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O estudo apresenta uma análise abrangente dos aspectos relacionados aos

esportes axiológicos do direito ao desenvolvimento sustentável no contexto rural. O


objetivo central é foi identificar os fundamentos que sustentam esse direito, traçando
uma abordagem estruturada em três partes distintas, quais sejam: a) Fundamentos
internacionais do direito ao desenvolvimento; b) Aportes axiológicos comunitários do
princípio do desenvolvimento sustentável, com enfoque no meio rural; c) O princípio do
desenvolvimento sustentável no cenário brasileiro, incorporando o princípio da função
social da propriedade rural como elemento impulsionador do desenvolvimento
sustentável. A metodologia empregada consolidou-se em pesquisa teórica, com uso de
dados qualitativos, sob uma abordagem dedutiva, respaldada por um método histórico-
evolutivo.
Inicialmente, são consideradas as declarações internacionais, notadamente a
Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento de 1986, e a legislação brasileira,
sobretudo a Constituição Federal de 1988, como alicerces para a investigação. Ressalta-
se o compromisso do Brasil enquanto signatário dessas conferências, destacando o
desenvolvimento sustentável como um direito fundamental para todos os cidadãos
brasileiros.
O texto segue discorrendo sobre os pilares internacionais do direito ao
desenvolvimento, enfocando princípios que embasam o Direito Internacional, como a
igualdade soberana entre Estados, a não-ingerência em assuntos internos, a salvaguarda
dos direitos humanos e a colaboração internacional.
É firmada, no texto a necessidade de políticas internas regulamentadoras de
desenvolvimento, englobando o meio rural, como meio de garantir acesso equitativo e
aprimoramento do bem-estar. A cooperação entre Estados, a remoção de obstáculos ao
desenvolvimento e a formação de uma nova ordem econômica global embasada na
igualdade soberana são salientadas. Ressalta-se, também, que o desenvolvimento é um
direito universal e um dever estatal, almejando a construção de uma ordem justa e
benéfica para todos.
Ainda, abordou-se seis aportes axiológicos universais aplicados ao princípio do
desenvolvimento sustentável, direcionados ao contexto rural brasileiro. Esses aportes
abrangem fundamentos jurídicos, ambientais, políticos, culturais, econômicos e sociais.
Quanto a estes assuntos, enfatizou-se a importância da função social da
propriedade rural, da preservação ambiental, das políticas públicas, da valorização da
cultura local, da inclusão econômica e da garantia de direitos sociais. A Constituição
Brasileira de 1988 é mencionada como base para esses fundamentos, abrangendo
diversas dimensões do desenvolvimento do meio rural e ressaltando a necessidade de
equilibrar esses elementos para alcançar um desenvolvimento sustentável.
Destaca-se também, o contexto do princípio da função social da propriedade
rural no Brasil como fator determinante para o desenvolvimento sustentável. A análise
tem início com a Constituição Imperial de 1824 e percorre as constituições subsequentes
até chegar à Constituição de 1988. Também menciona a influência de pensadores como
Locke e figuras históricas como José Bonifácio na abordagem da ocupação e uso da
terra.
A discussão segue para o contexto do uso adequado da terra, destacando a
importância das ideias de Locke e a distribuição da terra na colônia brasileira. Também
é mencionado o papel de José Bonifácio na formação da sociedade rural. O texto
explora como a legislação influenciou o regime jurídico da propriedade rural no Brasil,
mencionando a ineficácia das normas coloniais devido às diferenças entre Portugal e a
colônia.
A Constituição de 1988 e a Lei do Estatuto da Terra de 1964 introduzem a ideia
da função social da propriedade, com a exigência de que a propriedade rural atenda a
requisitos que incluem o aproveitamento racional e adequado da terra, a utilização
adequada dos recursos naturais, a observância das relações de trabalho e a promoção do
bem-estar dos proprietários e trabalhadores.
Reitera-se que o direito ao desenvolvimento do meio rural é um direito humano
inalienável, independente de condições econômicas, culturais, sociais ou políticas. O
uso racional dos recursos naturais, a preservação do meio ambiente, o cumprimento das
relações de trabalho e o bem-estar dos proprietários e trabalhadores são aspectos
essenciais para cumprir a função social da propriedade rural, conforme previsto na
Constituição Federal Brasileira de 1988.
Finaliza-se salientando que a normatização internacional e nacional, juntamente
com a aplicabilidade desses princípios, são fundamentais para garantir o
desenvolvimento sustentável do meio rural para todos os proprietários,
independentemente de suas condições. Portanto, a função social da propriedade rural,
conforme estabelecido no artigo 186 da Constituição Brasileira de 1988, é essencial
para alcançar esse desenvolvimento sustentável.

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