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OPERAÇÃO NICOMACO
REGRAS DE ENGAJAMENTO
FT DE GUERRA
OBJETIVOS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
- Amparo legal
2. DESENVOLVIMENTO
a. Fundamentos
b. Conceituação
c. Condutas e Procedimentos
3. CONCLUSÃO
FT DE GUERRA
INTRODUÇÃO
Amparo Legal
Art. 142 da Constituição Federal, nos incisos I e II do art. 15 da Lei
Complementar nº 97/1999, com suas alterações, no art. 5º do Decreto nº
3897/2001, as Forças Armadas atuarão no cumprimento de suas missões
constitucionais, inclusive na Garantia da Lei e da Ordem, de maneira
preventiva ou repressiva, na porção terrestre e marítima de interesse, assim
como no espaço aéreo sobrejacente, diretamente ou em coordenação com os
Órgãos de Segurança Pública previstos no art. 144 da Constituição Federal.
FT DE GUERRA
DESENVOLVIMENTO
Fundamentos
a. Legalidade - todas as ações deverão ser desencadeadas com a fiel observância aos preceitos legais no
País. Ninguém poderá ser acusado, preso ou detido, senão nos casos determinados pela lei e de acordo
com as formas por esta prescrita.
d. Os mandados judiciais que não envolvam a atuação policial serão regularmente cumpridos por oficiais de
justiça designados pelos Órgãos do Poder Judiciário, sem prejuízo de eventual apoio da força constituída
para a operação.
e. Todos aqueles que forem detidos na prática de ilícitos penais de natureza comum deverão ser
encaminhados, direta ou indiretamente, aos órgãos indicados pela Secretaria de Segurança Pública
Estadual, devendo ser submetidos a exame de corpo de delito. Os civis e militares envolvidos na prática de
crimes militares serão encaminhados para a Delegacia de Polícia Judiciária Militar.
FT DE GUERRA
DESENVOLVIMENTO
Conceituação
a. Intenção ameaçadora - é o propósito de praticar ato delituoso, evidenciado por atitudes e
comportamentos que indiquem a iminente ocorrência de hostilidade, com ameaça à integridade física de
pessoas ou danos ao patrimônio.
b. Ato ameaçador - é a ação agressiva e deliberada com o intuito de provocar os efeitos lesivos ou danosos
contra, respectivamente, pessoas ou patrimônio.
c. Autodefesa - legítima defesa com o emprego dos próprios meios em resposta a um ataque direto.
d. Legítima defesa - é o uso moderado dos meios necessários para repelir injusta agressão, atual ou
iminente, a direito seu ou de outrem.
e. Reação mínima - é a menor intensidade de violência, suficiente e necessária, para repelir ou prevenir o
ato ameaçador, se possível, sem danos ou lesões.
FT DE GUERRA
DESENVOLVIMENTO
Conceituação
f. Agentes de Perturbação da Ordem Pública (APOP) - são pessoas ou grupos de pessoas cuja atuação,
momentaneamente, comprometa a preservação da ordem pública ou ameace a incolumidade das pessoas e
do patrimônio.
g. Proporcionalidade - correspondência proporcional entre a ação dos APOP e a reação da tropa
empregada, de modo a não haver excesso por parte dos integrantes desta, durante toda a operação.
h. Força mínima - é o menor grau de força necessário para desestimular o APOP a prosseguir nos seus atos
de agressão, causando-lhe o mínimo de danos possível, seja sobre sua pessoa (dano físico ou psíquico),
seja sobre o seu patrimônio.
i. Alcance de utilização de armamento ou artefato - situação em que o seu emprego pode causar dano à
tropa e/ou a terceiros, devido às características técnicas do armamento ou artefato e ao posicionamento de
quem o está portando ou manuseando.
FT DE GUERRA
DESENVOLVIMENTO
Condutas e Procedimentos
SITUAÇÃO AÇÃO CORRESPONDENTE
- A tropa deve atuar com as armas alimentadas, não carregadas e travadas. Nas situações em que haja risco iminente de
confronto a curta distância com APOP armado, o comandante da fração poderá comandar o carregamento da arma,
permanecendo as mesmas travadas.
2. A tropa recebe sinais de insatisfação - Na eminência de emprego, destravar as armas mediante ordem e mantê-las em guarda baixa até o momento em que for
necessário o seu uso.
- Ocupar posições dominantes.
- Avaliar a situação de risco.
- Caso o APOP faça uso de sua arma, utilizar o armamento em defesa própria ou de terceiros, seguindo as regras específicas
previstas no item “O APOP ATIRA NA TROPA”.
- Se não houver o policial, realizar a revista somente quando houver evidências da ocorrência de ilícitos.
- Solicitar que o próprio suspeito levante a camisa ou as barras das calças.
- Se não obedecido, executar a revista.
- Falar com o suspeito o mínimo indispensável.
- Empregar militar do segmento feminino para fazer a revista em mulheres. Caso contrário, a suspeita deverá ser conduzida à
DPJM para revista por pessoal especializado.
4. Revista de suspeitos
- Recolher e guardar todos os objetos pessoais (somente aqueles relacionados com o ilícito praticado), armas e substâncias
apreendidas para que seja elaborado o respectivo Termo de Apreensão
- Somente tocar no suspeito durante a revista.
- Se confirmado o ilícito, apreender armas, munições e explosivos, relacionando-as e fotografando-as assim que for possível.
Atenção com as regras específicas previstas no item “PRISÃO E APREENSÃO”.
- Cumprindo determinação explícita dos comandantes de fração e atendendo aos preceitos legais vigentes, a tropa pode
empregar a força: proporcionalmente à agressão; para sua autodefesa contra ataques diretos ou ameaças concretas a
sua integridade física ou de outros; evitar ser desarmada; evitar a captura de qualquer de seus integrantes; preservar a
incolumidade do patrimônio; manter posições importantes para o cumprimento da missão; e evitar atos ameaçadores que
8.O APOP realiza um ato ameaçador contra
impeçam o cumprimento da missão.
a tropa
- Exemplos de atos ameaçadores: pessoas ou veículos impondo obstáculos às operações; pessoas ou veículos executando ações
prejudiciais à integridade das pessoas e do patrimônio; apontar arma de fogo dentro de seu alcance de utilização; realizar
disparos, mesmo que seja para o alto; lançar objetos (pedras, paus etc); acender “coquetel molotov”; erguer ameaçadoramente a
curta distância objetos cortantes ou contundentes; avançar contra a tropa ou as autoridades dirigindo ameaças, desafios,
provocações verbais, com iminente possibilidade de agressão física; instalar, detonar ou lançar explosivos; lançar deliberadamente
veículo em direção ou de encontro à pessoal ou instalações; e depredar, invadir e/ou destruir instalações públicas ou privadas e
logradouros públicos.
FT DE GUERRA
DESENVOLVIMENTO
Condutas e Procedimentos
SITUAÇÃO AÇÃO CORRESPONDENTE
- As seguintes atitudes, embora não exijam o emprego imediato da força, são ilícitas e devem ser coibidas: dirigir ameaças,
desafios, provocações e agressões verbais, que caracterizam o desacato; e portar arma de fogo, sem autorização legal.
- O uso da força só deve ser concretizado após esgotadas todas as possibilidades de negociação e deve ser proporcional à
8.O APOP realiza um ato ameaçador contra ameaça ou situação encontrada. Em todas as ocasiões, antecedendo ao emprego da força, a tropa deve usar, ao máximo,
a tropa medidas de dissuasão, mostrando sua firme determinação em cumprir a missão.
- Quando for inevitável o uso da força para debelar agressões ou o cumprimento da missão, o emprego de armas de baixa
letalidade deverá ser priorizado.
- O emprego de munição letal só poderá ser feito como último recurso para a preservação da sua própria integridade física, de
terceiros, de instalações e/ou bens materiais essenciais ao cumprimento da missão.
- As ações, sempre que possível, deverão ser filmadas e/ou fotografadas de modo a permitir a identificação dos APOP e
demonstrar o procedimento correto da tropa perante a justiça e a opinião pública, quando necessário.
- Seguir as regras específicas previstas no item “GRADUAÇÃO NO EMPREGO DA FORÇA”.
FT DE GUERRA
DESENVOLVIMENTO
Condutas e Procedimentos
SITUAÇÃO AÇÃO CORRESPONDENTE
- Isolar a área.
- Prestar os primeiros socorros. Todas as medidas de atendimento médico e primeiros socorros devem ser prestadas a todas
as pessoas que se encontrarem feridas.
9. A tropa depara-se com feridos
- Realizar revistas e vasculhamentos com cautela.
- Conforme a gravidade, evacuar os feridos para o hospital mais próximo. Posteriormente, encaminhar os militares para o
hospital militar.
- O menor não poderá ser conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo, em condições atentatórias à sua
dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade.
12. Abordagem de menor na prática de atos
ilícitos - A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão imediatamente comunicados à autoridade
judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada.
- Caso o infrator se identifique como menor de idade e não seja possível a correta confirmação/identificação, este deverá ser
tratado com tal, até a sua correta identificação.
- O menor poderá ser algemado, se apresentar resistência ou ameaça à tropa, sendo a excepcionalidade informada à
autoridade de polícia judiciária.
FT DE GUERRA
DESENVOLVIMENTO
Condutas e Procedimentos
SITUAÇÃO AÇÃO CORRESPONDENTE
13.Abordagem de estrangeiros na prática de - O tratamento a ser dado aos estrangeiros em flagrante delito será o mesmo dado aos demais cidadãos brasileiros.
atos ilícitos
- O tratamento a ser dado aos índios em flagrante delito será o mesmo dado aos demais cidadãos brasileiros.
14.Abordagem de índios na prática de atos - Os índios só recebem diferenciação no tratamento quando do cumprimento da pena, assunto que não é da competência da
ilícitos tropa envolvida na segurança.
15.Abordagem de idosos na prática de atos
- O tratamento a ser dado aos idosos em flagrante delito será o mesmo dado aos demais cidadãos brasileiros.
ilícitos
- O tratamento a ser dado às mulheres em flagrante delito será o mesmo dado aos demais cidadãos brasileiros.
16.Abordagem de mulheres - As revistas em pessoas do sexo feminino somente deverão ser realizadas po militares do mesmo sexo. Se não for possível, a
suspeita deverá ser conduzida à DPJM para revista por pessoal especializado ou encaminhada à Delegacia de Polícia Civil se
não se tratar de suspeita de crime militar.
FT DE GUERRA
CONCLUSÃO
DÚVIDAS????