômenos naturais como a posição do sol e
as fases da lua. Em seguida, o homem criou instrumentos para controlar o tempo, como a
ampulheta, o relógio e o calendário.

NOÇÃO DE TEMPO HISTÓRICO

Apesar de ser um referencial de suma importância para que o homem se situe, a contagem do
tempo não é o principal foco de interesse da História. Em outras palavras, isso quer dizer que os
historiadores não têm interesse pelo tempo cronológico, contado nos calendários, pois sua
passagem não determina as mudanças e acontecimentos (os tais fatos históricos) que tanto
chamam a atenção desse tipo de estudioso.

O tempo empregado pelos historiadores é o chamado “tempo histórico”, que possui uma
importante diferença do tempo cronológico. Enquanto os calendários trabalham com constantes
e medidas exatas e proporcionais de tempo, a organização feita pela ciência histórica leva em
consideração os eventos de curta e longa duração. Dessa forma, o historiador se utiliza das
formas de se organizar a sociedade para dizer que um determinado tempo se diferencia do
outro.

Seguindo essa lógica de pensamento, o tempo histórico pode considerar que a Idade Média dure
praticamente um milênio, enquanto a Idade Moderna se estenda por apenas quatro séculos. O
referencial empregado pelo historiador trabalha com as modificações que as sociedades
promovem na sua organização, no desenvolvimento das relações políticas, no comportamento
das práticas econômicas e em outras ações e gestos que marcam a história de um povo.

Além disso, o historiador pode ainda admitir que a passagem de certo período histórico para
outro ainda seja marcado por permanências que apontam certos hábitos do passado, no
presente de uma sociedade. Com isso, podemos ver que a História não admite uma
compreensão rígida do tempo, em que a Idade Moderna, por exemplo, seja radicalmente
diferente da Idade Média. Nessa ciência, as mudanças nunca conseguem varrer definitivamente
as marcas oferecidas pelo passado.
NOÇÃO DE TEMPO PSICOLÓGICO

Há muitas definições, mas, basicamente, o tempo psicológico possui um sentido subjetivo, pois
o que predomina não é a ação da personagem, mas sim os seus pensamentos, lembranças,
reflexões e sentimentos dentro de um determinado contexto. Ou seja, sabemos que o nosso
próprio pensamento não é linear, ele vai e vem no passado, no presente e até mesmo no futuro.

TIPOS DE CALENDÁRIOS

1. CALENDÁRIO JULIANO

O calendário juliano foi o calendário adotado pelos romanos no ano 46 a. C. A sua adoção tinha
como objetivo corrigir as imprecisões do calendário romano.

Esse calendário foi criado por Júlio César e é usado até hoje por alguns cristãos ortodoxos.

O calendário juliano é muito parecido com o calendário gregoriano (utilizado na maior parte do
mundo).

O calendário juliano tem 365 dias, distribuídos em 12 meses. Os meses podem ter 30 ou 31 dias,
com exceção de februaris, que tem 28 dias ou 29, quando o ano é bissexto.

Os anos bissextos acontecem sempre a cada quatro anos.

No calendário gregoriano, os anos bissextos também acontecem a cada quatro anos, mas com
uma regra: apenas quando os anos são múltiplos de 4 e 400, mas não divisíveis por 100.

Os meses do calendário juliano são: januaris, februaris, martius, aprilis, maius, junius, julius,
augustus, september, october, november e december.

No início, os meses correspondentes a julho e agosto eram chamados de quintilis e sextilis,


respectivamente.

Após a morte de Júlio César, a fim de homenageá-lo, quintilis recebeu o seu nome, ou seja, julius.
Tempos depois, o Senado romano quis prestar uma homenagem a César Augusto, o primeiro
imperador romano, dando o seu nome ao 8.º mês do ano, que passou a se chamar augustus.

O Senado achou que os meses dedicados a Júlio César e César Augusto tinham que ter o mesmo
número de dias para que fossem considerados com o mesmo grau de importância.

Por isso, augustus passou a ter 31 dias em vez de 30 para se igualar a julius. Com essa alteração,
februaris que inicialmente tinha 29 ou 30 dias, passou a ter 28 ou 29, conforme a ocorrência de
anos bissextos.

Além disso, para que não ter tantos meses com 31 dias seguidos (julius, augustus e september),
september passou a ter 30 dias e os meses seguintes intercalaram esse número: october, com
31 dias, november, com 30, e december, com 31.

Assim, com as adaptações do calendário juliano, a distribuição de dias passou a ser idêntica a
que utilizamos hoje no calendário gregoriano.
2. CALENDÁRIO GREGORIANO

O calendário gregoriano, também conhecido como cristão ou ocidental, é o calendário usado


atualmente pela maioria dos países, incluindo o Brasil.

Ele é usado como um padrão internacional na representação de dias e horas e foi criado como
um calendário da igreja.

O calendário gregoriano foi inventado pelo astrônomo, médico e filósofo italiano Aloysius Lilius
(1510-1576). Sua criação foi uma tentativa de corrigir os erros que o calendário juliano tinha. O
calendário juliano era o usado antes do calendário gregoriano.

O papa Gregório XIII foi o responsável pela implementação do calendário gregoriano e, em sua
homenagem, o calendário recebeu o nome de gregoriano.

A comissão para criação de um novo calendário foi organizada pelo papa e o principal trabalho
da equipe foi determinar uma correção para restabelecer a sincronia com o ano solar.

O calendário gregoriano corrigiu alguns problemas apresentados pelo calendário juliano,


tornando possível:

✓ realinhar o calendário com o movimento em torno do Sol;


✓ ajustar as datas para coincidir com os equinócios e solstícios;
✓ criar uma fórmula mais precisa para calcular anos bissextos;
✓ estabelecer um novo método para determinar o dia da Páscoa.

O calendário gregoriano é um calendário solar, ou seja, está baseado no movimento da Terra ao


redor do Sol.

Possui 365, ou 366 dias se for ano bissexto. O ano é dividido em 12 meses, dos quais 4 tem 30
dias (abril, junho, setembro e novembro) e 7 tem 31 dias (janeiro, março, maio, julho, agosto,
outubro e dezembro).

O mês de fevereiro tem 28 dias, ou 29 se for ano bissexto. Dessa forma, o ano fica com 366 dias,
em vez de 365.

Os anos bissextos são aqueles múltiplos de 4 e 400, mas que não são divisíveis por 100.

O calendário possui 52 ou 53 semanas. Cada semana tem 7 dias e o primeiro deles é o domingo,
embora possamos considerar a segunda-feira, porque esse é o primeiro dia útil.
3. CALENDÁRIO JUDAICO

O calendário judaico (denominado luach, em hebraico) é o tipo de calendário que o povo judeu
utiliza para a contagem do tempo e comemoração de aniversários, festividades, casamentos,
falecimentos, celebrações religiosas e outras solenidades.

De acordo com os hebreus, os anos passaram a ser contados a partir do que eles acreditam ser
a criação de Adão.

Em 2023, as comemorações do ano 5784 do calendário judaico iniciaram no pôr do sol do dia 16
de setembro, ano cujo término ocorrerá em 2 de outubro de 2024 do calendário gregoriano.

O calendário judaico se baseia nos movimentos da Lua e do Sol, sendo, portanto, um calendário
lunissolar. Dessa forma, os meses são contados a partir dos ciclos lunares, e os anos a partir dos
ciclos solares. Portanto, os anos podem variar de 12 a 13 meses, com 29 ou 30 dias.

Então, os anos nesse sistema são 11 dias mais curtos em relação ao calendário gregoriano, que
é o mais utilizado no mundo.

A fim de regular essa diferença, eles criaram anos bissextos, que, de tempos em tempos, incluem
um mês. São no total 7 anos bissextos em 19 anos, e ocorrem no 3º, 6º, 8º, 11º, 14º, 17º e 19º
ano desse período.

4. CALENDÁRIO CHINÊS

O calendário chinês é o sistema de contagem do tempo mais antigo da história. Acredita-se que
tenha sido criado em 2637 a.C. pelo imperador Huang Di, conhecido como o Imperador Amarelo.

Em 1949, os chineses adotaram o calendário gregoriano, o calendário utilizado no Brasil e na


maior parte do mundo.

Hoje, o calendário chinês é utilizado apenas na comemoração de datas importantes, tais como
para escolher a data de casamento ou da abertura de um negócio, para comemorar o Ano-Novo
Chinês, entre outros.

No calendário chinês, cada ciclo tem a duração de 12 anos, os quais têm o nome de um animal,
baseado em um sistema de crenças.

A ordem tradicional dos animais é: rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, carneiro,
macaco, galo, cão e porco. Portanto, cada vez que acaba um ciclo, com o ano do porco, começa
um novo, com o ano do rato.

O calendário chinês é lunissolar. Isso significa que ele utiliza o Sol e a Lua na sua contagem. Essa
cronometragem híbrida do tempo é feita pela observação da órbita da Lua ao redor da Terra e
do movimento da Terra em volta do Sol.
Esse tipo de sistema era utilizado principalmente na China antiga com o intuito principal de
organizar as atividades agrícolas da civilização. Anualmente, os astrônomos do império
preparavam o calendário com base nas suas observações da posição da Lua e do Sol.

O início do ano se baseia na primeira lua nova, portanto os meses do calendário, que alternam
entre 29 e 30 dias, correspondem a 12 ciclos lunares completos.

De acordo com o ciclo lunar, o ano teria 354 dias, no entanto, a cada três anos um mês intercalar
é acrescentado ao calendário para se manter em sintonia com um ano solar, que apresenta cerca
de 365 dias.

É o acontece de forma parecida com o nosso calendário, quando a cada 4 anos, nos anos
bissextos, é acrescentado 1 dia no mês de fevereiro. Com a adição de um mês, o ano no
calendário chinês passa a ter 13 meses e 384 ou 385 dias.

5. CALENDÁRIO MAIA

O calendário maia é um sistema de contagem de tempo que foi desenvolvido pelos maias. Ele
combina três tipos de calendários:

Calendário Haab, o calendário civil, de 365 dias

Calendário Tzolkin, o calendário ritual, de 260 dias

Calendário de Conta Longa, contado a partir de uma data remota

Esse calendário foi criado através da observação dos astros e dos conhecimentos notáveis que a
civilização maia tinha em Matemática. Criado por volta dos anos 500 a.C., o calendário maia
ainda é utilizado para organizar as práticas agrícolas de indígenas na Guatemala.

A civilização maia foi uma civilização nativa da América Central que viveu onde atualmente
localizam-se México, Guatemala, Belize e Honduras e que ficou conhecida, entre outras coisas,
pelo seu conhecimento astronômico.

O calendário maia combina três tipos de calendários, dois cíclicos e um linear: Calendário Haab,
Calendário Tzolkin e Calendário de Conta Longa.

O Haab e o Tzolkin são cíclicos, ou seja, o tempo é circular, porque os ciclos se repetem. Juntos,
eles formam um ciclo de 52 anos, que era muito importante para os maias.

O Calendário de Conta Longa é linear.

O Haab é considerado o calendário civil dos maias. Ele tem 365 dias e é um calendário solar, ou
seja, se baseia no movimento da Terra em torno do Sol.

O calendário Haab é dividido em 18 meses com 20 dias cada, ou seja, 360 dias.

Os 5 dias restantes não pertencem a nenhum mês, porque são considerados dias maus, e são
chamados de Uayeb, ou “dias sem nome”. Nesses dias, os maias não saíam de casa para evitar
acidentes.
O Tzolkin é um calendário sagrado, ou cerimonial, uma vez que era utilizado na marcação de
eventos importantes, tal como a realização de casamentos.

Ele conta com 260 dias, numa referência ao número da gestação das mulheres, que é de
aproximadamente 260.

Os anos do Tzolkin não são contados e as suas semanas podem ter 13 ou 20 dias e se intercalam.
As semanas de 13 dias são “semanas numeradas”. Já as semanas de 20 dias são “semanas
nomeadas”, pois cada dia recebe um nome.

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