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Em geral, quanto mais o cérebro físico é treinado para responder às

vibrações do corpo mental, maior é a facilidade de construir a ponte entre a


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consciência desperta e a adormecida. O cérebro deve tornar-se um instrumento
cada vez mais obediente ao homem, agindo sob impulsos da sua vontade.

Quando um homem adormece, seu ego recua ainda mais para dentro de si
próprio e deixa seus vários corpos mais livres do que de costume, para seguirem
seu próprio caminho. Esses corpos separados são (1) muito mais suscetíveis a
impressões vindas de fora do que em outras ocasiões, e (2) têm uma consciência
própria muito rudimentar. Conseqüentemente, há ampla razão para que produzam
sonhos, bem como para que haja recordação confusa, no cérebro físico, das
experiências dos demais corpos durante o sono.

dada, os benefícios daquilo que o ego possa ter aprendido durante o sono, há
certos passos que devem ser dados para obter tal resultado.
Primeiro: é essencial que ele forme o hábito do pensamento mantido e
concentrado durante a vida comum, quando desperto. Um homem que tem o
controle absoluto de seus pensamentos saberá, sempre, exatamente em que está
pensando e por quê. Descobrirá também que o cérebro, assim treinado para ouvir
as sugestões do ego, permanecerá quieto quando não está sendo usado, e recusará
receber e responder ao fluxo casual vindo do oceano de pensamentos circundante.
Tal homem, assim, provavelmente receberá influências de planos superiores, onde
a intuição é mais aguda, o julgamento mais verdadeiro do que jamais podem ser no
plano físico.
Será bastante desnecessário acrescentar que o homem deverá também ter o
domínio completo de, pelo menos, suas mais baixas paixões.
Por um ano muito elementar de magia, um homem pode expulsar de seu
cérebro etérico a corrente de pensamentos que o pressionam, vindos de fora. Para
tal fim ele deve, quando se deita para dormir, imaginar sua aura e desejar
fortemente que sua superfície externa se torne uma concha que o proteja de
influências exteriores. A matéria áurica obedecerá ao seu pensamento e formará a
concha. Essa providência é de apreciável valor para o fim desejado.
A grande importância de fixar o último pensamento em coisas nobres e
elevadas, antes de adormecer, já foi mencionada e deve ser regularmente praticada
por aqueles que queiram manter seus sonhos sob controle.
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Talvez seja útil acrescentar aqui os termos hindus para os quatro estados de
consciência:
Jagrat é a consciência desperta comum,
Svapna é a consciência do sonho funcionando no corpo astral e capaz de
imprimir suas experiências no cérebro.
Sushupti é a consciência funcionando no corpo mental e incapaz de imprimir
suas experiências no cérebro.
Turiya é um estado de transe, a consciência funcionando no veiculo búdico e
tão separada do cérebro que não pode ser facilmente chamada por meios externos.
Esses termos, contudo, são usados relativamente e variam de acordo com o
contexto. Assim, em uma interpretação de jagrat, estão combinados os planos
físico e astral, as sete subdivisões correspondentes às quatro condições da matéria
física e as três amplas divisões da matéria astral mencionadas nas paginas 129/30.
Para elucidação adicional, o estudante é remetido ao livro Uma Introdução à
Ioga, de A.. Besant, e também a Um Estudo da Consciência, em que a consciência
desperta é definida como a parte da consciência total que está trabalhando através
do veiculo mais externo.

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