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Gena Showalter - Senhores Do Submundo 15 - The Darkest King
Gena Showalter - Senhores Do Submundo 15 - The Darkest King
Uma dos últimos shifters unicórnios vivos, Sunday "Sunny" Lane trabalha
nas sombras como criptoanalista, fugindo de assassinos e caçadores
furtivos. Então o sombrio e sedutor William a sequestra, mantendo-a em
cativeiro no Inferno. Quanto mais eles se aproximam, mais ela anseia por
seu toque... e mais forte se torna o desejo místico de matá-lo ...
Caro leitor,
Com Amor,
Gena Showalter
Prólogo
Parte um
Reino de Lleh
Muitos milênios atrás
Prólogo
Parte dois
Reino de Maradelle
Dezesseis anos depois
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Oito
Ela anseia pelo meu beijo. Pode até estar dolorida por ele.
William quase bateu no peito em uma exibição bestial de
satisfação masculina.
Desde que ela entrou no escritório, a luxúria fervia dentro
dele, exigindo o que lhe era devido. Uma Sunny nua espalhada
sobre a mesa, com as pernas longas abertas. Ele se deleitando,
e ela gozando com um grito. Duas vezes.
O orgulho exigia que ele transformasse a fantasia em
realidade. Orgulho, apenas orgulho.
Ele deveria ter feito o que disse e usado outra pessoa
para satisfazer os seus desejos. As transas de uma noite eram
a sua principal forma de alívio do estresse, afinal. Ele apenas...
O pensamento de estar com mais alguém o deixava frio agora.
O poder de uma companheira. Ele pressionou a língua no
céu da boca.
Ele sempre acreditou que ansiava por variedade para
criar o maior número possível de memórias. Mas ele tinha
esquecido as mulheres assim que ele gozava. Portanto, sua
lógica não fazia sentido.
E se ele não precisasse de variedade para ficar satisfeito?
E se ele só precisasse... dela?
Por que não a beijar e descobrir? Com a morte dela fora
da mesa, graças à previsão sobre a derrota de Lúcifer, William
não tinha nada para explicar para ela antes.
E se o segundo beijo fosse tão ruim quanto o primeiro? O
quê, então? E se ela melhorasse, e ele se apaixonasse por ela?
Melhor dizer a ela que não. E ele diria. Não. Não. Ainda
não. A qualquer momento, ele diria a palavra...
Ela empoleirou-se na cadeira em frente à mesa dele, os
olhos cor de âmbar brilhantes piscinas de excitação, o peito
subindo e descendo em rápida sucessão, os seios esticando a
camiseta.
Ela arfava de excitação – por mim? Ela deveria. Seus
sentidos aguçados pegaram a velocidade acelerada dos
batimentos cardíacos dela. E seus mamilos... ainda pequenos
picos doces. Como as belezas devem doer.
Diga a ela que não? Não nesta vida. Por que combater o
inevitável?
O desejo o pôs de pé, a cadeira rolando atrás dele.
Cabeça erguida, ele rodeou a mesa. Em vez de abordá-la
diretamente, ele parou na frente dela e encostou-se na borda
da mesa. Deixe-a explicar seu desejo inesperado por um beijo
antes que ele fizesse um movimento. Pelo que ele sabia, ela
esperava apenas dar um nó nele. Ela não prometeu puni-lo por
mantê-la em cativeiro?
Bem, missão cumprida, beleza.
Ele cruzou os braços e ela observou o movimento com um
olhar pesado. Seu perfume mudou de deliciosamente doce
para... Que diabos é isso? Ela cheirava como a encarnação do
sexo e prazer, transformando cada inspiração dele em uma
carícia interna.
Ele endureceu em um instante, seu sangue esquentando.
Suas mãos tremiam, seu intestino apertado e ele doía... em
todos os lugares.
O que Sunny sentia?
— Você afirma não encontrar prazer em meus beijos, —
ele lembrou, seu ego sofrendo outro golpe. — Por que pedir
uma repetição? — Ela queria algo dele, talvez?
Um brilho calculado iluminou seus olhos, e ele teve que
silenciar um gemido. Prestes a lidar com seu lado sombrio
novamente.
— Você é quente e forte, com todo o equipamento certo,
— ela olhou para a ereção dele e meneou as sobrancelhas. — e
há uma boa chance de eu ser uma rainha superficial e
excitada.
— Você é então? — Ele massageou a parte de trás do
pescoço. Para mantê-la tentando adivinhar, ele disse: — Eu já
estive com rainhas superficiais e excitadas antes. Eu acho que
vou passar.
Suas unhas se transformaram em garras, um bom sinal.
— Bem. A época de acasalamento se aproxima e estou
perdendo o controle. Em outras palavras... estou com tesão.
Qualquer um serve.
Uma risada começou e morreu no fundo da garganta
dele. Sunny, consumida por desejos sexuais... Ele tremia com
uma necessidade desenfreada. Então, o resto das suas
palavras se registrou. Qualquer um serve.
Entre os dentes cerrados, ele murmurou: — Você já teve
um orgasmo, duna?
— Oh, sim. Quando estou voando sozinha, sou uma
amante incrível. A melhor que já tive.
Ele apertou com os dedos na borda da mesa para se
impedir de alcançá-la. — Você já teve um orgasmo com outra
pessoa?
— Eu... sim... não... talvez?
Ele ficou imóvel, nem mesmo ousando respirar. — Deixe-
me esclarecer a sua confusão, Sundae. Não, você não teve. —
Mas vou apresentá-la ao prazer compartilhado. Vou ensiná-la a
amar isso. A mim e a mais ninguém. — Diga-me como você se
sentiu quando nos beijamos?
Após um momento de hesitação, ela admitiu: — Eu me
senti distraída, estressada e insegura. É verdade que me sinto
insegura a cada minuto do dia.
— Foi só isso? — Nenhum indício de excitação?
Ela não respondeu, o que foi suficiente.
Ele sorriu, e ela expirou, sua fragrância inata se
intensificando, drogando-o. Mas o sorriso não durou muito.
Para agradar essa garota, ele teria que primeiro ganhar a sua
confiança. A única maneira de fazer isso? Tempo. Tempo que
ele não tinha.
Sunny passou o lábio inferior entre os dentes, deixando
um brilho de umidade para trás. Um brilho que ele queria
absorver. A pele dela corou, e ele se perguntou o quão quente
ardia.
Talvez ele pudesse dar-lhe prazer sem ganhar a confiança
dela. Ele só tinha que voltar o foco dela para algo diferente do
medo. Se ele a deixasse em um estado de agitação violenta, ele
poderia contrabandear a paixão para além das defesas dela.
Em teoria.
Vale a pena tentar. — Vamos tentar novamente, — ele
disse a ela. — Eu sou seu mestre, afinal, e você deve aprender
a responder-me adequadamente.
Os olhos dela se estreitaram. Um começo promissor.
— Minha querida Sundae, — continuou ele. — Esta é a
parte em que você diz obrigado.
Estreitando ainda mais... — Eu não tenho mestre, seu
idiota pomposo.
Ding, ding, ding. Fúria. Hora de um pouco de
contrabando de paixão.
Seu discurso se intensificou. — Não há como na camélia
eu dizer obrigado.
William esticou o braço, segurou sua nuca e a puxou
contra a linha dura do seu corpo. Os lábios dela se separaram
em um suspiro surpreso, e ele desceu, reivindicando a boca
dela com a dele, empurrando a língua entre os dentes dela.
A princípio, ela aceitou o beijo dele tão passivamente
quanto antes. Então, ela agarrou a barra da camisa dele,
segurando como se sua vida dependesse disso e participou
ativamente, perseguindo a língua dele com a dela.
O pulso dele acelerou. Ele a recompensou com uma
chupada e um beliscão. Gemidos lamentosos saíram dela. Tão
doce. Aqueles lábios carnudos e irresistíveis... tão perfeitos.
Cada centímetro dela... tão minha.
— Coloque seus braços em volta dos meus ombros, — ele
ordenou. Ela obedeceu, sem hesitar, e ele enfiou uma mão em
seus cabelos, depois usou a outra para agarrar a sua bunda e
moer sua ereção contra seu núcleo.
O êxtase! Alguma vez ele experimentou algo, algo tão
bom? Quero mais. Ele a girou e a levantou sobre a mesa,
depois abriu-lhe as pernas com os quadris. Quando ele
pressionou a sua ereção contra núcleo dela mais uma vez, um
gemido irregular a deixou. A música de uma sirene que ele não
resistiu.
Ela me deixa louco.
Não, não. Foco. Devo garantir o prazer dela. Ele lambeu,
chupou e mordiscou, inclinou a cabeça de uma maneira,
inclinou a cabeça de outra maneira, exatamente como a
maioria das mulheres amava, mas... Sunny voltou à aceitação
passiva.
Droga! O que diabos aconteceu? O que ele fez de errado
desta vez?
Ele levantou a cabeça, terminando o beijo, e pressionou a
testa contra a dela. Seu pulso não diminuiu.
— Por que você parou? — ela perguntou, e ele ficou
satisfeito ao notar que ela ofegava levemente. — Você estava
um pouco melhor do que antes.
Um pouco melhor? Um pouco melhor! Ele trabalhou a
mandíbula dele. Ela me atrai, nada mais. — Você gostou do
beijo. Por um instante. O que mudou?
— Honestamente? Você mudou.
Ele beliscou o queixo dela, a forçando a erguer o olhar
dela para o dele. Incerteza e tristeza brilhavam em seus olhos,
o brilho do cálculo desapareceu. Suas defesas tombaram,
dando a ele um vislumbre da verdadeira Sunny. Isso o afetou
em um nível tão profundo que ele não conseguiu analisar.
Finalmente, ele disse a ela: — Eu não entendo.
— No começo, você era como um fio elétrico. Mas quanto
mais nos beijávamos, mais desapegado você se tornava, como
se fosse um robô programado para beijar todos da mesma
maneira. Eu poderia ser qualquer pessoa e você não se
importaria, o que significa que não estava envolvido. O que
significava que você não se importa com o meu prazer, ou
mesmo com o seu, apenas com o resultado. O que significava
que seus motivos para me beijar não tinham nada a ver com
desejo genuíno. O que significava que você poderia ir da minha
cama para outra em um piscar de olhos. O que significava...
— Chega, — ele retrucou. — Eu entendo o seu ponto. —
E que ponto agudo, seu ego já estava em frangalhos.
De alguma forma, William encontrou forças para
arrancar as mãos dos seus cabelos sedosos e da sua bunda
perfeita, e dar um passo para trás. Tantas mulheres quanto ele
dormiu, Sunny foi a primeira a reclamar e a única que ele
esperava impressionar.
Não foi bom o suficiente. Nunca bom o suficiente.
Ele esfregou o local logo acima do coração. Que príncipe
das trevas não poderia satisfazer a sua mulher?
— Por que você dorme com tantas mulheres? — ela
perguntou, suave, tão suave.
— Por que mais? — ele brincou, dando um tom leve,
como se não tivesse se importado. Precisando de contato,
qualquer contato, com a mulher que o enlouquecia como
nenhuma outra, ele beliscou uma mecha do cabelo dela entre
os dedos. — Prazer.
— Acho que não. — Ela balançou a cabeça, tirando a
mecha dos dedos dele. — Acho que há mais do que isso.
— Não existe, — disse ele, com tom calmo. — Como
jovem príncipe do submundo, tive uma epifania surpreendente.
Se ser procurado por uma mulher me entusiasmava, quanto
mais incrível seria ser desejado por muitas mulheres?
— Ou você estava procurando... sua companheira.
— Eu não estava. — Talvez eu estivesse? Companheiros
deveriam completar você, algo que ele sempre desejou sentir. E
se ele tivesse procurado a dele, mas estivesse com muito medo
de admitir, mesmo para si mesmo?
A mera possibilidade... Cambaleando...
Ele precisava conversar sobre isso com alguém. Chocante
o suficiente, ele queria que esse alguém fosse Sunny. Ela
provou ser rápida e brilhante, suas percepções incrivelmente
precisas. Mas quando ele olhou para ela, seu olhar extasiado
pegou o brilho calculista voltou aos olhos dela, e ele soube. A
única coisa que vou conseguir dela agora - problemas.
Ele a expulsou? Não.
Ela levantou o queixo e deslizou para mais perto, mais
perto ainda. Quando ela permaneceu à distância de um
sussurro, ela estendeu a mão para tocar o rosto dele.
Ele pegou o pulso dela, parando-a. Então ele teve que
mascarar um tremor de excitação com uma tosse. O que é que
ela planejou para ele?
Um doce sorriso floresceu. Muito doce. Ela golpeou seus
cílios para ele. — Não se martirize, boneco. Então você não é
tão sexualmente suave como imaginava. E daí?. Vamos
continuar praticando. Juntos. Só você e eu.
Ele sabia que ela estava jogando algum tipo de jogo, mas
mesmo assim ele pensou: Praticar, sim. Você e eu.
Carrancudo, ele a soltou e caminhou para trás da mesa,
onde se sentou na cadeira de couro macio. Ele lhe entregaria
uma pilha de fotografias e a mandaria embora.
A qualquer momento.
Ele tinha coisas a fazer. Como criar um plano de jogo
próprio. Algo para ajudá-lo a resistir ao fascínio dela. Ele
poderia a querer, sim. Apaixonar-se por ela, não.
Qualquer. Segundo.
— Ontem, você mencionou que mantém o controle das
suas fantasias sexuais. Diga-me sobre elas. — Droga! Nem
mesmo perto do que ele planejava dizer. Ele retirou a
pergunta? De jeito nenhum.
Ainda lutando contra aqueles cílios, ela disse: — Vou lhe
dizer, felizmente, se você me contar com que frequência bate
uma e o que pensa quando faz isso. Usa a loção, pegue a
poção, sim?
Na esperança de envergonhá-lo? Logo ela aprenderia.
Nada o envergonhava. — Prefiro a expressão bater na carne,
vazar. E se você calcula a média dos últimos oito mil anos,
incluindo uma década de abstinência, acho que duas vezes por
dia.
Os olhos dela brilharam. — A sério? Uma década inteira
sem um pouco de sexo selvagem? Mas você é tão... você.
Encolhendo os ombros. — Eu estava no início das
minhas primeiras centenas, ainda apenas um garoto, quando
Lúcifer e eu éramos inimigos recentes. Hades me disse que a
abstinência aumentaria minha força, ajudando-me a vencer a
disputa. Uma década depois, quando eu estava louco de desejo,
ele admitiu que queria me atingir. — Tempos divertidos.
William acenou com a mão, dizendo: — Sua vez. Vamos ouvir
uma fantasia sexual.
Ela pensou por um momento. Com os olhos sonhadores,
disparando todos os tipos de sinos de alerta dentro da cabeça
dele, ela disse: — Imagino um homem forte e lindo. Ele está
vestido, mas não por muito tempo. Ele tira a roupa. Eu assisto.
A boca de William ficou seca. Os sinos de aviso?
Esquecidos. — E depois?
Ela ronronou com pura carnalidade sexual, quase o
desmanchando. — Ele tira as minhas também, e... lava muita
roupa, lavando nossas roupas sujas. Oh sim. Oh, bebê.
William riu, genuinamente divertido com sua inteligência.
O que o irritou! Ela evitou a pergunta dele com sucesso, ao
receber uma resposta dele, e isso era sexy como o inferno.
Definitivamente preciso de um plano de jogo. Ele entregou
a ela uma pilha de fotografias. — Veja essas. Se você descobrir
algum tipo de mensagem, entre em contato imediatamente.
— Certo. Mas, como entrar em contato com você?
Como seus celulares tendiam a ser destruídos por balas,
punhais e fogo, ele comprava ou roubava pré-pagos o tempo
todo. Querendo algum tipo de ligação 24 horas por dia, 7 dias
por semana, com Sunny, ele vasculhou sua gaveta superior e
encontrou o telefone que já havia equipado para trabalhar em
qualquer reino. Jogando para ela, ele disse: — Você encontrará
o meu número no agenda de telefones. A senha é...
— Deixe-me adivinhar. Sessenta e nove e sessenta e
nove?
— Por favor. Eu não sou tão infantil assim. A senha é e-
6
m-a-d-o-f , sem espaços. Caso você se esqueça, isso é foda-me
ao contrário.
Capítulo Onze
“Tente me parar. Eu te desafio.”
Capítulo Treze
“Eu já matei milhares - um número que não se compara com a
carnificina que está por vir.”
Você é meu.
As palavras de Sunny continuaram a reverberar dentro
da cabeça de William, sua imagem gravada em sua memória.
Aquela cascata de ondas azuis... a meia camisa, deixando
visível o inchaço inferior dos seus seios... aqueles mamilos
duros como pedra... aquela pele marrom esquia e impecável
com uma riqueza de tatuagens de rosas que ele desejava traçar
com a língua... aquele pedacinho de tecido fingindo ser
calcinha... aquelas pernas perfeitas.
O corpo da mulher era incrível, uma obra-prima da
feminilidade e de brilho da beleza do unicórnio. Um olhar para
ela, e o sangue correu direto para a sua virilha. Onde tinha
ficado desde então.
Na presença dela, tudo aumentava. Ele precisava manter
distância, mas ela o atraía como um ímã atraía o metal.
A magia que ele tirou dos demônios? Não ajudou. Ele
ansiava por Sunny com cada grama do seu ser. E ela o
desejava. A criatura mais requintada de qualquer mundo o via
como material de namorado. Ele. Um homem sem lembrança
da sua infância e com muitas lembranças de estupro e tortura.
Um príncipe do inferno sem um verdadeiro reino próprio. Um
senhor da guerra amaldiçoado que nunca conheceu o amor
verdadeiro e genuíno.
Espera. Estou questionando o meu valor? Ele fez uma
careta. Porque sim. Sim ele estava. Seu passado enojaria
Sunny? Certamente repugnava William.
Não vou contar para ela. Nunca. Se ela não decodificar o
livro dele em duas semanas, não haveria necessidade. A época
de acasalamento assumiria o controle e ela o desejaria,
independentemente disso.
— Droga! — Ele socou uma parede. Pele rachada e osso
rachado. A dor percorreu seus dedos, acumulando-se no pulso.
Ele não queria que ela o quisesse por causa de hormônios ou
feromônios, ou qualquer coisa que a época do acasalamento
fizesse com seu corpo. Ele queria que ela o quisesse por causa
do homem que ele se tinha se tornado.
Sonho mais febril e pior pesadelo, Keeley? Você acertou em
cheio.
Sunny o fez se sentir vivo. Às vezes ela até o lembrava...
de si mesmo. Ah, Merda. Ela fez. Ela era sua contraparte
feminina. Um William feminino. O melhor dos melhores. Ela
era confiante, mas vulnerável, solitária, mas social. Às vezes
mimada e sempre irreverente. Determinada e espirituosa.
Inteligente e deslumbrante. Uma criatura selvagem que precisa
de um passeio selvagem. Um desafio. Exuberante. Ela exigia o
que queria e não levava nada menos.
William a admirava muito e a desejava
desesperadamente, loucamente. Fazê-la gozar estava se
tornando uma obsessão. Como ela reagiria quando ele
conseguisse? Como ele iria?
O desejo de voltar ao estábulo bateu, e bateu forte. Não
vou voltar para Sunny. Eu não vou. Nem agora, nem mais tarde.
Após a reunião, ele garantiria que os caçadores estivessem
mortos, como esperado.
Com um bufo, William apareceu em uma boate conhecida
como Downfall. Os proprietários do clube - Bjorn, Thane e
Xerxes - tinham fechado para os clientes durante o dia,
permitindo que Hades alugasse o prédio inteiro para a reunião
com Lúcifer.
Ameaça estalou no ar, zumbindo na parte de trás do
pescoço. Veludo preto cobria as paredes, a moldura perfeita
para uma galeria de retratos com diferentes criaturas
mitológicas realizando diferentes atos sexuais depravados.
Havia centenas de pequenas mesas redondas com quatro
cadeiras. Lustres elaborados lançavam feixes suaves de luz
dourada.
Bjorn estava do outro lado da sala. Ele encontrou o olhar
de William e assentiu, reconhecendo sua chegada sem dizer
uma palavra. Ele tinha cabelos castanhos, olhos da cor de um
arco-íris e pele de madrepérola que às vezes parecia escura,
outras vezes clara. Suas asas eram de ouro maciço.
Como Axel, Bjorn e seus parceiros tinham recebido
recentemente uma promoção. Eles foram de Guerreiros para
fazer parte da Elite dos Sete, quando a maioria da antiga Elite
morreu em uma explosão celestial.
Thane parecia um anjo com cabelos loiros encaracolados,
pele bronzeada perfeita e olhos azuis perversos, enquanto
Xerxes parecia um demônio com cabelos brancos, pele branca
com cicatrizes e olhos vermelhos neon.
Hades estava lá, junto com Pandora, Lucien - colíder dos
Senhores do Submundo - e Anya. No canto oposto havia outro
Enviado. Axel.
Em um instante, o desejo ameaçou sufocar William.
Feche a distância. Ouça a voz dele. Respire seu perfume. Por
que Hades havia permitido que Axel ficasse? Ou ele tentou
forçar o macho a sair, mas Axel se recusou?
Conhecendo os dois machos... sim. Isso.
Enquanto olhava para o irmão, o desejo escureceu
também as feições de Axel - até que ele reformulou sua
expressão em seu sorriso habitual. Conheço bem esse sorriso.
Eu o usava toda vez que queria algo que não podia ter.
William olhou para Hades. Merda! Seu pai o observava
através das pálpebras cortadas, sem dúvida esperando que ele
desertasse para os Enviados, abandonando o homem que o
criou para ficar com um parente de sangue.
Eu quero... ambos na minha vida. Por enquanto, ele se
moveu na direção de Hades.
Axel ficou rígido, obviamente ofendido.
Droga! William fez uma pausa. Ele se sentia como uma
corda desgastada em um violento jogo de cabo de guerra.
Antes que Axel o emboscasse em casa, William acreditava
que ele poderia manter seu irmão fora da sua vida, sem
problemas. Como ele disse a Keeley, você não pode perder o
que nunca teve. Mas ele já experimentou o que poderia ser e
simplesmente queria mais. Muito mais.
No entanto, ele não descartaria as preocupações do
homem que o havia ensinado a se proteger e a quem ele amava.
Não até que eles tivessem a chance de falar em particular.
Então, William deu outro aceno a Axel, depois caminhou o
resto do caminho até as mesas e sentou-se entre Hades e Anya.
Hades permaneceu quieto e imóvel enquanto seu irmão
fez um punho com as mãos. O peito de William se apertou. Não
posso ajudar um sem machucar o outro. Ele cometeu um erro?
Ele deveria ter mostrado o apoio a Axel, ajudando a reparar um
relacionamento já danificado?
— Então. Onde estão os seus pirralhos, hein? — Uma
sorridente Anya bateu em seu ombro. Uma das mais belas
mulheres da existência, ela tinha uma riqueza de cabelos
claros, pele dourada perfeita e brilhantes olhos azuis. — Eu
esperava ver a Brigada Arco-Íris.
— Eles estão em uma missão para mim. — Eles ouviram
rumores sobre um possível esconderijo para Evelina.
William mal podia esperar para usá-la para arruinar a
vida de Lúcifer.
— Cerveja? — uma vampira perguntou. — Vinho? Eu?
Ah Uma das três garçonetes se oferecendo com as
bebidas. A vampira se aproximou para anotar o pedido de
William, olhando-o como a última porção de costelas em um
buffet “como o que puder”.
Nem tentado.
Maldita Sunny Lane! O que ela fez comigo? William enviou
a mulher embora.
— Então, o que foi isso que eu ouvi sobre uma mulher
que decifra códigos vivendo em seu estábulo? — Anya
perguntou, oferecendo a distração perfeita.
— Eu tenho muitos decodificadores em um bunker,
algumas mulheres, outros homens . — Não revele nada sobre
Sunny. Anya insistiria em conhecê-la. Juntas, elas destruiriam
a pouca sanidade que ele mantinha.
— Então, você conseguiu um harém Derretedor de
Calcinhas. Que fofo!
Ele revirou os olhos, dizendo: — Cale a boca e se
concentre na reunião que está por vir.
— Ohhh. É isso que você diz às suas concubinas antes de
introduzir o seu pênis nas vaginas delas?
Recostando-se, ele desviou o olhar para o homem do
outro lado dela, Lucien, que tinha cabelos pretos, pele escura e
um rosto desfigurado com cicatrizes auto infligidas. Ele
também tinha olhos bicolores - um azul, um castanho. O azul
via o mundo espiritual, enquanto o castanho via o mundo
natural.
— Faça-me um favor e lide com a sua mulher, — disse
William. Chega de falar sobre pênis e vaginas. — Ou talvez eu
precise voltar correndo para Sunny.
Também não pense mais nela!
Anya mexeu as sobrancelhas. — Ele lidou comigo antes
de chegarmos aqui.
Lucien parecia estar lutando contra um sorriso enquanto
olhava com adoração para a companheira que tinha lutado
muito para conquistar o seu coração destroçado. O fato de que
um homem que seguia as regras ter acabado noivo da deusa
menor da Anarquia explodiu a mente de William. Anya não
seguia nenhuma regra além das suas, e mesmo essas e ela
quebrava sempre que quisesse.
O que havia inicialmente unido os dois? A mesma elusiva
conexão que atraiu William a Sunny?
Que tipo de homem Sunny havia namorado no passado?
Os músculos de seus ombros se flexionaram, o desejo
forte de atacar alguém, qualquer um. Não pense no unicórnio,
lembra?
Lucien disse: — Vou lidar com ela novamente assim que
chegarmos em casa. Você tem a minha palavra.
— Então, quanto tempo planejamos esperar pela chegada
de Lúcifer? — Pandora exigiu do outro lado da mesa. Ela
estalou os nós dos dedos. — Há apenas uma razão pela qual
concordei em vir. Foi-me prometido assassinato e caos, não me
sentar e esperar por eles.
— Você terá assassinato e caos depois, — disse Hades,
com tom indulgente. — Todos nós demos nossa palavra. Hoje
vamos conversar, nada mais. Embora Lúcifer não possua
honra, vamos fingir que temos.
Honra. William acreditava que você tinha que atacar
quando surgisse uma oportunidade. Qualquer coisa pela
vitória. Alguns ataques podem ser vencidos usando palavras, a
arma mais perigosa do mundo. A língua poderia criar... e
destruir. Em uma batalha de inteligência, William empunhava
a sua com perícia. Mas Lúcifer também.
Odeio ele com todas as fibras do meu ser. Não havia
ninguém mais egoísta ou ganancioso. Ninguém mais repulsivo.
Certa vez, Lúcifer havia sido o anjo mais amado e
poderoso dos céus. Quando jovem, ele adorava o Altíssimo, seu
criador... até que um desejo de governar os céus o consumiu.
Quando ele fez uma jogada contra o seu rei, ele perdeu e caiu.
Hades o acolheu. Agora, Lúcifer ansiava por mais poder. Ele
estava repetindo seus erros, esperando tomar o lugar do seu
pai adotivo no submundo, para que ele pudesse levar todos os
demônios aos céus e lutar para destronar o Altíssimo mais uma
vez.
Que eu nunca seja tão tolo.
A aproximadamente quinze metros de distância, uma
faísca crepitante surgiu do nada. Aquela faísca cresceu,
queimando através da atmosfera, formando um portal.
Lúcifer havia chegado.
O ódio de William aumentou, envolvendo-o. Um tipo de
armadura. Pontos vermelhos se infiltraram em sua linha de
visão.
Cadeiras derraparam para trás, todos menos o Sempre
Excitado, estavam de pé. Ódio e antecipação tingiram o ar,
uma combinação maligna.
O portal se abriu totalmente, e Lúcifer atravessou,
entrando na boate.
Nada no bastardo havia mudado. Ele tinha o mesmo
cabelo loiro encaracolado, pele dourada e olhos azuis, e usava o
mesmo manto de anjo feito de penas brancas e macias.
Lúcifer ofereceu um sorriso fácil que despertou o
temperamento de William. — Olá, senhoras. Peço desculpas
pelo atraso, mas estou muito feliz por vocês estarem dispostas
a esperarem por mim.
William tomou um gole do uísque com ambrosia de
alguém antes de se levantar. Ele estalou os ossos no pescoço e
colou um sorriso irreverente antes de encarar o homem.
Lúcifer não percebeu. Ele estava muito ocupado
assistindo Hades, avaliando a sua reação.
Quando Hades deu um passo à frente, William agarrou
seu ombro, parando-o. Eu tenho isso.
O rei mais forte do submundo não era alguém que
obedecesse aos comandos dos outros, nem mesmo do seu filho.
Mesmo assim, ele deu a William um aceno quase imperceptível.
William cruzou a distância e Lúcifer fez o mesmo. Eles se
encontraram no meio, cercados por um mar de mesas e
cadeiras. O que William notou primeiro? Um inconfundível
lampejo de inveja nos olhos do seu irmão. Ele lutou com um
sorriso. A interação entre pai e filho deve ter incomodado a
ovelha negra.
Usando o seu tom mais calmo, ele disse: — Seu pedido de
desculpas foi aceito. Qualquer momento que passo com meu
pai adorado, eu saboreio. — Viu? Palavras eram armas, e ele
tinha acabado de enfiar uma faca no coração de Lúcifer.
Seu ex-irmão fez uma careta antes de se apressar para
apagar toda emoção dos seus traços. Uma habilidade que ele e
William aprenderam com Hades. — Estou tão feliz, —
respondeu Lúcifer, sua voz uma adaga coberta de seda. — Eu
teria cuidado, no entanto. Com o enorme segredo que ele está
escondendo de você, ele lhe deve mais do que o tempo dele.
E ele acabou de levar uma adaga no estômago. Nenhuma
reação. Ele mente para chateá-lo.
William estudou Lúcifer com mais atenção, uma mistura
volátil de afeto e remorso arrasando suas terminações
nervosas. Talvez até arrependimento?
O trio de emoções havia sido enterrado sob séculos de
ódio. Desde que o ódio havia surgido, o mesmo aconteceu com
todo o resto.
Como se estivesse lendo seus pensamentos - uma
habilidade que Lúcifer não possuía -, seu irmão disse: — Por
que você me odeia tanto, hum?
— Oh, deixe-me contar as razões. — Conhecido como o
Grande Enganador e o Destruidor, Lúcifer era o mal
personificado. Ele danificou tudo o que tocou e ele não pode ser
redimido. Os horrores que suas vítimas sofreram...
A raiva fervia em todas as suas células. Não revele nada.
Seja calmo... por enquanto.
— Apenas alguns anos depois que Lilith lançou a sua
maldição, uma dor me acordou de um sono profundo, — disse
William com um tom fácil. — Abri os olhos para encontrar você
ao lado da sua cama, uma adaga ensanguentada na mão,
prestes a dar um segundo golpe.
Quando Hades soube da batalha, ele ficou do lado de
William. Lúcifer se sentiu menosprezado e se mudou. O começo
do fim para o rei e o seu primeiro filho adotivo.
Lúcifer rejeitou seu argumento com um aceno. —
Algumas pessoas andam e falam enquanto dormem. Eu cometo
atos de assassinato. Não é minha culpa.
Ah, história revisionista. Uma maneira muito humana de
consolar a si mesmo pelas ações realizadas. — Você sabe, —
disse William, ainda usando aquele tom fácil. — Se você queria
me ver, não precisava marcar uma reunião elaborada. Seu
desespero está aparecendo.
Um tom de vermelho inundou as bochechas de Lúcifer,
seu precioso orgulho cortado. William - 2. Lúcifer - 1. — Eu te
dei uma desculpa para me ver. — Ele fez uma careta e
acrescentou: — Eu não vim aqui para discutir com você.
— Eu sei disso. Você veio nos ameaçar, a única peça do
seu guia “Como ser um supervilão”. A propósito, postarei meu
comentário on-line. — William pegou uma página do guia de
Sunny e fingiu um estremecimento. — Uma estrela.
— A mesma pontuação que dei ao seu livro. Falando
nisso, ouvi dizer que você encontrou uma decodificadora para
quebrar sua maldição. — Lúcifer quase transbordou de alegria.
Nenhuma reação. Calma. Firme. — O que tenho é
esperança, algo que você seria tolo de sentir. — Durante anos,
ele manteve suas metas de longo prazo em segredo, esperando
o momento perfeito para confessar. Esse momento perfeito é
agora. — Eu vou encontrar sua coroa e reivindicar seu reino,
Lucy. Governarei seus exércitos, libertarei todos que você
manteve como cativo sexual e despojarei sua posse mais
valiosa - seu orgulho. Nos próximos anos, seu nome será uma
piada, um conto de advertência e maldição, tudo em um.
Lúcifer mostrou um conjunto de presas afiadas. —
Deveríamos estar do mesmo lado, lutando contra a tirania de
Hades.
— Como se eu fosse trabalhar com você. Você rouba,
mata e destrói qualquer coisa que mais alguém ame.
— Talvez eu seja um homem mudado. De qualquer
forma, esta é a sua primeira e última chance de ingressar no
time vencedor. Meu — disse Lúcifer, seu sorriso presunçoso
retornando. Ele realmente acreditava que venceria. Engana a si
mesmo tanto quanto os outros. — Juntos, podemos despojar
Hades do seu reino e orgulho.
— Com medo de não poder fazer isso sozinho?
O sorriso caiu. Outro golpe no seu orgulho inflado.
Lento e comedido, Lúcifer percorreu um círculo em torno
de William, a barra do manto roçando no chão cinza. William
deixou que ele fizesse isso, sem se preocupar em se virar com
ele. Ao permanecer imóvel, ele transmitiu uma mensagem
clara: Lúcifer não era uma ameaça suficiente para incomodar.
Mais uma facada. Talvez o bastardo sangrasse até o final
da conversa.
— Você está contente por estar sob o controle de Hades?
— Lúcifer perguntou. — Ser a mão dele de vingança e não o
seu próprio homem? Pobre William. Faço o que quero, quando
quero. E em breve, vou querer roubar a coroa de todos reis do
Inferno, então eu vou. Ninguém pode me parar. Ninguém pode
me derrotar.
Como Lúcifer já havia provado, reagir às farpas apenas
revelava uma fraqueza. Ignorando os golpes, ele disse: — Vá em
frente. Continue me subestimando. — Eu tenho um ás na
manga. Um unicórnio previsto para ajudar minha causa.
Apesar...
Ele queria que Sunny estivesse cara a cara com Lúcifer?
A névoa vermelha voltou aos seus olhos. — Até agora, —
ele ralhou, — tratei nossas batalhas como uma forma de
preliminares. Mas chegou a hora de te foder seriamente.
Aproveite. Ou não. A escolha é sua.
Agora, para fazer o que seu ex-irmão mais odiava – se
afastar. Em essência: você não significa nada para mim.
William soprou um beijo para Lúcifer, virou-se e juntou-
se aos outros.
Lúcifer manteve uma expressão neutra, mas não
conseguiu soltar os punhos. Tão revelador. — Você continua
me provocando quando eu tenho algo que você quer muito,
muito mesmo. Veja bem, voltei ao Reino de Lleh logo depois
que a bruxa te amaldiçoou. Eu a peguei e a tranquei. Se eu não
podia ter seu livro, teria a próxima melhor coisa.
Com uma risada, William passou um braço em volta dos
ombros de Hades. — É assim mesmo? E quais são as suas
lembranças de mim tirando a cabeça dela?
— Eu estava ao seu lado e você viu apenas o que eu
queria que você visse. — Em um piscar de olhos, a imagem de
Lúcifer mudou. De alto e empilhado com músculos a esbelta
Lilith. — Uma ilusão, nada mais. Você matou um inocente e
mantém o crânio de um inocente em sua coleção.
William engoliu em seco, dúvidas surgiram. Não, não. O
Enganador estava fazendo o que ele fazia de melhor. Mentindo.
Lúcifer voltou à sua forma original e William se
perguntou: e se ele... não está?
Seu coração acelerou e sua mente se agitou. A bruxa
viveu? Ela poderia anular a sua maldição ou piorá-la?
Sorrindo, Lúcifer andou para trás. Ele deslizou pelo
portal ainda aberto. Quando ele movia o olhar para o resto do
grupo, o sorriso ficou frágil. Por que eles tinham o que ele não
tinha? Amigos.
— Uma última coisa antes de você ir, — disse Hades com
um sorriso lento. — Eu conheço você e todas as peças do seu
livro de guerra. Peguei emprestado o que você acabou de
demonstrar.
Confusão abundou.
— Oh? — Lúcifer fingiu um bocejo. — Diga.
O sorriso de Hades ficou mais amplo. No momento em
que você deixou seu principado, o rei Rathbone assumiu o seu
rosto. Por esta altura, tenho certeza de que ele dizimou metade
do seu exército. Ele é bom assim.
William deu um tapinha nas costas do macho. Este é meu
pai.
Lúcifer empalideceu. — Ele pode matar quantos
demônios quiser. Ele nunca vai me parar. — Ele voltou sua
atenção para William. — Você também não. Lilith está me
ajudando com um presente para você e Axel. Espere isso em
breve - e lágrimas. — O portal se fechou, o bastardo
desapareceu de vista.
Hades andou até a frente do grupo. — As guerras do
submundo tendem a durar séculos, mas geralmente tem
intervalos. Uma ataque aqui, uma ataque ali, intercalada com
períodos de aparente paz. A julgar pelo olhar de raiva assassina
que caiu sobre o rosto de Lúcifer, os ataques estão prestes a
começar de novo. Estejam prontos.
Oh, eu estou pronto, sem dúvida.
Ding, ding, ding. Que comece a próxima batalha.
Capítulo Quatorze
“Se você permitir que um inimigo viva hoje, espere morrer pela
mão dele amanhã.”
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
*
A escuridão rastejou sobre a terra, apenas para ser
afastada por explosões espontâneas de fogo. No topo de uma
pilha de terra e cinzas com vista para o território de Lúcifer,
William estava deitado de bruços, ombro a ombro com Axel.
Depois que Hades se recusou a ver William - novamente -
ele estava uma bagunça. Ele queria Sunny, a mesma razão
pela qual tinha se mantido afastado dela. Em vez disso, ele
visitou os Senhores para pedir emprestado a Capa da
Invisibilidade. Agora ele e Axel eram invisíveis para todos
enquanto observavam demônios entrarem e saírem.
Esta deveria ter sido uma noite excitante e
emocionalmente satisfatória. Ele se reuniu com seu irmão e
sua mulher começou a decodificar o livro. Pela primeira vez,
seu futuro tinha promessas. No entanto, a julgar pela sua
última troca de mensagens, a mulher estava chateada com ele
porque ele cancelou os planos deles.
Talvez ele devesse ter explicado o porquê, mas... eu não
deveria explicar nada a ninguém!
Como o Hades não precisa explicar nada para você?
Merda. Sua irritação com Sunny se dissipou. Ele tinha
errado com ela, não tinha? Ele insistiu que eles eram um casal.
Claro que ele lhe devia uma explicação.
— A previsão de Hades, — disse Axel, invadindo suas
reflexões.
— O que tem isso?
— Você quer matá-lo e tomar o trono dele?
Matar um homem que forneceu abrigo, prestígio e
treinamento, que lhe deu um propósito? — Nem agora, nem
nunca. Não consigo imaginar uma razão suficientemente boa
para fazer uma coisa tão terrível.
A menos que Hades, de fato, tenha ordenado que ele
matasse a sua própria família.
Ele agarrou sua adaga com tanta força que o punho
estalou.
— Você já ouviu a profecia antes? — Axel perguntou.
— Não. Tenho certeza de que Hades, sendo Hades,
assassinou todo mundo a par dos detalhes, garantindo que a
notícia nunca se espalhasse.
Um grito atravessou o ar, e ele olhou em volta,
procurando a fonte. Lá. Um demônio torturava um espírito
humano.
Do lado de fora, o palácio de Lúcifer parecia um refúgio.
Alto e amplo, com paredes de mármore, torres e um telhado
pontiagudo feito de pedras preciosas. Tudo uma armadilha.
Demônios de todos os tamanhos e formas ocupavam a área
circundante, a maioria se unindo para torturar o humano.
Fogos queimavam aqui e ali, enchendo o ar com fumaça
escura.
— Quem criou você? — ele perguntou a Axel.
— Um bom casal que teve problemas para conceber um
filho próprio, — respondeu o irmão. — Ambos eram
Mensageiros.
Os Mensageiros eram frequentemente incumbidos de
guiar um humano específico pelo caminho certo, sussurrando
instruções em seus ouvidos. Os humanos não podiam ouvir os
espíritos, mas seus corações podiam receber uma mensagem
de um; cabia ao humano seguir ou não alguma orientação.
— Eles foram bons para você? — Até pessoas legais
podiam fazer coisas ruins.
— Eles foram sim, mas eu era demais para eles. Muito
selvagem. Incontrolável demais. Tudo demais. — Axel respirou
fundo. — E quanto a você? Hades te tratou bem?
Seus dedos se curvaram na terra embaixo dele. — Ele fez.
Em todos os sentidos, menos um. Ele me mandou manter
distância de você. Eu não sabia o porquê até hoje, quando ele
explicou a profecia.
William olhou para os dedos enrolados, observando as
garras crescerem das suas unhas. Ignore a dor no seu peito. —
Quanto à vida no submundo, — ele disse, — não é um lugar
agradável para uma criança. Você pode ficar em meio a uma
multidão de milhares e se sentir sozinho. Em todo lugar que
você olha, alguém está sendo mutilado e gritos de agonia são
ruídos de fundo.
Bem na hora, um vento passou soprando um novo grito.
— Eu me perguntava constantemente sobre você, — Axel
admitiu suavemente.
— Assim como eu me perguntava sobre você. — Porcaria
emocionalmente sensível não era normalmente a geleia de
William, mas ele já tinha perdido muita coisa com esse homem.
Por que não dizer a verdade? Mesmo sendo parentes de
sangue, apesar de serem aliados contra Lúcifer, eles também
eram inimigos. O respeitado versus o sombrio. Bem contra o
mal. O assassino de demônios versus o príncipe demônio.
Batimento cardíaco... batimento cardíaco.
— Sua maldição, — começou Axel. — Quem você ama
romanticamente tentará matá-lo, sim?
— Sim. A bruxa responsável por isso me deu um livro
codificado, prometendo que posso quebrar a maldição se eu a
decodificar.
— Você tem certeza de que ela disse a verdade?
— A alternativa me deixa sem esperança. Então sim. —
Logicamente, ele sabia que as probabilidades não estavam a
seu favor. Mas a magia não era onipotente. Se algo tinha um
caminho para sua vida, também havia uma saída. Uma porta
era uma porta. Uma entrada e uma saída.
— A guerra dos Enviados contra bruxas é quase tão
violenta quanto a dos demônios, — disse Axel. — Vou
perguntar por aí, descobrir o que os outros Enviados sabem
sobre esse tipo de magia codificada.
A oferta o surpreendeu. Ele duvidava que Axel
descobrisse algo novo, mas apreciava o esforço.
— A fêmea. Sunny — Axel disse agora.
Palavras vieram dele. — Ela está fora dos limites para
você. — Para todos!
O Enviado riu. — Nós estamos na defensiva? Não espero
roubar sua mulher. Embora eu pudesse, se assim o desejasse.
Eu só... Disseram-me que eu e você temos uma estratégia de
encontros semelhantes. Entrar, sair. E, no entanto, você foi
morar com ela. Por quê?
Sim, Willy. Por quê? Cada músculo apertou, ele
resmungou: — Ela trabalha para mim. Ela é minha decifradora
de códigos. Eu a protejo dos meus inimigos. — Eu a desejo. E
está piorando.
Ele decidiu manter distância até que ela terminasse de
decodificar o livro. Mas... ele ainda estava se apaixonando por
ela, não estava? Ainda sentia falta dela do jeito que ele sentiria
falta de um membro.
— Conte-me sobre o tempo antes de conhecer Hades, —
disse Axel.
Nenhuma parte de William queria compartilhar detalhes
sobre os canibais. Reviver os piores dias... semanas... anos da
vida dele? Não, obrigado. Mas ele ansiava por um
relacionamento com esse homem, e compartilhar eventos
significativos do passado poderia ser a única maneira criar
laços.
Antes que ele pudesse responder, uma comoção na frente
do palácio começou; eles ficaram quietos. William espiou
através de um par de binóculos, a magia permitindo que ele
visse além de uma espessa nuvem de fumaça emitida pela
variedade de fogueiras.
Detectando o motivo da comoção, ele soltou uma
obscenidade sombria. — Não posso estar vendo o que acho que
estou vendo.
Axel também tinha um binóculo misticamente
aprimorado. Ele os colocou nos olhos e riu.
Sunny, Pandora e Anya entraram no jardim em alta
velocidade, cortando e retalhando os demônios. Membros
decepados caíram no chão. Sangue derramado.
— Sua Sunny decidiu se exibir para você? — Axel
perguntou com uma risada.
— Ela não sabe que eu estou aqui, — ele ralhou,
mantendo os binóculos apontados para ela. Seu coração
disparou. Ele sabia que ela gostava de lutar contra demônios,
mas nunca a viu fazer isso.
Apesar do medo por sua segurança, seu peito estava
cheio de orgulho. A mulher tinha habilidade, graça sem limites
e precisão letal. Ela era um anjo da morte, empunhando uma
lança, derrubando demônios três a três. Magnífica. Claro, ele
endureceu ao vê-la.
Não apenas endureceu. Queimando. Pela primeira vez em
séculos, William se sentiu verdadeiramente demoníaco.
Observando sua fêmea devastar o inimigo, todos os seus
instintos selvagens clamavam por atenção.
As companheiras de Sunny fizeram uma pausa para
aplaudir, e um sorriso glorioso iluminou o seu rosto. Matando
demônios, se divertindo.
— O que é ela? — Axel perguntou, parecendo
impressionado.
O que mais? — Meu maior tormento.
Ela sentiu tanta falta disso. Sunny usou sua lança para
esfaquear, espetar e atravessar todos os soldados em seu
caminho, deixando um rastro de destruição. Ela riu. Limpando
do Inferno, um estuprador, assassino e agressor de cada vez.
Desde que conheceu William, ela colocou seu hobby em
espera. E o que ela ganhou pelo sacrifício? Um homem
dominador que pensou que poderia ordená-la a ficar parada e
quieta. Um homem tolo que a mantinha em cativeiro.
Um homem confuso que ela queria matar apenas
algumas horas atrás.
Um homem idiota que a deixou se preocupando com o
paradeiro dele.
A partir de agora, não haveria mais tormentos para ele.
Acabaram-se as brincadeiras. Acabaram-se as sessões de
amasso.
O sangue demoníaco escaldante escorreu por seus braços
e espirrou em seu rosto, levando-a de volta ao presente. Um
odor terrível saturou o ar, uma mistura de enxofre, sangue e
carvão. Não havia sol aqui, apenas fogueiras ardentes e tochas
crepitantes.
Demônios convergiram de todas as direções,
acompanhados por uma cacofonia de dor e angústia. Música
adorável. Sua trilha sonora de batalha favorita. Eles têm o que
merecem.
— Eu sou a juíza. Eu sou júri. Eu sou carrasco! —
Pandora gritou, brandindo duas espadas curtas.
— Eu sou bonita, oh-tão-bonita, — Anya cantou ao
derrubar dois demônios, esfaqueando um no olho e o outro na
barriga.
Ambas as mulheres lutaram com habilidade magistral.
Quanto mais oponentes elas matavam, mais brilhantes eram
seus sorrisos.
A adrenalina impregnou Sunny com força extra e
velocidade incrível, sua resistência incomparável. Se alguma
vez William a visse assim, ele ficaria muito impressionado e
lamentaria tê-la afastado.
Como ele poderia ativar temporariamente a maldição e
depois tratar Sunny como lixo? A menos que ele não tenha
ativado a maldição. Talvez William não tivesse sido capaz de se
apaixonar até que uma decodificadora apareceu e rompeu a
barreira mágica?
Ela respirou fundo. Ela inadvertidamente ajudou Lilith?
William estava por aí se apaixonando por uma mulher
sem nome e sem rosto agora?
Ridículo! Você não fez. Ele não está. Agora, não mais
pensar nele.
Garras arranharam seu lado, e ela assobiou. Ela se
deixou distrair, e isso custou a ela, uma dor ardente descendo
pelas suas pernas. Ela quase tombou, apenas um ferro a
manterá na posição vertical.
Capítulo Trinta
“Eu sou bom em três coisas. Sexo, matança e sexo. Sim, sou tão
bom em sexo que tive que mencionar duas vezes.”
*
Na verdade, ele nunca prometeu me trancar, apenas me
dar o que achava que eu precisava.
Depois de duas semanas de sexo, sexo e mais sexo,
Sunny acordou com a cabeça limpa pela primeira vez em eras.
Seu prazo de quatorze dias para decodificar o livro havia
passado duas vezes, mas William não parecia se importar. Ele
parecia feliz...
A realização sobre ele a atingiu na cabeça, e ela se
levantou, sua mente girando.
Durante a época de acasalamento, o homem dela dividira
perfeitamente seu tempo entre satisfazê-la e a guerra. O que
ela precisava, seu querido havia fornecido. Ela se deleitava em
uma maré de felicidade, perdendo a conta do número de vezes
que lambeu suas tatuagens, chupou até deixá-lo seco ou o
levou ao clímax.
Mas agora a época de acasalamento tinha chegado ao seu
fim. Viva! Buu! Não, não. Definitivamente viva!. William dormia
como os mortos ao lado dela, e um sorriso suave espalhado por
seu rosto. Pobre querido. Ela e a guerra o esgotaram.
Enquanto ela esticava seu corpo dolorido e saciado, a luz
do sol da manhã inundava o quarto. Mais pensamentos
encheram sua cabeça, coisas que a época de acasalamento a
fizeram esquecer. Não esquecendo agora. A maldição de
William. Tinha que ser tratada e rápido. Só então eles poderiam
realmente começar suas vidas juntos.
Sunny extraiu seus membros dos de William com o maior
cuidado possível e se arrastou com as pernas instáveis. Cara.
Ela meio que sentiu como se tivesse sobrevivido a uma batida
de nove carros. Depois de ter o livro em sua posse, ela juntou
seu diário e uma caneta e depois voltou para a cama para se
apoiar nos travesseiros. A satisfação zumbia dentro dela
enquanto William dormia.
Tudo certo. Vamos fazer isso. Ela abriu o livro na página
que havia decodificado pela última vez e passou a ponta dos
dedos sobre os símbolos. Num piscar de olhos, seu sangue
esquentou. Ela fez uma careta. A época de acasalamento ainda
não havia terminado?
Ainda aquecendo...
O suor brilhava em sua pele, mas o ar parecia esfriar cem
graus, seus membros congelando rapidamente. Os dentes dela
bateram.
Quente e congelada ao mesmo tempo? Loucura!
Mate William.
Ela ofegou. Isso não. Não tão cedo. Ela apenas começou.
Tão perto do fim. Não posso desistir agora. Fique de olho
no prêmio e siga em frente. Quebre a maldição, e a loucura
termina.
Ela se concentrou nos símbolos. Mate ele! Aquecimento.
Congelando. Seu coração bateu forte, lembrando-a de um
martelo depois que um juiz proferiu uma sentença de prisão
perpétua. Mate, mate, mate.
Não. Nunca. A menos que... ela precisasse matá-lo?
Nascida para matar os príncipes do Inferno - não era esse o
destino dela? Seu único propósito na vida? Simmmm.
Não! Lute contra isso! Devo decodificar.
Devo matar.
Espera! Ela deveria se acorrentar na cama. Então ela
poderia estudar e não precisaria se preocupar em prejudicar
William. O homem mantinha algemas em seu armário, pelo
amor de Deus. Destino.
Sunny ficou de pé uma segunda vez, foi na ponta dos pés
até o armário e cavou as correntes. No caminho de volta para a
cama, a tontura quase a derrubou. Respire. Apenas respire. De
alguma forma, ela conseguiu ficar em pé - silenciosamente - e
chegar ao lado da cama.
Ela tentou prender uma ponta da corrente na cabeceira
da cama, mas seu braço se recusou a obedecer aos seus
comandos mentais. Ela tinha acabado de espetar a corrente na
cabeceira, como se estivesse a apunhalando.
O que camélia? Ela tentou de novo. Algo quente e úmido
pulverizou sobre suas mãos, a corrente escorregando das suas
mãos e batendo no chão. Mas... ela não viu nada fora do lugar.
As mãos dela pareciam limpas e secas.
Uma mão dura estendeu-se da cabeceira para envolver o
seu pulso, mantendo-a presa. Uma mão. Da cabeceira?
Confusa, quase em pânico, ela lutou para se libertar. O aperto
provou ser muito forte.
— Sunny!
A voz de William, afiada de medo. Ela piscou
rapidamente, uma nova realidade aterrorizante tomando forma.
William a segurava. Ele estava coberto de sangue, e ela
também. Uma adaga sangrenta jazia no chão, não um par de
correntes.
Sunny ofegou. Ela confundiu uma adaga com um elo de
correntes? Ela alucinou e pegou uma adaga? Mas por quê? E...
e... ela tinha apunhalado William? Oh, dália, ela tinha. Era sua
preciosa força vital que molhava as suas mãos.
O horror a socou, arrancando o ar de seus pulmões.
Chiando, ela tropeçou para trás. Ou ela teria, se ele não tivesse
apertado mais. — Eu pensei... pensei que estava de pé ao meu
lado da cama, não do seu. Eu pensei que tinha correntes, não
uma adaga. Eu pensei... — Ele tinha dois ferimentos no peito.
Por causa dela. Porque ela o esfaqueou. Duas vezes!
Lágrimas quentes escorreram por suas bochechas.
Qualquer bravata que ela conseguiu cultivar sobre sua
resistência à maldição se desintegrou totalmente.
— William, sinto muito. Não sabia... não sabia... queria te
proteger. Eu... eu... — Ela se dobrou, os joelhos dobrando.
Apesar de seus ferimentos, ele foi atrás dela, pegando-a
antes que ela caísse no chão. Ele a jogou sobre a cama, as
costas apoiadas na cabeceira da cama, a bochecha apoiada no
ombro dele. Mais sangue dele molhou sua pele quando ele
passou um braço forte em volta dela, mas ela não se importou.
Qualquer coisa para se deleitar em seu abraço. Com a outra
mão, ele acariciou seus cabelos.
— Sinto muito, — ela repetiu.
— Shh, shh. Está bem. Eu tenho você, amor. Um pouco
de punhalada leve são como preliminares. Nada demais.
Ele a estava confortando, depois que ela o esfaqueou. E
se ela o tivesse matado...
Outro soluço a sacudiu. Ela tinha que corrigir isso. — Eu
quero te mostrar a minha forma de unicórnio.
Ele beijou a têmpora dela e a surpreendeu dizendo: —
Não desse jeito. Você vai me mostrar porque quer que eu te
veja, não porque se sente culpada por me dar algum enfeite
interno.
Mais compreensão da parte dele, quando ela merecia
castigo. Ele não ia se proteger contra ela, ia? Ele pensou, como
ela, que ele poderia conter e controlar a situação. Um erro. Um
que ela retificaria.
Se ele não tomasse medidas para se proteger dela, ela
teria que tomar medidas para protegê-lo. Ela iria... embora.
Outro soluço borbulhou, mas ela reprimiu este. Ela iria
por pouco tempo, apenas um pouco, sustentando o que
costumava fazer durante a época do acasalamento. Finalmente,
ela terminaria de decodificar o livro. Então, e só então, Sunny
poderia voltar e estar com William sempre e para sempre.
Meu amor, Minha Vida.
Capítulo Trinta e Oito
Epílogo
Notas
[←1]
Escória
[←2]
Pedaço de merda. No original “POS” (Piece of Shit)
[←3]
A crista-de-galo é uma planta com ciclo de vida anual e pode alcançar até 9m em
sua fase máxima.
[←4]
Fazendo uma alusão ao apelido Sunny (“Ensolarada” em português)
[←5]
The Darkest Kiss. É o segundo livro da série, que conta a história de Anya, a deusa
menor da Anarquia, e Lucian, o guardião do demônio da Morte.
[←6]
No original “e-m-k-c-u-f” (Fuck me)
[←7]
No original “tuna”. Ele está se referindo a palavra que foi autocorrigida pelo celular.
[←8]
Fazendo referência ao filme de comédia Beetlejuice, chamado no Brasil de “Os
Fantasmas se Divertem”,. No filme para se convocar o personagem interpretado por
Michael Keaton (Beetlejuice) era preciso pronunciar o seu nome três vezes.
[←9]
Jujuba
[←10]
Esperto, astuto
[←11]
Amanhecer
[←12]
No original “afterglowing”. Seria uma sensação agradável produzida após uma
experiência, evento, sentimento etc.
[←13]
Ela queria dizer antes: “That’s such a dick move”, que seria “uma atitude de
imbecil”, “atitude de babaca”. Mas, como ela não consegue xingar por causa do
filtro, e a palavra “dick” também pode significar pau, pica, caralho, ela usou a
palavra que se aproximaria, ou seja “pênis”.
[←14]
Hell
[←15]
É uma prática BDSM que consiste em prender, amarrar ou restringir
consensualmente um parceiro para fins estéticos, eróticos ou sensoriais. É
geralmente, mas nem sempre, uma prática sexual. Também pode ou não ter ligação
com outras práticas BDSM, como sadomasoquismo ou a dominação e submissão.
[←16]
Desventuras em Série (A Series of Unfortunate Event) é um filme de longa-
metragem estrelado por Jim Carrey.
[←17]
Eu sou a Lenda (I Am Legend) é um filme pós-apocalíptico de ficção científica, terror
e suspense e estrelado por Will Smith.
[←18]
O Durão (Get Hard) é uma comédia da Warner Bros. estrelado por Will Ferrel e
Kevin Hart.
[←19]
Festa da Salsicha (Sausage Party) é um filme de comédia de fantasia de aventura
animado para adultos de 2016.
[←20]
A Fantástica Fábrica de Chocolate (Willy Wonka and the Chocolate Factory) é um
filme musical e lançado em 1971, dos gêneros fantasia e comédia dramática,
estrelado por Gene Wilder no papel de Willy Wonka. A título de curiosidade, apesar
do filme lançado em 2005, estrelado por Johnny Depp no papel de Willy Wonka, ter
o título no Brasil de A Fantástica Fábrica de Chocolate, na realidade o seu título
original é Charlie and the Chocolate Factory.
[←21]
Pastorinha.
[←22]
[←23]
No original “Ball and Chain”. É uma gíria que pode significar esposa ou casamento.
Faz alusão à presunção de que a mulher de um homem o impede de fazer as coisas
que ele realmente quer fazer.