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ANEXO 2

CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

ANEXO 2 – REQUISITOS TÉCNICOS MINIMOS

CONTRATO EPC

PROJETOS GREENFIELD

Outubro/2023
ANEXO 2
CONTRATO EPC
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Sumário
OBJETIVO................................................................................................................................................................................. 4
DEFINIÇÕES E SIGLAS............................................................................................................................................................... 4
PRERROGATIVAS DE ESCOPO POR PARTE DO EPC..................................................................................................................... 4
TRABALHOS E FORNECIMENTOS POR PARTE DO EPC................................................................................................................ 5
4.1. CONTROLE DE PROJETO E EMISSÃO DE DOCUMENTOS....................................................................................................6
4.2. INSPEÇÃO E SUPERVISÃO..................................................................................................................................................6
4.3. TESTES DE ACEITAÇÃO DE FÁBRICA (FAT).........................................................................................................................6
4.4. DESCRIÇÃO DA USINA.......................................................................................................................................................7
4.4.1. SISTEMA............................................................................................................................................................... 7
4.4.2. Layout Físico....................................................................................................................................................... 7
4.4.3. Layout Elétrico.................................................................................................................................................... 7
4.4.4. Equipamentos......................................................................................................................................................8
A) Módulos fotovoltaicos...................................................................................................................................................................... 8
B) Inversores fotovoltaicos................................................................................................................................................................... 9
C) Trackers (Estruturas de Suporte)......................................................................................................................................................9
D) Sobressalentes................................................................................................................................................................................ 12
E) Condutores CC................................................................................................................................................................................ 12
F) Conectores CC................................................................................................................................................................................ 13
G) Condutores CA................................................................................................................................................................................ 13
H) Terminais........................................................................................................................................................................................ 14
I) Cabine de Medição (CM)................................................................................................................................................................14
J) Quadro de força auxiliar (QFA).......................................................................................................................................................14
K) Quadro Geral de Baixa Tensão (QGFV)...........................................................................................................................................15
L) Proteções........................................................................................................................................................................................ 15
M) Disjuntores Termomagnéticos........................................................................................................................................................15
N) Disjuntor Principal.......................................................................................................................................................................... 15
O) Transformadores Principais............................................................................................................................................................15
P) Eletrodutos e Eletrocalhas.............................................................................................................................................................. 17
Q) Medidor de energia........................................................................................................................................................................ 17
R) Relé microprocessado incluso, função ANSI 79..............................................................................................................................17
S) Relé microprocessado com a proteção 87......................................................................................................................................18
T) Estação Meteorológica................................................................................................................................................................... 19
4.5. ATERRAMENTO E SPDA........................................................................................................................................................20
4.6. OPERAÇÃO, MONITORAMENTO E SEGURANÇA..........................................................................................................................21
4.6.1. Sala de Operação e Manutenção...................................................................................................................21
4.6.2. Comunicação.....................................................................................................................................................21
4.6.3. Cabos de Comunicação..................................................................................................................................21
4.6.4. SCADA.................................................................................................................................................................22
4.6.5. CFTV.....................................................................................................................................................................23
4.6.6. Sistema de Alarme e Segurança Patrimonial.............................................................................................24
4.7. PLACAS DE ADVERTÊNCIA......................................................................................................................................................24
4.8. CIVIL................................................................................................................................................................................. 24
4.8.1. Canteiro de Obra...............................................................................................................................................24
4.8.2. Infraestrutura para Operadores da Usina...................................................................................................25
4.8.3. Cerca Perimetral e Acessos...........................................................................................................................25
4.8.4. Água e Esgoto...................................................................................................................................................26
4.8.5. Instalações Hidráulicas e Sanitárias............................................................................................................27
4.8.6. Terraplanagem...................................................................................................................................................27
4.8.7. Sistema de Drenagem......................................................................................................................................28
4.8.8. Caixa separadora de água e óleo e bacia de contenção (se Transformador à Óleo).......................29
4.8.9. Investigações Geotécnicas............................................................................................................................29
4.8.10. Fundações..........................................................................................................................................................30
4.8.11. Alvenaria.............................................................................................................................................................31
4.8.12. Laje e Cobertura................................................................................................................................................31
4.8.13. Revestimentos...................................................................................................................................................31
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4.8.14. Piso...................................................................................................................................................................... 31
4.8.15. Pintura................................................................................................................................................................. 31
4.8.16. Caixas de Passagem........................................................................................................................................31
4.8.17. Valas.....................................................................................................................................................................32
4.9. COMISSIONAMENTO.............................................................................................................................................................32
4.10. PPCI (PLANO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS)............................................................................................................33
4.11. SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE...................................................................................................................................33
4.12. GARANTIAS........................................................................................................................................................................ 34
ESPECIFICAÇÕES..................................................................................................................................................................... 34
ESPECIFICAÇÕES..................................................................................................................................................................... 34
LISTA DE ANEXOS DA RFP....................................................................................................................................................... 34
LISTA DE ANEXOS DA RFP....................................................................................................................................................... 34
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1. OBJETIVO

O objeto deste documento é requisitos de engenharia, compras, construção e montagem (EPC) para o
desenvolvimento de projeto executivo, fornecimento de materiais e construção da usina solar e da subestação
destas usinas para a empresa Energea Brasil.
De um modo geral, esta empreitada contempla os trabalhos de elaboração e construção da usina desde a cessão
da área/terreno do projeto pela Energea Brasil até a finalização e entrega da obra, conectado à rede de energia
elétrica e sem pendências. Isso inclui implantação de rede de distribuição, subestação e adequações da
concessionária na rede de distribuição.
Este documento e seus anexos contêm as condições mínimas de fornecimento para um projeto e o escopo de
fornecimento não deve se limitar a este documento.
O escopo de fornecimento poderá ser modificado em caso de melhoria de projetos, respeitando normas técnicas e
normas das concessionárias, sendo sempre consultado e autorizado previamente pela Energea Brasil.
Em caso de divergência entre as especificações técnicas contidas nestes Requisitos Técnicos Mínimos e seus
anexos e as Normas Técnicas, deverá prevalecer o previsto nas Normas Técnicas.
O projeto executivo e construção da usina deverá seguir as normas técnicais nacionais ABNT e NR, bem como as
normas IEC em complemento ou quando em falta de normas nacionais.
A CONTRATADA será inteiramente responsável pelo projeto executivo, pela implantação e pela adequação da
Usina a todas as normas e procedimentos aplicáveis, incluindo as normas técnicas da concessionária distribuidora
local.
Qualquer custo adicional decorrente da não adequação da Usina às Normas Técnicas ou às Especificações
Técnicas deverá ser integralmente arcado pela CONTRATADA.

2. DEFINIÇÕES E SIGLAS

 Concessionária de Energia Elétrica, ou simplesmente “Concessionária” ou “Distribuidora” – é a respectiva


concessionária ou distribuidora de energia no local específico de implantação de cada um dos Projetos
compreendidos nesta SDP;
 Contratada/EPCista: Empreiteira a ser contratada para a execução da usina;
 Proprietário: Energea Brasil;
 OE (Owner’s Engineering): Engenharia do Proprietário – A definir;
 Empreiteira: Qualquer empresa que preste serviços para a Contratada ou Proprietária;
 Fornecedor: Qualquer fornecedor para a realização das atividades, de material ou serviço para o
cumprimento do contrato;
 Ambas as partes: Contratada e Proprietário/OE;
 FAT (Factory Acceptance Tests): Testes de Aceitação de Fábrica
 EPC (Engineering, Procurement and Construction): Engenharia, Gestão de Compra e Construção;
 PM (Project Manager): Gerente de Projeto;
 PE (Project Engineer): Engenheiro do Projeto;
 CM (Construction Manager): Gerente de Construção;
 SM (Site Manager): Gerente de Obra;
 HSE (Healthy, Safety and Environment): Segurança, Meio Ambiente e Saúde;
 O&M (Operation and Maintenance): Operação e Manutenção;
 Handover: Processo de entrega da usina pronta, conectada e operativa, sem pendências ou não
conformidades, para operação;
 Design: Desenho, cálculos e projeto da usina.
 UFV: Usina Fotovoltaica.
 ART: Anotação de Responsabilidade Técnica

3. PRERROGATIVAS DE ESCOPO POR PARTE DO EPC


 Dispor de todos os recursos, materiais, equipamentos, ferramentas, profissionais qualificados e gestão
necessárias ao cumprimento de seu escopo neste projeto que inclui, mas não se limita a todo o trabalho

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civil, mecânico, elétrico, ambiental, e de gestão necessários para a adequada construção de um sistema
de energia solar fotovoltaica;
 Possuir conhecimento e sólido entendimento sobre os trâmites e requerimentos federais, estaduais,
municipais e locais além de conhecer a necessidade de permissões, licenças e incidência de impostos,
taxas e tributos aplicáveis às atividades e necessidade do projeto;
 Conhecer e atender o disposto na REN1000 da Aneel, assim como conhecer, ter em conta e atender
todas as prerrogativas dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional – PRODIST em sua versão mais atual e vigente;
 Conhecer, entender e aplicar os requerimentos técnicos e procedimentos solicitados pela distribuidora
local em seus Procedimentos Técnicos e Normativas visando a energização da usina sem reprovas pela
distribuidora no ato da vistoria;
 Ser capaz de contratar e arcar com todos os custos de seguros, taxas de licenças, alvarás e permissões
necessárias para a adequada realização de seu trabalho.
 Possuir capacidade e conhecimento para projetar de maneira ótima e eficiente projetos de energia solar
fotovoltaica e projetos elétricos, civis e mecânicos bem como ser capaz de selecionar componentes e
equipamentos que deverão compor a implantação do projeto, atendendo os requisitos técnicos mínimos
estabelecidos pela PROPRIETÁRIA;
 Ter capacidade e respaldo financeiro compatível com o escopo e compromissos assumidos no âmbito
desta proposta;
 Possuir profissional capacitado e qualificado com devidos registros no CREA para emissão de Anotação
de Responsabilidade Técnica (ART) civil, ambiental, mecânica, elétrica e de todos os serviços conforme
REN218 do Confea e/ou necessários no projeto, possuindo visto da CONTRATADA no CREA do estado
da obra.
 A CONTRATADA deverá emitir previamente a execução dos trabalhos as ARTs de projetos (civis e
eletromecânicos) e instalação (civil e eletromecânica), de profissionais habilitados e vinculados a
CONTRATADA ou sua SUBCONTRATADA, sendo vedada emissão de ARTs por profissionais
autônomos como pessoas físicas.

4. TRABALHOS E FORNECIMENTOS POR PARTE DO EPC

Uma vez contratado, o EPCista, será responsável pelo projeto executivo, gerenciamento e instalação da
usina solar e subestação da usina. Na documentação de projeto executivo, o EPCista deverá elaborar e
apresentar à Energea Brasil um conjunto mínimo de documentos e projetos como orienta o Anexo 10, mas
não se limitando ao mesmo.

Adicionalmente, o EPCista será responsável, por cumprir com o cronograma de projetos e implantação
definido pela Energea Brasil, elaborando e executando as seguintes atividades e incluindo o fornecimento de
materiais e equipamentos:

 Elaboração e fornecimento de desenhos e diagramas elétricos de construção (projeto executivo,


desenhos com estágio do andamento da obra, projeto executivo as built) assim como avaliação de
expectativa de produção de energia baseada no layout do projeto e nas condições levantadas em campo
(se aplicável) durante a visita técnica;
 Fornecimento de materiais e equipamentos BT, MT, aterramento e fibra óptica, isto é, o EPCista será
responsável por todo o cabeamento, eletrodutos, miscelâneas e conexões, desde os painéis até o ponto
de conexão da usina com a rede da distribuidora;
 Conexão e configuração de todos os equipamentos elétricos da usina fotovoltaica e da subestação da
usina;
 Observar e diferenciar materiais entre conectores e bornes de conexão para a correta especificação do
conector de conexão elétrica na liberação da lista de materiais para compra;
 Compatibilização e adequação quando necessário das disciplinas de civil, elétrica, ambiental e mecânica
de modo a deixar a usina solar completamente funcional e sem pendências;
 Elaboração e execução das fundações de acordo com o fornecedor do equipamento e obedecendo as
normas vigentes e os ensaios/testes preliminares (se aplicável);

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 Projeto e execução de supressão vegetal, terraplanagem e drenagem do projeto no local da obra;


 Plano de controle e mitigação de erosão;
 Fornecimento e transporte de materiais e equipamentos fornecidos;
 Recepção, descarregamento, inspeção, manuseio, armazenamento, instalação, segurança, transporte
interno, manuseamento, montagem, start-up e comissionamento supervisionado até ao Handover;
 Realizar o tracking dos números de série recepcionados (ex. paletes recebidos) até à sua montagem
assim como a inexistência de peças de hardware em falta ou danificadas;
 Fornecimento, instalação e configuração de um sistema de sensoriamento, que deverá conter medição
das principais variáveis ambientais do local conectado a um sistema de operação, que deverá monitorar
grandezas elétricas, variáveis ambientais e ser capaz de enviar comandos e realizar parametrizações na
usina de acordo com anexos 7;
 Elaboração e execução dos programas básicos de segurança e ambiente para a fase de construção e
operação;
 Realização de todos os estudos elétricos previstos em regulação e normatização relacionadas e
realização de comissionamento assistido, incluindo todos os equipamentos, instrumentos e ferramentas
necessárias;
 Realização de todos os testes de comissionamento elétricos ou não, relacionados à usina fotovoltaica,
incluindo, mas não se limitando à testes de curva IxV por string e termografia dos painéis, quadros e
conexões;
 Apresentação, supervisão e execução dos planos de controle de qualidade em fábrica, procedimentos
operacionais e especificações técnicas dos componentes (se aplicável);
 Controle e inspeção de recebimento dos equipamentos no local de implantação, de acordo com o
datasheets, projetos de fabricantes e quantitativos adquiridos;
 Adequação dos acessos externos (quando aplicável), elaboração e execução das plataformas, drenagem
superficial e profunda como consequência do estudo hidrológico a ser feito no local, construção dos
acessos internos e valas de cabos, vedações de caixas de passagem e eletrodutos, cercamento, portões,
bases e fundações assim como todos os trabalhos civis necessários à energização do projeto;
 Providenciar todos os alvarás e licenças para a execução da Usina de acordo com as legislações
municipais, estaduais e federais, conforme Matriz de Responsabilidades - Anexo 3.
 Deverá ser entregue as garantias de todos os equipamentos e serviços realizados.
 O EPCista, após a aprovação do plano de mitigação e prevenção de erosão, deverá abrir a construção da
usina com a supressão vegetal e posteriormente construir o canteiro de obra. Fornecendo toda a
estrutura e suprimentos.
 A segurança patrimonial durante a fase de construção e a responsabilidade por todos os equipamentos e
materiais em obra ficará a cargo do EPCista contratado que como sugestão deverá atender os seguintes
requisitos mínimos:
o Vigilância desarmada 24/7 hrs;
o Monitoramento e registro de todos os acessos autorizados durante o horário laboral;
o Preparação de um relatório semanal com as entradas/saídas do local de construção;
o Vigilância preparada para comunicar qualquer incidente à PROPRIETÁRIA e às respectivas
autoridades competentes.

4.1. CONTROLE DE PROJETO E EMISSÃO DE DOCUMENTOS

 Todas as especificações e recomendações mínimas estão listadas no Anexo 10.

4.2. INSPEÇÃO E SUPERVISÃO

Todos os serviços devem ser supervisionados durante tempo integral desde a construção até o
comissionamento do projeto, incluindo verificação geral dos trabalhos e listas de pendências.

A PROPRIETÁRIA e seus representantes (incluindo Engenheiro e demais profissionais da PROPRIETÁRIA)


tem o direito de, a qualquer momento, razoavelmente observar e inspecionar a obra na localidade, durante o

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tempo integral desde a mobilização da EPCista até o comissionamento do projeto, incluindo verificação geral
dos trabalhos, listas de pendências, inclusive em relação ao cumprimento pela EPCista e suas
subcontratadas das suas obrigações trabalhistas, de segurança, saúde e manutenção da localidade previstas
nos anexos e contrato.

4.3. TESTES DE ACEITAÇÃO DE FÁBRICA (FAT)

 Quando exigido pela Energea/OE a EPCista deve designar profissional qualificado para realizar os FATs
nas fábricas para qualquer equipamento fornecido pela EPCista, como por exemplo, mas não se
limitando a, transformadores, inversores, trackers, chaves seccionadoras e comutadoras, módulos
fotovoltaicos, string e combiner boxes, quadros, proteções, painéis de controle, SCADA. Ressalta-se que
isto se aplica apenas a equipamentos fornecidos pelo EPCista.
 A EPCista deve convidar a PROPRIETÁRIA para a inspeção dos equipamentos com antecedência
mínima de 15 dias. Para aceitação e expedição, devem ser atendidos os requisitos solicitados nos
documentos do FAT, em caso de falha não especificadas em normas, deve seguir as especificações e
boas práticas de engenharia reconhecidas por entidades conceituadas.

4.4. DESCRIÇÃO DA USINA

4.4.1. SISTEMA
 O projeto deverá ser dimensionado com a melhor eficiência, levando em consideração o atendimento do
PVsyst Contratual, e simulado no PVsyst de acordo com os critérios de simulação estabelecidos pela
Contratante.
 Deverá apresentar a produção específica e anual do projeto, referenciando ao atendimento do PVsyst
Contratual.
 O projeto deve se concentrar em minimizar o custo de construção, garantindo a conformidade com os
requisitos técnicos, regulamentos locais, padrões internacionais, requisitos de licenciamento, geração de
energia e construtibilidade geral e manutenção da Usina;
 As Usinas Fotovoltaicas deverão apresentar Fator de Dimensionamento do Inversor – FDI, respeitando
os limites elétricos dos equipamentos e dimensionados para a melhor eficiência das plantas.
 Todos os critérios de perdas serão tratados no projeto conceitual elaborado pela PROPRIETÁRIA;
 A usina deve trabalhar sempre com o Fator de Potência (FP) conforme os critérios do parecer de acesso
da Concessionária local sem a perca de capacidade de geração e definições do módulo 8 do PRODIST;
 O dimensionamento do projeto deverá ser aprovado pela PROPRIETÁRIA;
 O sistema de monitoramento da planta deve integrar todos os equipamentos aplicáveis incluindo, mas
não se limitando, os trackers, inversores, caixas de junção (string boxes), estações metereológicas,
sensores de equipamentos, transformador, relé de proteção, medidores de energia, câmeras CFTV,
alarme anti-intrusão e quaisquer outros componentes e equipamentos exigidos pelas concessionárias de
energia.

4.4.2. Layout Físico


 Deve ser implantado um Quadro Geral de Baixa Tensão (QGFV) para centralização da geração em Baixa
Tensão;
 Deverá ser instalado quadro de proteção dos serviços auxiliares QFA para alimentação de iluminação,
sistema de segurança e outros consumos internos da planta.
 O QGFV e QFA deverão ser abrigados em armário em estrutura metálica, ventilado, especificado de
acordo com condição de exposição ao tempo, e em terreno nivelado e condicionado para tal fim.
 Deverá ser construída Sala de Controle para abrigo do Quadro de Monitoramento e Comunicação (QSO)
e Central de Alarmes. Tal casa deverá servir também como abrigo ao transformador de serviços
auxiliares, NO Break, banco de baterias, almoxarifado com espaço suficiente para adequado
armazenamento de todos os sobressalentes e ferramentas necessárias para os serviços de O&M da
Usina.

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4.4.3. Layout Elétrico


 Os cabos finais de série deverão ser conduzidos através dos próprios trilhos da estrutura suporte pela
parte traseira dos módulos fotovoltaicos;
 Os cabos deverão seguir através de eletrodutos rigidos com proteção UV e enterrados, a uma
profundidade que respeite os limites mínimos estabelecidos pelas normas vigentes, no trecho entre o
tracker e o inversor;
 Os cabos das strings devem ser acondicionados em eletroduto de PEAD com proteção UV, respeitando
as normas vigentes, nos trechos onde ocorrem espaçamentos devido ao motor do tracker;
 Caso mais de duas strings sejam conectadas paralelas diretamente, sem utilização de conector Y,em um
inversor, deverão ser previstos fusíveis gPV para suas proteções.
 O QGFV deverá incluir disjuntores termomagnéticos individualizados para cada inversor e um disjuntor
geral com corrente nominal adequadamente dimensionada. O Quadro deverá estar protegido contra
sobretensões com DPS tipo I+II e deverá abrigar, por sua vez, um sistema de medição indireta para
monitoramento da geração e do desempenho da planta.
 Adicionalmente ao sistema de medição para faturamento, deverá ser instalado um sistema de medição
de energia no lado de baixa tensão para monitoramento da geração e do desempenho da planta (medidor
privado). Tal medidor deverá ser abrigado em quadro de monitoramento e comunicação, junto ao QGFV.
 Os projetos da parte CC e CA deverão respeitar às seguintes considerações:
o Redução do comprimento do cabeamento ao mínimo possível, respeitando as sobras dentro das
caixas de passagem;
o Atendimento às Normas Técnicas (NBR's) referentes a Instalações Elétricas de Baixa e Média
tensão. Para questões técnicas não abordadas nas NBR’s, deve ser consultada norma
internacional vigente (IEC);
o Especificações de instalação dos fabricantes;
 Para adequação da tensão de saída dos inversores à tensão de conexão da usina exigida para a
conexão do sistema, deverá ser utilizado transformador elevador de tensão (Estação de Transformação),
instalado conforme especificações do fabricante e boas práticas construtivas e ambientais.
 Na cabine de entrada da usina ficará o cubículo de entrada, proteção e medição, preferencialmente
metálico e ao tempo, conforme projeto da cabine aprovado pela distribuidora, de acordo com sua norma.
 Os circuitos CC e CA devem ser segregados e instalados em valas separadas

4.4.4. Equipamentos

 Todos os equipamentos deverão ser homologados e certificados pelos órgãos competentes, sendo
apresentados, ensaios e/ou certificados de conformidade.
 Nenhum equipamento deverá ter seus limites elétricos extrapolados.
 Todos os equipamentos deverão ser aprovados pela PROPRIETÁRIA.
 Todos os equipamentos deverão possuir etiquetas de identificação com uma lista De Para na plaqueta de
identificação.
 A escolha e instalação dos equipamentos deverão estar em conformidade com as normativas elétricas
nacionais, requisitos da distribuidora e especificações do fabricante e em comum acordo com a
contratante.

A) Módulos fotovoltaicos
Os Módulos fotovoltaicos fazem parte do escopo de fornecimento da PROPRIETÁRIA. A CONTRATADA
deve-se atentar aos itens que lhe correspondem no tocante a manuseio, instalação, comissionamento,
entre outros.
 Os módulos devem possuir certificação no INMETRO, e em conformidade com a normas:
o IEC 61215 - Terrestrial photovoltaic (PV) modules - Design qualification and type approval;
o IEC 61730 - Photovoltaic (PV) module safety qualification;
o IEC 62716 - Photovoltaic (PV) modules - Ammonia corrosion testing;
o IEC 60068 - Environmental testing (Resistência a areia e poeira);
o IEC 61701 - Photovoltaic (PV) modules - Salt mist corrosion testing;
o PPP 58042B:2015 - PID Certificate.

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 Os módulos devem possuir duas camadas de vidro e armação (frame)


 Os módulos devem ser Monocristalino-bifacial, tensão de operação 1.500V e grau de proteção
compatível com o especificado no projeto.
 Deve estar entre os reconhecidos mundialmente como fabricantes de primeira linha e ter presença no
mercado brasileiro a fim de proporcionar pronto atendimento das garantias contratuais e maior facilidade
e agilidade na prestação de serviços de manutenção. A PROPRIETÁRIA deverá aprovar a escolha dos
equipamentos da curva A.
 Os módulos devem ser N-TYPE ou HJT.
 Durante a instalação os terminais dos módulos devem ser mantidos desconectados e com proteção
contra poeira e umidade até a instalação final da string no respectivo Inversor.
 Os módulos deverão ter uma tolerância de no máximo: 0/+5W.
 Os conectores deverão ser do tipo especificado pelo fabricante do equipamento e ter isolamento
adequado para a máxima tensão do sistema e serem capazes de suportar intempéries. O grau de
proteção dos conectores deverá ser superior a IP 67.
 A fixação dos módulos deverá ser de acordo com o manual de instalação, sendo utilizados a quantidade
e tipo de grampos, conforme orientação do fabricante.
 Deverão cumprir com todas as certificações normativas nacionais e internacionais necessárias para sua
aprovação pela distribuidora de energia e correta instalação e operação;
 As limpezas dos módulos realizadas pela CONTRATADA devem seguir as orientações e recomendações
especificadas pelo fabricante dos módulos, tanto para sujeiras superficiais quanto persistentes.
 Os módulos deverão ser documentados, informando em quais mesas está sendo implantado cada
módulo (número de série) e a numeração do projeto.
 Os cabos dos módulos fotovoltaicos devem ter comprimento mínimo necessário para realizar conexão
leap-frog (caso seja solicitado ao fabricante).

B) Inversores fotovoltaicos
Os Inversores fotovoltaicos fazem parte do escopo de fornecimento da PROPRIETÁRIA. A
CONTRATADA deve-se atentar aos itens que lhe correspondem no tocante a manuseio, instalação,
comissionamento, entre outros.
 Deve estar entre os reconhecidos mundialmente como fabricantes de primeira linha e ter presença no
mercado brasileiro a fim de proporcionar pronto atendimento das garantias contratuais e maior facilidade
e agilidade na prestação de serviços de manutenção;
 Deve atender plenamente aos requisitos dos Procedimentos de Rede do Operador Nacional do Sistema
Elétrico Brasileiro;
 Dar-se-á preferência a um fabricante que ofereça também o Sistema de Controle de Potência da planta
que deverá integrar o Sistema SCADA da Planta. No entanto o inversor deve ser totalmente integrável a
qualquer sistema de controle de potência e SCADA que seja fornecido por terceiros;
 O inversor deverá ter a seguinte especificação mínima:
 Parâmetro de Entrada
o Tensão máxima de entrada: 1.500V
o Número de MPPTs: 6
o Corrente máxima por MPPT: 65A
o Corrente de curto-circuito por MPPT: 115A
o Tensão mínima para início de operação: 550V
o Range de tensão de operação MPPT: 500V~1.500V
o Tensão nominal: 1.080V

 Parâmetros de Saída
o Potência Ativa nominal: 250.000 W
o Potência Aparente Máxima: 275.000 VA
o Tensão de saída nominal: 800 V, 3W + PE
o Frequência: 50/60Hz
o Corrente nominal de saída: 180.5 A
o Corrente máxima de saída: 198.5 A

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 A saída de corrente alternada deve possuir pelo menos as seguintes proteções:


o Sobretensão (Surtos de manobra e/ou descargas atmosféricas)
o Sobrecorrente
o Anti-ilhamento (caso de falha ou desconexão do grid)
o Subtensão e sobretensão tensão no secundário do transformador elevador.
o Subfrequência e Sobrefrequência.
o Proteção DPS tipo II.

 As entradas CC devem ter pelo menos as seguintes proteções:


o Dispositivo de interrupção no lado CC manual
o DPS (sobretensão) Tipo II
o Polaridade reversa CC
o Detecção de resistência de isolamento de CC
 Os Inversores devem ser dimensionados para fornecer sua capacidade nominal de geração nas
condições climáticas locais do projeto.
 Devem-se levar em consideração as variações de temperatura decorrentes após a instalação de todos os
equipamentos na planta e as medições de temperatura ambiente provenientes da Estação Meteorológica
instalada.
 Mínimo IP66;
 A eficácia máxima deve ser igual ou superior a 99,0%.
 A eficiência da UE deveria ser superior a 98,5%. E deve ser fornecida a certificação por terceiros.
 A tensão de entrada não deve ultrapassar 1500Vcc.
 Distorção harmônica menor que 3%.
 A frequência de trabalho deverá ser 60 Hz;
 Os inversores deverão ser fixados sobre pedestal, base de concreto ou abrigo individualizado, de acordo
com orientações do fabricante, e localizados em locais adequados de forma a proteger o equipamento.
 Deverão ser instalados de forma que possuam alguma proteção contra chuva e radiação;
 Certificado de conformidade do inversor às principais normas nacionais e internacionais deverá ser
emitido pelo fornecedor.
 Deverão cumprir com todas as certificações normativas nacionais e internacionais necessárias para sua
aprovação pela distribuidora de energia e correta instalação e operação;
 Os inversores deverão ser documentados, com uma tabela de correspondências entre os números de
series dos inversores e a numeração do projeto.

C) Trackers (Estruturas de Suporte)


Os Trackers (Estruturas de Suporte) fazem parte do escopo de fornecimento da PROPRIETÁRIA. A
CONTRATADA deve-se atentar aos itens que lhe correspondem no tocante a manuseio, instalação,
comissionamento, entre outros.
 Deve estar entre os reconhecidos mundialmente como fabricantes de primeira linha e ter presença no
mercado brasileiro a fim de proporcionar pronto atendimento das garantias contratuais e maior facilidade
e agilidade na prestação de serviços de manutenção;
 O sistema de supervisão dos seguidores deve estar apto a integrar-se ao sistema SCADA da planta;
 É responsabilidade da CONTRATADA a integração lógica total da solução trackers com o SCADA;
 Os perfis para estaqueamento devem ser dimensionados na rigidez e no comprimento determinado pelo
cálculo estrutural considerando os resultados dos ensaios de SPT e demais fatores climáticos como
vento, chuva, hidrologia, projeto do sistema de drenagem e etc.
 O projeto e instalação das estruturas de fixação (trackers) e eventuais ajustes no terreno deverão ser
realizados buscando que os módulos fotovoltaicos sejam instalados nivelados/alinhados dentro de uma
mesma fileira e também nivelados/alinhados entre diferentes fileiras considerando todas as orientações
do fabricante.
 Os eixos deverão sempre ser instalados paralelamente ao azimute 0° Norte.
 O ângulo de rotação deverá ser igual ou superior a 55°L e 55°O.

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ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

 A altura do tubo de torque em relação ao solo deve ser maximizada e fornecer uma folga mínima do solo
até a borda inferior do módulo (na rotação máxima) de 50 cm.
 As inclinações N-S e L-O não deve ultrapassar os valores especificados pelo fabricante.
 A estrutura de suporte deverá possuir backtracking e algoritmos de controle de segurança contra o vento
(posições de segurança no caso de ventos fortes).
 A configuração do tracker deverá ser compatível com a configuração das strings, facilitando o layout e a
montagem do sistema.
 O modelo e fabricante do tracker deverão ser solucionados e o respectivo projeto final da estrutura
deverá ser desenvolvido observando os requisitos da norma IEC 62817 – Photovoltaic systems – Design
qualification of solar trackers.
 As estruturas de suporte deverão obrigatoriamente possibilitar a fixação dos módulos fotovoltaicos
plenamente de acordo com as orientações de instalação do modelo de módulos utilizados.
 Os materiais utilizados na interface entre módulos fotovoltaicos e estruturas de suporte, incluindo
eventuais parafusos e/ou clamps, não devem criar corrosão galvânica.
 O projeto da fundação apresentado pela fabricante deverá ser validado por engenheiro civil especializado
em cálculo estrutural da CONTRATADA, levando em consideração, dentre outros pontos, os resultados
de sondagem e topografia do terreno.
 A CONTRATADA deverá apresentar os projetos de instalação dos módulos, fabricação e montagem dos
suportes, além de apresentar a documentação sobre a análise estrutural dos elementos existentes,
comprovando sua resistência e estabilidade.
 A profundidade da fundação proposta deverá ser comprovada por memorial de cálculo.

 Não será construída e aceita em áreas que não fizeram parte do estudo de sondagem ou ensaio e que
possam necessitar de fortificação da base. Toda e qualquer fundação do projeto deve ser dimensionada
de acordo com os métodos preconizados na literatura de Engenharia Geotécnica seguindo os preceitos
de segurança da NBR 6122. Para a fundação de tracker só serão aceitos se forem apresentados os
dimensionamentos para capacidade de suporte a compressão e arrancamento e previsão de deflexão
lateral inferior a 20mm.
 Todos os componentes devem ser apropriados para a instalação ao tempo, ser resistentes a corrosão
(sendo de acordo com a classe de agressividade estabelecida para o local (sem perfurar ou prejudicar a
camada de proteção), devendo ser melhorado de acordo com as características do local de instalação da
usina) e irradiação ultravioleta.
 Os equipamentos ou controles associados ao Tracker devem ser protegidos dos raios UV por meio de
uma cobertura adicional ou ficar à sombra debaixo da estrutura.
 O fabricante deverá obrigatoriamente emitir ART de projeto das estruturas de suporte.
 A CONTRATADA deverá assumir todas as responsabilidades pela estrutura de fixação e suportes dos
módulos.
 As estruturas, necessárias para os demais componentes da planta fotovoltaica, deverão ser projetadas
pela CONTRATADA com as mesmas exigências de resistência e durabilidade, descritas para as
estruturas dos módulos FV.
 Para melhor garantir a vida útil do conjunto, um programa de manutenção específico, baseado em
inspeções visuais e comprovação das uniões, deverá ser apresentado na documentação do Databook.
 Os trackers deverão ser documentados, com uma tabela de correspondências entre os números de
series dos atuadores, motores, pallets das estruturas e a numeração do projeto.
 Os trackers devem ser autoalimentados, não podendo ser alimentado por outra(s) fonte(s);
 Os protocolos de comunicação devem ser abertos permitindo acesso ao software de controle dos
seguidores com a seguinte lista de sinais ao sistema SCADA da planta fotovoltaica:
o Inclinômetro
o Anemômetros (a quantidade deve ser definida durante projeto executivo)
o Posições extremas do eixo de torsão
o Status e alarmes dos atuadores
o Alarme de falha de comunicação
o Alarme de velocidade de vento acima
o Status da função backtracking

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ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

o Seguidores em posição de segurança


o Alarme de sobrecarga nos atuadores
o Proteção contra surtos de tensão na linha de comunicação e controle (DPS)
 O fabricante fornecerá o projeto final da estrutura, bem como a justificativa do dimensionamento, a
memória de cálculo justificando o dimensionamento deverá conter pelo menos os seguintes itens:
o Descrição Geral do projeto e das áreas das plantas;
o Documentos de referência, desenhos e normas;
o Hipótese de cálculo e justificativas segundo as normas aplicáveis;
o Códigos aplicáveis, no mínimo, levando em conta as condições do projeto;
o Condições de vento extraordinário (recorrência de 100 anos);
o Descrição do programa de cálculo utilizado com as características e validação dos resultados,
dados de entrada considerados e etc;
o Propriedade dos materiais;
o Análise de carga;
o Verificação das estruturas:
 Combinação de cargas
 Modelo estrutural e condições adotadas
 Dados de entrada e saída
 Verificação dos elementos principais e conexões
 Verificação de deformação
o Verificações geotécnicas:
 Determinação do perfil do solo
 Condições adotadas de cargas
 Verificação da fundação (pilares/parafusos, capacidade de carga do solo, etc.)
o Verificação da durabilidade em relação à corrosão;
o Recomendações para a execução da instalação;
o As recomendações para o comissionamento, monitoramento e manutenção devem incluir todos
os itens de testes necessários para evitar eventuais falhas e garantir o funcionamento 100% dos
equipamentos.
 Durante a implantação deverá ser elaborado o relatório de cravação das estacas contendo:
o Identificação do local da obra, nome do contratante e executor.
o Identificação ou número da estaca.
o Comprimento cravado.
o Equipamento de cravação utilizado (modelo, fabricante, catálogos, fotos).
o Peso/Energia utilizados.
o Características do pré-furo.
o Cota do terreno e arrasamento.
o Desaprumo (ângulo) e desvios geométricos (mm), em relação ao projeto.
o Especificação de materiais e insumos utilizados.
o Registro de alteração da concepção de fundações (ex.: estaca com pré-furo concretado, sapata
superficial etc.), para estacas cravadas deve apresentar o controle de nega e repique elástico de
acordo com o especificado pelo projeto. Neste caso, as características físicas e dimensionais da
fundação alterada devem ser registradas em croqui anexo ao Relatório de Cravação de Estacas,
ressaltando que nenhuma alteração deve ser feita em campo sem a anuência por escrito da OE
ou da CONTRATANTE e a situação deverá ser avaliada para a melhor solução;
o Observações de anormalidades durante a cravação (estaca apresentando facilidade para ser
cravada, ocorrência de buracos de animais próximos, ocorrência de ninhos de insetos e outros).

D) Sobressalentes
 A CONTRATADA será responsável pela definição e aquisição de quantidade adequada de
sobressalentes de equipamentos e materiais para a bem-sucedida conclusão da obra, a respeito dos
materiais e equipamentos que são do seu fornecimento. Esta lista deverá ser entregue à
PROPRIETÁRIA. A CONTRATADA é a única responsável pelo subdimensionamento de qualquer
equipamento ou material, devendo realizar aquisição de itens extra caso o referido ocorra, arcando com
os custos envolvidos.
 A PROPRIETÁRIA é responsável do fornecimento dos sobressalentes que fazem parte do seu
fornecimento.

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ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

E) Condutores CC
 Os cabos solares devem ser resistentes à temperatura ambiente de até 90°C em serviço contínuo, 120°C
em operação (até 20.000 horas), 250°C em curto-circuito conforme “NBR 16612- Cabos de potência para
sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isolados, com cobertura, para tensão de até 1,8 kV C.C. entre
condutores - Requisitos de desempenho”.
 Os cabos deverão ser dimensionados e instalados conforme ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) - NBR-5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão e NBR-16612 - Cabos de potência para
sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isolados, com cobertura, para tensão de até 1,8 kV C.C. entre
condutores - Requisitos de desempenho, respeitando a seção mínima de 6mm².
 Os condutores devem ser dimensionados conforme as seguintes condições extremas:
o Correção de resistência do condutor em temperatura nominal de operação;
o Correção do albedo da região da implantação da usina ou como opção poderá ser utilizado como
padrão 0,2;
o Correção da corrente de curto circuito do módulo de acordo com a temperatura máxima da região
conforme nota da tabela 5 da NBR16690;
o Correção devido a sobreirradiância;
o Apresentar a correção de Voc das strings de acordo com a temperatura mínima do local de
implantação da usina;
o Para a correção do Voc deve-se apresentar a correção da temperatura do módulo de acordo com
a temperatura mínima do local de implantação da usina;
o Utilizar como referência para a apresentação das temperaturas de correção o site climatempo
climatologia ou INPE, desde de que apresente um histórico 10 anos ou mais;
o Deve-se apresentar a suportabilidade de corrente de curto circuito do condutor de acordo com o
trecho simulado em estudo proteção coordenação e seletividade;
o Deve-se considerar o método de instalação conforme Anexo C da NBR 16612;
o Deve-se aplicar na capacidade de condução de corrente do condutor a correção de acordo com
as tabelas do Anexo C da NBR 16612 e caso necessário aplicar as correções de temperatura de
acordo com a tabela 40 da NBR 5410;
o Deve-se considerar os fatores de agrupamento de circuito conforme tabela 42 e fatores de
agrupamento de eletrodutos (caso aplicável) conforme tabela 45 da NBR 5410;
o Deve-se considerar a aplicação da resitividade térmica do solo;
o Apresentar os valores de queda de tensão em tensão e em porcentagem assumindo a carga
máxima do circuito corrigida pela bifacialidade;
o Apresentar os cálculos para as perdas por efeito joule, potência e porcentagem para as strings
dimensionadas com a comparação das perdas definidas pelo PVSyst executivo;
o A comprovação dos cálculos da taxa de ocupação dos eletrodutos é necessária;
o É preciso apresentar a coordenação com a proteção do inversor;
o Deve-se apresentar o datasheet do condutor e do eletroduto considerado para o
dimensionamento;
 Os cabos CC não poderão ser emendados;
 Os cabos CC deverão ser instalados em eletroduto rígido em PVC ou galvanizado, apresentar cobertura
de isolação e caixas de passagem para manutenção e realização de curvas para esses cabos;
 No campo gerador, os cabos fotovoltaicos deverão ser instalados em locais apropriados, capazes de
suportar os esforços mecânicos permanentes e variáveis, como o peso dos cabos e a ação de
intempéries. Deve‐se garantir que o local escolhido não acumule água e que todos os condutores sejam
fixados nas estruturas com abraçadeiras com proteção UV e resistentes a intempéries;
 Em nenhum dos casos os cabos poderão sofrer estrangulamentos;
 Os cabos devem ser instalados de forma que a rotação dos trackers não seja prejudicada e que a rotação
dos trackers não danifique os cabos e que minimizem sombreamentos na parte inferior do módulo (se
bifaciais) provocando hotspots;
 Todos os cabos deverão possuir anilhas de identificação (Tags) resistentes a intemperies e altas
temperaturas e raios UV;
 No campo gerador, os cabos de interconexão dos módulos poderão circular por trilho metálico estrutural
por baixo dos módulos fotovoltaicos, desde que sejam minimizados sombreamentos nos módulos
bifaciais. Para circulação entre as mesas, os cabos poderão ser devidamente envelopados em eletroduto
rígido em PVC ou galvanizado enterrado de dimensões adequadas.

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ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

 Deverá ser utilizada abraçadeira com proteção UV para que os cabos fiquem fixos nas estruturas
metálicas, impedido formação de barrigas nos cabos ou criando esforços nos conectores.

F) Conectores CC
 Deverão ser compatíveis com os conectores dos módulos e inversores, atendendo as especificações do
fabricante do módulo, inversor e ou stringbox/combinerbox;
 A paralelização de strings deve ser evitada.
 Os conectores utilizados para conexão no final das strings e nos inversores deverão ser de mesma marca
e modelo do fabricante do módulo, inversor e ou stringbox/combinerbox.
 Os conectores dos cabos deverão apresentar grau de proteção que atenda as especificações do
fabricante do módulo, inversor e ou stringbox/combinerbox.;
 Os diâmetros externos dos cabos solares escolhidos devem ser compatíveis com os diâmetros externos
admitidos pelos conectores;
 A tensão mínima de isolação deve ser de 1800Vcc para cabos de 1,5 a 10 mm2. Deverão ser resistentes
a temperatura de no mínimo 75 °C e aos raios UV.

G) Condutores CA BT
 O cabo deve ser especificado conforme norma ABNT NBR 7287 e ABNT NBR 6251, condutores
conforme NBR NM 280.
 Os condutores devem ser dimensionados conforme as seguintes condições extremas:
o Realizar os cálculos para a correção de resistência do condutor em temperatura nominal de
operação em corrente alternada;
o Utilizar como referência para a apresentação das temperaturas de correção o site climatempo
climatologia ou INPE, desde de que apresente um histórico 10 anos ou mais;
o Deve-se apresentar a suportabilidade de corrente de curto circuito do condutor de acordo com o
trecho simulado em estudo de coordenação e seletividade;
o Deve-se considerar o método de instalação conforme NBR 5410;
o Deve-se aplicar na capacidade de condução de corrente as correções de temperatura de acordo
com a tabela 40 da NBR 5410;
o Deve-se considerar os fatores de agrupamento de circuito conforme tabela 42 e fatores de
agrupamento de eletrodutos, quando aplicável, conforme tabela 43 e 44 da NBR 5410;
o Deve-se considerar a aplicação da resitividade térmica do solo;
o Apresentar os valores de queda de tensão em tensão e em porcentagem;
o Apresentar as os cálculos para as perdas por efeito joule, potência e porcentagem para os
circuitos dimensionados com a comparação das perdas definidas pelo PVSyst executivo;
o A comprovação dos cálculos da taxa de ocupação dos eletrodutos é necessária;
o É preciso apresentar a coordenação com a proteção do QGFV;
o Considerar máxima temperatura de operação contínua 90°C ou conforme determina o datasheet
do fabricante;
o Deve-se apresentar o datasheet do condutor e do eletroduto considerado para o
dimensionamento;

o Temperatura de operação entre de acordo com o dataheet do fabricante; 0°C e 65°C;

 Os cabos BT devem ser 0,6/1kVca formados por condutores de cobre, encordoamento classe 5 ou
condutor de alumínio, encordoamento classe 2 isolado em XLPE, EPR ou HEPR e capa externa em PVC
– ST2 (ou outra cobertura impermeável) não halogenado não-propagante a chama e com proteção
longitudinal contra penetração de água.
 A CONTRATADA deverá apresentar a certificação emitida pelo fabricante dos cabos quanto à
suportabilidade aos picos de tensão, podendo operar em 1000V fase/terra em sistema trifásico CA. Além
disso, apesentar a certificação do fabricante que atesta que o condutor pode ser diretamente enterrado.
 Os cabos de corrente alternada serão diretamente enterrados com proteção mecânica, seguindo o que se
encontra na NBR-5410.
 Os cabos deverão ser dimensionados e instalados conforme ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) - NBR-5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;

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ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

 Todos os cabos que tiverem contato ou atrito na passagem de eletrocalhas deverão possuir proteção
para que não sejam danificados;
 Todos os cabos deverão possuir anilhas de identificação (Tags) resistentes a intemperes e altas
temperaturas e raios UV. As Tags DEVEM estar disponíveis nos cabos em todas as caixas de passagem,
não apenas nas extremidades dos cabos.
 Considerações de possíveis aumentos da tensão na rede devido à injeção de corrente também deverão
ser contempladas. Dessa forma, o incremento de tensão no lado CA não deverá comprometer nem
alterar a faixa de tensão de funcionamento do inversor de forma significativa.
 O memorial de cálculos CA BT não abrange as cargas auxiliares, porém os mesmos critérios devem ser
respeitados;

H) Condutores CA MT

 O cabo deve ser especificado conforme norma ABNT NBR 7287 e ABNT NBR 7286, condutores
conforme NBR NM 280.
 Os condutores devem ser dimensionados conforme as seguintes condições extremas:
o Realizar os cálculos para a correção de resistência do condutor em temperatura nominal de
operação em corrente alternada;
o Utilizar como referência para a apresentação das temperaturas de correção o site climatempo
climatologia ou INPE, desde que apresente um histórico 10 anos ou mais;
o Deve-se apresentar a suportabilidade de corrente de curto-circuito do condutor de acordo com o
trecho simulado em estudo de coordenação e seletividade ou no trecho entre a cabine e o ponto
de entrega o nível de curto da concessionária;
o Deve-se considerar o método de instalação diretamente enterrado, conforme NBR 14039;
o Onde houver travessia de vias deve-se considerar o ajuste de profundidade conforme tabela 33
da NBR 14039;
o Deve-se aplicar na capacidade de condução de corrente as correções de temperatura de acordo
com a tabela 30 da NBR 14039;
o Deve-se considerar os fatores de agrupamento de circuito conforme tabela 40 e fatores de
agrupamento de eletrodutos quando aplicável, conforme NBR 14039;
o Deve-se considerar a aplicação da resistividade térmica do solo;
o Apresentar os valores de queda de tensão em tensão e em porcentagem;
o Apresentar as os cálculos para as perdas por efeito joule, potência e porcentagem os circuitos
dimensionados com a comparação das perdas definidas pelo PVSyst executivo;
o A comprovação dos cálculos da taxa de ocupação dos eletrodutos é necessária;
o É preciso apresentar a coordenação com a proteção do QGFV;
o Considerar máxima temperatura de operação contínua 90°C, 105°C ou conforme determina o
datasheet do fabricante;
o Deve-se apresentar o datasheet do condutor e do eletroduto considerado para o
dimensionamento;
o O memorial de cálculos deve apresentar o cálculo da blindagem do condutor de média tensão de
acordo com a corrente de curto calculada.

 Os cabos MT devem ser respeitar a classe de tensão de acordo com a concessionária e conexão, serem
formados por condutores de cobre, encordoamento classe 5 ou condutor de alumínio, encordoamento
classe 2 isolado em XLPE, EPR ou HEPR e capa externa em PVC – ST2 (ou outra cobertura
impermeável) não halogenado não-propagante a chama e com proteção longitudinal contra penetração
de água.
 NBR-14039 - Instalações Elétricas de Média Tensão 1,0 a 36,2 kV e normas da concessionária quando
aplicável.
 Todos os cabos deverão possuir anilhas de identificação (Tags) resistentes a intemperes e altas
temperaturas e raios UV. As Tags DEVEM estar disponíveis nos cabos em todas as caixas de passagem,
não apenas nas extremidades dos cabos.

1
ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

 Qualquer transição de uma estrutura para outra ou acesso deve ser suportada por um duto apropriado
que esteja adequadamente protegido.
 Todos os cabos que tiverem contato ou atrito na passagem de eletrocalhas deverão possuir proteção
para que não sejam danificados.
 Considerações de possíveis aumentos da tensão na rede devido à injeção de corrente também deverão
ser contempladas. Dessa forma, o incremento de tensão no lado CA não deverá comprometer nem
alterar a faixa de tensão de funcionamento do inversor de forma significativa.

I) Terminais
 Os terminais devem ser compatíveis com as instruções dos fabricantes dos equipamentos aos quais
serão conectados e atender normas técnicas nacionais de fabricação.
 Os terminais utilizados devem visar correta e segura operação dos equipamentos ao longo de sua vida
útil.
 Deve ser avaliada a utilização de terminais bimetálicos para conectar cabos de alumínio em barramentos
de cobre, de forma a eliminar a oxidação galvânica possível dos contatos.
 Para as conexões das malhas de aterramento da usina é obrigatório a utilização de conectores a
compressão SACC e ou SACG, não sendo permitidas as conexões com solda exotérmica. Áreas da
cabine de medição e ou subestação em que o normativo da concessionária exige serão permitidos a
utilização de solda exotérmica.
 Deve-se respeitar a utilização de conectores bimetálicos nas conexões de aterramento e cercamento.
 Todos os itens necessários para instalação das muflas de média tensão devem ser listados e estarem de
acordo com o nível de tensão e ou norma da concessionária.

J) Cabine de Medição (CM)


A Cabine de Média Tensão faz parte do escopo de fornecimento da PROPRIETÁRIA. A CONTRATADA
deve-se atentar aos itens que lhe correspondem no tocante a manuseio, instalação, comissionamento,
entre outros.
 Serão admitidos cabine em alvenaria e blindadas, de acordo com o parecer de acesso de cada parque.
 A Cabine de Medição deverá estar em conformidade com as exigências da concessionaria e obedecer
aos critérios estabelecidos pelas normas NBR 14039 e NBR IEC 62271-200.
 A Cabine deverá ser destinada exclusivamente aos equipamentos de medição, proteção e outros
equipamentos autorizados pela concessionaria de energia.
 A Cabine de medição deverá ser projetada e construída atendendo a todos os padrões da
Concessionária local.
 A cabine de média tensão deverá estar em conformidade com as exigências da concessionaria, Normas
Técnicas Brasileira e Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica do Sistema Nacional (PRODIST).
 As chaves seccionadoras deverão ser intertravadas com os disjuntores do mesmo circuito.
 Os disjuntores deverão ser do tipo tripolar, com isolamento através de SF6, com dispositivo de abertura
mecânica e eletricamente livre, velocidade do mecanismo de abertura e fechamento independente do
operador, bobina de abertura, indicação de posição “aberto” e “fechado”, botão de desligamento,
mecanismo de intertravamento mecânico (bloqueio tipo kirk), com comando local e remoto.
 As chaves seccionadoras deverão ser tripolar, com mecanismo de operação manual, provida de
intertravamento mecânico (bloqueio tipo kirk), com indicador mecânico de posição "aberto" ou "fechado"
no caso de contatos invisíveis. O deslocamento mecânico vertical para baixo, da alavanca ou do punho
de manobra, deve corresponder ao equipamento desligado.
 Os transformadores de potência e corrente deverão ser instalados sempre a montante do disjuntor geral,
garantindo a proteção contra falhas do próprio disjuntor.
 Deve-se verificar o torqueamento dos parafusos de acordo com as recomendações do fabricante;
 No recebimento é necessário a inspeção de recebimento para validar a entrega em relação a possíveis
avarias no percurso do transporte;
 Os TCs, TPs e relés da cabine devem ser definidos mediante estudo de medição e proteção aprovados
na concessionária.

1
ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

K) Quadro de força auxiliar (QFA)


 O Quadro Serviço auxiliares (QFA) deverá alimentar os seguintes subsistemas da Usina:
o Sistema de Iluminação e tomadas;
o Sistema de alarme e segurança;
o Sistema de monitoramento;
o Circuito para a alimentação do Nobreaks (segurança e comunicação; iluminação e demais cargas
essenciais da usina) atendendo as necessidades dos fabricantes e do sistema de monitoramento;
o Outros (bombas, etc.).
 Os serviços auxiliares serão alimentados por autotransformador a seco de configuração estimada em:
o Potência: deverá ser determinada conforme projeto executivo da planta, considerando as cargas
+ 10% de reserva (a ser validado por memória de cálculo), devendo ser previsto o máximo de
50kVA;
o Frequência: 60Hz
o Transformação: tensão primária igual tensão de saída dos inversores para 380/220V;
o Grupo de ligação: Dyn1.
 O QFA deverá possuir proteção termomagnética para cada circuito alimentado, fundamentado em
cálculos de seletividade que devem ser apresentados no projeto executivo.
 O QFA deve conter DPS e dispositivo de proteção diferencial residual;
 O quadro elétrico deve ser do tipo sobrepor, possuir no mínimo IP54, conformidade com NBR IEC 60439-
1, ser do tipo totalmente testado TTA e ser de material metálico com pintura epóxi anticorrosão ou
poliéster reforçado.
 Utilizar chapa de policarbonato para proteção contra choques elétricos, reduzindo o risco associado a
contato acidental com as partes vivas.

L) Quadro Geral de Baixa Tensão (QGFV)


O Quadro Geral de Baixa Tensão faz parte do escopo de fornecimento da PROPRIETÁRIA. A
CONTRATADA deve-se atentar aos itens que lhe correspondem no tocante a manuseio, instalação,
comissionamento, entre outros.
 Todo o circuito CA de baixa tensão deverá apresentar proteção por dispositivo do tipo disjuntor
termomagnético tripolar ou chave fusível, com capacidade compatível com os níveis de curto‐circuito do
sistema fotovoltaico e curva de disparo compatível com o manual do inversor, atendendo os requisitos
dispostos nas normas IEC 60947‐2 e NBR 5410.
 O quadro elétrico deve ser autoportante e possuir grau e isolação no mínimo IP54 ou de acordo com a
característica de instalação da usina, conformidade com NBR IEC 60439-1, ser do tipo totalmente testado
TTA e ser de material metálico com pintura epóxi anticorrosão ou poliéster reforçado.
 O quadro pode ser alocado próximo do transformador em campo, sendo para uso ao tempo,
autoportante.
 Monitoramento do motor, aberto, fechado, trip do disjuntor geral, comando liga desliga remoto.
Comunicação RS485 Modbus TCP/IP.
 O QGFV deverá incluir um disjuntor termomagnético geral e disjuntores termomagnéticos individuais para
cada inversor, para facilidade de operação e comando. O QGFV deverá contar também com DPS CA
Tipo I+II na entrada do disjuntor geral.
 A conexão entre QGFV e secundário do transformador deve ser feito, preferencialmente, através de
barramento de cobre.
 Deve-se verificar o torqueamento dos parafusos de acordo com as recomendações do fabricante;
 No recebimento é necessário a inspeção de recebimento para validar a entrega em relação a possíveis
avarias no percurso do transporte;
 Utilizar chapa de policarbonato para proteção contra choques elétricos, reduzindo o risco associado a
contato acidental com as partes vivas.

M) Proteções
 As proteções deverão estar em conformidade com as exigências da concessionaria, Normas Técnicas
Brasileira e Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica do Sistema Nacional (PRODIST).

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ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

 O relé de proteção deve ser microprocessado e atender às características básicas exigidas pela
concessionária. Ser provido de IHM (interface homem/máquina), para parametrização, verificação dos
ajustes e estar em conformidade com a IEC 61850.
 Todos os circuitos elétricos necessitam possuir dispositivos de proteção dimensionados para condições
de sobrecarga e curto-circuito.

N) Disjuntores Termomagnéticos
 Os disjuntores termomagnéticos deverão ser tripolares, com especificações de corrente adequadas, em
Curva B ou C, 5kA (220/127), 3kA (380/220) e fixação por trilho DIN 35mm.

O) Transformadores Principais
O Transformador Principal faz parte do escopo de fornecimento da PROPRIETÁRIA. A CONTRATADA deve se
atentar aos itens que lhe correspondem no tocante a manuseio, instalação, comissionamento, entre outros.

Os transformadores da estação de transformação deverão ter as seguintes características:


 Os transformadores deveram ser projetados para trabalhar em sua potência máxima durante 24 horas
por dia, continuamente sem interrupção, de forma a garantir seu dimensionamento térmico e expectativa
de vida útil desejada, suportar as condições severas de trabalho desta aplicação imposto pela operação
dos inversores, rápidas tensões de pico agressivas e grandes variações de tensão.
 Trifásico;
 Frequência nominal: 60 Hz;
 Transformação de acordo com tensão nominal de saída dos inversores para tensão de conexão da
subestação;
 Se transformador à óleo, a refrigeração deverá ser KNAN (óleo vegetal selado), deverá incluir bacia de
contenção e caixa separadora de água e óleo;
 Grupo de Ligação: de acordo com exigência e/ou alinhamento da distribuidora.
 Derivação primária e secundária: 2 +- 2,5%;
 Impedância: 5,5% ou inferior;
 Resistente ao tempo;
 Fator K = 4;
 Perdas Totais: < 2,0%;
 Perdas em vazio: 0,1%~0,15%;
 Perdas em carga: <1%;
 Grau de Proteção: IP54 ou superior;
 O transformador deverá possuir os seguintes acessórios:
o Comutador de derivações sem tensão com acionamento externo.
o Indicador externo de nível de óleo tipo coluna (se à óleo).
o Medidor de temperatura de óleo e enrolamentos comunicando via Modbus.
o Indicador de Pressão.
o Válvula de drenagem e retirada de amostra de óleo (se à óleo).
o Meios de ligação para filtro.
o Estrutura com rodas.
o Demais características conforme ABNT NBR 5356.
o Ter bacia de contenção, com caixa de coleta API, ou válvula dreno automatizada de forma a
evitar contaminantes no solo conforme legislação ambiental (se à óleo).
o Válvula de alívio de Pressão.
o Relé Integrado de Segurança (RIS).
o Relé de pressão súbita.
 Funções de proteção/indicação mínimas:
o Alarme de temperatura;
o Desligamento por temperatura máxima;
o Alarme de Nível Máximo de Óleo;
o Desligamento por Nível Mínimo de Óleo;
o Desligamento por Pressão Máxima;

1
ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

o As funções de proteção devem ser implementadas de forma que seja possibilitado o trip de
disjuntor de média tensão com atuação baseada nas características intrínsecas do
transformador.
o A atuação das funções de proteção descritas acima deve ser implementada por meio de
cabos/equipamentos elétricos e, caso tecnicamente possível, com redundância via SCADA. O
sistema de proteção/atuação não poderá depender de comunicação via internet.
 Se transformador à seco:
o Isolamento seco por resina epóxi;
o Resfriamento natural;
o Atender as normas NBR10295 e IEC 60076-11, NBR 5356-11;
o O invólucro do transformador será dimensionado de acordo com as normas NBR10295 e IEC
60076-11.
o A ventilação do transformador seguirá as especificações das normas NBR10295 e IEC 60076-11.
o O transformador atenderá às proteções por temperatura conforme exigido pelas normas
NBR10295 e IEC 60076-11.
o O relé de proteção do transformador será especificado de acordo com as normas NBR10295 e
IEC 60076-11.
 O transformador deverá possuir olhais para suspensão completa do equipamento;
 Deverá ter olhal para suspensão da tampa;
 Deverá ter terminal para cabo terra na carcaça;
 Indicador de temperatura digital com contatos;
 Sensor de temperatura;
 Luvas nos flanges;
 Conetores MT e BT;
 Terminais de entrada;
 Terminais de saída;
 Flanges;
 Base de fixação;
 Núcleo de silício de grão orientado;
 Caixa de proteção para as muflas, evitando contato de humanos e animais e protegendo as conexões.

P) Eletrodutos e Eletrocalhas
 Todos os cabos deverão ser posicionados adequadamente em eletrodutos ou bandejas, a fim de se evitar
balanços, tensões mecânicas e estrangulamentos. Somente serão instaladas curvas de 90° alongadas e
que atendam o arco de curvatura dos condutores.
 Os eletrodutos corrugados enterrados deverão ser dimensionados de acordo com norma NBR 5410,
onde a taxa máxima de ocupação não deverá exceder 40% de sua área de secção para a passagem de
três ou mais condutores.
 Todo cabeamento CC das strings fotovoltaicas deverão ser canalizado por eletroduto PEAD resistente à
intempérie com proteção UV, sempre que circule por partes desprotegidas da radiação solar direta.
Deverá ser aproveitada canalização dos trilhos metálicos da estrutura para circular o polo positivo e
negativo por baixo dos módulos fotovoltaicos.
 Todo cabeamento CC das strings fotovoltaicas deverão ser canalizado por eletroduto rígido PVC ou
galvanizado resistente à intempérie com proteção UV, sempre que circule pelas descidas dos tracker ou
estrutura fixa.
 No lado CA (caso aplicável), o eletroduto deverá, sempre que possível, estar fora do alcance de pessoas
e animais, sobre parede ou enterrado. Todo eletroduto metálico deverá estar conectado à rede de
equipotencialização da instalação.
 Os eletrodutos enterrados (caso aplicável) deverão ser do tipo corrugado, fabricados em PEAD
(polietileno de alta densidade) com fio de poliéster guia para facilitar a transposição dos cabos elétricos.
Para os circuitos CC, strings-inversor, somente serão permitidos eletrodutos rigidos de PVC ou
galvanizado;

1
ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

 Em todos os pontos de afloramento dos cabos, deve-se utilizar eletroduto preenchido com espuma
expansiva. A espuma expansiva com proteção UV, para evitar ressecamento e degradação prematura. É
permitida a utilização de massa de calafetar pintada com tinta anti-chama e proteção UV.
 Canalizações exteriores em material resistente à corrosão grau CM-3.
 Galvanizado forte (imersão a fogo), inox ou alumínio.
 Espessura média de camada de zinco na galvanização de 25 microns.
 Galvanização conforme ABNT NBR 6323:2007 ou normativa nacional específica para o material
escolhido.
 As eletrocalhas devem ser aterradas com o objetivo de eliminar possíveis fugas de energia do sistema.

Q) Medidor de energia
 Medidor de Energia deve ser trifásico, eletrônico digital de medida indireta.
 Tolerância de precisão inferior a 0,2% comprovável com Certificado INMETRO ou equivalente
internacional.
 Deve ser homologado pela concessionária e CCEE.
 TCs e TPs compatíveis com o grau de tolerância exigido.
 Compatível com SCADA (saída RS 485, MODBUS-RTU).
 Conforme MID (Measuring Instruments Directive).

R) Relé microprocessado incluso, função ANSI 79


O relé escolhido pela CONTRATADA deve atender todos os requisitos solicitados nas normas da
concessionária local.

Para proteção, controle, monitoramento e automação de alimentadores, deverá ser instalado relé digital
microprocessado;

 Funções de proteção mínimas (importante: observar normas da distribuidora):


o 25 – Verificação de sincronismo;
o 27 – Proteção de subtensão fase-neutro ou entre fases;
o 32 – Proteção direcional de potência;
o 46 – Proteção contra desbalanceamento de corrente;
o 47 – Proteção contra desbalanceamento de tensão;
o 50BF – Proteção contra falha de disjuntor;
o 50/51 – Proteção contra sobrecorrente de fase instantânea e temporizada;
o 50N/51N (ou GS) – Proteção contra sobrecorrente instantânea e temporizada de neutro ou terra;
o 51V – Proteção de sobrecorrente com restrição de tensão;
o 59/59N – Proteção de sobretensão fase-neutro ou entre fases;
o 67/67N – Proteção de sobrecorrente direcional de fase e de neutro;
o 78 – Relé de medição de ângulo de fase/proteção contra falta de sincronismo
o 79 – Religamento (lógica);
o 81(df/dt e O/U) – Proteção contra sub, sobrefrequência e taxa de variação de frequência;
 Funções de medição mínimas (importante: observar normas da distribuidora):
o Correntes de fase (IA, IB, IC), de neutro (IN), residual (IG);
o Correntes de sequência negativa (3I2) e zero (3I0);
o Tensões de fase (VA, VB, VC), tensões fase-fase (VAB, VBC, VCA);
o Tensões de sequência negativa (3V2) e sequência zero (3V0);
o Potência aparente, ativa e reativa trifásica;
o Fator de potência trifásico;
o Energia ativa e reativa trifásica;
o Frequência;
o Medição de temperatura com até 12 RTD´s;
o Oscilografia de 15 (até 23 relatórios) ou 64 ciclos (até 5 relatórios).
 Resolução de 16 amostras/ciclo;
 Relatório de Curva de Carga (load-profile), com coleta de até 17 grandezas analógicas com intervalos
programáveis (5, 10, 15, 30 ou 60min.);

2
ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

 Número de entradas e saídas:


o A quantidade de entradas e saídas deve ser definida no projeto executivo;
o Possuir no mínimo 20% de entradas reservas;
o Porta serial EIA-232/485;
o Comunicação DeviceNet – EIA-485;
o 1 porta serial EIA-232 frontal;
o 1 porta serial EIA-232 ou EIA-485 traseira;
o 1 porta de fibra óptica serial;
o 1 porta Ethernet;
o Protocolos: ASCII, Modbus® RTU, Modbus® TCP (opcional), DeviceNet (opcional);
o Medição de corrente (Ia, Ib, Ic, In), tensão de linha.

S) Relé microprocessado com a proteção 87


 Esse relé deve ser utilizado em projetos que possuem transformador acima de 4MVA;
 Tipo: Relé digital microprocessado;
 Funções de Proteção: Função ANSI 87: Diferencial do transformador;
 Funções de Medição:
o Correntes de fase (IA, IB, IC) e residual (IG);
o Correntes de sequência (I1, 3I2, 3I0) para cada entrada;
o Demanda de corrente de fase e de sequência negativa;
o Corrente diferencial;
o Espectro de harmônicas até a 15ª ordem;
 Registro de valores máximos e mínimos de grandezas analógicas;
 Funções de Monitoramento: Oscilografia, armazenagem de até 7 segundos de dados;
 Sequência de eventos, armazenagem dos últimos 512 eventos;
 Monitoramento térmico do transformador;
 Monitoramento do sistema de alimentação auxiliar CC (banco de baterias), fornecendo alarme para sub
ou sobretensão;
 Monitoramento de desgaste dos contatos do disjuntor por polo;
 Contador de operações;
 Monitoramento das bobinas do disjuntor (através de programação lógica);
 Monitoramento de desgaste do transformador devido a faltas externas passantes;
 Número de entradas e saídas:
o STANDARD: 6 entradas e 8 saídas (binárias);
o 1 porta serial EIA-232 frontal;
o 2 portas seriais EIA-232 traseiras;
o 1 porta serial EIA-485 traseira;
 Comando de abrir / fechar o disjuntor e/ou seccionadoras, local e remoto;
 Programação através de equações lógicas (SELogic):
o 16 relés auxiliares / temporizadores,
o 16 biestáveis,
o 16 chaves de controle local e remoto;
o Programação de até 16 mensagens para serem exibidas no display;
o Seletividade lógica;
o 6 grupos de ajustes;
o Controle de torque das funções de sobrecorrente;
o 30 – Anunciador;
o 69 – Inibição de fechamento;
 Sincronização horária por IRIG-B;
 Protocolos: DNP3.0, ASCII, Compressed ASCII, Fast Meter, Fast Operate, LMD.

T) Estação Meteorológica
 A estação solarimétrica deverá ser providenciada pela Contratada, será Hukseflux ou similar (desde que
aprovada pela engenharia Energea).

2
ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

 Para monitoramento do desempenho do sistema, deverá ser instalada uma estação solarimétrica que
colete dados de irradiação e temperatura na usina.
 A estação solarimétrica visa obter dados meteorológicos coletados na usina fotovoltaica instalada. São
coletados através de sensores conectados a um registrador de dados, com acessórios para montagem e
correto funcionamento do sistema. A estação solarimétrica faz a medição de irradiação solar (global e
inclinado), temperatura e umidade do ar, velocidade do vento e temperatura do módulo fotovoltaico de
referência.
 Os sensores mínimos a serem instalados serão:
o Albedômetro:
 Albedômetro secondary standard (Classe A).
 Quantidade: 1 (um).
 O albedometro deve ser posicionado preferencialmente mais ao centro do tracker para
evitar a captação de “falsos positivos”.
o Para medição de radiação global no plano horizontal e inclinado:
 Piranômetro secondary standard (Classe A).
 Quantidade: 2 (dois).
 Permitirá avaliar o recurso solar em comparação com base de dados utilizada e a
validação dos métodos de transposição utilizados;
 Cabo de no mínimo 05 metros.
 Com certificado de calibração.
o Medição de temperatura para módulo fotovoltaico:
 Sensor de temperatura de contato PT-100 4 fios;
 Quantidade: 1 (um): instalado na parte traseira de módulo fotovoltaico do campo gerador.
 Grau de precisão mínimo de ±2,5%.
 Cabo de no mínimo 50 metros.
 Com certificado de calibração.
o Logger e alimentação da estação:
 Quadro de comando montado com datalogger.
 Alimentação própria FV (bateria, controlador e módulo).
 Comunicação Modbus TCP/IP.
 Quantidade: 1 (um).
o Sensor de sujidade:
 Quantidade: 1 (um).
o Sensor de velocidade e direção do vento
 Quantidade: 1 (um).
 Cabo de no mínimo 05 metros.
o Sensor de temperatura e umidade relativa do ar
 Quantidade: 1 (um).
 Cabo de no mínimo 05 metros.
 A torre deverá ser de alumínio, com 3 metros de altura e não deve provocar sombreamento nos módulos.
 Pluviômetro 1 unidade.
 Todos os itens e seus quantitativos descritos acima são obrigatórios, conforme especificados.

4.5. Aterramento e SPDA


O subsistema de aterramento, descida e captação deverá estar em conformidade com as NBRs. Esses sistemas
devem ser dimensionados levando em consideração os estudos de descargas atmosféricas, resistividade do solo e
curto-circuito.

2
ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

Normativo Normativo
nacional internacional

ABNT NBR ABNT NBR ABNT NBR ABNT NBR IEEE Std 80- IEC 60479-
IEEE 2778
16690:2019 15751:2013 5410:2004 5419:2015 2000 1:2018

Além dessas normas aplicam-se as seguintes regras e técnicas para a proteção de sistemas fotovoltaicos contra
descargas atmosféricas e sobretensões:

 A topologia da malha deve seguir a orientação da IEEE 2778.


 O estudo das tensões de passo e toque deve ser feito na malha dimensionada;
 Deve ser elaborado uma análise de risco de descargas atmosféricas no local da UFV, visando ao correto
dimensionamento das soluções aplicadas em toda a área da usina.
 O ponto de impacto da descarga atmosférica deve ser analisado por meio do método da esfera rolante.
 Toda e qualquer massa deve ser conectada ao barramento de equipotencialização principal através de
condutor de seção corretamente dimensionada, caso o elemento metálico esteja passivo de receber
descargas diretas, o condutor de equipotencialização deve ser abandonado e deve-se utilizar um
subsistema de descida adequado.
 O Subsistema de aterramento da instalação deverá satisfazer, no mínimo, as condições estabelecidas
pelas normativas NBR 13571 (Haste de aterramento aço‐cobreada e acessórios).
 Todos os condutores conectados ao Barramento Principal de Equipotencialização deverão ser
desconectáveis individualmente, exclusivamente por meio de ferramenta.
 O condutor de proteção ou o subsistema de descida deve ser encaminhado através da via mais curta
para o subsistema de aterramento, preferencialmente, em linha reta e vertical.
 Os circuitos CC não devem criar laços de indução, ou seja, os condutores positivos e negativos devem
ser justapostos em paralelo.
 Nas conexões envolvendo condutor e/ou barramento de cobre com condutor de alumínio deverá ser
utilizado conector do tipo “bimetálico”.
 A conexão do condutor de equipotencialização das estruturas dos módulos deve ser feita por meio de
conector cabo-chapa. Não será admitido instalação do condutor em contato direto com a estrutura do
rastreador ou qualquer equipamento que for necessário o aterramento.
 Todas as cercas e alambrados deverão ser aterradas, conforme orientação da concessionaria de energia.
 Todos os quadros de energia, comando e comunicação deverão conter dispositivo de proteção contra
surto (DPS).
 Para proteger pessoas e animais contra choques elétricos, devido ao risco associado ao contato
acidental, ou por falhas que possam colocar uma massa acidentalmente sob tensão, deverão ser isoladas
as partes vivas de qualquer contato direto utilizando invólucros fixados firmemente e apresentando
robustez e durabilidade necessárias para preservar os graus de proteção exigidos, bem como a
separação adequada.
 As conexões cabo-cabo e cabo-haste devem ser realizadas por meio de conexão do tipo crimpada por
alicate hidráulico, exceto se o normativo da concessionária exigir solda exotérmica ou outro método na
cabine de entrada.
 As malhas com massas simultaneamente acessíveis devem ser interligadas, inclusive a malha da cabine
de entrada.
 As ferragens das estruturas de alvenaria devem fazer parte do subsistema de aterramento.
 O subsistema de descida deve ser instalado de maneira que possa ser desconectado do subsistema de
aterramento para inspeções periódicas.

2
ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

 Os cabos de cobre nu não podem ficar em contato direto com o concreto.


 É obrigatório o uso de SPDA nos SKIDS, CABINE e CENTRO DE CONTROLE mesmo que o
gerenciamento de risco não aponte a necessidade.

4.6. Operação, Monitoramento e Segurança

4.6.1. Sala de Operação e Manutenção

 A sala de operação deverá ser de alvenaria ou pré-fabricado em container Reefer (necessário isolamento
térmico), capaz de comportar todos os equipamentos de operação de maneira adequada, incluindo o
CFTV e estação para operação local para dois operadores.
 O sistema deve permitir acesso e controle de forma remota em real time.

4.6.2. Comunicação

 Para possibilitar comunicação durante a obra, deve ser fornecida conexão de internet fixa (via fibra ótica,
rádio, satélite, entre outros) que seja estável, eficaz e tenha velocidade compatível, dependendo da
disponibilidade no local. A conexão deve ter estabilidade e velocidade adequadas para as tarefas a
serem desempenhadas em campo, como videoconferências, acesso a documentação de projetos,
monitoramento de CFTV, monitoramento remoto do sistema supervisório, entre outros.
 Fornecer hardware de infraestrutura de rede necessário, tal como cabos, switches, roteadores, modem,
etc, para conexão dos sistemas de comunicação com a internet.
 O serviço contratado deve atender a todas as especificações e configurações de comunicação dos
equipamentos/softwares utilizados na usina, a fim de que não exista nenhuma incompatibilidade e seja
possibilitada comunicação ininterrupta tanto nos testes de disponibilidade/performance quanto na
operação da usina, devendo ter redundância de meios ou provedores diferentes e serem canais
dedicados para comando e monitoramento.
 Após o Aceite Provisório, será avaliada pela PROPRIETÁRIA a manutenção da conexão contratada.
Caso a mesma julgue como vantajoso, assumirá titularidade e os custos do serviço de internet contratado
pela CONTRADADA. Caso contrário, a EPCista deve entregar uma especificação com os equipamentos
e critérios para a substituição dos equipamentos.

4.6.3. Cabos de Comunicação

 Quando possível, os cabos de comunicação devem passar pelas mesmas valas que os cabos de energia,
considerando distâncias mínimas de 20cm e em eletrodutos diferentes, evitando valas desnecessárias e
garantindo a qualidade da comunicação sem interferências.
 Em função do comprimento das redes RS485 (comprimento total e comprimento entre equipamentos),
deverá ser previsto cabos de fibra óptica para comunicação, caso necessário.
 Os cabos para comunicação do tipo RS 485, devem ser de categoria 6, apropriados para ambiente com
alto ruído eletromagnético, situados à proximidade de cabos com circulação de alta corrente CA e CC e
possuir as seguintes características:
o Tensão nominal: 300Vca
o Temperatura de operação 70ºC
o Condutor: 1,5PAR x 22AWG em cobre estanhado classe 2
o Característica de isolação: PE com blindagem em trança de cobre estanhado + fita de alumínio
com condutor dreno e cobertura em ST2
 O tipo dos cabos ópticos (multimodo ou monomodo) deve ser definido em projeto, contendo a quantidade
de fibras conforme a necessidade do projeto, revestidas em acrilato, agrupadas em unidades básicas,
elemento central e elemento de tração não metálicos, interior preenchido com geleia para evitar a
penetração de umidade, capa externa com proteção contra-ataques biológicos como roedores, fungos,
térmitas ou cupins. Duplo revestimento em poliamida e capa externa em polietileno.
 O cabo de conexão ethernet deve ser UTP 4P – CAT6E.

2
ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

4.6.4. SCADA

A CONTRATADA fornecerá os equipamentos e licenças referentes ao Sistema de Supervisão da usina e será


responsável por:
 Providenciar o sistema de supervisão SGD, fornecido pela empresa ATI. O serviço realizado pela ATI
abrange o fornecimento dos equipamentos de comunicação, incluindo o datalogger, a instalação desses
equipamentos, configuração e testes do sistema, com a leitura dos dados referentes à Tracker, estação
meteorológica, Inversores, Transformadores, medidor de energia da concessionária etc.
 Interligar os equipamentos que serão monitorados e controlados ao hardware do Sistema de Supervisão
que ficará na Sala de Controle, incluindo, mas não se limitando a:
o Disjuntores do QGFV da usina (comunicação RS485 ou similar);
o Proteção do transformador (comunicação RS485 ou similar);
o UPS da Sala de Controle (comunicação RS232 ou similar);
o Relé de proteção da Cabine de Medição (comunicação RS485 ou similar);
o Medidor de Energia da Cabine de Medição, concessionária, (comunicação RS485 ou similar);
o Inversores (comunicação RS485 ou similar);
o Estação Meteorológica (comunicação RS485 ou similar);
o Sistema de controle dos trackers (comunicação RS485 ou similar).
 O sistema deve conter pelo menos as seguintes telas:
o Tela de Apresentação:
 Tela inicial do site onde será feito o login.
o Tela do Diagrama Unifilar Geral:
 Mostra os principais dados de produção em tempo real, como potência ativa, reativa,
aparente além da energia gerada ou consumida.
 São disponibilizadas as principais informações do sistema elétrico, como, status dos
disjuntores, status das seccionadoras, status da UPS e status dos relés de proteção.
 Por essa tela também pode ser supervisionado o status tantos dos inversores quanto do
sistema tracker do parque.
 Comando para controle das proteções.
o Tela da Arquitetura:
 Permite visualizar os equipamentos que compõem a rede de dados do SCADA local, sua
topologia e seu status.
 Permite verificar o status da comunicação com todos os nós da rede RS-485 e Ethernet,
Modbus RTU e Modbus TCP respectivamente.
o Tela dos Inversores:
 Permite visualizar os principais dados e status destes equipamentos.
 Visualizar todos os principais dados analógicos dos inversores além do status mais
detalhado do equipamento, como, tipo, versão, número de série, potência e alarmes.
o Tela da Estação Meteorológica:
 Permite visualizar os principais dados e status disponibilizados pela datalogger deste
equipamento.
 Por essa tela, é possível verificar dados de radiação, temperatura do módulo,
temperatura do ar, umidade do ar, velocidade do vento e chuva.
o Tela da UPS:
 Permite visualizar os principais dados e status deste equipamento.
 Será possível visualizar todos os dados, como, tensão, frequência, informações da
bateria e seus alarmes.
o Tela dos Trackers:
 Permite visualizar a disposição dos trackers dentro planta da usina solar.
 Verificar se algum motor se encontra com defeito.
 Visualizar o status individual destes equipamentos.
 Verificar alarmes dos motores, status de operação, posição, etc.
 Comando para alterar posição dos trackers para posição de segurança.

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ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

 Comando para alterar posição dos tracker para posição de limpeza (esse comando deve
ser subdivido em um comando geral para todos os trackers e um comando setorizado por
inversor).
o Tela de Alarmes:
 Verificar status dos alarmes.
 Controle alarmes

 A CONTRATADA deve garantir a funcionalidade da infraestrutura física de comunicação e acompanhar o


comissionamento dos fornecedores na parametrização do sistema.
 O subsistema deverá ser composto por sensores, datalogger para registro dos dados, modem para
comunicação de dados e software ou interface para leitura e análise das informações coletadas.
 A arquitetura completa e detalhada do sistema SCADA deve ser descrita na proposta técnica da
CONTRATADA.
 A CONTRATADA tem liberdade para sugerir alterações nas telas e suas informações desde que todos as
características citadas sejam inseridas no sistema.
 Deverão poder ser consultados dados em tempo real, de forma remota e local, de toda a energia gerada
pelo subsistema gerador, a partir dos dados disponibilizados no inversor e de medidor elétrico bidirecional
instalado no lado da baixa tensão.
 Todos os alarmes e informações de funcionamento dos equipamentos devem estar disponíveis para
verificação no SCADA e ser armazenados indefinidamente no servidor SCADA.
 Armazenamento mínimo de 2xHDD, 1TB, 7200RPM, 64MB, 6GB/S.
 Alimentação:
o Sistema de UPS para até 8h de operação, em caso de falta de energia.
o Pode ser combinado com o sistema SCADA e o sistema CFTV
 O sistema SCADA deve incluir alarmes desenvolvidos para indicar mal funcionamento do equipamento,
problemas de desempenho, segurança (incêndio) e preocupações com segurança. Os alarmes devem
incluir um nível de gravidade configurável e permitir o arquivamento de alarmes incômodos. Um alarme
dedicado a página deve ser incluído com um banner de alarme visível em todas as páginas. As
visualizações de alarme devem incluir alarmes atuais e alarmes históricos, com a capacidade de filtrar e
pesquisar alarmes por entradas de string usando atributos de alarme (severidade, tipo, área, hora,
etiqueta de origem, descrição). Todos os comandos de reconhecimento e arquivamento emitidos por
usuários do SCADA devem ser registrados e armazenados com dados históricos de alarme.
 Integração com sistema de monitoramento QoS: Deverá ser previsto o envio dos dados do SCADA a
cada 5 minutos via FTP em um servidor definido posteriormente.
 O SCADA deverá possuir base de redundantes no mesmo computador em caso de falha no servidor
principal.

4.6.5. CFTV

 Câmeras:
o Resolução vertical mínima de 1080 pixels;
o Gravação no mínimo a 24 FPS;
o Visão noturna com alcance mínimo de 50m;
o Em ambientes externos, as câmeras deverão possuir um grau de proteção IP65 ou superior.
o Sistema de gravação: Deve ser alimentadoArmazenamento mínimo dos últimos 60 dias de
gravação contínua.
 Alimentação:
o Sistema de UPS para até 8h de operação, em caso de falta de energia.
o Pode ser combinado com o sistema SCADA e o sistema CFTV
 Interface local:

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ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

o Computador PC com Windows (pode ser compartilhado com SCADA e outros sistemas de
monitoramento)
o Monitor LCD de no mínimo 21"
 Interface remota:
o Interface web para operação remota através da internet.
 Instalação de câmeras:
o Se utilizará de sistema de detecção por fibra óptica para acionamento de câmeras Speed Dome,
assim terão cobertura máxima, inclusive evitando cantos mortos.
o Deve ser previsto um quantitativo de câmeras PTZ que cubra toda área da usina.
o Deve ser previsto um quantitativo de câmeras para sala de controle/O&M e guarita de modo que
não gere pontos cegos;
o Devem ser utilizados postes galvanizados a fogo de no mínimo 10,5m de altura ou maiores, sem
provocar sombreamento nos módulos FV.
o Os postes de CFTV devem possuir captor do tipo Franklin para proteção contra descargas
atmosféricas.
4.6.6. Sistema de Alarme e Segurança Patrimonial

 Comunicação via Ethernet ou GPRS;


 Habilidade de informar via telefone e internet a ocorrência de alarme;
 Sensores de presença infravermelho para alarme no interior da subestação, sala de inversores e sala de
controle;
 Sensores de presença para holofote LED + holofote LED para os portões de acesso, edificações de O&M
e SKIDs, também nas proximidades da área externa da Cabine;
 Sirenes de alta potência, mínimo 120Db;
 UPS para alimentação de 8h, em caso de falta de energia;
 Placas de advertência de sistema de alarme 24h.
 Deve ser providenciada segurança patrimonial até o momento da Aceitação Provisória. Após o Aceite
Provisório, será avaliada pela CONTRATANTE a manutenção da segurança contratada, podendo
assumir a titularidade e os custos da segurança patrimonial anteriormente contratada pela
CONTRATANTE.

4.7. Placas de Advertência

 Placas de Advertência de Geração Própria deverão ser fixadas de acordo com padrões da distribuidora e
nos seguintes locais:
o Na tampa da caixa do medidor.
o Na porta de entrada da subestação interna da usina.
o Na conexão do ramal de ligação/serviço (no poste, parede, cabine e outros locais pertinentes),
voltado para a via pública, dado que é ponto de entrega aérea.
o No QGFV, onde será conectado em baixa tensão o subsistema gerador.
o E no perímetro do cercamento da usina a cada 30 metros (Mínimo).

4.8. Civil

Fornecer todas as instalações temporárias, equipamentos, materiais de construção e suprimentos necessários


para a execução da Obra. Os serviços a serem realizados sob este item consistem no fornecimento de tudo que seja
necessário para a execução completa de limpeza do terreno, terraplanagem, arruamento, cerca perimetral, bases
para eletrocentro, bases de equipamentos, prédios de segurança e almoxarifado – O&M, dentre outros.
Sendo responsável pelo gerenciamento e execução dos trabalhos, incluindo, mas não limitado a, todos os
aspectos de planejamento, cronograma de mobilização e desmobilização, controle de custo, relatórios de follow-up e
desvios, relatórios, supervisão, administração, controle de qualidade, compromissos e requisitos ambientais, gestão
de lixo, gestão de saúde e segurança, construção, estudos do sistema, verificações e testes, pré-comissionamento,
comissionamento, supervisão no local, de acordo com um organograma a ser passado com os responsáveis de cada
área. Para todos trabalhadores, subcontratados (se necessário) e fornecedores, serão cumpridos de acordo com as

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ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

leis nacionais e regulamentos principalmente, mas não limitado, aos seguintes setores:
 Recursos Humanos;
 Condições de Trabalho.
 Leis ambientais.

4.8.1. Canteiro de Obra

 O canteiro de obra deve conter sala de reunião, banheiro, pontos de tomada, iluminação, refeitório,
geladeira (ou outro meio eficaz de gelar líquidos e alimentos) ao menos duas vagas de garagem,
almoxarifado e enfermaria. Deverá obrigatoriamente seguir todos os requisitos aplicáveis da NR-18;
 Para o quadro de cargas elétricas do canteiro deve ser previsto dispositivo residual de proteção e ao
menos um circuito trifásio para utilização de máquinas elétricas.
 Durante a fase de mobilização antes de iniciar os serviços em campo, a CONTRATADA deverá
apresentar um prontuário dos empregados conforme Anexo 7.
 O canteiro deve ser montado dentro da área licenciada da usina, caso contrário, a CONTRATADA deve
obter as licenças nos órgãos competentes;
 A CONTRATADA deve fornecer meios eficazes de comunicação em campo para todas as frentes de
serviços, por ex.: Site Managers (PROPRIETÁRIA e CONTRATADA); Técnico de Segurança; Segurança
Patrimonial e Enfermaria;
 Na infraestrutura de canteiro temos as instalações provisórias com as seguintes características:
o Sala do Cliente/Fiscalização;
o Sala de Engenharia e Corpo Técnico da Obra;
o Refeitório para as refeições diárias dos trabalhadores que estão na obra;
o Depósito para armazenamento de materiais diversos, equipamentos e ferramentas;
o Almoxarifado para a montagem eletromecânica de área coberta e fechada para alojar
equipamento a resguardo das condições climatológicas e de segurança, além de área aberta
para os demais materiais.
o Vestiários dos funcionários e subcontratados, com armários individuais, sanitários (e locais para
banho com ducha se aplicável).
 Toda administração do canteiro será de responsabilidade da contratada, alimentação, limpeza, água
potável, energia elétrica, transporte para funcionários, máquinas e ferramentas, material de escritório,
internet e os diversos combustíveis consumíveis necessários para o bom andamento do canteiro,
inclusive segurança e iluminação;
 Bem como, a fim de respeitar a normas vigentes, fornecer programas de controle de qualidade e meio
ambiente na obra, com destino correto dos resíduos gerados, utilização de EPI, reuniões semanais e
mensais a respeito da obra.
 Previamente ao início dos trabalhos de instalação, e para facilitar o transporte de equipamentos e
materiais, vias de acesso internas deverão ser implementadas no terreno de forma adequada
(observando critérios normativos aplicáveis) e conter infraestrutura para um profissional trabalhar para
controle de acesso (exemplo: guarita);

4.8.2. Infraestrutura para Operadores da Usina

 Deve haver infraestrutura para os operadores da usina. A Sala de Controle, por exemplo, deve conter
estação de trabalho para ao mínimo 2 operadores, com ar condicionado, e conforme todos os requisitos
mínimos do Ministério do Trabalho (banheiro, mesa, cadeira e almoxarifado, dentre outros);
 Este item da sala de controle deve ser detalhado na proposta técnica da CONTRATADA.

4.8.3. Cerca Perimetral e Acessos

 A área da usina deverá ser fechada com cerca perimetral com altura total de 2,4 m acima da superfície,
em tela em arame losangular com malha de 50mmx50mm, fios em aço 12 AWG, galvanizado a fogo,
tensionada nas extremidades por 5 (cinco) fios arame de aço galvanizado, com mourões de aço

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ANEXO 2
CONTRATO EPC
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galvanizado, instalados no máximo a cada 2,5m e engastamento com profundidade mínima de 50 cm em


concreto usinado, com no mínimo três fios de arame farpado instalado no seguimento inclinado do
mourão em altura mínima da primeira linha é de 2,20m do piso, com placas de advertência instaladas a
cada 10m , ambos materiais com alta durabilidade, resistência a vandalismo e oferecendo proteção
eficiente contra tentativas de invasões;
 As cercas perimetrais em proximidade ou cruzando com linhas de distribuição e de transmissão deverão
obrigatoriamente ser aterradas, seccionadas e pintadas conforme legislação pertinente.
 As cercas perimetrais com distância de 5 metros ou inferior das estruturas de suporte deverão
obrigatoriamente ser aterradas, e seccionadas a cada 250m.
 A usina deve possuir portão para veículos para via de 6,00 m de largura, com 2 folhas de giro de
2,95x2,10m, requadro e reforço interno em tubo de aço galvanizado de diâmetro de 3". Fechamento
deverá seguir o mesmo utilizado na instalado no alambrado, tela em arame com malha, fios em aço 12
AWG, galvanizado a fogo, tensionada nas extremidades por 5 (cinco) fios arame de aço galvanizado,
dotado de 3 dobradiças por folha, trinco com cadeado e ferrolhos. E portão para pedestres para vão de
1,00m, com 1 folha de giro de 0,90x2,15m, requadro em tubo de aço galvanizado de diâmetro 3".
Fechamento em tela em arame losangular com malha de 50mmx50mm, fios em aço 12 AWG,
galvanizado a fogo, tensionada nas extremidades por 5 (cinco) fios arame de aço galvanizado, com
camada de zinco pesada, dotado de 3 dobradiças e trinco com cadeado. Em ambos os portões deverão
ser instalados na sua parte superior fios de arame farpado, dando continuidade à padronização do
alambrado e nivelamento. Abertura dos portões de acesso deve ser sempre para dentro da usina.
 Reforços laterais em todos pontos onde houver ângulos na cerca e/ou a cada 25m em linha, com
fundações de concreto para os postes e reforços laterais concebidas de acordo com características
geotécnicas do solo.

Figura 1: Detalhamento da cerca

 As vias principais, como a de acesso a usina, devem ser de 6 metros, para as demais vias, a largura livre
do leito carroçável deve ser de 4 metros.
 Para o bom andamento da obra deve-se seguir as diretrizes estabelecidas pela norma DNIT 011/2004 –
PRO - Gestão de qualidade em obras rodoviárias - Procedimento.
 As vias devem ser projetadas para resistir à erosão, de modo que exijam o mínimo de reparo e
manutenção sobre a expectativa de vida do projeto;
 Deve ser prevista inclinação transversal de 2% com duas quedas;
 Devem ser previstas sarjetas para proteção do acesso;
 As vias das UFVs devem ser dimensionadas para revestimento primário de acordo com o Gravel Roads
Design and Maintenance Manual, anexo A do USDOT ou pelo DESIGN OF AGGREGATE SURFACED
ROADS AND AIRFIELDS do US Corps. Of Engineers (USACE) pela falta de método nacional de

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ANEXO 2
CONTRATO EPC
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dimensionamento.
As características do material de revestimento devem seguir a ES-T 07/18 - DER/PR ou especificação
estadual de acordo com o local do projeto.

4.8.4. Água e Esgoto

 Deve haver instalação de reservatório de no mínimo 10.000 litros que será abastecido por caminhão pipa,
o nível do reservatório deve ser monitorado via SCADA. Este reservatório fornecerá água ao banheiro da
casa de controle, para as edificações que houver necessidade e para lavagem dos módulos fotovoltaicos;
 A água para fins de limpeza dos módulos deverá ser adequada para esta finalidade, de acordo com
instruções do fabricante dos módulos fotovoltaicos.
 A água para consumo e higienização humana deverá ser potável e atendendo exigências da NR18;
 Poderá ser previsto e utilizado poço artesiano como fonte de água, caso a rede de distribuição municipal
não atenda o empreendimento, devendo seguir o preconizado na lei federal 9.433/97 e 9.605/98 e nas
normas técnicas ABNT NBR 12212 e NBR 12244. Bem como a outorga do uso do recurso hídrico junto
aos órgãos ambientais responsáveis
 O sistema de tratamento de esgoto deve ser construído utilizando materiais pré-fabricados para este fim,
com todos os itens necessários para o bom funcionamento do sistema de esgoto, tendo no mínimo,
sumidouro, tanque séptico e filtro anaeróbio como componentes principais. Qualquer variação necessária
nessa composição, em função do terreno e do que é previsto nas normas pertinentes ao assunto, deverá
ser considerada na solução apresentada.

4.8.5. Instalações Hidráulicas e Sanitárias

 As instalações hidráulicas e sanitárias deverão ser dimensionadas e executadas seguindo as diretrizes


das normas NBR 5626 e NBR 8160. As tubulações serão em PVC, Classe A, soldáveis, embutidos ou
aparentes. As tubulações aparentes serão fixadas por meio de abraçadeiras, as louças sanitárias serão
instaladas na sala de controle e demais edificações de O&M, serão compostas de vaso sanitário e
lavatório, com louça sem deformação, trincas ou fendas, homogênea sem manchas ou fendilhamentos.
Os metais devem ser de 1ª linha (Deca ou similar);

4.8.6. Terraplanagem

 Deve ser considerando a limpeza e movimentação de terra nas áreas de implantação da UFV e nos bota-
fora. O solo deverá ser cortado e limpo de acordo com o especificado no projeto executivo de drenagem
e terraplanagem e no plano de controle e mitigação de erosão.
 No reaterro, o mesmo será compactado em camadas no máximo com 30 cm de espessura de material
solto, tendo 20cm de espessura na camada final, o grau de compactação igual ou superior a 95% do
Proctor Normal para o corpo de aterro e de 98%PN para a camada final. A compactação será feita com
teor de umidade próxima da ótima.
 Deverá ser feito o controle de compactação pelo método Hilf ou pelo método do Frasco de Areia, com o
número de ensaios definido em projeto executivo de acordo com o preconizado nas normas nacionais
aplicáveis.
 A correção de umidade deve ser feita com base no teor de umidade ótima especificado no projeto.
 Serão feitas pelo menos duas verificações de peso específico. Caso não sejam obtidos os pesos
específicos recomendados, o material será retirado e transportado para regiões de bota-fora, devendo-se
fazer novo reaterro ou regeneração que atenda a presente especificação Técnica da Norma.
 O equilíbrio de massas da planta (corte-aterro) deve ser o mais próximo possível de zero, para evitar a
contribuição do aterro ou levar excesso de material;
 Limpeza de áreas serão necessárias somente se uma camada de solo vegetal for identificada no relatório
geotécnico e apenas nas áreas onde a terraplenagem é necessária, sendo que esse material orgânico
deverá ser estocado para uso posterior na recomposição vegetal e o excedente deverá ser doado e
retirado da área. As ações a serem feitas nestas áreas serão limpeza e remoção de vegetação. Se for
possível, serão pesquisadas áreas na planta para colocar o solo superficial sem utilizar um aterro
aprovado;

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 O relatório geotécnico de cada projeto refletirá a principal característica das camadas de solo para cálculo
de terraplanagem. Em geral, para estimar os aterros, podem ser tomadas as seguintes medidas:
o Fator de consolidação: (a definir de acordo com o tipo de solo)
o Inclinação do corte: 1,5H: 1V ((dependendo do tipo de solo, esse valor poderá ser alterado)
acima de 2m de altura, deverá ser apresentado relatório de análise de estabilidade de taludes)
o Inclinação do aterro: 1,5H: 1V ((dependendo do tipo de solo, esse valor poderá ser alterado)
acima de 2m de altura, deverá ser apresentado relatório de análise de estabilidade de taludes)
o Volume final de terraplanagem:
o Volume de aterro:
o Volume de corte:
o Limpeza do terreno:
o Grau mínimo de compactação de 95%PN para o corpo do aterro e 98%PN para a camada final.
 Dependendo da altura do talude e do tipo do solo, enviar relatório de estabilidade assinado por um
geotécnico.
 No que diz respeito aos Trackers, a inclinação média varia e deve estar em conformidade com as
especificações e instruções fornecidas no datasheet e manual do rastreador/estrutura. Em relação às
edificações, a superfície de instalação deve ser plana, enquanto a área circundante deve apresentar uma
inclinação de 1% em direção ao sistema de drenagem.
 Caso o terreno já tenha a inclinação natural adequada deve ser implementado os sistemas de drenagem
necessários para o bom escoamento das águas pluviais, considerando e avaliando o tipo de camada
vegetal existente, e sua manutenção. Sendo a camada vegetal existente apropriado para proteger o solo
afim evitar problemas de erosão e sedimentação com a camada exposta do material, o mesmo de ser
empregado em toda área da UFV;
 Na fase de terraplenagem, deverão ser projetados e construídos o sistema de drenagem provisório,
dotadas de proteção contra a ação erosiva e ao assoreamento das águas pluviais ao longo de todo o seu
perímetro, outros elementos de proteção, como bigodes, barreiras e geossintéticos também devem ser
em aplicados conforme o plano de proteção e mitigação de erosões.
 Qualquer alteração durante a execução da terraplenagem deve ser realizada de forma a não impactar na
performance prevista em PVsyst, caso não seja possível o estudo de PVsyst deve ser refeito e colocado
para aprovação da contratante;
 Todos os ensaios de compactação devem conter registros fotográficos georreferenciados dos pontos
ensaiados;

4.8.7. Sistema de Drenagem

 A CONTRATADA deverá desenvolver e apresentar projeto detalhado para implantação de sistema de


macrodrenagem atendendo aos requisitos específicos da área de implantação de cada UFV. A
CONTRATADA será responsável pela implantação e comprovação da eficiência do sistema na captação,
condução e disposição final dos fluxos pluviais interceptados na área de implantação do
empreendimento, isso se aplica na fase de construção da usina.
 A largura livre do leito carroçável das vias principais deve ser de 6 m, para as demais vias, a largura livre
do leito carroçável deve ser de 4 m. Para ambos os casos deverão ser previstas faixas adicionais para o
posicionamento dos elementos do sistema de drenagem das vias, dimensionados conforme cálculos
hidráulicos elaborados a partir de estudos hidrológicos fundamentados em dados pluviométricos locais. O
resultado final obtido a partir da conjugação do sistema viário ao correspondente sistema de drenagem
deve prover condições adequadas ao tráfego de veículos e equipamentos durante as fases de
implantação e de operação do empreendimento, com ênfase à obtenção de durabilidade das obras
compatível com a vida útil prevista para o empreendimento
 Deverão ser realizados ensaios de percolação para estimar a capacidade de infiltração do solo.
 O sistema de drenagem a ser implantado pela CONTRATADA deverá prover condições técnicas
adequadas à interceptação, coleta, condução e destinação final de todo escoamento a ocorrer dentro da
área de implantação de cada UFV, incluindo fluxos oriundos de áreas a montante e a jusante tais como
terrenos vizinhos, estradas, plataformas de subestações, faixas de servidão e etc;
 A sequência construtiva deverá prever a abertura de praças (limpeza do terreno e terraplenagem – caso
aplicável) de forma parcial, de modo a evitar que toda a superfície do empreendimento receba a limpeza

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de uma única vez. Na medida em que as praças de trabalho forem sendo abertas, a construtora deverá
executar elementos de drenagem (provisórios ou definitivos) de modo a mitigar os processos erosivos e o
aumento do escoamento superficial durante a etapa de construção do empreendimento;
 O sistema de drenagem deve ser incluído e ser projetado para controlar, acionar e filtrar a água no
terreno. Deve ser calculado e projetado verificando os dados meteorológicos e geológicos da área das
UFV’s e de acordo com o estudo hidrológico para um período de retorno de 50 anos (com borda livre) e
verificado para 100 anos (sem borda livre).
 Conforme o item acima, o dimensionamento do sistema para a chuva de projeto com período de retorno
de 50 anos (TR=50 anos) deverá ter como parâmetros limitantes os seguintes limites às velocidades de
escoamento superficial:
o Terreno argiloso: 0,90 m/s
o Terreno siltoso: 0,80 m/s
o Terreno arenoso: 0,30 m/s
o Concreto: 4,00m/s
o Alvenaria: 2,50m/s
o Cascalho e Rocha: 1,60m/s
o Revestimento vegetal parcial e/ou não completamente fixado/enraizado: 1,00 m/s
o Revestimento vegetal completo devidamente fixado/enraizado: 1,30 m/s
 Para os trechos onde a velocidade do escoamento superficial seja superior aos limites acima deverão ser
previstas estruturas e dispositivos destinados a reduzir a velocidade, adequando-a aos limites
estabelecidos, e providas proteções ou outras soluções de adequação do terreno ao potencial erosivo do
escoamento superficial. Isso se aplica também em terrenos onde não haverá a necessidade de
terraplenagem e/ou em áreas com pouca movimentação de terra;
 O sistema de drenagem concebido pela CONTRATADA deverá prover proteção da área de implantação
do empreendimento contra a ação erosiva do escoamento superficial considerando os efeitos da
topografia (declividade, singularidades, curvas de nível, etc.), do lençol freático, do potencial de
inundação e da suscetibilidade à erosão.
 A CONTRATADA deverá realizar as intervenções necessárias para não provocar alagamento ou erosão
dos acessos e áreas junto às fundações das estruturas de fixação, módulos fotovoltaicos, inversores,
áreas junto a edificações e qualquer outro lugar dentro da área da usina que possa ser impactado
negativamente por tais ocorrências e prejudicar as instalações do empreendimento;
 Todos os critérios adotados para o dimensionamento do sistema de drenagem devem ser corretamente
fundamentados nas normas pertinentes ao assunto, assim como por estudos hidrológicos/geológicos que
forem necessários para oferecer confiabilidade comprovada ao projeto. O tipo de proteção vegetal a ser
adotado deverá ser definido por engenheiro agrônomo, considerando preferencialmente uma mescla de
espécies para garantir rápido enraizamento, raízes profundas e densa cobertura/forragem do terreno.
Esta proteção vegetal aplica-se em todos os taludes das UFV’s (corte e aterro);
 O tipo de proteção vegetal a ser adotado deverá ser definido por engenheiro agrônomo, considerando
preferencialmente uma mescla de espécies para garantir rápido enraizamento, raízes profundas e densa
cobertura/forragem do terreno, a fim de estabelecer melhor os critérios de manter a camada vegetal em
caso de pasto, e replantio ou o emprego do melhor tipo de camada vegetal em todos os platô e taludes,
no caso de necessidade de terraplenagem. Esta proteção vegetal aplica-se com maior ênfase e cuidados
nos taludes das UFV’s (taludes de corte e aterro);
 Ainda, mas não se limitando, para os trechos em que for prevista proteção do terreno do tipo vegetal,
deverá ser instalada proteção do terreno provisória (geomantas biodegradáveis e biorretentores ou
similares) de modo a mitigar os processos erosivos caso inicie o período de chuvas e não tenha ocorrido
ainda o devido crescimento da vegetação e adequada fixação de suas raízes;
 O projeto de drenagem deverá contemplar o emprego de estruturas superficiais que possibilitem
inspeções visuais sem a necessidade de procedimentos especiais de ou movimentação de solos e
materiais. Devendo este ser enterrado apenas quando de travessia das vias de acesso interno/externo e
travessia do cercamento interno ou externo.
 Todas as estruturas para coleta, condução, retenção, dispersão e liberação do escoamento deverão estar
contidas no interior do perímetro do empreendimento e fora das áreas de APP’s.

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 Devem ser projetados e instalados dispositivos de drenagem temporários para mitigar possíveis
processos de erosão resultantes do escoamento durante construção, se necessário. Deve ser
apresentada uma metodologia de execução em obra da solução provisória proposta, bem como uma
metodologia de retirada, previamente ao início de operação da usina.

4.8.8. Caixa separadora de água e óleo e bacia de contenção (se Transformador à Óleo)

 Deverá ser considerada a obra civil necessária para caixa separadora de água e óleo e bacia de
contenção na Estação Transformadora, conforme requerimentos constantes nas normas da distribuidora.
 As estruturas deverão garantir que o escoamento pluvial e os terrenos não recebam óleo. A solução a ser
implementada deverá ser devidamente detalhada e justificada na etapa de projeto executivo, conforme
NBR 13231;
 As partes vivas do transformador deverão ser protegidas contra contatos diretos mediante instalação de
muflas em primário e secundário do mesmo e atendendo eventuais outras solicitações normativas das
distribuidoras de energia, desde que faça parte do escopo da CONTRATADA.

4.8.9. Investigações Geotécnicas

 A CONTRATADA será responsável pelas investigações geotécnicas na usina, execução dos estudos e
testes complementares, para elaboração da engenharia completa, aquisição e construção dos Projetos
que contemplam esta disciplina e seus resultados;
 O relatório de engenharia geotécnica deve ser preparado ou orientado pelo mesmo profissional acima
citado, com o recolhimento e respectiva ART.
 O desenvolvimento dos projetos executivos demanda a execução de ensaios e relatórios geotécnicos
mínimos: sondagem à percussão SPT, sondagem rotativa ou sondagem mista e ensaios de placas (para
verificar colapsibilidade do solo para fundações diretas). Caso haja necessidade no decorrer da obra,
serão pedidos novos estudos, e para todos os casos a execução fica a cargo da CONTRATADA;
 A CONTRATADA deverá realizar os testes de resistividade do solo, usando o Método dos quatro
eletrodos de Wenner nos seguintes locais, mas não se limitando, apenas a esses:
o Onde estiverem localizadas as subestações transformadoras;
o Ao longo das valas de cabos que realizam as coletas na planta fotovoltaica;
o Demais áreas conforme NBR.
 Para os projetos do Trackers as sondagens devem ser do tipo a percussão SPT;
 A quantidade de pontos de sondagens deve seguir os dados da tabela abaixo:

QUANTIDADES DE PONTOS DE SONDAGENS A PERCUSÃ O EM UFVS PARA


GD'S
Sondagem a percussã o
Á rea Instalada Potência Nominal
SPT
3 ha 30.000m² UFV até 1,0 MWac 6
6 ha 60.000m² 1,1 MWac 2,0 MWac 8
9 ha 90.000m² 2,1 MWac 3,0 MWac 10
120.000m
12 ha 3,1 MWac 4,0 MWac 12
²
150.000m
15 ha 4,1 MWac 5,0 MWac 14
²

 Os pontos devem ser distribuídos o mais homogeneamente possível, dentro da área onde serão
instaladas as estacas dos trackers e fundações de equipamentos e edificações, sendo obrigatório um
ensaio de sondagem próximo do local dos transformadores e um no local próximo da sala de comando.
 Em caso da de terrenos maiores, devem ser acrescentados 2 pontos de sondagem e ensaio de
resistividade do solo a cada 3 hectares.
 A CONTRATADA deverá realizar adicionalmente qualquer investigação geofísica ou investigação de
campo, incluindo, mas não se limitando apenas, a aprofundamento de sondagens, sondagens adicionais,
ensaio de integridade PIT (se necessário), ensaio sísmico de refração, teste de penetrômetro de cone,

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ensaios in situ, e outros ensaios ou métodos similares ou relacionados, conforme necessário para
complementar as investigações geotécnicas exigida aqui resumida ou para fornecer os dados e elaborar
as recomendações requerida no relatório de engenharia geotécnica.
 Deverá ser realizado SEV para dimensionamento da malha de aterramento.

4.8.10. Fundações

 A CONTRATADA será responsável pelo desenvolvimento do projeto detalhado, execução e garantia das
fundações de todas as estruturas componentes do empreendimento. As fundações deverão ser
executadas em pleno atendimento aos requisitos aplicáveis prescritos nas Normas Técnicas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (inexistindo normas brasileiras deverão ser adotadas normas
internacionais aplicáveis), às exigências dos fabricantes dos equipamentos solicitantes das estruturas, às
boas práticas da engenharia e aos códigos e regulamentos de construções de âmbitos municipal ou
estadual;
 A CONTRATADA deverá seguir rigorosamente as especificações do fabricante dos equipamentos
seguidores solares (trackers), devendo considerar todas as cargas no projeto da fundação. Em todos os
casos, a fundação do projeto deve incluir todas as cargas de equipamento e devem ser aplicadas
ponderações apontadas pelas Normas Técnicas aplicáveis. As fundações dos trackers devem ser
dimensionadas para absorver duas vezes a carga de serviço, conforme testes de Pull Out.
 Em todos os casos, a fundação do projeto deve incluir todas as cargas de equipamento e devem ser
aplicadas ponderações apontadas pelas Normas Técnicas aplicáveis.
 O dimensionamento das fundações deve seguir pelo menos as seguintes normas NBR 6123, NBR 6122,
ASTM D3689, ASTM D1143, ASTM D3966, Eurocode 7: Geotechnical design.
 O dimensionamento estrutural das fundações das edificações deve seguir as boas práticas de engenharia
e todas as normas vigentes nacionais;
 As fundações dos equipamentos deverão estar acima do nível do solo em pelo menos 30 cm. Não deve
ser construído em local com incidência de alagamento e enxurradas, por qualquer motivo. Devem ser
considerados os estudos, levantamentos e projetos da UFV, no sentido de identificar qualquer problema
futuro, não limitando aos elementos das bases dos equipamentos, mas estendendo-se as fundações das
edificações, caixa d’água e demais estruturas, devendo ser compilado o Projeto da Fundação com o
Projeto do Sistema de Drenagem da UFV. O dimensionamento estrutural das bases deve seguir todas as
boas práticas de engenharia civil e as orientações do fabricante dos equipamentos que ficarão
acomodados sob as mesmas (referente ao seu peso e dimensionamento do passeio).
 Ao redor das fundações deve ser instalado uma camada de cascalho com as seguintes especificações:
o Espessura de 10 a 15cm;
o Área com 2m de extensão ao redor das fundações

4.8.11. Alvenaria

 As paredes de alvenaria a serem executadas obedecerão às dimensões e alinhamentos definidos em


projeto, serão utilizados blocos de concreto ou blocos cerâmicos furados sem pintura, assentados com
argamassa de cimento e areia, cal e areia, conforme normas vigentes.

4.8.12. Laje e Cobertura

 As lajes das edificações serão executadas em concreto armado, sendo elas lajes maciças quando
necessário para atender os requisitos de incêndio, seu dimensionamento e execução seguirão as
diretrizes definidas em normas vigentes;
 Deve ser prevista a impermeabilização nas lajes de cobertura.
 Telhas sanduíche metálica galvanizada à fogo.

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4.8.13. Revestimentos

 Os revestimentos externos e internos das edificações em alvenaria serão executados em argamassa de


cimento e areia, no sanitário da sala de controle as paredes deverão ter revestimento cerâmico, conforme
normas vigentes;

4.8.14. Piso

 Nas edificações será executado contrapiso de regularização com argamassa de cimento e areia.
 O piso da sala de controle terá acabamento cimentado com pintura ou revestimento cerâmico.
 Devem ser previstos impermeabilização pisos.

4.8.15. Pintura

 As superfícies a pintar serão limpas e convenientemente preparadas para pintura, com emassamento
PVA, será utilizada tinta acrílica ou látex nas paredes externas, internas e tetos, as esquadrias de ferro
(portas e janelas) serão pintadas com esmalte sintético.

4.8.16. Caixas de Passagem

 As caixas de passagem devem ser de alvenaria ou pré-fabricadas para instalação ao tempo, com grau de
proteção mínimo IP54 e com dimensões adequadas conforme normas NBR 5410 e outras relativas.
 As caixas de passagem deverão estar acima do solo entorno de 10 cm ou superior caso necessário para
evitar o escoamento da água para dentro da caixa.
 Caixas de passagem de alvenaria devem ser rebocadas com aditivo impermeabilizante nas faces
exteriores.
 As caixas de passagem devem ser erguidas/instaladas sobre uma camada de brita e deve ser previsto
um furo de aproximadamente 30cm de diâmetro em sua base com uma profundidade de 60cm
preenchido com brita para potencializar a drenagem, nunca diretamente sobre o solo para evitar
afundamento.
 Deverá haver na parte inferior das caixas de passagem evacuação de água (dreno) e brita, evitando que
os cabos se encostem ao solo.
 As caixas deverão ser fechadas por tampas e possuir mecanismo para serem levantadas pelo operador
de forma ergonômica.
 Os trechos contínuos de tubulação, sem interposição de caixas ou equipamentos, não devem exceder
28m se os trechos forem retilíneos. Se os trechos incluírem curvas, o limite cai para 3m para cada curva
de 90° conforme norma NBR 5410.
 Em todos os pontos de afloramento dos cabos, deve-se utilizar eletroduto preenchido com espuma
expansiva com proteção UV e anti-chama. Pode ser usado Massa de calafetar pintada com tinta com
proteção UV e anti-chama.
 As caixas de passagem sobrepostas devem ser em alumínio para instalação ao tempo com grau de
proteção mínimo IP54 com dimensões adequadas conforme normas NBR 5410 e outras relativas.
 Caso a área de implantação tenha um nível hídrico muito raso, as caixas devem ser seladas para não
permitir a entrada de água por baixo.

4.8.17. Valas

 As valas deverão ter integração do máximo de redes na mesma vala, evitando valas desnecessárias,
deverão seguir os espaçamentos de projeto, ser compactadas, e respeitando as dimensões previstas nas
Normas Técnicas e dimensionamento;
 O escopo da CONTRATADA deve incluir, mas não se limitar, a:
o Execução de escavações, obedecendo as profundidades de acordo com projeto executivo,

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o Pontes de passagem sobre as valas de forma com que as equipes possam circular entre elas
com segurança;
o Remoção e transporte para aterros sanitários de material escavado em excesso ou inadequado
para reaterro;
o Fornecimento e implantação no fundo da vala de um leito de areia (branca) com 10cm de
espessura e revestimento de qualquer tipo na areia com 15cm de espessura acima da última
camada de eletrodutos/cabos;
o Fornecimento, instalação, proteção e sinalização dos eletrodutos por fita de advertência sobre
toda extensão da vala, não sujeito a deterioração, situado no mínimo a 30 cm acima do último
cabo enterrado, com até 15cm de profundidade em relação ao solo;
o As proteções mecânicas dos circuitos devem respeitar as normas vigentes e as definições no
memorial da cálculos. Os detalhes específicos para sua execução devem ser representados em
projeto.
o O aterro e compactação cuidadosa da vala após a instalação e proteção dos eletrodutos/cabos;
o As normas de execução de valas e todas as condições de segurança deverão ser respeitadas,
incluindo, mas não se limitando à sinalização com linha de advertência.
 Recomendações:
o As valas serão ajustadas na profundidade necessária para que, tendo em conta a espessura
destinados a leitos de rede, os eletrodutos/cabos estejam na profundidade mínima determinada
no projeto executivo;
o O fundo da vala será cuidadosamente nivelado, sem protrusão ou desnível; em particular, será
eliminado pedras para garantir o perfeito alinhamento dos eletrodutos e cabos com proteção
mecânica;
o A largura da vala será a menor possível, mas deverá permitir, no entanto, acesso fácil para
instalação dos eletrodutos e cabos;
o O aterro das valas deverá ser realizado gradativamente de forma com que não haja mais do que
50 metros lineares de valas abertas;
o Os relatórios de teste de compactação serão submetidos à PROPRIETÁRIA e que poderá
submetê-los a Engenharia de Proprietário que validará a execução. No caso de reprova, a
CONTRATADA deverá executar todas as atividades necessárias para sua correção;
o No caso de afundamentos ocorrerem, a CONTRATADA é obrigada a prosseguir com os
nivelamentos adicionais necessários assim que forem identificados, com a restauração completa
das camadas superficiais que podem ter sido instaladas (gramados, calçadas, estradas, etc.);
o As superfícies aterradas devem estar perfeitamente conectadas às superfícies vizinhas sem
projeções ou desníveis.

4.9. Comissionamento

O conjunto de testes e procedimentos para a realização do Comissionamento da UFV deverão ser conduzidos de
acordo com as normas de referência estabelecidas pela “Weather-Corrected Performance Ratio, NREL, 2013”,
“ABNT NBR 16274:2014 Sistemas fotovoltaicos conectados à rede — Requisitos mínimos para
documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho” e “ISO 2859-10:2006 –
Sampling Procedures for Inspection”. Adicionalmente, nesta etapa, também deverão ser conduzidos a cargo da
CONTRATADA e com o acompanhamento da ENERGEA ou um de seus subcontratados, os testes de configuração
elétrica, que incluem, sem se limitar a:

• Teste de todos os circuitos CC e CA de acordo com os requisitos da IEC 60364-6;


• Teste de continuidade do sistema de aterramento;
• Especificar que o teste de continuidade deve ser através de miliohmímetro ou microhmímetro.
• Realizar testes de tensão de passo e toque nos SKIDS, cabine e cercamento perimetral.
• Realizar teste de resistência de aterramento.
• Realizar ensaios de tensão aplicada nos cabos MT através de VLF.
• Teste mecânico e de funcionamento dos trackers;
• Teste de polaridade;

3
ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

• Teste nas strings fotovoltaicas;


• Teste da tensão de circuito aberto;
• Teste da corrente de curto-circuito/corrente nominal de operação;
• Levantamento da curva I-V por string, em campo ou remotamente, desde que os inversores possuam esta
funcionalidade;
• Teste de resistência do isolamento do arranjo fotovoltaico (Megger test);
• Termografia aérea em todos os módulos;
• Termografia nas combiner boxes;
• Termografia das conexões elétrica e equipamentos;

Os resultados serão apresentados à ENERGEA por meio de relatório específico.

4.10. PPCI (Plano de Prevenção e Combate a Incêndios)

 A Usina deverá atender as exigências legais aplicáveis e existentes de acordo com as Normas do Corpo
de Bombeiros de cada estado onde está localizada cada UFV.
 O projeto e montagem deverá atender aos requisitos do Corpo de Bombeiros local, incluindo, dentre
outros, sinalização, prevenção e implementação do Sistema de Combate ao Incêndio, conforme projeto
aprovado.
 A CONTRATADA será a responsável em elaborar, tramitar, protocolar no Corpo de Bombeiro cada
Projeto do Sistema de Combate a Incêndio de cada UFV, atendendo os seus comunique-se com
solicitações de alteração de projeto (se aplicável) para aprovação dos projetos e acompanhar as vistorias
necessárias do CB até a emissão do AVCB Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros para cada UFV.
 Entanto em fase de construção, deverá desenvolver e manter um plano de emergencial contra incêndio
em conjunto com os seus subcontratados e as autoridades locais como parte do plano de resposta a
emergências.

4.11. Saúde, Segurança e Meio ambiente

 O Técnico de Segurança deve estar alocado à obra, em tempo integral, estando presente em todas as
fases do empreendimento, incluindo: mobilização inicial de mão de obra, início de novas frentes de
trabalho, realização de inspeções de trabalho periódicas, investigações de acidentes, nova mobilização
expressiva de número de funcionários em campo para realizar também as seguintes atividades (mas não
se limitando a): realizando controle dos EPIs, EPCs, avaliando condições de trabalho, prevendo riscos,
verificando documentações de identificação e de treinamento dos funcionários, tomando medidas
preventivas e todas as necessárias para a realização de todas as atividades com segurança.
 O técnico de segurança deverá emitir Plano de Emergência como um dos documentos prévios para início
das atividades em campo;
 Devem-se atender as normas aplicáveis de Saúde, Segurança e Meio Ambiente estabelecidas pelo
Ministério do Trabalho;
 Deve-se prezar pela limpeza e organização do canteiro de obras durante todo o empreendimento;
 A separação de resíduos e correta destinação de acordo com suas naturezas deve ser realizada
periodicamente;
 Todos os profissionais envolvidos nas atividades de obra devem ser capacitados para suas atividades,
com certificados válidos de treinamentos\reciclagens (NR10, NR18, etc.);
 A CONTRATADA é responsável pelo fornecimento de todos os EPIs e EPCs necessários para execução
dos serviços, além de garantir o controle de aplicação e utilização dos mesmos. Equipamentos devem
possuem controle por numeração;
 Os requisitos de saúde, segurança e meio ambiente devem ser assegurados pelo técnico da segurança
da CONTRATADA, conforme Anexo 7.

4.12. Garantias

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ANEXO 2
CONTRATO EPC
GREENFIELD Rev: 0F

Com respeito à garantia técnica, a CONTRATADA deverá ofertar um período de cobertura mínimo de 5 (cinco)
anos após a emissão do certificado de aceitação provisória da Usina. A garantia técnica ofertada pela
CONTRATADA deverá cobrir todos os serviços, sistemas fornecidos e aplicados, incluindo falhas de
fabricação de terceiros, defeitos de projeto, de “software”, de mão-de-obra e de instalação, bem como
assegurar a recomposição dos equipamentos e materiais em perfeitas condições de uso e operação.
Os equipamentos devem ter as seguintes garantias:
 Os módulos fotovoltaicos deverão possuir garantia mínima de 10 anos por problemas de
fabricação e de 25 anos em garantia de potência mínima. Considerando o datasheet do módulo
em STC a degradação não deve ser superior a 2,5% no final do primeiro ano e inferior a 0,5%
para cada ano consecutivo, resultando em menos de 17% ao final do 25° ano.
 Os inversores deverão possuir garantia mínima de 5 anos. Desejável: 25 anos;
 Os trackers deverão possuir garantia mínima de 10 anos. Desejável: 25 anos.
 As estruturas deverão suportar caixas de conexão (string boxes), inversores e cabos nelas
fixados, garantindo uma funcionalidade de 25 (vinte cinco) anos sem a intervenção para
manutenção.
 Todos os serviços e outros equipamentos não mencionados acima devem ter garantia de pelo
menos 2 anos após o CAD.
 Todas as garantias, licenças, acessos e atestados devem ser relacionados e entregues no
Databook.

5. ESPECIFICAÇÕES
5.1. Será elaborado um databook completo que conterá todas as informações técnicas relevantes do
transformador a seco, como manuais de operação e manutenção, diagramas elétricos, curvas de
desempenho, ensaios realizados, certificados, entre outros documentos pertinentes.
5.2. Será fornecida uma lista de sobressalentes recomendados para o transformador a seco, incluindo
componentes e peças que possam ser necessários para futuras manutenções ou reparos. Essa lista garantirá
a disponibilidade adequada de peças de reposição para evitar possíveis interrupções ou atrasos no caso de
falhas ou desgastes.

6. LISTA DE ANEXOS DA RFP


Abaixo apresentamos a relação de Anexos usados como referência:
Anexo 3 - Matriz Responsabilidade;
Anexo 7 - Termo de segurança, meio ambiente e acesso ao site;
Anexo 10 - Relação mínima de documentação e controle do projeto.

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