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Universidade Federal de Alagoas

Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes


Comunicação e ...
(Relações Públicas)

Edson dos anjos Queiróz da Silva

A cultura do cancelamento e sua contribuição para um olhar sociológico

Maceió, dezembro de 2020.


Vivemos em um mundo globalizado onde estamos rodeados de tecnologias assim
como modais de mídia ,nesses ambientes encontramos de tudo de pequenas
publicações a grandes notícias.

Plataformas como youtube,facebook,instagram e até mesmo twiter estão recheadas


desse tipo de prática ,a cultura do cancelar esta empregados nesses modais através de
falas de grandes artistas ou pessoas que estão em alta o uso de falas mal interpretadas
assim como práticas agressivas e personalidade que venha a opor opiniões de uma
massa farão com que esse indivíduo(a) seja cancelado.

Ex:karol com ka integrante da 21 edição do bbb reality da globo, teve a maior taxa de
rejeição do reality de toda a história do programa, por ter falas agressiva e também por
seu portar que acabava trazendo alvorosso pra os demais integrantes fez com que ela
fosse cancelada e precisar de ajuda profissional
“aos 37 anos, sou mais calma. Também, depois de ter passado tudo aquilo em 2021 eu
fiquei mais calma. Eu tenho um prazer enorme em aprender com o meu erro. Foi com
um exercício de compaixão e empatia que eu consegui dissolver a angústia que eu
sentia por ter sido rejeitada, não só por um Brasil todo -- que eu aprendi também que
não posso falar 'um Brasil todo', porque é muito grande esse país, mas a maior rejeição
que tive de lidar foi a minha, essa foi a que doeu mais."

Ex2:Felipe neto,youtuber de 35 anos, foi cancelado e sofreu boicot após fazer uma
campanha publicitaria para a marca de chocolate (bis),esta Campanha saiu do ar por
conta de apoiadores de direita mobilizar seus idealizadores para não fazer o consumo
deste produto, resultando na queda de rendimentos da empresa.
"Os motivos foram os mais variados, desde medo de algumas agências em função da
quantidade de bolsonaristas que me odeiam, até agências e marcas com integrantes
bolsonaristas em seus conselhos administrativos, que vetavam meu nome sempre que
surgia"

Ex3;Cariucha,integrante da fazenda 2023,foi cancelada por colocar falas criminosas na


boca de outra participante do programa, suas atitudes agressivas sua oratória com teor
alto e seu portar infringindo regras do programa fizeram com que a participante fosse
eliminada do programa por votação dos telespectadores.
CRIUCHA: "Foi o que eu achei, tá? Eu falei exatamente o que eu quis. Mas agora eu vou
curtir a minha alegria, tá? Não quero brigar, hoje não. Quero curtir a minha felicidade.
Você deixa, só hoje? Aí a partir de amanhã você faz o que quiser."
Em 2019, “Cultura do Cancelamento” foi escolhida a palavra do ano do dicionário
MacQuarie. Em 2020, foi lançado na Netflix o documentário “Dilema das Redes”, com
grande repercussão nacional e internacional. Pessoas públicas ou não, são vítimas
todos os dias de manifestações de ódio nas redes sociais que levam para fora das telas
um prejuízo, muitas vezes, fatal. Cancelar alguém se tornou a arma de equilíbrio social
para os canceladores, que enxergam nela uma forma de banir quem erra ou quem tem
uma opinião diferente da sua.

“Cancelado” é a primeira publicação dedicada sobre o assunto no país e sem


precedentes em outras línguas até o momento. A abordagem é investigativa e atual,
levantando desde a origem do tema até todas as repercussões que o cancelamento é
capaz de gerar. Não só fatos que foram manchete na imprensa são revisitados, como
também se ocupa de levantar questões psicológicas relacionadas a eles e ao
julgamento social. Assim, como enfrentar e superar um cancelamento estão nas
páginas do livro."

Sinopse Cancelando o cancelamento


Cancelando o cancelamento: como o identitarismo da militância tabajara ameaça a
democracia trata-se de uma investigação jornalística e filosófica sobre esse novo
movimento da esquerda progressista, o identitarismo cancelador. Aliando anos de
estudos e uma robusta compilação de informações, a jornalista Madeleine Lacsko
mostra-nos o que fundamenta e como funciona a mente dos militantes do
cancelamento, além de expor o esqueleto das campanhas que assombram a nossa
democracia. Com apresentação de Claudio Manoel (o Seu Creysson), do extinto
programa humorístico Casseta & Planeta, o livro já nasce rompendo o lugar comum,
além do próprio terreno ideológico. A obra traz ainda dois textos de históricos
esquerdistas brasileiros que concordam profundamente com as críticas de Madeleine:
a introdução do jornalista Raphael Tsavkko Garcia e o posfácio de Aldo Rebelo. É, de
fato, preciso cancelar os cancelamentos para manter uma liberdade digna da
democracia.
. Popularizado na forma de uma hashtag nas redes sociais com denúncias de assédio
sexual em Hollywood, logo se tornou uma maneira de divulgar abusos sofridos por
mulheres no mundo todo. O cancelamento tal qual é praticado hoje começou a se
popularizar em 2019. As redes sociais tiveram um importante papel nesse meio, uma
vez que o conteúdo publicado pode viralizar e alcançar rapidamente um grande
número de pessoas. Muitos se acham verdadeiros juízes e se tornam especialistas nos
mais diversos assuntos. Na prática, cancelar alguém ou até mesmo uma empresa é
uma forma de justiça social, no qual um indivíduo é excluído de uma posição de
influência por ter falado ou cometido algum erro perante o que a sociedade considera
como inadequado.

Quais as consequências na vida de quem é cancelado?


Têm aquelas já conhecidas e visíveis a todos, como milhões de seguidores a menos em
apenas um dia, cancelamento de apresentações e perda de patrocínios, assim como a
rede social da pessoa ser invadida por comentários negativos. Mas as consequências
vão muito além disso e podem afetar a saúde mental do indivíduo, inclusive, deixando
marcas pelo resto da vida. Dificilmente terão uma rotina normal depois de um episódio
de cancelamento.

O fato também pode desencadear abandono, desprezo, desconsideração e


esquecimento, entre outros distúrbios como ansiedade e até depressão. A cultura do
cancelamento é tóxica para a saúde mental. Nesses casos é preciso buscar ajuda de um
profissional para fazer um acompanhamento e iniciar o melhor tratamento. O cidadão
pode até reconhecer que errou, mas sempre terá que se policiar em relação às suas
atitudes. O recomendado é que se dê um tempo da rede social.

Também pode impulsionar uma incansável busca por uma perfeição inexistente que
impede a pessoa de aceitar seus defeitos, afinal, ninguém quer ser cancelado ou
restringido. Isso faz com que ela comece uma luta interna em que tenta, não consegue
e se frustra diante dos conflitos que a vida nos apresenta.

O cancelador se considera superior?


De certa forma sim, como se ele mesmo não cometesse nenhum erro na vida ou
somente a opinião dele importasse. Normalmente, os canceladores de plantão são
pessoas críticas e intolerantes. Nesse meio também existem os famosos haters, que se
infiltram justamente para provocar e causar situações polêmicas, alcançando milhares
de pessoas e se favorecendo diante de algo negativo.

Lógico que não devemos achar normal ou que está tudo bem quando alguém faz uma
publicação que tenha cunho preconceituoso ou que possa prejudicar um indivíduo.
Para essas questões cabe à Justiça resolver e não o “tribunal da internet”. A discussão
jurídica nas mídias sociais ainda é muito recente.
REFERÊNCIAS:

https://www.uol.com.br/splash/noticias/2023/10/17/boicote-felipe-neto.amp.htm
https://www.uol.com.br/splash/noticias/2023/10/17/boicote-cariucha.amp.htm
https://livrariadonikolas.com/cancelando-o-cancelamento

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