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Pavimentação - Atividade Ap3 - Unifap - Grupo 4
Pavimentação - Atividade Ap3 - Unifap - Grupo 4
MACAPÁ-AP
2024
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MACAPÁ-AP
2024
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Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4
1.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................................. 4
2 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................ 5
2.1 PAVIMENTOS ASFÁLTICOS................................................................................................. 5
Subleito e reforço do subleito ................................................................................. 6
Base e sub-base ....................................................................................................... 7
Imprimação ............................................................................................................. 7
Pintura de ligação .................................................................................................. 8
Revestimento ......................................................................................................... 10
2.2 DEFEITOS OCORRENTES EM PAVIMENTOS ASFÁLTICOS .................................................... 10
Defeitos superficiais.............................................................................................. 10
Defeitos profundos ................................................................................................ 16
Interações entre os defeitos .................................................................................. 20
2.3 TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO DE PAVIMENTOS ASFÁLTICOS ............................................. 20
Selagem de trincas ................................................................................................ 20
Reparos gerais ...................................................................................................... 21
Tratamentos superficiais ....................................................................................... 22
Misturas betuminosas ........................................................................................... 23
Reciclagem ............................................................................................................ 31
2.4 MANUTENÇÃO E LIMPEZA DE PAVIMENTO INTERTRAVADO ........................................... 34
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 36
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 37
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1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é apresentar os elementos técnicos das deteriorações que ocorrem nos
pavimentos e suas soluções de tratamento, com base nas especificações técnicas de restauração
asfáltica vigentes e nos conceitos desenvolvidos por autores que o fundamentam. Bem coomo
o estudo e elaboração de referencial teórico acerca das principais patologias nos
pavimentos asfálticos.
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2 REVISÃO DA LITERATURA
Resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a superfície de
rolamento.
Base é uma camada destinada a resistir e distribuir os esforços verticais oriundos dos
veículos, sobre a qual se constrói um revestimento.
Base e sub-base
Imprimação
A ABEDA (2010) afirma que a emulsão tipo EAI apresenta algumas vantagens em relação aos
asfaltos diluídos de cura média, pois, apresenta um maior ponto de fulgor e menor emanação
de vapores, além de promover a mitigação dos riscos à segurança, ao meio ambiente e à saúde,
bem como menor tempo de cura, dependendo da textura da base e condições climáticas da obra.
Para fins de orientação, a ABEDA (2010), recomenda a taxa de aplicação da emulsão asfáltica
tipo EAI entre 1,0 e 1,2 l/m².
Pintura de ligação
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Emulsões asfálticas se diferenciam pela carga iônica, sendo classificadas em catiônicas, aniônicas,
neutras e anfotéricas. As emulsões catiônicas são mais utilizadas pela afinidade com todos os tipos de agregados,
evitando a utilização de aditivos.
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A emulsão RR 1C é designada Ruptura Rápida Catiônica de menor viscosidade.
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podem ser modificadas por polímeros que garantem propriedades superiores as convencionais,
de elasticidade, maior resistência ao envelhecimento em serviço, entre outras. O Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), através da especificação de serviço DNIT
145/2012-ES normatiza a taxa de ligante residual é entre 0,3 e 0,4 l/m², sendo o ligante
submetido, antes da aplicação, à diluição na proporção de 1:1 com água a fim de garantir
uniformidade na distribuição da taxa residual. A taxa de aplicação de emulsão diluída é da
ordem de 0,8 a 1,0 l/m². A aplicação pode ser realizada através da barra espargidora (Figura 5),
que garantirá distribuição homogênea, ou com o auxílio de uma ponteira, comumente
denominada de “caneta”. A utilização da técnica da ponteira (Figura 6), não garante a aplicação
uniforme nem precisão na taxa aplicada, o que difere da especificação de serviço DNIT
145/2012-ES, em que a norma indica somente para regiões de difícil acesso ou para pequenas
correções.
Revestimento
Defeitos superficiais
2.2.1.1 Fissura
O DNIT 005/2003-TER (2003) considera que as fissuras são fendas incipientes que
ainda não causam problemas funcionais ao revestimento, não sendo consideradas quanto à
gravidade nos métodos atuais de avaliação das condições de superfície.
2.2.1.2 Trincas
As trincas são causadas pelas ações combinadas do tráfego de veículos e das condições
ambientais. O trincamento é um defeito na superfície que enfraquece o revestimento e permite
a percolação de água, provocando o enfraquecimento das estruturas subjacentes. As principais
causas das trincas segundo o Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos do DNIT (2006)
são:
Tráfego atuante que pelo ciclo de carregamento e alívio promovem tenções de tração na
fibra interior do revestimento;
Outros fatores que podem estar ligados ao surgimento de trincas no pavimento asfáltico,
como a mão de obra negligenciada, a espessura insuficiente do pavimento para o tráfego
solicitante, a retração da base e a idade do pavimento. Os principais tipos de trincamento são:
Trincas por reflexão – ocorre quando o trincamento existe em uma camada inferior e
propaga-se em direção a superfície, o trincamento pode se apresentar sob qualquer
forma (longitudinal, irregular ou mesmo interligada).
Trincas interligadas – conjunto de trincas interligadas sem uma direção preferencial, que
podem apresentar erosão acentuada nas bordas. Se os lados do trincamento não for
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bem definido, é chamada de couro de jacaré (Figura 7), quando os lados são definidos é
do tipo bloco (Figura 8). Segundo o DNIT 005/2003-TER (2003), as trincas interligadas
tipo couro de jacaré, estão associadas a deformação permanente e/ou decorrente do
fenômeno de fadiga. Já as trincas interligadas tipo bloco, não estão atribuídas ao
fenômeno de fadiga.
Quanto a classificação das fendas em FC-1, FC-2 e FC-3 o DNIT (2003) diferencia a
classe das trincas isoladas e das trincas interligadas. Nas trincas isoladas:
FC-1: são trincas com aberturas superior à das fissuras e menores que 1,0 mm;
FC-2: são trincas com abertura superior a 1,0 mm e sem erosão nas bordas;
FC-3: são trincas com aberturas superior a 1,0 mm e com erosão nas bordas.
Já nas trincas interligadas, são classificadas como FC-3 e FC-2, caso apresentem ou não
erosão nas bordas, respectivamente.
2.2.1.3 Exsudação
Figura 12 - Exsudação
2.2.1.4 Desgaste
Figura 13 - Desgaste
Defeitos profundos
2.2.2.1 Afundamentos
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Solevamento é o soerguimento da região deteriorada.
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Hidroplanagem é a perda de atrito do veículo com a pista, ao passar por uma pista molhada.
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2.2.2.2 Ondulação/corrugação
varia de alguns centímetros ou dezenas de centímetros, nas ondulações, Figura 15, está na
ordem de metros.
Figura 15 - Ondulações
2.2.2.3 Escorregamento
Figura 16 - Escorregamento
2.2.2.4 Panela
As panelas ou buracos, Figura 17, são cavidades no revestimento asfáltico que podem
atingir ou não camadas inferiores do pavimento provocando a desagregação dessas camadas. A
deformação afeta a estruturalmente o pavimento permitindo a percolação de água nas camadas
subjacentes da estrutura. Do ponto de vista funcional as panelas e buracos afetam a
irregularidade longitudinal, e por consequência, a segurança do tráfego, e o custo de transporte.
As principais causas deste defeito segundo o Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos
do DNIT (2006) são:
2.2.2.5 Remendos
O remendo é uma porção do revestimento onde o material original foi substituído por
outro similar. São considerados defeitos pois refletem o mau comportamento da estrutura
original, gerando incremento na irregularidade longitudinal e consequentemente ocasionam o
desconforto para os condutores.
Selagem de trincas
Manual de Restauração Asfáltica do DNIT (2006) as trincas são seladas com a aplicação de
materiais como cimentos asfálticos, asfaltos diluídos, emulsões e selantes especiais.
Reparos gerais
Os reparos gerais são atividades de manutenção de rotina que abrange todos os tipos de
trabalho na malha rodoviária, com o objetivo de melhorar a condição da superfície e da estrutura
do pavimento, além de prevenir a penetração de água. A execução desses reparos é feita a partir
da localização do defeito, determinação das causas, estimativa das consequências se as medidas
de manutenção não forem tomadas, e por fim, a definição do tratamento necessário usual de
reparo.
Assim como os defeitos, os reparos também podem ser definidos por meio da sua
condição superficial ou profunda. Os reparos superficiais são geralmente solucionados com a
utilização de ligantes betuminosos, areias e agregados, e são aplicados como capa selante ou
finas camadas de misturas betuminosas, que evitam a percolação de água. Outra função dos
reparos superficiais é a regularização da superfície, também chamado de reperfilamento,
quando executado recapeamento asfáltico.
Os reparos profundos, estruturais, são de caráter mais permanente e são executados com
a retirada do material da área a ser reparada até a profundidade necessária para estabelecer uma
fundação firme. Geralmente faz-se uso de materiais britados e misturas betuminosas (Figura
18).
Tratamentos superficiais
Misturas betuminosas
Ligante asfáltico.
** A estabilidade mínima é a carga máxima a qual o corpo de prova resiste antes da ruptura.
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Lastro nos rolos compactadores é qualquer material pesado que se coloca nos equipamentos para atingir
o peso adequado para a compactação da mistura asfáltica.
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Após a compactação a via deve ser devidamente sinalizada e mantida sem tráfego até o
seu resfriamento completo.
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A Lama Asfáltica parte do mesmo princípio e concepção do micro revestimento, porém emprega
equipamentos, materiais, controle de qualidade e desempenho inferiores. Sendo o micro revestimento considerado
a evolução da lama asfáltica.
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Emulsão Catiônica de Ruptura Controlada modificada por polímero Elastomérico de menor viscosidade.
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Chassi – todo o conjunto descrito nas alíneas anteriores deve ser montado sobre um
chassi móvel autopropulsado, ou atrelado a um cavalo mecânico, ou trator de pneus;
Reciclagem
A mistura reciclada pode ser feita em usinas, mas preferencialmente é feita no próprio
local da obra por recicladoras (Figura 29).
Os defeitos comuns encontrados nas vias analisadas são: trincamento por fadiga e
reflexão, escorregamento, panelas, bombeamento de finos, desintegração superficial,
corrugações e ondulações. Foram raros os casos de exsudação. Segundo o projeto, não foi
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Para sanar as patologias encontradas nas diversas vias, foi desenvolvido um projeto
executivo, com base em três soluções contidas no projeto básico.
2.4.1.1 Solução 1
2.4.1.2 Solução 2
2.4.1.3 Solução 3
Como podemos verificar na figura acima, o subleito é a camada mais abaixo da seção
e deverá ser constituído de solo natural do local ou proveniente de empréstimo, atendendo a
ABNT NBR 12307 e os seguintes requisitos:
deverá estar limpa, não contendo presença de raízes, plantas ou qualquer tipo
de matéria orgânica;
Para a sub-base e base, os materiais mais usados são: brita, solo escolhido de boa
qualidade, solo misturado com cimento e concreto compactado a rolo. Tais camadas deverão
estar de acordo com as normas ABNT NBR 11803, ABNT NBR 11804, ABNT NBR 11806,
ABNT NBR 11798 e ABNT 15115.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BALBO, José Tadeu. Pavimentação Asfáltica: materiais, projetos e restauração. São Paulo,
Oficina de textos, 2007.
BERNUCCI, L. B. et al. Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros. Rio de
Janeiro, PETROBRAS, 2008.
MEDINA, J., MOTTA, L.M.G. Mecânica dos pavimentos. Rio de Janeiro, Interciência, 3ª
edição, 2015.
ABEDA, Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto. Manual Básico de
Emulsões Asfálticas. 2ª Edição. Rio de Janeiro, ABEDA, 2010.
DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. Manual de Restauração de
Pavimentos Asfálticos. 2ª Edição. Rio de Janeiro, Equipe técnica Engesur Ltda, 2006.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. Defeitos nos pavimentos flexíveis
e semirrígidos termologia. Rio de Janeiro, Diretoria de Planejamento e Pesquisa/IPR, 2003.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. Recuperação de defeitos em
pavimentos asfálticos. Rio de Janeiro, Diretoria de Planejamento e Pesquisa/IPR, 2010.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. Pintura de ligação com ligante
asfáltico – Especificação de serviço. Rio de Janeiro, Diretoria de Planejamento e
Pesquisa/IPR, 2012.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. Pavimentos flexíveis – Concreto
Asfáltico – Especificação de serviço. Rio de Janeiro, Diretoria de Planejamento e
Pesquisa/IPR, 2006.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. Micro revestimento asfáltico –
Especificação de serviço. Rio de Janeiro, Diretoria de Planejamento e Pesquisa/IPR, 2018.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. Emulsões asfálticas catiônicas
modificadas por polímeros elastoméricos – Especificação de material. Rio de Janeiro,
Diretoria de Planejamento e Pesquisa/IPR, 2010.
DNER, Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Agregados – análise
granulométrica. Rio de Janeiro, Diretoria de Planejamento e Pesquisa/IPR, 1998.
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Terminologia e classificação de
pavimentação. Disponível em: https://www.abnt.org.br/.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Disponível em: <
https://www.ibge.gov.br/>. Acesso em: 30, novembro 2022.