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Na atualidade, terminados os “ciclos” passados da história, consideramo-nos uma época

melhor, com problemas diferentes, mais e menos graves, que estamos mais avançados e tolerantes
que as gerações passadas. Mas estaremos mesmo? Não é de admirar que desde o início dos tempos
houveram movimentos extremistas, obviamente que na atualidade era de se esperar que a sociedade
já estivesse a evoluir o suficiente para não termos de conviver com isso, infelizmente porém esse
cenário ainda está fora de questão.
Aos poucos temos voltado aos tempos da opressão e censura, quer seja por quem tanto
lutámos contra como quem lutou. Para quem vive de redes sociais, por exemplo, parece que só
existem dois lados, ambos com as mesmas atitudes e os mesmos fins, acabar com a oposição e
“aplicar” a justiça. Temos o exemplo da cancel culture, que já destruiu carreiras de forma
permanente de tantos, alguns até injustamente, coisa que é vista a ser feita mais pela extrema
esquerda, onde pegam em atitudes de alguém, não importando se são recentes ou de há 20 ou mais
anos, verídicos ou não, “expõem” na plataforma à escolha e veem espalhar e a pessoa ser alvejada.
Este movimento tem acontecido de forma cada vez mais frequente, e de certa forma age como
forma de censura, porque qualquer um pode acusar alguém de algo grave só por não gostar da dita
pessoa, porque este movimento acontece de forma irracional, ninguém verifica os factos, fica
chocada com tal “atitude” que alguém teve e partilha.
Apesar deste tipo de movimentos estar a crescer e a afetar quem está incluído e danificar a
imagem do espetro político de esquerda é preciso ter em mente que isto poderá e está a ser usado
como forma de manipulação da extrema direita, que está a ressurgir, e lugares onde a cancel culture
é dominante esse lado do espetro aproveita e demonstra publicamente a sua aversão ao movimento,
aos poucos “conquistando” uma nova geração para os seus partidos e partilhar as suas ideologias
extremistas. Este tipo de coisas é especialmente visto nas redes sociais Twitter e Tiktok.
É necessário uma mudança que provavelmente não estará para vir por enquanto, demonstrar
o que é realmente a tolerância e que não é necessário uma atitude extrema para expressar a opinião
própria, muito menos uma crença de qualquer tipo.

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