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Biologia

Manual do Professor
VOLUME 5
Sumário

FRENTE A

UNIDADE 1
Animais triblásticos e celomados deuterostomados............................................................3
Capítulo 1 – Equinodermos..................................................................................................................................................... 3
Capítulo 2 – Cordados: características gerais e protocordados................................................................................. 5

UNIDADE 2
Vertebrados................................................................................................................................7
Capítulo 3 – Peixes e anfíbios................................................................................................................................................ 7
Capítulo 4 – Répteis e aves..................................................................................................................................................... 9
Capítulo 5 – Mamíferos.......................................................................................................................................................... 11

UNIDADE 3
Digestão e respiração............................................................................................................ 13
Capítulo 6 – Sistema digestório.......................................................................................................................................... 13
Capítulo 7 – Sistema respiratório....................................................................................................................................... 15

FRENTE B

UNIDADE 1
Reino Vegetal I........................................................................................................................ 17
Capítulo 1 – Ciclos reprodutivos........................................................................................................................................ 17
Capítulo 2 – Reino Vegetal................................................................................................................................................... 20
Capítulo 3 – Briófitas e pteridófitas.................................................................................................................................... 22

UNIDADE 2
Reino Vegetal II....................................................................................................................... 25
Capítulo 4 – Gimnospermas................................................................................................................................................. 25
Capítulo 5 – Angiospermas.................................................................................................................................................. 28

UNIDADE 3
Anatomia vegetal.................................................................................................................... 30
Capítulo 6 – Tecidos meristemáticos................................................................................................................................ 30
Capítulo 7 – Tecidos adultos................................................................................................................................................ 33
FRENTE A

1
UNIDADE
Animais triblásticos e celomados
deuterostomados

Esta unidade traz o último clado do reino Animal que estudaremos: Deuterostomia, que in-
clui os equinodermos e os cordados. Esses grupos de animais serão caracterizados de acordo
com as novidades evolutivas e as especializações que apresentam. Utilizaremos esses aspec-
tos para expor a classificação de seus membros.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura da unidade:
ɒ Com base na imagem de abertura, quais outros animais você classificaria no clado
Deuterostomia?
Os estudantes, provavelmente, reconhecerão a estrela-do-mar e o leão-marinho. Por asso-
ciação, espera-se que eles indiquem outros representantes desses grupos, como ouriços-
-do-mar, baleias e golfinhos.
ɒ Qual é o principal hábitat ocupado pelos equinodermos?
Os equinodermos são animais que habitam os mares e os oceanos, ou seja, são exclusiva-
mente marinhos, e vivem entre rochas submersas ou na região bentônica.
ɒ O termo “cordado” faz referência a uma estrutura característica desse grupo. Qual seria
essa estrutura?
Os cordados são definidos por apresentarem, em pelo menos uma fase da vida, a notocor-
da, que, nos vertebrados, é substituída parcial ou totalmente pela coluna vertebral.

Capítulo 1 − Equinodermos
Nesse capítulo estudaremos os animais pertencentes ao filo Echinodermata (do grego echinos e
dermata, que significam, respectivamente, “pele com espinhos”). Serão apresentadas as característi-
cas gerais, como a presença de espinhos, muito ou pouco desenvolvidos, por toda a sua superfície
corporal. Também serão abordados aspectos relacionados à fisiologia, como o sistema ambulacrário,
as formas de nutrição, o sistema circulatório, o sistema excretor e os receptores sensoriais.
Com base na imagem de abertura, é possível iniciar a discussão com a turma sobre a distinção
das formas assumidas pelos corpos dos equinodermos. A partir daí, ao longo do capítulo, a turma
deverá ser capaz de responder às questões que se seguem logo após o texto de abertura.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Como você justifica o fato de os equinodermos serem evolutivamente mais próximos dos
cordados?
Evolutivamente, os equinodermos e os cordados são classificados no clado Deuterostomia
por apresentarem o ânus formado a partir do blastóporo.
ɒ De que modo ocorre a locomoção desses animais?
A locomoção dos animais desse grupo ocorre por meio do sistema ambulacrário, caracte-
rística distintiva dos equinodermos.
ɒ Qual é a importância ecológica desses animais?
Os equinodermos são importantes componentes da cadeia alimentar do ecossistema ma-
rinho, pois ocupam diversos nichos. Esses animais podem ser detritívoros, depositívoros,
predadores ou filtradores, por exemplo.

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Abordagem teórica
Antes de especificar as características que definem os equinodermos, é importante iniciar o assunto
estabelecendo o número de folhetos embrionários, o destino do blastóporo e a simetria apresentada pelos
animais desse filo. Nesse ponto, é crucial retomar os termos e certificar-se de que os estudantes sabem
defini-los.
Retorme a posição do filo Echinodermata na árvore filogenética, que tem sido tomada como base para
a apresentação dos componentes do reino Animal. Assim como nas aulas anteriores, procure elaborar um
cladograma com a turma, incluindo as principais novidades evolutivas exibidas pelo filo trabalhado.
A partir de então, as especificações estruturais e fisiológicas dos equinodermos podem ser desenvolvidas.
Assim como na abordagem dos outros filos, instigue a curiosidade dos estudantes fazendo uso de recursos
audiovisuais e, se possível, levando para a aula alguns exemplares conservados, que podem ser conseguidos
por meio de empréstimos em universidades.
No boxe “Discussão em sala”, diante da surpreendente importância que os pepinos-do-mar desempe-
nham no ambiente, reflita com os estudantes sobre o que seria necessário para que esses animais pudessem
ser utilizados em intervenções de recuperação de ecossistemas aquáticos ou mesmo para sua preservação.
Comente com a turma que, por se alimentarem de sedimentos do ambiente, esses equinodermos podem
indicar possíveis poluentes presentes nos locais onde habitam. Além disso, o caráter alcalino de suas fezes
possibilita o uso desses excrementos na regulação do pH em ambientes com a presença de corais.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e a retomada do conteú-
do estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares, proporcionan-
do aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

Referências bibliográficas
BRUSCA, Richard C. Invertebrados. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
REECE, Jane B. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SADAVA, David E. et al. Life: The Science of Biology. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

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Capítulo 2 – Cordados: características gerais e
protocordados
Ao abordar os cordados com os estudantes, é importante que eles se reconheçam como
organismos pertencentes ao filo Chordata e compreendam as características que definem
todos os membros desse filo. Procure incitar uma reflexão sobre essas características dizendo
que durante certo período, no início do desenvolvimento, todos nós temos uma notocorda,
fendas na faringe e uma cauda, além do tubo neural dorsal, que dá origem ao encéfalo e à
medula espinal. Esse tipo de reflexão ajuda a engajar os estudantes no tema trabalhado. A
imagem e o texto inicial permitem que percebam diferenças morfológicas substanciais entre
os cordados.
As perguntas que seguem o texto de abertura, as quais serão respondidas ao longo da
aula, contribuem para instigar o pensamento científico e possibilitam o levantamento de co-
nhecimentos prévios dos estudantes.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Qual é a função da coluna vertebral nos cordados que apresentam essa característica?
A coluna vertebral é um conjunto de ossos articulados, as vértebras, que formam o eixo de
sustentação do corpo dos vertebrados.
ɒ Por que as ascídias podem ser consideradas filogeneticamente mais próximas dos seres
humanos do que das esponjas?
As ascídias, assim como o ser humano, pertencem ao grupo Deuterostomia. Nesse grupo,
o ânus se forma a partir do blastóporo durante o desenvolvimento embrionário. Além disso,
ascídias e humanos têm tecidos verdadeiros, três folhetos embrionários e são celomados.
Nenhuma dessas características é observada nos poríferos.
ɒ Em que se diferenciam os protocordados dos vertebrados?
Os protocordados não possuem vértebras recobrindo a notocorda, enquanto os vertebra-
dos, como o próprio nome diz, apresentam tais estruturas ósseas.

Abordagem teórica
Durante a teoria, procure apresentar as diferentes visões sobre a filogenia desse grupo de
animais e justifique a dificuldade de aparentar os grupos em razão da escassez de registros
fósseis. Explique aos estudantes que a construção das árvores filogenéticas é um trabalho
árduo e investigativo que envolve diversos campos de conhecimento, como a Paleontologia e
a Biologia molecular.
É importante que, ao apresentar as características que definem os cordados, conceitos de
Embriologia sejam retomados. Ao caracterizar os cefalocordados, faça um breve comentário
sobre a importância desses animais para os estudos de desenvolvimento embrionário e escla-
reça que, a partir deles, foi possível elucidar como é o desenvolvimento humano.
Nesta coleção optamos por assumir a nomenclatura Vertebrata como referência ao gru-
po de cordados composto dos agnatos e dos gnatostomados. Tal termo passou a ser mais
usual em relação ao Craniata após a descoberta, em 2015, de um fóssil de peixe-bruxa. Essa
descoberta mostrou maior relação filogenética desses animais com as lampreias, após análi-
ses e comparações moleculares, sugerindo, assim, que os peixes-bruxa e as lampreias atuais
constituem um grupo monofilético. Se julgar interessante, pode-se discutir com os estudantes
os dois termos (“Craniata” e “Vertebrata”) quanto à característica usada como referência para
tais nomenclaturas. Então, é importante frisar que as vértebras, tais como as conhecemos, não
são encontradas nos peixes-bruxa. Além disso, utilize essa situação para exemplificar como os
novos dados provenientes da aplicação da Biologia molecular podem modificar as relações
filogenéticas.

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Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios das se-
ções “Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreen­
são e a retomada do conteúdo estudado. Além disso, essas seções apresentam atividades recentes de
diversos vestibulares, proporcionando aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais
universidades do país.
A questão 9, aplicada na prova da Fuvest, é interessante de ser trabalhada com a turma, já que foram apre-
sentados todos os grupos do reino Animalia que, comumente, são separados em vertebrados e invertebrados.

Para saber mais

ɒ Remédios do mar, Ana Maria Fiori. Pesquisa Fapesp, ed. 67, ago. 2001. Disponível em: http://p.p4ed.
com/XMINP. Acesso em: 3 nov. 2022.
ɒ Hagfish from the Cretaceous Tethys Sea and a reconciliation of the morphological-molecular
­conflict in early vertebrate phylogeny, Tetsuto Miyashita et al. PNAS, v. 116, n. 6, 2019. Disponível em:
http://p.p4ed.com/XMINS. Acesso em: 3 nov. 2022.

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FRENTE A

2
UNIDADE
Vertebrados

Nesta unidade, serão apresentados os principais grupos de vertebrados gnatostomados


encontrados atualmente. Eles são divididos em peixes (condricties e osteicties), anfíbios, rép-
teis, aves e mamíferos.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura da unidade:
ɒ Quais são os desafios para a sobrevivência no ambiente aquático?
As propriedades físicas da água impõem significativos obstáculos à sobrevivência dos ani-
mais. Densidade, viscosidade e condutibilidade térmica são algumas delas.
ɒ Quais modificações no corpo dos vertebrados aquáticos você acredita que foram neces-
sárias para que eles pudessem ocupar o ambiente terrestre?
Fisiologicamente, os animais foram capazes de reduzir a perda de água para o ambiente,
que ocorre na evaporação pela pele e na eliminação de excretas. Além disso, a forma de
obtenção de gás oxigênio foi alterada, o que exigiu maior eficiência dos pulmões para a
realização das trocas gasosas.
ɒ Quais ferramentas podem ser usadas para traçar a história evolutiva dos vertebrados?
O uso de fragmentos fósseis associados a modelos matemáticos possibilita aos cientistas
realizarem reconstruções paleoclimáticas e paleolimnológicas, que auxiliam na análise das
características evolutivas dos vertebrados e de outros seres vivos que compartilharam o
mesmo hábitat com esses animais em tempos pretéritos.

Capítulo 3 – Peixes e anfíbios


A imagem de abertura desse capítulo possibilita traçar o paralelo entre os gnatostomados
atuais e os possíveis ancestrais encontrados apenas em registros fósseis.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Quais vertebrados são incluídos no grupo dos tetrápodes?
Os tetrápodes são animais que têm quatro membros, como sapos, ratos, cães, jacarés e
seres humanos.
ɒ Os peixes representam um grupo monofilético?
Não. Os peixes representam um grupo parafilético, visto que incluem organismos com di-
ferentes ancestralidades.
ɒ Qual é a importância ecológica dos anfíbios?
Os anfíbios constituem um elemento importante na cadeia alimentar, pois alimentam-se de
insetos. Além disso, são organismos sensíveis às mudanças climáticas e aos efeitos noci-
vos da poluição, constituindo um grupo bioindicador dessas variações.

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Abordagem teórica
Inicie a teoria com uma breve caracterização do ambiente aquático, destacando os obstáculos que são
impostos em razão das propriedades físicas da água.
Em seguida, apresente o grupo dos peixes. Nesse ponto, esclareça o conceito de peixes, destacando
que o grupo não inclui linhagens que descendem do mesmo ancestral, como é o caso dos tetrápodes. Poste-
riormente, caracterize os principais grupos: condríctes e osteíctes. É importante que os estudantes associem
esses grupos aos seus devidos representantes, por isso procure utilizar recursos tecnológicos, como uma
apresentação, com fotos de vários vertebrados.
Assim como são apresentadas as características do ambiente aquático, as especificações do ambiente
terrestre são descritas e possibilitam a introdução ao estudo dos anfíbios.
Ao abordar o boxe “Discussão em sala”, recomenda-se ampliar o assunto sobre a extinção de tubarões e
anfíbios com a leitura do texto a seguir.
ɒ Cada vez menos grandes animais. Pesquisa Fapesp, ed. 277, mar. 2019.
Disponível em: http://p.p4ed.com/NTFRO. Acesso em: 3 nov. 2022.

Durante a discussão do boxe, comente com a turma que entre os prováveis motivos pelos quais parte
da população não se preocupa ou se comove com o iminente desaparecimento desses animais podem
ser apontados fatores como o distanciamento da população humana com esses animais no dia a dia. Vale
ressaltar que a maneira que esses animais costumam ser representados para a população em geral também
prejudica a preservação dessas espécies. Os tubarões são retratados na ficção como criaturas ferozes que
podem até matar, e os anfíbios, como animais “nojentos” ou inconvenientes.
Destaque com a turma os diversos impactos que o desaparecimento desses animais pode causar, como
impactos ecológicos, desequilibrando cadeias tróficas, além da diminuição da biodiversidade.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e a retomada do conteúdo
estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares, proporcionando aos
estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

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Capítulo 4 – Répteis e aves
A imagem trazida na abertura do capítulo possibilita iniciar a apresentação desses dois
grupos de vertebrados: os répteis, representados pela iguana, e as aves, representadas
pelo pássaro. Também poderá ser explorado um tipo de interação ecológica estabelecida
entre eles: a protocooperação. Com base nessa discussão, pode ser proposta a revelação,
comprovada pelos registros fósseis, do parentesco compartilhado por esses grupos.
As perguntas de abertura possibilitam o levantamento de conhecimentos prévios acerca
do assunto, além de permitirem que o estudante desenvolva relações entre algumas caracte­
rísticas apresentadas pelos grupos e os comportamentos apresentados pelos membros incluí­
dos em cada um deles.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Quais características parecem ter sido fundamentais para a conquista efetiva do ambiente
terrestre pelos répteis e pelas aves?
Foram as características relacionadas à independência da água, como a formação de um
ovo com casca, a redução da participação da pele nas trocas gasosas (desenvolvimento
de pulmões especializados) e a excreção de ácido úrico.
ɒ Dê exemplos de animais que poderiam ser agrupados em répteis.
Os répteis podem ser exemplificados por jacarés, crocodilos, tartarugas, cobras e lagartos.
ɒ O que parece ter possibilitado a habilidade de voo nas aves?
A habilidade de voo das aves pode ser estabelecida por um conjunto de características
que contribuíram para tal. Entre elas, pode-se citar a presença de asas, penas, ossos pneu­
máticos e corpo aerodinâmico, além de outras modificações fisiológicas que resultaram na
diminuição do peso corporal desses animais.

Abordagem teórica
Inicie a teoria com a apresentação dos amniotas, grupo ao qual pertencem os répteis, as
aves e os mamíferos. É importante que o estudante desenvolva a noção de quem foi o ances­
tral desses grupos e compreenda as características compartilhadas entre eles. É possível que
a estrutura e os componentes do ovo amniótico já tenham sido apresentados durante a Em­
briologia; todavia, cabe ressaltar as funções de cada componente, estabelecendo um paralelo
com o modo de vida dos répteis e das aves.
Ao iniciar a apresentação dos répteis, ressalte que se trata de um grupo parafilético e que
esse termo não faz referência a todos os grupos que derivam de um mesmo ancestral, como
é o caso das aves. Assegure-se de que os estudantes tenham compreendido o que signifi­
ca o parafiletismo e esclareça que o termo “répteis”, que será utilizado no decorrer da aula,
refere-se a um agrupamento artificial. Essa nomenclatura fará referência apenas aos animais
de locomoção rastejante, característica essa que confere o nome do grupo. Em seguida, faça
a apresentação das principais características anatômicas e fisiológicas dos animais.
Ao tratar da diversidade dos répteis, a teoria sugere uma árvore filogenética. Entretanto,
cabe mostrar aos estudantes que existem diversas representações possíveis, contudo ainda
incertas diante da complexidade que é a classificação desses animais. Ressalte que, apesar
de na representação “Filogenia dos Amniota” as tartarugas serem incluídas fora de Diapsida,
alguns estudos sugerem que a condição do arranjo de seu crânio seja uma característica se­
cundária, que surgiu a partir de um ancestral diapsídeo.
Se julgar pertinente, pode-se comentar sobre a determinação sexual nos embriões de
quelônios, que está diretamente relacionada à temperatura. Dessa forma, é possível avaliar os
impactos que o aquecimento global pode acarretar nesses animais.

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Sugere-se que a apresentação das aves seja feita de modo comparativo com os dinossauros, animais que
sempre despertam a curiosidade dos estudantes. Da mesma maneira que foi feita com os répteis, a fisiologia
característica das aves não precisa ser aprofundada, visto que serão trabalhadas de forma comparada poste­
riormente. Evidencie as novidades fisiológicas, assim como as anatômicas, como a habilidade de voar.
No boxe “Questão resolvida”, pode ser realizado um breve aprofundamento quanto ao sistema digestório
das aves.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata­
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema­
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e a retomada do conteúdo
estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares, proporcionando aos
estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

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Capítulo 5 – Mamíferos
A imagem de abertura desse capítulo mostra que a ciência está conectada ao que aconte-
ce no mundo e busca referências em grandes personalidades. Além disso, o texto de abertura
apresenta uma grande descoberta científica que coloca o Brasil como um importante local de
surgimento dos primeiros mamíferos do Mesozoico. As perguntas que abrem o capítulo possi-
bilitam levantar os conhecimentos prévios da turma.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Quais características são comuns aos membros do grupo Mammalia?
Os mamíferos contam com o corpo revestido de pelos e com a presença de diafragma e
de glândulas mamárias, sebáceas e sudoríparas.
ɒ Apresente uma característica fisiológica comum entre aves e mamíferos.
Tanto as aves quanto os mamíferos são animais endotérmicos, isto é, capazes de manter a
temperatura corporal pelo próprio metabolismo.
ɒ Em quais hábitats são encontrados mamíferos?
Os mamíferos podem ser encontrados em praticamente todos os ambientes (aquático e
terrestre).

Abordagem teórica
Inicie a teoria com uma breve apresentação da linhagem de origem do grupo Mammalia.
Assim, é possível retomar a diferenciação dos crânios dos amniotas e estabelecer paralelos com
o clado Reptilia, apresentado no capítulo anterior. Para facilitar a compreensão e a retomada de
conceitos, a teoria traz um cladograma que ajuda a ilustrar todo o processo.
A introdução do grupo Mammalia é feita com base nas características compartilhadas por
todos os animais nele incluídos. Procure traçar um paralelo entre as características da pele
dos répteis e a dos mamíferos, permitindo que os estudantes sejam capazes de identificar
possíveis semelhanças e diferenças.
No boxe “Questão resolvida”, dê atenção ao controle térmico do organismo. Agora que a
turma já conhece todos os animais, fica mais fácil estabelecer correlações e interpretar dados
que diferenciam os dois meios de controle da temperatura: ectotérmico e endotérmico. Com
a questão proposta, é possível explorar esse conceito.
Assim como foi feito para os demais grupos, a fisiologia deve ser apresentada de forma
breve, destacando algumas das principais exceções encontradas – por exemplo, o sistema
digestório dos animais ruminantes.
Ao expor a diversidade dos mamíferos, a teoria apresenta uma árvore filogenética. Com
ela, é possível evidenciar, novamente, a importância dos estudos moleculares realizados para
a determinação das relações de parentesco e ancestralidade entre os grupos.
Se julgar pertinente, pode-se abordar como os mamíferos lidaram com os eventos de extin-
ção em massa, principalmente aquele que dizimou os dinossauros e possibilitou a diversificação
do grupo Mammalia como hoje conhecemos. É possível aprimorar a leitura e a interpretação de
dados dispostos em gráficos, além de possibilitar a formulação de hipóteses a respeito dos pos-
síveis fatores ambientais que contribuíram para o evento da extinção em massa.

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Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios das se-
ções “Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreen­
são e a retomada do conteúdo estudado. Além disso, essas seções apresentam atividades recentes de
diversos vestibulares, proporcionando aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais
universidades do país.

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FRENTE A

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UNIDADE
Digestão e respiração

Esta unidade inicia a apresentação da fisiologia animal, assim como a anatomia, com maior
enfoque na caracterização dos sistemas do ser humano. Espera-se que os estudantes conhe-
çam os órgãos que compõem cada sistema, bem como estejam aptos a reconhecer a função
desempenhada por eles.
Os sistemas que serão estudados nesta unidade são o digestório e o respiratório. Após
a leitura do texto que abre a unidade, para incentivar a participação dos estudantes, faça as
perguntas que o sucedem. Ainda que não tenham estudado o assunto, eles apresentam co-
nhecimentos prévios que podem ser explorados nesse momento.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura da unidade:
• Do ponto de vista anatômico, sistema digestório e respiratório compartilham de alguma
estrutura? Em caso afirmativo, qual(is)?
Sim, a principal estrutura compartilhada pelos sistemas digestório e respiratório é a faringe.
• Compare as digestões extra e intracelular.
Enquanto a digestão intracelular depende de organelas específicas como o lisossomo, a
digestão extracelular conta com a participação de enzimas liberadas em certas cavidades
do corpo.
• Indique um grupo animal para cada tipo de respiração (branquial, cutânea e pulmonar).
Branquial para os peixes, cutânea para os anfíbios e pulmonar para os répteis, as aves e
os mamíferos.

Capítulo 6 – Sistema digestório


Nesse capítulo, são apresentados os principais componentes do sistema digestório e suas
respectivas funções no processamento dos alimentos para obtenção de nutrientes. A diges-
tão nos animais é tratada de modo comparado, e o sistema digestório humano é apresentado
com maior aprofundamento.
As perguntas que seguem o texto de abertura, as quais serão respondidas ao longo da
aula, contribuem para desenvolver nos estudantes as bases da investigação científica e favo-
recem a articulação dos conhecimentos prévios com os conceitos que serão construídos no
decorrer do capítulo.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
• Como a saliva atua no processo digestório?
A saliva tem a função de umidificar e facilitar a deglutição do bolo alimentar e, por conter a
enzima digestiva amilase salivar (ou ptialina), é responsável pelo início da digestão química
do amido.
• Qual é o órgão do trato digestório que sintetiza e secreta o ácido clorídrico (HC)?
O órgão responsável pela produção e secreção do HC é o estômago.
• Qual é a importância dos movimentos peristálticos que ocorrem ao longo do trato digestório?
Os movimentos peristálticos possibilitam o trânsito dos alimentos pelos compartimentos
digestórios, possibilitando a digestão para que os nutrientes sejam absorvidos no intestino.

13 BIOLOGIA - FRENTE A / Manual do Professor


Abordagem teórica
Ao iniciar a apresentação do sistema digestório, faça a retomada dos principais filos do reino Animalia,
mantendo como foco principal os mecanismos envolvidos com as respectivas formas de alimentação.
Ao abordar os cordados, apresente algumas especificidades de alguns grupos, tais como as estruturas
que são exclusivas do sistema digestório das aves. Ao abordar os mamíferos, detalhe os compartimentos de
um ruminante; nesse momento, é importante comparar a anatomia do sistema digestório de um animal herbí-
voro com o de um carnívoro.
O foco principal do capítulo é a caracterização do sistema digestório humano; por isso, depois de dar uma
visão geral da anatomia do sistema, apresente cada órgão envolvido na digestão de forma individual.
Depois de abordar a boca e indicar os processos químicos que ocorrem nesse compartimento, realize
com a turma a proposta sugerida no boxe “Experimento”, para que os estudantes investiguem o que estu-
daram sobre a amilase salivar na teoria. Diante do contexto da covid-19 e do risco de transmissão de outras
enfermidades, é recomendado que a atividade seja realizada de maneira demonstrativa utilizando a saliva
do(a) professor(a). É de extrema importância tomar os cuidados necessários, como o uso de EPI, protocolos
de biossegurança e controle do ambiente.
Ao abordar cada compartimento, ressalte como o alimento transita de um órgão para outro. Comente tam-
bém a respeito de estruturas que criam um fluxo direcionado e evitam o retorno do alimento em diferentes
estágios da digestão.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e a retomada do conteúdo
estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares, proporcionando aos
estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

14 BIOLOGIA - FRENTE A / Manual do Professor


Capítulo 7 – Sistema respiratório
Nesse capítulo, serão abordados a anatomia e o funcionamento do sistema respiratório.
Para introduzir o assunto, comente sobre o uso do ventilador artificial e da fisioterapia respi-
ratória em casos de insuficiência respiratória. Incentive o aluno a refletir sobre qual estrutura
o ventilador artificial está “substituindo” e a importância de mantermos os pulmões saudáveis.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Quais órgãos compõem o sistema respiratório humano?
O sistema respiratório humano é composto dos seguintes órgãos: cavidade nasal, faringe,
laringe, traqueia, brônquios e pulmões (bronquíolos e alvéolos).
ɒ Em que consiste a inspiração? E a expiração?
A inspiração é o mecanismo que possibilita a chegada do ar aos pulmões, enquanto a ex-
piração envolve o processo de saída de ar desses órgãos.
ɒ Compare os filos do reino Animalia em relação aos respectivos órgãos respiratórios.
Embora em todos os animais as trocas gasosas ocorram por difusão, alguns filos são capa-
zes de realizá-la pelas células de todo o corpo, enquanto outros dependem de um órgão
especializado como pulmões, brânquias ou outro tipo de estrutura respiratória.

Abordagem teórica
Para dar continuidade à análise comparada do sistema fisiológico abordado em relação
aos diferentes filos do reino Animalia, comente as pressões seletivas a que os organismos
foram submetidos em ambientes terrestres e aquáticos.
Ao abordar a terceira questão proposta na abertura do capítulo, retome as principais estru-
turas envolvidas na realização das trocas gasosas em alguns animais. Para isso, esclareça que,
independentemente do grupo a que pertença, todos os animais dependem de superfícies
úmidas para que ocorra a difusão dos gases.
Correlacione os conceitos químicos a respeito da dissolução dos gases com os efeitos signifi-
cativos para a manutenção da diversidade das espécies aquáticas perante o aquecimento global.
Assim como proposto para o sistema digestório, apresente de modo geral a anatomia
do sistema respiratório humano e, em seguida, aborde cada um dos componentes de forma
mais específica. Para isso, apresente as características histológicas e relacione a(s) função(ões)
exercida(s).
O boxe “Questão resolvida” traz um item de uma prova recente do vestibular da Unicamp
que abordou os efeitos do uso do cigarro eletrônico, equipamento que, apesar de proibido no
Brasil, tem ganhado popularidade entre os jovens. Para resolvê-la, é necessário que os estu-
dantes tenham compreendido a relação entre a área de superfície alveolar e as trocas gaso-
sas. Durante a apresentação da resolução, explore a habilidade de interpretação de imagens
e gráficos; além disso, ressalte os conceitos apresentados, pois eles criam repertório para o
debate proposto no boxe “Discussão em sala” presente nesse capítulo.
Em continuação à teoria, apresente como ocorrem a mecânica e o controle da respiração.
Para auxiliar na compreensão da mecânica da ventilação, incentive os estudantes a construir o
modelo apresentado na ilustração “Representação esquemática da dinâmica dos movimentos
respiratórios”.
Quanto ao controle da respiração, não é recomendado que aprofunde, nesse momento,
a parte do sistema nervoso relacionada a essa função. Todavia, se julgar conveniente, apre-
sente aos estudantes uma imagem do bulbo, região do sistema nervoso que é fundamental
para a manutenção do funcionamento do sistema respiratório e, consequentemente, para a
sobrevivência dos indivíduos.

15 BIOLOGIA - FRENTE A / Manual do Professor


Para contextualizar, apresente situações que envolvam o dia a dia dos alunos, como o soluço, o ronco, o engas-
go e as dores durante a realização de atividade física. É interessante retomar a discussão sobre o uso dos ventila-
dores artificiais, assunto muito abordado durante a pandemia da covid-19. Quando os danos aos pulmões são tão
severos a ponto de o paciente não conseguir respirar sozinho, uma alternativa é o uso dos ventiladores. Se julgar
pertinente, pode-se aprofundar em como esses equipamentos funcionam simulando os processos respiratórios.
Ao mediar o boxe “Discussão em sala”, explique o funcionamento do dispositivo do cigarro eletrônico e
apresente os riscos relacionados ao seu uso, principalmente para os adolescentes. Para mais informações,
sugerimos os artigos indicados na seção “Para saber mais”.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios das se-
ções “Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Ressalte que essa tarefa é importante para a ­compreensão
e a retomada do conteúdo estudado. Além disso, essas seções apresentam atividades recentes de diversos
vestibulares, proporcionando aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universida-
des do país.

Para saber mais

ɒ Estudo do INCA alerta sobre riscos de cigarros eletrônicos. INCA, 31 maio 2021. Disponível em:
https://www.inca.gov.br/imprensa/estudo-do-inca-alerta-sobre-risco-de-cigarros-eletronicos. Aces-
so em: 3 nov. 2022.
ɒ Cigarro eletrônico coloca o coração dos mais jovens em risco, Jaqueline Ribeiro Scholz. Veja, 29
ago. 2021. Disponível em: https://saude.abril.com.br/coluna/guenta-coracao/cigarro-eletronico-
coloca-o-coracao-dos-mais-jovens-em-risco/. Acesso em: 3 nov. 2022.
ɒ O papel da fisioterapia respiratória durante e depois da covid-19, Ingrid Luisa. Veja, 10 ago. 2021.
Disponível em: https://saude.abril.com.br/medicina/o-papel-da-fisioterapia-respiratoria-durante-e-
-depois-da-covid-19/. Acesso em: 3 nov. 2022.
ɒ Como funciona um respirador de UTI. Manual do Mundo, 9 jun. 2020. Disponível em: https://youtu.
be/yyFH0Dm0gsk. Acesso em: 3 nov. 2022.

16 BIOLOGIA - FRENTE A / Manual do Professor


FRENTE B

1
UNIDADE
Reino Vegetal I

Nesta unidade, serão apresentadas as principais características do ciclo reprodutivo com


alternância de gerações, para que os estudantes possam compreender a reprodução dos di-
ferentes grupos vegetais. Além disso, serão retratadas as principais características das plantas
e dos grupos mais antigos desse reino.
As perguntas que abrem a unidade são estratégias que contribuem para o levantamento
do conhecimento prévio da turma sobre as características gerais do reino Vegetal, bem
como sobre as adaptações que possibilitaram a sobrevivência desses organismos no am-
biente terrestre.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura da unidade:
ɒ Que características podem ser encontradas nos organismos do reino Vegetal?
Os organismos do reino Vegetal são eucariontes, pluricelulares, autótrofos fotossintetizan-
tes, armazenam amido nos plastídios, possuem parede com celulose e apresentam ciclo
de vida com alternância de gerações.
ɒ Cite uma adaptação presente nas folhas das plantas que permite sua sobrevivência no
ambiente terrestre.
As folhas das plantas possuem cutícula, camada de lipídeos que diminui a perda de água para
o ambiente e estômatos, estruturas responsáveis pelas trocas gasosas com a atmosfera.
ɒ Por que podemos dizer que as briófitas e as pteridófitas não conquistaram definitivamente
o ambiente terrestre?
Porque as plantas desses dois grupos dependem da água, presente no ambiente em que
vivem, para o encontro dos gametas, uma vez que os gametas masculinos apresentam
flagelos e deslocam-se em meio líquido ao encontro dos gametas femininos.

Capítulo 1 – Ciclos reprodutivos


Nesse capítulo serão apresentadas as principais características dos seguintes ciclos repro-
dutivos dos seres vivos: haplobionte diplonte, haplobionte haplonte e diplobionte. Também
serão abordadas as principais diferenças entre as células reprodutivas denominadas gametas
e esporos, além de uma breve revisão sobre mitose e meiose, conceitos fundamentais para a
compreensão dos ciclos reprodutivos.
A imagem de abertura do capítulo mostra uma alga verde unicelular do gênero Chlamydomonas
e busca inserir os estudantes no contexto do assunto que será estudado. As questões que seguem
o texto de abertura e serão respondidas ao longo da aula contribuirão para instigar o pensamento
científico, permitindo o levantamento de conhecimentos prévios.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Por que a fecundação e a meiose são fenômenos antagônicos?
A fecundação dobra o número de cromossomos da célula, enquanto a meiose o reduz
pela metade.

17 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


ɒ Em que momento ocorre a meiose no ciclo reprodutivo humano?
No ciclo reprodutivo humano, a meiose ocorre na produção das células reprodutivas denominadas gametas.
ɒ Quais são os dois tipos de células reprodutivas existentes no ciclo reprodutivo dos vegetais?
As plantas produzem esporos e gametas.

Abordagem teórica
Inicie a aula explicando aos estudantes o conceito de ciclo reprodutivo de um ser vivo. Em seguida, revise
com a turma a diferença entre mitose e meiose, divisões celulares existentes em todos os ciclos reprodutivos
que serão estudados no capítulo.
Na sequência, explique a diferença entre os dois tipos de célula existentes nos ciclos reprodutivos: espo-
ros e gametas. Utilize o exemplo da reprodução humana para falar da diferença entre gametas masculinos e
femininos dos seres vivos. Depois, mostre que o esporo é diferente do gameta, pois origina um novo organis-
mo, sem a necessidade de se unir a outro esporo.
Explique os três ciclos reprodutivos existentes nos seres vivos, destacando os critérios utilizados para a
identificação de cada um.
Apresente primeiro o ciclo haplobionte diplonte, pois é o mais simples de compreender, já que ocorre em
humanos. Utilize o ciclo reprodutivo ilustrado no livro para explicar suas principais características.
Siga com o ciclo haplobionte haplonte, que já é um pouco mais complexo que o primeiro.
Por fim, explique o ciclo diplobionte, que certamente é o mais complexo de todos. Inicialmente, indique as
duas fases do ciclo, esporófito e gametófito; as células reprodutivas produzidas por cada uma delas, esporos
e gametas; e as divisões celulares envolvidas nessa produção, meiose e mitose.
Utilize a reprodução da alga verde do gênero Ulva para indicar aos estudantes uma alternância de gera-
ções isomórfica.
Se for de interesse, cite a reprodução da alga parda do gênero Laminaria para indicar uma alternância
de gerações heteromórfica (hetero e morpho, que significam, respectivamente, “diferente” e “forma”), pois
os gametófitos e os esporófitos são morfologicamente diferentes entre si. O esporófito dessa alga é bem
desenvolvido e possui o talo dividido em apreensório, estipe e lâminas. Já o gametófito é bem reduzido e fica
aderido ao substrato rochoso existente no meio aquático.
Se julgar conveniente, comente com os estudantes a relação entre Zoologia e Botânica, apresentando os
ciclos reprodutivos dos cnidários e das plantas, pois ambos apresentam alternância de gerações. No entanto,
é essencial que eles entendam que não se trata do mesmo tipo de ciclo reprodutivo, uma vez que nos cni-
dários a meiose produz gametas e nas plantas produz esporos. Além disso, nos vegetais, ocorre a produção
de esporos e de gametas, e as fases esporofítica e gametofítica possuem diferentes ploidias; nos cnidários,
ocorre a produção apenas de gametas, e as fases polipoides e medusoides possuem a mesma ploidia.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

18 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Leitura extra

Evolução das plantas com ênfase na forma de reprodução


[...]
A evolução das plantas está associada à ocorrência de uma série de mudanças no gametófito e no
esporófito. Atualmente, a hipótese mais aceita é a de que um ancestral, produtor de esporos, que vivia
em ambientes aquáticos, teria dado origem às primeiras plantas terrestres. Este teria sofrido alterações
(mutações) nas fases gametofítica e esporofítica, resultando em plantas com geração gametofítica am-
plificada a qual era nutricionalmente independente, representada pelo modo de reprodução da maioria
das plantas não vasculares (briófitas); e plantas com a geração esporofítica amplificada, que produziam
esporófito nutricionalmente independente, modo de reprodução das plantas vasculares (traqueófitas).
O surgimento do estágio gametofítico deve ter aumentado a dependência pela água, que passou a ser
essencial para que o gametófito pudesse transferir os gametas masculinos até os femininos, bem como
para o crescimento inicial do embrião esporofítico. Por outro lado, as plantas que desenvolveram uma ge-
ração esporofítica amplificada teriam apresentado um decréscimo na necessidade de água, que aliado à
contínua dessecação do ambiente teria selecionado a favor de estágio esporofítico nutricionalmente in-
dependente; assim, nem a produção de esporos nem a sua disseminação necessitavam de água. Os indi-
víduos mutantes que surgiram neste período apresentaram redução no tamanho e na complexidade dos
gametófitos comparados aos esporófitos e deram origem à fase esporofítica independente. Esta estratégia
aumentou a resistência à seca e a dessecação. Outros mutantes apresentaram gametófitos de tamanho
maior e se tornaram fisiologicamente dependentes de ambientes úmidos para transferir seus gametas
devido à geração gametofítica amplificada.
[...]
KARASAWA, Marines Marli Gniech. Diversidade reprodutiva de plantas.
Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, 2009.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e a retomada do conteúdo
estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares, proporcionando aos
estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

19 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Capítulo 2 – Reino Vegetal
Nesse capítulo, serão apresentados a origem evolutiva, as principais características e
os principais grupos de plantas. Além disso, será feita uma revisão das principais estruturas
da célula vegetal, que são importantes para a compreensão dos assuntos relacionados à
­Botânica que serão abordados em capítulos posteriores.
A imagem de abertura mostra algas verdes do grupo das carófitas no rio Sucuri (Brasil) e
busca inserir a turma no assunto do capítulo. As perguntas que seguem o texto de abertura, as
quais serão respondidas ao longo da aula, instigam os estudantes ao pensamento científico e
possibilitam o levantamento de conhecimentos prévios.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Que características são compartilhadas entre as algas e as plantas?
Algas são organismos eucariontes, apresentam cloroplastos e realizam fotossíntese. Mui-
tas algas possuem celulose na parede celular e armazenam amido, características que
também são compartilhadas com as plantas. Algumas algas possuem ciclo reprodutivo
com alternância de gerações, presente em todos os representantes do reino Plantae.
ɒ Cite duas características exclusivas das plantas e que estão ausentes nas algas.
Presença de embriões protegidos e nutridos por tecido originado da planta-mãe, gametân-
gios pluricelulares com células protetoras, esporângios pluricelulares, esporos com espo-
ropolenina, cutícula e micorriza.
ɒ Quais são as principais características utilizadas para separar as plantas atualmente exis-
tentes em briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas?
Presença/ausência de tecidos vasculares, sementes e frutos. As briófitas não apresentam
nenhuma dessas estruturas. As pteridófitas têm apenas tecidos vasculares. As gimnosper-
mas têm tecidos vasculares e sementes. As angiospermas são dotadas de tecidos vascu-
lares, sementes e frutos.

Abordagem teórica
Inicie a aula explicando à turma as principais diferenças existentes entre as algas e as plan-
tas. Em seguida, cite quais são os principais grupos informais do reino Plantae e indique pelo
menos um representante de cada grupo.
Na sequência, mostre aos estudantes as principais estruturas existentes na célula vegetal,
dando ênfase àquelas que tornam as plantas diferentes dos fungos e dos animais. Reveja as
características estruturais dos cloroplastos e as diferenças entre eles, bem como os demais
tipos de plastos, pois esse conceito será abordado mais adiante, nas aulas de anatomia vege-
tal. Aproveite para indicar à turma a estrutura da organela denominada vacúolo e as funções
desempenhadas por ela. Essa organela é bem conspícua nas células vegetais.
Ressalte os componentes da parede celular, indicando a diferença entre a parede primária,
a secundária e a lamela média. Nesse momento, destaque as pontuações e os plasmodesmos
para que os estudantes percebam que, mesmo tendo células revestidas por paredes espes-
sas, as células vegetais realizam trocas entre si.
Explore, na sequência, as características – presentes em plantas e ausentes nas algas –
que foram importantes para a vida em ambiente terrestre. Retome, por exemplo, o ciclo di-
plobionte, destacando a presença de embriões protegidos e nutridos por tecido proveniente
da planta-mãe, gametângios pluricelulares com células protetoras, esporângios pluricelulares
com células protetoras e esporos com esporopolenina. Aproveite para destacar a importân-
cia da cutícula e da simbiose com fungos (micorriza) para a ocupação do ambiente terrestre
pelas plantas.

20 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Para finalizar a aula, mostre aos estudantes as diversas formas de classificação das plantas em grupos
distintos e a filogenia do reino Vegetal. Aproveite para construir o cladograma simplificado do reino Vegetal,
indicando a relação de parentesco evolutivo entre briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, pois,
além de ser um grande resumo das principais características existentes em cada um dos grupos, é um exce-
lente treinamento de construção e de interpretação de árvores filogenéticas.
É fundamental que os estudantes percebam a importância estrutural das moléculas de celulose, existentes
nas paredes das células vegetais. Além disso, as outras moléculas existentes na parede da célula podem
auxiliar na sustentação ou até mesmo na impermeabilização dos tecidos existentes nos vegetais.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e a retomada do conteúdo
estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares, proporcionando aos
estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

21 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Capítulo 3 – Briófitas e pteridófitas
Nesse capítulo serão apresentadas as características gerais, a reprodução, a classificação
e a importância ecológica e econômica das plantas conhecidas como briófitas e pteridófitas.
A imagem de abertura mostra uma floresta de pteridófitas do período Carbonífero e busca
inserir a turma no assunto que será estudado no capítulo. As questões as quais seguem o tex-
to de abertura, as quais serão respondidas ao longo da aula, podem instigar os estudantes ao
pensamento científico e possibilitam o levantamento de seus conhecimentos prévios.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Quais plantas pertencem ao grupo das briófitas?
Hepáticas, antóceros e musgos.
ɒ Quais plantas pertencem ao grupo das pteridófitas?
Samambaias, avencas e cavalinhas.
ɒ Qual combustível fóssil foi formado a partir das primeiras florestas de plantas vasculares
existentes no planeta Terra?
As florestas do período Carbonífero foram transformadas em carvão mineral.

Abordagem teórica
Inicie o estudo das briófitas com a análise das características distintivas dessas plantas,
como a ausência de xilema e floema, a presença de gametófito como fase dominante do ci-
clo reprodutivo e a ausência de órgãos vegetativos. Aproveite para indicar aos estudantes a
relação entre a ausência de tecidos vasculares e o pequeno porte apresentado pelas plantas
desse grupo.
Na sequência, descreva as estruturas existentes nos gametófitos das briófitas, como rizoi-
des, cauloides, filoides e gametângios (arquegônios e anterídios). Para dar continuidade, mos-
tre as estruturas existentes no esporófito, como pé, seta e cápsula. Nesse momento, compare
as duas fases do ciclo reprodutivo das briófitas (esporófito e gametófito) para que os estudan-
tes identifiquem qual delas é a fase dominante.
Destaque a importância ecológica das briófitas, principalmente o papel dos musgos na
ocupação de ambientes desabitados (sucessão ecológica primária).
Depois de estudar as características morfológicas, apresente as formas de reprodução
assexuada e sexuada existentes nos representantes desse grupo. Utilize o ciclo reprodutivo
dos musgos, presente no livro, para explicar como ocorre a reprodução sexuada nas briófitas.
Finalize o tema briófitas mostrando à turma a classificação atual dessas plantas e destacan-
do as principais diferenças existentes entre as hepáticas, os antóceros e os musgos. Nesse
momento, discuta com a turma o significado do termo “briófitas”, que pode ser utilizado para
se referir a todas as plantas avasculares ou apenas aos representantes da divisão Bryophyta.
Depois de finalizar o estudo das briófitas, apresente o grupo das pteridófitas. Inicie o es-
tudo com a análise das características gerais dessas plantas, como a presença de xilema e
floema, de esporófito como fase dominante do ciclo reprodutivo e de órgãos vegetativos.
Aproveite para indicar aos estudantes a relação entre a presença de tecidos vasculares ligni-
ficados e o maior porte apresentado pelas plantas desse grupo.
Aborde a importância ecológica e econômica das pteridófitas, destacando a relação entre
as primeiras florestas desses indivíduos existentes no planeta e a formação do carvão mineral.

22 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Se julgar pertinente, pode-se estabelecer a relação entre pteridófitas, resfriamento e aquecimento do
planeta. É importante que os estudantes identifiquem a relação entre as disciplinas que estudam a história da
vida e da Terra (Biologia evolutiva e Geologia). Durante o crescimento das primeiras florestas de pteridófitas,
ocorreu consumo de gás carbônico na fotossíntese e diminuição da concentração desse gás na atmosfera
terrestre, promovendo resfriamento global e formação de extensas geleiras. Essas florestas foram transfor-
madas, ao longo do tempo, em carvão mineral, que é atualmente utilizado como fonte de energia em vários
países. A queima do carvão libera o carbono na atmosfera na forma de gás carbônico, um dos principais
gases responsáveis pela retenção de calor no planeta e pelo aquecimento global.
Na sequência, descreva as estruturas existentes nos esporófitos, como raízes, caules, folhas e esporân-
gios. Aproveite para destacar as principais funções exercidas por cada um dos órgãos vegetativos no meta-
bolismo vegetal e para indicar aos estudantes a relação entre soros, esporângios e esporos nas samambaias.
Em seguida, descreva as estruturas existentes no gametófito bissexuado das samambaias, como anterí-
dios, arquegônios e rizoides. Nesse momento, é importante comparar as duas fases do ciclo reprodutivo das
pteridófitas (esporófito e gametófito) para que a turma identifique qual delas é a fase dominante.
Depois de estudar as características morfológicas, apresente aos estudantes as formas de reprodução as-
sexuada e sexuada existentes nos representantes desse grupo. Utilize o ciclo reprodutivo das samambaias,
presente no livro, para explicar como ocorre a reprodução sexuada nas pteridófitas.
Finalize a aula indicando as principais características dos representantes das duas divisões atuais de plan-
tas vasculares sem sementes: Lycophyta e Pterophyta. Nesse momento, discuta com a turma o significado
do termo pteridófitas, que pode ser utilizado para se referir a todas as plantas vasculares sem sementes ou
apenas aos representantes da divisão Pterophyta.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

Leitura extra

Pteridófitas
[...]
As pteridófitas são consideradas um grupo artificial composto por quatro filos extintos e dois filos
atuais de plantas vasculares sem sementes. Dentre os filos extintos, Rhyniophyta, Zosterophyllophyta e
Trimerophytophyta não possuíam diferenciação de folhas e raízes, sendo os dois primeiros formados por
caules de ramificação dicotômica e o último com uma ramificação mais complexa formando sistemas de
ramificação lateral. Esses filos eram homosporados com os esporângios formados nas extremidades dos
ramos, sendo que em Zosterophyllophyta estes são formados lateralmente em pedicelos curtos enquan-
to em Rhyniophyta e Trimerophytophyta são sempre terminais. As Progymnospermophyta possuíam
uma ramificação ainda mais complexa, estruturas semelhantes a folhas, crescimento secundário e es-
pécies homosporadas e heterosporadas, o que leva a crer que este filo esteja relacionado com o ancestral
das plantas vasculares com sementes. Dentre os filos atuais, Lycophyta foi reconhecido por diversos sis-
temas de classificação e foi mantido como um grupo monofilético após os estudos de sistemática mole-
cular, enquanto o filo Pterophyta assimilou os antigos filos Psilotophyta e Sphenophyta, agora tratados
como as ordens Psilotales e Equisetales, respectivamente.
Pteridófitas. Sistemática de criptógamas.
Disponível em: www.criptogamas.ib.ufu.br/node/554. Acesso em: 3 nov. 2022.

23 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios das se-
ções “Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreen­
são e a retomada do conteúdo estudado. Além disso, essas seções apresentam atividades recentes de
diversos vestibulares, proporcionando aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais
universidades do país.

24 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


FRENTE B

2
UNIDADE
Reino Vegetal II

Esta unidade é dedicada ao estudo das espermatófitas, plantas que produzem sementes
e, para reproduzir-se, são independentes da água no estado líquido presente no ambiente
em que vivem. Os estudantes serão apresentados à morfologia, à reprodução, à classifi-
cação e à ecologia dessas espécies vegetais, além de serem incentivados a reconhecer a
importância delas na vida humana. As perguntas que abrem a unidade são estratégias que
contribuem para o levantamento do conhecimento prévio da turma sobre as espermatófitas.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura da unidade:
ɒ Quais plantas são consideradas espermatófitas?
As plantas do grupo das gimnospermas, como pinheiros e sequoias, e do grupo das an-
giospermas, como orquídeas e leguminosas.
ɒ Por que a presença de semente tende a aumentar o sucesso reprodutivo de uma planta?
Porque o embrião fica envolvido por tecido nutritivo e por um envoltório protetor, aumen-
tando sua chance de sobrevivência em ambiente terrestre.
ɒ Cite outra novidade evolutiva relacionada à reprodução presente em espermatófitas.
Grão de pólen e tubo polínico.

Capítulo 4 – Gimnospermas
Nesse capítulo, serão apresentadas as características gerais, a reprodução e a classifica-
ção das plantas atualmente conhecidas como gimnospermas.
A imagem de abertura do capítulo mostra as araucárias, conhecidas popularmente como
pinheiros-do-paraná, e busca inserir a turma no assunto que será estudado a partir desse mo-
mento. As perguntas que seguem o texto de abertura, as quais serão respondidas ao longo
da aula, podem instigar os estudantes ao pensamento científico e permitir o levantamento de
seus conhecimentos prévios.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Além da araucária, cite outros exemplos de plantas do grupo das gimnospermas.
Pinheiros, ciprestes, cedros, sequoias e abetos.
ɒ Que animal, símbolo do Paraná, realiza a dispersão dos pinhões, sementes da araucária?
Uma ave conhecida como gralha-azul.
ɒ Por que podemos dizer que as gimnospermas conquistaram definitivamente o ambiente
terrestre?
Porque, para ocorrer a fecundação, o transporte das estruturas reprodutivas dessas plan-
tas não é dependente de água no estado líquido.

25 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Abordagem teórica
Inicie a aula apresentando as características gerais das fanerógamas, como a presença de esporófito do-
minante, órgãos vegetativos e tecidos vasculares. Nesse momento, indique aos estudantes que essas plantas
apresentam como novidade evolutiva o crescimento secundário, característica ausente nas pteridófitas, que
possibilita o maior porte apresentado por muitos organismos.
Na sequência, explique a heterosporia, novidade evolutiva presente em todas as fanerógamas. Nesse
momento, indique as vantagens da endosporia e da retenção dos esporos no esporófito para a diversificação
das espermatófitas em ambiente terrestre.
Para dar continuidade, apresente como ocorre a formação de pólen a partir dos microsporócitos existentes
dentro dos estróbilos masculinos. Indique a estrutura interna do pólen e como ele participa da formação do
tubo polínico. Nesse momento, compare a fecundação das pteridófitas com a das coníferas, para que os estu-
dantes percebam a contribuição da sifonogamia – o tubo polínico leva os gametas masculinos até os gametas
femininos sem a necessidade de água no estado líquido presente no ambiente para ser usada como meio de
transporte – para a conquista definitiva do ambiente terrestre pelas gimnospermas.
Em seguida, apresente a formação das sementes a partir dos óvulos das gimnospermas. Inicie mostrando
os componentes dos óvulos, para que os estudantes identifiquem que se trata de estruturas pluricelulares (e
não unicelulares, como nos animais). Indique o processo de formação dos megásporos. Mostre as estruturas
existentes nas sementes dos pinheiros e como elas marcam o sucesso reprodutivo das espermatófitas.
É interessante que a turma perceba a relação entre a megasporogênese das espermatófitas e a ovogê-
nese de muitos animais, traçando um comparativo entre Botânica e Zoologia. Nos dois processos, esclareça
que apenas uma célula viável é formada, sendo um exemplo de analogia existente entre plantas e animais.
Nos dois casos, os estudantes precisam relacionar a degeneração das demais células formadas pela meiose
como uma vantagem evolutiva, já que ocorre a economia de recursos, evitando a competição por nutrientes
que poderia ocorrer, caso essas células fossem preservadas.
Depois de analisar as características gerais, descreva o ciclo reprodutivo dos pinheiros, para ilustrar a
reprodução das gimnospermas. Nesse momento, é fundamental destacar o processo de polinização, de fe-
cundação e de dispersão das sementes. Faça uma breve comparação entre o ciclo do pinheiro, indicado no
livro, e o da araucária.
Termine a aula indicando as principais características das quatro divisões de gimnospermas atualmente
existentes: cicadófitas, ginkgófitas, gnetófitas e coníferas. Utilize as diversas imagens existentes no livro para
mostrar a variedade morfológica apresentada pelos representantes atuais de gimnospermas.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

26 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Leitura extra

Cultivo da araucária
O pinheiro-do-paraná, também conhecido como pinheiro-araucária, pinheiro-brasileiro, entre outras de-
nominações, é uma espécie que teve sua origem há 200 milhões de anos, quando surgiram as árvores primi-
tivas com sementes sem frutos, as coníferas, ordem a que pertence a Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze.
As espécies da família Araucariaceae encontram-se unicamente no Hemisfério Sul, sendo que ape-
nas duas delas ocorrem na América do Sul: a Araucaria angustifolia e a Araucaria araucana. O pinheiro-
-do-paraná apresenta ampla área de ocorrência natural, abrangendo populações esparsas na região Su-
deste, em toda a região Sul do Brasil, na Argentina (região de Misiones) e no Paraguai, pontualmente.
O pinheiro-do-paraná apresenta grande porte, podendo atingir até 50 metros de altura, formando o
estrato superior da floresta. Quando jovens, as plantas possuem copa em forma de cone, tomando forma
de taça na idade adulta. O tronco é reto e ramifica-se apenas no topo, formando uma copa característica.
As folhas são de coloração verde-escura e persistem durante o inverno.
A espécie destaca-se na paisagem pela rara beleza, além de ocorrer em vários estados brasileiros,
como no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os pinheiros
dominaram a paisagem no Sul do Brasil, na sua área de ocorrência, provavelmente desde a última glacia-
ção até o final do século XIX; contudo, na atualidade, sua área remanescente é bem menor, comparativa-
mente aos 200 mil km² estimados da área originalmente ocupada.
Em função da redução da Floresta ombrófila mista (Floresta com araucária) para menos de 1% da
sua área original, várias restrições têm sido impostas à exploração desse bioma, especialmente de sua
principal espécie, a Araucaria angustifolia. Assim, é de grande importância o plantio dessa espécie para
as diversas finalidades, pois somente dessa forma será possível utilizá-la, sem comprometer o patrimô-
nio genético restante, já tão ameaçado. A publicação eletrônica de mais este sistema de produção insere
o pinheiro-do-paraná no grupo de espécies que farão parte do processo de criação de uma agência de
informação sobre espécies florestais de importância socioeconômica e ambiental.
Cultivo da Araucária. Embrapa Florestas. Brasília, 2. ed. out. 2014. Disponível em:
https://www.spo.cnptia.embrapa.br/conteudo?p_p_id=conteudoportlet_WAR_sistemasdeproducaolf6_1ga1ceportlet&p_p_lifecycle=0&p_p_
state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-2&p_p_col_count=1&p_r_p_-76293187_sistemaProducaoId=3505&p_r_p_-996514994_topi-
coId=2851. Acesso em: 3 nov. 2022.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e a retomada do conteúdo
estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares, proporcionando aos
estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

27 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Capítulo 5 – Angiospermas
Nesse capítulo serão apresentadas as características gerais, a reprodução e a classificação
das plantas atualmente conhecidas como angiospermas.
A imagem de abertura mostra diversas flores e busca inserir a turma no assunto que
será estudado no capítulo. As questões que seguem o texto de abertura, as quais serão
respondidas ao longo da aula, incentivam os estudantes ao pensamento científico e possibilitam
o levantamento de seus conhecimentos prévios.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Como as flores conseguem atrair os animais polinizadores?
As flores possuem pétalas com cores e/ou odores atraentes. Além disso, produzem néctar
que serve de fonte de alimento para estimular os polinizadores a visitar outras flores de plan-
tas da mesma espécie.
ɒ Quais animais podem realizar a polinização das angiospermas?
Insetos (abelhas, borboletas, mariposas, moscas), aves e morcegos.
ɒ Qual é a diferença entre as gimnospermas e as angiospermas com relação às sementes?
As gimnospermas apresentam sementes sem frutos, e as angiospermas têm sementes envol-
vidas pelos frutos.

Abordagem teórica
Inicie comparando as angiospermas com os demais grupos do reino Vegetal e apresente à
turma as principais novidades evolutivas exclusivas das plantas desse grupo. Nesse momento,
indique que as angiospermas representam o grupo de maior sucesso no ambiente terrestre,
ocupando praticamente todos os biomas existentes no planeta.
Em seguida, descreva as estruturas existentes em uma flor completa de angiosperma e
indique as vantagens da presença desse órgão, ressaltando que uma das características mais
marcantes do grupo é a presença de frutos.
Para dar continuidade, mostre à turma como ocorre a formação de pólen a partir dos mi-
crosporócitos existentes dentro das anteras. Indique a estrutura interna do pólen e como ele
participa da formação do tubo polínico. Relembre que a sifonogamia já ocorria nas gimnosper-
mas e foi mantida nas angiospermas, representando, assim, uma característica importante à
conquista definitiva do ambiente terrestre pelas plantas.
Em seguida, explique como ocorre a formação do saco embrionário a partir dos megaspo-
rócitos existentes dentro dos óvulos. Mostre os componentes do óvulo, para que a turma per-
ceba que se trata de uma estrutura pluricelular (e não unicelular, como nos animais). Indique
aos estudantes as células componentes do saco embrionário, destacando a oosfera e a célula
central, que participarão da dupla fecundação.
Depois de analisar a formação do pólen e do saco embrionário, descreva como ocorre a
dupla fecundação nas angiospermas, assunto de grande destaque por ser uma característica
exclusiva das plantas desse grupo. Na sequência, ressalte que o óvulo fecundado se trans-
forma em semente e mostre as estruturas típicas existentes na maioria delas. Faça uma breve
comparação entre as sementes de gimnospermas e angiospermas, destacando a vantagem
da triploidia do endosperma das angiospermas em relação à haploidia do endosperma das
gimnospermas.
Aproveite para explicar a participação do ovário na formação dos frutos, órgão exclusivo
desse grupo de plantas, indicando suas principais funções.
Na sequência, explique a reprodução das angiospermas, iniciando pela reprodução asse-
xuada. Mostre os tipos de propagação vegetativa utilizados pela humanidade para a produção

28 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


de produtos agrícolas de nosso interesse. Em seguida, apresente a reprodução sexuada destacando as prin-
cipais fases: floração, polinização, fecundação e formação, dispersão e germinação das sementes.
Um assunto de destaque é a polinização. Inicie esse assunto discutindo a diferença entre autopolini-
zação e polinização cruzada, destacando as vantagens e as desvantagens de cada um desses métodos.
Apresente as características das principais formas de polinização conhecidas: anemofilia, ornitofilia, quirop-
terofilia e entomofilia.
É interessante que os estudantes relacionem o conhecimento sobre os órgãos florais ao processo de
polinização para a descoberta dos mecanismos da hereditariedade por Mendel, uma vez que as flores das
ervilhas estudadas por ele são fechadas e realizam, comumente, apenas a autofecundação.
Indique à turma as principais características dos quatro grupos de angiospermas atualmente existentes:
angiospermas basais, m ­ agnolídeas, monocotiledôneas e eudicotiledôneas. Utilize o quadro comparativo para
destacar as principais diferenças entre monocotiledôneas e eudicotiledôneas, que são os principais grupos
de angiospermas.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios das se-
ções “Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Ressalte que essa tarefa é importante para a ­compreensão
e a retomada do conteúdo estudado. Além disso, essas seções apresentam atividades recentes de diversos
vestibulares, proporcionando aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universida-
des do país.

29 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


FRENTE B

3
UNIDADE
Anatomia vegetal

Nesta unidade, serão abordadas as principais características estruturais e funcionais dos


seguintes tecidos existentes no corpo das plantas: meristemas, epiderme, súber, colênquima,
esclerênquima, floema, xilema, parênquima e estruturas secretoras.
A imagem de abertura da unidade mostra uma microscopia do corte transversal do caule
de uma monocotiledônea. A análise dessa fotografia busca inserir os estudantes no contexto
do assunto que será estudado nos capítulos desta unidade. As perguntas que seguem o tex-
to de abertura, as quais serão respondidas ao longo das aulas, contribuem para despertar o
pensamento científico e possibilitam explorar os conhecimentos prévios trazidos pela turma.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura da unidade:
ɒ Como são formados os anéis de crescimento nas plantas?
Os anéis de crescimento são formados a partir da atividade diferencial das células do
câmbio, que produz xilema secundário com células mais largas na primavera e mais finas
no outono. A diferença de espessura das células fica visível no caule, na forma de anéis
de crescimento.
ɒ Além do xilema, quais outros tipos de tecido podem ser encontrados nos vegetais?
Podem ser encontrados meristema, parênquima, floema, epiderme, súber, colênquima e
esclerênquima.
ɒ Que componente das células vegetais está em destaque na imagem?
Parede celular.

Capítulo 6 – Tecidos meristemáticos


Neste capítulo, serão apresentadas as principais características estruturais e funcionais do
tecido meristemático existente nas plantas. Além disso, será apresentado o mecanismo de
formação dos anéis de crescimento nas plantas arbóreas e como essa característica pode ser
usada para estimar a idade de uma árvore.
A fotografia da abertura do capítulo mostra células do tecido meristemático, de um corte
de raiz de cebola, em várias etapas da divisão mitótica. As perguntas que seguem o texto de
abertura, e, assim como as que constam na abertura de unidade, serão respondidas ao longo
das aulas. Essa problematização inicial contribui para desenvolver nos estudantes as bases
da investigação científica e favorecem a articulação dos conhecimentos prévios aos conceitos
que serão construídos no decorrer do capítulo.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Por que as células meristemáticas são células-tronco?
Porque essas células podem se diferenciar em outros tipos celulares existentes nas plantas.
ɒ Em quais locais do corpo das plantas as células meristemáticas podem ser encontradas?
Nas gemas apicais caulinares, nas gemas laterais e nas regiões subapicais das raízes.
ɒ Quais plantas apresentam meristemas secundários e qual é a função desses tecidos?
Gimnospermas e eudicotiledôneas. Os meristemas secundários são responsáveis pelo
crescimento secundário, ou seja, pelo crescimento em espessura de caules e raízes.

30 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Abordagem teórica
Inicie a aula com uma discussão sobre o conceito de tecido e uma breve apresentação dos três tipos de
sistema de tecidos existentes nas plantas: o sistema dérmico, o sistema fundamental e o sistema vascular.
Na sequência, apresente as características estruturais de uma célula meristemática, bem como a localiza-
ção dos meristemas apicais e laterais nas plantas. Destaque a diferença entre as células iniciais e as células
derivadas, que surgem a partir da divisão dos meristemas.
Para dar continuidade, localize nas imagens os meristemas apicais e apresente os tipos de meristema
primário (protoderme, meristema fundamental e procâmbio), bem como os tipos de tecido primário que cada
um desses tecidos podem formar.
Protoderme → epiderme
Meristema fundamental → parênquima, colênquima e esclerênquima
Procâmbio → floema e xilema primários
Ao abordar o estudo dos meristemas secundários (felogênio e câmbio), destaque a participação desses
meristemas no crescimento secundário das plantas, indicando os tecidos formados pelo felogênio e pelo
câmbio. Com relação ao xilema secundário, ressalte que ele forma a madeira da planta e é dividido em cerne
e alburno.
O capítulo pode ser finalizado com o estudo dos anéis de crescimento existentes no xilema secundário
das plantas. Nesse momento, chame a atenção para a diferença de atividade do câmbio na primavera, for-
mando lenho primaveril, e no outono, formando o lenho estival.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

Leitura extra

Identificação de anéis anuais de crescimento e estimativa de idade


e incremento anual em diâmetro de espécies nativas do pantanal da
Nhecolândia, MS
Estudos de anéis de crescimento em árvores tropicais são cada vez mais frequentes. Sua importância
está relacionada com o conhecimento dos fatores ambientais que influenciam as taxas de crescimento,
a produção de madeira e sua qualidade, o intervalo de rotação e as taxas de reposição. Essas informações
são de grande relevância para a elaboração dos planos de corte e plantio, ou mesmo para a manutenção
de florestas naturais [...]
O crescimento das plantas é decorrente não apenas do seu genótipo, mas também do seu habitat. Em
regiões tropicais onde não ocorre uma estação de repouso definida, a tendência de se produzir um ciclo
anatômico em estruturas celulares é muito reduzida, pois a formação dos anéis de crescimento depende
da ocorrência de fatores limitantes ao crescimento das árvores e das características genéticas de cada espé-
cie. No entanto, existem regiões tropicais com sazonalidade marcada por estação seca anual, por períodos
de inundação [...], ou por ambientes com estação seca moderada, mas com solos bem drenados, onde as
árvores passam por uma fase de dormência, levando à formação de anéis anuais de crescimento. [...] Em
ambientes com sazonalidade climática bem definida, o crescimento periódico da árvore é indicado pelo
comportamento da perda de folhas e está relacionado com um alongamento anual periódico do ramo. [...]
Mattos, Patrícia Póvoa de. Identificação de anéis anuais de crescimento e estimativa de idade e incremento anual em diâmetro de
espécies nativas do pantanal da Nhecolândia, MS. 1 999. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/25399/T%20-%20
MATTOS%2C%20PATRICIA%20POVOA%20DE.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 3 nov. 2022.

31 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Conhecer a idade das árvores: importância e aplicação
[...]
O lenho inicial corresponde ao crescimento da árvore no início do período vegetativo, normalmen-
te a primavera, quando as plantas despertam do período de dormência e reassumem suas atividades
fisiológicas com todo o vigor. Com a aproximação do fim do período vegetativo, normalmente o outo-
no, as células diminuem paulatinamente a sua atividade fisiológica. Em consequência, suas paredes
celulares tornam-se gradualmente mais espessas e suas cavidades menores. Isso dá ao lenho tardio
uma tonalidade mais escura que permite distinguí-lo do inicial ou primaveril. É essa alternância de
cores que evidencia os anéis de crescimento de muitas espécies, em especial das Gimnospermas, vul-
garmente conhecidas como coníferas. Em madeiras de Angiospermas, comumente designadas folho-
sas, os anéis de crescimento podem destacar-se por diferentes padrões de características anatômicas
na madeira (Burger & Richter, 1991), proporcionando-lhes uma maior complexidade e variação na
formação das camadas de crescimento [...]

A B

Seções transversais do tronco de (A) angico (Anadenanthera macrocarpa); e (B) cumaru


(Dipteryx alata), [...] evidenciando os anéis de crescimento (“setas”), caracterizados por
diferentes padrões estruturais.

[...] Os anéis de crescimento não são, portanto, necessariamente anuais. Também, é comum encon-
trar anéis de crescimento descontínuos, que não formam um círculo completo em torno da medula. Há,
ainda, os chamados falsos anéis de crescimento, que ocorrem quando se forma mais de um anel por
período vegetativo. Essas situações fora do padrão normal dificultam a determinação exata da idade de
uma árvore.
BOTOSSO, Paulo Cesar; MATTOS, Patrícia Póvoa de. Conhecer a idade das árvores:
importância e aplicação. Colombo: Embrapa Florestas, 2002. Disponível em:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/17085/1/doc75.pdf. Acesso em: 3 nov. 2022.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios da


seção “Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e a retomada
do conteúdo estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares,
proporcionando aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

32 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Capítulo 7 – Tecidos adultos
Nesse capítulo, serão apresentadas as principais características estruturais e funcionais
dos seguintes tecidos adultos que compõem o corpo das plantas: tecidos de revestimento
(epiderme e súber), tecidos de sustentação (colênquima e esclerênquima), tecidos de condu-
ção de seiva (floema e xilema), parênquima (fundamental, fotossintético e de armazenamento)
e algumas estruturas secretoras (glândulas de sal, hidatódios, nectários e laticíferos).
A imagem de abertura do capítulo mostra a epiderme da planta Salvia sclarea, vista em
microscopia eletrônica de varredura, com destaque para os tricomas secretores de óleos es-
senciais. Para inserir os estudantes no contexto do assunto que será estudado, explore com a
turma as estruturas que são vistas na imagem: tricomas secretores e estômatos. Em seguida,
proponha a leitura do texto e das questões. As perguntas que seguem o texto de abertura, as
quais serão respondidas ao longo das aulas, contribuem para despertar o pensamento cientí-
fico e possibilitam explorar os conhecimentos prévios trazidos pela turma.
Sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo:
ɒ Em que tecido de revestimento os tricomas secretores são encontrados?
Os tricomas secretores são encontrados na epiderme.
ɒ Qual outro tecido de revestimento é encontrado nas partes mais lenhosas da planta?
O tecido que reveste as partes mais lenhosas da planta é denominado súber.
ɒ Além dos tricomas secretores, quais estruturas epidérmicas responsáveis pelas trocas ga-
sosas também podem ser observadas na eletromicrografia?
Na imagem, podem ser identificados os estômatos e as estruturas da epiderme que estão
envolvidas nas trocas gasosas realizadas entre as plantas e a atmosfera.

Abordagem teórica
Esta aula pode ser iniciada com o estudo dos tecidos de revestimento das plantas: epider-
me e súber. Com relação à epiderme, destaque a cutícula e os estômatos como uma impor-
tante estratégia para a sobrevivência das plantas no ambiente terrestre. Com relação ao súber,
explique aos estudantes que ele é formado por células mortas e a periderme é caracterizada
pelo conjunto formado por súber, felogênio e feloderme, que reveste as partes lenhosas das
plantas. Contextualize a importância econômica do súber, apresentando a extração da cortiça.
Na sequência, apresente as características estruturais dos tecidos de sustentação: colên-
quima e esclerênquima. Com relação ao colênquima, é importante destacar que se trata de um
tecido vivo e com paredes sem lignina. Já com relação ao esclerênquima, ressalte que ele é
formado por células mortas e com paredes lignificadas, que podem ser classificadas em fibras
ou esclereides. Destaque a importância das fibras flexíveis para a produção de papel, cordas
e tecidos.
Para dar continuidade, apresente as características estruturais dos tecidos condutores:
floema e xilema. Com relação ao floema, aponte as características do elemento de tubo
crivado e da célula companheira, bem como a função de transporte de seiva orgânica. Já
com relação ao xilema, comente que ele é formado por células condutoras mortas e paredes
lignificadas que, além de conduzirem água e sais mineirais, contribuem para a sustentação
da planta.
Apresente também as características e a importância dos diversos tipos de parênquima
existentes nas plantas: parênquima de preenchimento (fundamental), parênquima clorofiliano
(fotossíntese), parênquima amilífero (armazenamento de amido), parênquima aquífero (armaze-
namento de água) e parênquima aerífero (armazenamento de ar).

33 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


É importante que os estudantes identifiquem a importância da água para a sustentação das partes jovens
das plantas, como folha e ramos novos. A comparação das células dos tecidos (parênquima e colênquima)
com um colchão de ar vazio é uma transposição didática que ajuda os estudantes a compreender que apenas
as paredes primárias sem lignina, presentes nos parênquimas e nos colênquimas, não são suficientes para
sustentar o corpo primário de uma planta.
O capítulo pode ser finalizado com o estudo das principais estruturas secretoras das plantas: hidatódios,
glândulas de sal, nectários e laticíferos. Assim, ressalte a importância da presença de glândulas de sal em
plantas que vivem em ambientes hipersalinos e dos nectários que atraem animais polinizadores.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados durante as aulas.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar, como atividade extraclasse, os exercícios das se-
ções “Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreen­
são e a retomada do conteúdo estudado. Além disso, essas seções apresentam atividades recentes de
diversos vestibulares, proporcionando aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais
universidades do país.

Para saber mais

ɒ Nanuza Luiza de Menezes: uma apaixonada em meio às plantas, Maria Guimarães. Pesquisa Fapesp,
São Paulo, ed. 231, maio 2015. Entrevista com a Profa. Dra. Nanusa Luisa de Menezes, bióloga e
pesquisadora que contribuiu para o estabelecimento da anatomia vegetal como área de estudo no
Brasil. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/2015/05/15/nanuza-luiza-de-menezes-uma-
apaixonada-em-meio-as-plantas/. Acesso em: 3 nov. 2022.

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