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Marsili, Italo
Caderno de Ativação #146 - Guer-
rilha Way [livro eletrônico]: Só trabalha
com PACIÊNCIA quem AMA de verdade
/ Italo Marsili. -- 1. ed. -- Maringá, PR:
Real Life Books, 2022. -- (Guerrilha Way
- caderno de ativação; 146)
PDF
ISBN: 978-65-84524-10-1
1. Auto-ajuda / Aperfeiçoamento
pessoal. 2. Desenvolvimento e modi-
ficação do caráter e personalidade. 3.
Relações humanas. I. Título II. Série.
155.25 CDD-158.1
!
Rilke ao Sr. Kappus é
uma das virtudes mais
fundamentais a qual-
quer um que deseja fa-
zer algo de relevante:
paciência
paciência
“...ter paciência com tudo
o que há para resolver em
seu coração.”
Infelizmente, ela é também
uma das virtudes mais es-
cassas nos dias de hoje.
E ela é escassa
não por vivermos
em um ritmo
frenético,
2 objetivos? Nada de
correr contra o tempo!
“Disse Rilke ao jovem
poeta Kappus:
“
Também disse o Dr. Italo
Marsili, quando contou um
pouco de sua história na live
'Não confunda palco com
bastidor': “Você sabe há quantos
anos estou me preparando para
isso? Pelo menos, seriamente,
desde 2002! Todo dia estudando
filosofia; gastando uma grana
em livros; sendo humilhado
porque lia coisas que não
compreendia. Mas você vai lá,
enfrenta essa humilhação e
permanece, uma hora você
entende”.
pleta:
E com
VOCÊ
SÓ VAI
SUPERAR
ISSO COM
paciência
PACIÊNCIA.
Você não acha que um
toque de paciência é o que
lhe falta para alcançar os
seus objetivos?
{
3
Medindo a força
da sua paciência
Marque, a seguir, a
alternativa que melhor
corresponda às suas
atitudes:
relacionamentos
QUANTO AOS
4
Megafofo, a ser realista
com seus sonhos
‡
Um poeta não é coisa
que se faz em um ou
dois anos.
40anos
ALGUNS POETAS LEVAM
QUARENTA ANOS
PARA ALCANÇAR SEU
PRÓPRIO ESTILO.
1dia
Porém há coisas que
podemos fazer em um dia.
No exercício a seguir, em um
papel separado, escreva o que
você pode fazer:
DURANTE UM DIA
Você pode sorrir mais, agradecer mais, dar
·
mais atenção às pessoas e ao ambiente
em seu entorno
O QUE VOCÊ VAI FAZER?
·
alguém, organizar seus horários, dar uma
arrumada épica em sua casa
O QUE VOCÊ VAI FAZER?
·
e aplicá-lo com diligência; colher os primeiros
resultados de um bom plano alimentar
O QUE VOCÊ VAI FAZER?
DURANTE UM ANO
Você pode estudar, com frutos, um instrumento
musical; pode estabelecer uma disciplina de
·
escrita; pode colher os frutos de um plano de
exercícios físicos bem realizados.
O QUE VOCÊ VAI FAZER?
Agora, dentre as coisas
que você elencou, escolha
a mais realista, a que você
realmente quer fazer e não
tenha dúvidas:
COMECE.
Nós, da equipe GW,
estaremos torcendo para o
seu sucesso. Mas a torcida
não é só nossa, também é…
de caso
Arrumamos tudo, recebe-
mos as pessoas no velório,
rezamos, [...] e a família
toda parecia que esperava
o momento em que eu iria
desabar, dar um “show”,
porque era assim que eu
sempre fazia, mas eu não
entrei em desespero.
Eu sou a Maria Clara Splendor, tenho 27
anos, sou de Maringá (PR), estou solteira e
sou farmacêutica-doutoranda.
MARIA CLARA, BEM-VINDA AO ESTUDO
DE CASO! CONTE PARA NÓS A SUA HIS-
TÓRIA COM O GW!
Bom, eu conheci o Italo em uma pales-
tra aqui em Maringá, na faculdade Unin-
gá. Nesse dia eu estava muito perdida,
pensando em mudar de profissão. Porém
bastaram algumas horas ouvindo o Doc
para que eu recebesse uma luz, colocasse
"AQUELA NOITE meus pés no chão, de-
FOI SUFICIEN- cidisse aceitar as mi-
TE PARA VIRAR A nhas circunstâncias e
CHAVE DA MINHA me dedicar ao que eu
VIDA." já estava fazendo.
‡
para buscar tratamento. O médico lhe
perguntou: “Qual a sua maior preocupa-
ção?”. Ele, sem pensar duas vezes, respon-
deu: “Minha filha”. Ele se preocupava co-
migo e eu com ele.
Tempos depois recebemos o diagnóstico
de câncer de pâncreas do meu pai. En-
tre a chegada da notícia e a morte dele,
passaram-se apenas 10 dias. Durante três
dias ele ficou em casa pensando na de-
cisão que iria tomar. Internou-se, e em-
bora o médico dissesse que as chances
eram boas, eu sentia que meu pai estava
indo embora, apesar de crer que milagres
acontecem.
Todos os dias eu pegava um Uber e ia vi-
sitá-lo. Na terça-feira levei as apostas que
ele jogava toda semana (Quina, Mega-Se-
na etc.) e um bombom de licor. Foi sua úl-
tima refeição, ele estava sonolento. Não
fiquei muito no hospital, pois no dia se-
guinte era a defesa da minha dissertação
de mestrado. Avisei-o de que ia embora
estudar, dei um beijo e saí. Na porta do
quarto dele havia uma grande imagem de
Nossa Senhora. Quando o relógio apon-
tou 23h, minha mãe me ligou dizendo que
ele não estava bem. Fui ao hospital, levei
água de coco, conversei com ela e voltei a
estudar.
"QUANDO EU VI QUE O
Chegou a quar- ITALO PERDEU SEU PAI,
ta-feira, dia da EU SENTI A DOR DELE E
minha defesa. NÃO ME SURPREENDI
Estavam lá eu, QUANDO MESMO AS-
SIM ELE TRABALHOU À
minha amiga
NOITE, POIS ELE PRATI-
que me levou à
CA O QUE PREGA."
palestra do Ita-
lo, uma senhorinha que me ajudava e os
componentes da banca. Ninguém sabia
do meu pai, eu só estava fazendo o que
precisava ser feito. Meu pai não merecia
esse peso, adiar minha defesa porque ele
estava doente, essa luta era minha e ele
me criou assim.
Apresentei minha defesa do mestrado,
saí da universidade e vi que havia 18 liga-
ções perdidas. Ao chegar ao hospital, meu
pai tinha perdido a consciência, estava
com encefalopatia. Minha mãe estava
muito nervosa, acalmei-a, liguei para os
meus irmãos e os dois irmãos do meu pai,
conversei com os médicos e tive acesso
ao prontuário. Na quinta-feira saiu o re-
sultado da ressonância: o câncer havia
tomado conta de todo o seu corpo.
Meus irmãos ficaram desesperados; mi-
nha mãe, inconsolável. Deus é tão bom
que a intensivista que veio para os trata-
mentos paliativos era filha de um amigo
do meu pai e se emocionou ao vê-lo ali.
Não deixamos fazer nenhuma interven-
ção. Ele ficou ali no quarto, sem sonda,
sem UTI. O médico disse que ele pode-
ria ficar daquela forma por vários dias ou
logo descansar. Resiliente, em nenhum
momento meu pai blasfemou ou questio-
nou qualquer coisa.
Ele era fumante e lutou até o último mi-
nuto. Sabíamos que o melhor para ele era
descansar. Rezamos no quarto com ele,
ele chorava, eu falava para irmos para
casa porque era onde ele amava estar. Na
sexta-feira, às 15h, horário do seu terço
preferido, ele descansou, junto comigo,
minha mãe e minha cunhada.
Arrumamos tudo, recebemos as pessoas
no velório, rezamos, ouvimos muitos tes-
temunhos do grupo de oração e a famí-
lia toda parecia que esperava o momen-
to em que eu iria desabar, dar um “show”,
porque era assim que
eu sempre fazia, mas
eu não entrei em de-
sespero. Com o Italo
e o GW, a duras pe-
nas eu aprendi sobre
a morte, sobre servir,
sobre cuidar. Minha
família contava comi-
go e meu pai também.
Aqui estou, aprovada no mestrado e ini-
ciei o doutorado. Tivemos uma semana
de silêncio e muita oração. Seguimos a
vida. Conto o que passou, meu coração
se enche de saudade, mas a vida segue e
o melhor jeito de seguir é trabalhando e
servindo.
Quando eu sirvo no meu trabalho, es-
tou disponível para os outros, minha vida
melhora em todos os âmbitos. Meu pai
teve seu descanso merecido, e eu aprendi
que nada aqui é eterno. Nosso olhar deve
sempre estar voltado para o alto!
MARIA CLARA, QUANTA FORÇA, QUAN-
TA RESILIÊNCIA! SENTIMOS MUITO POR
TUDO QUE ACONTECEU. ESSA SUA MU-
DANÇA DE ATITUDE FOI DE FATO PERCE-
BIDA POR AQUELES QUE CONVIVEM COM
VOCÊ?
Sim! Hoje as pessoas me olham como
uma pessoa útil, sabem que podem con-
tar comigo. Antes eu era um problema,
era frágil e medrosa. Hoje sou um porto
seguro, elas me procuram para ajudá-las
e o meu maior prazer é passar para elas
tudo o que eu aprendi e vivi até aqui.
QUAIS TEMAS ABORDADOS NO GW FO-
RAM MAIS IMPORTANTES PARA VOCÊ?
Morte, astrologia, religião, temperamento
e relacionamento.
DIANTE DE TODA A SUA HISTÓRIA E TUDO
QUE APRENDEU ATÉ AQUI, QUE CONSE-
LHO VOCÊ GOSTARIA DE DEIXAR?
SIRVA SEMPRE. Seja útil, disposto, ale-
gre, reze, reze principalmente o terço. E o
mais importante: medite sobre a morte,
isso muda sua forma de viver!
Quando eu vi que o Italo perdeu seu pai,
eu senti a dor dele e não me
surpreendi quando mesmo
assim ele trabalhou à noite,
pois ele pratica o que prega.
Não existe melhor exemplo.
Essa é a história da Maria Clara Splendor.
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taremos você!