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SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POP nº.

AB003 VERSÃO:1ª
POLICIA MILITAR DE PERNAMBUCO ÁREA TEMÁTICA:
ESTADO-MAIOR GERAL ABORDAGEM
8ª SEÇÃO
ESTABELECIDO EM:
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 29.06.2018
PADRÃO REVISADO EM:

ABORDAGEM COM CÃES


SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POP nº. AB 003 VERSÃO: 1ª
POLICIA MILITAR DE PERNAMBUCO ÁREA TEMÁTICA:
ESTADO-MAIOR GERAL ABORDAGEM
8ª SEÇÃO
ESTABELECIDO EM:
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 29.06.2019
PADRÃO REVISADO EM:

1. FINALIDADE

Padronizar os procedimentos adotados quando da abordagem policial suplementada por


cães de polícia, garantindo a eficiência e segurança, preservando a integridade física e a vida dos
envolvidos empregando as técnicas de uso diferenciado da força.

2. RECURSOS NECESSÁRIOS

2.1 Cão treinado para policiamento ostensivo;


2.2 Armamento de porte utilizado regularmente pela Polícia Militar de Pernambuco;
2.3 Algemas;
2.4 Rádios comunicadores;
2.5 Coletes à prova de balas;
2.6 Guia de 1,5m em nylon;
2.7 Colar liso de nylon ou elos metálicos.

3. AVALIAÇÃO DOS PONTOS CRÍTICOS

3.1 Comando verbal do policial;


3.2 Controle durante a condução do cão policial;
3.3 Aproximação com segurança da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem;
3.4 Atitude suspeita da(s) pessoa(s) a ser(em) abordadas;
3.5 Reorientação da intervenção policial, se for o caso;
3.6 Abordagem da(s) pessoa(s);
3.7 Manutenção do foco do cão durante a repetição da atividade.

4. SEQUÊNCIA DE AÇÕES DO EFETIVO POLICIAL MILITAR

4.1 Abordagem do Policial Militar com Cão

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4.1.1 Certificar-se o policial das condições de segurança do ambiente e pré-determinar quem irá
realizar a segurança e quem irá fazer a busca pessoal com o apoio do cão, sempre estando em
superioridade numérica, antes de iniciar a abordagem;
4.1.2 Verbalizar o policial, por meio de um comando de voz firme, alto e claro, emitindo as
seguintes palavras: "Parado/a(s)! Polícia Militar!";
4.1.3 Aproximar-se da (s) pessoa (s) a ser(em) submetida (s) à abordagem a distância de
aproximadamente 5,0m (cinco metros), adotando uma formação triangular sempre que o terreno
permitir, colocando o cão em postura concentrada e ativa, ficará na posição aguardando o próximo
comando do seu condutor;
4.1.4 Adotar o escalonamento do uso da força, com o cão na posição de alerta, as armas devem
estar empunhadas de acordo com a ocorrência.

4.2 Abordagem de pessoa(s) sob fiscalização da Polícia

4.2.1 As armas devem estar no coldre, contudo o policial deverá manter-se alerta;
4.2.2 O cão deverá estar atento, sob comando para seu pronto emprego face agressão por parte
do abordado.

4.3 Abordagem de pessoa(s) em atitude suspeita suplementado por cão


4.3.1 As armas devem estar na Posição Sul ou Posição 3 (ponto baixo) figura 1, o condutor do
cão com o enforcador travado e motivando o cão para possível ação, contudo mantendo o controle e
a segurança conforme figuras 2 e 3.

Figura 1 Figura 2

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Figura 1

4.3.2 Determinar de forma simples e clara, porém enérgica, que o(s) abordado (s) se dirija (m) à
área de segurança, onde será realizada a busca pessoal, reduzindo ao máximo o potencial de reação
ofensiva do(s) mesmo(s)
4.3.3 Determinar, primeiramente, ao(s) abordado(s) que coloque(m) o(s) objeto (s) que tenha (m)
às mãos, no chão ou em outro local mais apropriado à segurança da ação. O policial encarregado da
busca pessoal determina: "Coloquem as mãos sobre a cabeça, cruzem os dedos (dedos entrelaçados),
fique (m) de costas para mim, afaste (m) os pés (preferencialmente um pouco maior que a largura
dos ombros), ficando de forma desconfortável, conforme figura 4:

Figura 4
4.3.4 O elemento de segurança deverá se posicionar em diagonal à aproximadamente 2,0 metros
do policial encarregado pela busca pessoal;
4.3.5 A busca pessoal será realizada pelo condutor do cão, mantendo o cão em estado de alerta
ao fazer a busca pessoal nos indíviduos, e deverá ser mantida a atenção nas mãos dos abordados.
4.3.6 Todos deverão evitar a linha de tiro e o raio de ação do cão.

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4.3.7 O policial servindo-se do cão sob comando de “atenção” e estimulando-o a ladrar a fim de
proporcionar uma sensação psicológicas no abordado de não esboçar reação, conforme figura 5.

Figura 2

5. DETALHAMENTO TÉCNICOS

5.1 O cão deverá ser conduzido sempre por um policial militar habilitado em curso ou estágio
reconhecido pela corporação;
5.2 Os cães policiais que possuírem duplo emprego (faro e patrulha) ao concluir a busca pessoal e
garantida a segurança, fará a busca do objeto ilícito;
5.3 Caso o cão não seja de duplo emprego, deverá o cão especializado em faro realizar a busca no
local após a abordagem ser realizada;
5.4 O cão será conduzido durante o policiamento com a guia na mão esquerda e formando um
círculo em torno de si mesma.
5.5 Durante a abordagem, o colar deverá estar travado, ou o cão sem guia.

6. POSSIBILIDADES DE ERRO

6.1 O policial realizar abordagem sozinho e/ou em inferioridade numérica, mesmo em


posse do semovente;
6.2 O policial não utilizar escalonamento no uso da força, utilizando desnecessariamente
o semovente, inclusive de forma a trazer risco desnecessário aos presentes;
6.3 O cão descontrolar-se durante a abordagem e sair da posição de alerta;
6.4 O cão morder sem qualquer reação agressiva por parte do abordado.

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7. AÇÕES CORRETIVAS

7.1 Em caso de abordagem, contar a quantidade de Policiais e considerar o cão como elemento de
apoio, e em caso de inferioridade dos Policiais em relação aos abordados solicitar reforço;
7.2 O cão deve ser considerado como equipamento não letal, contudo verifica-se que devido ao
efeito lesivo provocado pela mordida, seu uso efetivo somente se dê, em caso de resposta à agressão
não letal;
7.3 O treinamento canino dirigido deve ser diário e constante, de modo que o condicionamento
minimize as falhas durante o emprego na atividade policial militar;
7.4 O treinamento de guarda e proteção deve ser realizado com segurança, por ocasião do
lançamento no policiamento, evitando que o cão apresente distúrbios de comportamento.

8. RESULTADOS ESPERADOS

8.1 Que a ação policial seja coordenada, respeitosa, segura, eficiente, efetiva e eficaz;
8.2 Que a(s) técnica(s) de aproximação, abordagem, busca pessoal, ou da utilização
de algemas sejam empregadas de forma correta;
8.3 Que o policial verifique sempre a segurança do público, do próprio policial do
semovente e das pessoas submetidas a abordagem;
8.4 Que haja proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s)
pessoa(s) abordada(s);
8.5 Que todas pessoas infratoras da lei sejam abordadas, algemadas, submetidas à
busca pessoal e devidamente conduzidas as repartições competentes;
8.6 Que à intervenção policial seja norteada pelos princípios básicos de respeito a
dignidade da pessoa humana;
8.7 Que tão logo verifique ser(em) o(s) abordado(s) pessoa(s) idônea(s), o policial
reoriente sua ação policial, adequando-se com a situação apresentada;
8.8 Que o(s) abordado(s) ao término da ação policial, não se sinta(m) humilhado(s) e/ou
discriminados, mas que incorpore (m) a sensação de segurança, sabendo que a polícia está
naquele local, protegendo-os, através de sua ação de presença e da utilização de recursos
especiais como o emprego do cão policial;

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8.9 Que sejam utilizados os meios moderados para a ação policial, tendo o semovente,
cão policial, como mais um elemento de segurança para o policiamento como para o
cidadão;
8.10 Que ao final, a(s) pessoa(s) abordada(s), não fique(m) com imagem negativa da
Instituição, mas sim uma imagem positiva, tendo a certeza que ele(s) pode(m) e deve(m)
contar com a ajuda do(s) policial(is), a qualquer hora e lugar.

9. GLOSSÁRIO (Abreviaturas e Definições)

9.1 Abreviaturas

K-9 – Refere-se a palavra canina em inglês e identifica todas as unidades que trabalham com
cães no mundo.
GC – Refere-se a todas as guarnições que trabalham com cães

9.2 Definições

TREINAMENTO CANINO – é a atividade desenvolvida pelo policial cinotécnica com o cão,


realizada através do condicionamento e seus princípios, de modo a implantar no animal um
comportamento desejado, voltado ao preparo do cão em situações encontradas no cotidiano de
operações, onde é necessário o seu emprego.
CINOTÉCNICO – Diz-se do policial militar que concluiu com aproveitamento curso reconhecido
pela Corporação, específico para habilitação em condução e/ou adestramento de cães, realizado em
força policial ou militar.
TEMPERAMENTO – É o aspecto especial da cinolidade caracterizada pela particularidade do
cão ligada à tendência de apresentar determinados impulsos de maneira relativamente intensa ou
frequente.
IMPULSO – É o estado de excitação frente a um estímulo, com força necessária
para levar o cão a realizar determinada ação, essa energia é movida por necessidades
geralmente ligados a um instinto. A intensidade dessa necessidade, é que vai caracterizar o
impulso. Também chamado de pulsão ou drive.

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INSTINTOS – São predisposições inatas para a realização de determinadas


sequências de comportamentos característico.
ESTÍMULO – É a mudança detectável no ambiente capaz de produzir respostas no cão.
REFORÇO – É a apresentação de um estímulo que visa fortalecer dado comportamento.

ANEXO – Questionário Diagnóstico da Atividade Operacional

OUTROS ANEXOS

REFERÊNCIAS – Doutrina e Legislação


GYGAS, Théo. O cão em nossa casa. São Paulo. Discubra. 1998. 4ª Ed.
TAUSZ, Bruno. Adestramento sem Castigo. São Paulo. Nobel. 1989. 183p.
Exército Brasileiro. Portaria nº 11D 109 de 20 de julho de 2005.
Polícia Militar de Pernambuco. Portaria nº 037 de 21 de agosto de 2009.
Polícia Militar do Estado de São Paulo. Manual de Controle de Distúrbios Civis. 2005. 115p.
LUNA, A.P.O. Perfil dos Cães Farejadores nas Instituições Policiais no Estado de Pernambuco. 2007.
Monografia. Universidade Federal Rural de Pernambuco.
WASHINGTON STATE POLICE CANINE ASSOCIATION. General Performance Standards, Explosive
Detection Dog. Washington. 2002. 15p.

Elaborado por: Aprovado:


Maj QOPM ANTONIO R. A. CASTELO BRANCO
Maj QOPM JOSÉ RIBEIRO JÚNIOR
Maj QOPM FÁBIO GOMES DO NASCIMENTO ____________________________
Comandante-Geral da PMPE

Revisão Semestral realizada por: Aprovado:

Relação das Páginas e Tópicos Alterados:


____________________________
Comandante-Geral da PMPE

DIFUSÃO: DEIP, DGA, DPO, 3ª EMG, DIM, DIRESP, DINTER I e DINTER II

Classificação e Arquivo: ABORDAGEM nº AB 003/8ª EMG

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QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO DA ATIVIDADE OPERACIONAL
SUPERVISOR: SUPERVISIONADO (S):

LOCAL DO EVENTO OU Data: Hora:


OCORRÊNCIA: Início:
/ /
Término:

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


Este POP serviu para lhe orientar sobre
o atendimento de Abordagens
utilizando cães?
Na sua opinião, existe alguma coisa que
se pode modificar ou acrescentar neste
POP?
Houve treinamento acerca do presente
POP na sua OME?
Você já utilizou os conhecimentos
adquiridos neste POP durante o
desempenho da sua atividade policial
militar?
Na aplicação das ações propostas, houve
erros na execução?

Na aplicação das ações propostas, houve


dificuldades no entendimento?

Espaço para informações adicionais do Supervisor:


__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________

___________________________________________
Comandante OME designada para o serviço
Supervisor da Atividade Operacional
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