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CONFORTO AMBIENTAL

PARA CONCURSOS PÚBLICOS DE ARQUITETURA

34 MAPAS DE ESTUDO
Olá, tudo bem?

Eu sou Vanessa, arquiteta focada em Concursos Públicos, formada em


2015 pela Universidade Federal da Bahia, especialista em Lighting e pós-
graduanda em Gestão de Obras pelo IPOG.

Iniciei os estudos para Concursos em 2016, mas só em 2018 foquei em


Concursos de Arquitetura. O foi pensado ao
longo de 2019 e idealizado em 2020. Decidi reunir todos os materiais que
Vanessa Araújo me ajudaram a obter duas aprovações em concursos públicos, tendo em
Arquiteta e Urbanista vista a escassez de material de arquitetura para este ramo, e sou pioneira
Especialista em Lighting e MBA em na Mentoria para Concursos Públicos de Arquitetura, ajudando arquitetos
Gestão de Obras concurseiros de todo o Brasil.
Analista de Obras – Prefeitura de Tobias
Barreto (SE) A minha função aqui é ajudar arquitetos concurseiros a conseguir o tão
sonhado cargo público.

Estão preparados? Vamos lá!


Analista de Obras – Prefeitura de
Alagoinhas (BA) Qualquer dúvida, não hesite! Conte comigo!

OBSERVAÇÕES

Nenhuma parte desse material pode ser reproduzida ou


transmitida por qualquer meio sem autorização prévia da autora;

Este caderno não é taxativo e não substitui outras fontes de


estudo, portanto, leiam outros materiais, revisem e resolvam
MUITAS questões.

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2
CONFORTO AMBIENTAL

‘’CONJUNTO DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS QUE


PERMITEM AO SER HUMANO SENTIR BEM
ESTAR TÉRMICO, VISUAL, ACÚSTICO E
ANTROPOMÉTRICO, ALÉM DE GARANTIR A QUALIDADE
DO AR E O CONFORTO OLFATIVO.’’
LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo: PW Editora, 1992

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CONFORTO TÉRMICO
PARA CONCURSOS PÚBLICOS DE ARQUITETURA

15 MAPAS DE ESTUDO

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BIBLIOGRAFIA: ▪ 1- FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de Conforto Térmico. São Paulo: Studio Nobel, 2001 NÚMERO DE REVISÕES
▪ 2- LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo: PW Editora, 1992
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TROCAS SECAS TROCAS ÚMIDAS ÍNDICES DE CONFORTO

CALOR CALOR • Índices biofísicos — que se baseiam nas


SENSÍVEL LATENTE trocas de calor entre o corpo e o ambiente,
correlacionando os elementos do conforto com
as trocas de calor que dão origem a esses
Envolve mudança de estado de elementos. Exemplo: CARTA BIOCLIMÁTICA.
Função das diferenças
agregação — o suor, líquido, passa
de temperatura entre o corpo e o
para o estado gasoso, de vapor, • Índices fisiológicos — que se baseiam nas
ambiente.
Através da evaporação. reações fisiológicas originadas por condições
conhecidas de temperatura seca do ar,
• Convecção: troca de calor entre • Evaporação: troca térmica úmida temperatura radiante média, umidade do ar e
dois corpos, sendo um deles proveniente da mudança do velocidade do ar. Exemplo: ÍNDICE DE
sólido e o outro um fluido estado líquido para o estado CONFORTO EQUATORIAL.
(líquido ou gás). gasoso. Para ser evaporada,
passando para o estado de vapor, • Índices subjetivos — que se baseiam nas
• Radiação: entre dois corpos — a água necessita de um certo sensações subjetivas de conforto
que guardam entre si uma dispêndio de energia. experimentadas em condições em que os
distância qualquer — através de elementos de conforto térmico variam.
sua capacidade de emitir e de • Condensação: troca térmica Exemplo: ÍNDICE DE TEMPERATURA EFETIVA.
absorver energia térmica. úmida decorrente da mudança do
Permite sua transmissão sem estado gasoso do vapor d’água
necessidade de meio para contido no ar para o estado
propagação, ocorrendo mesmo líquido. Quando o grau VARIÁVEIS CLIMÁTICAS
no vácuo. higrométrico do ar se eleva a
As que mais interferem no desempenho térmico dos
100%, a temperatura em que ele
espaços construídos: temperatura, umidade relativa, a
• Condução: troca de calor entre se encontra é denominada ponto
quantidade de radiação solar incidente, luz natural,
dois corpos que se tocam ou de orvalho e, a partir daí, o
ventos, nuvens, precipitações.
mesmo partes do corpo que excesso de vapor d’água contido
estejam a temperaturas no ar se condensa — passa para o
diferentes. estado líquido.
NÚMERO DE REVISÕES
TROCAS DE CALOR ATRAVÉS DE TROCAS DE CALOR ATRAVÉS DE
LONGITUDE
PAREDES OPACAS PAREDES TRANSPARENTES OU
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TRANSLÚCIDAS Medida com relação ao
Meridiano de Greenwich, de LATITUDE
0⁰ a 180⁰, a leste ou oeste do Medida com relação ao
meridiano. Equador, de 0⁰ a 90⁰, a norte
ou sul da linha do equador.
Quanto maior a LAT, menor a
temperatura.

BRISE SOLEIL PROTEÇÃO DE PAREDES PROTEÇÃO DE


TRANSPARENTES/TRANSLÚCIDAS PAREDES OPACAS

Este elemento de proteção solar pode ser


utilizado tanto para a proteção de
paredes transparentes ou translúcidas
como para o caso de paredes opacas
leves.

RADIAÇÃO Energia eletromagnética, de onda curta, que atinge a RADIAÇÃO Atinge diretamente a Terra e sua RADIAÇÃO Parte da radiação global
SOLAR Terra após ser parcialmente absorvida pela SOLAR intensidade depende da altura solar (H) e SOLAR incidente na atmosfera
atmosfera. A maior influência da radiação solar é na DIRETA do ângulo de incidência dos raios solares DIFUSA sofre um espalhamento,
distribuição da temperatura do com relação à superfície receptora. Fonte tendo sua direção alterada.
globo. As quantidades de radiação variam em função de luz + intensa e a principal influente nos É tanto maior quanto mais
da época do ano e da latitude. ganhos térmicos de uma edificação. nublado for o céu.
NÚMERO DE REVISÕES
FONTES DE CALOR
SISTEMAS DE Quando próximo ao nível da edificação, tem- @APROVADOARQCONCURSOS
PRESENÇA se a escala microclimática. Variáveis como a
HUMANA ILUMINAÇÃO
ARTIFICIAL vegetação, topografia, tipo de solo e
MICROCLIMA obstáculos naturais ou artificiais influenciarão
as condições locais de clima. O microclima
pode ser concebido e alterado pelo arquiteto.
PROCESSOS
MOTORES E
INDUSTRIAIS
EQUIPAMENTOS

VENTILAÇÃO NATURAL
AÇÃO DOS VENTOS EFEITO CHAMINÉ
CALOR
SOLAR A força dos ventos promove a Efeito da diferença de densidade AR QUENTE AR FRIO
movimentação do ar através provoca o chamado efeito
do ambiente. chaminé.

MOVIMENTO APARENTE DO SOL


sobe desce
CARGA TÉRMICA PELA
VENTILAÇÃO

Através do diagrama ‘’rosa dos


ventos’’, o arquiteto pode
conhecer as probabilidades de
ocorrência de vento para as
Para um observador situado na Terra,
principais orientações e sua
o Sol, aparentemente, se movimenta
velocidade. Isso auxilia na
ao longo dos dias ao redor da Terra,
colocação de aberturas.
variando a inclinação dos raios em
A velocidade do vento aumenta
função da hora e da época do ano.
com a altitude.
NÚMERO DE REVISÕES
BRISAS TERRA-MAR ARQUITETURA E CLIMA
Explicadas a partir da diferença do calor @APROVADOARQCONCURSOS
específico entre ambos. Durante o dia, a Decisões devem ser ponderadas a partir do grau de umidade
terra aquece-se mais rapidamente que a CLIMA relativa do ar, da variação da temperatura anual e diária e da
água, e o ar, ao ascender da região mais fria TEMPERADO quantidade de radiação recebida, notadamente nas duas estações
para a mais quente, forçará uma circulação do ano mais importantes: o inverno e o verão, bem como os
da brisa marítima no sentido mar-terra. À índices relativos à pluviosidade.
noite este sentido se inverterá, pois a água,
por demorar mais a esfriar que a terra,
encontrar-se-á momentaneamente mais
quente, gerando uma brisa.

Visar alternativas que permitam ora a


VENTOS ALÍSEOS ventilação cruzada e intensa, ora a
São os mais importantes para o possibilidade de fechamento hermético das
brasil, são originários nas regiões aberturas para barrar eventuais ventos
subtropicais de alta pressão, nos dois frios.
hemisférios situados entre
30° e 35° de latitude, dirigindo-se
para SO no hemisfério norte e NO no Nas aberturas deve ser considerada a
hemisfério sul, formando o cinto de opção de serem móveis o suficiente para
calmas equatoriais de baixa pressão, possibilitar a penetração da radiação solar,
ao longo do equador. quando desejável.
VENTOS DE OESTE
Têm suas origens nas regiões subtropicais,
mas se deslocam através das regiões
subárticas de baixa pressão.

UM SOLO EM CLIMA MAIS Tanto a forma externa quanto o entorno


SECO RECEBE MAIS das construções devem incorporar
VENTOS POLARES soluções que visem a atender às
RADIAÇÃO SOLAR
São formados pelas massas de ar frio necessidades de insolação em relação às
DIRETA QUE EM CLIMA MAIS
nas regiões polares e árticas de alta características dos rigores climáticos locais.
ÚMIDO.
pressão.
NÚMERO DE REVISÕES
ARQUITETURA E CLIMA
@APROVADOARQCONCURSOS
Exemplo: o da cidade de Brasília, onde a mínima (noturna) é de Como a variação da temperatura noturna não é tão significativa,
CLIMA QUENTE 15,4°C e a máxima (diurna) de 30,7°C. A arquitetura nestes climas CLIMA QUENTE neste clima, que cause sensação de frio, mas suficiente para
E SECO secos e quentes deveria possibilitar, durante o dia, temperaturas E ÚMIDO provocar alívio térmico, a ventilação noturna é bastante
internas abaixo das externas e, durante a noite, acima. desejável.

Vegetação funcionando como Já que não há conveniência de Prever aberturas Devem-se proteger as aberturas da
barreira de ventos e da poeira ventilação, pode-se ter pequenas suficientemente grandes para radiação solar direta, mas não fazer
em suspensão. aberturas. permitir a ventilação. destas proteções obstáculos aos
ventos.

Construções mais compactas Edificações aglutinadas As construções não devem ter uma A cobertura deve seguir o mesmo
possíveis, para possibilitar que para fazer sombras umas às inércia muito grande, pois isto dificulta tratamento dos vedos, isto é, ser
menores superfícies fiquem expostas outras. a retirada do calor interno armazenado de material com inércia média,
tanto à radiação quanto ao vento. durante o dia, prejudicando o mas com elementos isolantes, ou
resfriamento da construção. espaços de ar ventilados.

Espaços abertos devem Partidos arquitetônicos que


ter espelhos d`agua, tenham, primordialmente,
chafarizes etc. uma inércia elevada. Vegetação não deve impedir a
passagem dos ventos, o que Partido arquitetônico deve
dará limitações quanto à altura prever construções alongadas
mínima das copas, de modo a no sentido perpendicular ao
Ruas de maior largura com direção produzirem sombra. vento dominante.
Ruas com direção norte-sul estreitas,
sem traçado extenso e reto, prevendo leste-oeste, pois a inclinação dos raios
praças e desvios para não canalizar os solares não atingirá as fachadas
ventos. voltadas pra essa rua com muito vigor.

Ruas localizadas perpendicularmente à O arranjo espacial nas quadras deve


direção dos ventos dominantes devem incluir preocupações
ter dimensões maiores, para evitar quanto às distâncias entre as
que construções situadas em lados edificações para não agirem como
opostos das ruas funcionem como barreiras ao vento para as vizinhas.
obstáculos aos ventos.
NÚMERO DE REVISÕES
BIOCLIMATOLOGIA E ARQUITETURA
É o estudo dos climas e sua relação com os seres vivos. @APROVADOARQCONCURSOS
Estratégias de aquecimento, resfriamento e iluminação naturais
tiram partido das variáveis climáticas e seus efeitos, por
intermédio da edificação, de forma a obter ambiente com ZONA DE INÉRCIA
condições de conforto para os usuários. TÉRMICA PARA
RESFRIAMENTO

ZONA DE CONFORTO
Nesta zona haverá grande Diminui a amplitude da
probabilidade de as pessoas sentirem temperatura interior em relação
conforto térmico em ambiente interior. à exterior, evitando picos.
CARTA BIOCLIMÁTICA DE OLGYAY Segundo a imagem abaixo, se a
temperatura for menor que 18⁰, deve- Empregada em locais onde as
se evitar ventos. Maior que 20⁰, o condições de temperatura e
conforto só é possível se houver umidade se situam entre os
sombreamento, sendo importante limites da zona de inércia
controlar a radiação. térmica.

ZONA DE VENTILAÇÃO NATURAL


Temperaturas maiores que 29⁰C e
umidade superior a 80%, a ventilação
melhora a sensação térmica.
Se a T diurna for maior que 29⁰C e a
umidade inferior a 60%, indica-se o
CARTA BIOCLIMÁTICA ADOTADA PARA O BRASIL resfriamento convectivo noturno.
O calor armazenado durante o
dia é devolvido ao ambiente
somente à noite quando as
temperaturas externas caem.
Assim, a edificação se mantém
fria durante a maior parte do dia,
reduzindo as temperaturas
interiores.
NÚMERO DE REVISÕES
ZONA DE RESFRIAMENTO ZONA DE CONDICIONAMENTO ARTIFICIAL COM
EVAPORATIVO E UMIDIFICAÇÃO ISOLAMENTO TÉRMICO
@APROVADOARQCONCURSOS
A evaporação de água pode reduzir a Climas severos tornam possível a aplicação de
temperatura e aumentar a umidade sistema passivo para resfriamento. Em T> 44⁰C,
relativa de um ambiente. A vegetação recomenda-se o uso de ar condicionado para
também permite otimizar as condições de climatização.
conforto. Em locais muito frios, com T < 10 ⁰C, o
Com isso, é necessário boa taxa de aquecimento solar passivo pode não ser
ventilação para evitar o acúmulo de vapor suficiente. O uso de aquecimento artificial é o
de água. adequado ou o conjunto (artificial e solar
passivo).
ZONA DE UMIDIFICAÇÃO ZONA DE SOMBREAMENTO
Temperatura inferior a 27⁰C e umidade
relativa do ar muito baixa, o ar fica muito Utilizar sempre que a T > 20 ⁰C, mesmo se a
seco e para melhorar o conforto, tem-se a Carta Bioclimática indicar conforto. Uso de
umidificação. proteções solares/ brises, beirais generosos,
marquises, persianas, e outros, são essenciais.

ZONA DE AQUECIMENTO SOLAR


Entre 10⁰C e 14⁰C, indica-se o aquecimento com isolamento térmico Na Carta Bioclimática, temos alguns pontos de interseções entre as zonas de
pois as perdas de calor são muito grandes e é recomendado o ventilação, de resfriamento evaporativo e de inércia térmica para resfriamento.
isolamento térmico mais rigoroso (aberturas voltadas ao sol, parede Quando isso acontece, ambas estratégias podem ser adotadas, inclusive
trombe, estufa etc). simultaneamente.

Entre 14⁰C e 20⁰C, indica-se a inércia térmica junto ao aquecimento A – zona de ventilação + zona de inércia
para compensar baixas temperaturas pelo armazenamento do calor térmica para resfriamento;
solar retido nas paredes e devolvido ao interior à noite.
B – inércia térmica para resfriamento +
resfriamento evaporativo;

C – zona de ventilação + resfriamento


evaporativo + inércia térmica para
resfriamento.
NÚMERO DE REVISÕES
NBR 15220- 3 ZONA 2
ZONEAMENTO BIOCLIMÁTICO BRASILEIRO - Cidades: Laguna, Uruguaiana, Pelotas, Ponta
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Grossa e Piracicaba.
Essa norma subdivide o país em oito Zonas
Bioclimáticas, definindo as características principais
ZONA 4
- Recomendações: ventilação cruzada no versão,
e dando diretrizes construtivas. uso de aberturas para ventilação de dimensões - Cidades: Brasília, Franca, Limeira, Ribeirão Preto
médias, sombreamento de forma a permitir o sol e São Carlos.
do inverno e uso de paredes e coberturas de
inércia térmica leve, sendo as coberturas - Recomendações: uso de aberturas médias,
idealmente isoladas. sombreamento durante todo o ano, paredes
pesadas e cobertura com leve isolamento
- Estratégias: aquecimento solar e grande inércia térmico.
térmica nas vedações internas.
- Estratégias: resfriamento evaporativo, inércia
ZONA 3 térmica para resfriamento, ventilação seletiva no
verão, aquecimento solar, grande inércia térmica
- Cidades: Florianópolis, Camboriú, Chapecó, Porto das vedações internas para o período frio.
Alegre, Rio Grande, Torres, São Paulo, Campinas,
Pindamonhangaba, Sorocaba, Belo Horizonte, Foz ZONA 5
do Iguaçu, Jacarezinho, Paranaguá e Petrópolis.
- Cidades: Niterói, São Francisco do Sul e Santos.
- Recomendações: ventilação cruzada no versão,
uso de aberturas para ventilação de dimensões - Recomendações: janelas de tamanho médio com
médias, sombreamento de forma a permitir o sol sombreamento, paredes leves e refletoras,
ZONA 1 do inverno e uso de paredes e coberturas de coberturas leves isoladas termicamente,
- Cidades: Curitiba, Caxias do Sul, Lages, São inércia térmica leve, sendo as coberturas ventilação cruzada no verão e vedações internas
Joaquim e Campos do Jordão. idealmente isoladas. Paredes externas leves e pesadas com grande inércia térmica no inverno.
refletoras a radiação solar.
- Recomendações: uso de aberturas para ZONA 6
ventilação de dimensões médias, sombreamento - Estratégias: aquecimento solar e grande inércia - Cidades: Goiânia, Campo Grande, Presidente
de forma a permitir o sol do inverno e uso de térmica nas vedações internas. Prudente.
paredes e coberturas de inércia térmica leve,
sendo as coberturas idealmente isoladas. - Recomendações: uso de aberturas médias
sombreadas o ano todo, paredes pesadas,
- Estratégias: aquecimento solar e grande inércia coberturas leves com isolamento térmico, uso de
térmica nas vedações internas. resfriamento evaporativo e ventilação seletiva no
verão e vedações internas pesadas no inverno.
ZONA 7 A TERRA EM TORNO DO SOL NÚMERO DE REVISÕES
- Cidades: Cuiabá e Teresina.
SOLSTÍCIOS DE VERÃO @APROVADOARQCONCURSOS
- Recomendações: uso de aberturas pequenas e Época de maior trajetória solar (mais horas de sol em um dia)
21 DE DEZEMBRO
sombreadas o ano todo, uso de paredes e
coberturas pesadas e o uso de resfriamento
evaporativo, inércia para resfriamento e SOLSTÍCIOS DE INVERNO
Época de menor trajetória solar (menos horas de sol em um dia)
ventilação seletiva no verão. 21 DE JUNHO

ZONA 8
EQUINÓCIO DE OUTONO
- Cidades: Belém, Corumbá, Fernando de Noronha, 21 DE MARÇO
Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Sol incide igualmente
Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Santarém, em cada um dos seus
EQUINÓCIO DE
Salvador, São Luís e Vitória. hemisférios.
PRIMAVERA
21 DE SETEMBRO
- Recomendações: uso de aberturas grandes e
totalmente sombreadas, uso de paredes e
coberturas leves e refletoras e o uso de
ventilação cruzada permanente durante o ano
todo.

NORTE GEOGRÁFICO X NORTE MAGNÉTICO ILUMINAÇÃO NATURAL

✓ Correto para ✓ Lido pela bússola;


geometria solar;
✓ Tem defasagem com
relação ao norte
O norte magnético geográfico;
expressa um fenômeno
geofísico, ✓ Essa defasagem é
diferentemente do indicada pelo valor da
norte geográfico, que é declinação magnética
apenas uma para o local e data
convenção. desejado.
ESTRATÉGIAS DE ILUMINAÇÃO NATURAL NÚMERO DE REVISÕES

PÁTIOS E ÁTRIOS ORIENTAÇÃO @APROVADOARQCONCURSOS


Espaço luminoso interno envolvido lateralmente
pelas paredes da edificação e coberto com materiais A melhor orientação para iluminação natural é o NORTE,
transparentes ou translúcidos que admitem luz a pois a luz solar é mais direta e é mais fácil o
ambientes internos da edificação ligados ao átrio por sombreamento das aberturas nessa orientação.
componentes de passagem. Quando for muito Posteriormente, o SUL, pela constância da luz e por ter
pequeno, é chamado de poço de luz. menos problema de ofuscamento (não recebe luz solar
direta).
As piores orientações são a LESTE e OESTE, pois recebem
PRATELEIRAS DE LUZ muita luz no verão e pouca no inverno, dificultando as
Previnem o ofuscamento se colocadas acima do proteções solares.
nível dos olhos. Age como um brise horizontal. O
ofuscamento das janelas acima da prateleira pode ILUMINAÇÃO ZENITAL
ser controlado com uso de persianas ou outra Porção de luz natural produzida pela luz
prateleira de luz interior. que entra através dos fechamentos
As prateleiras melhoram a qualidade da luz natural e superiores dos espaços internos.
facilitam a penetração profunda no ambiente. Permite uma iluminação mais uniforme
que a obtida com janelas e recebe mais luz
natural ao longo do dia. Porém, há
CORES dificuldade em proteger as aberturas da
Cores claras refletem melhor a luz. Telhados claros radiação solar indesejável, por isso, o ideal
aumentam a luz que as clarabóias transmitem. é o uso através de vidros posicionados
1-2-3-4 do mais claro para o mais escuro (ideal). verticalmente.

POSICIONAMENTO DAS JANELAS DOMOS: aberturas envidraçadas no telhado. Maior


A penetração da luz natural aumenta com a altura incidência de luz e calor no verão e menor no
da janela e presença de prateleiras de luz, limitada a inverno, pela geometria.
uma distancia de 1,5X a altura da parte superior da
janela. O teto deve ser posicionado mais alto para CLARABÓIAS devem ser usadas no lugar dos
permitir o posicionamento das janelas também alto. DOMOS. Cumprem a mesma função mas são mais
Janelas horizontais distribuem mais uniforme do que facilmente sombreadas, distribuindo melhor a luz
as verticais, assim como as espalhadas (mais de uma ao longo do ano. Porém, enxergam menos o céu
parede). que os domos e, logo, coletam menos luz.
NÚMERO DE REVISÕES
CARTA SOLAR
FERRAMENTA DE AUXÍLIO AO PROJETO, POIS DIZ A POSIÇÃO EXATA DO SOL EM UM DETERMINADO MOMENTO. É A PROJEÇÃO DAS TRAJETÓRIAS
SOLARES AO LONGO DA ABÓBADA CELESTE DURANTE O ANO. @APROVADOARQCONCURSOS

A figura ao lado esquerdo


mostra o sol riscando a
abóbada celeste enquanto se
move por ela durante um dia.

No plano horizontal, temos


uma linha curva projetada no
chão que representa esse
Detalhando a trajetória solar, tem-se pontos
risco de um dia. A carta solar representa as trajetórias
marcados para cada hora do dia e assim
solares para uma determinada
podemos visualizar todos os horários em que o
latitude. Para cada latitude, teremos
sol está presente naquele dia específico.
cartar solares diferentes.

O sol passa pela mesma


trajetória duas vezes no ano
(nos equinócios – como vimos
em ‘’A terra em torno do sol’’)
quando a trajetória é
exatamente a mesma. Assim
como também na maioria dos
meses.
A trajetória solar é única nos
solstícios de verão e inverno,
de dezembro e de junho
respectivamente. A figura acima mostra as informações que NÚMERO DE HORAS DE SOL: percebe-se
podem ser lidas na carta solar: trajetória que no dia de dezembro, o sol nasce
solar, horário do dia, altura solar, azimute aproximadamente às 5h15min e se põe às
solar e número de horas de sol. 18h40min. Logo, tem-se 13h25min de sol
neste dia.
NÚMERO DE REVISÕES
AZIMUTE E ALTURA SOLAR SOMBREAMENTO DO ENTORNO Na imagem ao lado, consideramos
um edifício em Florianópolis e sua
sombra no dia 21 de março às 9h @APROVADOARQCONCURSOS
da manhã.
Considerando altura solar de 39⁰ e
um azimute de 67⁰.

SOMBRA = altura do edifício


tangente da altura solar

O azimute solar — a — é a medida angular


tomada a partir da orientação norte do
observador. A altura solar — h — se ✓ Os azimutes são sempre 0⁰ ao meio dia.
relaciona com a hora do dia. Ao nascer do ✓ As alturas solares, para um mesmo dia, às 9h e às 15h
sol, sua altura é igual a zero, aumentando serão sempre as mesmas e os azimutes complementares,
esse valor até atingir um máximo ao meio- ou seja, ambos com a mesma distancia angular do norte.
dia.
TRANSFERIDOR DE ÂNGULOS
AZIMUTE SOLAR: 60⁰
Altura com relação ao Norte
PARA 21 DE MARÇO,
ÀS 10H.
ALTURA SOLAR: 30⁰
Altura com relação ao solo

Útil para a análise mais rápida e fácil do sombreamento do


entorno, penetração solar e proteções solares. É um circulo de
mesma dimensão da carta solar, com linhas radiais e curvas,
cada uma representando um elemento a ser analisado.
NÚMERO DE REVISÕES
TRANSFERIDOR DE ÂNGULOS

Para entender o seu funcionamento, é necessário conhecer Para entendermos melhor, considere o ponto A sendo um
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três principais tipos de ângulos existentes: alfa, beta, gama. observador em uma superfície vertical e o ponto P externo a
esta superfície.
Pelo ponto P traçam-se três retas
Representa um ângulo particulares: r, s, t. A reta r é paralela à
formado entre o plano superfície vertical e ao plano do
horizontal e o vertical, horizonte do observador. A reta s é
com valores entre 0⁰ (se o paralela à superfície vertical e
plano estiver na linha do perpendicular ao plano do horizonte
horizonte) e entre 90⁰ (se do observador. A reta t é paralela ao
estiver no zênite) plano do horizonte do observador e
perpendicular à superfície vertical.

Representa o azimute da
aresta a ser considerada. Portanto, como relação ao observador
Pode variar entre 0⁰ a 90⁰ A, os ângulos α determinarão a posição
em cada um dos de retas horizontais paralelas ao seu
quadrantes. plano do horizonte; os ângulos β, retas
verticais perpendiculares a seu plano
do horizonte; e os ângulos γ, retas
horizontais perpendiculares à
superfície vertical.

É traçado da mesma
forma que o alfa, porém
rotacionado em 90⁰ e
pode delimitar os ângulos
alfa e beta.
NÚMERO DE REVISÕES
MÁSCARA PRODUZIDA POR PLACA MÁSCARA PRODUZIDA POR PLACA INFINITA
HORIZONTAL INFINITA COM ÂNGULOS IDÊNTICOS DE SOMBRA
VERTICAL @APROVADOARQCONCURSOS
Considera-se uma abertura na superfície vertical. Sobre esta
abertura, coloca-se uma placa horizontal de comprimento MÁSCARA PRODUZIDA POR PLACA
infinitamente grande. INFINITA COM ÂNGULOS IDÊNTICOS DE
Um observador situado na borda de baixo dessa abertura não SOMBRA HORIZONTAL
enxergará uma parte do céu sobre sua cabeça, a partir do
limite do ângulo de sombra vertical (α). Essa região do céu fica
assim “mascarada” para este observador.

A região do céu não-visível pelo observador O em função da


placa horizontal é a definida pelos planos AZC e ABC.
Os pontos A e C, por serem pertencentes ao plano do MÁSCARA PRODUZIDA POR PLACA VERTICAL INFINITA
horizonte do observador, o qual é um plano infinito, serão a
projeção estereográfica dos pontos no infinito da placa
horizontal. Na prática, tendo-se o ângulo α, lê-se no
transferidor auxiliar a sua projeção estereográfica, obtendo-se
diretamente a máscara produzida pela placa.

MÁSCARA PRODUZIDA POR PLACA


HORIZONTAL INFINITA
NÚMERO DE REVISÕES
PLACA HORIZONTAL FINITA Ufa! Chegamos ao fim dos pontos mais importantes para
concursos públicos de Arquitetura quando o tema é Conforto
Os pontos limites da placa horizontal (A e B) podem ser @APROVADOARQCONCURSOS
Térmico.
determinados pelos ângulos α e γ com relação ao observador
situado nos extremos do peitoril respectivamente abaixo dos
pontos considerados.
Ei! Já ia me esquecendo de um tópico importante para você
registrar, fica ligado:

CAPTADORES DE VENTO

MANSARDA OU ÁGUA-FURTADA TORRES DE VENTILACÃO

PLACA VERTICAL FINITA


Mascaramento produzido por placas verticais de
comprimento finito é determinado pelo ângulo de sombra DIRECIONADORES DA VENTILAÇÃO NATURAL
horizontal (β) com relação a um observador localizado no lado
oposto da abertura. Tendo-se apenas placas verticais, cujos
limites superiores coincidem com o da abertura, a eficiência
deste dispositivo só será total para o sol na linha do horizonte.
Caso contrário, o sol atingirá parcialmente a abertura a partir
dos pontos superiores.
CONFORTO ACÚSTICO
PARA CONCURSOS PÚBLICOS DE ARQUITETURA

9 MAPAS DE ESTUDO

@APROVADOARQCONCURSOS
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BIBLIOGRAFIA: ▪ 1- AMORIM, A.; LINCARIÃO, C. Conforto acústico: introdução ao conforto ambiental. 2005. NÚMERO DE REVISÕES
▪ 2 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10151. Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o
conforto da comunidade – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.
▪ 3 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10152. Acústica – Níveis de pressão sonora em ambientes internos @APROVADOARQCONCURSOS
a edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 2017.
▪ 4 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12179. Tratamento acústico em recintos fechados – Procedimento.
Rio de Janeiro: ABNT, 1992.
▪ 5 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575. Edificações habitacionais – Desempenho. Rio de Janeiro:
ABNT, 2013.

ACÚSTICA EM EDIFICAÇÕES Conforto acústico para o dia a dia inclui observar os limites de decibéis
permitidos, respeitando vizinhos, familiares e a própria saúde. Controlar o
A acústica é a ciência que dedica o estudo do som/ruído e a número de decibéis dentro de casa ajuda a evitar alguns problemas como
sua propagação, podendo ocorrer em meio líquidos, gasoso desconforto, irritação, falta de concentração e até mesmo insônia.
ou sólidos, e as suas relações com o ser humano.
Para conhecimento, vamos aos efeitos dos decibéis :
É o ramo da física que trata do controle, da transmissão e da
recepção dos efeitos do som, e que, em espaços internos, é ✓ 35 dB: interferências nas conversas em ambiente fechado.
necessário preservar sons desejados e eliminar sons que ✓ 55 dB: distúrbios do sono.
interfiram nele. ✓ 70 dB: limite do considerado seguro.
✓ 75 dB: irritação e desconforto.
O som é a variação de pressão ✓ 80 dB: aumento dos batimentos cardíacos.
atmosférica que o ouvido humano ✓ 90 dB: danos no sistema auditivo.
capta. Podemos também definir como ✓ 110 dB: danos permanentes à audição.
som algo agradável como músicas e
vozes, e ruídos, com sensações BARREIRAS A SEREM
indesejadas UTILIZADAS
NO CONFORTO ACÚSTICO
▪ Barreiras reflexivas: sólidos homogêneos, como a madeira e o concreto.
O som pode ter diversas definições, dependendo da área:
▪ Barreira absortiva: poroso e geralmente opaco, como fibra de madeira,
✓ de senso comum: som é o que ouvimos; concreto granulado e lã mineral, revestidos por materiais robustos.
✓ para a física: é uma energia que se propaga;
✓ para a psicologia: som é uma sensação individual; ▪ Barreiras reativas: material opaco com cavidade, deixando o som penetrar
✓ na fisiologia: a via como o som percorre até o cérebro. por pequenas aberturas.
NÚMERO DE REVISÕES
A acústica arquitetônica se volta para dois campos: TIPOS DE ISOLAMENTO

1. Defesa de ruídos (eliminar ou tratar que ruídos Isolamento aéreo: consiste em usar materiais pesados e densos a fim @APROVADOARQCONCURSOS
externos não entrem no ambiente, com de evitar a propagação do som. Materiais com mais resistividade
isolamento acústico); devem ser utilizados nesses casos, assim como as paredes duplas. Materiais convencionais:
Essa é uma técnica que não permite a passagem de um som de um materiais de uso comum na
2. Controle do som (controlar para que o som do ambiente para o outro, como podemos perceber em um auditório, construção e com a
ambiente seja controlado, garantindo a onde são criados diversos obstáculos para o som. vantagem do isolamento
qualidade e evitando ecos). acústico. São exemplos,
Isolamento de impacto: ruído propagado por sólidos como em blocos cerâmicos, blocos
apartamentos, prédios ou indústrias. O uso de tecidos, feltros, lã de de concreto, madeira e
vidro ou pisos flutuantes separando os ambientes pode ser uma boa vidro.
Para o entendimento de uma conversa, se o som escolha, pensando e planejando de acordo com a necessidade de
chegar ao ouvido antes de 0,05 segundo, aumenta a cada ambiente. São formas de adequar o espaço de acordo com as
sensação auditiva, o som será claro e audível. Se o normas.
intervalo que o som chega até o ouvinte em um
intervalo for maior que 5 segundos, causa confusão Materiais não
em razão da reverberação, pois o ouvido bloqueia convencionais (inovações):
antes desse tempo. materiais especialmente
desenvolvidos e com
vantagens térmicas: lã de
FONTE – MEIO DE vidro, lã de rocha, espumas
EMISSOR DO PROPAGAÇÃO e fibra de coco.
RUÍDO

SOM

RECEPTOR – SUPERFÍCIES
QUEM RECEBE O QUE PRODUZEM
SOM VIBRAÇÕES Superfícies planas e lisas
Combinação de materiais pode contribuir para a diminuição refletem muito o som,
da propagação do som, como aliar forros, pisos e paredes com enquanto materiais
divisórias pode trazer um resultado satisfatório aos fibrosos e porosos têm a
moradores, contribuindo para a diminuição do som capacidade de absorver o
indesejado. som.
NÚMERO DE REVISÕES
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS SONS

PRESSÃO (P): é a medida de energia de som emitida a INTENSIDADE (I): qualidade do som, permitindo a @APROVADOARQCONCURSOS
partir de uma fonte de ruído. A sua unidade de medida diferenciação de sons fracos e sons fortes. A
é o Db. unidade de medida da intensidade é o bel
(homenagem a Alexander Grahan Bell) e, na prática, POTÊNCIA (W): nível de potência de
vamos utilizar o decibel (dB) como unidade de som é a energia proveniente de uma
medida. fonte e constitui uma propriedade da
própria fonte.
1 dB = 0,1 BEL
A potência de um áudio é medida, no
sistema internacional de unidades, em
watts e se usa para avaliar os
descritores de onda: valor médio, valor
de pico, composição espectral, distorção
harmônica, entre outros.

FREQUÊNCIA (Hz): número de


oscilações por segundo do movimento
vibratório do som. O número de ondas
que passam por um ponto de referência
em um determinado período de tempo.
Um nível de ruído medido será
sempre um valor de acordo com a
distância entre a fonte e o medidor
de nível de pressão sonora e
qualquer variação na distância. No
Brasil, de acordo com a norma
regulamentadora NR15, é
estabelecido que o nível de pressão
sonora é de 85 dB.
NÍVEIS DE RUÍDO CLASSIFICAÇÕES DE RUÍDO NÚMERO DE REVISÕES

✓ Ruído contínuo, do ponto de vista técnico, é quando a ✓ Ruído aéreo que se propaga pelo ar (a velocidade de @APROVADOARQCONCURSOS
pressão sonora varia 3 dB por mais de 15 minutos. transmissão pelo ar é de 340 m/s). Como exemplos são citados
os ruídos de bares, lojas na rua, trânsito, conversas, obras.
✓ Ruído intermitente é aquele que a pressão sonora varia 3 dB
em um período maior que 0,2 s e no máximo 15 minutos.

Há três áreas principais a serem consideradas no projeto de uma


edificação:

1. Controle de barreiras das fontes de ruídos externas —


emitido pelos meios de transporte, bares e casas noturnas. ✓ Ruído estrutural que se propaga pela estrutura da edificação, gerado por vibrações como
máquinas ou impactos. Esse ruído tem uma velocidade maior que a do ar, sendo de 4.000
2. Controle da transmissão sonora em um prédio, devido a seus a 6.000 m/s. Como exemplo, a passagem de veículos pesados em ruas ou avenidas, central
moradores ou televisões, sons, passos, ou então casa de de ar-condicionado, geradores, maquinário do elevador.
máquinas, sistema de ventilação.

3. Desempenho acústico do recinto — nível de eco do espaço.

Ruídos aéreos são principalmente transmitidos por janelas, portas, paredes, pisos,
tetos, frestas ou fendas, no ambiente. A pressão da variação sonora que acontece
Isolar é importante para a proteção de ruídos de impacto dentro em janelas, portas e teto, gera uma vibração que, em locais com apenas divisórias,
de uma edificação. As bases e mantas resistentes ao impacto, não permite o isolamento, fazendo com que o som seja difundido nos ambientes.
barrotes de pisos isolados ou o sistema de piso flutuante ajudam Além de um afastamento entre as paredes, com ar, é aconselhada a aplicação de
a isolar a estrutura de um ruído de impacto. materiais absorventes no espaço que há entre as paredes duplas.
Uso de material isolante e lã de rocha, por exemplo, ajudam no conforto. Em
Ao acrescentar materiais absorventes às cavidades de uma materiais porosos, a energia sonora é perdida, gerando um melhor isolamento do
parede, consegue-se aumentar a quantidade de som absorvido, espaço.
reduzindo o nível de som transmitido. Essa saída também ocorre
ao adicionar um material poroso como uma manta de lã de Para a redução de ruídos aéreos, os materiais absorventes podem ser utilizados para
rocha, que pode melhorar o isolamento de uma parte ou de um controlar o tempo de reverberação e reduzir ruído de fundo. A aplicação desse
piso entre 3 e 6 dB. material no ambiente promove a atenuação das reflexões, controlando a
intensidade.
ABSORÇÃO X TRANSMISSÃO X REVERBERAÇÃO NÚMERO DE REVISÕES

@APROVADOARQCONCURSOS

✓ Absorção: a qualidade acústica


do local. Fonte e receptor
encontram-se no mesmo
espaço.

✓ Transmissão: determina o nível


de ruído que se transmite
através de esquadrias paredes
e forros. Fonte e receptor estão
REVERBERAÇÃO EXCESSIVA em ambientes diferentes.

O tempo que a energia permanece audível, depois que a fonte parou de emitir,
Quando o som atingir uma superfície, uma parte da energia reflete e volta ao ambiente,
é a reverberação. Esse tempo de reverberação é a excelência acústica de um
outra parte é retida e a última parte é transmitida ao outro lado da parede. Para que o
ambiente, e é determinado pelo tempo de coeficiente de absorção dos
isolamento seja mais adequado, deve-se aumentar a massa, transformando em uma
materiais que revestem o espaço.
parede dupla. Pode-se também aplicar a instalação de um material absorvente na
superfície,

ECO
Fazer uso de materiais
absorventes, porosos,
elásticos, que impeçam a
reflexão. Para evitar a
transmissão, utilizam-se
materiais com massa
elevada, que dissipem Para que seja evitado, duas condições não podem ocorrer:
energia, sem vibrar.
✓ reflexão forte, refletir em superfícies com baixa absorção;

✓ reflexão atrasada em mais de 50 milissegundos.


NÚMERO DE REVISÕES
TÉCNICAS PARA CONFORTO ACÚSTICO NAS EDIFICAÇÕES
O som reflete em superfícies lisas e por isso quando o som é refletido nas paredes, forro ou piso, significa que as superfícies são refletoras e o @APROVADOARQCONCURSOS
som pode ser tornar confuso. Quando o som sofre várias reflexões, mesmo depois da fonte parar de emitir esse som, chamamos de
reverberação. Porém, se as paredes forem absorventes, o nível de som será baixo e abafado.

Lã de vidro: conhecida como um dos melhores isolantes Drywall ou gesso acartonado: placas são utilizadas em
térmicos, é composta por sílica, sódio e aglomerado com acabamentos sobre a alvenaria para a estrutura de
resinas sintéticas. Por ser porosa, a onda sonora entra em forros ou paredes de espessuras menores. As vantagens
contato e é rapidamente absorvida. Algumas vantagens de uso dessas placas é o revestimento com pouco peso,
são: leveza, fácil manipulação, não deteriora, não favorece pouco uso do espaço, precisão e permite que instalações
a proliferação de fundo e não é alvo de roedores. elétricas sejam embutidas. Porém, a desvantagem é que
a resistência mecânica contra impactos é baixa, de até
35 kg, e tem baixa resistência à umidade. Esse material
também é utilizado na separação de ambientes,
Lã de rocha: fibras originais de basalto aglomerado com podendo ser trabalhado com 12 Propriedades físicas do
resina sintética. Pode ser aplicada em forro e divisórias. som paredes duplas e um material acústico. Uma boa
Suas características são: isolante térmico e acústico, não é indicação de uso seria a lã de vidro.
corrosivo, não nocivo à saúde (quando manuseado com
equipamento especial tem um ótimo custo/benefício). Em um ambiente de trabalho, pode-se pensar que aletas ou saliências
no teto vão ajudar a impedir que as ondas sonoras realizem reflexões
e difrações, possibilitando um maior conforto e um trabalho mais
produtivo.

Espuma elastomérica: espuma de poliuretano com as


propriedades. Se aplicada com retardante de chamas,
melhora a segurança contra o fogo e protege contra mofo,
fungos e bactérias.

Fibra de coco: se misturada com cortiça expandida, tem um


bom resultado na absorção de ondas de baixa frequência.
Material versátil, bom isolamento térmico e acústico e é
uma matéria-prima natural e renovável.
NÚMERO DE REVISÕES
TIPOS DE MATERIAIS PARA CONFORTO ACÚSTICO

@APROVADOARQCONCURSOS

ISOLANTES: impedem a passagem de ruído Os elementos mais prejudiciais para o isolamento acústico são as
de um ambiente para o outro. Exemplos: aberturas, portas e janelas, pois toda superfície que apresenta uma
tijolo maciço, pedra lisa, gesso, madeira e abertura reduz a capacidade de isolamento.
vidro com espessura de no mínimo 6 mm.
Pequenas frestas ou aberturas de fechaduras permitem a passagem
de som. Isso nos mostra que pequenas aberturas provocam redução
do isolamento de um elemento construtivo.

REFLETORES: podem ser isolantes e Como exemplo, os autores citam que uma abertura de 0,1% da área
aumentam a reverberação interna do de parede leva uma redução de 30db do isolamento global da
som. Exemplos: azulejos, cerâmica, parede.
massa corrida e papel de parede (de
uma forma geral, materiais lisos).

Todo material apresenta uma capacidade de absorção do som e que esta é indicada pelo
coeficiente de absorção e também apresenta variação em função da frequência do som
incidente. O coeficiente de absorção de um material é a quantidade de energia absorvida
ABSORVENTES: não permitem que o som pelo material.
passe de um ambiente para o outro,
evitando o eco. Exemplos: materiais
porosos como lã, fibra de vidro revestido O coeficiente alfa é um valor estabelecido entre 0 e 1:
de manta de poliuretano, forrações com
cortiça, carpete grossos e cortinas
pesadas. ▪ Se α = 0,01, significa uma absorção de 1% da energia do raio sonoro e a devolução de
99% para o ambiente. Um exemplo seria o uso do concreto liso.
DIFUSORES: refletem o som de forma
difusa, sem ressonância. Exemplos: em ▪ Se α = 1 mostra que será de 100% a absorção da energia e a devolução ao ambiente
geral, são materiais refletores sobre será de 0%. Um exemplo é a janela aberta.
superfícies irregulares (pedras ou lambris
de madeira).
NÚMERO DE REVISÕES
SISTEMA MASSA-MOLA-MASSA
Esse sistema é a junção de duas chapas e um espaço preenchido por ar
@APROVADOARQCONCURSOS
ou um material de absorção sonora entre eles. Dessa forma, temos a
massa como a chapa, a mola como material que amortece ou absorve
a onda e a massa como a segunda chapa de gesso. Os dois materiais
mais utilizados são o ar ou a lã mineral. A fricção entre a onda e o ar ou
a lã dissipa parte da energia sonora na forma de calor.

Alterar a reverberação do plano de teto é a melhor


alternativa no controle de ruídos. Por isso, colocar forros
com placas acústicas é uma forma excelente de
absorver o som. Painéis metálicos perfurados com base
acústica de tetos feitos de fibra de madeira com resina
também ajudam no controle de ruídos.

PERDA DE TRANMISSÃO - PT
São três os fatores que enfatizam a classificação PT de um material:

▪ Massa: quanto mais pesado e denso um corpo, maior a sua


resistência à transmissão de sons. Os materiais absorventes mudam a característica de
reverberação de um espaço, dissipando a energia
▪ Separação em camadas: a introdução da descontinuidade no incidente e reduzindo a parcela do som transmitido. Isso
material interrompe o percurso por meio do qual os sons é útil em escritórios, escolas ou restaurantes, onde há
estruturais podem ser transmitidos de um espaço a outro. fontes de ruídos distribuídas.

▪ Capacidade de absorção: materiais absorventes ajudam a dissipar


os sons refletidos e os transmitidos em um recinto.
A faixa de frequência audível do ser humano vai de 20 a NÚMERO DE REVISÕES
LEI DA MASSA-MOLA-MASSA 20.000 Hz. Abaixo são considerados infrassons e acima são
os ultrassons. E os sons que percebemos ao longo do nosso @APROVADOARQCONCURSOS
Em sistemas com paredes duplas, a incorporação de um dia são compostos por diversas frequências. Como
espaço de ar de 15 a 200 mm fornece um aumento da perda exemplo, em casa ouvimos em média níveis sonoros de
de transmissão de aproximadamente 6 db acima da soma 40dB, um tráfego intenso, 80 dB.
aritmética das perdas de transmissão de cada uma das duas
paredes.
CONDICIONAMENTO ISOLAMENTO
Nesse espaço é recomendado o preenchimento com material
de absorção acústica para eliminar as ressonâncias nas ACÚSTICO X ACÚSTICO
cavidades. Também é aconselhado utilizar paredes com
diferentes espessuras e/ou materiais para que se evite a
excitação das paredes simultaneamente. Adequar a acústica interna Adequar os níveis sonoros
de acordo com emitidos no meio ambiente, de
LEI DA MASSA A atividade realizada acordo com as normas e lei
(palestras, música). aplicadas.
A cada vez que se duplica a massa de uma parede, o
isolamento aumenta entre 4 db a 5 db, porém considera
um aumento considerável da carga na estrutura da
construção.

Ufa! Chegamos ao fim dos pontos mais importantes para concursos públicos
de Arquitetura quando o tema é Conforto Acústico. Agora, é a sua vez de
exercitar todo o conhecimento adquirido até aqui.
Faça muitas questões e, qualquer dúvida, não hesite, conte comigo!
Estamos juntos! Respira, não pira!!
CONFORTO LUMÍNICO
PARA CONCURSOS PÚBLICOS DE ARQUITETURA

10 MAPAS DE ESTUDO

@APROVADOARQCONCURSOS
www.aprovadoarqconcursos.com.br
BIBLIOGRAFIA: ▪ 1- NBRISO 8995 - Iluminação de Ambientes de Trabalho NÚMERO DE REVISÕES
▪ 2- NBR 5461/91 – Iluminação
▪ 3- FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de Conforto Térmico. São Paulo: Studio Nobel, 2001
▪ 4- LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo: PW Editora, @APROVADOARQCONCURSOS
1992
▪ 5- NBR 15575 – Norma de Desempenho

LUZ: DEFINIÇÃO FENÔMENOS RELACIONADOS À LUZ


A luz é uma manifestação de energia radiante pertencente ao
espectro eletromagnético, capaz de ser detectada pelo olho A luz que incide em um objeto é em parte absorvida e em parte refletida. O fator que
humano por meio de uma sensação visual. determina quais são as características e qual é a quantidade de luz refletida ou absorvida é a
materialidade da superfície em que a luz incide. As características de cor, opacidade e
textura definem o comportamento da luz.

Quando a luz incide em uma superfície opaca e não é refletida, acontece a sua absorção. A
percepção da aparência de cor dos objetos depende da cor da superfície incidente e das
faixas de comprimento de onda da luz emitida. Se a luz for branca, ou seja, possuir espectro
de cor completo, e o objeto também, este não absorverá nenhuma radiação. Se a luz branca
incidir em um objeto preto, a absorção da luz será total, de todas as faixas do espectro.

REFLEXÃO
Ocorre quando a luz incidente em uma superfície retorna ao meio
de origem.

- REFLEXÃO DIFUSA: quando a luz incide em uma superfície


A radiação visível de luz está compreendida entre os raios
rugosa ou opaca, se refletindo em todas as direções do espaço e
ultravioleta e os raios infravermelhos, na faixa de
gerando, portanto, luminância constante.
comprimentos de onda de 380 a 780nm. A soma dessa faixa
- REFLEXÃO ESPECULAR: quando a luz incidente em uma
de emissões do espectro gera a luz branca.
superfície especular sob determinado ângulo em relação à
normal da superfície é refletida no mesmo ângulo de incidência.
- REFLEXÃO MISTA: quando a superfície em que a luz incide é
rugosa e brilhante, gerando reflexões em diferentes direções,
de forma não homogênea.
NÚMERO DE REVISÕES
REFRAÇÃO ABSORÇÃO

Ao ultrapassar a superfície do Quando a luz incide em uma @APROVADOARQCONCURSOS


objeto, a luz passa por outro meio, superfície opaca e não é refletida,
que pode ter diferente densidade acontece a sua absorção.
do meio de origem. Nesse caso,
acontece o fenômeno de refração
da luz, que é a variação da direção
da luz ao passar por um meio de
diferente densidade.

GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS

FLUXO LUMINOSO (φ) INTENSIDADE LUMINOSA (I) ILUMINÂNCIA (E)

É a quantidade de luz que uma É a quantidade de luz que uma fonte luminosa É a quantidade de luz (fluxo luminoso) de uma fonte
fonte luminosa emite em todas as emite em determinada direção. Essa direção é que atinge uma superfície. A iluminância pode ser
direções. É medida em lúmen (lm). definida pelo ângulo sólido ω, o ângulo de abertura determinada a partir da intensidade luminosa da
do facho de luz da fonte luminosa. A unidade de fonte de luz, uma vez que a superfície pode ser
medida da intensidade luminosa é candela. hipotética. A iluminância pode ser classificada com
relação à superfície em que incide e é medida em
lux (lúmens/m2).
LUMINÂNCIA (L)

É a intensidade luminosa que atinge


uma superfície e é refletida em
determinada direção.

L = INTENSIDADE LUMINOSA
ÁREA

EFICIÊNCIA LUMINOSA (n)

É a capacidade que uma fonte


luminosa possui de converter sua
energia elétrica (potência) em luz.
Quanto maior quantidade de luz for
gerada por um watt de potência,
maior será a eficiência luminosa da
fonte de luz.
NÚMERO DE REVISÕES
ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR - IRC
COEFICIENTE DE LUZ DIURNA
É a relação que exprime o quanto uma fonte de luz artificial é @APROVADOARQCONCURSOS
capaz de reproduzir a cor dos objetos com precisão. É uma
medida dada de 0 a 100 (Ra), na qual 100 é o espectro de cor da Um parâmetro utilizado para a verificação da
luz que emite todas as frequências de onda. quantidade de luz natural disponível no espaço
interno é o coeficiente de luz diurna, também
O IRC é calculado pela média de cores pastéis do círculo chamado de contribuição da iluminação natural
cromático. Quanto mais próximo de 100, melhor é a reprodução (CIN), que confere a proporção de iluminância
de cores, oferecendo maior fidelidade na reflexão das cores dos interna e externa, indicando a aparência do
objetos. ambiente.

Quando a iluminação natural se torna insuficiente,


por pouca captação ou durante o período noturno,
temos a possibilidade de sua complementação ou
substituição com a iluminação artificial. A luz
artificial permite que diferentes sistemas de
iluminação atuem em conjunto, definindo espaços,
atendendo a aspectos funcionais e criando
ambiências.

TEMPERATURA DE COR - TC

A grandeza que expressa a aparência de


cor da luz. Sua unidade de medida é Kelvin
(K). A luz quente tem temperatura de cor
na faixa de 3.000 K ou menos e tem
aparência amarelada. Já a luz fria tem
temperatura de cor na faixa de 6.000 K ou
mais e tem aparência de cor azul-violeta.
Considera-se branco natural aquela luz
emitida pelo sol em céu aberto ao meio-
dia, cuja temperatura de cor é 5.800 K.
TIPOS DE ILUMINAÇÃO NÚMERO DE REVISÕES

GERAL DECORATIVA @APROVADOARQCONCURSOS

Fornece a iluminância mínima para os Utilizada para caracterizar o


ambientes segundo estabelecido pela ambiente, dar-lhe identidade, atribuir
norma. A distribuição das luminárias ambiências ao espaço ou gerar novos
tende a ser homogênea e visa padrões de luz e sombra no ambiente.
uniformidade de iluminâncias no Não tem por objetivo contribuir
ambiente e no plano de trabalho. quantitativamente com a iluminação
geral.

DESTAQUE OU DIRECIONAL
DE ORIENTAÇÃO
A iluminação que objetiva enfatizar
elementos, seja pelo contraste entre
as intensidades luminosas entre o Indica sentido ou caminho pelo
ponto de interesse e seu entorno alinhamento das luminárias de
imediato, seja pela tonalidade de luz e sinalização ou balizamento. Existem
de cor. São comumente utilizadas diferentes técnicas que podem ser
lâmpadas de facho dirigido e aplicadas para indicar percurso.
projetores.

SUPLEMENTAR DE TAREFA

Complementa a iluminação geral


fornecendo níveis de iluminação
adequados à execução das tarefas no TIPOS DE
plano de trabalho. Pode ser uma LUZES
luminária de mesa, pedestal ou
embutida em um móvel que execute
essa função.
Diferencia-se da iluminação de
destaque por seu objetivo mais
funcional.
NÚMERO DE REVISÕES
TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL
@APROVADOARQCONCURSOS

DOWNLIGHT

Luz direcionada de cima para baixo. É


a técnica mais recorrente, podendo
ser mais focada ou difusa.
GRAZING

É também uma lavagem de luz da


superfície vertical, mas com a
UPLIGHT intenção de salientar texturas dos
materiais, portanto, não uniforme. Em
Luz direcionada de baixo para cima; geral, a luminária ou o sistema de
frequentemente utilizada para iluminação é localizado bem próximo
valorização de elementos verticais, à superfície vertical para gerar as
como pilares, ou criação de ritmo em sombras necessárias.
elementos verticais contínuos mais
extensos; tem grande efeito cênico e
pode ser trabalhada com diferentes BACKLIGHT
aberturas de facho.
É o efeito causado pela luz quando
instalada em cavidade com difusores
WALLWASH translúcidos (acrílicos, policarbonatos,
vidros, tecidos, etc). Cria um plano de
É o direcionamento da luz uniforme luz de fundo e os objetos sobrepostos
para uma superfície vertical. Cria a a ele têm sua silhueta valorizada pelo
sensação de amplitude do espaço e efeito contraluz.
pode ser simétrica ou assimétrica,
conforme a distribuição de luz da
luminária.
NÚMERO DE REVISÕES
TIPOS DE LÂMPADAS

@APROVADOARQCONCURSOS
DE ACORDO COM O PROCESSO DE PRODUÇÃO LÂMPADAS DE DESCARGA
DIFERENTES FORMATOS
DIRECIONAMENTOS DE LUZ
ABERTURA DE FACHO Produz luz a partir da excitação de um gás ou um composto de
INCANDESCENTE gases. Têm por característica trabalhar associadas a
INTENSIDADE LUMINOSA
DE DESCARGA equipamento auxiliar (reator e ignitor), que tem a função de dar
EMISSÃO DIFUSA OU
DIODO EMISSOR DE LUZ - LEDs alta voltagem para a partida do acendimento e posterior
DIRECIONAL
TEMPERATURA DE COR estabilização.
DURABILIDADE
EFICIÊNCIA LUMINOSA
TIPOS DE BASES TUBULARES
LÂMPADAS DE
VAPOR METÁLICO
LÂMPADAS INCANDESCENTES
COMPACTAS SEM
As lâmpadas incandescentes de filamento de tungstênio (Figura 2) FLUORESCENTES REATOR
geram luz por meio da passagem de corrente elétrica pelo fio de
tungstênio, que, ao se aquecer, emite luminosidade. O filamento LÂMPADAS MISTAS
helicoidal de tungstênio fica dentro de um bulbo de vidro que contém
um gás inerte no seu interior que retarda a queima do tungstênio e
prolonga sua durabilidade. COMPACTAS COM
REATOR
A transformação de energia elétrica em energia luminosa tem baixa
eficiência, visto que aproximadamente 90% da energia elétrica é
convertida em calor e apenas 10% em luz, além da baixa vida LÂMPADAS DE
mediana, que é em torno de mil horas. VAPOR DE CÁTODO FRIO
LÂMPADAS DE MERCÚRIO
DESCARGA DE
TC = 2700K
ALTA PRESSÃO
IRC = 100
VAPOR DE SÓDIO LÂMPADAS DE
INDUÇÃO
NÚMERO DE REVISÕES
LÂMPADAS DE DESCARGA
FLUORESCENTES VAPOR DE MERCÚRIO DE ALTA PRESSÃO
@APROVADOARQCONCURSOS
Compostas por vapor de mercúrio à baixa pressão em tubo com uma camada Existem desde 1930, inicialmente produzindo luz de baixa, com eficiência
de fósforo no seu interior. A TC pode variar de 2700 K a 6500 K e o IRC vai de variando de 33 a 57 lm/W. Foram amplamente utilizadas em iluminação
65 a 95. Sua eficácia luminosa e durabilidade são superiores às pública e industrial, tendo IRC entre 40 e 50 e temperatura de cor
incandescentes, variando conforme sua geração e modelo. Produzem na faixa variável de acordo com o tipo de lâmpada.
de 20-96 lm/W e têm vida mediana de 16000 horas.

VAPOR DE SÓDIO DE ALTA PRESSÃO


TUBULARES COMPACTAS SEM
REATOR Funcionam a partir do lançamento de corrente elétrica no tubo cerâmico
São modelos de lâmpadas que de descarga preenchido com vapor de sódio. Utilizam reator e ignitor
necessitam de reator para seu para a elevação de tensão necessária à partida da lâmpada.
funcionamento, podendo ser
dimerizadas com uso de reator Disponíveis em formato de bulbo elipsoidal e tubular, com base E-27 ou
compatível. Possuem alta eficiência E-40 (base de rosca). São conhecidas por sua luz de coloração alaranjada
luminosa, sendo apropriadas para e são altamente eficientes, oferecendo de 70 a 180lm/W. Entretanto,
luminárias pequenas e downlights. possuem IRC muito baixo, não atendendo a requisitos de diversas
Disponíveis em duas temperaturas de funções em iluminação. Foram, e ainda são, utilizadas em iluminação
cor — 2700 e 4000 K. pública, mas vêm sendo gradualmente substituídas por lâmpadas de
COMPACTAS COM descarga de maior qualidade ou por diodos emissores de luz. Sua
REATOR durabilidade está entre 15 e 20 mil horas.

Reator integrado e base E-27 MISTAS


(tipo rosca), que permite a
substituição direta A partida da lâmpada acontece a partir do aquecimento e consequente
de incandescentes por acendimento de um filamento incandescente dentro do bulbo do tubo de
fluorescentes compactas. Não descarga. A movimentação dos elétrons dentro do tubo vaporiza o
admitem dimerização e são mercúrio, dando sequência ao seu funcionamento. Não faz uso de reator,
impróprias para utilização com funcionando apenas em tensão de 220 V. Está em desuso!
sensores de presença ou
minuteiras. VAPOR METÁLICO
Oferecem luz com temperatura de cor entre
3000 K e 4200 K, eficiência entre 92 lm/W e125
CÁTODO FRIO INDUÇÃO lm/W e índice de reprodução de cor entre 85 e
90. Têm por característica acendimento pleno
Tubulares, produzidas em diâmetros e Conhecidas como endura, geram a excitação não imediato, necessitando de um tempo para
comprimentos variados. Possui diversas das moléculas de mercúrio por meio da atingir sua quantidade de luz esperada. Todos os
temperaturas de cor e apresentam indução magnética provocada por bobinas. modelos demandam a utilização de reator e
eficiência energética variável. Sua vida Têm alta eficiência luminosa, vida útil de ignitor para seu funcionamento.
útil é de aproximadamente 100.000 h. 60.000 h e são indicadas para locais com pé-
direito elevado, de difícil acesso.
NÚMERO DE REVISÕES
LÂMPADAS HALÓGENAS – GRUPO DAS INCANDESCENTES
@APROVADOARQCONCURSOS
TC = 2700K A 3000K
LÂMPADAS HALÓGENAS Em tensão de rede, temos:
IRC = próximo a 100
Fazem parte do grupo das incandescentes. Geram luz pela incandescência do gás - LAPISEIRA OU PALITO: produz luz clara e
halogênio presente no interior do seu bulbo. São mais eficientes que as incandescentes brilhante, é disponível em potências de 100,
de filamento e podem ser encontradas em baixa tensão, que requerem o uso de 150, 300 e 500 W, com base de contatos
equipamento auxiliar (transformador), ou para uso direto em tensão de rede (127 ou bilaterais. Atualmente em desuso, foi
220V). utilizada para iluminação de vitrines,
fachadas e wallwash (lavagem de parede) ou
Entre as de baixa tensão, temos: em arandelas com luz indireta.
- BIPINO: dimensões reduzidas;
- HALOPAR: constituída por uma lâmpada e um
refletor parabólico, em base E-27 (tipo rosca), e
- DICRÓICAS MR16: é constituída por uma lâmpada bipino e um pode ser utilizada tanto interna quanto
refletor dicroico, que reflete 2/3 do calor da lâmpada para trás do externamente para iluminação dirigida. As
refletor e projeta para a frente 100% de luz e 1/3 do calor gerado. versões PAR 16, PAR 20 e PAR 30 e PAR 38 são as
Foi amplamente utilizada na década de 1990 para iluminação de mais recorrentes em iluminação arquitetural.
destaque e até mesmo para iluminação geral. Apresenta Dispõe de diferentes aberturas de fachos.
diferentes opções de abertura de facho;
- DICRÓICAS: em base Gz10: semelhante à
dicroica de baixa tensão, possui abertura de
- HALOSPOT AR: constituída por lâmpada bipino e um refletor facho de 40° e funciona em tensão 127 e 220
de alumínio de alta definição que dá nome à lâmpada V; na prática, não foram boas adaptações das
(aluminiumreflector — AR). Possui versões de diferentes dicroicas de baixa tensão.
tamanhos de refletores (AR 70 e AR111) e aberturas de facho
(de 2° a 24°) para iluminação de destaque. Diferentemente - HALOPIN: uma espécie de bipino, disponível
das dicróicas, as lâmpadas AR emitem todo o calor para a em 25, 40 e 60 W, e é a menor lâmpada
frente, não sendo recomendado seu uso para pequenas halógena para instalação em tensão de rede.
distâncias. Por ter tamanho reduzido, substitui bem as
incandescentes comuns. Dispõe de bulbo anti
UV.
NÚMERO DE REVISÕES
DIODO EMISSOR DE LUZ - LED
Compostos por materiais eletroluminescentes semicondutores que emitem luz quando @APROVADOARQCONCURSOS
há passagem de corrente elétrica e são fontes de luz em estado sólido.
Apresentam como vantagens em relação à maioria das demais
fontes de iluminação a alta eficiência energética e vida útil,
além das possibilidades de cor e temperatura de cor, baixa
emissão de calor ao ambiente e tamanho reduzido, facilitando
enormemente a integração com a arquitetura e a não emissão
de raios ultravioleta e infravermelho. Necessitam de drivers
para o seu funcionamento, incorporados ou não à lâmpada.

EQUIPAMENTOS AUXILIARES

Para o correto funcionamento das lâmpadas, Reator: utilizado para a estabilização da corrente
algumas necessitam de equipamentos auxiliares, elétrica para lâmpadas de descarga. Podem ser
que permitem o funcionamento da fonte de luz. O eletromagnéticos ou eletrônicos.
tipo de equipamento utilizado varia conforme a
função que ele tem no sistema e o tipo de lâmpada. Os eletromagnéticos funcionam em conjunto com o
Os tipos de equipamentos auxiliares são: capacitor, que tem o objetivo de corrigir o fator de
potência do circuito. Já os eletrônicos (tecnologia
mais avançada) são mais compactos, mais leves e
Transformador: equipamento indutivo ou possuem maior fator de potência que os
eletrônico utilizado para a ligação de lâmpadas eletromagnéticos.
halógenas de baixa tensão. Tem a função de Drivers: produzem energia polarizada para a
transformar a tensão fornecida à lâmpada para utilização em LEDs. Cada tipo de LED necessita
que funcione em tensão de rede (127 V ou 220 V). de um diferente tipo de driver.

Ignitor: utilizado em algumas


lâmpadas de vapor metálico
para dar a partida da lâmpada,
gerando pulsos de alta tensão.
NÚMERO DE REVISÕES
A NBR 15.575 – Norma de Desempenho traz alguns pontos
importantes que já vi caindo em provas. Vamos ver? @APROVADOARQCONCURSOS

Atenção aos níveis de iluminância geral para iluminação natural. São valores
mínimos que são obrigatórios, não se aplicando às áreas confinadas ou que
não tenham iluminação natural!!

Na parte de Conforto Térmico, falei sobre Iluminação Natural. É


válido que você volte para ver ou rever!

Lembre-se que meu material NÃO é taxativo. Aqui constam os


principais aspectos abordados em provas de Concursos de
Arquitetura. Leia livros e normas, releia, revise e faça muitas
questões. Jogue duro!

No caso de iluminação de emergência, deve-se consultar a NBR 10.898.


Atenção aos valores das tabelas! Isso não cai, DESPENCA, hein?!

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