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Etapas do Desenvolvimento de

Softwares: do MVP ao Lançamento


Capítulo 01
Princípios de desenvolvimento de produtos digitais

Capítulo 02
A tecnologia como ferramenta de impacto social

Capítulo 03
Transformação do cenário business: como seguir pelo caminho digital

Capítulo 04
O DNA de empresas com produtos e serviços digitais

Capítulo 05
Migrando para os negócios no mundo digital: principais desafios

Capítulo 06
Como fazer um lançamento de produto digital de sucesso?
Capítulo 1

Princípios de desenvolvimento de
produtos digitais

Entenda melhor como se inserir na realidade de inovação e o papel dos


produtos digitais

Cidadãos, empresas, universidades e governos estão cada vez mais


conectados ao mundo digital. Novas tecnologias emergem no mercado quase
diariamente. Em muitos casos, elas apresentam oportunidades para as
organizações reinventarem seus modelos de negócios e gerarem eficiência
significativa em seus modelos operacionais.

À medida que as plataformas online facilitam cada vez mais nossas interações
– seja na sala de aula, no trabalho ou em nossas vidas pessoais – nossa
dependência de seus serviços também aumenta: para ler notícias, consumir
entretenimento, se comunicar com outros, encontrar empregos, se locomover,
fazer transferências de valores e muito mais.

As plataformas online são tão diversas quanto seus diferentes modelos de


negócios, incluindo, por exemplo, mercados on-line, mecanismos de pesquisa,
redes sociais, plataformas de compartilhamento de conteúdo, serviços de
comunicação ou plataformas online de viagens e acomodações.
As tecnologias digitais aumentam a escolha e a conveniência do consumidor,
melhoram a eficiência e a competitividade da indústria e podem aumentar a
participação civil na construção das nações... para citar apenas alguns dos
benefícios.

Alcançar esta vantagem e superar os seus concorrentes, todavia, exige que as


organizações se transformem. Não basta ser digital, é preciso pensar para
além dos códigos e colocar o ser humano no centro de qualquer mudança,
empregar tecnologia em velocidade e inovar em escala através da
colaboração de ecossistemas.

Como fazer isso com a locomotiva andando a todo vapor?

Continue aqui conosco, pois o intuito do estudo da Maitha Tech é prover um


guia completo de como progredir na jornada rumo ao desenvolvimento de
produtos e serviços digitais e alcançar vantagens competitivas do mercado.
Para tanto, vamos abordar os seguintes tópicos neste levantamento:

Como a tecnologia impacta positivamente a sociedade;

Vantagens da aplicação digital nos negócios e atual cenário de atividades digitais no


Brasil;

Cuidados que devem ser observados na concepção de negócios digitais;

Da concepção à divulgação: 7 passos para o sucesso de seu negócio digital;

Boas práticas para engajar colaboradores e clientes.

Nas páginas seguintes, exploraremos esses tópicos com mais profundidade


e forneceremos respostas para as questões críticas desse levantamento.
Convidamos você a participar dessa jornada e, quem sabe, redescobrir seu
produto, serviço ou talvez até o foco de sua atuação!
Capítulo 2
A tecnologia como ferramenta de
impacto social

Uma força poderosa para o bem: a combinação da tecnologia digital e do


investimento social

Usar a tecnologia digital para resolver problemas sociais complexos é um


conceito relativamente novo, mas é uma abordagem que está ganhando
força em todo o mundo.

Dado que os problemas sociais envolvem pessoas, o mundo digital pode


parecer um lugar improvável para começar a procurar soluções para esses
dilemas. Mas o poder combinado das tecnologias emergentes pode fornecer
abordagens com nuances personalizadas para mapear, medir, gerenciar e
mitigar até mesmo os problemas sociais mais complexos.

Mas, na prática, como as tecnologias emergentes podem ajudar a tornar nosso


mundo mais equitativo e pacífico?

Um belo exemplo para isso vem de estudos das Organizações das Nações
Unidas (ONU). Segundo o órgão supranacional, os avanços digitais podem
apoiar e acelerar a realização de cada um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) — desde acabar com a pobreza extrema até reduzir
a mortalidade materna e infantil, promover a agricultura sustentável
e o trabalho humanizado.
“As tecnologias digitais avançaram mais rapidamente do que qualquer
inovação em nossa história — atingindo cerca de 50% da população do
mundo em desenvolvimento em apenas duas décadas e transformando as
sociedades”, destaca o levantamento. Segundo o estudo, ao melhorar a
conectividade, a inclusão financeira, o acesso ao comércio e aos serviços
públicos, a tecnologia pode ser um grande equalizador social.”

No setor da saúde, por exemplo, as tecnologias digitais estão ajudando a


salvar vidas, diagnosticar doenças e aumentar a expectativa de vida. Foi
graças à colaboração científica global, intensificada por ferramentas digitais,
que pesquisadores de todo o mundo encontraram respostas científicas para
o combate à pandemia da Covid-19.

Na educação, ambientes virtuais de aprendizagem e ensino a distância


abriram programas para alunos que de outra forma seriam excluídos.
Empresas também estão oferecendo cursos de aprendizado técnico
(especialmente na área de TI) gratuitamente por plataformas digitais e
formando profissionais para o futuro.

Outro exemplo de otimização com a digitalização vem do segmento público.


Aos poucos, os serviços públicos estão se tornando mais acessíveis, menos
burocráticos e menos onerosos à população por meio de sistemas baseados
em blockchain, big data e inteligência artificial. No Brasil, aplicativos como
e-título e o Conect-SUS são exemplos dessa facilitação de processos.

Apesar de podermos ver inúmeros casos em que a tecnologia democratizou o


acesso à informação ou conduziu transformações sociais, ainda há uma
parcela da população mundial que permanece isolada desses benefícios
digitais. Esse contingente também conhecido como analfabetos digitais, seja
por condições sociais ou por falta de conhecimento da tecnologia, essas
pessoas acabam ficando isolados dos benefícios do mundo digital. Muitos
desses fantasmas digitais são pessoas de grupos sociais vulneráveis como
mulheres, idosos, pessoas com deficiência, grupos indígenas e moradores de
áreas pobres ou remotas.
O estudo “Abismo Digital no Brasil”, da consultoria da PwC em parceria com o
instituto Locomotiva do Brasil, revelou que no país, 81% da população com 10
anos ou mais usam a internet, mas somente 20% têm acesso de qualidade à
rede. Durante o isolamento social, enquanto 88% das escolas privadas
realizaram aulas a distância por meio de videoconferência, o percentual das
escolas públicas que teve acesso a esse recurso foi de 59%. E atenção: 124 mil
estudantes brasileiros sequer têm energia elétrica na escola em que estudam.

Ainda temos muito para caminhar para acabar com essas lacunas digitas,
todavia, há muitos esforços empregados por ONGS e pelos setores público e
privado na última década para fechar esses gaps globalmente.

Apenas para citar um exemplo desse tipo de iniciativas, existe o projeto


Coalizão Rio Digital que cria perspectivas e gera oportunidades em massa a
jovens de comunidades da periferia da cidade do Rio de Janeiro, por meio do
empoderamento digital. O público-alvo são jovens de 14 a 29 anos que vivem
em situação de vulnerabilidade social em 12 complexos de favela, como a
Maré, o Alemão e a Rocinha.

A mobilização envolve a Organização das Nações Unidas para a Educação, a


Ciência e a Cultura (Unesco) e organizações não governamentais (ONGs)
como a Recode e o Observatório de Favelas, bem como empresas do setor
tech, tais como Microsoft, IBM, Embratel e Cisco.
Como as tecnologias sociais podem
ajudar nas pautas socioambientais
do nosso planeta?

Ajudando a eliminar Garantir a saúde e o Combater a Proteger o


a miséria e a fome direito de aprender discriminação meio ambiente
Conectando pessoas Consolidando Empoderando Novos tecnologias
e organizações para o bem-estar e o mulheres e meninas podem ajudar a
a erradicação da acesso à educação para lutar pela combater as
miséria e aumento de qualidade, igualdade de gênero mudanças climáticas
da segurança inclusiva e equitativa no mercado de preservando, assim,
alimentar em todo (ODS 3 e 4) trabalho (ODS 5) a natureza e a
o mundo (ODS 1 e 2) biodiversidade, bem
como lutando contra
a desertificação (ODS
13, 14 e 15)

Construir cidades Proteger os


Promover a paz
mais habitáveis recursos naturais
Ajudar a alcançar contribuindo para o garantido
um mundo mais justo desenvolvimento de tecnologias que
e pacífico, com cidades inteligentes possam ajudar a
instituições que respeitem o meio prover acesso a água
mais sólidas ambiente (ODS 11) potável e energias
e democráticas. renováveis.
(ODS 17) (ODS 6 e 7)
Capítulo 3
Transformação do cenário business:
como seguir pelo caminho digital
A crise provocada pela pandemia do coronavírus impactou diretamente na
transformação digital e nas relações empresariais, trazendo a, então lenta,
gradual e segura digitalização da economia à tona com aceleração máxima.
A pesquisa CEO Outlook 2020, realizada pela consultoria KPMG demonstrouque
67% dos executivos entrevistados afirmam que a digitalização da operação
colocou o negócio em meses, e até mesmo anos, à frente do que esperavam.

Todavia, mesmo antes desse ritmo acelerado da digitalização dada às


restrições da pandemia, a consultoria Gartner já trazia um dado relevante.
Em uma pesquisa de 2019, a consultoria revelou que 32% dos CEOs priorizam
uma transformação dos negócios para desenvolver “habilidades e
capacidades tecnológicas”.

Mas por que se os investimentos em cultura de inovação e em equipamentos


tecnológicos pareciam ser altos? A principal motivação dos executivos no
topo das organizações era o entendimento de que os clientes preferem fazer
negócios com organizações capazes de oferecer uma experiência
personalizada, livre de problemas, completa e capaz de entregar valor
superior. E como alcançar esse patamar? Investindo na digitalização dos
produtos.

Porém, a realização de uma mudança significativa, rumo a digitalização de


processos e produtos, exige, obviamente, que empresas repensem diversos
aspectos de sua operação. Para obter sucesso nessa iniciativa, cada negócio
precisa de uma estratégia própria e adequada à sua realidade e ao contexto
do mercado. Mas como identificar o caminho ideal para cada organização?

No caminho para encontrar respostas a essa pergunta, é inevitável que


gestores e tomadores de decisão terão de redefinir o propósito de seus
negócios adotando abordagens novas e disruptivas. Em alguns casos, as
empresas terão ainda de estabelecer uma cultura digital organizacional de
suporte para garantir que seus produtos e serviços realmente atendam às
necessidades dos clientes.

E o principal: a liderança precisa saber que mudanças serão assíduas, sejam


elas de ordem tecnológica ou social. O que é moderno hoje e bem-sucedido
pode não existir mais daqui a dez anos. Por isso as empresas terão de se
reinventar constantemente, de mãos dadas com seus clientes.
Essa capacidade de mudar exige autocrítica, uma mentalidade digital,
empatia e muita paciência.
Como estabelecer as bases de negócios dentro da economia digital?

Se antes o segredo do sucesso era tão simples, as empresas no topo brigavam


por custo e qualidade. Hoje em dia as coisas são muito mais difíceis e
complexas. No mundo digital, toda empresa precisa descobrir qual valor tem a
oferecer, onde essa proposta de valor se encaixa na cadeia de valor e como a
empresa difere da concorrência de maneiras realmente tangíveis. A confiança
é escrita em grande escala; ou melhor, a questão de como a confiança de
longa data pode ser traduzida para o mundo digital.

Por isso, parte da grande oportunidade criada pela transformação digital está
na autocanibalização. Como assim, vou ter de matar o meu negócio? Sim e
não, tudo vai depender das respostas de sua análise de negócios na economia
digital.

Se você embarcar na transformação digital, você precisa examinar o propósito


do seu negócio e perguntar para que você está lá em primeiro lugar.
É saudável questionar seu próprio modelo de receita, considere os
recém-chegados da economia compartilhada, cujas plataformas digitais
substituíram os intermediários convencionais, como os distribuidores.

Uber e AirBnB são os principais exemplos desta economia compartilhada


(e digital). Se você se desafiar, poderá definir o ritmo da inovação e do
progresso e aperfeiçoar sua própria agilidade competitiva.
Capítulo 4
O DNA de empresas com produtos e
serviços digitais
As empresas adeptas do digital têm a coragem de se contentar com soluções
que não são perfeitas. As organizações que se firmaram nesse segmento
apresentam ideias rapidamente, as traduzem em protótipos e aprendem de
forma acelerada com seus erros. Eles vivem pelo lema “lançar rápido, falhar
rápido, aprender rápido”.

Em um contexto digitalizado, as metas mudam, com base na criatividade,


empatia, prototipagem e interação com clientes e funcionários. Estamos vendo
uma evolução de B2C e B2B para B2P: negócios para pessoas. Em vez de lutar
pelo objetivo final cravado e imutável, empresas que investem em soluções
digitais seguem princípio do Manifesto Ágil:

Geração de valor
1 “Nossa maior prioridade é satisfazer o cliente, através da
entrega adiantada e contínua de software de valor.”

Flexibilidade
2 “Aceitar mudanças de requisitos, mesmo no fim do
desenvolvimento. Processos ágeis se adequam a
mudanças, para que o cliente possa tirar vantagens
competitivas.”

Frequência
3 “Entregar o software em funcionamento com frequência,
seja na escala de semanas ou meses, dando preferência
a períodos mais curtos.”
União
4 “Tanto pessoas relacionadas a negócios como
desenvolvedores devem trabalhar em conjunto,
diariamente, durante todo o curso do projeto”.

Motivação
5 “Construir projetos em torno de indivíduos motivados,
dando a eles o ambiente e o suporte necessário e
confiando neles para fazer o trabalho.”

Comunicação
6 “O método mais eficiente e eficaz de transmitir
informações para e entre uma equipe de
desenvolvimento é por meio de conversa face a face”

Funcionalidade
7 “Software funcionando é a medida primária de
progresso.”

Sustentabilidade
8 “Os processos ágeis promovem desenvolvimento
sustentável. Os patrocinadores, desenvolvedores
e usuários devem ser capazes de manter um ritmo
constante indefinidamente.”
Revisão
9 “Contínua atenção à excelência técnica e bom design,
aumenta a agilidade.”

Simplicidade
10 “A arte de maximizar a quantidade de trabalho que não
precisou ser feito.”

Organização
11 “As melhores arquiteturas, requisitos e designs emergem
de times auto-organizáveis.”

Autoavaliação
12 “Em intervalos regulares, o time reflete em como ficar
mais efetivo, então, se ajustam e otimizam seu
comportamento de acordo”

Nesse mundo B2P, o ser humano é o primeiro foco do negócio. Antes, em


muitas empresas, a palavra final era apenas do top da pirâmide de executivos;
raramente a tomada de decisão era estendida ou dialogada com funcionários,
muito menos os clientes. Isso é algo que mudou também com a transformação
digital continua.
Uma cultura corporativa digital requer uma liderança forte que veja o negócio
como um todo e consiga criar um entendimento comum do que significa ser
digital. Essa liderança precisa ser capaz de transformar as ansiedades sobre
a transformação iminente em entusiasmo e os riscos em oportunidades.
Isso levará a abordagens que liberam um enorme potencial ao agrupar a
criatividade dentro da organização e disponibilizá-la para novos mercados.

A transformação digital está criando impulsos em muitas dimensões


diferentes. O mais complexo é entrar em diálogo permanente com todos
os diferentes stakeholders, incluindo clientes, funcionários e investidores,
descobrindo suas necessidades e traduzindo esses requisitos em produtos
e serviços recém-projetados. A experiência do cliente surge não com base
na visão interna ou intuição da sua organização, no diálogo com os
próprios clientes – de preferência todos eles.

E será que vale a pena comprar essa briga? Vejamos o que descobriu o
levantamento Global Consumer Insights Pulse Survey, da Consultoria da
PWC, sobre o assunto traçando uma comparação do mundo com os
mercados globais:

70% dos entrevistados no Brasil aumentaram suas compras on-line durante


a pandemia (63% no mundo)

55% aumentarão ainda mais as compras on-line nos próximos seis meses
(50% no mundo)

1/3 dos entrevistados no Brasil e no mundo espera ampliar suas compras em


lojas físicas

As vantagens digitais
Como já observado ao longo do nosso conteúdo, as organizações que adotam
soluções digitais têm maior resiliência diante da adversidade.

Elas ainda carregam uma vantagem extra sobre a concorrência que permite
que essas organizações se recuperem mais rapidamente: elas saem do papel
defensivo de brigar por preço ou por custos para a busca do crescimento em
mercados nunca navegados. O que no conceito de negócios é chamado de
Estratégia de Oceano Azul.

Ainda não está totalmente convencido de assumir esse risco? Que tal, então,
conhecer outros benefícios de lançar produtos ou serviços digitais:
Eles aproveitam as tecnologias digitais para simplificar as
operações e automatizar os processos manuais, resultando
Eficácia em maior velocidade, menos desperdício e mais foco em
atividades geradoras de receita.

Seus funcionários já estavam configurados para trabalhar


remotamente, portanto, seu foco está em alavancar a
Produtividade tecnologia e as ferramentas de colaboração para
maximizar a produtividade da força de trabalho e sustentar
a cultura da empresa.

Eles estão mais bem preparados e mais resilientes à


Segurança proliferação de ameaças cibernéticas no ambiente
atual.

Eles extraem dados do cliente para monitorar as


Foco no mudanças na demanda e descobrir as necessidades
cliente emergentes do cliente.

Eles aproveitam o insight orientado por dados para tomar


decisões mais rapidamente e agir de acordo com elas
Agilidade
mais rapidamente. Eles têm flexibilidade cultural embutida
para se adaptar ou mudar de rumo a qualquer momento.

Capítulo 5
Migrando para os negócios no mundo
digital: principais desafios

Compreender os desafios que surgem nesse processo e aprender a superá-los


são as chaves para a alta performance

Quando se fala em desenvolvimento de produtos e serviços na área tech,


a primeira coisa que vem à mente são códigos na tela de computadores.
Muito além da codificação, embarcar na economia digital exige habilidades
de liderança, know-how de processos, visão de negócios e competência
técnica. Engana-se quem acha que esses elementos são fáceis de se compor.

Às vezes, uma equipe tech precisa apenas de componentes técnicos para


lançar o produto, em outras situações falta a competência social da liderança
e, em alguns casos, os processos e a visão de negócios não estão muito
alinhados às necessidades do cliente.

Construir um ótimo produto é uma arte tanto quanto uma ciência. Se a sua
organização enfrenta alguns dos desafios mais comuns no desenvolvimento
digital, saiba aqui como fazer para alinhar essa engrenagem e escalar os
negócios!

Planejando um produto digital


Construir algo novo é empolgante, mas às vezes esse entusiasmo pode confundir
a realidade. Para não embaçar a lente da visão de produto é importante levar em
conta que ele deve sanar problemas existentes, facilitar a vida do consumidor e se
desenvolver para antecipar problemas que o cliente ainda nem sabe que existem.

Essa é uma missão difícil para muitas equipes, porque inverte a lógica existente de
mercado. Se antes o produto reinava isolado no modelo de negócios, hoje, são as
necessidades das pessoas quem vem em primeiro plano, o tal do B2P que já
comentamos aqui.

Se a competência tecnológica estiver em vigor e as práticas de


desenvolvimento, como garantia de qualidade, ambiente de desenvolvimento
transparente e comunicação aberta, forem adequadas, muitos obstáculos
podem ser evitados e muito tempo e dinheiro economizados.
No entanto, nem sempre é assim. Ao construir um produto digital, alguns
dos desafios mais comuns são:

Falta de competência técnica interna

Práticas de desenvolvimento ruins, ou com linguagens desatualizadas, podem


levar a um processo de desenvolvimento sem fim.

Em outras palavras, seu negócio pode cair nas armadilhas mais comuns do
desenvolvimento de produtos tais como:

Não considerar a visão de futuro do negócio/empresa ao definir um novo produto digital

Má gestão da equipe de desenvolvimento


Existem algumas coisas que podem retardar o processo de nivelamento da
maturidade digital interna. Em um negócio cada vez mais digital, é crucial ter a
competência de desenvolvimento de software internamente.
No entanto, o recrutamento de competência tecnológica interna pode ser difícil
se desenvolvedores e designers não acharem a empresa um empregador
atraente devido à sua baixa maturidade digital ou baixo reconhecimento da
marca. Outro desafio relacionado ao recrutamento pode ser que a própria
empresa não sabe que tipo de funções e habilidades devem contratar.

Falta de compreensão da oportunidade

Produtos novos geralmente se originam de oportunidades de negócios. Mas


nem sempre as hipóteses de negócios são claras. É preciso muita pesquisa e
entendimento das necessidades do público-alvo. Sem esse levantamento, o
produto provavelmente fracassará.

Para garantir um impacto real no resultado desejado do projeto, temos que


identificar o segmento de clientes-alvo. Eles compõem a variável mais
importante dentro do projeto. Ganhar empatia com o segmento de
clientes-alvo do projeto e realmente entendê-los ajudará a tomar decisões
com base em descobertas – não em suposições.

Um caso muito significativo do uso correto dessas técnicas vem do mercado


norte-americano. Quando as vendas de bicicletas nos EUA caíram
significativamente, a Shimano, uma fabricante japonesa de componentes para
bicicletas, contratou a consultoria de design thinking, IDEO, para compreender
o cenário e possíveis oportunidades.

Depois de entrevistar adultos americanos, a equipe do projeto descobriu que


os custos excessivos de compra e manutenção da bicicleta, usada apenas nos
finais de semana, e o perigo de andar com o veículo em estradas não
projetadas para elas eram os principais entraves.

No final, a verdadeira oportunidade era lidar com essas dores descobertas pela
equipe de design thinking e não construindo componentes de bicicleta ainda
melhores.
Encontrar um problema que valha a pena resolver

Encontrar um problema que este segmento de clientes tem é crucial para o


sucesso da descoberta. Ao traduzir o feedback e as observações do usuário
em insights, aprendemos sobre suas experiências atuais, dores, ganhos,
necessidades e desejos.

Se descobrirmos um problema que não esperávamos em primeiro lugar,


devemos adotá-lo e valorizá-lo como um insight, idealmente levando a
uma inovação de produto disruptiva que tenha um impacto real na vida das
pessoas e, por sua vez, no resultado do projeto.

Ao definir o problema que o produto vai resolver, a pergunta “por que


construímos este produto?” é respondida. A resposta define a visão do
produto e dá significado à oportunidade de negócios, pois atende às
necessidades reais do usuário.

Para descobrir se estamos realmente resolvendo o problema certo para os


clientes-alvo, precisamos testar o problema do usuário com uma solução
adequada. Ao fazer isso, o ajuste problema-solução pode ser validado
qualitativamente.

Explorar uma solução adequada significa criar uma estratégia de como o


problema será resolvido. Com base nas percepções do usuário e nas
suposições do problema, as possibilidades podem ser reduzidas à solução
mais promissora e viável.
Ao testar a estratégia, o interesse das pessoas no produto pode ser medido.
A partir do feedback do usuário, devemos saber se há alguma chance de o
produto fornecer algum valor para os usuários. Isso ajuda a iterar na
estratégia, solução e proposta de valor para construir a próxima iteração.

Se construímos algo de certo valor, precisamos testar o produto no mercado


com dados reais, porque o que as pessoas dizem que querem não
necessariamente é igual ao que elas realmente querem e buscam. É por isso
que o ajuste do produto ao mercado é a próxima parte crítica no processo de
descoberta do produto. Muitas vezes, o cliente nem sabe que a dor, ou a
possível solução para a dor existe, cabe aos líderes de produtos antecipar as
demandas de mercado.

PROBLEM-SOLUTION FIT PRODUCT-MARKET FIT DISTRIBUTION-CONVERSION FIT

Exploration Testing Growth

Capítulo 6
Como fazer um lançamento de
produto digital de sucesso?
Aprenda os 7 passos para fazer um lançamento de produtos bem-sucedido e
introduzir um novo produto digital no mercado!

Tudo isso que abordamos até aqui parece ser mais fácil falar do que fazer,
certo? Não há estatísticas exatas sobre essa transição de mindset de produtos
e serviços analógicos para digitais, mas podemos comparar com estudos que
abordam a adoção da transição digital das organizações, afinal os desafios
são bem semelhantes.
De acordo com um levantamento da consultoria McKinsey, 70% de todos
os programas de transformação digital falham devido à resistência dos
funcionários e à falta de apoio da gestão. O estudo global “Acolhendo a
Tecnologia Digital: Um Imperativo Estratégico” também revelou que a
oportunidade da transformação digital é clara, mas a jornada até lá, não.
Setenta e oito por cento (78%) dos entrevistados acreditam que a
transformação digital será essencial para suas organizações nos próximos
dois anos. No entanto, os altos executivos estão lutando para traduzir essa
oportunidade em uma visão de mudança ou um mapa para execução.
Sessenta e três por cento (63%) afirmaram que o ritmo dessa mudança é
muito lento em suas instituições.
Já percebeu que os caminhos para atingir o nirvana digital são tortuosos,
certo? Por isso, nas próximas páginas deste nosso estudo, apresentaremos os
sete passos (ou mantras) para serem cumpridos nessa jornada de transição.
Preparados? Vamos nessa!

01 Pesquisa e idealização

Como já destacamos um produto não nasce sem estudos para embasá-lo.


É preciso conhecer o cliente-alvo (persona), suas dores e possíveis soluções
para elas.

Nesse processo você precisará da colaboração de várias partes interessadas


dentro da empresa, como atendimento ao cliente, marketing para saber o que
os clientes estão dizendo sobre seus produtos e como otimizá-los.

Nessa fase de pesquisa, também é importante conhecer seus possíveis


concorrentes, suas forças e fraquezas comparadas com a sua concorrência.

Após ter essas informações em mãos, é hora de partir para a ação – colocar as
dores e ideias em formato de produto.

Opa, explicamos tudo muito rápido, certo? Calma, abaixo descrevemos todos
os passos desse processo.

Como definir a persona e as dores do produto?

Tentar oferecer tudo para todos é um dos erros mais graves que uma empresa
pode cometer. É preciso oferecer serviços e produtos específicos para
determinados nichos. Afinal, dificilmente você conseguirá agradar a gregos
e a troianos ao mesmo tempo, certo?

Além disso, a falha em entender os desejos, valores centrais e preferências do


seu mercado-alvo pode ser um tiro no escuro. De acordo com o Relatório de
Tendências de Experiência do Cliente do Zendesk de 2022, 68% dos clientes
esperam que todas as experiências sejam personalizadas.
E o que isso significa? Que você precisa conhecer as dores de seus clientes,
quais produtos e serviços oferecer para minimizá-las e entender quais
plataformas de publicidade usar para atraí-los.
A caracterização do público-alvo, portanto, é um processo que geralmente
acontece no início do ciclo de vida do seu produto digital e pode ajudar você a
definir melhor seus usuários e aumentar suas taxas de conversão.

No entanto, para identificar e entender completamente a persona e a


oportunidade, as condições básicas precisam ser esclarecidas primeiro:

Por que estamos construindo esse produto?


Qual é a situação da persona do produto?
O que pretendemos mudar?
Que impacto esperamos?
Quais restrições devemos considerar?
Como será a comunicação da empresa com a persona e por quais canais?

Aqui também vale investir no mapa de empatia, uma ferramenta que vai te
ajudar a se colocar no lugar dos clientes. A ferramenta exercita reflexões sobre
o que o cliente diz, faz, vê, pensa, sente e ouve para ajudar no desenho do
modelo de negócio de uma empresa.

Na prática, como essa ferramenta funciona? É um brainstorm da equipe de


produtos que traz luz aos motivos de lançamento da solução. Para fazer esse
processo, esboce ou imprima o modelo de mapa de empatia (ver exemplo
abaixo) em um quadro branco ou papel grande. Distribua post-its e um
marcador para cada membro da equipe – eles serão usados para anotar os
pensamentos de cada funcionário.
O que ele

PENSA E SENTE
o que realmente conta, principais
preocupações e aspirações
O que ele O que ele

ESCUTA? VÊ?
o que amigos dizem, o que chefe ambiente, amigos, o que o
fala, o que influenciadores dizem mercado oferece
O que ele

FALA E FAZ?
atitude em público, aparência,
comportamento com outros

DOR GANHOS
medos, frustrações, obstáculos desejos e necessidades, formas
de medir sucesso, obstáculos
Conhecendo o mercado e concorrentes
Uma vez que você já sabe o tipo de produto (ou serviço) digital que você quer
ofertar e o seu público-alvo, é hora de conhecer seus concorrentes diretos e
indiretos.
Concorrentes comerciais diretos são empresas que vendem a mesma linha
de produtos/serviços para o mesmo público-alvo, com uma faixa de preços
semelhantes ao seu.
Por exemplo, no mercado de venda de celular: Apple x Samsung
Concorrentes indiretos são empresas que não vendem a mesma linha de
produtos, mas que atingem o público-alvo com uma estratégia clara de
substituição de produtos.
Por exemplo, no mercado de veículos, uma persona pode optar por ter um
carro por assinatura (uma espécie de aluguel de longo prazo) para comprar
um automóvel.
Locadoras de veículos por assinatura X revendedoras de automóveis.

Análise SWOT
Em seguida, você vai querer entender as posições desses concorrentes, em
relação a sua empresa, no cenário geral do mercado.
É uma boa ideia criar uma planilha ou matriz que organize todos os dados
encontrados. Para gerar insights ainda mais significativos, você pode atualizar,
classificar e compartilhar essas informações com sua equipe. Ter uma
representação visual de seus dados ajudará você a identificar padrões e
encontrar soluções mais rapidamente nesse mundo digital.
Como fazer isso? Use a Análise SWOT, uma ferramenta de gestão que serve
para fazer o planejamento estratégico de empresas e novos projetos. A sigla
SWOT significa: Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities
(Oportunidades) e Threats (Ameaças) e também é conhecida como Análise
FOFA ou Matriz SWOT.
Comece separando cada um dos quatro critérios SWOT em suas respectivas
posições internas e externas. Agrupar as categorias dessa maneira deve
ajudá-lo a determinar quais são seus próximos passos.
Interna
(Organização)
FORÇA FRAQUEZAS

Ajuda
SWOT Atrapalha

OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Externa
(ambiente)

Usando a análise SWOT, a transformação digital é guiada por uma prática


fundamental de análise de negócios, colocando-a para integrar à tecnologia
digital.

A análise proporciona um diagnóstico completo da situação da própria empresa


e dos ambientes que estão no seu entorno, ajudando a criar uma linha do tempo
bem clara da implementação do produto/serviço. Essa é uma maneira mais
segura de aproveitar as oportunidades que ainda existem no mundo digital.
Ideação: da ideia às funcionalidades

Agora que você já sabe para quem seu produto é dirigido e quais são os
problemas que ele vai resolver do seu público-alvo, é hora de partir para ação,
ou melhor para o roteiro da ação, como assim?

Esse é o momento em que sua equipe de design será criativa. Durante o


estágio de ideação, tudo é válido. Qualquer coisa pode contribuir para o
projeto. Nenhuma ideia é uma má ideia. Exceto quando é – porque ideação é
mais do que brainstorming de ideias brilhantes é o roteiro para o plano de
ação. É muito fácil se concentrar naquela ideia engenhosa que todos
adoraram e presumir que seus usuários também vão comprar a ideia.
Todavia, na vida real, nem sempre é assim.
Portanto, a liberdade de ideias deve ser moldada a partir da coleta e do
estudo de dados do projeto. Esses dados ajudarão a liderança tech a reunir
informações mais precisas para sua equipe de design de produtos gerar
a ideação.

Mas como garantir essas rédeas do projeto sem excluir a liberdade


e autonomia de sua equipe?

Abaixo mencionaremos algumas técnicas para que você permaneça


no caminho certo. Confira!

Mapeamento da jornada do usuário

Um mapa de jornada do usuário ajuda a visualizar o caminho que o usuário faz


do ponto A (atração) ao ponto B (possível aquisição), observando para onde
vai e o que faz no seu site e no seu aplicativo.

Isso ajuda a liderança a construir um entendimento preciso de como é melhor


(e onde é melhor) engajar os usuários. A construção da jornada do usuário
adiciona ainda contexto por trás de cada clique ou toque na tela.

Mas como fazer para descobrir essa história por trás dos números? Existem seis
etapas para desenvolver uma jornada do usuário:

1. Defina o escopo
O escopo de uma jornada do usuário pode ser amplo, considerando uma
experiência de ponta a ponta. Ou pode ser uma jornada mais detalhada que
se concentra em uma interação específica.
2. Conheça seus usuários
É aqui que entram as personas de usuário. A jornada do usuário é focada na
experiência de um usuário principal – sua persona de usuário que vivencia a
jornada.
3. Defina as expectativas e o cenário do usuário
O cenário é a experiência que a jornada aborda. Pode ser antecipado ou real.
Este também é o ponto em que você define qual expectativa sua persona de
usuário tem sobre a interação.
4. Liste os pontos de contato
Os pontos de contato são interações e ações do usuário com a marca ou
produto. É essencial descobrir todos os seus principais pontos de contato, bem
como cada canal associado a um ponto de contato.
5. Considere a intenção do usuário
Pergunte a si mesmo: qual é a motivação que seu usuário tem para interagir
com seu produto? Quais problemas seus usuários desejam resolver quando
usam seu produto? Diferentes personas de usuário terão motivos diferentes.
6. Desenhe a jornada
Reúna todos os dados que você tem e esboce uma jornada como uma
interação passo a passo. Cada etapa ilustra uma interação que a persona
tem com seu produto ou serviço.

Se mesmo após entender os possíveis passos do usuário, a sua equipe ainda


não está segura sobre qual caminho tomar, é hora de usar uma arma secreta:
o método SCAMPER.

Como assim? O que é e como funciona esse método?

SCAMPER é na verdade um acrônimo das palavras em inglês para Substituir,


Combinar, Adaptar, Modificar, Colocar em outro uso, Eliminar e Inverter.
Opa, que sopa de letrinhas é essa?

Para facilitar, o SCAMPER nada mais é do que uma coleção de várias técnicas
e você pode optar por usar um ou todos os sete métodos para encontrar
soluções para seus problemas. Também é possível pular de uma técnica para
outra. A decisão vai depender da complexidade do projeto e das dores que
pretende resolver.
Muitos especialistas colocam o método SCAMPER na mesma prateleira
do Design Thinking, pois ambos visam encontrar soluções para problemas
de projetos. No entanto, o Design Thinking coloca o fator humano no centro
e seu objetivo é encontrar formas criativas de resolver problemas.
Já a técnica SCAMPER está mais focada no processo de encontrar soluções
inusitadas e criativas para problemas, mas também na geração de ideias
inovadoras e no objetivo de melhorar um produto ou serviço em ação.
Nas linhas a seguir, vamos destrinchar melhor essas sete técnicas do SCAMPER
Substituto
Encontre uma parte do seu conceito, produto, serviço ou processo etc. que você
possa substituir por outra para ver se isso resultará em melhorias, como
ganhos de eficiência.
Isso ajudará você a testar qual alternativa funciona melhor, é como um
processo de tentativa e erro. Um exemplo de substituição seria um fabricante
de automóveis usando diferentes compostos para tornar os veículos mais
leves.
Combinar
Na maioria das vezes, você não precisa criar algo totalmente novo, as soluções
já existem só precisam ser relembradas. Uma ideia pode não funcionar
sozinha, mas quando combinada com outro produto, pode fazer toda a
diferença.
Um ótimo exemplo de combinação de dois produtos diferentes são os celulares
com câmera integrada. Essa combinação foi o começo do fim da Kodak, que
mesmo tendo descoberto a câmera fotográfica digital, preferiu seguir
investindo em produtos para a fotografia analógica.
Adaptar
Como mencionado acima, você provavelmente já tem a solução certa para
o seu problema, só não sabe ainda. Às vezes, uma ideia que funcionou para
resolver um problema também pode ser usada para resolver um problema
totalmente diferente.
Um exemplo de adaptação bem-sucedida a uma nova situação é a Netflix.
A empresa começou em 1999 como um serviço de aluguel de DVDs, mas ao
contrário da Blockbuster eles rapidamente perceberam que o futuro pertencia
ao streaming e mudaram seu modelo de negócios.

A Netflix agora é uma séria concorrente das redes de TV tradicionais, enquanto


a Blockbuster faliu em 2013.
Modificar
Este é um processo que foca na hipótese de que a ideia pode ser modificada,
minimizada ou maximizada. Assim, a partir de uma ideia já existente, tenta-se
atribuir-lhe uma nova utilização, efetuando uma modificação de qualquer
nível (forma, dimensão, peso, tempo, frequência, velocidade, entre outros).

A questão a ser colocada nesta fase é “de que forma o produto ou serviço pode
ser modificado, aumentado e/ou reduzido?"

Coloque para outro uso


Isso é muito parecido com “Adaptar”, trata-se de colocar uma ideia ou
conceito existente para outro uso, ou seja, usá-lo de maneira diferente do
que foi originalmente planejado.
Um exemplo seria usar resíduos de pneus para produzir sapatos ou produtos
que foram inventados para um uso totalmente diferente do que estão sendo
usados agora.
Eliminar
A eliminação pode soar familiar para aqueles que conhecem Lean ou Six
Sigma. Trata-se de eliminar processos ineficientes (“desperdícios”) com
o objetivo de agilizá-los.

Um exemplo para eliminar é a decisão da Apple de não incluir uma unidade


óptica de CD/DVD em seu MacBook Air para torná-lo mais fino e leve.
A decisão foi seguida pelas concorrentes.

Inverter
Inverta a orientação ou direção de um processo ou produto, faça as coisas
ao contrário do que planejado inicialmente. Às vezes, quando você inverte
a maneira como um produto é usado, isso o ajudará a ver as coisas de uma
perspectiva diferente.
Por exemplo, uma organização que sempre usou a abordagem de cima para
baixo ao tomar decisões, pode descobrir que pode melhorar seus processos
de tomada de decisão adotando uma abordagem de baixo para cima.

02 Prototipagem: Sketching e Wireframing

A prototipagem pode ser utilizada como a primeira etapa do experimento


no processo de desenvolvimento do produto; em outras palavras, é a primeira
chance de mostrar seu conceito aos usuários. É nessa hora que, primeiro,
você vai apresentar um sketching do produto que em bom português seria
um esboço (desenho) da solução. Depois, você dará um passo adiante e fará
o wireframing da solução, para chegar neste passo você terá de rodar alguns
testes e trabalhos de ideação. Calma! Vamos te explicar direitinho nas
próximas linhas.

Os protótipos vêm em muitas formas diferentes, mas cada um é criado com


base no conceito do produto observado no plano de negócio e no design
(que é um processo concomitante ao protótipo). As reações do usuário são
então usadas para orientar a próxima fase de desenvolvimento: o tão
aguardado lançamento.
Princípios de prototipagem digital
Além de seu uso óbvio – testar sua ideia de produto com clientes reais – os
protótipos digitais podem ser muito úteis ao obter o compromisso de partes
interessadas e investidores. Qualquer pedido de financiamento que você fizer
será seriamente aprimorado por uma versão tangível do produto.

A prototipagem (ou, mais precisamente, as reações ao seu protótipo) ajuda


você a entender melhor os recursos propostos do seu projeto, seus riscos, seu
impacto potencial no mercado e se você tem uma ideia de que vale a pena
perseguir ou não.
Além disso, a prototipagem digital tem os seguintes benefícios:

É relativamente rápida de fazer;

É de baixo custo;
Ao testar com antecedência, seu produto final chegará ao mercado de forma mais
rápida e precisa.

Claro, você poderia levar mais tempo para construir um protótipo perfeitinho,
mas recomenda-se começar com um protótipo de baixa fidelidade, fazer
ajustes de acordo com os dados revelados nos testes, e seguir para um
segundo ciclo do projeto, onde você criará um protótipo de alta fidelidade.

O que é um protótipo de baixa fidelidade?


No processo de prototipagem, a fidelidade está relacionada com o quão
realista é a aparência do protótipo com o produto que será comercializado.
Sendo assim, um protótipo de baixa fidelidade não é semelhante com
o resultado de toda a criação. Aqui teremos o sketch da solução.
O sketching é a melhor alternativa para um início de projeto, descartando as
maiores incertezas de suas ideias, identificando problemas de usabilidade,
testando conceitos e descobrindo o valor que o produto final pode gerar aos
seus clientes.
Os estágios de baixa fidelidade da prototipagem também alimentam muito
bem os estágios divergentes iniciais da ideação, onde há liberdade para
explorar e gerar novas ideias e soluções. Você pode continuar testando e
iterando seus protótipos de baixa fidelidade até que a equipe esteja satisfeita
de que todos vocês exploraram variantes suficientes.
Em linhas gerais, o protótipo de baixa fidelidade é barato e rápido de fazer,
além de servir como base para a criação de novos protótipos, com níveis
maiores de fidelidade, durante o desenvolvimento do produto.
Quando usar protótipos de baixa fidelidade?
Use os sketches quando precisar testar de forma rápida e barata e explore
uma ampla gama de opções para descobrir as melhores maneiras de
executar suas ideias. Use-os como uma prova de modelo de conceito para
testar e apresentar ideias rapidamente de forma tangível.
O que é um protótipo de alta fidelidade?
Os protótipos de alta fidelidade são a última linha de testes antes de passar
para a execução das soluções. Eles permitem fornecer uma representação
precisa de como a solução pode ser com cada detalhe da solução. É o que
chamamos anteriormente de wireframe, um desenho mais avançado da
solução.
Esses protótipos podem incluir muitas das funcionalidades esperadas. Os
modelos de alta fidelidade podem até possuir todos os elementos funcionais
necessários, embora possamos executá-los usando mecanismos ou
tecnologia abaixo do ideal.
Os wireframes visam fornecer a representação mais próxima possível da ideia.
Protótipos de alta fidelidade, possuem alto nível de detalhamento e são
representações próximas do produto final.
Quando usar protótipos de alta fidelidade?
Use protótipos de alta fidelidade quando precisar testar todo o espectro de
dinâmica da solução concluída, bem como analisá-la para fins funcionais,
visuais e de experiência.
Esse tipo de prototipagem fornece uma imagem muito mais realista de como
o produto final pode ser e permite refinamentos no estágio final e testes de
experiência.
Como fazer a documentação completa do produto?
Agora que você já tem o protótipo ideal para o lançamento no mercado, é hora
da equipe de negócios ajudar a equipe tech a mapear o mercado.

Lá na fase 1 (pesquisa), alguns possíveis concorrentes e personas já foram


observadas, mas e se os testes de protótipo mudarem esse cenário
drasticamente? Neste caso, novas suposições e análises terão de ser
conduzidas, seguindo os seguintes tópicos:

Pesquisa de risco de mercado: é importante analisar possíveis riscos


associados à produção do seu produto antes que ele seja criado fisicamente,
tais como custo de produção e aquisição e concorrentes. Isto evitará que o
lançamento do produto seja prejudicado mais tarde e assegurará a
comunicação dos riscos à equipe por meio de um registro de riscos.
Estratégia de desenvolvimento: em seguida, você pode começar a trabalhar
com o seu plano de desenvolvimento, ou seja, entender como atribuir tarefas e
qual será o cronograma aplicado a elas.
(Veja mais sobre a temática no passo 5)
Análise de viabilidade: a etapa seguinte no processo é avaliar a estratégia de
produto com base na viabilidade. Determine se o volume de trabalho e o
cronograma estimado são viáveis. Se não forem, ajuste as suas datas e peça a
ajuda de outros participantes.
Produto viável mínimo (MVP): o resultado da fase de prototipagem é um
produto mínimo viável, isto é, uma solução que tem os recursos estritamente
necessários para que funcione ao ser lançado. Por exemplo, o MVP de um site
de reservas precisa ter no mínimo fotos dos locais, descrições mínimas e um
sistema de reserva integrado com alguns sistemas bancários.
Agora, microinterações, vídeos e outros updates importantes para a solução
deverão ser incluídos ao longo do tempo. A criação de um MVP pode ajudar
a sua equipe a lançar o produto mais depressa do que a elaboração de todos
os recursos desejáveis, o que poderia atrasar o cronograma.

Importante destacar que o MVP precisa olhar para dois elementos importantes:
segurança da informação e acessibilidade para deficientes visuais. Ambos os
pontos abordam questões legais que as empresas precisam cumprir. Além da
legalidade do processo, existe ainda a legitimidade da marca, se você mostra
preocupação com seu público e estende essa preocupação para outros
grupos vulneráveis, como os deficientes visuais, certamente a marca por trás
do produto ganhará alguns pontos a mais no mercado.
03 Design: o visual da solução

Agora que você já conhece o problema, os possíveis clientes, o produto e a


linguagem por trás da sua solução, chegou a hora de investir no design e na
usabilidade.
“UX” ou “Experiência do Usuário” é como um usuário se sente quando usa um
produto ou serviço específico. Abrange uma variedade de sentimentos,
incluindo emoções, sentidos e interação física.
Por que você deve refletir tempo de seu projeto nessa parte?
Pense no que chama a sua atenção quando você entra numa loja física?
Provavelmente, produtos apelativos, coloridos e com um design criativo
e alguns slogans memoráveis.
Na verdade, 7 em cada 10 clientes admitem que o design do produto influencia
diretamente na sua escolha. Claro que sim. É da natureza humana olhar para
a beleza das coisas. Gostamos de ver e de comprar coisas bonitas.
É por isso que o sucesso do seu produto digital depende de seu design
personalizado. De acordo com estatísticas recentes, um design de UI/UX
de alta qualidade aumenta as taxas de conversão em até 400%.
E o contrário também é verdadeiro. Estudos indicam que quase 80% dos
compradores saem rapidamente de um site que não tem uma navegabilidade
ou um design atrativo.
Portanto, um bom design de UX cria uma experiência positiva para o seu
usuário, antecipando e atendendo às suas necessidades.
Se você quer saber mais sobre como alcançar altos níveis de engajamento por
meio da Experiência de Usuário, veja, abaixo nossas dicas de como resolver
essa parte de seu projeto em 3 etapas
1. Idealize e Teste
Uma vez que haja clareza sobre o problema que está sendo resolvido e as
necessidades do usuário, a próxima fase do processo de UX é gerar diferentes
soluções possíveis que atenderão às necessidades do negócio e do usuário
e que serão tecnicamente viáveis.
Aqui, o pensamento divergente entra em jogo com o ponto de partida ideal é
criar um grande volume de ideias por meio de esboços e experimentação –
você pode ter feito esse exercício já antecipadamente antes de criar o
wireframe do projeto (jornada do usuário ou método SCAMPER), mas se não o
fez ainda o faça, pois este é o momento crucial do projeto, sem esse debate de
ideais o projeto certamente acumulará falhas que custaram caro.
Com o tempo, essas ideias são selecionadas e refinadas por meio de
comentários e críticas de design. Este é o processo de convergência –
reduzindo as abordagens possíveis a uma ou duas para desenvolver e testar.
Durante esta fase, a transição para a construção do produto pode começar
construindo protótipos de front-end interativos para testar ou começando a
preparar a infraestrutura de back-end necessária para desenvolver o produto.
A folha de dicas de teste de usabilidade da Usabilidade Matters é um ótimo
recurso para usar ao planejar testes.
Obrigações para esta fase:
Criar um volume de ideias em papel ou quadro branco;
Testar conceitos com usuários;

Ter a confiança de que os problemas de usabilidade foram eliminados;

2. Estrutura
As coisas estão começando a ficar mais concretas agora. Tente criar uma
arquitetura que seja capaz de crescer ao longo do tempo sem precisar
reorganizar tudo. Além disso, existem muitos modelos como hierarquia,
ninho, hub, visão filtrada, painel ou abas que podem ser usados dependendo
do produto que você está criando e para quem você está projetando.
Começamos a pensar sobre design de interação aqui. É assim que o seu
sistema responderá a todas as entradas do usuário, como uma conversa.
Nesse caso, quanto mais previsível você for, mais intuitivo será o seu sistema e
mais confortável se sentirá o usuário ao navegar.
Assim, seguir padrões de design pode ajudá-lo a criar uma experiência mais
agradável, consistente e acessível.
Onde está toda a criatividade? Bem, não na navegação ou nas
microinterações. Para alterar um padrão, primeiro nos certificamos de
que temos um bom motivo e estamos facilitando a vida de nossos usuários.
3. Superfície
Finalmente é hora de desenhar as interfaces para dar forma à função.
O objetivo aqui é começar a testar algumas soluções ou possibilidades na
interface, navegação e design de informação antes do protótipo ir para telas.
Para tanto recomenda-se que a equipe de UX desenhe e redesenhe algumas
interfaces-chave. Assim, o time terá uma ideia de como organizar melhor as
ferramentas de navegação e o conteúdo de cada tela.
Depois disso, a equipe deve passar os protótipos para uma ferramenta de
design de UX para desenhar as interfaces e criar um protótipo de alta
fidelidade. Com esse protótipo, o time poderá validar mais algumas hipóteses
e fazer novos ajustes.
Alguns princípios que são usados para orientar a condução desse trabalho
são:
Reduza o número de funções que o usuário tem em cada tela para criar uma
interface mais utilizável;

Personalize a experiência ao máximo (e isso tem que ser considerado de baixo para
cima) para que possamos mostrar menos, mas mais conteúdo relevante;
Crie uma experiência previsível para que o usuário fique confiante para seguir em
frente;
Considere todos os princípios que não são específicos do UX, mas que são parte do
próprio design, incluindo alinhamento, redundância, contraste, proximidade,
sequência narrativa, tipografia, cor e identidade visual;

Busque um design visual elegante, porém intuitivo e fácil de navegar;

Pense em criar uma experiência responsiva

Desenvolvimento do produto: como usar


04 a metodologia ágil na gestão de equipes
No começo deste e-book (DNA de empresas com produtos e serviços digitais)
já abordamos os 12 princípios trazidos no Manifesto Ágil, que tal agora
conhecer os 4 valores fundamentais também apontados no documento?
1. Indivíduos e interações sobre processos e ferramentas
Por mais sofisticada que seja a tecnologia, o elemento humano sempre terá
um papel importante em qualquer tipo de gerenciamento de projetos.
Confiar demais em processos e ferramentas resulta em uma incapacidade
de se adaptar às mudanças nas circunstâncias.
2. Software de trabalho sobre documentação abrangente.
Por mais importante que seja a documentação, o software funcionando
é mais importante. Esse valor tem tudo a ver com fornecer aos
desenvolvedores exatamente o que eles precisam para realizar o trabalho,
sem sobrecarregá-los.
3. Colaboração do cliente sobre a negociação do contrato.
Seus clientes são um dos seus ativos mais poderosos. Sejam clientes
internos ou externos, envolvê-los em todo o processo pode ajudar a garantir
que o produto final atenda às suas necessidades de forma mais eficaz.
4. Responder à mudança ao invés de seguir um plano.
Esse valor é um dos maiores desvios do gerenciamento de projetos
tradicionais. Historicamente, a mudança era vista como uma despesa
e a ser evitada. Agile permite mudanças contínuas ao longo da vida
de qualquer projeto. Cada sprint oferece uma oportunidade de revisão

AGILIDADE É UM ESTABELECIDO POR FUNDAMENTOS POR MANIFESTADA ATRAVÉS DE


MINDSET 4 VALORES 12 PRÍNCIPIOS DIVERSAS PRÁTICAS DIFERENTES

SER FAZER
ÁGIL ÁGIL
Conheça os benefícios do gerenciamento ágil de projetos:
Existem várias vantagens de uma metodologia de projeto ágil, que incluem:
Liberdade para os funcionários trabalharem em modelos que alavancam seus
pontos fortes.
Uso mais eficiente de recursos e implantação rápida.
Maior flexibilidade e adaptabilidade às necessidades em mudança.
Detecção mais rápida e soluções para problemas.
Melhor colaboração com colegas de trabalho e usuários, levando a uma melhor
funcionalidade em produtos que atendem melhor às necessidades do usuário.
Objetivos e processos claramente definidos não precisam ser firmados antes que
o trabalho possa começar.
Como funciona na prática a metodologia?
Até aqui você já percebeu a diferença de mindset e os benefícios imprimidos
pelo conceito Agile, que tal agora conhecer os passos de como implementá-lo
na condução de seus trabalhos:
1. Entenda o problema
É essencial que você entenda as necessidades de seus clientes. O que eles
querem e precisam? Que problemas eles estão tentando resolver? Os gerentes
de projeto ágeis começam com o usuário final em mente. Isso pode envolver
pesquisas de mercado ou entrevistas com clientes. Em suma, você precisa
decidir como saberá quando tiver sucesso.
2. Monte a equipe certa
Tendo entendido o problema, o próximo passo é reunir uma equipe com
as habilidades e experiência necessárias para resolvê-lo. Isso pode exigir
a contratação de consultores externos ou pessoas de outros departamentos.
Em alguns casos, você pode precisar desenvolver as habilidades dos membros
da sua equipe existente.
3. Brainstorm
A equipe agora pode começar a gerar ideias. Nesta fase, todas as ideias
devem ser consideradas. A inovação deve ser incentivada ao longo de um
projeto ágil.
4. Construa um protótipo inicial
Quando você tiver aprimorado uma solução em potencial, monte um protótipo
aproximado. Isso não deve demorar mais do que alguns dias. Lembre-se, o
gerenciamento ágil de projetos é sustentado pela criatividade e flexibilidade.
Mostre este protótipo aos usuários e solicite seu feedback. Se você receber um
feedback amplamente negativo, monte outro protótipo que se alinhe melhor
aos seus requisitos. Uma grande força dessa abordagem é que você é alertado
sobre problemas com seu design desde o início. Você não correrá o risco de
trabalhar por meses em uma ideia apenas para descobrir que não é uma boa
opção para o seu cliente.
5. Decida sobre os limites do projeto
Com base no feedback, decida sobre o escopo do projeto. Pode ser necessário
adicionar ou remover recursos dependendo de como seu protótipo foi
recebido. Elabore um documento ao vivo descrevendo o escopo do projeto.
Isso pode ser atualizado – na verdade, deve ser atualizado – à medida que o
projeto avança.
6. Planeje os principais marcos usando um roteiro
O próximo passo envolve definir os marcos que você terá que atingir durante
o desenvolvimento do produto. Este roteiro não precisa ser particularmente
detalhado; na verdade, deve ser flexível e fácil de alterar. No entanto, você
precisará decidir sobre os componentes que irão compor o produto e quando
cumprirá cada prazo.
Você precisa pensar não apenas nos recursos de um produto, mas nos
objetivos mais amplos nos quais eles se baseiam. Por exemplo, seu cliente está
tentando conquistar novos clientes, aumentar sua presença nas mídias sociais
ou aumentar o engajamento? Certifique-se de estar completamente claro
sobre como seu plano de desenvolvimento proposto se encaixa com os
objetivos gerais do projeto.
7. Planeje Sprints
Um sprint é um ciclo de desenvolvimento curto que dura entre de 1 a 4
semanas. Para manter uma taxa de desenvolvimento estável, tente manter
todos os sprints com a mesma duração. Ao planejar um sprint, crie uma lista
de todas as tarefas que sua equipe precisa concluir e decidir sobre metas
realistas.
Seu objetivo é montar um produto funcional no menor tempo possível que
possa ser desenvolvido e refinado em sprints subsequentes. A chave para um
sprint bem-sucedido é cooperação e planejamento. Todos os envolvidos no
projeto devem ter a chance de expor seus pontos de vista e ter suas
preocupações levadas a sério.
8. Check-in todos os dias
Os stand-ups diários permitem que você identifique quaisquer problemas
antecipadamente. Um standup é uma reunião curta – cerca de 15 minutos de
duração – na qual todos os membros da equipe são responsabilizados por seu
progresso.
Cada membro da equipe deve ser capaz de dizer no que trabalhou ontem, o
que planeja alcançar hoje e se identificou algum problema ou preocupação
que deseja compartilhar com todos os outros. Como gerente de projeto, é sua
responsabilidade manter a equipe no caminho certo e trabalhar com eles para
resolver quaisquer problemas.
9. Revise o Sprint
No final de cada sprint, você precisa se sentar com sua equipe e avaliar seu
progresso. O que eles fizeram bem? Que lições podem ser aprendidas para o
próximo sprint? As retrospectivas são importantes, mas as atualizações diárias
de status também são fundamentais para monitorar a saúde do projeto.
Peça à sua equipe para fornecer atualizações de projeto em tempo real e
certifique-se de manter seu cliente informado. Eles devem poder verificar o
projeto a qualquer momento e oferecer seu feedback. Sua equipe deve mostrar
ao seu cliente que está trabalhando o mais rápido possível. O “show and tell”
regular permite que todas as partes trabalhem juntas na eliminação de bugs.
10. Planeje o próximo Sprint
Continue usando o sistema de sprint até que o projeto seja concluído.
Permaneça aberto a mudanças e sempre aja de acordo com o feedback do
cliente e do usuário final. Busque a excelência em todos os momentos e nunca
economize no design.
O gerenciamento ágil de projetos eficaz depende não apenas de
conhecimentos técnicos, mas de fortes conexões interpessoais. Escolha um
canal de comunicação eficaz e garanta que todos na equipe estejam
comprometidos em usá-lo.
11. Conclusão e Liberação
Quando você desenvolve um produto que seu cliente e usuários finais adoram,
você pode fabricá-lo e lançá-lo. No entanto, a abordagem de projeto ágil não
termina aí – talvez você precise fazer mais ajustes se os usuários identificarem
bugs.
Se você ficou curioso sobre o tema, e quer saber como implantar de vez esse
tipo de prática em seu time tech, leia ainda um artigo no nosso blog

METODOLOGIA ÁGIL
Metodologia ágil: Desafios de fazer a implantação em seu time.

05 Lançamento

Depois de alguns meses de trabalho, com o seu MVP mais robusto em mãos,
chegou a hora tão esperada: o lançamento do seu produto ou serviço digital.
Nesta hora, a equipe tech precisará contar com a expertise das áreas de
marketing e comercial. Elas ajudarão a mapear as melhores oportunidades
de atração, venda e retenção de clientes. E, claro! As equipes de MKT e
comercial também vão ajudar o seu time a elucidar possíveis ajustes no
processo.
Veja alguns passos dessa etapa:
Teste beta do seu MVP
O teste beta no período que antecede o lançamento de um produto permite
que os desenvolvedores lidem com várias tarefas de forma rápida e barata —
garantindo assim a disponibilidade do produto na data de lançamento.
Esse teste ajuda a avaliar a experiência do cliente desde o início, confirma o
status de MVP e permite análises competitivas. Como? Nesta fase, os usuários
testaram seu produto comparando-o com os concorrentes.
Além disso, o teste beta pode ajudar a aumentar o reconhecimento do seu
produto – conquistando um engajamento orgânico com seu público-alvo.

Teste a atração de seu produto


Aqui, quem entra em jogo é o time de marketing. Eles são quem vão conduzir
esses testes e proceder às devidas análises. No entanto, é bom você
compreender algumas ferramentas usadas por essa equipe para testar a
atração e possível adesão (compra) de seus produtos pelos usuários.
Dentre elas estão:
Google AdWords – uma maneira mensurável e econômica de aprimorar sua
estratégia de marketing e obter insights sobre o comportamento do usuário
Anúncios em redes sociais – aqui a equipe de MKT trabalhará a melhor rede,
de acordo com o tipo de produto/ serviço, e o público (B2B ou B2C).

Guest blogging – aumenta a exposição e a credibilidade do seu produto


promovendo-o em diferentes editoriais;

Participação em eventos – aumenta novos contatos e alcança novos clientes


em potencial

Trabalhar com influenciadores – essa técnica do MKT digital ajuda a criar


confiança com clientes em potencial fazendo com que seus influenciadores
comercializem seu produto

Divulgação para imprensa – a equipe de MKT e Comunicação encontrará


estratégias viáveis para o lançamento orgânico de seu produto na grande
imprensa.

Estabeleça análises e métricas à medida que avança

A falta de dados é uma barreira comum para o lançamento de um produto


bem-sucedido. Os marcos precisam ser avaliados e medidos em intervalos
regulares ao longo do ciclo de vida do produto para medir o progresso.
Nesta etapa, as equipes comercial e de marketing reuniram esforços para
entender a maturidade de vendas do produto.

Para um relato preciso do progresso do seu produto, será preciso realizar uma
análise contínua das métricas. Aqui as outras áreas citadas reunirão feedback
dos clientes analisando e comparando com as métricas de funil de conversão
para determinar quais alterações seu produto precisará passar.

Lembre-se de que seus clientes são seus usuários finais e é importante ouvir
suas sugestões e fazer alterações quando necessário.
A coleta de feedback do usuário durante um acompanhamento de
lançamento também capacita seus usuários, permitindo que eles
moldem futuras iterações. É um processo de win, win para todos os lados.

Após o lançamento do produto, é recomendável que a equipe de MKT incentive


a conversão com ativos criativos e atraentes, como downloads de e-books que
conversam com conteúdos de seu produto e/ou persona, vídeos de produtos e
demonstrações. Considere também organizar um webinar para integrar novos
usuários.

06 Suporte e Manutenção

Por fim, após ter codificado, testado e aprovado o software, entra em cena a
etapa de suporte. Isso inclui processos que vão da instalação até a
personalização do programa, para deixá-lo com os parâmetros ideais para o
cliente.

Além disso, essa fase costuma incluir o treinamento para o software, visando
instruir o usuário final a utilizar propriamente o produto.
Por isso, após o lançamento do produto, é recomendável que a equipe de MKT
incentive a conversão com ativos criativos e atraentes, como downloads de
e-books que conversem com conteúdos de seu produto e/ou persona, vídeos
de produtos e demonstrações. Aqui também é altamente recomendável a
organização de webinars para integrar novos usuários.
Manutenção e atualização
O foco principal dessa fase é garantir que as necessidades continuem a ser
atendidas e que o sistema continue a funcionar de acordo com a
especificação mencionada na primeira fase.
Isso é feito a partir da resolução de bugs, da atualização do sistema para
novas versões e do aprimoramento, quando são adicionados novos recursos.

E ao contrário do que muitos pensam, a fase de manutenção e atualização


costuma consumir bastante tempo e energia da equipe de desenvolvimento,
uma vez que qualquer mudança pode exigir uma modificação mais profunda
na estrutura do código do software. Por isso, é essencial que o ciclo de
gerenciamento de metodologia ágil seja novamente retomado nessa fase do
produto.

07 Visão de produto

Por último, mas extremamente relevante para a condução dos trabalhos,


vamos explicar aqui sobre a visão de produto. Você sabe do que estamos
falando?

Apesar de deixarmos esse tópico para o final do nosso e-book, ele é a cereja
do bolo na gestão de produtos digitais, por isso, ele deve ser alinhado já no
início do projeto.

Como destacado em um artigo no nosso blog, a visão de produto é quase


como o “sonho” a ser alcançado e traz para dentro de uma frase (síntese)
elementos importantes e esclarecedores que são fundamentais para manter
times bem alinhados e, principalmente, caminhando rumo à direção esperada
para que o negócio cresça e prospere.

Sem ela, dificuldades surgem e passam a ser frequentes no dia a dia dos times
tech. Sua ausência traz danos colaterais que podem dificultar desde a
definição de um roadmap até a atração e retenção de talentos.

A declaração, ou frase que sintetiza a visão de produto, é um lembrete que


serve para todos os stakeholders envolvidos no desenvolvimento e evolução do
negócio (PMs, POs, time de desenvolvimento, executivos, Marketing, Vendas,
CS etc).
Por exemplo, a visão de produto da gigante de e-commerce Amazon é:
“Construir um lugar onde as pessoas venham para encontrar e descobrir
qualquer coisa que eles queiram comprar online”
Essa frase deixa claro a todos o que o produto Amazon é e traz insights práticos
sobre onde a empresa espera chegar do ponto de vista do produto.
Concorda que mesmo você não estando dentro da empresa e no dia a dia de
desenvolvimento do produto, é possível ter clareza do caminho que eles
esperam percorrer e onde se quer chegar? Esse é o papel central da visão de
produto.

Perceba que a visão de produto se distingue do propósito corporativo que, no


caso, da Amazon é: “Nossa visão é ser a empresa mais centrada no cliente do
mundo.”

Se você ainda não está convencido que a visão de projeto é elemento-chave


no seu projeto digital, que tal dar uma olhadinha nos benefícios do uso da
prática:

Visão de produto ajuda a definir roadmaps melhores


Melhora sua capacidade de tomar decisões estratégicas
ao longo do processo de desenvolvimento
Ajuda a manter os times e stakeholders alinhados

Motiva e inspira
Você deve estar se perguntando, mas, afinal de contas, como eu defino essa
visão de produto?

Aqui, você precisará, primeiramente, reunir informações sobre o produto, tais


como: para quem ele foi feito, quais as dores que pretende solucionar, o que é
o produto e como se diferencia dos concorrentes. Esses dados serão
observados na primeira etapa já do projeto.

Para compreender melhor esse contexto, convidamos você a ler o nosso o texto
do nosso blog.

POR QUE LIDERANÇAS PRECISAM FOCAR NA VISÃO DE PRODUTO?


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