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Datar o tempo é um costume muito antigo que vem dos povos primitivos.

Eles
tinham que fazer isso para celebrar as festas religiosas e, mais importante,
saber as épocas adequadas para plantar e colher.

O formato mais antigo era baseado nas fases da lua que se completavam a
cada 28 dias. O calendário produzido por este sistema é um calendário lunar
com um período de 354 dias.
Esse calendário é o chinês, ele teve seu início em 2637 a.C. durante o 61º ano
de reinado do imperador Huang Ti. Por ser um calendário lunar, o ano possui
354 dias. Nesse calendário há também a presença de ciclos, sendo o ciclo
completo que tem o total de 60 anos e o ciclo que vem da divisão desses 60
anos por 5 que é o ciclo dos 12 anos. Ele é bastante conhecido pelo seu
zodíaco onde há presença de animais que regem cada ano.
Segundo a lenda, buda pediu ajuda aos animais para que ele pudesse
reorganizar o mundo, os 12 que vieram imediatamente foram homenageados e
designados para governar cada ano nesse período de 12 anos.
Os Maias utilizavam dois calendários diferentes, em um havia 260 dias e no
outro, 365 dias. Eles não costumavam contar em anos, mas sim em ciclos.
Então quando completava 365 dias cinquenta e duas vezes, o que para o
nosso calendário significa 52 anos, um novo ciclo começava.
A civilização maia compreendia o tempo de forma circular e fascinante. Para
eles, eventos do passado se repetiam, assim como os ciclos da natureza.
Assim como o sol nasce todos os dias, os momentos importantes de nossas
vidas também se repetem. Os maias tinham uma sabedoria única ao ajustar os
marcos da vida pessoal, como nascimento, puberdade, maturidade e morte,
aos ciclos mais amplos da natureza. Era um modo de viver em harmonia com o
universo, reconhecendo a influência constante que a natureza exerce sobre
nós. De fato, os maias tinham uma perspectiva profunda e sábia sobre o
tempo, que nos convida a refletir sobre a importância de nos conectarmos com
os ritmos da vida e a encontrar equilíbrio em nossos próprios ciclos.
Os Incas também marcavam os dias com dois calendários. Eles usavam um
calendário solar e lunar. O mês solar continha 365 dias e indicava o plantio, o
cuidado, o armazenamento ou a colheita de um alimento específico enquanto o
mês lunar tinha apenas 328 dias no qual era marcado doze meses de 27,33
dias. O mês lunar era utilizado para indicar festivais.
A forma como o ano é contado atualmente tem suas raízes na antiga Roma.
Inicialmente, os romanos dividiam o ano em apenas dez meses, com início em
março e término em dezembro (daí que vem os nomes setembro, outubro,
novembro e dezembro). Os meses tinham uma duração variável, que podia ir
de 16 a 36 dias. Somente mais tarde, janeiro e fevereiro foram acrescentados.
O início do ano ainda começava em março. 7 meses tinham 30 dias e 5 meses
tinham 31 dias, mas em 46 a.C. o imperador Júlio César mudou o calendário
romano e criou o calendário juliano. Os anos passaram a começar em janeiro e
a cada quatro anos há um ano bissexto de 366 dias.
Os romanos homenageavam suas divindades dedicando um dia da semana
para cada, na seguinte sequência: Lua (segunda-feira), Marte (terça-feira),
Mercúrio (quarta-feira), Júpiter (quinta-feira) e Vênus (sexta-feira).
Em 536, porém, a Igreja começou a se posicionar contra o uso de nomes
pagãos, termo usado para caracterizar pessoas que adoram mais de um deus.
Uma mudança na nomenclatura da semana foi então proposta. “Segundo dia
de descanso”, “terceiro dia de descanso” e assim por diante. Na época, a
ordem era mudar apenas os dias da Semana Santa, sendo estendida
posteriormente para o restante do ano.
O calendário gregoriano é uma invenção europeia criada em 1582 pelo papa
Gregório XIII, é a maneira mais precisa de contar os anos, meses, semanas e
dias. Baseado nas estações do ano, ele tem como objetivo corrigir os deslizes
do antigo calendário juliano. Desde então, o calendário gregoriano se tornou o
mais usado no mundo.
Embora não seja um calendário impecável, o calendário gregoriano supera seu
antecessor, o calendário juliano, em termos de precisão. No entanto, é
importante mencionar algumas falhas do calendário gregoriano, como a
variação irregular na duração dos meses (variando entre 28 e 31 dias), a
relação complicada entre data e dia da semana, e a mobilidade das datas
cristãs, como a Páscoa.
Seguindo a ordem estabelecida pelo calendário gregoriano, um ciclo anual é
composto por 12 meses, cada um com uma duração variável entre 28 e 31
dias. No entanto, há uma exceção: o ano bissexto, que ocorre a cada 4 anos e
possui 366 dias. Nesse contexto, é importante respeitar as normas e regras do
calendário para manter a organização e precisão do tempo.
Instituição:
Professor(a):
Série: 4º Ano
Disciplina: História
Conteúdo: A História Dos Calendários
Duração: 18 minutos.
Objetivos De Conhecimento: Compreender acontecimentos históricos, relações
de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das
estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em
diferentes espaços.
Habilidades:
(EF04HI01) Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no
tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências
ao longo do tempo.
(EF04HI02) Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo,
discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade.
Desenvolvimento: Iniciaremos a aula questionando se a turma tem algum
conhecimento sobre a existência de outros calendários e se eles sabem da
história das mudanças do nosso. Depois começaríamos a explicar alguns
exemplos de calendário com figuras, a sua trajetória, onde surgiu, qual época e
como usavam. Então faremos um calendário especial com a participação da
turma toda, onde adicionaremos, de forma escrita, um acontecimento
importante no dia e mês de nascimento dos alunos.
Recursos: Papel colorido, lápis, caneta, cola, régua, tesoura, folha A4, EVA e
papelão.
Avaliação: Analisaremos a interação da turma, se há interesse sobre os
acontecimentos nessas datas e observaremos o desenvolvimento da
exploração do aluno através desse estímulo.

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