Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Calendário Maia
Mais que um calendário, os Maias possuiam um sistema de calendários circular
cujo ciclo completo era de 52 anos solares e que sincronizava dois outros a saber: o
calendário Tzolk’in de 260 dias e o calendário Haab de 365 dias e 1/5. O Calendário
Maia prevê o final do ciclo atual no ano de 2012, quando tudo se extinguirá para o
início de uma nova era.
Origem
Estudiosos defendem que a observação da repetição cíclica das estações do ano e seus
eventos climáticos, dos ciclos vegetativos e reprodutivos das plantas e dos animais,
sincronizada à repetição do curso dos astros na abóbada celeste, é que acabou
inspirando os Maias à criação de seus calendários.É pois reconhecido que muito da
matemática e astronomia dos maias se desenvolveu sob a necessidade de sistematizar
o calendários com os principais eventos no qual o desenvolvimento da escrita tinha o
papel preponderante de registrar tanto as datas como os eventos.O mês de vinte dias é
um tanto mais natural e adequado na cultura maia, já que a sua matemática usava a
numeração na base vinte, que corresponde à soma dos dedos humanos das mãos e
dos pés.Não é por outra razão que a cada katum (período de 20 anos), data auspiciosa
como nossa década, os maias erigiam uma estela, monumento lítico belissimamente
decorado, no qual registravam as datas e principais eventos, que poderiam ser
interpretados no futuro.Como qualquer outra civilização antiga, os maias sacralizavam
os conhecimentos de astronomia, matemática e escrita, sendo estas de função dos
sacerdotes e letrados cujos registros se cristalizaram no sistema de calendários, desde
muito cedo aperfeiçoados.
Se a duração ciclo completo do haab (365 dias + 1/5) era demarcada ao compasso do
ano solar, a duração do ciclo completo do Tzolk’in (260 dias) corresponde a duração
de um ciclo biológico humano desde a concepção até o nascimento.
Por isto, o haab regia a agricultura e as coisas, e por isto mesmo o tzolk’in regia a vida
das pessoas, a partir de seu aniversário, fornecendo-lhes preceitos e presságios.
O calendário
Calendário Maia
O tempo espiral
Galáxia em espiral
Entre os maias, um dia qualquer pertence a uma quantidade maior de ciclos do que no
calendário ocidental. O ano astronômico de 365 dias, denominado Haab, era
acrescentado ao ano sagrado de 260 dias chamado Tzolkin. Este último regia a vida da
“gente inferior”, as cerimônias religiosas e a organização das tarefas agrícolas.
O ano Haab, e o ano Tzolkin formavam ciclos, ao estilo de nossas décadas ou séculos,
mas contados de vinte em vinte, ou integrados por cinqüenta e dois anos.
Assim diz o Livro de Chilam Balam: “Treze vezes vinte anos, e depois sempre voltará a
começar”. A repetição cria problemas para traduzir as datas maias ao nosso
calendário, já que fica muito difícil identificar fatos parecidos de seqüências diferentes.
A invasão tolteca do século X se confunde nas crônicas maias com a invasão espanhola
que ocorreu 500 anos depois.
Por isso, os livros sagrados dos maias eram simultaneamente textos de história e de
predição do futuro. Na perspectiva maia, passado, presente e futuro estão em uma
mesma dimensão.
Como sabemos, o calendário Maia não foi criado com as nossas conhecidas correções,
referentes ao nosso ano bissexto, no entanto isso não implica dizer que os cáculos
Maias estivessem incorretos, e muito menos dizer que o nosso calendário é superior
ao deles. Iremos explicar.
O que acontece é que os Maias usavam um ano solar(Haab), de 365 dias exatos, sem
as correções bissextas. Como não haviam tais correções, era natural que o Haab fosse
se atrasando com relação ao ano solar verdadeiro, que corresponde a 365.24219878
dias, mas no entanto, os maias utilizavam um ciclo de 1508 Haab – Registrado em uma
inscrição em Palenque- o qual correspondia a 1507 anos solares verdadeiros. Fazendo
as contas, podemos visualizar melhor a explicação.
Fica apenas uma pergunta no ar, de onde eles tiraram tanta genialidade?
É isso que iremos descobrir, juntos.