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Desempenho da
Manutenção
1
Índice
Índice .............................................................................................................................................. 2
Indicadores e Índices de Desempenho na Manutenção ......................................................... 4
1. Introdução .......................................................................................................................... 4
2. Conceitos de Qualidade .................................................................................................... 4
3. TQC - Controle de Qualidade Total (Estilo Japonês) ................................................... 5
3.1. Definição de Qualidade Total .................................................................................. 5
3.2. Controle Total – Definição ....................................................................................... 6
3.3. O Ciclo PDCA .............................................................................................................. 6
4. Indicadores ......................................................................................................................... 8
4.1. Conceituação de indicadores ................................................................................... 8
4.2. Componentes do indicador ...................................................................................... 8
4.3. Itens de Controle e Verificação ............................................................................... 8
4.4. Tipos de indicadores ................................................................................................. 9
4.5. Requisitos dos indicadores ....................................................................................... 9
4.6. Considerações importantes sobre indicadores (Itens de Controle e Itens de
Verificação)........................................................................................................................... 10
5. Técnica do 5W1H ............................................................................................................ 11
6. Indicadores da manutenção .......................................................................................... 11
7. Indicadores ou índices de Equipamentos .................................................................... 12
7.1. Introdução ................................................................................................................ 12
7.2. MTBF – Tempo médio entre falhas (Mean Time Between Failures) ............... 14
7.3. MTTR - Tempo médio para reparos (Mean Time To Repair) ........................... 18
7.4. Disponibilidade ......................................................................................................... 20
7.5. A análise dos indicadores de MTBF, MTTR e Disponibilidade. ......................... 25
8. Indicadores de planejamento e mão de obra ............................................................. 26
8.1. Eficiência da Programação Geral da Manutenção .............................................. 26
8.2. Aproveitamento de mão de obra – Hh real x Hh Disponível ............................ 27
8.3. Eficiência de atendimento ...................................................................................... 27
8.4. Utilização de Mão de obra por tipo de serviço.................................................... 28
8.5. Planejada x Não Planejada .................................................................................... 29
8.6. Backlog...................................................................................................................... 30
8.7. Análise do Backlog .................................................................................................. 31
8.7.1. Backlog estável ................................................................................................ 31
8.7.2. Backlog crescente............................................................................................ 32
8.7.3. Backlog decrescente ....................................................................................... 32
8.7.4. Backlog com aumento brusco ....................................................................... 33
8.7.5. Backlog com redução brusca ......................................................................... 34
8.7.6. Backlog com oscilações periódicas ou cíclicas ............................................ 34
8.8. Métodos de análise dos índices de planejamento e mão de obra ................... 35
9. Indicadores de satisfação .............................................................................................. 36
10. Indicadores de custo .................................................................................................. 36
10.1. Custo total da Manutenção ................................................................................ 36
10.2. Índice de custo de Mão de obra ....................................................................... 37
2
10.3. Índice de custo de Materiais.............................................................................. 38
10.4. Índice de custo de Serviços ............................................................................... 38
10.5. Índice de custo de Despesas ............................................................................. 38
10.6. Índice de custo por Equipamento ..................................................................... 39
10.7. Análise ABC - Equipamento x Custos ............................................................... 39
10.8. Custo de manutenção x Faturamento .............................................................. 40
11. Indicadores de Materiais ............................................................................................ 41
11.1. Ineficiência de Almoxarifado ............................................................................. 41
12. Considerações gerais sobre os índices de Manutenção ........................................ 42
13. Bibliografia .................................................................................................................... 42
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Indicadores e Índices de Desempenho na Manutenção
1. Introdução
A busca da excelência da qualidade, a necessidade de atender a satisfação dos
clientes e a contenção de gastos tornou a adoção de um sistema de qualidade uma
decisão estratégica para uma organização. E a manutenção, um dos setores que nas
primícias da história da evolução tecnológica e empresarial não possuía posição de
destaque atualmente se apresenta como fator estratégico para o sucesso da empresa.
Tendo este conhecimento, serão introduzidos alguns conceitos de qualidade na
qual o sistema de gestão de qualidade será o TQC (Total Quality Control = Controle de
qualidade Total), sendo atualmente o mais moderno sistema de gestão de qualidade e
que melhor atende as necessidades de um sistema organizacional.
2. Conceitos de Qualidade
Muitos são os conceitos aplicáveis à qualidade. Cada especialista no assunto
procura conceituá-la de acordo com a época, sua percepção e experiência, e seu campo
de atuação profissional. A seguir são apresentados alguns conceitos da qualidade de
autores consagrados na área:
Crosby: Qualidade é conformidade com os requisitos.
Juran: O nível de satisfação alcançado por um determinado produto no
atendimento aos objetivos do usuário, durante o seu uso é chamado de adequação ao
uso. Este conceito de adequação ao uso, popularmente conhecido por alguns nomes, tal
como qualidade, é um conceito universal aplicável a qualquer tipo de bem ou serviço. A
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expressão “Adequada ao Uso” por sua vez, apresenta dois conceitos para a qualidade, o
de “Características do produto” – quanto melhores as características, mais alta a sua
qualidade, e de “Ausências de deficiências” – quanto menos deficiência, melhor a
qualidade.
Deming: A qualidade de um produto ou serviço é medida pela satisfação total do
consumidor, considerando-se um equilíbrio entre os seguintes fatores: A qualidade
intrínseca do produto ou serviço, custo e atendimento; isso quer dizer: quantidade certa,
local certo e hora certa!
NBR – ISSO 9000:00: Grau no qual um conjunto de características inerentes
satisfaz a requisitos. Requisito são necessidades e expectativas que são expressas, de
forma implícita ou obrigatória.
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A figura 1 demonstra de forma simples e reduzida a forma de atuação na gestão
com o PDCA.
ACTION PLAN
Defina as
Atue no processo Metas
em função dos
resultados Determine os
métodos para
A P alcançar as
metas
C D Eduque e
treine
Verifique os
efeitos do trabalho
executado
Execute o
trabalho
CHECK DO
7
4. Indicadores
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f. Rastreabilidade: Facilidade de identificação da origem dos dados, seu
registro e manutenção.
g. Representatividade: Atender as etapas críticas dos processos, serem
importantes e abrangentes.
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g. Sendo as causas de um processo os efeitos dos subprocessos que o compõem,
logo, os itens de verificação de um processo são considerados os itens de
controle dos subprocessos que o compõem.
h. Gerenciar os indicadores organizando-os em uma tabela utilizando os conceitos
da ferramenta 5W 1H, onde para cada indicador são apresentados os valores a
ser atingido (Meta), o responsável por sua medição e obtenção, como calculá-
lo, quando, local, por que, etc.
5. Técnica do 5W1H
A técnica do 5W1H tem como objetivo facilitar a descrição dos aspectos de uma
atividade, plano, programa ou processo, que precisam estar bem definidos para sua
correta execução. Deve conter nas informações desejadas:
HOW “Como” (de que maneira deve ser executado?). Qual o método
E não esquecer o:
6. Indicadores da manutenção
Para se analisar a performance da manutenção, deve se estudar os quatros
elementos básicos intrínsecos de um processo de manutenção:
- Equipamento
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- Mão de Obra (Fator Humano)
- Custo
- Material
E as análises desses elementos devem ser feitas seguindo as recomendações
anteriormente citadas para indicadores.
Como forma de satisfazer as recomendações sobre indicadores, a utilização de um
Software de manutenção auxilia de forma eficaz e atualmente é uma ferramenta que não
pode ser desprezada no processo de qualidade na manutenção.
7.1. Introdução
Os indicadores ou índices de equipamentos são informações que traduzem o
desempenho dos equipamentos em números e gráficos, este índice pode demonstrar
dados relativos a produção e a manutenção, mas como este material é dedicado à
manutenção, serão analisados apenas os índices voltados a manutenção.
EQUIPAME
NTO
SISTEMA SISTEMA
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que compõem os subsistemas, podem falhar uma única vez, isto é, não podem ser
reparados.
As leis da física demonstram que qualquer sistema organizado exposto ao mundo
real sofre deterioração. O resultado final desta deterioração é uma total desorganização
(também conhecida como “caos” ou “entropia”) a menos que sejam tomadas ações para
interromper qual processo está causando a deterioração do sistema.
O índice de equipamento terá basicamente como ponto de análise a “falha” e os
fatores que a envolvem. Para analisar a falha devem ser observados alguns conceitos:
- Manutenção: Conjunto de ações destinadas a manter ou recolocar um item num
estado no qual pode executar sua função requerida.
- Item: Termo geral que define qualquer parte, subsistema, sistema ou
equipamento que possa ser considerado individualmente e ensaiado
separadamente.
- Item não reparável: Item que não é reparável nem reposto após ocorrência de
uma falha, durante o processo de avaliação de confiabilidade.
- Sistema: Conjunto de equipamentos ou subsistemas que são responsáveis para
execução de uma função.
- Subsistema: Divisão lógica do sistema em partes que facilitem a análise do
mesmo.
- Componente: É um item que pode falhar apenas uma vez. Um sistema reparável
pode ser reparado pela substituição dos componentes falhos.
- Função: Toda e qualquer atividade que o item desempenha, sob o ponto de vista
operacional.
- Falha: Perda de uma função.
- Falha funcional: Incapacidade de qualquer item em atingir o padrão de
desempenho esperado e/ou Perda de função.
- Causa da falha: Circunstância que induz ou ativa um mecanismo de falha.
- Modo de falha: É qualquer evento que pode levar um ativo (sistema ou processo)
a falhar e/ou que causa uma falha funcional. Pode ser definido de formas gerais
como Causa da falha.
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- Efeito da Falha: É o resultado da ocorrência de um Modo de falha, ou seja, o que
acontece após a ocorrência do modo de falhas, simultaneamente trazendo algumas
conseqüências.
- Vida útil: Intervalo de tempo durante o qual um item desempenha sua função
com a taxa de falha especificada, ou até a ocorrência de uma falha não reparável.
- Redundância: Dois ou mais órgãos realizando funções semelhantes, tais que a
falha de um só deles, não provoca um certo conjunto de falhas de desempenho, e
a falha de todos provoca, chamam-se redundantes.
- Independência: Diz-se que existe a independência absoluta quando a falha de
um desses órgãos ou itens não tem qualquer elemento de ligação com a falha do
outro.
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top = Tempo de operação
N = Número total de falhas
= Taxa de falhas
O valor de MTBF é expresso em unidade de tempo, sendo o mais usual horas.
6 45
5 35
Falhas (unid)
4 50
3 30
2 50
1 25
0 10 20 30 40 50 60
Tempo (horas)
Exemplo 1:
Considerando o gráfico de falhas como sendo de um certo equipamento “X”
verifica-se que:
- Nele existem seis ocorrências de falhas.
- Cada uma das ocorrências ocorreu em um espaço de tempo distinto.
- As durações das ocorrências podem se equivaler, mas isso é uma casualidade.
- Neste gráfico não foram considerados os tempos de reparo.
- Para se calcular o MTBF deste equipamento temos que somar os tempos de
operação para assim obter a somatória do tempo de operação:
t op 45 35 50 30 50 25 235
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- Obtém-se assim o tempo médio entre falhas igual a MTBF = 39,167h.
A análise do exemplo é feita sobre uma base de dados na qual não demonstra o
tempo de reparo, sendo uma situação diferente da encontrada no cotidiano da
manutenção, sendo o mais comum o padrão apresentado abaixo:
Funcionamento
Tempo
Falha / Reparo
Tempo de campanha
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- O período do início do estudo até o reparo da primeira falha.
- O período de reparo da última falha até o fim do tempo de estudo.
Este artifício pode ser utilizado no caso de uma análise onde o período estudado
não tem como início a instalação do equipamento novo e quando o tempo de estudo ou
campanha não se encerra na correção da última falha. Esses valores das extremidades
podem influenciar positivamente ou negativamente no valor do MTBF, podendo ser
chamada de zona de incerteza
.
Funcionamento
Tempo
Falha / Reparo
Tempo de campanha
Com a utilização deste artifício, a zona de incerteza é eliminada porque estão sendo
utilizadas as informações desde a situação em que o equipamento é reposto em operação
até a ocorrência e reparo da ultima falha, sendo fechado o ciclo.
Para se obter um valor estatístico confiável de média, é imprescindível uma
amostragem ampla de dados, podendo ser conseguido tal amostragem determinando um
perío
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7.3. MTTR - Tempo médio para reparos (Mean Time To Repair)
O MTTR define-se como o tempo médio para reparo, ou seja, a média aritmética
dos tempos levados para colocar um item num estado no qual pode executar sua função
requerida.
O processo de uma manutenção possui várias etapas, no caso da manutenção
corretiva as atividades podem ser divididas em duas etapas:
I. Tempo de manutenção ativa: isolar a falha, realização efetiva da manutenção,
testar.
II. Tempo Administrativo: planejar a intervenção, determinar mão de obra,
deslocamento, obtenção do ferramental e equipamentos de testes.
A somatória dos tempos destas atividades determinam o tempo de reparo de um
equipamento.
Os diferenciais entre o tempo de reparo da ação corretiva e da ação preventiva de
troca são:
- A etapa de isolamento da falha é eliminada já que não ocorre a falha.
- A obtenção de peças sobressalentes e ferramentas são executadas anteriormente
sem influência direta no tempo de manutenção.
Tempo de reparo
Operação Normal
Tempo Administrativo
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reparo, sendo definido o MTTR como a soma do tempo de reparo do equipamento dividido
pelo número total de falhas.
MTTR
t r
sendo originalmente MTTR
1
N
Onde:
tr = Tempo de reparo
= Taxa de reparo
N = Número total de falhas
Analisando o gráfico de Funcionamento & falhas x Tempo pode-se aplicar o artifício
da mesma maneira que o MTBF.
Funcionamento
Tempo
Falha / Reparo
Tempo de campanha
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tcamp. = tempo de campanha ou de estudo
top. = tempo de operação
N = Número total de falhas
O mesmo artifício para se aumentar a precisão do MTBF, pode ser utilizado com o
MTTR, executando o descarte das informações de falhas das extremidades, isto é, podem
ser eliminadas:
- O período do início do estudo até o reparo da primeira falha.
- O período de reparo da última falha até o fim do tempo de estudo.
Funcionamento
Tempo
Falha / Reparo
Tempo de campanha
Com a utilização deste artifício, a zona de incerteza é eliminada porque estão sendo
utilizadas as informações desde a situação em que o equipamento é reposto em operação
até a ocorrência e reparo da ultima falha, sendo fechado o ciclo.
7.4. Disponibilidade
Disponibilidade D(t) é a probabilidade de que um sistema esteja em condições
operacionais no instante t. Esta definição tem sido utilizada para expressar o conceito de
“disponibilidade instantânea”, tendo em vista a sua dependência temporal implícita.
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A disponibilidade média Dméd (T) é dada pela expressão:
T
1
Dméd (T ) D(t ) dt
T0
Falha
S0
Estado
t2
t1
S1 Reparo
22
D 1
A forma mais popular para expressar a disponibilidade no estado estacionário é
aquela em função de MTTR e MTBF
1
MTBF
D
MTBF MTTR 1 1
Esta expressão é às vezes usada para obter a disponibilidade mesmo que a falha
ou reparo não seja caracterizado “adequadamente” pela distribuição exponencial. Isto é
freqüentemente conveniente, quando em geral a disponibilidade é tomada sobre
intervalos de tempo relativamente grandes (indisponibilidade “média”), tornando-se
pouco sensível aos detalhes das distribuições das falhas ou dos reparos.
Utilizando-se da equação em função do MTBF e MTTR:
MTBF
D
MTBF MTTR
E sabendo se que:
t camp. t rep. t camp. t op.
MTBF , MTTR e t camp. t op. t rep.
N N
Temos:
t camp t rep t camp t rep
MTBF N N
D
MTBF MTTR t t t t 2 t (t rep t op. )
camp rep camp op . camp
N N N
Onde:
D = Disponibilidade
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tcamp. = tempo de campanha ou de estudo
top. = tempo de operação
Tempo
Intervalo
Reparo
Esta forma de funcionamento faz com que o tempo de campanha não seja
contínuo, e com isso, surge a possibilidade de tratar a disponibilidade apenas no período
no qual é exigido o funcionamento do equipamento, pois geralmente a sua missão é
solicitada apenas naquele intervalo.
Desta forma, pode-se adaptar a equação de disponibilidade considerando apenas
o período no qual é exigida a missão. Tendo a seguinte expressão:
t op.
D"
t camp. t int .
Sendo:
24
D” = Disponibilidade em regime sazonal
tcamp. = tempo de campanha ou de estudo
top. = tempo de operação
tint. = tempo de intervalo
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Para uma melhor visualização deve-se tratar em gráficos os resultados dos
cálculos.
Os resultados obtidos devem ser arquivados para serem comparados futuramente
com outros indicadores coletados posteriormente.
Estes indicadores devem ser coletados em uma condição ideal no mínimo
mensalmente e no máximo semestralmente, para que seja possível acompanhar a
evolução do desempenho dos equipamentos, e para e se houve mudanças significativas
na situação dos equipamentos destacados como mais críticos pelo indicador anterior,
verificando se houve melhoria no MTBF, MTTR e Disponibilidade, comparando os novos
valores com os antigos.
Onde:
Efprog = Eficiência de programação
Hh_OS`s_Executadas = Somatória de Homem hora das OS`s executadas no
período de estudo
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Hh_OS`s_Planejadas = Somatória de Homem hora das OS`s planejadas no
período de estudo
Onde:
Aprov.MO = Aproveitamento de Mão de obra
Hh_real = Somatória de Homem hora reais utilizadas no período de estudo
Hh_disponível = Somatória de Homem hora disponível no período de estudo
Onde:
Efatend. = Eficiência de atendimento
OS`s_Executadas = Somatória de OS`s executadas no período de estudo
OS`s_Planejadas = Somatória de OS`s planejadas no período de estudo
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Esta expressão difere da eficiência de programação justamente pelo fato de serem
utilizadas na equação de eficiência de atendimento a quantidade de OS`s ao invés de Hh
como na equação de eficiência de programação.
Onde:
%utilserv = Porcentagem de utilização de mão de obra por serviço. Sendo estes
serviços: Corretiva, Preventiva, Preditiva, instalação, reforma, etc.
Hh_serviço = Somatória de Homem hora das OS`s executadas do tipo de serviço
no período de estudo.
Hh_Total = Somatória de Homem hora de todas as OS`s de todos tipos de serviço
no período de estudo.
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Hh _ preditivas
%util pred . 100 , para se conhecer a porcentagem de utilização de
Hh _ total
mão de obra em manutenções preditivas.
Etc.
Executado o levantamento de utilização da mão de obra para cada tipo de serviço,
deve ser introduzido em um gráfico todo o resultado dos cálculos, para se compararem
os resultados obtidos.
Hh _ OS `s _ não _ planejadas
%nplan 100
Hh _ Total
Sendo:
%plan = Porcentagem de OS`s não planejadas
Hh_OS`s_não_planejadas = Somatória de Homem Hora de OS`s não planejadas
(Corretiva) no período de estudo.
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Hh_Total = Somatória de Homem hora de todas as OS`s de todos tipos de serviço
no período de estudo.
Utilizando estes índices é possível saber como está sendo alocada a mão de obra
na manutenção, se há necessidade de contratar mais pessoas, de diminuir a equipe, ou
mesmo transferir as pessoas para outra equipe. Deve-se observar que existe na indústria
uma certa sazonalidade o qual deve ser levado em consideração antes de se tomar
qualquer decisão em relação à alteração no quadro de pessoas, e levar em consideração
qual a função do funcionário e quais os motivos e competências que mantém o indivíduo
na equipe o qual ele pertence.
8.6. Backlog
O Backlog tem como definição ser o período de tempo necessário para que um
grupo de manutenção execute todas as atividades pendentes, supondo que durante esse
tempo nenhum novo serviço será solicitado a esse grupo.
Para se obter o Backlog algumas condições devem ser satisfeitas:
- Ter previsão do tempo de execução das ordens de serviço atrasadas.
- Ter disponibilidade de mão de obra para se executar as ordens de serviço
pendentes.
Tendo cumprido as condições pode ser aplicada a seguinte expressão:
Hh _ necessário
Back log
Hh _ disponível
Onde:
Hh_necessário = A somatória de Homem hora necessárias das OS`s pendentes.
Hh_disponível = A somatória de Homem hora disponível
Deve se considerar que:
- O Hh necessário deve ser relacionado a um grupo de manutenção ou especialidade.
Ex. Eletricista
- O Hh disponível deve ser de acordo com o grupo de manutenção podendo ser
Hh/dia, Hh/mês, etc, sendo o mais comum Hh/dia.
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A principal função do backlog é de informar todos os serviços que não foram
atendidos até uma data determinada, verificar se a mão de obra alocada é suficiente e se
as condições para a manutenção (disponibilidade de peças sobressalentes, ferramental
necessário adequado e mão de obra especializada) são ideais para se executar um bom
serviço no prazo estimado. O Backlog é um importante fator para se demonstrar a
ineficiência da manutenção.
É conhecido o fato de que prever a quantidade de horas de mão de obra para
alguns tipos de serviço como a corretiva é impraticável, devido ser um tipo de serviço que
trata de imprevistos. Para não se perder a informação de backlog pode ser feito o
levantamento de número de Ordens de serviço pendentes.
semanas
Quando é apresentada uma situação como esta, não quer dizer que a situação é
boa, pois pode existir a estabilidade, mas sempre com uma quantidade muito alta de
Ordens de serviço pendentes, isto é, baixo rendimento e um valor de Backlog constante.
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Caso o valor do backlog seja estável for considerado alto, pode-se contratar mão
de obra temporária para a execução de serviços pendentes, até que o valor seja reduzido
a índices aceitáveis, ou autorizar a equipe a fazer horas extras para baixar o Backlog.
semanas
semanas
32
Este gráfico representa uma condição de diminuição contínua do backlog,
demonstrando que as pendências estão sendo eliminadas progressivamente. Para evitar
falta de serviço e ociosidade no setor deve-se tomar as seguintes precauções:
- Verificar os critérios de contratação de serviços terceirizados;
- Verificar reintegração de serviços internos descartados ao plano de trabalho devido
à falta de mão de obra ou motivos adversos;
- Caso situação transitória, investir em qualificação da equipe (treinamentos);
- Transferência de funcionário para outros setores
- Dispensa de funcionários
semanas
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8.7.5. Backlog com redução brusca
Backlog
semanas
semanas
34
8.8. Métodos de análise dos índices de planejamento e mão
de obra
Assim como os indicadores de equipamentos, os índices de planejamento e mão
de obra devem ter uma peridiocidade de forma que a realidade da equipe e planejamento
de manutenção seja retratada nos índices.
Os índices de planejamento e mão de obra podem possuir a seguinte peridiocidade:
- Eficiência da Programação Geral da Manutenção: Mensal
- Aproveitamento de mão de obra – Hh real x Hh Disponível: Mensal
- Eficiência de atendimento: Mensal/Diário
- Utilização de Mão de obra por tipo de serviço: Mensal
- Planejada Versus Não Planejada: Mensal
- Backlog: Semanal
Para os índices devem ser determinados uma meta e tratar em gráficos os
resultados dos cálculos, Os resultados obtidos devem ser arquivados para serem
comparados futuramente com outros indicadores coletados posteriormente.
Deve-se executar uma análise conjunta de todos os índices para que a visão da
manutenção não seja pontual.
O índice de eficiência de atendimento deve ser tratado em dois períodos, pois o
índice diário passa a ser um índice de verificação do indicador mensal, que possui
tratamento de um item de controle.
Os índices de planejamento e mão de obra tratam acima de tudo dos recursos
humanos nos processos de manutenção, por isso fatores além da técnica devem ser
considerados em muitos casos de índices abaixo da meta.
Em uma análise de backlog deve ser salientado que os diversos padrões
apresentados podem aparecer simultaneamente em uma análise real de Backlog, sempre
lembrando que ao se tratar de fatores humanos, apenas a técnica não basta para resolver
os problemas de administração.
35
9. Indicadores de satisfação
O índice de satisfação pode ser considerado junto ao MTBF e disponibilidade como
um indicador de eficácia da manutenção, pois neste pode ser determinado a satisfação
do cliente (produção) com relação à manutenção.
A forma de medição pode ser feita solicitando ao setor produtivo uma avaliação da
qualidade dos serviços prestados pela manutenção periodicamente.
Para uma melhor qualidade do índice de satisfação, o levantamento da satisfação
por Ordem de serviço ampliaria o universo da análise e um dado mais eficaz da satisfação.
A satisfação pode ser padronizada da seguinte forma:
- Ótimo
- Bom
- Regular
- Ruim
- Péssimo
- Rejeitado
Deve-se enfatizar que quando obtidas avaliações negativas, estas devem ser
justificadas para que os motivos destas possam ser também levantados e corrigidos.
Assim como outros índices, para o índice de satisfação deve ser determinado uma
meta e tratar em gráficos os resultados dos cálculos, Os resultados obtidos devem ser
arquivados para serem comparados futuramente com outros indicadores coletados
posteriormente.
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Ctot . COS
Onde:
COS C MO C MT C SV C DE
Sendo:
Ctot. = Custo total da manutenção
COS = Custo da Ordem de serviço
CMO = Custo da mão de obra
CMT = Custo de material (Peças sobressalentes)
CSV = Custo de Serviços (Terceiros)
CDE = Custo de Despesas
Lembrando que todas as variáveis devem pertencer ao mesmo período de estudo.
Assim como outros índices, para este índice deve ser determinado uma meta e
tratar em gráficos os resultados dos cálculos, Os resultados obtidos devem ser arquivados
para serem comparados futuramente com outros indicadores coletados posteriormente.
Onde:
CTMO = Custo total de mão de obra
CMO = Custo de mão de obra por OS
Com esse índice podem ser levantados os custos com a mão de obra no período,
podendo utilizar este índice separando a mão de obra por tipo de serviço, isto é, podem
ser levantados os Custos de mão de obra com Manutenções corretivas, preventivas, etc.
37
10.3. Índice de custo de Materiais
O índice de custo de materiais tem como função demonstrar o quanto foi gasto
com materiais durante o período de análise. Este índice pode ser demonstrado pela
seguinte expressão:
CTMT CMT
Onde:
CTMT = Custo total de material
CMT = Custo de material por OS
Onde:
CTSV = Custo total de material
CSV = Custo de Serviços terceirizados por OS
Onde:
CTDE = Custo total de despesas
CDE = Custo de despesas por OS
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10.6. Índice de custo por Equipamento
O índice de custos por equipamento visa demonstrar o quanto foi gasto pela
manutenção para manter o equipamento no período de estudo. Este índice pode ser
demonstrado pela seguinte expressão:
CM EQUIP C ' MO C ' MT C ' SV C ' DE
Onde:
CMEQUIP = Custo de Manutenção do equipamento
C’MO = Custo de Mão de obra por equipamento
C’MT = Custo de Material por equipamento
C’SV = Custo de Serviços Terceirizados por equipamento
C’DE = Custo de Despesas por equipamento
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- Levantado os valores referentes das faixas A, B e C, deve-se selecionar em ordem
decrescente conforme custo quais os equipamentos que comporão a faixa A, sendo
que a somatória dos custos destes equipamentos devem ser iguais ou
imediatamente superior ao valor que representa a faixa A, seqüencialmente para
a faixa B e finalizando a faixa C.
A faixa A da análise ABC representa os equipamentos que contribuem com 70%
dos gastos totais com manutenção, sendo então os equipamentos situados nesta faixa os
quais devem receber atenção quando se deseja reduzir os custos de manutenção global.
Sendo conhecidos quais são os equipamentos que encabeçam a lista da análise ABC, deve
ser planejada uma tomada de ação para reduzir os custos destes equipamentos, tendo
ciência de que com isso pode ocorrer redução em 70% dos custos totais de manutenção.
Deve ser feitos o acompanhamento mensal deste índice e o acompanhamento
preferencial dos equipamentos críticos, deve ser determinada uma meta de redução de
custos para esse equipamento e tratar em gráficos os resultados dos índices, Os
resultados obtidos devem ser arquivados para serem comparados futuramente com
outros indicadores coletados posteriormente e verificada de tal forma a evolução dos
equipamentos críticos. Deve-se enfatizar que os acompanhamentos dos equipamentos
críticos não são apenas dos índices de custos, mas junto com os índices de equipamento.
40
Com esse índice, é possível se determinar quanto do faturamento da empresa é
investido em manutenção. Deve ser determinada uma meta para redução de custos e
tratar em gráficos os resultados dos cálculos, Os resultados obtidos devem ser arquivados
para serem comparados futuramente com outros indicadores coletados posteriormente.
Assim como outros índices, para o índice de materiais deve ser determinado uma
meta e tratar em gráficos os resultados dos cálculos, Os resultados obtidos devem ser
arquivados para serem comparados futuramente com outros indicadores coletados
posteriormente.
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12. Considerações gerais sobre os índices de Manutenção
Os índices de desempenho de manutenção devem, acima de tudo, refletir a
realidade da manutenção, munindo a manutenção com informações mais confiáveis e
assim ter um melhor direcionamento de ação para corrigir ou otimizar os elementos da
manutenção.
As informações dos indicadores apresentadas em gráficos devem estar em locais
visíveis para que todos, principalmente os colaboradores da manutenção, possam ter
acesso às informações e verificar como anda a manutenção, e para que eles tomem
consciência de que eles fazem parte do processo e que eles podem tornar os resultados
melhores.
Qualquer tomada de ação baseada nos indicadores nunca deve ter como orientador
um único índice, porque uma tomada de decisão baseado em um índice isoladamente
pode gerar uma ação errada que pode trazer complicações à manutenção.
13. Bibliografia
- CAMPOS, V.F. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia.INDG Tecnologia
e Serviços Ltda - 8º Edição. Minas Gerais, 2004.
- Exército Brasileiro – Nota de instrução – Indicadores de Desempenho.
- BRANCO Filho, Gil – Apostila de Indicadores e Índices de Manutenção.
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