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A carta do servo Paulo ao Tito tem por objetivos falar a respeito 1) da fé (πιστις) que

é dos eleitos e 2) do conhecimento preciso e correto (επιγνωσις) da verdade (αληθεια). Esses


objetivos estão baseados na piedade/religiosidade. Essa religiosidade da época representava
orientações que pela fé (pessoas persuadidas) eram divinos. Logo, a vida pessoal do crente
deveria guardar como maior tesouro os princípios dessa carta, pois é uma orientação divina
aos eleitos de Deus sobre como reconhecer a vida eterna pela ESPERANÇA na religiosidade
(esperança nutrida pelo Salvador).

Dessa forma, os objetivos tinham que a) reformar a igreja espiritualmente e b)


estabelecer líderes em cidades, tudo isso, a partir de que a mesma liderança e suas famílias
deveriam ser unidas nas práticas das orientações divinas. Aos líderes em Creta essa exigência
foi motivada, observado pelo apóstolo, pela região ter na época uma cultura de mentiras,
brutalidades, glutonarias (resultava preguiça). Reformar para depois estabelecer liderança é
por vidas locais precisarem ser transformadas em seus contextos culturais e somente depois
AMPLIADAS e FORTALECIDAS pelos dons de Deus em cada um. Em relação as transformações,
elas são resultantes da sã doutrina persuasiva do Espírito Santo que usa o ENSINO para
fundamentar sobre o conhecimento do bem, as LEMBRANÇAS para reforçarem a boa prática
da submissão e as EXORTAÇÕES para instruírem fidelidade pela sabedoria. Esse método é
aplicado nos dons de cada convertido e fez com que toda Creta tivesse o conhecimento da
revelação de Deus (Tt. 2: 11; 3: 8).

Na prática, portanto, o foco era que “com respeito a todas as coisas te torna
pessoalmente (apresenta-se, ofereça-se) uma imagem (padrão) das boas obras (trabalhos,
ocupações). No ensino, integridade da mente, respeito e honra – reverência, linguagem sadia e
irrepreensível (aquilo que não pode ser censurado)” (Tt. 2: 7, 8). Esse verso ensina que para
todo trabalho se deve ter primeiro a imagem do bem enraizado na existência. Que esteja na
intimidade humana a bondade que sobreviva nas “intemperes” ou nas “poluições” de todos os
contextos e tempos. Então, comprovar esse bem está 1) POR ACEITAR A PALAVRA DO SABER,
2) POR ESCONDER A PALAVRA DO SABER NA INTIMIDADE, 3) POR CLAMAR POR
INTELIGÊNCIA e 4) POR BUSCAR A SABEDORIA COMO MAIOR VALOR DA VIDA (Pv. 2). Todo
processo só será realizado se isso for visto como maior valor do que tudo o que é desejável (Pv.
8: 11). Portanto, reconhecendo a fonte da vida e o valor dessa vida caberá ao crente refletir no
mundo a imagem do bem em si.

Em relação ao trabalho do ensino pelo crente e independentemente da área do


conhecimento, terá de ter em todos os métodos de sua comunicação a integridade da
informação como foco e a reverência pela origem do conhecimento. Tudo isso para manter
a lógica da informação exposta fiel, a partir de uma linguagem sadia. Logo, quem é iluminado
pelo saber revelado por Deus 1) reconhece a verdade da informação, 2) internaliza essa verdade
na intimidade, 3) clama para que dúvidas sejam respondidas e 4) continua trilhando no
caminho do conhecimento que é eterno. Esse é o comportamento de quem está plenamente
em comunicação com quem 1) luta pela integridade do conhecimento, 2) reverencia a origem
do saber e 3) realiza esse processo pela saúde da razão em Deus. Isso é comunhão, onde todos
os órgãos de um corpo trabalham com, para e através da cabeça que é Cristo.

Por fim, todo trabalho tem o processo do ensino, do aprendizado e da prática. A


comunicação motivada pela revelação do conhecimento precisa ter a comunhão do bem no
Senhor-Pai (Deus, Cristo, Salvador, sabedoria personificada). A humanidade deve realizar esse
processo pela saúde no Senhor-Pai para que a oposição (mentirosos, brutos, glutões,
preguiçosos) seja envergonhada como o crente um dia viveu na vergonha do pecado, estando
ele escravo da falsa graça e paz. O trabalho de aprender e praticar faz diferença na igreja que,
em comunhão, luta contra a opressão que age pelo pecado. Assim, o crente não luta para
destruir pessoas, mas para que elas mudem ou no mínimo reconheçam rumo de suas
existências, a partir da lógica da vida em Deus. Todo pecador precisa sentir vergonha do
pecado. Deus transformou sua vida? Agora sabemos trabalhar.

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