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Estudios sobre las Culturas Contemporáneas.

Disponível em:
<https://www.redalyc.org/pdf/316/31624694002.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2023.

“Para começar a trabalhar no campo do documentário, nos colocamos


de acordo com Sílvio Da-Rin. Segundo ele, o nome documentário
recobre uma enorme diversidade de fi lmes e modos de fi lmar, e as
defi nições se dão de acordo com a época e os interesses em jogo
(DA-RIN, 2004)” (p. 14)

No que tange a diferença entre documentário e ficcção, os autores propõem que:

“Os modos de dizer as coisas é que variam, e muito. Os diretores podem


enfatizar mais ou menos suas próprias percepções e experiências, ou a
suposta transparência da imagem fotográfi ca. Assim, Bill Nichols (2007)
propõe, a partir de algumas características predominantes, uma divisão de
seis modos, ou tipos, de documentários: documentário poético, expositivo,
observativo, participativo, refl exivo e performático. Esses modos dizem
respeito, principalmente, às formas de aproximação com o sujeito e com o
mundo construídas pelo fi lme, e à relação que se estabelece entre o
documentarista e as imagens” (p. 15)

A narração presente em “Retratos Fantasmas” confere uma proximidade entre


Kleber Mendonça Filho e o público. Afinal, o diretor incorpora a posição de
personagem. Isso tudo corrobora para a construção de uma narrativa documentária
única, ENVOLVE SUBJETIVIDADE:

“Esse modo de falar –na primeira pessoa– aproxima o documentário dos


diários ou ensaios. A ênfase não é mais tanto na tentativa de convencimento
do público, mas nas possibilidades de expressão da representação de
opiniões sobre problemas do mundo, a partir de uma visão bastante singular.
Esses documentários não tentam representar um objeto para além de si
mesmos, eles dão prioridade à dimensão afetiva existente entre o diretor e o
discurso construído” (P. 16)

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