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GESTÃO DA
QUALIDADE
2020
GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
CONTEÚDO
Ficha Técnica: i
CAPÍTULO I – CONCEITOS DA QUALIDADE.......................................................................1
1.1. A QUESTÃO DA QUALIDADE 1
1.2. A EVOLUÇÃO DE GESTÃO DA QUALIDADE 1
1.3. O QUE É QUALIDADE 2
1.4. PORQUÊ GERIR A QUALIDADE 2
1.5. COMO OBTER OS RESULTADOS DE DEMING 4
QUADRO SINÓPTICO I......................................................................................................................6
CAPÍTULO II – MODELOS DA QUALIDADE.........................................................................8
2.1. GENERALIDADES 8
2.2. MODELO DE EDUARDO DEMING 8
2.3. MODELO DE JOSEPH MOSES JURAN 10
2.4. MODELO DE PHILIP B. CROSBY 10
QUADRO SINÓPTICO II..................................................................................................................11
EXERCÍCIOS PRÁTICOS DO CAPÍTULO II 12
CAPÍTULO III - FERRAMENTAS BÁSICAS DA QUALIDADE.....................................13
3.1. APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS BÁSICAS DA QUALIDADE 13
QUADRO SINÓPTICO III 20
EXERCÍCIOS PRÁTICOS DO CAPÍTULO III 20
CAPÍTULO IV – MATRIZ DE GESTÃO DA QUALIDADE E SUA APLICAÇÃO
NA GESTÃO..........................................................................................................................................22
4.1. GENERALIDADES 22
QUADRO SINÓPTICO IV................................................................................................................24
CAPÍTULO V – NORMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL.............................26
5.1. GENERALIDADES 26
QUADRO SINÓPTICO V.................................................................................................................27
EXERCÍCIOS PRÁTICOS DO CAPÍTULO V..........................................................................28
CAPÍTULO VI – GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL........................................................29
6.1. GENERALIDADES....................................................................................................................29
QUADRO SINÓPTICO......................................................................................................................31
EXERCÍCIOS PRÁTICOS DO CAPÍTULO VI 32
EXERCÍCIOS DA UNIDADE I RESOLVIDOS 32
RESOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS DA UNIDADE I 33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................36
iv
GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
1W.A. Shewhart, estatístico norte-americano que tinha um grande questionamento com a qualidade e com a
variabilidade encontrada na produção de bens e serviços. Assim começou a evolução do conceito.
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GESTÃO DA QUALIDADE _ UNIDADE I
(...) “nos anos 80, as empresas a nível internacional reconheceram que, embora produzir
produtos e oferecer serviços mais depressa e mais baratos continue a ser uma necessidade
competitiva, concebê-los melhores é o caminho mais adequado para os produzir e vender
mais baratos e mais depressa” (Pires, 2007:26).
1.3. O QUE É QUALIDADE
Qualidade é um conceito subjectivo que está relacionado directamente às percepções de cada
indivíduo. Diversos factores como cultura, modelos mentais, tipo de produto ou serviço
prestado, necessidades e expectativas influenciam directamente nesta definição.
No que diz respeito aos produtos e/ou serviços vendidos no mercado, há várias definições
para qualidade: "conformidade com as especificações e exigências dos clientes descritas em
manuais técnicos, contratos e rótulos", "relação custo/benefício", "adequação ao uso", "valor
agregado, que produtos similares não possuem"; "fazer certo à primeira vez"; "produtos e/ou
serviços com efectividade". O termo efectividade é empregue para significar "excelência" de
um produto ou serviço (Jeffries et al., 2002).
• Segundo Juran (1974) a qualidade significa adequação ao uso;
• Segundo Crosby (1979) a qualidade é a “conformidade com as especificações”;
• Na terminologia da norma ISO 9000, a qualidade é: “Grau de satisfação de requisitos
dado por um conjunto de características intrínsecas” Pires, (2007);
• Segundo ISO (International Standard Organization): É a totalidade das características
de um produto ou serviço que suportam suas habilidades de satisfazer uma
necessidade estabelecida ou (implícita).
Segundo Pires (2007:20), na linguagem comum, qualidade tem muitas vezes os sinónimos:
a) “Excelência”
b) “Extraordinário” Produtos/serviços
c) “Muito bom”
d) Modo de ser
e) Atributo Pessoas
f) Pertencer a um grupo
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FONTE: PIRES, António Ramos, (2007), Sistemas de Gestão da Qualidade, Edições Sílabo, 3ª edição, Lisboa.
2 Parâmetros da qualidade do óleo alimentar, definidos pelo departamento de projectos e gestão da qualidade,
segundo a AOCS, American Oil Chemists’ Society www.aocs.org/tech/sectionc.htm
– 0,30% (w/w)”; “Humidade – 0,01% (w/w)”; “Impurezas – 0,01% (w/w)”; Cor – Amarela
clara típico do óleo vegetal; Aroma – Típico de óleo vegetal; Embalagem - plástica; Rótulo –
Com especificações do produto e data fabrico e de validade; Rolha – Com estrutura de selagem.
Nota: Nos serviços são considerados os requisitos contratuais e outros requisitos que
promovem a qualidade do serviço, por exemplo: prazo de execução; materiais, produtos e
ferramentas a utilizar; eliminação das variabilidades; e evitar reclamações e falhas.
3° PASSO: Definir o critério de avaliação (monitorização e medição do processo).
Tabela 1: Exemplos de monitorização de processos: Parâmetros de monitorização
Parâmetros de monitorização
Área Indicador Objectivo/meta Métrica Responsabilida Frequência de
de avaliação
Manutenção Planos de Cumprir 95% dos % desvio Coordenador de Mensal
manutenção planos de manutenção Manutenção
Transportes Frota Garantir 95% da frota % desvio Coordenador de Mensal
disponível disponível p/mês Manutenção
Colecta e processamento de dados
Total N° de infraestruturas que tiveram manutenção p/mês OBS
Méd
ia
J F M A M J J A S O N D
Geradores 11 4 3 6 8 11 10 9 1 7 9 6 5 7
% 100 36 27 55 73 100 91 82 9 64 82 55 45 60
Viaturas 8 3 7 1 2 6 8 2 5 7 4 8 8 5
% 100
100 38 88 13 25 75 25 63 88 50 100 100
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QUADRO SINÓPTICO I
CONCEITOS DA QUALIDADE
Etapa Generalidade Caracterização
EVOLUÇÃO DA QUALIDADE
Era da inspecção Preocupação com o produto acabado e inspecção e, não
I com a qualidade.
II Era de controlo Surgiu com o aparecimento da produção em massa
estatístico
III W.A. Shewhart, estatístico norte-americano mostrou-
Década de 20 se preocupado com a qualidade e com a variabilidade
encontrada na produção de bens e serviços.
Deming foi convidado pela “Japanese Union of
IV Década de 30 e anos Scientists and Engineers (JUSE)para proferir palestras
40 e formar empresários e industriais sobre controlo
estatístico de processo e sobre a gestão da qualidade.
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GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
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GESTÃO DA QUALIDADE _ UNIDADE I
2.1. GENERALIDADES
Ao longo dos últimos anos algumas abordagens à qualidade impuseram-se como referências,
dados os resultados obtidos pelos seus autores. É importante não só aprendermos com a
experiência adquirida, mas também transpô-los para os nossos próprios métodos de gestão da
qualidade, por exemplo: Abaixo estão apresentados alguns modelos de gestão da qualidade,
como abordagens que podemos transpô-las para os nossos próprios métodos de gestão da
qualidade, nomeadamente, Modelo de Deming, Modelo de Juran e Modelo de Crosby.
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GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
QUADRO SINÓPTICO II
MODELOS DA QUALIDADE
Designação Generalidade Caracterização
-Estabelecer objectivos estáveis, com vista à
melhoria dos produtos e serviços;
-Adoptar a nova filosofia (de gestão da qualidade);
-Não depender exclusivamente da inspecção para
aceitar a qualidade;
-Não utilizar apenas o preço para produzir o
negócio. Em vez disso, minimizar os custos totais,
Modelo de Pontos a considerar trabalhando com um único fornecedor;
Eduardo na gestão da -Melhorar constantemente qualquer processo de
Deming qualidade (Pires, planeamento, produção e fornecimento de serviço;
2007: 28) -Instituir a formação no posto de trabalho;
-Adoptar e instituir a liderança da direcção;
-Eliminar o medo (de cometer erros);
-Eliminar as barreiras funcionais entre áreas;
-Eliminar slogans, exortações e cartazes dirigidos
aos trabalhadores dos níveis mais baixo
(inadequados na forma, no conteúdo e no tempo);
-Eliminar indicadores monetários para os
trabalhadores e numéricos para a gestão;
-Eliminar as barreiras que dificultem o orgulho
pelo trabalho realizado, Eliminar de pontuações
anuais, ou sistemas de mérito;
-Instituir um sistema de formação e auto melhoria
para toda a gente;
-Envolver toda a gente no trabalho de alcançar os
objectivos da mudança.
A abordagem mais -Consciencializar da necessidade e oportunidades
típica de Juran, a que de melhoria; Estabelecer metas de melhoria; Criar
ele chama planos para alcançar essas metas; Dar formação a
(management todos; Executar projectos para resolver problemas;
Modelo de
breaktrough) o Relatar e divulgar o processo; Reconhecer o
Joseph Moses objectivo da gestão é sucesso; Comunicar resultados; Conservar os dados
Juran o de alcançar um obtidos; Manter o entusiasmo fazendo da melhoria
melhor desempenho uma parte integrante dos processos.
para a organização e
não o de manter o
nível actual
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GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
Usando a tabela abaixo faça a contagem dos dados e calcule as frequências. Exemplo:
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GESTÃO DA QUALIDADE _ UNIDADE I
TOTAL 67
Exemplo:
Número de reclamações recebidas num centro de saúde relativas à baixa qualidade de
atendimento.
• Frequência: Número de vezes em que um evento ocorre
• Frequência acumulada: somatório das frequências
Frequencia
• Percentagem: = (Nx100)= frequencia
Total
• Percentagem acumulada: Somatório das frequências
Tabela 4b: Frequências das reclamações
Tipo de Defeito Verificação F FR (%) FA FRA(%)
TOTAL 67
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c) Faça um BRAINSTORMING para identificar o maior número possível de causas que possam
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GESTÃO DA QUALIDADE _ UNIDADE I
estar contribuindo para gerar o problema, perguntando “Por que isto está acontecendo?”.
Regras de Brainstorming:
• Todos os envolvidos devem participar da elaboração para garantir que todas as causas
sejam consideradas;
• Deve nomear-se um coordenador do grupo;
• Não se deve criticar nenhuma ideia;
• Deve se garantir a visibilidade e o uso de quadros e figuras grandes;
• Não sobrecarregar o diagrama e, quando necessário, faça mais de um;
• Construa um diagrama para cada problema específico;
• Grife as causas mais prováveis e analise todas;
• Não deixe dúvidas a nenhuma das causas.
f) Após a identificação das sub-causas dos problemas, quantifique suas frequências, isto é, faça
a folha de verificação por frequências registando quantas vezes ocorreu cada uma das sub-
causas.
g) Para definir as prioridades das acções correctivas, represente os dados obtidos na alínea
anterior no diagrama de Pareto e defina as prioridades das acções a desencadear.
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GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
d) Brainstorming
BRAINSTORMING é a mais conhecida ferramenta das técnicas de geração de ideias. Foi
originalmente desenvolvida por Osborn, em 1938. Em Inglês, quer dizer “tempestade cerebral”.
O BRAINSTORMING é uma técnica de ideias em grupo que envolve a contribuição
espontânea de todos os participantes. Soluções criativas e inovadoras para os problemas,
rompendo com paradigmas estabelecidos, são alcançadas com a utilização de
BRAINSTORMING. O clima de envolvimento e motivação gerado pelo BRAINSTORMING
assegura melhor qualidade nas decisões tomadas pelo grupo, maior comprometimento com a
acção e um sentimento de responsabilidade compartilhado por todos.
O BRAINSTORMING é usado para gerar um grande número de ideias em curto período de
tempo. Pode ser aplicado em qualquer etapa do processo de solução de problemas, sendo
fundamental na identificação e na selecção das questões a serem tratadas e na geração de
possíveis soluções. Mostra-se muito útil quando se deseja a participação de todo o grupo.
1. As causas do problema são difíceis de identificar;
2. A direcção a seguir ou opções para a solução do problema não são aparentes.
Como se faz o Brainstorming?
• Constituir uma equipa;
• Nomear um líder para coordenar a equipa; e
• Preparar a folha de verificação para anotar as ideias.
• O último passo da sessão consiste na selecção de ideias.
Nesta fase a equipa realiza seguintes operações:
a) Analisa as diversas sugestões individuais de causas potenciais do problema;
b) Classifica as causas levantadas;
c) Combina causas afins e descarta redundâncias;
d) Elabora uma lista das causas mais comuns.
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e) Histograma
Para que serve o histograma na gestão da qualidade? São várias as aplicações dos
histogramas, tais como:
• Conhecer as características de um processo ou um lote de produto permitindo uma
visão geral da variação de um conjunto de dados;
• Verificar a quantidade de “produto não conforme” (CT 80 APQ, 2008).
• Determinar a dispersão dos valores de medidas (dimensões) das peças em processos,
que necessitam de acções correctivas.
• Identificar e mostrar através de gráfico o número de unidades por cada categoria.
e) Diagrama de dispersão
O diagrama de dispersão é a etapa seguinte do diagrama de causa e efeito. Utilização:
• Para verificar se há uma possível relação entre as causas, isto é, mostra-nos se existe
uma relação, e em que intensidade.
• Para visualizar uma variável com outra e o que acontece se uma delas alterar.
• Para verificar se as duas variáveis estão relacionadas, ou se há uma possível relação de
causa e efeito.
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Exemplo:
Gráfico 4: Dispersão da amostra
f) Gráfico de controlo
Para que serve o gráfico de controlo na GQ? Para verificar se o processo está sob controlo,
ou seja, dentro dos limites estabelecidos; e para controlar a variabilidade do processo, ou grau
de não conformidade.
Gráfico 5: Exemplo do gráfico de controlo
g) Fluxograma
É uma ferramenta fundamental - tanto para o planeamento (elaboração do processo) como para
o aperfeiçoamento ( análise, crítica e alterações) do processo.
Para que serve na GQ? O FLUXOGRAMA facilita a visualização das diversas etapas que
compõem um determinado processo, permitindo identificar aqueles pontos que merecem
atenção especial por parte da equipa de melhoria.
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GESTÃO DA QUALIDADE _ UNIDADE I
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GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
a) Sendo você o gestor da qualidade, elabore as actividades de gestão deste plano e resume-as
num fluxograma (Ex: controlo das datas de manutenção; .......).
Média
OBS
J F M A M J J A S O N D
Geradores 11 4 3 6 8 11 10 9 1 7 9 6 5 7
% 100 36 27 55 73 100 91 82 9 64 82 55 45 60
Viaturas 8 3 7 1 2 6 8 2 5 7 4 8 8 5
% 100
100 38 88 13 25 75 25 63 88 50 100 100
4. Apresente num gráfico de dispersão os dados das partes pintadas, para facilitar sua análise na
revisão pela gestão (objectivos da tabela: Garantir 95% da frota disponível e 95% de
cumprimento do plano de manutenção das infraestruturas) (Veja página 37).
5. Refira-se do contributo das ferramentas da qualidade na gestão da mesma (Veja páginas 27
e 28).
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GESTÃO DA QUALIDADE _ UNIDADE I
4.1. GENERALIDADES
"Matriz da Qualidade é uma sistematização das qualidades verdadeiras (as exigidas pelos
clientes) centralizadas em funções, mostrando o relacionamento existente entre estas funções e
a tabela de qualidade, que representa as características substitutivas" (Pires 2007). Por exemplo:
é possível determinar o grau de relacionamento entre uma qualidade exigida de um produto "fácil de
carregar" com o peso (elemento da qualidade) do mesmo.
As informações para obtenção da qualidade exigida são obtidas através de reuniões de ideias
com técnicos que desenvolvem sistemas/produtos similares ao pretendido e possuem
experiência de vários anos nesta área.
O que é matriz da qualidade na prática? A matriz da qualidade é um quadro resumo
ilustrativo dos parâmetros de gestão da qualidade de um produto, serviço e/ou de um negócio.
Para que serve a matriz da qualidade? A matriz da qualidade é usada para apresentar
diversos dados e informações de gestão da qualidade, nomeadamente:
• As responsabilidades pelos processos ou actividades de gestão de um processo de
produto, de serviço ou de um negócio particular;
• Um novo projecto de produto ou serviço;
• Os parâmetros ou especificações de um produto e /ou serviço;
• A estruturação da documentação do Sistema de Gestão da Qualidade;
• Estruturação das actividades de gestão da qualidade; e
• Controlo das reclamações e falhas.
Como se constrói uma matriz da qualidade?
1º Passo: Identificar o argumento a descrever, por exemplo: Especificação de um produto e
/ou serviço;
2º Passo: Colectar os dados de especificação de um produto ou serviço, do projecto e/ou outra
informação a apresentar;
3º Passo: Construir um quadro e inserir de forma resumida, clara e técnica os dados
colectados;
4º Passo: Inserir os dados necessários de forma sequencial e resumida; e
5º Passo: Controlar os dados para promover a gestão e melhoria contínua.
Tabela 8: Exemplo de matriz de gestão da qualidade - especificações técnicas e critérios de
aceitação do óleo alimentar.
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GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
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GESTÃO DA QUALIDADE _ UNIDADE I
QUADRO SINÓPTICO IV
Matriz da qualidade
Designação Generalidade Caracterização
Sistematização das
qualidades verdadeiras
Matriz da qualidade (as exigidas pelos Um quadro resumo ilustrativo dos
clientes) centralizadas em parâmetros de gestão da qualidade
funções, mostrando o de um produto, serviço e/ou de um
relacionamento existente negócio.
entre estas funções e a
tabela de qualidade, que
representa as
características
substitutivas (Pires 2007)
Atribuição das responsabilidades e
gestão dos parâmentros da
qualidade.
Permite atribuir as
responsabilidades pelos processos
ou actividades de gestão de um
É usada para apresentar processo, de um produto, de um
diversos dados e serviço ou de um negócio
informações de gestão da particular;
qualidade. Permite apresentar/ilustrar um novo
É possível determinar o projecto de produto ou serviço;
Aplicação/Importância grau de relacionamento Ilustra os parâmetros ou
entre uma qualidade especificações de um produto e /ou
exigida de um produto serviço;
"fácil de carregar" com o Permite a estruturação da
peso (elemento da documentação do Sistema de
qualidade) do mesmo. Gestão da Qualidade;
Permite a estruturação das
actividades de gestão da qualidade;
e
Permite o controlo das reclamações
e falhas.
-Identificar o argumento
a descrever;
-Colectar os dados;
-Construir um quadro; Estabelecer os requisitos e as
Critérios de elaboração -Inserir os dados características.
colectados;
-Inserir os dados de
forma sequencial e
resumida;
-Controlar os dados.
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GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
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GESTÃO DA QUALIDADE _ UNIDADE I
5.1. GENERALIDADES
“As normas de gestão da qualidade surgem, historicamente como uma imposição dos grandes
compradores e detentores de sistemas complexos nos fornecedores de componentes e sub-
sistemas, como forma de obter a confiança adequada de que os sistemas complexos operariam
bem em serviço” (Pires, 2007).
As normas de gestão da qualidade podem ser divididas em dois grandes grupos: aquelas que
estabelecem requisitos e que podem ser usadas como documentos contratuais (ex : NP EN ISO
9001); aquelas outras que estabelecem orientações para o desenvolvimento de sistemas da
qualidade (ex. NP EN ISO 9004).
As normas portuguesas referidas são idênticas às normas do ISO (Organização Internacional de
Normalização). Sua característica essencial determina, também que as normas estejam escritas
de uma forma genérica (mais precisa) não contendo por isso requisitos endereçados a nenhum
sector em particular.
Recentemente os grandes construtores automóveis acordaram na especificação técnica ISO/IT
16949, baseada na ISO 9001: 2008. Neste último caso, as normas são mais detalhadas nos
alguns requisitos, contendo mesmo nalguns casos indicações claras das técnicas a utilizar
(exemplo: FMEZ – Failure Mode and Effects analsyis) e das especificações a obter (exemplo:
índices definidos da capacidade do processo).
Uma empresa deve estabelecer um sistema da qualidade com três objectivos básicos:
Estabelecer uma abordagem sistemática dos problemas (da concepção aos fabricos e após-
venda); Privilegiar as acções de prevenção em vez de confiar apenas nos resultados da
monitorização inspecção; Fornecer a evidencia objectiva de que a qualidade foi alcançada.
Os cinco (5) grandes princípios na cultura de uma empresa caracterizada pela qualidade
total: Empenhamento da gestão de top; Objectivos de satisfação do cliente; Processo contínuo
de melhorias; Qualidade entendida como um problema de toda a gente; Gestão dos resultados
económicos da qualidade.
“A norma ISO 9000 entende que a diferença entre as abordagens ao sistema de gestão da
qualidade na família ISO 9000 e os modelos de excelência residem no seu âmbito aplicação.
Os princípios de gestão da qualidade apontados pela ISO 9000 são os seguintes” (Pires,
2007): a) Focalização no cliente; b) Liderança; c) Envolvimento das pessoas; d) Abordagens
por processos; e) Abordagem da gestão como um sistema; f) Melhoria contínua; g) Abordagem
á tomada de decisão baseada em factos; h) Relações mutuamente benéficas com fornecedores.
Aspectos relevantes para o alcance dos benefícios de uma cultura da qualidade: Alargar a
consciência da qualidade a todos os níveis; Tomar decisões baseadas em factos; Usar técnicas
adequadas; Gestão por processo e dos processos; Estabelecer medidas de avaliação da
qualidade total, em geral, e das suas técnicas e particular.
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GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
QUADRO SINÓPTICO V
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6.1. GENERALIDADES
A Gestão da Qualidade Total (GQT) é uma opção para a reorientação da gestão da empresa e,
tem como pontos básicos: Foco no cliente; Trabalho em equipa; Decisões baseadas em factos
e dados; Busca constante da solução de problemas; Diminuição de erros e Melhoria contínua
em todos os aspectos,
Segundo Pires (2007:25) Os principais problemas da qualidade têm seguinte origem:
Face aos problemas da qualidade acima apresentados, a GQT preocupada com a qualidade,
valoriza o ser humano no âmbito das organizações, reconhecendo sua capacidade de resolver os
problemas no local e no momento em que ocorrem e, busca permanentemente a perfeição. As
relações internas tornam-se mais participativas, a estrutura mais descentralizada, e muda o
sistema de controlo.
Qual é o meu dia-a-dia na gestão da qualidade total?
Actividades:
a) Controlo de falhas e reclamações dos clientes:
Para efectuar o controlo diário de falhas e das reclamações dos clientes, deverá efectuar de
seguinte maneira:
• Conhecer todos os processos da empresa ou do negócio, principalmente os que
estabelecem uma ligação directa com o cliente. Por exemplo: processo de distribuição;
• Elaborar uma check list com os aspectos da qualidade que devem merecer atenção no
controlo de falhas. Por exemplo: cor, dimensões, tempo de entrega, condições de entrega,
validade, etc), usar diariamente a check list para avaliar a qualidade;
• Criar ficha de controlo das reclamações e falhas e, registar diariamente respectivas
ocorrências (falhas e reclamações dos clientes);
• Estabelecer medidas de controlo e implementar para eliminar as reclamações dos clientes
e as falhas do processo.
b) Avaliação da satisfação dos clientes:
Para conhecer diariamente o grau de satisfação do cliente proceda de seguinte modo:
• Elaborar a lista de todos os clientes da empresa e/ou do seu negócio;
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GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
QUADRO SINÓPTICO
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GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
Respostas do exercício 1
a) A gestão da qualidade numa unidade sanitária pública é importante na medida em que
promove as competências técnicas e qualificações necessárias do quadro técnico,
eliminando seguintes situações: Erros no atendimento (diagnóstico, colecta de amostra,
análise, leitura do resultado e orientação ao paciente); Longas filas de espera devido aos
intervalos de atendimento entre um paciente e outro, excessivamente longos; Falta de
cuidados sanitários necessários.
b) Na integração regional e económica da SADC a qualidade tem o papel fundamental na
quebra das barreiras comercias que possam dificultar o exercício comercial. Por
exemplo: no caso de produtos alimentares, a qualidade permite o cumprimento das
medidas impostas como condição de acesso a um mercado ou para a quebra das
barreiras; as competitividades.
c) Um produto ou serviço ao ser concebido é atribuído certas características que vão ao
encontro dos requisitos dos clientes para garantir sua satisfação. Ao realizar este
produto ou serviço, todas as características atribuídas devem ser mantidas até ao
produto ou serviço final a ser entregue ao cliente, consumidor ou utilizador, para que
não implique ausência da qualidade.
d) Numa consulta médica realizada numa unidade sanitária, para afirmar um atendimento
de qualidade são necessárias seguintes acções: Pontualidade do quadro de pessoal
funcionário; Curtas filas – Flexibilidade no atendimento; Coerência dos resultados das
consultas e exames médicos; Orientação aos sectores de atendimento.
e) Como gestor da qualidade da unidade sanitária, os aspectos da qualidade a controlar
com frequência para garantir melhor qualidade no atendimento aos pacientes são: Todos
os pontos acima listados; Qualificações e competências técnicas e profissionais;
Reclamações dos pacientes e falhas do pessoal técnico; Manutenção das infraestruturas
e higiene; Estado de calibração ou aferição dos equipamentos cirúrgicos e outros de
atendimento sanitário.
Resposta do exercício 2
Os parâmetros da qualidade que consideraria como relevantes para efectuar a avaliação da
qualidade do ensino superior das instituições de ensino em Moçambique, constam na matriz
abaixo:
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GESTÃO DA QUALIDADE _ UNIDADE I
Corpo docente
NÍVEL C NÍVEL B NÍVEL A
Licenciado e larga Mestrado, e média Doutorado, curta experiência
xperiência xperiência
Instalações Localização; Acesso; Salas de aulas; equipamentos; Biblioteca apetrechada e acesso a
nternet
Orientação Coerência dos programas dos cursos
Modalidadede Presencial, semi-presencial e sua orientação
nsino
Estudantes Aplicados, pontuais, presenças nas salas
CONDIÇÕES DE ACREDITAÇÃO
Aspectos acima Todos sob controlo nos padrões recomendados (Legislados)
Perfil de saída Aceitação no mercado
Corpo docente Critérios de avaliação e selecção do corpo docente
NÍVEL C 1ª. Avaliação 2ª. Avaliação 3ª. Avaliação
Domínio da Material didáctico: Assiduidade: 10%
adeira a leccionar: 0%
0%
Resposta do exercício 3
Gestão da qualidade, para garantir a qualidade dos recursos humanos é pertinente a
implementação de seguintes acções: Elaborar fichas de perfil profissional para cada função da
empresa, onde constem os requisitos mínimos do colaborador; Avaliar os candidatos em função
das fichas elaboradas; Acompanhar o exercício das suas funções e identificar as necessidades
de formação; Preparar e ministrar acções de formação; Realizar avaliação de desempenho;
Motivar.
Resposta do exercício 4
Usando o ciclo PDCA, apresente as etapas de envolvimento do gestor da qualidade no processo
de recrutamento, selecção, contratação e acompanhamento de um funcionário.
Identificar
1. O responsável por um processo de produção ou serviço identifica a
necessidade de um novo colaborador (funcionário) e, solicita aos RH. Os
RH solicitam ao GQ a ficha de perfil profissional para as funções da área
na qual se pretende o novo funcionário.
Análise:
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GESTÃO DA QUALIDADE_UNIDADE I
Plano de Acção:
3. Preparação do processo de recrutamento do novo colaborador e/ou
formação do antigo funcionário. Os RH solicitam à GQ os impressos de
registo, preparação do dossier.
Execução:
D (Do)Fazer 1. Os RH recrutam um novo colaborador e ministram a formação ao
antigo colaborador.
O GQ efectua o controlo dos registos de recrutamento e /ou de
formação da colaboradores.
C (Check) Verificação:
Avaliar 1.Após a entrega do novo colaborador à área que o solicitou e, do antigo
colaborador em formação, O GQ realiza auditorias ao processo/serviço e,
rotinas frequentes de controlo da qualidade e, monitorização dos
processos onde estão inseridos colaboradores.
A (Action) Conclusão:
Acção 1. Numa das auditorias a equipa auditora (EA) em que fazia parte o GQ,
correctiva detectou-se uma não conformidade, nomeadamente: O antigo
colaborador ainda não sabe operar a máquina.
O mesmo deve passar por uma reciclagem
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GESTÃO DA QUALIDADE _ UNIDADE I
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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